UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA NICOLE ALESSANDRA GELLER
design DE EMBALAGEM
Florian贸polis 2008
nicole alessandra geller
DESIGN DE EMBALAGEM: RE-DESIGN DAS EMBALAGENS de perfume JAZZY, DIZZY e fuzzy da akakia cosmésticos
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Design da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Design.
Orientador: M.Eng. Cristina Colombo Nunes
Florianópolis 2008
Nicole alessandra geller
design de embalagem: RE-DESIGN DAS EMBALAGENS de perfume JAZZY, DIZZY e fuzzy da akakia cosmésticos Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título de Bacharel em Design e aprovado em sua forma final pelo Curso de Graduação de Design da Universidade do Sul de Santa Catarina.
Florianópolis, 03 de dezembro de 2008. ______________________________________________________ Orientadora e Banca: Profa: Cristina Colombo Nunes, M.Eng. Universidade do Sul de Santa Catarina ______________________________________________________ Banca: Prof. Célio Teodorico dos Santos, M.Sc. Universidade do Sul de Santa Catarina ______________________________________________________ Banca: Prof. Marcelo Kammer Faria de Carmo, Especialista. Universidade do Sul de Santa Catarina
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
“Dedico mais esta etapa vencida a meus pais que sempre priorizaram a minha formação e a minha educação, a eles eu devo toda a minha vida e os ensinamentos. Dedico também a minha amiga Jordana que se mostrou para mim um exemplo de superação e força...”
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
agradecimentos
Agradeço antes de mais nada, ter saúde e sair ilesa deste período de “stress”, que
só consegui devido a pessoas maravilhosas que tenho ao meu redor. Obrigado Artur e a minha mãe por saber como ajudar a controlar e compreender os momentos difíceis, obrigado meu pai por ter agüentado todas as minhas reclamações durante este período e sempre ter me apoiado em fazer design.
Agradeço a minha orientadora Cris, obrigada pela paciência, orientações e
conversas. Tenha a certeza de que tudo isso valeu a pena. A todos da Akakia, em especial Carolina que me ajudou bastante, as vendedoras que me receberam muito bem e as empresas fornecedoras de embalagens Wheaton e Incom, pela atenção.
Agradeço a todos da Dzigual, especialmente, Pauleta, Carcks e Pablito, por me
agüentarem reclamando o tempo inteiro e também pela compreensão, obrigado Luis por ter compartilhado pesquisas, foi uma “mão na roda”, agradeço também ao Heitor, Claudinha e todos os outros que lá trabalham comigo.
Obrigado a Unisul pelo curso oferecido nestes quatro anos de faculdade. Agradeço
também a todos os meus colegas de faculdade, que durante todos estes anos compartilhamos histórias e momentos, e que hoje chegamos á oitava fase compartilhando desesperos e risadas: obrigado Jordana, Lívia, Pedro, Maia, João, Thais, Felipe, Rodrigo’s e Silmara. Sinto saudades do convívio diário de vocês.
E concluo aqui com a certeza que aprendi muito com todos, e que sairei da Unisul
uma profissional dedicada e potencializada a ser uma designer.
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
resumo
O presente trabalho de conclusão de curso, apresenta em sua íntegra as etapas de desenvolvimento do re-design de três embalagens para perfumes, que hoje compõem uma família da Akakia cosméticos, atuante com fábrica em Florianópolis. As embalagens hoje se apresentam desatualizadas e com a necessidade de um projeto de design e um reposicionamento no mercado, envolvendo embalagem primária, secundária e nome das fragrâncias. O produto está mal resolvido e não atende as expectativas de venda. O projeto visa estabelecer uma proposta de uma nova embalagem para os três perfumes da família, fazendo com que sigam um conceito que abranja todos os aspectos possíveis de identidade do produto, juntamente com a relação do consumidor e ponto de venda, fazendo-o trabalhar vinculado em diversos aspectos. Apresentando inicialmente as etapas introdutórias da coleta bibliográfica, pesquisa, análise de dados, desenvolvimento do projeto e abordagem de requisitos para uma possível implementação do projeto. Palavras-chave: Design. Embalagem. Perfume.
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
lista de ilustrações
Figura 01 - Embalagens Jazzy, Dizzy e Fuzzy....................................................................... 12 Figura 02 – Embalagens primárias das fragrâncias e desodorantes....................................... 14 Figura 03 – Embalagen secundárias das fragrâncias Jazzy, Dizzy e Fuzzy........................... 14 Figura 04 – Embalagem antiga sabonete 1............................................................................ 24 Figura 05 – Embalagem antiga sabonete 2............................................................................ 25 Figura 06 - Evolução embalagem leite moça......................................................................... 25 Figura 07 - Tabela de função das embalagens....................................................................... 28 Figura 08 – Perfume Channel................................................................................................ 32 Figura 09 – Embalagem Gessy.............................................................................................. 33 Figura 10 – Embalagem Avon................................................................................................ 34 Figura 11 – Embalagem natura mamãe bebê..........................................................................35 Figura 12 – Embalagem natura ekos...................................................................................... 35 Figura 13 – Embalagem O Boticário..................................................................................... 35 Figura 14 – Classificação do perfume.................................................................................... 38 Figura 15 – Materiais............................................................................................................. 39 Figura 16 – Tipos de embalagens.......................................................................................... 43 Figura 17 - Cores nas embalagens......................................................................................... 49 Figura 18 – Forma nas embalagens....................................................................................... 51 Figura 19 - Embalagem coca-cola antiga.............................................................................. 51 Figura 20 - Proporções.......................................................................................................... 54 Figura 21 – Fórmula.............................................................................................................. 54 Figura 22 – Medidas antropométricas................................................................................... 55 Figura 23 – Tipos de manejo................................................................................................. 56 Figura 24 – Ponto de venda Shopping Floripa...................................................................... 64 Figura 25 – Ponto de venda shopping Beiramar norte.......................................................... 64 Figura 26 – Ponto de venda Shopping Iguatemi.................................................................... 65 Figura 27 – Ponto de venda anexo Bistek...............................................................................65 Figura 28 - Ponto de venda shopping Itaguaçu.......................................................................65 Figura 29 - Perfume Lou-Lou.................................................................................................66 Figura 30 - Perfume Acqua de Gió.........................................................................................66 Figura 31 – Perfume Miracle..................................................................................................66 Figura 32 – Perfume Capricho - O Boticário..........................................................................67 Figura 33 – Perfume Thaty - O Boticário...............................................................................67 Figura 34 – Perfume Innamorata - O Boticário......................................................................68 Figura 35 – Perfume lavanda pop - O Boticário....................................................................68 Figura 36 –Perfume Wink - Avon.......................................................................................... 68 Figura 37 – Perfume Fashion model - Avon.......................................................................... 69 Figura 38 - Perfume Petit - Avon........................................................................................... 69 Figura 39 – Perfume Loop Pink - Avon................................................................................. 69 Figura 40 - Perfume Poema - Avon........................................................................................ 70 Figura 41 – Perfume Ops - O Boticário................................................................................. 70 Figura 42 - Perfume Carpe Diem - O Boticário..................................................................... 71 Figura 43 - Perfume Sophie - O Boticário............................................................................. 71 Figura 44 - Perfume Humor - Natura..................................................................................... 71 Figura 45 - Perfumes Kriska - Natura.................................................................................... 71 Figura 46 – Perfumes x, y e z - Natura.................................................................................. 72 Figura 47 – Perfume Sing - Água de cheiro.......................................................................... 72 Figura 48 – Perfume Pink - Água de cheiro.......................................................................... 73
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
Figura 49 – Perfume Piercing - La acqua di fiori................................................................. 73 Figura 50 – Painel semântico - público-alvo......................................................................... 75 Figura 51 - Painel semântico - expressão do produto............................................................ 76 Figura 52 - Geração de alternativas - fontes.......................................................................... 79 Figura 53 - Geração de alternativas - Satin........................................................................... 79 Figura 54 – Geração de alternativas - fonte Jeans................................................................. 80 Figura 55 - Geração de alternativas - fonte Cotton............................................................... 80 Figura 56 - Geração de alternativas - nomes......................................................................... 80 Figura 57 – Geração de alternativas aleatórias...................................................................... 81 Figura 58 – Geração de alternativas - frascos 1..................................................................... 82 Figura 59 – Geração de alternativas - frascos 2..................................................................... 82 Figura 60 – Geração de alternativas - frascos 3..................................................................... 82 Figura 61 – Geração de alternativas - tampas........................................................................ 83 Figura 62 - Geração de alternativas - emb. secundária.......................................................... 84 Figura 63 - Geração de alternativas - display......................................................................... 85 Figura 64 – Geração de alternativas - texturas...................................................................... 86 Figura 65 - Geração de alternativas - composição................................................................. 86 Figura 66 - Geração de alternativas - emb. secundária 2....................................................... 87 Figura 67 - Geração de alternativas - saquinho..................................................................... 87 Figura 68 - Alternativa final embalagem frasco..................................................................... 89 Figura 69 - Alternativa finla embalagem secundária............................................................. 90 Figura 70 – Alternativa final saquinho................................................................................... 90 Figura 71 - Alternativa final display.......................................................................................90 Figura 72 - Alternativa final - promocional........................................................................... 91 Figura 73 – Alternativa final todos juntos.............................................................................. 91 Figura 74 – Especificação embalagem primária.................................................................... 92 Figura 75 – Especificação tampas.......................................................................................... 93 Figura 76 – Especificação embalagem secundária Cotton..................................................... 93 Figura 77 – Especificação embalagem secundária Jeans....................................................... 94 Figura 78 - Especificação embalagem secundária Satin........................................................ 95 Figura 79 - Facas embalagens secundárias............................................................................ 95 Figura 80 - Especificação saquinho........................................................................................96 Figura 81 – Desenho técnico display..................................................................................... 97 Figura 82 - Complemento display......................................................................................... 97 Figura 83 - Complemento display - faca............................................................................... 98 Figura 84 - Catálogo folha nova............................................................................................ 98 Figura 85 – Folder promocional frente e verso..................................................................... 99
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
sumário
1 introdução............................................................................................................................... 11 1.1 problematização............................................................................................................. 11 1.2 objetivos................................................................................................................................. 13 1.2.1 Objetivo geral........................................................................................................................ 13 1.2.2 Objetivo específico............................................................................................................... 13 1.3 justificativa........................................................................................................................ 14 1.4 plano metodológico.................................................................................................... 15 1.4.1 Etapas de pesquisa............................................................................................................... 16 1.5 delimitações........................................................................................................................ 16 1.6 estrutura do trabalho............................................................................................ 17 2 fundamentação teórica............................................................................................. 18 2.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................................. 18 2.1.1 Design....................................................................................................................................... 18 2.1.1.1 O que é design.................................................................................................................... 18 2.1.1.2 Atuação do design............................................................................................................. 19 2.1.1.3 O que significa design para o mundo atual................................................................. 20 2.1.2 Embalagem............................................................................................................................. 20 2.1.2.1 O que e embalagem......................................................................................................... 20 2.1.2.2 Design de embalagem..................................................................................................... 21 2.1.2.3 História das embalagens................................................................................................. 23 2.1.2.3.1 Embalagem no Brasil.................................................................................................. 26 2.1.2.4 Comunicação visual na embalagem............................................................................. 26 2.1.2.5 Função das embalagens................................................................................................... 28 2.1.2.6 Design, consumidor e embalagem................................................................................ 29 2.1.2.7 Embalagem como ferramenta de marketing............................................................... 30 2.1.2.8 Embalagens de perfumes e cosméticos........................................................................ 31 2.1.2.8.1 A evolução das embalagens de perfumes e cosméticos...................................... 33 2.1.3 Perfumes.................................................................................................................................. 36 2.1.3.1 História................................................................................................................................ 36 2.1.3.2 Tipos de fragrâncias......................................................................................................... 37 2.1.4 Materiais e processos.......................................................................................................... 39 2.1.4.1 Materiais para embalagens primárias........................................................................... 40 2.1.4.2 Materiais para embalagens secundárias....................................................................... 41 2.1.5 Linguagens visuais nas embalagens............................................................................... 44 2.1.5.1 Elementos visuais de apoio............................................................................................. 44 2.1.5.2 Semiótica........................................................................................................................... 45 2.1.5.3 Gestalt e percepção visual.............................................................................................. 46 2.1.5.4 Tipologia.............................................................................................................................. 48 2.1.5.5 Cores nas embalagens...................................................................................................... 49 2.1.5.6 Forma................................................................................................................................... 50 2.1.6 Ergonomia.............................................................................................................................. 52 2.1.6.1 Ergonomia informacional................................................................................................ 53 2.1.6.1.1 Visibilidade.................................................................................................................... 53 2.1.6.1.2 Legibilidade................................................................................................................... 53 2.1.6.1.3 Compreensão................................................................................................................. 54 2.1.6.2 Ergonomia de pega............................................................................................................55 2.1.6.2.1 Manejo............................................................................................................................ 56 2.1.7 Metodologia de projeto............................................................................................................. 57
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
10 3 Pesquisa DE CAMPO............................................................................................................... 59 3.1 Entrevistas e questionários.................................................................................. 59 3.1.1 Briefing...................................................................................................................................... 59 3.1.2 Relatório perfumista.............................................................................................................60 3.1.3 Questionário público alvo................................................................................................... 62 3.2 Visitas e observações.................................................................................................... 64 3.2.1 Ponto de venda........................................................................................................................ 64 3.2.2 Análise de correspondentes................................................................................................66 3.2.3 Análise da concorrência.......................................................................................................67 3.2.3.1 Concorrentes diretos...........................................................................................................67 3.2.3.2 Concorrentes indiretos.......................................................................................................70 3.2.4 Análise dos dados coletados...............................................................................................73 3.2.5 Requisitos de projeto............................................................................................................ 74 4 projeto...........................................................................................................................................75 4.1 PAinel semântico...............................................................................................................75 4.2 conceituação........................................................................................................................76 4.2.1 Conceito do nome................................................................................................................... 77 4.2.2 Conceito das embalagens.................................................................................................... 77 4.2.3 Conceito do conjunto............................................................................................................ 78 4.2.4 Conceito do PDV..................................................................................................................... 78 4.2.4.1 Refinamento do conceito....................................................................................................78 4.3 Desenvolvimento estrutural............................................................................. ..81 4.3.1 Embalagem primária.......................................................................................................... . 81 4.3.2 Tampa........................................................................................................................................ 83 4.3.3 Embalagem secundária....................................................................................................... 84 4.3.4 Display....................................................................................................................................... 84 4.4 Desenvolvimento estético formal................................................................. 85 4.4.1 Embalagem primária........................................................................................................... 86 4.4.2 Embalagem secundária....................................................................................................... 86 4.4.3 Display....................................................................................................................................... 88 4.4.4 Material promocional........................................................................................................... 88 4.5 alternativa final............................................................................................................89 4.5.1 Embalagem primária........................................................................................................... 89 4.5.2 Embalagem secundária....................................................................................................... 89 4.5.3 Material promocional......................................................................................................... 90 4.6 Especificação do projeto........................................................................................... .92 5 Considerações finais.......................................................................................................100 5.1 RECOMENDAÇÕES PARA ESTUDOS FUTUROS........................................................100 referências bibliográficas......................................................................................... 101 APÊNDICES...........................................................................................................................................105 APÊNDICE A – Briefing................................................................................................................... 106 APÊNDICE B - Perguntas Perfumista......................................................................................... 107 APÊNDICE C - Questionário público-alvo................................................................................. 109 ANEXOS................................................................................................................................................. 111 ANEXO A - Embalagem aberta perfume Dizzy........................................................................ 112 ANEXO B - Embalagem aberta perfume Jazzy........................................................................ 113 ANEXO C - Embalagem aberta perfume Fuzzy....................................................................... 114
11 1 introdução
O presente projeto é referente ao Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Design da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. Com foco em design de embalagem, se envolvendo com re-design de embalagem de perfumes. Dentre diversas áreas do design, as embalagens são as que apresentam maior crescimento ao longo dos anos, responsáveis por grande parte da comunicação nos pontos de venda, atuação e promoção de produtos industrializados. As embalagens abrangem em sua integra diversos aspectos tangíveis de importância para o mercado competitivo. Neste atual cenário de consumo, a pesquisa aprofundará em síntese temas relacionados e afins, para elaboração de um projeto de estudo e execução para re-design de embalagem de produtos da empresa Akakia, com atuação de pesquisa em diversos aspectos relacionados a design. Os produtos em questão para a realização do estudo e do re-design, são fragrâncias que pertencem a um mesmo conceito, são elas: Jazzy, Dizzy e Fuzzy, perfumes que fazem parte da linha Akakia Fragrance. A introdução está dividida em Problematização, que demonstra o problema a ser resolvido; Objetivos, dividido em objetivo geral e objetivo específico, que são as etapas que o projeto pretende alcançar; Justificativa, que retrata a necessidade da abordagem do designer no projeto; e por último uma Metodologia preliminar, que será a que orientará o projeto de pesquisa.
1.1 problematização
Segundo a Wikipédia (2008), re-design tem um conceito muito definido, “o� re-design é a reformulação do design de algo. Essa necessidade de renovação surge por diversar razões. Pode ser pelo aparecimento de novas técnicas, de novos materiais, para eliminar falhas existentes ou como estratégia de marketing para renovar o produto no mercado.” O re-design pode ser aplicado em embalagens, marcas, sites, etc. Após verificações juntamente com a própria Akakia, foi escolhido embalagens que necessitariam de re-design, definindo um foco em três produtos: o Jazzy, Dizzy e Fuzzy, que são produtos pertencentes à linha fragrances da Akakia cosméticos. Os produtos já possuem a embalagem a três anos e necessitam de um novo planejamento e adaptação, pois as atuais não atraem e não seduzem o seu público, que não se vê
INTRODUÇÃO | Problematização
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
12 atraído para a compra. Resultando na dificuldade de venda nas lojas. Na maioria das vezes são levados pela sedução do preço, pois são as fragrâncias mais baratas da loja. O design da embalagem sempre deve estar ligado aos fatores de influência comportamental do consumidor final, pois será seduzido pela embalagem, criando um conceito sobre aquele produto e um elo de confiança e credibilidade naquilo que está comprando. É de vital importância que a embalagem transpareça o que o produto é, e jamais a embalagem pode revelar algo que o produto não seja, ou criar expectativas que o produto não alcance, pois se pode gerar a frustração do consumidor, fazendo com que este deixe de crer e sempre fique com o pé atrás com outros produtos. No atual momento as embalagens dos produtos Jazzy, Dizzy e Fuzzy, expressam uma mesma unidade de conceito, elas possuem uma relação gráfica na embalagem, o que fica intrínseco de que fazem parte de uma família, porém o produto não possui uma unidade que mostre a personalidade do produto. As fragrâncias não estão se expressando através da embalagem. A embalagem carece estudos e soluções de design adequadas para melhor posicionamento no mercado competitivo e para chamar mais a atenção do público-alvo e despertar interesse de não levá-lo apenas pelo preço e sim por lhe conquistar visualmente. No ramo cosmético, muita relação se tem de embalagem versus produto. No caso das fragrâncias, as embalagens, primária como na secundária, ditam a personalidade do público alvo, o cliente final sempre irá comprar aquele em que ele quer se espelhar, compra a fragrância esperando se transformar naquilo que ele está vendo e comprando. Hoje em dia, não basta uma embalagem conter o produto, além de transportar, conter, proteger e armazenar, ela precisa cumprir outras funções. A boa embalagem será responsável por um produto vencedor. Assim, como vitrine desse produto, a embalagem deve refletir ainda as características intrínsecas dele, bem como o estágio de desenvolvimento em que se encontra seu fabricante e a sociedade como um todo. (MESTRINER, 2004, p. XV).
Figura 1 – Embalagem Jazzy, Dizzy e Fuzzy Fonte: Disponível em <http://www.akakia.com.br>
INTRODUÇÃO | Problematização
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
13 1.2 objetivos
1.2.1 Objetivo geral
Realizar o re-design de embalagem primária e secundária para os produtos Jazzy, Dizzy e Fuzzy da Akakia Cosméticos.
1.2.2 Objetivos específicos
- Conceitualizar novos nomes para os produtos - Desenvolver embalagens para os produtos Jazzy, Dizzy e Fuzzy que compõem as fragrâncias da Akakia, agregando conceito aos produtos; - Criar embalagem primária e secundária para cada um dos 3 produtos; - Desenvolver estratégia de comunicação visual para transmitir a qualidade dos cosméticos, além de despertar o desejo do consumidor em usá-los; - Adotar linguagem gráfica adequada ao conceito do produto, do fabricante e perfil do público alvo; - Adequar embalagem primária para produção em série; - Criar material promocional e de venda
INTRODUÇÃO | Objetivos
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
14 1.3 justificativa
A tematização e elaboração do projeto de conclusão do curso de design abordando embalagens, se faz devido ao fato de que hoje as embalagens são fatores que fazem a diferença na venda dos produtos, posicionando melhor estes no mercado. No atual momento do design e do consumismo, muito se tem visto sobre design de embalagens, sendo que este ramo possibilita uma infinidade de soluções, análises e diferenciação, quando realizada com métodos e pesquisas. Cada vez mais os fabricantes têm investido em embalagens, pois reconhecem que elas são o diferencial para o produto, além de acondicionar e preservar, também seduz o consumidor e impulsionam as vendas. Mestriner (2004) afirma que cada vez mais, as embalagens são um grande diferencial de competição, pois as grandes empresas podem usá-las na comunicação e na mídia da empresa para sustentar seus produtos no mercado. Contudo há necessidade de criar uma identidade para os produtos, desenvolvendo uma nova forma de apresentação destes no mercado, partindo do pressuposto de que para isto o designer tenha que intervir com um projeto de solução. Para este fim então, esta necessidade de desenvolver embalagens primárias e secundárias para as três fragrâncias Jazzy, Dizzy e Fuzzy (ver figura 2 e 3). O Design deve ser inserido no contexto de desenvolvimento criativo para a embalagem como produto final, agregar valor estético, emocional, de produção, manuseio, satisfação, eficiência e informação.
Figura 2 – Embalagens primárias das fragrâncias e desodorantes Fonte: Disponível em <http://www.akakia.com.br> Figura 3 – Embalagens secundárias das fragrâncias Jazzy, Dizzy e Fuzzy Fonte: Arquivo pessoal (Geller)
O ramo de embalagens para cosméticos se apresenta principalmente com sua estética exterior, sendo o veículo de venda dos produtos, ela própria é que vende o produto, seja ele bom ou ruim, o poder de sedução de uma embalagem é capaz de induzir o consumidor a compra.
INTRODUÇÃO | Justificativa
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
15 O produto e a embalagem têm cada vez mais se tornando inter-relacionados, dificultando separar os dois. Um não pode ser planejado sem o outro e vice-versa. Além de outros fatores, as embalagens quando projetadas a favor e com o produto, trazem ótimos benefícios de venda, produção, manuseio e satisfação do cliente. (MOURA & BANZATO, 1990) Segundo Lyra (1997 apud SALA DO EMPRESÁRIO, 2008) “O empresariado esta acordando para a importância da comunicação visual por embalagens como instrumento valioso e eficiente do design no fortalecimento da confiabilidade do produto e na expansão das vendas.” Então, é importante a adequação de um projeto de embalagem adaptado a contextualização do público alvo, alinhando a linguagem gráfica a necessidade de mercado e marketing. Sendo assim, no decorrer do desenvolvimento do projeto de embalagens pretende-se resolver de forma adequada a necessidade do produto de venda e aceitação no mercado, realizando uma nova conceituação para os produtos e elementos de venda. A embalagem é um fator decisivo no novo cenário competitivo e as empresas que pretendem ter um lugar de destaque no futuro em suas áreas de atividade precisarão fazer dela algo realmente importante em sua gestão empresarial. (MESTRINER, 2008).
A chave para o desenvolvimento deste trabalho é portanto em criar este vínculo de venda do produto, desenvolvendo uma atmosfera concreta de divulgação para os três produtos da Akakia. Fazendo com que a unidade expresse o conjunto e relacione diretamente os produtos fortalecendo a família e fazendo-se expressar de forma coerente ao seu estereótipo. Se configurando um trabalho de design pela especificação, imersão em técnicas, metodologias e especificidades relacionadas a projetos, o que relaciona diretamente a design.
1.4 plano metodológico
Para o início deste TCC foi importante considerar um aspecto colocado por Pádua (2000, p. 31) que diz: Pesquisa é toda atividade voltada para a solução de problemas; como atividade de busca, indagação, investigação, inquirição da realidade, é a atividade que vai nos permitir, no âmbito da ciência, elaborar um conhecimento, que nos auxilie na compreensão desta realidade e nos oriente em nossas ações.
O processo de pesquisa será de uma monografia de compilação, coletando dados de autores e seguindo uma linha de raciocínio que conduza aos objetivos propostos. Inicialmente o projeto abrange áreas de pesquisas fundamentais de coleta de dados, para isso a realização de pesquisas bibliográficas com base em publicações ligadas ao tema,
INTRODUÇÃO | Plano Metodológico
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
16 focando o direcionamento em embalagens e outros referenciais. Com esta pesquisa será possível consolidar e fundamentar teoricamente a primeira etapa. A outra forma de pesquisa realizada será a pesquisa de campo, que permitirá uma coleta de dados com usuários, vendedores e a empresa, facilitando a obtenção de informações não geradas na pesquisa bibliográfica. A coleta destas informações será por meio de questionários, relatos, observações de campo e anotações. Estas pesquisas dão suporte, embasamento e compreensão durante o desenvolvimento das fases investigativa e analítica, dando suporte e aferindo informações relevantes e fundamentais ao projeto realizado.
1.4.1 Etapas de pesquisa
Os aspectos bibliográficos foram levantados em cima dos temas: design, embalagens, perfumes, materiais, linguagens visuais, ergonomia e metodologias de projeto, estes sendo levantado a partir de pesquisa bibliográficas em livros, revistas, jornais, artigos e sites. Serão feitas análises, coletas e pesquisas de campo, realizado através de questionários, para que se obtenham resultados reais de usuários e comerciantes que usam e vendem o produto. E por fim, a elaboração final da proposta, especificada e exposta em detalhes, para a conclusão final do projeto.
1.5 delimitações
Nesta proposta o projeto será executado até conseguir uma solução de embalagem que seja mais cabível ao projeto, conectado com o público alvo as viabilidade de projeto, consistindo exatamente em dar uma nova proposta ao frasco do perfume e a embalagem secundária, sendo que o perfume continuará o mesmo apenas mudando nome, embalagem e o apelo do ponto de venda. A proposta de separar a família dependerá do resultado da pesquisa, porém a forma do conteúdo dos frascos não será alterada, o perfume continuará sendo vendido na forma líquida e sem sofrer alteração também no modo de aplicação do produto, os mesmo continuarão com o modo de aplicação pelo spray. Devido ao tempo para execução do projeto ser curto, não será possível uma imersão e solução de todos os problemas que teriam que ser abordados para a melhor definição e execução
INTRODUÇÃO | Delimitações
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
17 do projeto, estas delimitações para o projeto foram abordadas desde o começo até o final do projeto. Sendo que este também não irá abranger a acessibilidade pessoas com deficiência, e não envolverá questões ecológicas.
1.6 estrutura do trabalho
CAPÍTULO I: No capítulo I como visto encontra-se a Introdução, Problematização, Objetivos, Justificativa, Plano Metodológico, Estrutura do Trabalho e a Delimitação. CAPÍTULO II: Fundamentação Teórica: subdividida em sete partes, são elas: (1) Design: Abordará o tema Design, suas definições e conceitos. (2) Embalagem: Na segunda parte do capítulo o tema será o design de embalagem, abordando temas dentro de embalagens, como: marketing, consumidor, função e etc. (3) Perfumes: Em seguida será descrito um pouco sobre perfumes e fragrâncias. (4)Materiais: Em materiais, a relação de possíveis materiais e suas características. (5) Linguagens visuais nas embalagens: Nas linguagens visuais nas embalagens, o tema abordado será, composições visuais, e aspectos ligados a organização visual. (6) Ergonomia: Tema descrito sobre manuseios e ergonomia informacional. (7) Metodologia de projeto: será feito uma análise de metodologias aplicadas. CAPÍTULO III: No terceiro capítulo serão expostos pesquisas de campo. CAPITULO IV: Projeto: apresentada a proposta de embalagem realizada.
INTRODUÇÃO | Estrut. do Trabalho
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
18 2 fundamentação teórica
FUND. TEÓRICA | Design
2.1 Revisão Bibliográfica
2.1.1 Design
2.1.1.1 O que é design
A palavra “design” muitas vezes pode ser interpretada de formas diferentes, ou errada, a tradução distorcida desta palavra vem sendo bastante aplicada na língua portuguesa principalmente pelas empresas, que passaram a utilizar a palavra “design” como sendo o resultado de qualquer proposta de beleza e criação. Como fortes formadores de opinião, as empresas contribuíram cada vez mais para a proliferação do uso errado do termo “design”. Alexandre Wollner comenta (2002 apud GUIA ADG..., 2002, p. 20). Os fundamentos do design existem desde a idade média. Embora ainda não se chamasse assim, já naquela época havia a preocupação de fazer objetos para comunicar e atingir o homem com mensagens. A palavra “design” nasceu na revolução industrial, ganhando o significado atual a partir da Guerra Mundial.
As primeiras escolas de design no Brasil surgiram em meados dos anos 60, o que logo pode-se afirmar que se trata de um profissão bastante nova e em crescimento progressivo, os profissionais desta área ainda encontram muitas barreiras e falta de conhecimento e reconhecimento da profissão. (STRUNK, 2004) Tendo como matéria prima a informação, e a mercadoria final, soluções. Design consiste em criar conceitos, estabelece relações organizacionais, estruturais, funcionais, expressivas e econômicas. Com o objetivo de estabelecer múltiplas qualidades se embasando em técnicas e outros parâmetros. Uma palavra que sintetizaria e traduziria um pouco do que se faz no design seria, “projeto”.
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
19 O filósofo Antonio Houaiss, certa vez sugeriu que o termo fosse traduzido para “projética”, mas o termo no Brasil não obteve êxito. (STRUNCK, 2004) Villas-Boas (1999) ainda expressa que não há design sem projeto. Projeto pode ser toda ação, objeto ou atividade que se estabelece de uma determinada maneira porque foi pensada para ser assim, inclusive com os erros que ele carrega. Projeto é antes de mais nada, uma solução concebida para a eliminação de um problema. objetos, serviços e seus sistemas em ciclos de vida completos, assim sendo, trata de uma atividade envolvendo uma ampla faixa de profissões, das quais produtos, serviços, comunicações gráficas, decoração e arquitetura fazem parte. Em uma frase Mitsukuri (1995, p. 64) resume o seguinte “Design no seu sentido mais amplo é a criação de sistemas de vida”. Fazer um design é um ato que deveria beneficiar a todos, e não ser possuído exclusivamente por um indivíduo. Deveria servir de instrumento para a realização de um estilo de vida mais conveniente e espiritualmente enriquecido para um maior número possível de pessoas. A qualidade do design depende da amplitude da mente e do espírito do designer. O design deve levar em consideração os recursos, o ambiente, a energia, a conveniência, a beleza e deveria ser razoável”. MITSUKURI (1995, p.64)
2.1.1.2 Atuação do design
O design possui um universo muito amplo de possibilidade para desenvolvimento de projetos e soluções. Para os leigos o design se resume apenas em desenho. Porém a infinidades de aplicações do design aparecem no dia-a-dia, em casa, na rua, no shopping, na loja de construção, na lanchonete, na bilheteria, enfim em todo e qualquer lugar o design sempre se vê presente e atuante. Do folder recebido no semáforo, a loja de produtos importados. Wollner (2002 apud GUIA ADG..., 2002) ainda completa dizendo que o profissional da área de design, o designer, é incumbido de realizar atividades relacionadas com a comunicação da produção de objetos, livros, revistas e de espaços como praças, tudo aquilo que é relacionado com o elemento humano. Segundo o Guia ADG (2002), o design conta hoje com uma enorme gama de possibilidade de atuação da profissão para o desenvolvimento de seu trabalho, muitas são as áreas onde este profissional pode atuar. As opções de atuação são bastante variadas o que possibilita maior flexibilidade e experimentação das diferentes realidades, e ainda verificar em qual delas o profissional aplicará melhor seu conhecimento e capacidade de atuação. Habitualmente o design é dividido em dois segmentos: design de produto e design
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O Design é uma atividade cujo objetivo é estabelecer qualidades multifacetadas de
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20 gráfico, mas muito mais abrangente do que apenas estas duas vertentes, o design aborda áreas muito mais além. Para cada ramo a necessidade do profissional de diferentes conhecimentos em técnicas, materiais e experiências: Identidade corporativa, Sinalização (design ambiental), Publicações institucionais, Design editorial, Embalagem, Material promocional, Mídia eletrônica,
2.1.1.3 O que significa design para o mundo atual
Design hoje está diretamente ligado a crescimento, desenvolvimento, solução, hoje mais do nunca design é o fator chave da humanização inovadora das tecnologias e de intercâmbio cultural e econômico. Pois ele possibilita trabalhar com estereótipos diferentes, soluções inovadoras, estudos específicos e criações independentes. Uma profissão que ainda está em fase de crescimento e criando raízes. “O design se aproxima ainda mais neste final de século das ciências sociais, da sociologia, da antropologia e da filosofia, em busca de antecipar as necessidades reais dos usuários do futuro.” (FAGGIANI apud costa 1993, p. 79)
2.1.2 Embalagem
2.1.2.1 O que é embalagem
Todos os estudos partem da definição da etimologia da palavra “embalagem”, que está diretamente associada com o verbo embalar. Segundo o AURÉLIO (1975), o termo embalagem e embalar podem ter vários significados, dentre eles, os seguintes são os termos que definem a vertente que segue o objetivo escolhido pelo trabalho: - Embalagem 1. [Do fr. Emballage.] S.f. 2. O invólucro ou recipiente usado para embalar. - Embalar 2. [Do fr. Emballer.] V. t. d. Acondicionar (mercadorias ou objetos) em pacotes, fardos, caixas, etc., para protegê-los de riscos ou facilitar o seu transporte. (AURÉLIO,
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Design de produto, Gestão de design, entre outras.
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21 1975, p. 507) Sob esse ponto de vista, a embalagem tem sua origem nos primórdios da civilização humana, derivada da necessidade básica do ser humano de se alimentar e buscar formas de guardar e conservar seu alimento por mais tempo. Embalagem é uma função técnico-econômica, com o objetivo de proteger e distribuir os produtos ao menor custo possível, além de promover as vendas, e conseqüentemente, aumentar os lucros. A embalagem é, por isso, uma conseqüência da integração de arte e ciência, que exige conhecimentos de resistência de materiais, fluxogramas, logística, fabricação, movimentação de materiais, design, cromatografia e mercado, além de elevada dose de bom senso e criatividade.
A embalagem é então uma necessidade da vida humana, começando pela própria natureza. Há os que apontam os primeiros vestígios das embalagens, com a vagem que protege o feijão e a ervilha, a palha para envolver a espiga de milho, a casca do ovo e da noz. As embalagens possuem várias formas, modelos e materiais, elas fazem parte do nosso cotidiano de diversas maneiras, algumas reconhecidas conscientemente, outras de influência bem sutil. A embalagem ainda, exerce uma função que para todos é bastante conhecida, a de proteger, embalagem no seu sentido literal nada mais é do que algo que envolve e protege qualquer tipo de produto. Porém algumas outras funções também cabem as embalagens: proteger, conservar, transportar, informar e comunicar. Muito forte é a relação da embalagem versus o produto, possuem uma relação direta e interligada, onde um depende do outro, e que muitas pessoas não imaginam um sem o outro, fazendo com que a embalagem não deixe de ser parte do produto. Mestriner diz que o consumidor não separa a embalagem e o conteúdo, para ele, os dois constituem uma única entidade indivisível. “Dados pesquisados pelo comitê de estudos estratégicos ABRE/Research, relata que 70% dos produtos existente hoje possuem embalagem, e mais de 90% dos produtos vendidos em supermercados não tem apoio de comunicação, dependendo único e exclusivamente da embalagem.” (MESTRINER 2008 apud ABRE/Research)
2.1.2.2 Design de embalagem
A revolução do design de embalagem ocorreu quando houve a necessidade da produção em série, com maquinários pesados. Que foi o período que surgiu os supermercados. (MESTRINER, 2004) Toda vez que se fala em design de embalagens, surge a questão: mas isso é design gráfico ou design de produto? Na verdade, é as duas coisas. O designer de embalagem
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Segundo a visão de (MOURA & BANZATO, 1997, p. 11):
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22 precisa dominar as técnicas do design gráfico para elaborar rótulos e também do design de produtos para pensar o invólucro propriamente dito. (FASCIONI, 2008)
Sendo assim o design de embalagem pode ser compreendido entre, a trajetória e a metodologia de projeto que atenda as necessidades que a embalagem estabelece. Mestriner (2004, p. 2) afirma que “a embalagem final é apenas uma etapa do processo da cadeia produtiva que começa na matéria-prima, com os fabricantes dos materiais.”. desde a concepção industrial, até a relação que ela desempenha com o consumidor. A embalagem é o componente-chave do custo de produção do produto até a representação da marca durante o consumo. (RAUPP, 2008) “Desenvolver embalagem é uma atividade complexa, onde temos que tomar decisões e optar entre alternativas técnicas, estratégicas, conceituais e operacionais.”. As embalagens têm ganhado destaque nas prateleiras e reconhecimento do consumidor, este crescente mercado em desenvolvimento, faz com que as indústrias tem se interessado cada vez mais em investir em design de embalagem, pois vêem nisso um diferencial competitivo, e o consumismo exige cada vez mais das empresas. O desenvolvimento da indústria, do comércio, da tecnologia e da própria sociedade fez da embalagem um importante componente da vida moderna. (MESTRINER, 2004 p.3). Mestriner ainda completa dizendo que cerca de 80% da população hoje se concentra nos grandes centros urbanos, onde se torna indispensável a embalagem para que o produto chegue em um bom estado de apresentação e conservação. Sendo ela um gerador considerável de resultados para a economia. Para as indústrias ela significa um elemento de importante custo de produção, pois muitas vezes podem se tornar o principal item na composição final do custo do produto. Ai o fato de ainda hoje muitas empresas não investirem neste ramo do design, E ainda é um fator decisivo no novo cenário competitivo e as empresas que pretendem ter um lugar de destaque no futuro de suas áreas, precisarão fazer dela algo realmente importante em sua gestão empresarial. (EMBALAGEM MARCA, 2008). De acordo com a pesquisa setorial ABRE/FGV, para muitos produtos a embalagem é o seu símbolo. Exemplos: O frasco de perfume, o extintor de incêndio, a caixa de lenços de papel, a caixa de fósforos, etc. Podemos citar ainda, a garrafa da Coca-Cola e o frasco do perfume channel nº 5, que tem suas formas patenteadas devido ao status de marca. (WIKIPEDIA, 2008b) O Comitê de estudos estratégicos da Associação Brasileira de Embalagem, diz que o brasileiro valoriza, e muito, as embalagens dos produtos, sabendo discernir com clareza, uma boa embalagem. A embalagem possui a importante função de tornar compreensível o conteúdo e viabilizar a compra. A atmosfera da embalagem é: o produto, a indústria, o marketing, e o design, que é o responsável por fazer com que a embalagem mostre ao consumidor o que ele não vê, mas o que
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O design seria então o ponto que integra todo o processo, atuante em todas as etapas,
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23 ele espera do produto. Pensar que no ponto de venda, terá apenas o consumidor e a embalagem, os dois terão que se entender. Como afirma Mestriner (2008), a embalagem é um instrumento de referência e avaliação cada vez mais relevante no processo de escolha dos produtos. Ainda segundo o autor, sutis e consideráveis são as razões que apenas as embalagens podem oferecer ao produto, destaca-se: qua a embalagem é o reflexo do produto; ela pode ser considerada uma parte do marketing e vende o produto, é capaz de traduzir o que o produto é; excessivo de produtos semelhantes. Essa quantidade de opções acaba confundindo o consumidor que tem dificuldade em perceber tão sutis diferenças e em atribuir a elas o devido valor. O design de embalagem e as estratégias de marketing passaram a ser os grandes diferenciais de um produto ao criarem o impacto visual necessário para a sua identificação no ponto de venda. A embalagem é o principal elo de ligação e de comunicação entre o consumidor, o produto e a marca. Através dela este identifica, escolhe e usa o produto. A partir desta experiência, ele julga se o agradou ou não e, o mais importante, se compraria novamente. O design de embalagem agrega valor aos produtos ao adequá-los de forma eficiente às necessidades e expectativas do consumidor e definir seu posicionamento correto no mercado. (ABRE, 2006a).
2.1.2.3 História das embalagens
Cavalcanti (2006, p. 13) relata: Embalagens acompanham a humanidade desde o dia em que se descobriu à necessidade de transporta e proteger mercadorias. Cavalcanti ainda diz que, com o crescimento industrial e a globalização os produtos começaram a circular por todos os cantos do mundo, as embalagens também tinham uma tendência de se tornarem mais independentes, abordando mais a relação, consumidor, embalagem, fazendo com que surgisse a necessidade de identificação destes produtos, que inicialmente se deu pela rotulagem. Como descreve Mestriner (2008a) onde pondera que, um marco para o design de embalagens foi em 1930 com Michael Kullen, quando criou o conceito de supermercado, onde as pessoas mesmo se serviam do que queriam, eliminando o balconista, tornando mais fácil para o cliente ir até o que está procurando sem dificuldades. Á medida que o espírito capitalista foi tomando conta das relações de produção e comércio e que foi aumentando a fome de lucro, aumentou a necessidade e a eficiência na conservação do produto e o empenho em reduzir custos, assim a embalagem foi aumentando sua importância no mundo moderno. E hoje as embalagens apresentam uma crescente expansão e evolução de técnicas, materiais, processos, métodos, tudo graças à evolução da tecnologia, que cresce a cada dia permitindo melhores aplicações para as embalagens.
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Cada vez em maior crescimento, o mercado competitivo está gerando um número
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24 Para Tambini (2002), a linha do tempo para o desenvolvimento das embalagens é da seguinte maneira: 1900-1909 - Designs de embalagem ainda refletiam as preferências da sociedade do século XIX. Forte influencia do art noveau. Como exemplo este rótulo de uma caixa de três
Figura 4 – Embalagem antiga sabonete 1 Fonte: O design do século (TAMBINI, 2002)
1901-1919 - O período em que a primeira guerra acelerou a tendência de embalagens individuais, as embalagens começaram a ser atualizadas e os processos técnicos melhoraram. As embalagens ainda sofriam influência do art nouveau. 1920-1929 - Anos de mudança, após a primeira guerra mundial, os designs se tornam mais limpos e com influência do movimento art decó . 1930-1939 - Bastante influenciada pelo movimento de art decó, as embalagens também sofreram influência das arte gráficas se tornando simples e ousada. 1940-1949 - Segunda guerra mundial, as embalagens perderam assim como a sociedade, época de escassez de tinta e materiais, as embalagens se tornram mais funcionais. 1950-1959 - Surgimento dos supermercados, o que abriu porta para a competitividade entre as embalagens, transformando-as em instrumento de publicidade. 1960-1969 - Era da modernidade, alimentos congelados e enlatados, influencia hábitos do consumidor. Preocupação em fazer a embalagem transmitir mensagem de venda. 1970-1979 - Variedade em estilos de embalagens, o consumidor começou a mudar seu gosto. Surgimento do tetrapak . Como mostra a embalagem de perfumaria : (TAMBINI, 2002, p. 246) Sabonete de beleza Floral Nature: As perfumarias continuaram a retratar a última moda e os estilos populares na embalagem, como mostra esta ilustração delineada num pacote de sabonete de beleza. O fundo branco ajuda a transmitir a idéia de um produto natural, puro. ����������������������������������������������������������������������������������������������������������� Art nouveau, do francês arte nova, chamado Arte Nova em Portugal, foi um estilo estético essencialmente de design e arquitetura que também influenciou o mundo das artes plásticas. Era relacionado com o movimento arts & crafts, nas últimas décadas do século XIX e primeiras décadas do século Art ��������������������������������������������������������������������������������������������������������������� Déco foi um movimento popular internacional de design de 1925 até 1939, que afetou as artes decorativas, a arquitectura, design interior e desenho industrial, assim como as artes visuais, a moda, a pintura, as artes gráficas e cinema. Este movimento foi, de certa forma, uma mistura de vários estilos e movimentos do início do século XX. Tetra Pak, também conhecida por Tetra Brik (uma mistura do grego: τετρα: quatro, e do inglês: Pack: pacote ou embalagem), é uma empresa multinacional de origem sueca, que fabrica (produz) embalagens para alimen tos.
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sabonetes, que se mostra com um design bastante extravagante visando atrair as damas.
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25
1980-1990 - A embalagem se tornou um veículo de venda ainda mais forte, a tecnologia das embalagens se encontra em crescente expansão. Começa o empate entre dois lados opostos, a elevada variedade de produtos e o inicio da preocupação com o meio ambiente. Nos dias atuais, a tecnologia ajudou no desenvolvimento rápido das embalagens, a diversidade de materiais e técnicas, contribui para que ganhassem mais destaque nas prateleiras e começassem a servir como carro chefe de vendas. Com este desenvolvimento, podemos notar a qualidade muito superior que a embalagem tem apresentado ultimamente, a tendência de cada vez mais no decorrer dos anos apostar na tecnologia avançada para aplicar em embalagens. (Mestriner, 2004, p. 33) No novo cenário competitivo estão em ação três fatores determinantes que fazem do design um componente decisivo para o sucesso do produto. A globalização, a hipercompetição e a similaridade tecnológica estão fazendo do design o principal deferencial percebido dos produtos de consumo e fator decisivo na decisão de compra.
Tambini (2002) reforça a idéia das embalagens extremamente tecnológicas e com altos graus de eficiência, diz que no futuro, as embalagens tendem ser mais ativas e inteligentes, proporcionando comunicação e interação, seja com o produto, com o consumidor ou mesmo com a cadeia logística e de venda. Por exemplo, a tecnologia RFID (Radio Frequency IDentification), que utiliza rádio-frequência na transmissão de dados, em substituição ao código de barras. É possível manter a característica da marca durante os anos e apenas atualizar sua embalagem para cada novo tempo. Não deixando a marca perder sua essência, a base do conceito continua o mesmo só fazendo se modificar a comunicação visual para os tempos modernos. Como exemplo, a lata de leite moça, que ao longo dos anos sofreu modificações e atualizações, mas nunca perdeu a sua verdadeira essência e conceito.
Figura 6 – Evolução embalagem leite moça Fonte: A história da embalagem no Brasil (CAVALCANTI, 2006)
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Figura 5 – Embalagem antiga sabonete 2 Fonte: O design do século (TAMBINI, 2002)
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26 2.1.2.3.1
Embalagem no Brasil
De acordo com Cavalcanti (2006), assim como aconteceu no restante do mundo, no Brasil o maior avanço da embalagem aconteceu com o desenvolvimento do comércio e das cidades, fazendo com que as embalagens tivessem que vender e comunicar o que nelas continham. técnicas de impressão evoluíssem. A partir da Segunda Guerra Mundial, quando os supermercados começaram a se instalar nas grandes cidades é houve o impulso para inúmeras inovações no campo das embalagens. Sendo que hoje os supermercados representam 80% da distribuição de alimentos, produtos de higiene e limpeza, e com isso a embalagem destes segmentos. Atualmente, como mostra relato publicado no artigo embalagem e sociedade, de Mestriner (2008a): A indústria brasileira de embalagem é um daqueles setores em que o país não está atrasado. Nós temos nível internacional e somos hoje um país exportador de embalagens (vazias). Nosso design vem conquistando prêmios nos principais concursos internacionais do setor por sua qualidade e criatividade e temos um centro de tecnologia de embalagem, o CETEA em Campinas que está entre os melhores do gênero.
CAVALCANTI (2006, p. 15) Das vinte maiores empresa do mundo, dezoito estão estabelecidas no Brasil. Mais de 60% de todos os produtos comercializados a utilizam. De longe, é o maior item fabricado no mundo. No Brasil, segundo estudos realizados pelo IBRE/FGV-RJ, a indústria brasileira apresenta altos níveis de venda, cerca de R$ 31 bilhões e exportação de U$ 300 milhões, em 2005. Ainda em 2005 a geração de vagas de empregos diretamente ligados a embalagem superaram os 170 mil. A partir de agora então só precisa investir em design de boas embalagens, fazendo com que agreguem valor e aumente a competitividade com o mundo globalizado.
2.1.2.4
Comunicação visual na embalagem
“O consumidor é humano, deseja o melhor, o mais bonito e o mais atraente. Ele só não compra o produto por motivos que vão da falta de poder aquisitivo à preferência afetiva. Ninguém prefere o feio; a embalagem precisa também seduzir e agregar valor ao produto.” (Mestriner, 2004, p. 19)
Foi com o passar dos anos que a embalagem teve que se aprimorar e exercer funções de conter, proteger, identificar, expor, comunicar e vender o produto, enfim, funções para fazer o produto existir em um cenário cada vez mais competitivo. Nunca como antes as embalagens
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No passar dos tempos esta necessidade que a embalagem começou a conter fez com que as
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27 estiveram tão ricas em comunicação visual, hoje são plenas de splash, rococós, selos, rótulos, destaques, porém a organização e utilização desses meios têm que ser controlada. Como pode-se observar anteriormente na história das embalagens, estas vêm sofrendo influências dos tempos e se modelando para a consumidor, tanto esteticamente como conceitualmente, se acompanhada a evolução dos anos da para se notar a peculiaridade na comunicação visual que está muito mais aflorada e necessitam de atenção e organização. São através das informações contidas, uma mensagem de associação rápida a desejos, necessidades, impulsos dos consumidores diante do produto. Chegando ao fato, de que a comunicação visual da embalagem é o ponto que atrai os consumidores, por isso a grande preocupação com esta. “O consumidor está em movimento e o produto precisa ser visto. O resto vem depois disso. Se ele não ver o produto, nada mais acontece.” (Mestriner, 2004, p. 19) A comunicação visual ocorre por meio de mensagens visuais que fazem parte da grande família das mensagens que atingem os nossos sentidos sonoros, térmicos e dinâmicos. Munari (1997) divide a mensagem visual em duas partes; a informação transportada pela mensagem e o suporte visual, Munari (1997, p.68). Que serão vistos mais aprofundados em semiótica ao longo da fundamentação teórica. Nesta comunicação, a força com que a embalagem conversará com o consumidor é muito peculiar, pois tudo isso precisa ser feito de maneira sedutora, de forma que encante o consumidor, conquistando sua simpatia e seu entusiasmo. (Mestriner, 2004) Ninguém quer comprar produtos “sem graça”. Muitas vezes o consumidor precisa fazer economia e opta pelo preço baixo. Porém, na maioria das categorias importantes os produtos líderes não são os mais baratos e muito menos os que têm embalagens ruins. Outro fator importante a ser lembrado é que, a partir da embalagem, o consumidor forma uma imagem muito forte da empresa que o fabricou, sendo, portanto, um instrumento de construção da marca em seu sentido mais completo. (Mestriner, 2004, p. 19)
De acordo com que Giovanetti (1997) demonstra, a linguagem simbólica pode assumir cinco classes de funções; a de diferenciação, atração, efeito espelho, sedução e informação, são o que faz da embalagem o principal fator de venda. Sendo que as imagens simbólicas que constituem uma embalagem, são relacionadas principalmente com o lado mais emocional do consumidor, muitas vezes conduzindo-o à ações menos lógicas e mais impulsivas. Isto deve-se especialmente ao fato de se relacionar estas imagens à conceitos estéticos já adquiridos ou à tentativa de se obter benefícios, sendo o status um deles.
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importantes de organização, pois estes elementos significativos que as embalagens levam, transmite
MADEIRA
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CHYPRE
ORIENTAL
28 2.1.2.5
Função das embalagens
C
Para melhor compreensão das funções das embalagens precisamos defini-las, conforme
P
o Manual para Planejamento de Embalagens (1976), existem quatro funções bem definidas da
M
V
embalagem: contenção do produto, proteção de seu conteúdo, comunicação e utilidade. produto, proteção do conteúdo, a comunicação e a utilidade são os fatores básicos das embalagens, e descrevem estas funções da seguinte maneira: - Contenção do produto: tem a função de acolher o produto, guardar, contê-lo; METODOLOGIA DE PROJETO DE DESIGN
- Proteção de seu conteúdo: proteger para garantir a integridade do produto; DEMANDA
1) Ident. da demanda
2) Proposta comercial
3) Aprovação da proposta
- Comunicação: informar através, de cores, 2)formas, símbolos, texturas e impressão; 1) Planejamento Desenvolvimento 3) Produção - Utilidade: facilitar a interação entre embalagem e o seu conteúdo. - Briefing - Cronograma - Levantamento de dados - Análise de dados
- Conceituação - Estudos preliminares - Ante projeto - Orçamento preliminar - Projeto final/aprovação
- Orçamento final - Execução do projeto - Protótipo - Sepervisão da execução - Entrega do produto Final/Aprovação - Documentação
CobraPROJETO (1985), também afere estas funções às embalagens, porém ainda complementa, pois acredita que assim como o nome da marca tem por finalidade informar os consumidores
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Moura & Banzato (1997) partem do mesmo pré-suposto em que a contenção do
MEDI ESTÁ
MÃO
Comp
Largu
Comp
sobre o produto, a embalagem também o faz e até mesmo num grau ainda mais elevado, no ponto
Largu Circu
de venda. Assim ele acrescenta mais 2 funções a embalagem: o posicionamento do produto e a
Circu
venda do produto.
Cilind
E para Mestriner (2002), a classificação das embalagens ocorre de acordo com três distância de leitura em mm das letras ou números mm = funções primárias, são elas:Altura conter, proteger eem transportar. E ainda defende que, além das funções 200
primárias, existem outros papéis e funções nas embalagens, tais quais: econômica, tecnológicas, mercadológicas, conceituais, comunicação e marketing, sociocultural, e meio ambiente. Podendo ser percebida através da tabela a seguir proposta por MESTRINER (2002:04) AMPLITUDE DA EMBALAGEM FUNÇÕES PRIMÁRIAS
Conter/Proteger Transportar
ECONÔMICAS
Componente do valor e do custo de produção Matérias-primas
TECNOLÓGICAS
Sistema de acondicionamento Novos materiais Conservação de produos
MERCADOLÓGICAS
Chamar a atenção Transmitir informações Despertar desejo de compra Vencer a barreira do preço
CONCEITUAIS
Construir a marca do produto Formar conceito sobre o fabricante Agregar valor significativo ao produto
COMUNICAÇÃO E MARKETING
Principal oportunidade de comunicação do produto Suporte de ações promocionais
SOCIOCULTURAL
Expressão da cultura e do estágio de desenvolvimento de empresas e países
MEIO AMBIENTE
Importante componente do lixo urbano Reciclagem/Tendência mundial
Matéria-prima
VIDRO
CELULOSE
PLÁSTICO
Figura 7 – Tabela de função das embalagens Fonte: Design de embalagem (MESTRINER, 2004) METAL
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29 Dentre tantas funções que as embalagem exercem, a mais importante e principal delas ainda é a proteção, pois se esta falhar todas as outras perderão o seu significado. (MESTRINER, 2004, p. 4)[...]além das funções básicas originais da embalagem, ela desempenha uma séria e funções e papéis nas empresas e na sociedade. Segundo Giovannetti (1997) as embalagens se classificam em vários tipos, os mais conhecidos e simples são: - Embalagem secundária: fica em contato com a embalagem primária; - Embalagem terciária: seria a embalagem que reúne uma quantidade x de embalagens secundárias para transporte, manipulação e distribuição.
2.1.2.6
Design, consumidor e embalagem
A relação design versus consumidor versus embalagem, é a relação que temos nos pontos de vendas, onde o design da embalagem vai comunicar ao consumidor e o consumidor irá procurar naquela embalagem o que ele quer. Monti ainda completa dizendo que “A embalagem é que faz o elo entre o produto e o consumidor, transparecendo seu posicionamento no mercado. Pois quando o consumidor vai comprar a o produto ele não considera a embalagem uma parte desassociada do produto, constitui para ele uma entidade única.” (MONTI, 2008) Para o consumidor a embalagem é a peça fundamental na escolha, é através dela que ele irá analisá-la. O produto por si só não se torna ponto atraente para o consumidor, logo, a embalagem agrega significado ao produto reunindo vários componentes - marca, desempenho, informações, atributos simbólicos, emocionais, etc - entregando isto ao consumidor. Que por sua vez não separa o produto, da embalagem - muitas vezes para ele, tudo é a mesma coisa. É um conjunto de relação direta, se um deixa desempenhar bem o seu papel, o outro sai perdendo. (MESTRINER, 2008c) Através dela, o consumidor forma conceito e atribui valor ainda para a empresa que a produziu. Ela é um componente fundamental para a construção da imagem da marca, pois é a expressão tangível de todos os seus significados. Ao ir ao ponto de venda, o consumidor é seduzido pelas embalagens, e aquela que mais o surpreender, de for eficiente e mostrando-a clara e direta, é a que possivelmente ele irá escolher, claro tirando o fato de que alguns consumidores compram o preço e não o produto. Mas é extremamente possível aliar um produto barato a um preço bastante acessível. (LYRA, 2008) O consumidor compra a embalagem por vários motivos, destacando-se a marca e a qualidade do produto. No ponto de venda, o produto nacional vai concorrer, lado a lado, com outros, incluindo estrangeiros, em preço, qualidade, marca, imagem e apresentação. Uma boa embalagem funciona como eficaz ‘vendedor silencioso.
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- Embalagem primária: que fica em contato direto com o produto;
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30 O bom vendedor silencioso comunica e chama a atenção do consumidor de forma direta e única. Todos estão inseridos na diversificada gama de produtos que hoje temos no mercado, de concorrência, similares, somente se diferem pela forma com que a embalagem se manifesta. A principal chave de atração para o consumidor é basicamente o aspecto visual da embalagem, o projeto gráfico inclui especializados itens de comunicação, organização visual e organização das informações necessárias e obrigatórias para a ANVISA. transmitir a informação básica para a compreensão do que está sendo oferecido, ressaltar os atributos complementares do produto e agregar valor ao produto. São aspectos que Mestriner relata ser essenciais para o subconsciente do consumidor.
2.1.2.7
Embalagem como ferramenta de marketing
Hoje em dia o marketing opera com grande influência nos produtos. A possibilidade que uma empresa tem em copiar processos, equipamentos e informações da concorrência, é claramente percebida. Porém um nunca poderá copiar do outro informações do seu valor intelectual, o que pode ser a vantagem competitiva de muitas. É o que Kotler (2000) expressa sobre o marketing nos dias de hoje. Para Mestriner (2004) hoje o design de embalagem é uma atividade complexa, pois além do design ele envolve também o marketing. E comenta ainda, que a embalagem assim que estiver cumprindo a sua função, surge a oportunidade de fazer com que elas se relacione diretamente com o consumidor em meio ao marketing. Niemeyer (2002 p. 33) Uma embalagem é um grande diferencial na estratégia de marketing de um produto, pois ela age diretamente na interface junto ao consumidor. Niemeyer ainda aponta que, encontrar oportunidades no mercado, significa desenvolver estratégias de lucratividade para a empresa, relacionando o público-alvo e mercado, onde este contexto pode ser compreendido em o mix dos p’s, peça primordial para o marketing. Estas funções básicas e primordiais significam: o Produto, o Preço, a Promoção e o Ponto de venda. Gerando para as embalagens uma atmosfera de variáveis a serem planejadas. A importância destes itens para a embalagem é claramente notada, isto porque a embalagem se relaciona diretamente com estes compostos de marketing, sendo analisada da seguinte maneira: - Através do produto ela desempenhará sua função primária, proteger o produto; - Através do preço pode propiciar um melhor custo ao fabricante, e de mercado; - Através da promoção tornar-se importante diante das embalagens promocionais; - E por último, através do ponto de venda é que as embalagens desenvolvem o seu
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Resumindo (MESTRINER, 2004, p. 19), a embalagem precisa: chamar a atenção,
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31 papel mais importante como uma ferramenta de marketing, se comunicar com o consumidor. Visto que do ponto de vista mercadológico, Mestriner (2004) define alguns pontos relevantes que podem ser considerados como objetivos de marketing da embalagem, já que este está diretamente relacionado com a área de marketing dentro da própria empresa. - Primeiro as características e tamanho do segmento que o produto esta inserido; - Importante também é mensurar as características da concorrência; - A utilização de uma linguagem visual coerente com a categoria e nível do produto; - Distribuição e exposição do produto com característica de cada canal utilizado; - E por último a imagem que a empresa pretende passar com o produto. Mestriner conclui que (MESTRINER, 2004 p. 22), a embalagem é uma poderosa ferramenta de marketing e, quando bem conduzida, pode tornar-se um fator decisivo no ponto de venda. Isso acontece porque a embalagem é item obrigatório do produto[...]
2.1.2.8
Embalagens de perfumes e cosméticos
Doravante trataremos de design de embalagens para cosméticos e perfumarias de forma abrangente nas embalagens primárias e secundárias, visto que o projeto tem por intuito a realização dos dois tipos de embalagem. Adélia Borges em relatos para a revista embalagem marca, comenta sobre as embalagens de perfumes. Esse é um dos campos em que a força do design mais se faz presente. Líquidos não têm forma definida. Cabe ao seu container definir a sua imagem. Isso vale para todas as espécies de líquido, tanto os de beber quanto os de usar – material de limpeza, por exemplo. Mas vale mais ainda para o perfume, um bem de consumo um tanto intangível, que não passa pelos critérios de necessidade (“eu preciso”), mas de desejo (“eu quero”). (embalagem marca, 2008 a)
Em síntese tudo o que foi visto até aqui, relatou a necessidade das embalagens e seus porquês. A embalagem é inserida neste contexto para dar início a uma pesquisa mais direcionada as embalagens de cosméticos, entende-las e estuda-las com mais direcionamento, compreendendo melhor os parâmetros deste tipo de embalagem e projetar estrategicamente para este alvo. Para Palhares (2007, p.3): Embalagens são feitas para atender objetivos estratégicos....a relação entre fabricantes, usuários, distribuidores e consumidores de embalagem deve ser vista sob os ângulos que mais interessam às empresas e aos consumidores: o dos custos, o da eficiência nas linhas, o da inovação técnica e visual, o do giro no ponto-de-venda, o da satisfação de quem compra, o do impacto ambiental antes e depois do uso. A embalagem é vista de forma abrangente e sistêmica. Vale dizer: é vista como negócio.
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- Analisar público-alvo e a relação do consumidor com esta categoria de produto;
32 Os produtos necessitam de diferentes apelos nas embalagens, tem os que precisam de maior proteção, os que necessitam de maior durabilidade, os mais resistentes, charmosos, caros ou baratos, cada produto pede um tipo de embalagem. As embalagens de cosméticos podem ser mais ousadas, diferente e com apelo estético mais sofisticados. As fragrâncias em especial, possuem uma particularidade, onde o consumidor
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precisa se sentir seduzido pela embalagem, é nela que ele irá se espelhar, e é com a essência que pois é o cheiro de cada pessoa, o que tem muito haver com a personalidade, com momentos, lembranças. Os perfumes são bastante marcantes, e são capazes de identificar as pessoas. Como citado anteriormente, o caso do perfume channel nº 5 que teve suas formas patenteadas devido ao símbolo de status que a marca terminou por alcançar com a embalagem do produto. O Perfume é reconhecida mundialmente pelo seu formato quadrado, que além de possuir signos próprios, agregam um valor estético característico facilmente identificável neste perfume.
Figura 8 – Perfume Channel Fonte: Disponível em <http://www.busqueperfume.com>
Segundo Mestriner (2002, p 52): “A forma, é o principal elemento de diferenciação na embalagem. O shape de um novo frasco tem um efeito marcante na identificação de um produto. Produtos que têm muita personalidade e precisam expressá-la de maneira categórica devem colocar como ponto relevante de sua embalagem uma forma diferenciada.”.
A linguagem que a embalagem de perfume adquire, é de extrema importância para o conteúdo interno, é ela que transmitirá o que o consumidor deseja ser e sentir com a fragência. No início do século XX, os desenvolvimentos da linguagem visual das embalagens de cosméticos, tinham uma grande evolução registrada. Nesta época as indústrias de cosméticos e perfumarias traziam em seu produto, um repertório completo do art noveau, incorporando pela primeira vez de forma internacional um componente de moda, que vincula os produtos ao que estava acontecendo no cenário artístico e cultural da época, salienta Mestriner (2004). O fascínio exercido pelos perfumes impregna toda a História, exercendo sobre esta longa caminhada até os dias de hoje a arte a sedução, da aparência e da essência. A forte influencia estética e de poder que as embalagens de perfume e a fragrância em si agregam para o consumidor. Assim como também afirma Cavalcante, relatando a essência dos perfumes. (CAVALCANTI, 2006, p. 60)
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ela transmite o que ele quer se parecer. Perfumes são considerados produtos bastante particulares,
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33 Em outra classe de produtos, as instruções ou sugestões de uso têm importância nitidamente secundária ou mesmo nula, enquanto a estética ganha um valor de primeiro plano. É o caso dos artigos de toalete e sobretudo dos perfumes, de cujas embalagens se poderia dizer que a aparência quase se confunde com a essência.
Desta forma criando esta relação tão forte com a sua essência, adquirida através da sua história e evolução. Cabe então relatar um pouco da trajetória exercida, para compreender
2.1.2.8.1
A evolução das embalagens de perfumes e cosméticos
Grande parte dos perfumes e sabonetes finos do Brasil eram importados principalmente da França. Os produtos mais finos de clientela mais seleta somente eram vendidos em farmácias através de encomendas, tendo como pioneiro neste ramo em meado de 1860, José de Alencar Coxito Granado, que incluía na sua linha de produtos de cosméticos e perfumarias, itens como, águas-de-colônia, cremes, pós-de-arroz. Mas seu produto mais famoso e que perdura até os dias de hoje, é o famoso talco Granado. Daí para a frente as vertentes de perfumaria começaram a se difundir pelo Brasil. (CAVALCANTI ,2006) É na França contudo que, além de ter os grandes perfumistas, também tem os grandes designers de embalagem. O Brasil sofreu bastante influência da Europa, era de lá que vinham as idéias e as inspirações para os produtos, a França principalmente muito colaborou com o desenvolvimento e o início da fabricação de perfumarias no Brasil. As multinacionais exerceram influências primordiais para a higiene e beleza brasileira. Segundo Mestriner, foi com empresas como a Lever e a Johnson e Johnson que o consumidor brasileiro aprendeu a ser mais exigente, pois trouxeram para o Brasil, suas embalagens, seus produtos, agências de publicidade e principalmente suas normas de qualidade. Ao ver as embalagens antigas, dá para notar claramente o luxo e o requinte que estes transmitiam ao público, como se observa na embalagem da Gessy de 1953, foi mudada, tendo como alvo uma mulher mais moderna e preocupada, não mais com higiene, mas com a beleza.
Figura 9 – Embalagem Gessy Fonte: A história da embalagem no Brasil (CAVALCANTI, 2006)
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melhor o motivo de tanto valor para este tipo de produto.
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34 Relatos de Rodrigo Gomes, diretor de negócios de operações da “Éh” cosméticos, uma linha de produtos fabricada em um material diferenciado, diz que o consumidor ao topar com as embalagens de marca, muitos as apanham, curiosos, para esmiuçá-las, dizendo ainda ocorrer um reforço do encantamento da marca. (Embalagem marca, abril 2007) De forma geral, todo o ramo da perfumaria que investe e aposta no design de embalagem como diferencial para seus produtos, não erra. Embora este ramo seja exemplo de estruturais e de materiais em suas embalagens. A opção para driblar a concorrência é o design, pensa a pesquisadora Leda Coltro, do CETEA, o consumidor aplica mais credibilidade na empresa, pois percebe a diferença comparando com outros do mercado. (embalagem marca, 2008b). A empresária Renata Ashcar, diretora da agência Cosmetics Marketing & Design, que desde 1986 é especializada no mercado de cosméticos, concorda com Leda. Para Renata, o design é uma ferramenta que permite conceituar melhor um produto. “A tendência, nesse caso, são os tons metalizados, com texturas mais aveludadas, suaves ao toque”, ela avalia. Algumas importantes empresas instaladas no Brasil, contribuem para o mercado de cosméticos e perfumarias crescente. Um exemplo de empresas que trabalham forte no segmento de perfumes é: Avon, Natura e O Boticário, que cada vez mais investem em diferenciais nas embalagens, procurando produzir focado para o consumidor. A seguir um pouco do que cada uma faz e fez para hoje se encontrar no mercado de forma tão estratégica. Avon A Avon chegou ao Brasil em 1959, com a característica de venda domiciliar, tornouse pioneira no Brasil na comercialização de perfumes e cosméticos, além de se transformar em ótimo mercado de trabalho para mulheres. Suas embalagens possuíam características pouco convencionais, como carrinhos, relógios, figuras femininas etc. Todas fabricadas pela Wheaton.
Figura 10 – Embalagens Avon Fonte: A história da embalagem no Brasil (CAVALCANTI, 2006)
Natura A natura nasceu em 1969, já voltada para a cosmética terapêutica, oferecendo atendimento domiciliar a partir de 1984. Suas consultoras foram elementos de consolidação da marca, que hoje está mais do que nunca associada à preservação da natureza. Entre suas linhas mais conhecidas está a “mamãe e bebê”, cuja primeira embalagem foi desenvolvida pela Wheaton. Outras embalagens que merecem destaque são a da Água de Banho Piprioca.
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avanço tecnológico, o setor de cosméticos não deve, no futuro, apresentar grandes mudanças
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35
Figura 12 – Embalagem Natura Ekos Fonte: A história da embalagem no Brasil (CAVALCANTI, 2006)
O Boticário A história de sucesso do O Boticário, foi especialmente raro, começou com um modelo de embalagem importado especialmente para a fábrica Chanson em meados de 1970, que concorreria com os produtos da Avon, porém a empresa Chanson faliu, e a Wheaton (fabricante das embalagens) ficou com um estoque muito grande de embalagens vazias, diante a este infortúnio a proprietário da farmácia de manipulação O Boticário ficou sabendo das embalagens de ânfora e se interessou em compra-las. E assim o que era uma farmácia de manipulação, se tornou uma das mais importantes empresas de cosméticos do Brasil, com sua embalagem diferente e exclusiva.
Figura 13 – Embalagem O Boticário Fonte: A história da embalagem no Brasil (CAVALCANTI, 2006)
As formas variadas que as embalagens de perfumes apresentam são heranças bastante antigas, não eram feitos formas especiais para este tipo de produto, somente depois de muito tempo quando se agregou o valor de luxo é que as embalagens começaram a ganhar formas inusitadas e personalizadas. Vaso de terracota com gargalo estreito, cintura bojuda e base pontiaguda, dotado de asas para facilitas o transporte de vinho, azeite, água e cereais. Ânfora tinha esse significado para os antigos gregos e romanos, como lembram os dicionários. Mas não faria mal atualizar o verbete com uma outra concepção. Para cosméticos e perfumes, ânfora remete a um tipo muito especial de frasco de vidro, que teve importante papel no desenvolvimento do mercado nacional. (Embalagem marca, outubro 2007, p. 12)
Antônio Eduardo Pinatti, designer brasileiro de embalagens de perfume que mais tem se dedicado a esse ramo de curvas, formas, transparência e tantas belezas. Em seus projetos, leva em conta que um frasco deve acondicionar o líquido e manter suas propriedades, sem alterá-las e, ainda, adequado e facilmente manipulado e transportado. “Essas características todos os frascos devem ter, mas o de perfume precisa oferecer algo mais, um valor simbólico, de sensualidade, beleza, de feminilidade ou masculinidade”, afirma. “Esse algo mais é que faz o seu sucesso.”
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Figura 11 – Embalagem Natura mamãe bebê Fonte: A história da embalagem no Brasil (CAVALCANTI, 2006)
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36 2.1.3 Perfumes
Para começar a falar de perfume, é essencial que primeiramente se saiba o que é perfume. Segundo Wikipédia. “O�������������������������������������������������������������������������������� perfume é uma mistura de óleos essenciais aromáticos, álcool e água, utilizado para proporcionar um agradável e duradouro aroma a diferentes objetos, principalmente, ao corpo humano.” (WIKIPEDIA, ������������������ 2008a) Os óleos essenciais são obtidos por destilação de flores, plantas e ervas; também são utilizados compostos químicos aromáticos; fixadores, que aglutinam as diversas fragrâncias. Estas secreções sem diluir tem um odor desagradável, porém em solução alcoólica atuam como conservantes. A quantidade de álcool depende do tipo de perfume que se quer obter. Normalmente, a mistura deixa-se envelhecer por 1 ano. Renata Ashcar explica como tudo começou: Os mais antigos cheiros conhecidos são os da fumaça que exalava da queima de madeiras, especiarias, ervas e incensos. Essa prática explica a origem latina da palavra perfume: per (através) e fumum (fumaça), através da fumaça. A origem do perfume se deu a partir de 3.000 a.C., no esplendor da civilização egípcia. Acreditavam que seus pedidos e orações chegariam mais rápido aos deuses se viajassem nas nuvens de fumaça aromática que subiam aos céus. Acreditavam na reencarnação, e reservavam as fragrâncias também aos mortos. Grande quantidade de aromas acompanhava a passagem desta para outra vida, ao encontro com os deuses, e o corpo do morto devia ser conservado tão inalterado – e perfumado – quanto possível. (COM CIÊNCIA, 2008 a)
O esplendor da perfumaria floresceu com a renascença. Foi então, na Europa que
o perfume desenvolveu e se popularizou. Mesmo feito ainda de forma artesanal desempenhava sua forma social como parte dos luxos diários e necessários de toda mulher, encantando com suas doces fragrâncias e charmosos frascos, capazes de transformar os perfumes até os dias de hoje, em verdadeiros objetos de desejo. Paris se tornou uma referência mundial em produção de fragrâncias e perfumes, e fez com que os perfumes franceses conquistassem o mundo. Com a chegada do século XX, Paris era a mais chique das cidades. Em cada esquina havia cabeleireiro, loja de luvas perfumadas, butiques de lingerie da mais fina qualidade. Todos os objetos de desejo estavam disponíveis para atender a uma demanda crescente, que permaneceria assim até a década de 50. A indústria do perfume se tornou sinônimo de sofisticação, e os frascos mais requintados eram feitos em cristal Lalique. (COM CIÊNCIA, 2008a)
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2.1.3.1 História
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37 Hoje sabemos que o perfume é capaz de revelar a personalidade das pessoas, bem como sua classe social. De fato, o perfume é muito mais do que um prazer dos sentidos. É também uma mensagem, algo do próprio ser humano, projetando no exterior seu “eu” profundo, seus gostos, suas aspirações secretas. Paralelo ao desenvolvimento do perfume, segue a criação de seu frasco. Em um comércio que lida com os sentidos a embalagem deve ser para os olhos, o que seu conteúdo XX cunhou a máxima: “O perfume é a sua embalagem”. Segundo a publicitária Elizabeth Vansan, especializada em marketing de mercado: Vender perfume é uma atividade complexa porque a utilidade prática do produto não está explícita. “O que se vende, na verdade, são os conceitos por trás da fragrância: status, sedução, independência etc.”, explica. O processo de venda de um perfume começa em sua concepção. (COM CIÊNCIA, 2008b)
2.1.3.2 Tipos de fragrâncias
Além de todo este pólo de sedução, requinte, personalidade, o perfume se configura em relação a seu tipo de fragrância, que é elaborado com misturas de essencial. Para entender a diferença entre as fragrâncias precisamos entender como o perfume é feito. Maria da Penha Veira, apresenta em antropologia social do perfume as definições de cada fragrância: (VEIRA, 2008) Parfum: o aroma é intenso, com alta concentração de essências. Índice de 15 à 30%. Por não serem adequados ao clima tropical são difíceis de serem encontrados em razão da pouca comerciabilidade. Poderoso efeito de fixação que pode se prolongar por até 24 horas. Recomendase muito cuidado na aplicação pois o exagero pode provocar dores de cabeça. Eau de perfum (EDP): Subproduto do perfume propriamente dito, diluído, tem de 10 à 20% de concentração de essências e seu efeito de fixação chega a ultrapassar as 12 horas. Eau de toilette (EDT): fragrâncias mais discretas, bem climatizadas para países tropicais como o Brasil. Sua concentração a nível de essência, varia dos 6 aos 12% e seus índices de fixação não passam das 8 horas em temperaturas mais altas. Eau de cologne (EDC): fragrâncias bem suaves e com baixa concentração de essências, que vão de 5 à 8%, sua fixação não é maior do que 5 horas. Deo colônia: é uma terminologia usada pela perfumaria nacional, com pobre concentração de essências, no máximo 5%, e sua taxa de fixação é mínima, de 2 à 4 horas. Além desta classificação quanto a porcentagem da essência que define o nome do produto, as fragrâncias possuem uma classificação em famílias olfativas que se dividem em sub-
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representa para os narizes. Baseado nisso, o perfumista francês François Coty, no início do século
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38 categorias, pesquisas realizadas no museu do perfume, em Curitiba, projeto mantido pelo grupo O Boticário, revelam a classificação do produto da seguinte maneira: DOCE FRUTAL EXÓTICO SENSUAL ROMANTICO MARINHO VERDE MARCANTE ALMISCARADO AMADEIRADO AROMÁTICO CÍTRICO FLORAL MADEIRA
ORIENTAL
Figura 14 – Classificação do perfume Fonte: Museu do perfume – O Boticário 2008 (adaptado pela autora)
Alguns exemplos dos perfumes mais famosos quanto a esta classificação: PRINCIPAIS MATÉRIAS-PRIMAS - Laguna: Frutal/Floral - Carolina Herrera: Romântico/Floral - Chanel coco: Chipre/Sensual
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CHYPRE
CELULOSE
Papel, cartão, papelão...
PLÁSTICO
Polietileno, polipropileno, PVC, PET...
METAL
Alumínio, flanders...
VIDRO
Garrafas, frascos, potes...
- Gabriela Sabatine: Sensual/Floral - Dolce Gabana: Marcante/Floral - Flower by Kenzo: Almiscarado/Floral Segundo o museu do perfume, a matéria-prima da perfumaria são: raízes e rizomas; METODOLOGIA DE PROJETO DE DESIGN
DEMANDA
1) Ident. da demanda Proposta comercial Aprovaçãode da proposta resinas, gomas e bálsamo; 2)musgos, madeiras,3)cascas árvores; flores; sementes e grãos; animais;
MULHERES
MEDIDAS DE ANTROPOMETRIA
ESTÁTICA (cm) especiarias, ervas e condimentos; Sendo que os métodos de extração5%dos - Briefing - Conceituação folhas e caules; - Orçamentofruta. final
PROJETO
1) Planejamento
2) Desenvolvimento
3) Produção
- Cronograma - Levantamento de dados - Análise de dados
- Estudos preliminares - Ante projeto - Orçamento preliminar - Projeto final/aprovação
- Execução do projeto - Protótipo - Sepervisão da execução - Entrega do produto Final/Aprovação - Documentação
50%
95%
óleos essenciais podem ser de diversificadas maneira, a primeira é a enfleurage, método geralmente Comprimento da mão 15,9 17,4
19,0
9,2
10,1
9,1
10,0
10,8
17,6
8,0 19,2
8,5 20,7
14,6
16,0
17,7
13,0
15,7
MÃOS
Largura da mãopara obter essência 8,2 utilizado para extração da essência de flores; a expressão, feita normalmente Comprimento da palma da mão
de frutas cítricas; a destilação, processo antigo que foi aperfeiçoado aodalongo dos anos e7,2por Largura palma da mão Circuferência da palma
último a extração, método mais moderno e geralmente utilizado. (Museu do do perfume) Circuferância punho
É comum o mesmo perfume apresentar cheiros diferentes quando aplicado em Cilindro de pega máxima (diâmetro)
10,8
pessoas diferentes. Isso porque, os odores corporais são únicos, sendo resultado da alimentação, distância de leitura em mm Altura das letras ou números em mm =
200
das características pessoais, dos lipídeos e ácidos graxos que a pele exala. A temperatura da pele interfere diretamente na vaporização do perfume, e portanto no cheiro que ele exala. Por estas e outras características é que conseguimos focar um público alvo para cada tipo de fragrância. O AMPLITUDE DA EMBALAGEM que depende muito também do gosto e da preferência das pessoas. FUNÇÕES PRIMÁRIAS
Conter/Proteger Transportar
DE EMBALAGENS Mesmo quem não vive o dia-a-dia da indústria dePRINCIPAIS colôniasTIPOS sabe que muitasE SUAS APLICAÇÕE sem o menos receio de preconceito, a preferência pelas Matéria-prima Embalagens fragrâncias originalmente criadas para seus maridos, namorados, noivos, pais, irmão, Sistema de acondicionamento Garrafas cerve tios, avôs, amigos... (embalagem marca, maio 2004, p. 20) Novos materiais Componente do valor e do custo de produção consumidoras assumem, Matérias-primas
ECONÔMICAS TECNOLÓGICAS
Conservação de produos Chamar a atenção
MERCADOLÓGICAS
Frascos Potes Ampolas Copos
VIDRO
Sendo assim, é sentida a necessidade de explorar melhor os tipos de fragrâncias para Transmitir informações Despertar desejo de compra
Vencer a barreira doque preço será abordado mais adiante na pesquisa de campo, CARTÃOonde terá um Cartuchos cada estereótipo de pessoa, (semi-rígido) Caixas
CONCEITUAIS
Construir a marca do produto
Envelopes Formar conceito sobreo o fabricante direcionamento melhor para projeto, referenciando fragrâncias e caracterizando-as PAPELÃO e de acordo Agregar valor significativo ao produto
CELULOSE
PAPELÃO MICROONDULADO
Cartonados Caixas
produto Suporte de ações promocionais
PAPEL
Sacos
SOCIOCULTURAL
Expressão da cultura e do estágio de desenvolvimento de empresas e países
PLÁSTICOS RÍGIDOS
MEIO AMBIENTE
Importante componente do lixo urbano Reciclagem/Tendência mundial
Frascos Potes Garrafas
com suas características, esta pesquisa Principal oportunidade de comunicaçãofoi do realizada com perfumista.
COMUNICAÇÃO E MARKETING
PLÁSTICO
cosm conse medic reque
farinh calçad mater
leite l alime emba
carvã
prod. achoc álcoo
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39 2.1.4 Materiais e processos
As embalagens devem cumprir suas funções de acordo com o produto que essas se propõe a embalar, a escolha dos materiais é de fundamental importância, pois este é o elemento Materiais é uma parte fundamental para o quesito das embalagens, o material faz toda a diferença, além de ser fator importante na qualidade do produto e conservação também. Não de qualquer material que pode ser utilizado no envase de qualquer produto, alguns tem restrições. O material para a embalagem primaria ideal para o perfume é o vidro, pois ele oferece “inércia química”. Quer dizer que, como o perfume é um produto que se guarda por muito tempo, apenas o vidro oferece a barreira necessária para que não se estrague. Na verdade, as embalagens laminadas de alumínio oferecem melhor barreira, mas não são moldáveis nem transparentes. O vidro é neutro em relação ao produto que envasa, não mantém nenhuma interação química com o seu conteúdo e pode armazenar qualquer produto por toda sua vida útil. Não permite a passagem de oxigênio ou gás carbônico, portanto, não altera a cor ou sabor do conteúdo da embalagem. Nada atravessa o vidro ou escapa da embalagem. (SAINT-GOBAIN, 2008)
Isso é, o material não pode apresentar porosidade, pois propriedades da fragrância podem ser alteradas, além do que o principal e mais adequado material para ser usado como embalagem primária é o vidro, pois ele dá mais valor aos produto, e uma importância maior. Apesar dos avanços tecnológicos que uma diversidade cada vez maior de materiais seja aplicada ao segmento, de maneira geral, o mercado de embalagens ainda utiliza quatro grandes grupos de materiais: Papel (materiais celulósicos), metal (alumínio e aço), vidro e plásticos (polímeros). (NEGRÃO E CAMARGO, 2008, p. 213) De acordo com os dados do IBGE, estes materiais têm participação percentual no mercado nacional de embalagens, distribuídos da seguinte forma:
Figura 15 – Materiais Fonte: Negrão e Camargo (2009, p.213) (adaptado pela autora)
Para a utilização dos materiais nas embalagens primaria e secundária, é percebida a necessidade de estudar materiais possíveis para ambas as embalagens.
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que irá transmitir diferentes sensações e criar a imagem que se pretende atribuir ao produto.
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40 2.1.4.1 Materiais para embalagens primárias
Como visto anteriormente, o material mais apropriado para estar em contato direto com o produto perfume, é o vidro, por isso neste tópico será exposto apenas o material vidro
Vidro: O vidro possui características muito distintas, segundo Negrão e Camargo (2008), é considerado rigorosamente inerente, mas tem elevadíssima durabilidade química, suporta quase todas as substâncias em temperaturas normais. O vidro é um excelente material de acondicionamento devido a sua inércia, elimina, as reações entre embalagem e conteúdo. Por esta razão é amplamente utilizado pela indústria cosmética, farmacêutica e alimentícia. (Negrão e Camargo, 2008, p. 251) O vidro é um material amplamente utilizado na área cosmética e de bebidas alcoólicas, devido à sua associação com a qualidade. É realmente um material pesado, e isso, literalmente, pode valorizar o produto, dando ao consumidor a sensação de que está recebendo mais pelo que está pagando. Apesar disto também devem ser considerados os aspectos de armazenagem e transporte que, muitas vezes, são mais onerosos. (Negrão e Camargo, 2008, p. 250)
Para Somoza e Gandman (2004), ele nos oferece a claridade, transparência, luminosidade pureza, impermeabilidade, rígido, facilidade de limpeza, é inodoro e não possui sabor. O vidro é historicamente um material nobre e com grande aceitação do consumidor, passando para este o aspecto de limpo e higiênico, além de ser um matéria que quando coletado pode ser 100% reciclado sem sofrer qualquer tipo de perda de material, não é tóxico e é retornavel, por todos estes aspectos, torna-se um valor agregado ao produto. O vidro pode ter também diversas cores, segundo Giovanetti (1995), além das questões estéticas as cores possui a função de aumentar a proteção do produto em relação a radiação luminosa, que possam danificar o produto. Que é um dos aspectos negativos do vidro, como relata Somoza e Gandman (2004), esta tranaparência pode prejudicar alguns produtos. Porém ele permite que os designers, possam criar formas e texturas da mais variadas espécies, o que segundo Negrão e Camargo (2008) pode até aumentar a resistência ao impacto. Este também possui uma boa aderência de rótulos ou impressão de serigrafia e tampografia.
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como opção de material para a embalagem, visto que esta é a mais apropriada.
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41 2.1.4.2 Materiais para embalagens secundárias
Já para a embalagem secundária, a possibilidade de utilizar outros materiais, é bem maior, pois não apresenta restrições quanto a este tipo de especificação, podendo assim utilizar
O papel O papel, a celulose, como são mais conhecidos, são os materiais mais utilizados hoje em dia para a confecção de embalagens, suas propriedades de possibilidade de impressão e preço são o principal fator de vigência. Uma característica do papel que merece destaque e faz com que seja altamente recomendado do ponto de vista ecológico é a sua biodiversidade, pois é composto de pastas elaboradas a partir de fibras vegetais (algodão, madeira, juta, palha etc.) e, por esta razão, reintegra-se com facilidade à natureza. (Negrão e Camargo, p. 227)
Outras vantagens do papel são as infinitas possibilidades de impressões e acabamentos que este tipo de material permite, ele permite praticamente todos os sistemas de impressão com excelente resultado: offset, flexografia, rotogravura, serigrafia e tampografia. Podendo ter também uma alta ou baixa resistência e gramatura. De acordo com Somoza & Gandman, o papel proporciona grande vantagem para seus usuários, eles são econômicos, facilitam estocagem, leves e versáteis, os papéis ainda possuem propriedades distintas, relatadas por Giovanetti (1995); os papéis para as embalagens, devem ser resistentes a ruptura, a pega, a fricção, devem ser compatíveis com a forma de impressão, de propriedades óticas, resistência a água (impermeabilidade) e resistência a luz. Os principais tipos de papéis utilizados são: papel kraft natural, papel kraft branco, papel monolúcido, papel manilha, papel duplex, papel triplex entre outra infinidade de papéis. Os metais Dentre uma infinidade de materiais metálicos, podemos dizer que o mercado de embalagens utiliza-se basicamente de: alumínio, aço e suas derivações, como folha de flandres, lâmina cromada e stancron, é o que afirma Negrão e Camargo (2008) Os metais são boas escolhas de materiais para embalagens, pois estes oferecem ao consumidor o melhor índice de segurança com relação à conservação prolongada de substâncias. Em termos gerais, uma embalagem metálica, como defende Giovanetti (1995, p.41), se define como um recipiente para conter produtos líquidos e/ou sólidos que podem ser fechado hermeticamente. Ainda segundo a autora, o metal apresenta muitas vantagens, e dentre as suas múltiplas utilidades, uma merece atenção especial, a de que produtos enlatados não necessitam de refrigeração.
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qualquer tipo de material.
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42 Para Somoza & Gandman (2004) a embalagens de metal são impressas pelo processo de litografia, e vem sendo muito utilizada com o passar do anos para embalar, café, conservantes em geral, refrigerante, sopas, feijão, carnes e etc. Os metais possuem características bastante específicas, que segundo Giovanetti (1995) são: alta resistência, estabilidade térmica, integridade química, versatilidade e possibilidade de
Os plásticos O plástico vem sendo bastante utilizado pelas indústrias nos últimos tempos nos mais diferentes ramos, por possuirem uma diversificada gama de tipos de polímeros com as mais diversas características e qualidades. Os plásticos são classificados em dois grupos, os termoplásticos e os termofixos, e estes dois grandes grupos ainda podem dar outras vertentes. O emprego deste material, nos mais diversos segmentos industriais (embalagens, utensílios domésticos e eletroeletrônicos), aumentou significativamente nos últimos 10 anos e isto não é diferente no segmento de embalagens. (Negrão e Camargo, 2008, p. 252) Para Somoza & Gandman (2004) a virtude do plástico está intimamente relacionado ao seu poder modelador, permite formas, angulações, isolamento acústico e elétrico. Conforme Giovanetti (1995), os plásticos podem ser modelados de diversas formas, através do processo térmico, e também com o processo de moldes. Este material embala múltiplos produtos, sendo sólidos, líquidos e gasosos, pois apresentam características gerais de baixa densidade, flexibilidade, baixo coeficiente de fricção, baixa condutividade térmica, resistência à corrosão e a impactos, economia, higiene entre outro. De acordo com os autores, os plásticos podem ser impressos de diferentes maneiras. O método mais importante de impressão, devido sei baixo custo é a flexografia, mas para embalagens que possuam formas irregulares o processo mais utilizado é a serigrafia, além do uso do processo offset e hot stamping. Outros materiais Além destes citados podem ser utilizados nas embalagens outros tipos de materiais, como: a madeira, o tecido, o tetrapak, a cerâmica, elastômeros, enfim materiais com pouca aplicação em embalagens e que não apresentam tantas formas de aplicação e uso. Os materiais atualmente permitem muitas aplicações, inovações e novas sensações ao consumidor. Mestriner (2002), afirma que existem os principais tipos de embalagens e as suas principais aplicações presentes hoje no mercado brasileiro, e diz ainda quanto as materiais que: “Cada um deles tem suas características e peculiaridade. O mercado da embalagem tem lugar para todos os que aí estão e para os que ainda vão surgir”. (MESTRINER, 2004, p.71) Na tabela a seguir, uma lista de embalagens e aplicações segundo Mestriner (2004).
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impressão, além de possuir um alto percentual de reciclagem.
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43 PRINCIPAIS TIPOS DE EMBALAGENS E SUAS APLICAÇÕES
ução
Garrafas Frascos Potes Ampolas Copos
VIDRO
CARTÃO (semi-rígido)
Cartuchos Caixas Envelopes
Principais tipos de produtos cervejas - Vinhos - Destilados - Bebidas Finas cosméticos - Perfumes - Medicamentos conservas - Geléias - Café solúvel medicamentos - cosméticos requeijão - Extrato de Tomate - geléias farinhas - flakes - hambúrgues calçados - eletro/eletrônicos - bombons material papelaria - meias femininas
PAPELÃO e PAPELÃO MICROONDULADO
Cartonados Caixas
PAPEL
Sacos
PLÁSTICOS RÍGIDOS
Frascos Potes Garrafas
prod. limpeza e higiene pessoal - cosméticos achocolatados - sorvetes - shakes álcool - prod. limpeza - refrigerentes - sucos
PLÁSTICOS FLEXÍVEIS
Sacos, Flow packs Envoltório
café - açucar - arroz - ração para cães macarrão instantâneo - salgadinhos snacks biscoitos - balas - bombons
ALUMÍNIO
Latas Blisters Selos
cervejas - refrigerantes catelas de comprimidos tampas aluminizadas de iogurte e água mineral
FOLHA DE FLANDES
Latas
conservas - leite em pó - tintas - azeite
MADEIRA
Caixas Engradados Barris
bacalhau - equipamentos e máquinas - charutos frutas (uva) - verduras - vinhos destilados - azeitonas
EMBALAGEM COMPOSTA
Combinam dois ou mais materiais
blister - laminados - multifolhados etc
Sacos de Estopa Sacos de Ráfia
açucar - cereais - batatas
CELULOSE
o
leite longa vidas - sucos - bebidas lácteas alimento - eletro/eletrônicos - frutas embalagens transporte (secundárias) carvão - adubos - farinha de trigo - sementes - rações
PLÁSTICO
METAL
TECIDO
Figura 16 – Tipos de embalagens Fonte: Design de embalagem (MESTRINER, 2004) (adaptado pela autora)
Para Mestriner (2002), um outro aspecto a ser considerado também, são as tampas e dispositivos de fechamento. Além destes desempenharem um papel funcional e fundamental nas embalagens, representam em muitos casos um diferencial competitivo e estético. CORES
TA
O
A
Embalagens
As tampas de perfume são um campo muito fértil para os designer. Elas precisam ser
17% de percepção
muito expressivas, pois compõem a personalidade do produto. (MESTRINER, 2002, p. 86). Sem
5,5% de percepção
dúvida, umas das características mais pesquisadas quando se fala em embalagens, é a possibilidade
13,4% de percepção
de abrir e fechar novamente a embalagem com facilidade, preservando o seu conteúdo.
0,7% de percepção
Para Giovanetti (1995), os princípios fundamentais para o desenvolvimento de
qualquer tipo de fechamento são: apresentar um bom lacre durante toda vida útil do produto, mantendo-o hermeticamente fechado, prevenindo a contaminação do conteúdo; deve ser removido do recipiente corretamente e com segurança e recolocado se necessário, não aderindo ao frasco; permitir manuseio fácil; ser quimicamente compatível para não modificar ou reagir com produto; dar aparência satisfatória ao produto e ir de encontro às exigências de mercado em termos de funcionalidade e custo.
FUND. TEÓRICA | Mat. e Processos
Matéria-prima
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
44 2.1.5 Linguagens visuais nas embalagens
A relação do consumidor com a embalagem tem que ser de conquista e afinidade, que se mostra através da linguagem visual. O fator linguagem visual é primordial e decisivo, se As marcas se expressam por meio do nome que apresentam, do logotipo, da forma e do design dos produtos que encarnam, da embalagem e do rótulo, da cor, do slogan, do jingle, da personalidade, do personagem que representa, de um mascote, além de outros recursos e do contexto organizacional. (PEREZ, 2004, p. 47). A construção da linguagem no caso da criação de embalagens, considerados elementos de expressividade são: as cores de fundo da embalagem, o personagem e a ação do personagem, ou seja, o que ele representa na embalagem para o consumidor, a tipologia empregada no nome do produto, e os movimentos que o conjunto visual transmite para o consumidor. Segundo Perez, a marca existe em um espaço psicológico, na mente dos consumidores, com um conteúdo psíquico previamente definido e que é dinâmico, orgânico e flexível, sendo a publicidade o meio que temos para acessar a mente dos consumidores e criar o “estoque” perceptivo de imagens, símbolos e sensações que definem a entidade que chamamos de marca. Dentro desse espaço perceptual da marca podemos criar mundos imaginários sedutores, fábulas, sonhos e personagens míticos que, graças às ferramentas publicitárias, ficam associados ao produto e que finalmente passam a definir a marca. (PEREZ, 2004, p.48).
O design da embalagem é incorporado ao produto, ou a empresa, por vários fatores simbólicos como veremos aqui, e também pela combinação repetida de seu conteúdo visual.
2.1.5.1 Elementos visuais de apoio
Mestriner (2002), define como elementos visuais de apoio, os módulos, faixas, banners, vinhetas, pictogramas, box, splashes, entre outros. Esses elementos são responsáveis por comunicar os atributos diferenciados e significativos do produto. Todo designer deve prestar muita atenção, estudar e colecionar as soluções mais interessantes que for encontrando para familiarizar-se cada vez mais com a linguagem visual da embalagem. Nunca se deve economizar trabalho e talento na elaboração do splash. O mesmo se deve dizer dos quadros, boxes e demais elementos visuais que estarão na embalagem. Cada elemento precisa ser “produzido” para contribuir com o todo e mostrar que a embalagem foi desenhada por inteiro. Isso é importante, pois o consumidor atribui valor a um produto em que ele percebe que houve uma preocupação com os detalhes. (MESTRINER, 2002, p. 54)
FUND. TEÓRICA | Linguagem visual
configurando no passar dos anos de forma a se expressar por si só no ponto de venda.
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
45 Mestriner desenvolve, dizendo que, estes aspectos se tornam importante, pois o consumidor sente que o fabricante trata o produto com cuidado agregando a esta mais qualidade e valor. E é assim que o design agrega valor ao produto, mostrando que ele tem o que dizer, que a informação e os elementos visuais colocados na embalagem foram elaborados com atenção e cuidado, e que o fabricante, por meio do design, demonstra sua dedicação e apreço pelo que Todo aquele que trabalha na construção de e organização de elementos visuais, cuja contribuição seja comunicar, expressar e demonstrar algo a alguém, tem a necessidade de trabalhar e estudar aspectos ligados a esta concepção. Os designers que trabalham diretamente com este tipo de linguagem têm o papel de organizar os elementos visuais.
2.1.5.2 Semiótica
A semiótica é a ciência dos signos e dos processos significativos (semiose) na natureza e na cultura. (Noth, 1995, p.17) Ela estuda então as linguagens e a significação, ajudando na compreensão dos signos não verbais. Encontra-se presente em todos os meios e se desenvolve rapidamente por todas as partes do mundo. Comunicamos-nos e orientamos-nos através de imagens, gráficos, sinais, setas, gestos, expressões, cheiro e tato, através do olhar, do sentir e do paladar, o que constitui um sistema desenvolvido de sentidos e significados. (Santaella, 2002) O processo de criação dos objetos de embalagem e o pensamento abstrato organizase em sincronia. As conexões se consolidam por intuição e são constantemente analisadas e transformadas em ação. Estes encadeamentos originados deste processo, possibilitam a tomada de consciência da sincronia atuante. A exploração dos resultados desses encadeamentos permite o desenvolvimento de formas que são conseqüentemente mudadas. A semiótica tem também um objetivo oposto, que é o de permitir desconstruir o processo de criação. Peirce segmenta em três o processo de percepção rompendo assim com o significado no signo. Propondo que todo signo seja composto de três segmentos: (Peirce, 1999) - Primeiridade: (ícone) acaso; possibilidade; qualidade; sentido; originalidade; - Secundidade: (índice) ação e reação; aqui e agora; conflito; surpresa; dúvida; - Terceiridade: (símbolo) generalizações; continuidade. Para Peirce, este poder de levantarmos hipóteses é um instinto racional, resultado de conjecturas produzidas por nossa razão criativa. Capacidade de adivinharmos ou prevermos a hipótese capaz de resolver o problema. A abdução é uma inferência lógica. Pois o insight e as hipóteses levantadas são instintivas, mas o processo de construção e seleção destas ou da hipótese é consciente e controlado. (SANTAELLA, 2002. p.112).
FUND. TEÓRICA | Linguagem visual
fabrica.
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
46 Um dos principais campos atuantes da semiótica é o da imagem, sendo concebida como representação material, virtual ou aquilo que evoca algo por ter com ela uma relação simbólica. A imagem pode ser produto da imaginação, consciente ou não, ou uma simples visão. Para Perez, (2004, p.148) a forma de uma imagem é feita pela semelhança com o objeto representado, porém, em várias situações percebemos que a semelhança não garante a Pesquisas do Comitê de Estudos Estratégicos da ABRE (Associação Brasileira de Embalagem), mostraram que o brasileiro valoriza a embalagem e sabe discernir uma embalagem criteriosa de uma com qualidade inferior. Em termos semióticos significa que o consumidor só compra se a embalagem estiver compondo aspectos como: atributos do produto; imaginário do consumidor e praticidade. As embalagens são objetos semióticos portadores de informações, portanto podem ser vistas como mídias, veículos de mensagens carregadas de significado: A embalagem constitui em um limiar semiótico entre o objeto e o sujeito ao qual se destina. Consiste em uma fronteira que, como tal, se revela como primeiro ponto de contato. É um importante elemento da expressividade marcária, especialmente para os produtos de consumo em auto-serviço. (PEREZ, 2004, p.66).
O produto sempre carrega expressões das instâncias de elaboração e de produção: cultura e tecnologia. Quando este entra em circulação, além de portar essas expressões, ele passa a ser também um elemento de comunicação, não somente contendo informações, mas passa a ser o elemento chave de comunicação, passando além de informações objetivas, mensagens ao próprio usuário, dizendo àquele que o usa, o que o contempla. (NEIMEYER, 2003) A semiótica aplicada ao projeto induz aportes para resolver as questões decorrentes da preocupação da comunicação do produto do design. Esta teoria fornece base teórica para os designers resolverem as questões comunicacionais e de significação e tratar do processo de geração de sentido do produto - a sua semiose. (NEIMEYER, 2003, p. 16)
2.1.5.3 Gestalt e percepção visual
Para Gomes Filho (2004), a Gestalt é uma escola de Psicologia Experimental que aborda estudos na percepção visual, é da gestalt que surge as respostas para os porquês de umas formas agregarem mais e outras não. Para Gomes Filho (2004, p.17 e 18), a Gestalt significa: [...] uma integração de partes em oposição á soma do “todo”. De acordo com a Gestalt , a arte se funda no princípio de pregnância da forma. Ou seja, na formação de imagens, os fatores de equilíbrio, clareza e harmonia visual constituem para o ser humano uma necessidade e, por isso considerados indispensáveis [...].
FUND. TEÓRICA | Linguagem visual
representatividade.
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
47 Então o todo não é a soma das partes, na realidade, elas organizam-se segundo determinadas leis. Gestaltistas partem das estruturas, das formas, defendendo que nós percebemos conjuntos organizados em totalidades. A teoria da Gestalt considera a percepção como um todo, e parte deste todo para explicar as partes. A primeira visão da percepção visual é o fenômeno que procura explicar “por que organização de linguagem. A partir das leis da Gestalt, expostas abaixo por Gomes Filho, foi criado um suporte que permite que toda e qualquer forma analítica e interpretativa da forma do objeto, possam ser divididas em oito unidades: - Unidade: uma unidade pode ser consubstanciada num único elemento. - Segregação: capacidade perceptiva e separar, identificar, evidenciar ou destacar. - Unificação: consiste na igualdade ou semelhança dos estímulos. - Fechamento: as forças de organização da forma dirigem-se a uma ordem espacial. - Continuidade: a impressão visual de como partes se sucedem de modo coerente. - Proximidade: elementos ópticos próximos tendem a ser vistos juntos. - Semelhança: igualdade de forma e cor desperta a tendência de construir unidade. - Pregnância da Forma: qualquer padrão de estímulo tende a ser visto de tal modo que a estrutura resultante é tão simples quanto o permitam as condições dadas. Este último princípio, abrange todos os outros, segundo ele as forças de organização da forma tendem a se dirigir tanto quanto o permitem as condições dadas no sentido da clareza, da unidade, do equilíbrio, da Boa Gestalt: “Quanto melhor for a organização visual da forma do objeto, em termos de facilidade de compreensão e rapidez de leitura ou interpretação, maior será o seu grau de pregnância. Naturalmente, quanto pior ou mais confusa for a organização visual da forma do objeto menor será o seu grau de pregnância.” (Gomes Filho, 2004, p.37)
Assumindo ainda características muito peculiares aplicadas ás embalagens, pois como meio de atração e modelada de acordo com os estereótipos de consumidores, a pregnância da forma relaciona a preferência, cultura, gosto e apelo que o consumidor procura. A Gestalt então, servindo de ferramenta no processo de criação, cuidando e organizando a percepção visual. Segundo Baxter (1998, p. 25), “quando se fala de um produto atrativo, raramente se refere ao seu som, cheiro ou tato. A percepção humana é amplamente dominada pela visão, e quando se fala no estilo do rótulo ou da embalagem, refere-se ao seu estilo visual. A atratividade de um produto depende, basicamente, do aspecto visual da embalagem e do rótulo.”.
FUND. TEÓRICA | Linguagem visual
vemos as coisas como as vemos”, que estabelece inicialmente princípios de configuração e
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48 2.1.5.4 Tipologia
De acordo com Mestriner (2002), usamos a tipologia no logotipo, na designação do produto e nas informações complementares como sua utilização e especificações. Devemos Swann (1994), afirma que os tipos de letra são criados de forma especial para comunicar diversas qualidades visuais, havendo opções seguras que podem ser usadas para refletir o estilo que se necessita. Os tipos de letras servem para vários propósitos e constituem um elemento importante de qualquer desenho. Podem possuir estilos como: tradicional, moderno, individual, devendo ser escolhida de acordo com a mensagem que o produto deseja passar. Outro componente das embalagens é o logotipo, responsável por distinguir o produto de seus concorrentes. Ele imprime personalidade aos produtos e em muitos casos juntamente com a cor de fundo ele é o único elemento de comunicação. É a assinatura do produto. O designer de embalagem deve saber que toda vez que lhe for atribuído um produto com nome, ele deve .desenhar. um logotipo exclusivo e não apenas digitar uma fonte já existente. O desenho do logotipo do produto, pode até utilizar alguma fonte como ponto de partida, mais precisa trabalhar sobre ela para que o resultado final seja único e exclusivo. (MESTRINER, 2002, p.57).
As famílias tipográficas possuem características da época e objetivos para os quais foram criadas contendo muita personalidade, influenciando de maneira diferenciada na maneira percebida pelo consumidor. “Da mesma forma que a cor evoca sensações e pode ser associada a uma série de atributos, a tipologia também pode ser utilizada para agregar ao produto valor e significado”. (Mestriner, 2002, p. 58) Na embalagem a tipografia comunica o nome do produto, o slogan, os aspectos legais (que falam sobre quantidade, composição química e etc.), as informações necessárias e específicas dos produtos. Estas formam imagens e dividem os níveis de informação. Para Giovanetti (1997) a tipografia em uma embalagem pode refletir uma visão conservadora ou dinâmica, permanente ou temporal, sóbria ou fútil. E a utilização das distintas famílias tipográficas dependerá da categoria de cada produto, do clima que se quer construir para cada produto, se esquecer de priorizar a sua leitura. Segundo o manual para planejamento de embalagens, a importância das cores para uma boa legibilidade das informações é necessária, além de cuidar com a tipografia para que obtenham contraste e não prejudique a informação, considerar o material sobre o qual a tipografia será impressa, pois diferentes materiais necessitam de tipografias diferentes, umas necessitam ser mais bold, pois perdem legibilidade ou a possibilidade de ser light.
FUND. TEÓRICA | Linguagem visual
tomar cuidado para não misturar muitas famílias numa mesma embalagem.
Circuferância do punho
Cilindro de pega máxima (d
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
Altura das letras ou números em mm =
distância de leitura em mm 200
49
2.1.5.5 Cores nas embalagens
AMPLITUDE DA EMBALAGEM FUNÇÕES PRIMÁRIAS
Conter/Proteger A cor é um dos elementos visuais mais importantes na comunicação, ela é que irá Transportar
PRINCIPAIS TIPOS D
despertar a atenção do consumidor infinidade Componentediante do valorae uma do custo de produção de produtos, não podendo deixar de ser
ECONÔMICAS
Matérias-primas
Matéria-prima observada a composição das cores. Para os especialistas da semiose humana, não é simplesmente Sistema de acondicionamento
Novos materiais estético responsável por uma série de mudanças nas atitudes dos consumidores, as Conservação de produos
VIDROvendas. empresas e designers de embalagem descobriram na cor um potencial para impulsionar Chamar a atenção
MERCADOLÓGICAS
Farina (2006),Transmitir diz queinformações a preferência pelas cores na maior parte das vezes, está ligada Despertar desejo de compra
Vencer e a barreira do preço ao objeto que a cor se aplica ao gosto pessoal. Mestriner (2002) ainda completa afirmando Construir a marca do produto que, a combinação de cores ainda podem ser associadas a alegria ou tristeza, sofisticação ou Formar conceito sobre o fabricante
CONCEITUAIS
FUND. TEÓRICA | Linguagem visual
um elemento TECNOLÓGICAS
CARTÃO (semi-rígid
Principal oportunidade de comunicação do
PAPELÃO e PAPELÃO MICROOND
Suporte de ações promocionais
PAPEL
CELULOSE
valor significativo ao produto popularidade, modernas ouAgregar antiquadras, esportivas e dinâmicas e assim por diante.
De acordo comproduto os autores citados anteriormente, as cores podem influenciar a escolha COMUNICAÇÃO E MARKETING do consumidor, elas trazem sentimento, sensações, emoções e suas interpretações dependem Expressão da cultura e do estágio de
SOCIOCULTURAL muito do contexto em que desenvolvimento estão inseridas, comoesua cultura, experiências, desejos e preferências. de empresas países PLÁSTICO Mestriner (2002) ressalta também que há cores que trabalham melhor com segmentos específicos MEIO AMBIENTE Reciclagem/Tendência mundial
PLÁSTICOS
Importante componente do lixo urbano
de produtos, umas funcionam melhor com doces, outras com salgados, outras transmitem
PLÁSTICOS
refrescância, e as quentes como o verão, as combinações são bastante variadas. Farina (2006) exemplifica esta tendência em relação as cores aplicadas, dando uma
ALUMÍNIO
METAL
noção geral de associações mais comuns, como exemplo dos perfumes, que se relacionam com as cores amarelo-ouro, prateado e lilás; os cosméticos com, branco, amarelo-ouro, rosa e azul-pastel, enfim, porém isso não se torna regra, apenas uma abordagem geral. O autor ainda MADEIRA resume em três as qualidade básicas que a cor oferece a embalagem, são:Visibilidade, Impacto e Atração. EMBALAGEM COMPOSTA [...] acredita-se que muitos produtos, não-desejados em princípio, são adquiridos
exclusivamente pela beleza das cores e pela utilidade da embalagem [...] (Farina, 2006, p. 133). TECIDO
A cor é o elemento visual que mais rapidamente é distinguida pelos olhos. Alguns
dos efeitos da cor na embalagem são: melhorar a legibilidade e a identificação de cada categoria de produto. Segundo Giovanetti (1997), o impacto que uma cor causa no consumidor, provém não só do efeito luminoso da cor, mas sim dos efeitos psicológicos que ela causa. A autora relata quais são as cores mais visíveis em frações de segundos pelo consumidor. No quadro abaixo. LEGIBILIDADE E APREENSÃO DAS CORES LARANJA
21,4% de percepção
AZUL
17% de percepção 5,5% de percepção
VERDE
12,6% de percepção
VIOLETA
VERMELHO
18,5% de percepção
NEGRO
13,4% de percepção
AMARELO
12% de percepção
CINZA
0,7% de percepção
Figura 17 – Cores nas embalagens Fonte: Giovannetti (1997, p. 112) (adaptado pela autora)
FOLHA DE
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
50 Giovannetti (1997) discorre sobre as formas em relação as cores, ela defende que, uma mesma forma com diferentes cores produzem sentimentos distintos e que as cores se correspondem com certas formas geométricas. Ainda segundo Giovanetti, as cores causam não somente o estímulo da visão, mas dá a sensação de gosto, olfato, clima (quente ou frio), leve, pesado, por exemplo. Também causam impulsos como: alimentação, desejos, instintos sexuais, A forma e a cor são as bases da comunicação visual. Por intermédio destes elementos obtivemos: impacto, legibilidade, ilusão óptica (volume, leveza etc.), distinção e identificação de categorias de produtos etc. Podemos dizer que no design de embalagem a cor tem duas funções básicas: prática - distinguir, identificar etc e simbólica – despertar sensações e emoções. (Negrão e Camargo, 2008, p. 172)
2.1.5.6 Forma
Nas embalagens a forma é o principal elemento de diferenciação e de grande importância devido ao excesso de produtos nas gôndolas dos supermercados. Na fase de estratégia do projeto, sempre que houver espaço para a adoção de uma forma diferenciada, esta deverá ser buscada, pois nada expressa de maneira tão evidente a personalidade do produto.(MESTRINER, 2002, p.52)
Negrão e Camargo relatam que desde os tempos primitivos o ser humano desenvolve técnicas e formas de expressar e representar, bidimensionalmente o mundo tridimensional em que vive. A forma tridimensional projeta três vistas básicas: a superior, frontal e lateral. Estas três vistas bidimensionais permitem-nos compor uma representação do objeto em perspectiva a qual acrescentamos uma terceira dimensão: a profundidade. O caráter tridimensional da embalagem segundo Negrão e Camargo (2008, p. 151), traduz: Alem do significado estético, o formato da embalagem deve prever a manipulação do produto, ou seja, os aspectos ergonômicos e funcionais. É importante que a forma do envase favoreça a utilização de seu conteúdo, preservando as características químicas e físicas durante o uso continuado. [...] Esta mesma forma deve apresentar a estabilidade necessária ao armazenamento e à exposição nas prateleiras.
Mestriner ainda comenta que frascos diferentes são cada vez mais necessários para destacar o produto nos cenários congestionados das gôndolas. Produtos que têm muita personalidade e precisam expressa-la de maneira categórica devem colocar como ponto relevante de sua embalagem uma forma diferenciada. Isso acontece com muita clareza na indústria de perfumes finos, o qual cada produto é uma entidade complexa, individualizada aromática sofisticada.
O consumidor percebe o produto muitas vezes pela forma, constatando que a forma é aspecto tão importante quanto a função para as embalagens. Negrão e Camargo (2008), configuram a seguinte teoria para a percepção da forma.
FUND. TEÓRICA | Linguagem visual
necessidades de descanso, importância, prestígio e exclusividade.
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
51 Através da forma, muitas vezes podemos saber o tipo de produto que a embalagem contém. No caso das embalagens, deve-se considerar em detalhes o método de produção antes de decidir sobre a forma final, já que a solução pode ser proibitivamente cara ou difícil de fabricar.. (SWANN, 1994, p.20, tradução nossa). Para Blackburn (apud CLIFF, 2001, p.40, tradução nossa), uma super garrafa, é a chave. As pessoas reconhecem formas. Elas não lêem rótulos. Sendo assim, é visível e vasta a possibilidade que as embalagens dão quanto ao pode encarecer devido ao seu molde, o formato tem que ser muito bem pensado e projetado, pois como afirma Swann, ele pode encarecer exacerbadamente o projeto, ponderando também que uma nova forma pode ser bastante cara. É importante que o designer conheça bem o material e os processos de fabricação aplicados ao substrato. A forma e as linhas que compõem as embalagens apresentam um significado psicológico e comunicam simbolicamente com o consumidor, transmitindo-lhes idéias e sensações. (Negrão e Camargo, 2008) Os frascos a seguir podem expressar sensações e percepções diferentes, embora possam conter a mesma quantidade de produtos, um se ressalta do outro. O que pode ser observado também é que ligamos a forma com o conteúdo, uns tem uma forma mais delicada e requintada os outros mais simples e tradicionais.
Figura 18 – Forma das embalagens Fonte: Design de embalagem (Negrão e Camargo, 2008)
Um bom exemplo de que a forma é um ponto de bastante diferencial, é a questão da Coca-Cola. Até mesmo a embalagem da Coca-cola sofreu alterações em seu projeto original para se adaptar aos processos de fabricação da época (Negrão e Camargo, 2008). Nos casos de maior sucesso com a forma, as empresas patenteiam a embalagem, que é o caso da Coca-Cola. A garrafa bojuda da Coca-cola que se tornou um ícone mundial.
Figura 19 – Embalagem coca-cola antiga Fonte: Design de embalagem (Negrão e Camargo, 2008)
FUND. TEÓRICA | Ergonomia
formato, porém o cuidado ao projeta-las é fundamental pois dependendo do material o projeto
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
52 Podendo também citar dois casos mostrados anteriormente, o frasco do perfume channel nº 5, que adquiriu o frasco uma forma exclusiva e de sucesso, hoje patenteada e reconhecida por todos como o perfume channel. E até produtos com bastante tradição como é o exemplo da lata de leite condensado moça.
Para concluir a forma tem muita relação com a concepção visual do objeto,
facilitando ele a ser percebido, assim como afirma Negrão e Camargo (2008, p. 155) “A experiência localização no espaço, uma ordem de grandeza e um valor tonal.”
2.1.6 Ergonomia
A palavra “Ergonomia” vem de duas palavras Gregas: “ergon” que significa trabalho, e “nomos” que significa leis. Hoje em dia, a palavra é usada para descrever a ciência de “conceber uma tarefa que se adapte ao trabalhador, e não forçar o trabalhador a adaptar-se à tarefa”. Também é chamada de Engenharia dos Factores Humanos, e ultimamente, também se tem preocupado com a Interface Homem-Computador. (GOMES, 2008)
Segundo Iida, a ergonomia estuda a adaptação do trabalho ao homem em vários sentidos, tanto em ambientes físicos como aspectos organizacionais, trabalhando a relação do homem com o equipamento e o ambiente, aplicando os conhecimentos da anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos nessa relação. A ergonomia objetiva sempre a melhor adequação ou adequação possível do objeto aos seres vivos em geral. Sobretudo no que diz respeito à segurança, ao conforto e à eficácia de uso ou de operacionalidade dos objetos, mais particularmente. Nas atividades e tarefas humanas. (GOMES FILHO, 2003, p. 17)
Pode ainda ser resumida como uma ciência que estuda toda e qualquer atividade física e mental com menos esforço. A importância de estudar ergonomia para o projeto, se da pelo fato da necessidade de manejo do usuário com o frasco de perfume (referente á embalagem primária), no momento da aplicação e a organização da informação (na embalagem secundária), para dispor das informações necessárias de forma clara e objetiva. Será abordado então para o projeto, alguns aspectos de ergonomia de pega, abrangendo manejo e a ergonomia informacional, que contribui para a organização, legibilidade, visibilidade e compreensão da informação.
FUND. TEÓRICA | Ergonomia
visual é dinâmica, não percebemos os objetos isoladamente. Ver algo implica determinar-lhe uma
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
53 2.1.6.1 Ergonomia informacional
Para Gomes Filho, toda a estrutura informacional de um elemento, deve seguir uma orientação e estrutura adequada à identificação do usuário com o que realmente interessa, onde toda esta informação depende de veículos como a fonte utilizada, cores, organização dos na visibilidade, legibilidade e compreensão do consumidor com a comunicação para com a embalagem. Se tratando de embalagens elas devem comunicar o essencial. A percepção do objeto esta diretamente ligada a forma com que o produto se apresenta e se explica, se o produto for apresentado de forma confusa, sem legibilidade, o consumidor ficará confuso igual, e quando apresentado com uma boa organização da informação, ficará claro para o consumidor o que o produto quer transmitir. O fator da percepção visual está fundamentalmente ligado aos atributos relativos à capacidade, facilidade e rapidez desejáveis na captação, decodificação e compreensão da informação por parte do usuário-receptor, na relação deste com o signo e, secundariamente, também com o entorno no qual o signo deve estar se destacando. (GOMES FILHO, 2003, p. 149)
A importância para o projeto então, é relatar um pouco de visibilidade, legibilidade e compreenção que estão inseridos na ergonomia informacional.
2.1.6.1.1
Visibilidade
Será influenciada por fatores externos, como a iluminação, contrastes do ambiente e posição. A visibilidade depende muito de como o objeto irá atrair o consumidor, para que o consumidor o veja e assim o objeto o atraia. Não necessariamente para ele ser visível ele precisa chamar a atenção, mas precisa estar em harmonia com o seu contexto visual.
2.1.6.1.2
Legibilidade
Considera-se que exista uma boa legibilidade, quando a leitura de uma informação apresenta atributos de uma boa organização gestáltica. Conforme a ABNT 9050 a legibilidade depende da cor, do fundo, da cor do texto, caráter ou pictograma. O tamanho da fonte e seu contrate na embalagem interferem diretamente na legibilidade. A fonte é um dos aspectos mais
FUND. TEÓRICA | Ergonomia
elementos e relevância que se dá para umas e outras informações. Todos estes quesitos influenciam
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
54 críticos, pois uma leitura dificultada, resultando em uma compreensão distorcida.
Algumas das proporções da regra da ABNT, podem ser vistas na figura a seguir.
METODOLOGIA DE PROJETO DE DESIGN
DEMANDA
PROJETO
1) Ident. da demanda
2) Proposta comercial
3) Aprovaçã
1) Planejamento - Briefing - Cronograma - Levantamento de dados - Análise de dados
2) Desenvolvimento - Conceituação - Estudos preliminares - Ante projeto - Orçamento preliminar - Projeto final/aprovação
3) Produção - Orçamento - Execução d - Protótipo - Sepervisão - Entrega do Final/Aprova - Documenta
Figura 20 – Proporções Fonte: Manual de ergonomia (Grandjean, 1998, p.111)
Para Grandjean (1998, p.111) “O tamanho de letras e algarismos, as distâncias entre eles e a espessura dos traços devem estar de acordo com a esperada distância entre os olhos e a informação oferecida. Como orientação pode-se usar a fórmula:” Altura das letras ou números em mm =
distância de leitura em mm 200
Figura 21 – Fórmula Fonte: Manual de ergonomia (Grandjean, 1998)
2.1.6.1.3
Compreensão
AMPLITUDE DA EMBALAGEM Conter/Proteger
O modo com que o receptor une as informações e como ele as entende, ela pode se FUNÇÕES PRIMÁRIAS Transportar tornar compreensível a seu ver, ou extremamente incompreensível, dependendo muito também Componente do valor e do custo de produção ECONÔMICAS de para qual público a informação foi projetada. A leitura e compreensão de um objeto, implica Matérias-primas em todo o seu contexto, desde a escrita, elementos visuais, imagens enfim, qualquer elemento Sistema de acondicionamento informativo, estes no entanto se não organizados, são mal compreendidos. Novos materiais TECNOLÓGICAS Conservação de produos
MERCADOLÓGICAS
FUND. TEÓRICA | Ergonomia
A proporção das letras e números devem ser proporcionais a distância da leitura. Recomenda-se que a: largura da letra = 2/3 da altura; espessura do traço = 1/6 da altura (caractere escuro sobre fundo claro) ou 1/7 da altura (caractere claro sobre fundo escuro);distância entre letras = 1/5 da altura; distância entre palavras = 2/3 da altura; intervalo entre linhas = 1/5 da altura (a parte inferior dos caracteres da linha superior deve ter uma espessura de traço distante da parte superior do caractere mais alto da linha de baixo); altura da letra minúscula = 2/3 da altura da letra maiúscula. (ABNT, 2008)
Chamar a atenção Transmitir informações Despertar desejo de compra Vencer a barreira do preço
Tratamento tampa Trabalho de Conclusão de Curso - Design
Burrifados Material de divulgação (folder) Display
55
Arte display
2.1.6.2 Ergonomia de pega
Página catálogo
PRINCIPAIS MATÉRIAS-PRIMAS
CELULOSE
Papel, cartão, papelão...
Polietileno, polipropileno, PET...mão, a importância da pega e PLÁSTICOcorporal analisado O movimento será apenasPVC, o da flanders... METAL manuseio do produto, pois a pega é Alumínio, o principal fator culminante para a ergonomia nos frascos,
VIDRO no momento da aplicação do perfume o usuário não pode apresentar dificuldade ou desconforto Garrafas, frascos, potes...
tampa e do sistema de aplicação do perfume. Os dados necessários para a melhor adequação antropométrica, a necessidade de combinar medidas mínimas e máximas da população (IIDA, 2003). A medidas necessárias neste caso, são somente das mãos, pois a atividade é considerada de manejo.
Para isso se faz
necessário o conhecimento das medidas médias de pega da mão feminina, na totalidade de seus valores máximos e mínimos, a seguir uma tabela, com as dimensões de pega.
Aprovação da proposta
CASO
MULHERES 5%
50%
95%
Comprimento da mão
15,9
17,4
19,0
Largura da mão
8,2
9,2
10,1
Comprimento da palma da mão
9,1
10,0
10,8
Largura da palma da mão Circuferência da palma
7,2 17,6
8,0 19,2
8,5 20,7
Circuferância do punho
14,6
16,0
17,7
Cilindro de pega máxima (diâmetro)
10,8
13,0
15,7
PRODUÇÃ O
MÃOS
Figura 22 – Medidas antropométricas Fonte: Ergonomia – projeto e produção (IIDA, 2000) (adaptado pela autora)
PR O J E TO
MEDIDAS DE ANTROPOMETRIA ESTÁTICA (cm)
Produção rçamento final xecução do projeto rotótipo epervisão da execução ntrega do produto al/Aprovação ocumentação
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no frasco. Além da pega confortável do frasco, outro fator importante é o tamanho e formato da
A pega quando de precisão é configurada pega de precisão, que são praticamente executados apenas pelos dedos e mãos.
[...] o rápido e preciso doseamento de um movimento delicado é o resultado de uma grande quantidade de informações nervosas (produzidas pelos sentidos) e controle motor do cérebro. (GRANDJEAN, 1991, p. 95) Considerando que na utilização do perfume não se configura um trabalho repetitivo ou de longa duração, os dados e a concepção antropométrica, não analisaram todos os dados e estudos referentesPRINCIPAIS ao manejo e posições, os fatoresE SUAS de maior preocupação são: a pega e o TIPOS DE EMBALAGENS APLICAÇÕES acionamento do botão de aplicação. Para isso os fatores realmente relevantes são, a adequação Matéria-prima
Embalagens
Principais tipos de produtos
antropométrica, a partir da pega e a usabilidade que inclui a praticidade e funcionalidade do
Garrafas cervejas - Vinhos - Destilados - Bebidas Finas Frascos cosméticos - Perfumes - Medicamentos Potes conservas - Geléiasé- Café solúvel VIDRO A atividade realizada pelo usuário no momento a utilização do perfume, a seguinte: Ampolas medicamentos - cosméticos Copos requeijão de Tomate - geléias a embalagem (primária), pegar o frasco na mão, retirar a tampa, aplicar- Extrato o perfume e soltar
produto. abrir
o frasco.
CELULOSE
CARTÃO (semi-rígido) PAPELÃO e PAPELÃO MICROONDULADO
Cartuchos Caixas Envelopes Cartonados Caixas
farinhas - flakes - hambúrgues calçados - eletro/eletrônicos - bombons material papelaria - meias femininas leite longa vidas - sucos - bebidas lácteas alimento - eletro/eletrônicos - frutas embalagens transporte (secundárias)
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
56 2.1.6.2.1
Manejo
O manejo, para Gomes Filho é o ato ou uma ação física que se relaciona com o manuseio ou operacionalidade de qualquer produto. (GOMES FILHO, 2003) Iida (2005, p, 243) ainda completa afirmando que o manejo é uma forma particular manipulando alguma coisa. “A mão humana é uma das “ferramentas” mais completas, versáteis e sensíveis que se conhece” (Iida, 2005 apud Napier, 1983, p. 243). Devido a grande mobilidade dos dedos, e o dedos polegar trabalhando em oposição aos demais, consegue-se uma grande variedade de manejos, com variações de forças, precisão e velocidade dos movimentos. Cada tipo de manejo tem a predominância de um aspecto diferente. (IIDA 2005) Na manipulação de produtos, define-se o fator de manuseio operacional como o ato de pegar, movimentar ou então pôr em funcionamento, manter em funcionamento ou fazer cessar o funcionamento de um objeto. Através da ação de simples pega, empunhadura ou sustentação e, ainda, por meio de acionamento de elementos para ligar, sintonizar, regular, ajustar, controlar, monitorar, desligar e assim por diante. (Iida, 2005 apud Napier, 1983, p. 243)
O manejo segundo Iida (2005), ainda pode ser classificado de diversas maneiras, mas de forma geral todos sempre recaem em dois tipos básicos: - Manejo fino: precisão e velocidade, com pequenas forças transmitidas no movimento. É executado pela ponta dos dedos, mão e o punho permanecem relativamente estáticos. - Manejo grosseiro: a força é executada com a parte central da mão. Forças maiores que o manejo fino, menos precisão e velocidade A seguir uma tabela contendo os dois tipos básicos de manejo.
Figura 23 – Tipos de manejo Fonte: Ergonomia – projeto e produção (IIDA, 2000, pág. 180)
Para Gomes Filho, toda ação de manejo e controle, implica no conhecimento de características básicas do usuário, para melhor adaptação do produto. Já para o manejo de um frasco de perfume, podemos considerar o manejo fino e o grosseiro, na pega do frascos com as mãos e a aplicação com a ponta dos dedos.
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de controle, onde há um predomínio dos dedos e da palma das mãos, pegando, prendendo ou
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57 2.1.7 Metodologia de projeto
Segundo o Aurélio (1975, p. 919): Método. [Do gr. méthodos, ‘caminho para chegar a um fim’] S. m. 1. Caminho pelo qual se chega a um determinado resultado, ainda que este caminho não tenha sido fixado de Metodologia projetual é configurada como sendo uma série de operações necessárias, que são dispostas em uma ordem lógica e ditadas pela experiência, sendo que o seu maior objetivo é atingir o melhor resultado com o menor esforço. Metodologia projetual para o designer não é nada absoluto nem definitivo: é algo que se pode modificar se encontrarem outros valores objetivos que melhorem o processo. E isto liga-se à criatividade do projetista que, ao aplicar o método, pode descobrir algo para melhorar. (MUNARI, 1981 p.21). Segundo Munari (1981), O problema não se resolve por si só; no entanto, contém já todos os elementos para a sua solução, é necessário conhecê-los e utilizá-los no projeto de solução. A seguir será exposto três metodologias para projetos de design de embalagem, verificando assim, qual das metodologias melhor se encaixa no projeto, podendo haver também algumas alterações. Durante a graduação, foram vistas algumas metodologias para projeto de autores como, Lobach, Munari e Baxter, porém no presente projeto, busca-se uma metodologia que ainda não se tem conhecimento, para poder estar especulando novos métodos. Iniciando com a metodologia de Mestriner (2004, p. 37), que diz: “O objetivo desta metodologia é organizar e instrumentar uma sequência de atividades que permitam que o design de embalagem se faça de forma consciente, levando em consideração todos os aspectos importantes do projeto e respondendo de forma positiva e consistente aos objetivos fixados para o produto.”
Para isto Mestriner então define os dez pontos chaves da metodologia de projeto: 1- Conhecer o produto, 2- Conhecer o consumidor, 3- Conhecer o mercado, 4- Conhecer a concorrência, 5- Conhecer tecnicamente a embalagem a ser desenvolvida, 6Conhecer os objetivos mercadológicos, 7- Ter uma estratégia para o design, 8- Desenhar de forma consciente, 9- Trabalhar integrado com a indústria, 10- Fazer a revisão final do projeto Com os 10 pontos-chave, a metodologia de Mestriner (2004) foi realizada em 5 passos, que contempla: (1) Briefing, (2) O estudo de campo, (3) A estratégia de design, (4) O desenho, (5) A implementação do projeto. O outro método, é o método AUM, Universidade Autônoma Metropolitana, apresenta uma metodologia de projeto dividido em cinco etapas (Negrão e Camargo, 2008) (1) Caso, (2) Problema, (3) Hipótese, (4) Projeto, (5) Produção.
FUND. TEÓRICA | Metodologia
antemão de modo deliberado e refletido.
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58 Já para Licoln Seragini (apud Negrão e Camargo, 2008), que é um especialista em embalagem e um dos pioneiros a pesquisar este universo no Brasil, aponta o seguinte: [...] o planejamento é essencial para o sucesso de um projeto de embalagem e, consequentemente, de um produto. Seragini desenvolveu um método para o “desenvolvimento racional da embalagem”, este método é composto de sete estágios: (1) Identificação do tipo de desenvolvimento, (2) (5) Implantação, (6) Embalagem operando, (7) Avaliação e correção das falhas. Sendo analisadas todas estas metodologias, verificaram-se semelhanças em todas elas, os fatores mutantes foram apenas as nomenclaturas das etapas, porém estas tem a essência de exploração dos mesmos segmentos. A partir daí, então, foi escolhida a metodologia de melhor adequação com os termos e houve a necessidade de adaptá-la em alguns sentidos para melhor compreensão dentro do projeto. Complementação e ajustes foram fundindo parte da metodologia de Mestriner e parte da metodologia de Seragini. Uma parte fundamentar e bastante necessária será captada da metodologia de Mestriner, que é a parte referente aos formulários, de briefing e pesquisa de campo, o restante será executado dentro da metodologia de Seragini. Desta maneira, a metodologia a ser seguida para o projeto compreende então: (1) Briefing: é o ponto de partida para o projeto, ele consiste no mapeamento das informações necessárias e relativas ao projeto, onde será possível salientar a identificação do tipo de desenvolvimento do projeto. (2) Estudo de campo: é imprescindível uma pesquisa de campo, pois será lá que o produto estará ao lado de seus concorrentes, onde está inserido em seu contexto, esta pesquisa será realizada através de análise de concorrentes, similares e formulários, enfim, sua função mercadológica; (3) O Projeto: Conceituação, parte que compõem o início do projeto. (4) Desenvolvimento estrutural: é o processo de desenvolvimento estrutural do produto embalagem; (Negrão e Camargo, 2008, p. 141) “É o que chamamos de design de produto da embalagem. Esta etapa desenvolve os materiais e suas características físico-químicas” [...]. (5) Desenvolvimento formal/gráfico: compreende o desenvolvimento gráfico, completa o estrutural; (Negrão e Camargo, 2008, p. 141) “Nós denominamos de design gráfico da embalagem. Não são apenas as informações legais e as condições de uso do produto” [...]. (6) Implantação: definição das características, testes, desenho técnico e execução de um memorial descritivo, para detalhando da função da embalagem.
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Planejamento preliminar, (3) Desenvolvimento estrutural, (4) Desenvolvimento formar e gráfico,
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59 3 Pesquisa DE CAMPO
3.1 Entrevistas e questionários
A pesquisa de campo irá reunir informações adquiridas a partir de questionários, briefing, análises de concorrentes, pontos de venda. Será realizada com o público alvo, usuários, concorrentes e vendedoras. Assim é possível adquirir e definir melhor os aspectos para a execução do projeto. Esta pesquisa terá caráter qualitativo, possuindo questões de múltipla escolha e questões abertas. Os questionários se encontram nos apêndices (apêndice A, B e C)
O Briefing foi aplicado as pessoas responsáveis pela parte de marketing e design de embalagens da empresa. As informações que foram obtidas através deste são de extrema relevância para o projeto, pois é a opinião da empresa para com o produto. Este briefing foi respondido pela responsável pela área de design da Akakia, Carolina Dauf. Os itens foram selecionados a partir de aspectos importantes para o desenvolvimento das embalagens, a empresa revelou com o Briefing especificações, estratégias, visões de marketing e objetivos. Revelando informações sobre o consumidor pertencente a classe C, do sexo feminino e com idades entre 15-22 anos, Carolina diz ainda que os benefícios de compra é levar um produto de qualidade por um preço bastante em conta. Com o briefing também foi possível coletar informações específicas do produto, conhecendo-o melhor. O perfume já existe desde 2005 e desde então nunca sofreu um re-design em sua embalagem, porém agora a empresa sentiu esta necessidade. Caroline falou ainda que “o público alvo, são aquelas meninas que gostam de ler a revista capricho, gloss e sempre estão antenadas nos na moda”. As três fragrâncias possuem embalagens secundárias idênticas, apenas mudando o grafismo, já a embalagem primária destas têm um formato um pouco diferente e com tampas iguais, as especificações de medidas da embalagem primária são 15,5x3,3cm e da embalagem secundária é 29x17cm formato aberto (ver figura em anexo A, B e C) e fechado 18x4cm . A tríade conta com as embalagens de três fornecedores, um das tampas, outras dos frascos e outro da
PESQ. CAMPO | Briefing
3.1.1 Briefing
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60 impressão da embalagem primária, são eles respectivamente: incom, wheaton e igel. Segundo os designer desenvolvedores das embalagens da Akakia, a embalagem supri as informações obrigatórias pelas normas da ANVISA. O responsável pela parte de marketing, declara alguns pontos e informações mercadológicas e de marketing. Quando perguntado sobre os objetivos, posicionamento e argumentos de venda, a resposta foi que este é um produto para ser usado no dia-a-dia da jovem que tem entre 15 e 25 anos. E para alcançar este público diz os representantes da Akakia, que a embalagem tem que estar de acordo com que o público-alvo se identifica. Sendo este um público jovem, o perfume tem que se mostrar bem atual, dentro do universo real do jovem, remetendo ao modismo. A venda destes produtos ocorre basicamente por causa do preço de comercialização de RS 37,00. A Akakia tem um objetivo de marketing com a expectativa de adquirir através dos tempos a fidelidade do público jovem, de forma geral visam isto para todos os produtos, para isso a embalagem tem que ser agradável e atrair estas pessoas, que exigem do mercado um pouco mais de irreverência. Porém sem deixar para trás o aspecto mais importante como o custo do produto quantidade de produção mínima com o processo standard. Carolina questiona sobre as embalagens do Jazzy, Dizzy e Fuzzy parecerem um pouco infantis e o produto é um pouco mais jovem. Além dos grandes nomes da perfumaria, grandes concorrentes para este produto seriam: O Boticário, Natura, Avon, Contém 1g, La acqua di fiori e água de cheiro, como foram citadas adiante, nos concorrentes diretos e indiretos. Quando perguntado em forma de matriz semântica quais são os atributos do produto, as respostas obtidas foram que, o perfume é extremamente feminino, moderno, dinâmico, faz parte de um modismo, é extremamente jovem e nem tão simples e nem tão luxuoso, devido ao público ele deverá adquirir um conceito mais abstrato do que concreto. A Akakia utiliza referencias internacionais para o desenvolvimento de seus projetos de embalagens, todos os produtos sem exceção levam nomes em inglês, como afirma Carolina, “é um posicionamento que a Akakia adquire desde o começo”.
3.1.2 Relatório perfumista
Um questionário com perguntas direcionadas a características do produto foi realizado com a farmacêutica Marilda Tonetto, responsável técnica pelas fragrâncias da Akakia, através do questionário analisou-se melhor o público alvo e peculiaridades dos perfumes em questão. As perguntas pretendiam melhor delimitar o tipo de fragrância e permitir traçar
PESQ. CAMPO | Relat. perfumista
que não poderá se alterar, o que implica em um desenvolvimento de embalagem dependendo da
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61 melhores estratégias e soluções adequadas ao projeto, para este fim, através das respostas do questionário foi obtido os seguintes resultados: O público alvo para as fragrâncias Jazzy, Dizzy e Fuzzy é definido a partir do tipo da fragrância. Por isso antes de mais nada o relatório aplicado para a perfumista procura saber e entender um pouco mais das fragrâncias. Logo em primeiro instante a farmacêutica relatou que as três fragrâncias são direcionadas a um público feminino jovem de 15 a 25 anos de idade. Para esclarecimento de como posicionar o perfume para o público alvo correto, foi perguntado como se classificam os tipos de fragrâncias para os tipos de usuário, o que irá determinar o público alvo de cada perfume e como isto é definido? Marilda responde dizendo, “o que determina é um apanhado geral de características da essência”, uma das principais características é a quando a essência é marcante, impactante, geralmente são direcionadas para um público mais velho, mais sério e formal. Foi perguntado então o porque as fragrância Jazzy, Dizzy e Fuzzy, recebem o direcionamento do público jovem são meninas, jovens e adolescente entre 15 e 25 anos: Marilda: Pois a essência mais suave, leve tem o perfil deste público, o estilo de vida desta faixa etária utilizem estes perfumes, mesmo porque é uma questão de gosto, assim como pode ocorrer o contrário também, o que já é uma questão de preferência. Diante da classificação das fragrâncias citadas anteriormente na fundamentação teórica (ver página 38), os perfumes se classificam em: Jazzy: Marinho/Floral, Dizzy: Doce/ Floral e Fuzzy: Fresco/Floral Uma segunda classificação destes seria pertencerem a Eua de toillete, também uma classificação que o sistema fiscal estabelece. Pertencem a esta classificação, pois seu percentual é de 12% a 15% de essência. As três fragrâncias possuem as seguintes características: - Jazzy: conotação verão, descontraído, floral oceânico, fresco e um pouco suave. Com uma conotação que o faz ser melhor aplicado durante o dia, um perfume do dia-a-dia. - Dizzy: Encorpado, essência floral. Características mais marcantes para o uso a noite ou em ocasiões especiais. - Fuzzy: Floral, cítrico, bem suave. Uma conotação também de dia-a-dia. Outra questão importante a ser considerada, é sobre a cor que alguns perfumes possuem, se isto tem alguma relação com o cheiro. Em nota a farmacêutica disse que a cor do líquido essencial tem a ver sim com a fragrância, dependendo de onde é extraído o óleo essencial o líquido pode adquirir uma coloração de incolor até um tom de amarelo âmbar. Porém também há possibilidade da fragrância ser colorida artificialmente com corantes. Foi levantada a questão sobre a relação que um perfume tem com o outro para que eles sejam definidos como uma família, um conjunto ou uma tríade. A resposta foi que a única
PESQ. CAMPO | Relat. perfumista
desta faixa etária do usuário se encaixa com estas essências, mas nada impede que pessoas fora
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62 coisa que relacionam eles é a indicação da faixa etária. A última questão abordada é referente a: porque os perfumes em sua grande maioria são comercializados em frascos de vidro, se tem algumas limitações que impedem o uso de outros materiais, Marilda responde dizendo que o vidro é um material fácil de se trabalhar, fácil de reciclar, resistente, não é condutor térmico, e afirma que os óleos essenciais reagem facilmente com quase todos os outros materiais.
3.1.3 Questionário público alvo
A partir das respostas da perfumista, se tem a definição do público alvo bastante para as fragrâncias e partimos para uma aplicação de questionário para este público a fim de coletar informações referentes a características do público alvo. O questionário aplicado ao público alvo, de meninas de 17 a 22 anos, no estado de Santa Catarina, nos cinco pontos de venda que a empresa possui em Florianópolis. procurou-se abordar para a entrevista de público alvo pessoas consumidoras de produtos Akakia e que tinham entre 15 a 23 anos. Foram entrevistadas seis pessoas com idades entre 17 e 23 anos, todas do sexo feminino e de classe social C, também foi relatado sobre conversas com as vendedoras dos produtos das cinco Akakias espalhadas por Florianópolis, as vendedores falaram um pouco de como o produto é vendido, para quem é vendido e outras características destes produtos no ponto de venda. Todas as entrevistadas afirmaram usar perfume diariamente e não conseguir ficar sem perfume nem uma hora do dia, e utilizam produtos da Akakia. Entre as 6 entrevistada, 5 tem mais de 5 perfumes em casa e usam somente 2. Geralmente um para o dia e um para a noite. Quando perguntado, sobre o nome dos perfumes que usam, os mais citados por este público foram os perfumes da natura e alguns importados que só utilizam em ocasiões especiais. E os eu usam diariamente, fragrâncias mais baratas e mais suaves. Este público procura na hora de comprar um perfume, a fragrância que mais gosta, nunca privilegiando a quantidade ou a qualidade, a fragrância escolhida é sempre aquela que causa uma empatia e traduz a personalidade da pessoa. Embora bastante importante, as meninas disseram não ligar para a embalagem, elas apenas são um complemento, independente de gostarem da embalagem compram, porém todas concordam que a embalagem é um chamariz importante e é o que faz o produto se destacar no ponto de venda. Apenas uma delas concorda que a embalagem é fundamental para o produto. Apenas 2 falaram que gostam de presentear pessoas com perfumes. Porém o restante
PESQ. CAMPO | Público-alvo
Após um tempo observando o perfil do público alvo que comprava na Akakia,
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63 acha perfume muito pessoal para ser dado de presente. Por ser o perfume mais barato as vendedoras dizem que na maioria das vezes eles são comprados para presentear alguém, a vendedora diz: “na hora de dar um presente as pessoas procuram os mais baratos sempre, já para consumo próprio procuram o que mais gostam.” Perguntado sobre a tradução das palavras Jazzy, Dizzy e Fuzzy originais da língua inglesa, nenhuma delas soube responder, e todas pronunciaram errado, até mesmo a vendedora. Logo em seguida, o direcionamento se focou em cima dos 3 produtos, as entrevistadas sentiram a fragrância dos três e relataram: Por unanimidade o melhor perfume respectivamente na concepção delas é o Fuzzy, Jazzy e Dizzy. Dizendo que o Dizzy é mais para noite, festa, mas ainda assim acham suave, e o Fuzzy e Jazzy são bastante suaves, lembrando verão e coisas frescas. A relação que elas fizeram com as fragrâncias em relação a cores e objetos é a seguinte: Na fragrância Fuzzy a uma conotação mais verão, fragrância suave, bom para ser usado no dia-a-dia, remete cores claras, cores pastel, lilás, amarelo lembrando bastante suavidade, já o Dizzy, perfume mais pesado, forte, cores mais escuras, roxo escuro, rosa bem forte, inverno, floral. E por último sobre o Jazzy, este é muito similar em comparação com a família olfativa do para ser usado no dia-a-dia, remete cores como o verde, amarelo, alaranjado, azul, cores vivas. Em questão de preferência de cores e estilos as respostas foram em base de referências bastante modernas, mais puxados para curvas, elementos sutis. Quanto ao formato dos frascos, os mais visados são os com características orgânicas, abstratos, assimétricos. Também foram coletadas informações com as vendedoras, que relataram aspectos não antes percebidos e bastante relevantes. Os perfumes da Akakia são uma simulação dos perfumes importados, as vendedoras têm uma relação de compatibilidade com os perfumes importados. Uma das vendedoras diz que o público procura isso, pois ele tem como ter a fragrância importada, porém com a qualidade de um produto da Akakia. E muitas vezes isso serve de argumentos para a venda do perfume. O Dizzy, corresponde ao perfume Lou lou, da Cacharel, o Jazzy corresponde ao Acqua di Gió da Giorgio Armani e o Fuzzy, Miracle da Lancome. Adiante uma breve análise dos perfumes correspondentes as fragrâncias Jazzy, Dizzy e Fuzzy. Apesar do público alvo destes perfumes serem mais jovens, pessoas de diferentes fixas etárias procuram e compram estes perfumes, porém a uma melhor aceitação entre os jovens. Ainda questionam quanto a alguns produtos virem sem lacre de proteção, dizem que isto tira a credibilidade do produto.
PESQ. CAMPO | Público-alvo
Fuzzy, possuindo características ditas pelo público muito parecidas, como, suave, verão, fresco,
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64 3.2 Visitas e observações
3.2.1 Ponto de venda
A exposição dos produtos no ponto de venda foi analisada em cinco pontos presente em Florianópolis, 3 deles são lojas da Akakia em shoppings da cidade e 2 em lojas comerciais no centro. O produto nos 5 pontos de venda existentes em Florianópolis. Nos 5 pontos de venda, os produtos ficam expostos nas prateleiras de vidro fora da embalagem secundária, juntamente com o seu respectivo desodorante, em meio a coleção que ele pertence. Porém nas lojas da Akakia, possuem também expositores individuais, que são mais ou menos como caixas de vidro que expõem os produtos separadamente. - Loja Akakia no shopping Floripa A loja deste shopping é um Kioske que fica no meio de um corredor, rodeado de balcão e vitrine de vidro. Nas fotos abaixo visualizamos a loja, o modo de exposição dos produtos na prateleira e o modo de destaque dos produtos.
Figura 24 – Ponto de venda shopping Floripa Fonte: Acervo pessoal (Geller)
Os produtos neste caso que merecem algum destaque, como lançamentos e mais vendidos, ficam exposto em cima do balcão, o restante dos produtos é exposto dentro da vitrine de vidro embaixo do balcão, não existindo um apelo único e um ambientação do produto. - Loja Akakia Shopping Beira-mar norte As fragrâncias Jazzy, Dizzy e Fuzzy, neste local se encontram exposto individualmente em caixas de vidro ficam anexadas a parede, dentro desta caixa esta apenas os 3 frascos, as 3 embalagens secundárias e os 3 desodorantes pertencentes a linha.
Figura 25 – Ponto de venda shopping Beiramar norte Fonte: Acervo pessoal (Geller)
PESQ. CAMPO | Ponto de venda
Dentre os pontos de venda visitados, temos:
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65 - Loja Akakia Shopping Iguatemi O mesmo que ocorre na forma de exposição da loja do shopping Beiramar norte, ocorre na loja da Akakia do shopping Iguatemi. As prateleiras de vidro comportam os produtos expostos, e um maior destaque é dado para alguns produtos que são colocados nos cubos de vidro.
Figura 26 –Ponto de venda shopping Iguatemi Fonte: Acervo pessoal (Geller)
- Loja Akakia anexo ao Bistek Todos os pontos de venda visitados da Akakia, apresentam a mesma configuração de e organização interna, o modo de expor os produtos, que só se adapta em alguns casos. Na loja
Figura 27 –Ponto de venda anexo ao Bistek Fonte: Acervo pessoal (Geller)
- Loja Akakia Shopping Itaguaçu Igualmente como ocorre no shopping Floripa, a loja da Akakia no shopping Itaguaçu.
Figura 28 – Ponto de venda shopping Itaguaçu Fonte: Acervo pessoal (Geller)
O sistema de exposição das lojas Akakia, segue um padrão em todas as lojas, porém com adaptações, mas geralmente todos os produtos estão expostos nas prateleiras de vidro e alguns colocados em caixas de vidro. Os perfumes Jazzy, Dizzy e Fuzzy são expostos em meio aos outros perfumes também de um mesmo seguimento de público-alvo ou então sempre perto de fragrâncias relacionadas. Os perfumes da Akakia variam de tons e embalagens, porém observa-se
PESQ. CAMPO | Ponto de venda
anexa ao Bistek, os produtos ficam expostos da mesma maneira que no anterior já isto.
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66 que a sua grande maioria são embalagens alongadas, simétricas e geométricas, as cores variam na parte feminina em cores quente, especificamente o vermelho e o rosa.
3.2.2 Análise de correspondentes
Uma breve análise dos perfumes correspondente as fragrâncias Jazzy, Dizzy e Fuzzy, pois os perfumes da Akakia são inspirados em fragrâncias internacionais. Dizzy = Lou lou: O perfume Lou lou possui uma fragrância bastante marcante, sua embalagem de papel, com grafismos coloridos e vivos contrapõem com o frasco azul com detalhe
Figura 29 – Perfume Lou Lou Fonte: Disponível em <http://www.shes.com.br>
Jazzy = Acqua di Gió: perfume feminino, suave e leve, sua composição gráfica, bastante equilibrada e limpa, contendo apenas uma cor clara e o grafismo do nome do perfume.
Figura 30 – Perfume Acqua di Gió Fonte: Disponível em <http://www.shes.com.br>
Fuzzy =, Miracle: fragrância feminina e suave, com um toque floral, sua composição também remete, clareza e simplicidade de formas, em apenas uma cor e grafismo do nome.
Figura 31 – Perfume Miracle Fonte: Disponível em <http://www.shes.com.br>
PESQ. CAMPO | Correspondentes
vermelho.
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67 3.2.3 Análise da concorrência
A concorrência foi analisada com referência em empresas mais próximas e consideradas empresas concorrentes diretas. Destas empresas foram selecionados produto da perfumaria feminina jovem como concorrentes diretos, os produtos com preços próximos, e como concorrentes indiretos, os com preços mais elevados.
3.2.3.1 Concorrentes diretos
O Boticário O primeiro concorrente a ser analisado serão os produtos do O Boticário, com suas fragrâncias femininas jovens. Além de possuir outros perfumes que são concorrentes indiretos - Capricho: Com a essência de ser o perfume de adolescente que se identifica com a revista capricho. Colorido alegre e dinâmico. As embalagens compõem um conjunto alongado, no frasco predomina o transparente e uma tampa vermelha que se repete na embalagem secundária, seguindo um estilo moderno e com curvas delicadas e floral. Preço R$39,90/70ml.
Figura 32 – Perfume Capricho – O Boticário Fonte: Disponível em <http://www.boticario.com.br>
- Thaty: sem muito apelo estético, sua forma em ânfora. Frasco azulado, fragrância suave e bastante conhecida. A embalagem secundária não possui um diferencial ou algo que chame a atenção, acompanhando a mesma cor do produto com elementos gráficos delicados. É um perfume antigo e possui variações como uma edições limitadas. Preço R$39,90/110ml.
Figura 33 – Perfume Thaty – O Boticário Fonte: Disponível em <http://www.boticario.com.br>
PESQ. CAMPO | Conc. diretos
das fragrâncias Jazzy, Dizzy e Fuzzy, pois possuem um preço mais elevado de mercado.
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68 - Innamorata: a fragrância é leve e floral, para a jovem romântica que expressa belexa e sedução de uma paixão. O frasco segue o mesmo formato tradicional do O Boticário, mesma forma do perfume Thaty, porém com cores diferente, o produto é transparente compondo com a tampa rosa. Preço R$39,90/110ml.
]
Figura 34 – Perfume Innamorata – O Boticário Fonte: Disponível em <http://www.boticario.com.br>
- Lavanda pop: Também possui o mesmo frasco ânfora, com tons em lilás, sua
Figura 35 – Perfume Lavanda Pop – O Boticário Fonte: Disponível em <http://www.boticario.com.br>
Natura Dentre os produtos da Natura, não foi encontrado nenhum perfume que seria concorrente direto dos produtos da Akakia, os perfumes comercializados da Natura possuem um custo de mercado muito mais elevado do que o preço de mercado das fragrâncias Jazzy, Dizzy e Juzzy. A Natura possui um posicionamento forte no mercado, e produtos mais caros. Avon Nos produtos da Avon 5 fragrâncias são encontradas com este perfil de feminino, jovem e com custo baixo, são eles: - Avon Wink: embora não muito conhecido, possuem peculiaridade da embalagem, como o nome do produto moldado no vidro. A cor em degradê do frasco faz com que a composição do vidro transparente com o líquido dê um efeito agradável a embalagem. Preço R$32,00/70ml.
Figura 36 – Perfume Wink - Avon Fonte: Disponível em < http://www.br.avon.com >
PESQ. CAMPO | Conc. diretos
fragrância é refrescante, com um conteúdo de 110ml a fragrância custa 35,90.
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
69 - Fashion model: Fragrância um pouco mais formal que as demais, não possui tanto o apelo de cor, porém seu frasco tem um formato curvilíneo, fazendo lembrar o corpo de uma mulher, seu frasco é bastante homogêneo, tanto em cor quanto em forma, a cor cinza dá ao perfume um ar mais sério, um dos perfumes mais baratos pesquisados. Preço R$25,00/75ml
Figura 37 – Perfume Fashion Model - Avon Fonte: Disponível em < http://www.br.avon.com >
- Petit deo-colônia: perfume com um ar juvenil, formato arredondado e cores, a tampa em plástico envolve o frasco, este ainda possui uma variação, o petit lavande colônia, um possui
Figura 38 – Perfume Petit - Avon Fonte: Disponível em < http://www.br.avon.com >
Água de cheiro - Loop Pink: ideal para jovens mulheres que gostam de levar a vida em movimento. Sua embalagem bastante diferente das demais apresenta um frasco em polímero translúcido, com cor vibrante e chamativa. A embalagem secundária também em polímero contrapondo com predominância do branco com detalhes em rosa e furos que permitem visualizar o frasco dentro da embalagem. Preço R$39,00/90ml.
Figura 39 – Perfume Loop Pink - Água de cheiro Fonte: Disponível em < http://www.aguadecheiro.com.br >
- Poema: Um perfume para mulheres jovem que procuram um produto de qualidade em ótimo preço, o produto é vendo com 50ml no preço de R$ 32,50. Apesar de ser um produto
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uma fragrância um pouco mais suave e o outro um pouco mais floral. Preço R$ 21,00/60ml.
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
70 bastante simples é uma, em tons de lilás que dá o toque feminino, o frasco alongado e cônico agrega mais delicadeza ao produto.
Figura 40 – Perfume Poema - Água de cheiro Fonte: Disponível em < http://www.aguadecheiro.com.br >
Contem 1g Fragrâncias mais caras que as dos perfumes Jazzy, Dizzy e Fuzzy L’ acqua di fiori Linha de produtos com preços muito superiores a 37 reais. As colônias que possuem
3.2.3.2 Concorrentes indiretos
O Boticário Como concorrentes indiretos do O Boticário ainda têm os seguintes perfumes. - Ops: faz conjunto com três perfumes, comercializados separadados e com o mesmo conceito estético e formal, 2 sairam de linha de produção, sobrando apenas 1 que ainda é vendido. Embalagem possui forma alongada em vidro, com irregularidades, tampa de plástico na mesma cor do frasco, fragrância floral que agrada de meninas a mulheres jovens. Preço R$44,90/100ml.
Figura 41 – Perfume Ops – O Boticário Fonte: Disponível em <http://www.boticario.com.br>
- Carpe diem: Um perfume para a jovem que gosta de aproveitar o dia, possui uma fragrância marcante e cítrica, apesar de seu frasco não ser muito marcante, possui suavidade com forma arredondada e uma tampa com detalhe em duas cores. Preço R$59,90/100ml.
PESQ. CAMPO | Conc. indiretos
um preço mais baixo não são destinadas ao público feminino jovem.
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
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Figura 42 – Perfume Carpe Diem – O Boticário Fonte: Disponível em <http://www.boticario.com.br>
- Sophie: perfume para o dia-a-dia da menina moderna, a forma do frasco de borboleta remete alegria, transformação e beleza de quem o usa, fragrância floral. Preço R$44,90/75ml.
Figura 43 – Perfume Sophie – O Boticário Fonte: Disponível em <http://www.boticario.com.br>
Natura - Humor: As fragrâncias do conjunto humor, possui um odor bastante suave e que parte de um mesmo conceito, as embalagens não possuem a mesma forma nem a mesma cor, eles compõem uma coleção. Possiem um apelo de humor.
Figura 44 – Perfume Humor – Natura Fonte: Disponível em <http://www.natura.com.br>
- Kriska: coleção de três perfumes: Kriska, Kriska Jeans e o Kriska Floral. Essências respectivamente doce e suave, indicada para a noite, cítrica e floral. Todas as três variações possuem a mesma embalagem, diferindo nas as cores, com frasco transparente, outros com perfume em cor e tampas de cores diferentes. Embalagem primária com assimetria da tampa e irregularidades simétricas no frasco. Versão da embalagem secundária em lata ou papel reciclado, 55% mais ecológico que a em lata. Preço lata R$63,10/papel reciclado R$61,00, com 100ml.
Figura 45 – Perfumes Kriska – Natura Fonte: Disponível em <http://www.natura.com.br>
PESQ. CAMPO | Conc. indiretos
agrada as jovens. A sua família é composta de três fragrâncias diferentes, porém todas fazem
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
72 - X, Y e Z: estas fragrâncias fazem também parte de um conjunto, cítrico, suave e floral, são fragrâncias para serem usadas no dia-a-dia, colônias com fragrâncias diferentes que também podem ser colecionáveis. A embalagem primaria destes perfumes são relativamente simples e limpas, a forma alongada e em tudo fino compõe com a delicadeza do perfume, a tampa também simples na cor prata, já na embalagem secundária a cor do grafismo faz composição com a textura da embalagem. Preço R$51,60/.
Figura 46 – Perfumes x, y e z – Natura Fonte: Disponível em <http://www.natura.com.br>
Avon O nicho de mercado dos produtos de perfumaria da Avon, não são tão conhecidos e por ser pouco difundida e não possuir algo realmente marcante e relevante. Os produtos desta marca são os produtos mais baratos encontrados pela concorrência, não há nenhum nesta mesma linha de público-alvo que seja mais caro que R$ 35,00. Água de cheiro - Sing pop: fragrância jovem ideal para as garotas sonhadoras que fazem da música seu ritmo de vida, bastante alegre, perfume tem bastante presença e se destaca. Na embalagem primária este não possui tampa, apenas o sistema de burrifador spray, a suavidade de curvas orgânicas e simétricas, com cores presente no grafismo do vidro. Na embalagem secundária a predominância do mesmo grafismo, porém a caixa tem formato diferente. Preço R$41,50/100ml
Figura 47 – Perfume Sing – Água de cheiro Fonte: Disponível em <http://www.aguadecheiro.com.br>
Contem 1g - Pink: Essência floral com um apelo romântico, na embalagem se nota a predominância do rosa tanto na embalagem primária como na secundária, um formato simples do frasco e sem tampa, apenas com spray, possui nas variações de 50ml e 100ml, seus respectivos valores são, R$ 51,00 e R$ 72,00.
PESQ. CAMPO | Conc. indiretos
explorados pelo público jovem. As fragrâncias não causam o mesmo impacto nas pessoas, talvez
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
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Figura 48 – Perfume Pink – Água de cheiro Fonte: Disponível em <http://www.contem1g.com.br>
La acqua di fiori - Piercing: O perfume Piercing possui variações, pode ser encontrado em 50ml no valor de R$ 47,50, o de 100ml pór R$ 72,50 e ainda uma nova variação do perfume que acompanha uma lata como sendo sua embalagem secundária, a lata tem um desenho bastante jovem e que transmite a sensação de grafite, além de sua marca remeter um piercing. Já o perfume Piercing de 50ml e 100ml normais, são comercializados no mesmo frasco porém com a
Figura 49 – Perfume Piercing – La acqua di fiori Fonte: Disponível em <http://www.laacquadifiori.com.br>
3.2.4 Análise dos dados coletados
A conclusão é que dos perfumes analisados, cerca de 99% são envasados em fracos de vidro, standard (frascos que já possuem molde pronto), pois o custo de um molde é bastante alto. Por este motivo, é possível encontrar frascos de diferentes perfumes, iguais. Observando de modo geral todos os perfumes expostos, notasse uma predominância de frascos alongados simétricos e retos, as formas orgânicas simétricas também aparecem só que em menor proporção. Por possuírem poucos ml’s, os frascos são finos e delicados, um ou outro é que aparenta ser mais robusto. Há diversos fornecedores que comercializam diferentes tipos de frascos, o mesmo acontece com as tampas, que em sua maioria são fabricadas e fornecidas por empresas especializadas. Algumas tampas compõem perfeitamente com o frasco, outras parecem não pertencer ao conjunto, ou como acontece na maioria dos produtos analisados, a tampa é que dá o maior destaque, é nela que possui o componente relevante da composição. Também há os que a
PESQ. CAMPO | Análise
embalagem secundária em papel, toda em tom de rosa pink.
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
74 tampa é apenas algo simbólico e cumpre apenas a sua função de tampar, e os sem tampa. Um fator importante para estas embalagens são as cores utilizadas e os grafismos aplicados. É claramente notada a predominância das cores quentes nestas embalagens, sendo a cor rosa é predominante em pelo menos 70% das embalagens a minoria possui grafismos bem elaborados e coloridos. O fato destes perfumes serem direcionados para o público jovem tem bastante relação com a cor, pois este público se identifica mais com cores que chamam a atenção, havendo ainda a predominância das fragrâncias florais, que puxam para as cores quentes, principalmente vermelho e rosa. Poucas empresas se preocupam em expor sua embalagem secundária nos métodos de venda via internet, sendo esta embalagem pode agregar valor estético a mais ao produto. Das analisadas apenas quatro não são fabricadas em papel, há empresas que se preocupam com o meio ambiente e dão a opção de compra do mesmo produto com embalagem em outro material, porém repassando esta diferença de preço ao cliente. Na embalagem secundária sempre há algo que remeta o que
3.2.5 Requisitos de projeto
Após as pesquisas constatou-se que a abrangência do público alvo são mulheres jovens pertencentes a classe C, sendo assim o produto que será desenvolvido tem que atender este público em todos os aspectos, desde estético até custo benefício. O preço do perfume é um fator determinando para o projeto, pois ele não poderá passar do valor total de R$ 37,00 para venda, sendo este o perfume mais barato que a Akakia vende, é necessário visar a limitação de investimentos para estas embalagens. Para o desenvolvimento também se faz necessário desvincular o nome das três fragrâncias e unir apenas a que tem relação com a família olfativa, estas fragrâncias são para público com personalidades diferentes. Apesar de todos os produtos da Akakia serem uma releitura de produtos importados, o público alvo aprecia muito os produtos pois a Akakia vende um produto similar ao importado, porém com um valor mais acessível a este público. O lacre do produto é algo que a empresa não leva muito em consideração, mas conversando e analisando os produtos juntamente com uma vendedora, percebesse uma falta de cuidado com o lacre das embalagens. Informações retiradas do briefing relatam a obrigatoriedade de informações imposta pela ANVISA, como: nome do produto, empresa, composição, precauções, Endereço completo da fábrica, responsável técnico, CNPJ, código de barras, quantidade em ml e validade.
PESQ. CAMPO | Requisitos
encontrará no frasco, os grafismos e a composição de elementos são responsáveis por esta integração.
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
75 4 projeto
4.1 Painel semântico
Foram elaborados painéis semânticos de estilo de vida, mostrando o estilo de vida e características do público-alvo, e outro painel com a expressão do produto, que tem como finalidade demonstrar emoções relacionadas ao perfume.
Figura 50 – Painel semântico – Público-alvo Fonte: Arquivo pessoal
PROJETO | Conceituação
Painel 1: Comportamentos e costumes do público-alvo
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
76 Painel 2: Expressão do produto:
Figura 51 – Painel semântico – Expressão do produto Fonte: Arquivo pessoal
4.2 conceituação
Definindo assim todos os quesitos, se parte do princípio de um resultado abrangente e contexto para a conceituação serão os nomes dos produtos, as embalagens primárias e secundárias, o conjunto como um todo e o PVD deste conjunto. O fechamento de um conceito de acordo com o público-alvo e com o contexto que a essência pede, realizando uma sintonia no que diz respeito ao conjunto de valores e expressões do mesmo. A relação que o perfume tem com as mulheres, é uma relação estreitamente delicada, estas zelam pelo envolvimento da fragrância em balanço com o seu humor, ocasião, personalidade, local. Nota-se que a fragrância é parte integrativa do componente diário da mulher, uma vez que com perfume ela se sente protegida, preparada, segura e confiante. O perfume só traz isso a ela, pois ela procura na fragrância a compatibilidade com seus valores sensoriais, preferindo o que
PROJETO | Conceituação
concreto conceituando o sistema de embalagens para os três produtos. As vertentes que ganharão
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
77 mais mostra como ela é, seja no momento, no dia ou na noite. O elemento mais presente no dia a dia de qualquer mulher são as roupas, roupas estas que agregam um significativo valor para cada uma, cada uma preferindo aquela que mais combina com a ocasião a ser usada. O segundo elemento de mais contato com este meio, é o tipo de tecido, pois o tipo de tecido muitas vezes se expressa em sincrônica com o corpo, a mulher em um momento de sensualidade preferirá uma roupa diferente de um momento mais sério do dia-adia, e esta relação pode se dar através do tipo de tecido utilizado nas ocasiões. O tecido a envolve, a faz se sentir mais segura de si, o tecido joga chame e esbanja suavidade e leveza.
4.2.1 Conceito do nome
Os nomes dos produtos devem ser criados sem que se mantenha a inter-relação existente hoje. Os três produtos irão se configurar como família de forma diferente da atual, estes ganharão destinos apropriados com o contexto como um todo. Sendo analisado esta relação com o tecido, os nomes dos produtos tenderão a ser relacionados com esta ênfase do direcionamento do tecido com a ocasião, mostrando-se envolver por uma atmosfera de fragrâncias e texturas. A força do nome deverá ser utilizado através da expressão do produto com o dia a dia da mulher, estes tomarão nomes direcionados ao desempenho exercido sobre a sensação de quem o usa. Os nomes serão traduzidos para a língua inglesa, proveniente da necessidade da empresa.
De forma a remeter o envolvimento a suavidade, e a composição do tema, as embalagens trabalharão com um sistema onde todas estarão ligadas da alguma maneira, dois produtos ganharão ênfase juntos, e o terceiro trabalhará em órbita com mesmo conceito, porém seguindo outra linha de pensamento. No entanto não deixarão de ser uma família. Jazzy e Fuzzy: Estes dois perfumes juntos se ligarão por um elo de afinidade e similaridade, fazendo seguirem um raciocínio único e envolvendo-o como um único elemento. Dizzy: O Dizzy será direcionado a uma linha de raciocínio muito similar, porém não se unindo da íntegra com os outros dois perfumes.
PROJETO | Conceituação
4.2.2 Conceito das embalagens
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
78 4.2.3 Conceito do conjunto
Este conjunto de três produtos tende a ser lembrados juntos, mas cada um com uma conotação, serão envolvidos pelo mesmo conceito, porém com particularidades efetivas deferentes. As três embalagens juntas formarão uma família de produtos onde um remeterá ao outro sem sobrar dúvidas de que fazem parte de um mesmo contexto.
4.2.4 Conceito do PDV
O PVD valorizará esta família de produtos, de uma forma a destacar sua simplicidade, porém mostrando qualidade e apreço pelo produto, chamando a atenção do consumidor, para um produto que não antes era visto nas prateleiras da Akakia, se tornando e se refazendo um produto com novas embalagens e um novo cenário.
4.2.4.1 Refinamento do conceito
Após o levantamento do conceito, os nomes dos três produtos foram remanejados para a melhor adequação e alinhamento do nome com o novo conceito, que propõe o envolvimento, o movimento, a suavidade, tal envolvimento que a mulher se depara diariamente nas roupas, no estilo de se vestir. Para cada ocasião e cada momento um tipo de roupa uma produção e cuidados diferentes com o tipo de tecido e o estilo. Contando ainda com a diferença entre as fragrâncias, 2 Para melhor visualizar este estilo da mulher de se envolver com as roupas diariamente, foi realizada uma pesquisa numa loja de tecidos, sobre qual seriam os tecidos que mais teriam a ver com as mulheres que se enquadram no público alvo. Foi realizada uma listagem com todos os tipos de tecidos, estes se dividiam em dois segmentos, uns mais finos para o uso noturno e outros mais para o dia-a-dia. Como complemento para esta lista foi consultado também um vendedor de tecido que direcionou melhor quais eram e quais não eram os tipos de tecidos mais adequados. Com margem na lista e na pesquisa, as palavras começaram a ser suprimidas, até que restassem apenas três nomes que tivessem relação direta com o conceito. Os nomes selecionado e escolhidos foram, Jeans, Cotton e Satin, respectivamente, Jeans, algodão e cetin, pois eram o que estavam mais enquadrados no perfil do público-alvo, e outro fator bastante relevante, é a questão
PROJETO | Conceituação
com conotação mais de dia e outro noite.
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
79 dos nomes serem mais conhecido e presente no dia a dia da mulher. A Akakia também preza pelos nomes em inglês, havendo o cuidado também do nome ficar foneticamente harmônico. Partindo dos nomes dos produtos escolhidos, o segundo passo foi realizar uma identidade visual para compor estes perfumes. A maior preocupação não seria em criar uma logomarca para o produto, e sim criar uma conexão tipográfica do perfume com o conceito. Para isto foi realizada uma avaliação de fontes que tivessem a ver com o nome dos perfumes. Abaixo maiores detalhes da escolha.
Figura 52 – Geração de alternativas - fontes Fonte: Arquivo pessoal
Satin, como é um tecido fino, a fonte escolhida é delicada, leve, possuindo movimento e sutileza. Este foi o nome escolhido para o perfume com fragrância e mais usado a noite e em
Figura 53 – Geração de alternativas - fonte Satin Fonte: Arquivo pessoal
Jeans, como o jeans é um tecido bastante tradicional e bastante utilizado durante o dia e para qualquer ocasião, o perfume jeans recebeu uma fonte que fosse mais quadrada, tradicional e não tão moderna. Este compõe o perfume mais suave para o dia-a-dia. Em meio a fontes de peso intermediário, nem muito pesada e nem muito leve, abaixo a que mais se enquadra em um conceito tradicional formal é a selecionada.
PROJETO | Conceituação
ocasiões especiais. O que segue com contorno roxo foi o escolhido, pois dentre os demais a fonte é bastante legível, alongada e permite um boa leitura, além de ter formas arredondadas e leves.
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
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Figura 54 – Geração de alternativas - fonte Jeans Fonte: Arquivo pessoal
Cotton, por ser um tecido macio, confortável e também mais utilizado diariamente, para o cotton foi escolhido uma fonte mais orgânica, mais curvada e sutil, e este perfume também possui uma conotação mais suave e refrescante, sua família olfativa é similar ao anterior. A forma irregular e bastante arredondada foi o fator importânte na hora da escolha da fonte, pois assim ela consegue transmitir um pouco de suavidade, maciez e delicadeza.
Figura 55 – Geração de alternativas - Fonte Cotton Fonte: Arquivo pessoal
Durante a escolha do nome, foi levantada a questão de reforçá-los como família e conjunto. Para que o nome não ficasse tão genérico e pudesse ser confundido com roupas ou com outros segmentos de produtos que não os de perfumaria, foi acrescentado juntamente com o nome de cada produto o nome akakia, que passa a fazer parte do nome geral de cada um, então ficariam como, akakia Jeans, akakia Cotton e akakia satin. A fontes utilizadas para cada um é, Kairengu, sofrendo pequenos ajustes, respectivamente eles são os antigos Dizzy, Jazzy e Fuzzy.
Figura 56 – Geração de alternativas - Nomes Fonte: Arquivo pessoal
PROJETO | Conceituação
Satin, a fonte Sweetheart Script, o jeans é a fonte Scenario URW T ultra Bold e para o cotton a
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81 4.3 Desenvolvimento estrutural
O desenvolvimento estrutural foi iniciado com algumas gerações de alternativas esboçadas no papel feitas a lápis para tentar representar a forma com que iniciou as idéias posicionadas dentro do conceito determinado. Toda a parte de desenvolvimento estrutural que abrange a geração de alternativas apenas do contexto estrutural do projeto, inclui a estrutura da embalagem primária, secundária, tampa e display (parte promocional do projeto).
4.3.1 Embalagem primária
Inicialmente na geração de alternativas para a embalagem primária, foram sendo esboçadas varios formatos possíveis de embalagens, para ambientar melhor qual delas encaixaria
Figura 57 – Geração de alternativas aleatórias Fonte: Arquivo pessoal
Porém desde o início do projeto foi vista a impossibilidade de se trabalhar com a produção e um novo frasco exclusivo, visto o custo elevado. Então partiu-se da escolha de trabalhar com o mesmo fornecedor que a própria empresa já utiliza, a Wheaton. Com modelos de frascos que já estão em linha de produção, que são as embalagens standard, o custo é bem mais em conta, e é o que mais se encaixa para o projeto hoje. Os desenhos começaram por base na embalagem que a empresa tem em sua linha standard mais barata, os frascos da linha “class”, que são os mais utilizados para os perfumes mais baratos, já os das outras linha que são um pouco mais caros, são utilizados para os produtos mais caros, todos os modelos estão disponíveis no site da empresa.
PROJETO | Desenvolv. estrutural
melhor no conceito.
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
82 Os esboços seguintes partem dos fracos mais retos e simples, sem muitas curvas, abaixo o frasco que hoje eles utilizam em uma dos produtos antigos que estão sendo re-conceituados.
Figura 58 – Geração de alternativas - frascos 1 Fonte: Arquivo pessoal
Este sketch, reúne os frascos ainda bastante retos porém ainda alinhados.
Figura 59 – Geração de alternativas - frascos 2 Fonte: Arquivo pessoal
No decorrer do desenvolvimento e tentando alinhar o conceito juntamente com o frasco se encontrou um que interpretasse bem a expressão procurada a ser transmitida pelo produto, pois o frasco possui curvas e é mais achatado, é o que o público alvo mais aprecia, segundo pesquisa de campo realizada. Apenas esta última embalagem é que a empresa ainda não Outra questão é o espaço que o frasco tem para impressão do nome. A alternativa abaixo foi a levada em consideração para alternativa final.
Figura 60 – Geração de alternativas - frascos 3 Fonte: Arquivo pessoal
PROJETO | Desenvolv. estrutural
utiliza em nenhum de seus outros produtos, os demais são repetidos em vários outros perfumes.
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83 Um fator que teve bastante peso também na escolha dos frascos foi o fato de que para estes perfumes, a empresa Akakia solicitava ao fornecedor apenas 20 mil embalagens de cada um dos três modelos, pois como a demanda era pouca, não havia a necessidade de estar solicitando mais, sendo que se a embalagem dos 3 perfumes forem iguais, há a possibilidade de estar investindo um pouco mais na embalagem primária pois o custo também varia de acordo com a quantidade solicitada. O processo de negociação seria facilitado se a encomenda fosse de 60 mil embalagens iguais, do que se for de 20mil de 3 modelos diferentes.
4.3.2 Tampa
O mesmo processo de idealização realizado para as embalagens primárias, foi realizado para as tampas. Portanto a empresa possui mais de um fornecedor de tampas, eles se dividem em fornecedores de tampas de metal e de plástico. As tampa não seriam o destaque da embalagem, o objetivo é que fossem simples e compuzessem bem no layout juntamente com o frasco. A escolha da tampa foi feito através do catálogo que a Akakia utiliza para a escolha dos produtos, uma seleção de tampa com bitolas compatíveis com alguns tipos de frascos estudados. As tampas foram testadas e analisadas se
Figura 61 – Geração de alternativas - tampas Fonte: Arquivo pessoal
Algumas das tampas escolhida são retas, outras possuem curvaturas, como mostra a figura 61, ainda havendo a possibilidade de se trabalhar nas tampas, com cores, acabamentos diferentes e formatos aleatórios. Das alternativas que se tem, a mais aproproada e afinada ao conceito serão tampas mais simple, que são as que seram propostas na alternativa final.
PROJETO | Desenvolv. estrutural
iriam compor bem com os fracos, segundo a curvatura e adaptando bem ao formato.
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84 4.3.3 Embalagem secundária
Nas questões de forma estrutural para a embalagem secundária, foi começado a manipular uma estrutura que se ancaixasse com outras peças semelhantes ou iguais, ou então que obtivesse exatamente o formato do frasco para assim formarem junto uma figura. Dando uma sensação de continuidade e envolvimento, ainda a questão de interligar os dois perfumes que recebem uma conotação de dia e separar um pouco do que possui a conotação de noite. A idéia inicial era de fazer com que todas juntas formasse algum desenho e pudesse trabalhar com esta idéia de conjunto com esta ligação entre as embalagens, até mesmo fazer com que uma continuasse na outra, compondo-se de continuidade e integração entre as 3 embalagens. As curvas eram impresindíveis, pois o conceito pedia alguma coisa mais orgânica e sutil.
Figura 62 – Geração de alternativas emb. secundária Fonte: Arquivo pessoal
Cada uma adquirindo uma forma diferente da outra, porém assim não seriam fáceis materiais, mas o que permite melhor ser trabalhado é mesmo o papel, que não tem muitas restrições quanto a tamanho, dobras e moldes. A idéia para a versão final é de seguir a linha de raciocínio de encaixe e curvilinidade.
4.3.4
Display
Para o ponto de venda, a idealização de um componente que destacasse o conjunto dos produtos, este merece um maior destaque dos outros pois ganha agora um novo conceito e
PROJETO | Desenvolv. estrutural
de se encaixar e obter formas que aproximariam a família como um grupo. Pensados em vários
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
85 uma nova forma de expressão. Então o elemento de destaque que mais se encaixa dentro dos pontos de venda da Akakia, são os displays de venda, que podem ser moldados de diversas formas e atribuir diversas formas de expressão com o produto. Este display tem que evidenciar a família como um todo e fazer uma ligação entre os produtos e se destacar nos variados pontos de venda da Akakia. Primeiro começou a ser trabalhadas formas com curvas, pois é o que o conceito pede do produto. Algo pequeno que apenas apoiasse os produtos, porém não chamaria a atenção. Outra forma seria trabalhar com bastante curvas e assimetria.
Figura 63 – Geração de alternativas - display Fonte: Arquivo pessoal
Estas formas visam salientar único e exclusivamente os perfumes sem evidenciar a forma do display. A forma de divulgação pode também sair de dentro do display e utilizar este como base para algum chamariz para o público, A possibilidade que o conjunto por ser de 3 frascos permitem com desníveis e
4.4 Desenvolvimento estético formal
O desenvolvimento estético formal, trata da parte de geração de alternativas das
questões estéticas, dos grafismos e comunicação visual que pertencem ao projeto. A geração de alternativas envolve a embalagem primária, embalagem secundária, a comunicação do display, a página do catálogo e o folder promocional.
PROJETO | Desenvolv. estético formal
divisórias., levando em conta uma estrutura simples e resistente.
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86 4.4.1 Embalagem primária
O nome do perfume grafado no frasco, o nome colocado bem grande no frasco evidenciando e diferenciando cada um pelo nome e cor do grafismo. Realizando um aproveitamento da superfície que a embalagem tem para a impressão. Pensada também a possibilidade de grafar formas e curvas, porém a viabilidade de custos não alcançaria este orçamento, visto que a parte de pintura do frasco é uma das mais caras em comparação com o frasco bruto.
4.4.2 Embalagem secundário
Em vista do tecido, para a embalagem secundária, se chegou a trabalhar com opções diferente para testar todas as possibilidades de aplicação coerente com o projeto. Foi trabalhad com as texturas do tecido, com as tramas e cores dos tecidos.
Juntamente com o estilo de encaixe pensado para a estrutura da embalagem secundária, a parte de grafismo também foi pensada como uma continuidade, compondo com o movimento, leveza de cada tipo de tecido. A suavidade e o envolvimento que o tecido proporciona, não deixando de lado a parte da composição juntando 2 pefumes e se trabalhar com o tecido.
Figura 65 – Geração de alternativas - composição Fonte: Arquivo pessoal
PROJETO | Desenvolv. estético formal
Figura 64 – Geração de alternativas - texturas Fonte: Arquivo pessoal
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87 Na figura a seguir, a opção de explorar o lado mais objetivo dos tecidos, fazendo lembrar alguma parte da peça de roupa que mais se usa tais tecido. Umas lembrando bolso de calça Jeans, outras etiquetas que ficam para dentro das roupas e representação das tramas.
Figura 66 – Geração de alternativas emb. secundária 2 Fonte: Arquivo pessoal
Ainda não fugindo das roupas, atrair os olhares para a parte das etiquetas, que podem ser parte basteante característica de uma roupa capaze de identificar uma peça de vestuário, como exemplo uma etiqueta da calça jeans, a etiqueta da camiseta de algodão e a etiqueta de um lenço
Figura 67 – Geração de alternativas - saquinho Fonte: Arquivo pessoal
A presença do tecido foi colocada como uma alternativa de um saquinho a parte para compor juntamente com a embalahem, e ainda como uma opção de proteção para o perfume e como uma forma de agregar algo a mais que beneficie o produto, a idéia de utilizar um saquinho de pano no tecido que é o nome do perfume, para proteger e possibilitar o armazenamento do produto para outros locais.
PROJETO | Desenvolv. estético formal
de cetim, que são bem diferentes, como mostra a figura 66.
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
88 4.4.3 Display
A identidade principal do perfume será retratada também no display de venda que virá acompanhado da família de perfumes. Criar no display uma face de aplicação gráfica do conceito das fragrâncias. O display promocional se encontraria em uma região acoplada ao display e chamando mais a atenção o display de venda como um todo. De forma que o placar informacional fica virado para o lado oposto a frente de exposição os produtos, porém a possibilidade de virálo para o mesmo lado de exposição dos produto e até mesmo tirar esta forma de comunicação e aplicar em outro local. Conceito alinhado e guiado pelas embalagens.
4.4.4 Material de lançamento
Para o folder promocional e a página de catálogo, os elementos e o contexto visual, serão configurados igualmente esta sendo alinhado conceito em cima das embalagens. Deixando estes materiais exatamente com as características próprias desta linha de produtos. Todo o conceito será dotado de aspectos e elementos para ambientas e direcionar todo o conceito para apenas esta família de produtos. E fazendo ainda parte do material promocional uma amostrinha do perfume,
PROJETO | Desenvolv. estético formal
para que o cliente possa experimentar, porém seria de caráter promocional e de lançamento.
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
89 4.5 ALTERNATIVA FiNAL
4.5.1 Embalagem primária
Na versão final, a embalagem primária juntamente com a tampa e o burrifador que a compõe com mais harmonia, foi escolhida pois se encaixava e atendia melhor os quesito do projeto e preferência do público alvo percebida na pesquisa de campo, além de representar muito bem as questões do conceito. As três possuem possuem uma pequena diferença na tampa e na cor do frasco pois um deles o Satin faz parte de outro contexto, porém ainda dentro do mesmo conceito. A geração de alternativas para os frascos foi pensanda constituindo para todos os perfumes um único modelo de frasco para reforçar a família, tornando-os perceptíveis como agrupamento por semelhança, unidos e ganhando destaque por possuirem o mesmo formato.
4.5.2 Embalagem secundária
A embalagem secundária junto com o saquinho de tecido que protege e dá charme ao produto, entram em harmonia, possuem as mesmas cores e o saquinho sempre no mesmo tecido especificado pelo nome do perfume. A embalagens secundárias Jeans e Cotton compõem de forma complementar e a do Satin, é completa por si só.
PROJETO | Alternativa final
Figura 68 – Alternativa final frasco Fonte: Arquivo pessoal
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
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Figura 69 – Alternativa final emb. secundária Fonte: Arquivo pessoal
Figura 70 – Alternativa final saquinho Fonte: Arquivo pessoal
4.5.3 Material promocional
O materiais promocionais compõem-se de display, folha de catálogo e folder de lançamento, que seguem um mesmo conceito de curvas e movimentos o tecido, mantendo sempre os elementos limpos e diretos como já veêm limpando. No display observado na figura 71, nota-se que há a possibilidade de estar compondodestaque ao produto.
PROJETO | Alternativa final
o de várias maneiras, arrumando os saquinho junto dos perfumes ligando as luminárias que dão
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
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Figura 71 – Alternativa final display Fonte: Arquivo pessoal
Figura 72 – Alternativa final - promocional Fonte: Arquivo pessoal
O conjunto unido como um todo se envolve em um único conceito, incluindo peças
PROJETO | Alternativa final
gráficas distintas e elementos estruturais com formas exclusivas.
Figura 73 – Alternativa final - todos Fonte: Arquivo pessoal
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
92 4.6 especificação do projeto
- Embalagem primária A embalagem primária produzida em vidro, tem como fornecedor a empresa Wheaton, fornecedor de todas as demais embalagens da Akakia. A embalagem que é de uma linha standard, já está inserida em linha de produção, a referencia do produto está especificada no catálogo geral de produtos da Wheaton, sua referência no fornecedor é SB-1525, pertencente a linha Class A. Esta embalagem possui 88,2mm de altura por 60mm de largura e 26mm de profundidade (ver figura 74), possuindo uma terminação de aerosol de 15mm. Esta embalagem é fornecida único e exclusivamente pela Wheaton, podendo-se entrar em contato com a empresa pelo atendimento no site, ou pelo representante de vendar. O custo da embalagem a o acrescimo da cor do frasco roxo e do acabamento com o nome do perfume dos 3 frascos, esta é a parte que encarece um pouco mais as embalagens.
INDICO
32mm
88,2mm
DOMINI
22mm
26mm
33mm
60mm 22mm
Figura 74 – Especificação emb. primária Fonte: Arquivo pessoal
O mesmo ocorre com a tampa. O produto é fornecido pela empresa Incom, fornecedora de metade das tampas plásticas dos outros produtos da Akakia. O produto está presente no catálogo geral da Incom, com as seguintes referências de nomes, Domini e Indico (ver figura 75), com terminação de válvula 15mm, ambas produzidas no material surlyn, estas tampa encaixam certinho no fraso juntamente com o burrifadoDesenho que tambémTécnico é fornecidos pela mesma empresa. As 3 tampas são submetidas a um acabamento de cor e de tratamento, as tampas do Cotton e do
V.F
Jeans, são submetidos a um tratamento que a superfície fica lisa, e respectivamente nas cores 480mm
PROJETO | Especificação
- Tampa
amarela e azul, já o Satin o acabamento é fosco e15na cor roxo, e todas translúcidas. 450mm 92mm
108mm
40
40
108mm
92mm
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
93 32mm INDICO
21mm
88,2mm
33mm
27mm
32mm
22mm
16mm
DOMINI
6mm
5mm
27mm
33mm
24mm
11mm
22mm
Figura 75 – Especificação tampas Fonte: Arquivo pessoal
- Embalagem secundária As embalagens secundárias são produzidas em papel couche, com gramatura superior a 300gr, impressão cmyk 4x0, possuindo faca especial (figura 79). A embalagem fechada do Satin Desenho Técnicopossui 11,5x9cm e as do Cotton e Jeans 11,5x8 (figura 69) e aberta 26,5x24,5cm (ver figuras 76,
77 e 78). A faca das embalagens do Akakia Cotton e Akakia Jeans é a mesma.
V.F
V.L.E
480mm 108mm
40
40
15 108mm
50
92mm
150mm 25 25 50
R= 15
230mm
230mm
200mm
15
15
15
Sem escala
V.S
*Luminária de leds, fixação fita 3m, 150mm
50mm
450mm
75mm
15
35 15
20 25
15
92mm
utilização de 3 pilhas palito. Com dimensão de 65mm de diâmtro por 20mm de altura.
15
480mm
embalagens_v2.indd 3
Composição: Alcohol, Parfum, Dipropylene Glycol, BHT, Triclosan, PPG 20 Methyl Glucose Ether and Acqua. Precaução: Uso externo. Mantenha fora do alcance das criaças. Evite contato com os olhos. Não aplique sobre a pele irritada ou lesada. Em caso de sensibilização suspenda imediatamente o uso. Proteja seu produto da luz e calor intenso. R
Fabricado por: Age do Brasil e Comércio Ltda. Rua do Albatroz no 296 Cidade Universitária Pedra Branca Palhoça - SC CNPJ: 04.845.059/0001-31 Indústria Brasileira Resp. Técnico: MArilda Tonetto CRF 2775 SC Res. ANVS 335/99 Aut. Func. 2034133
PROJETO | Especificação
450mm
15
50ml
9/11/2008 14:41:22
Figura 76 – Especificação emb. secundária Cotton Fonte: Arquivo pessoal
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
94
Composição: Alcohol, Parfum, Dipropylene Glycol, BHT, Triclosan, PPG 20 Methyl Glucose Ether and Acqua. Precaução: Uso externo. Mantenha fora do alcance das criaças. Evite contato com os olhos. Não aplique sobre a pele irritada ou lesada. Em caso de sensibilização suspenda imediatamente o uso. Proteja seu produto da luz e calor intenso. R
Fabricado por: Age do Brasil e Comércio Ltda. Rua do Albatroz no 296 Cidade Universitária Pedra Branca Palhoça - SC CNPJ: 04.845.059/0001-31 Indústria Brasileira Resp. Técnico: MArilda Tonetto CRF 2775 SC Res. ANVS 335/99 Aut. Func. 2034133
50ml
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PROJETO | Especificação
Figura 77 – Especificação emb. secundária Jeans Fonte: Arquivo pessoal
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Composição: Alcohol, Parfum, Dipropylene Glycol, BHT, Triclosan, PPG 20 Methyl Glucose Ether and Acqua. Precaução: Uso externo. Mantenha fora do alcance das criaças. Evite contato com os olhos. Não aplique sobre a pele irritada ou lesada. Em caso de sensibilização suspenda imediatamente o uso. Proteja seu produto da luz e calor intenso. R
Fabricado por: Age do Brasil e Comércio Ltda. Rua do Albatroz no 296 Cidade Universitária Pedra Branca Palhoça - SC CNPJ: 04.845.059/0001-31 Indústria Brasileira Resp. Técnico: MArilda Tonetto CRF 2775 SC Res. ANVS 335/99 Aut. Func. 2034133
50ml
embalagens_v2.indd 1
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PROJETO | Especificação
Figura 78 – Especificação emb. secundária Satin Fonte: Arquivo pessoal
embalagens_v2.indd 2
9/11/2008 14:42:53
Figura 79 – Facas embalagens secundárias Fonte: Arquivo pessoal
embalagens_v2.indd 1
9/11/2008 14:42:39
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
96 - Saquinho de tecido O saquinho nos tecidos cetim, algodão e jeans, costurados, possuem medidas de 16,5cm por 11cm, com dois buraquinhos e uma fitinha de 42cm no mesmo tecido que faz o top para fechar a embalagem, fabricados nos tecidos jeans/azul, cetim/branco e algodão/amarelo.
21mm 5mm
27mm
16mm 24mm
11mm Figura 80 – Especificação saquinho Fonte: Arquivo pessoal
- Display O display de exposição dos produtos é fabricado em mdf com espessura de 15mm, medindo 48x23x15cm (figura 81), podendo ser produzido de 2 maneiras, uma delas é de forma permanente (sem desmontar) e a outra forma seria ele sendo todo desmontável e preso por cavilhas, mantendo um raio de 15mm na quina externa e canto vivo na quina interna. Uma quilha arredondada é acoplada em cima do diplay com uma fenda na vertical e outra na horizontal para permitir a placa que vai em cima com a comunicação, esta placa é uma chapa de mdf com
0mm 25 50
3mm e cortada em semi-circulo com diâmetro de 34 cm (figura 82), sobre a superfície da chapa, 35 15
20 25
é aplicado um adesivo com a comunicação do display. Este é fabricado em papel adesivo e colado sobre a chapa de mdf, possui faca especial arredondada e impressão 4x0. A chapa de mdf
230mm
focos com 3 leds cada uma, fixadas com fita dipla face, sem a necessidade de tomadas.
15
15
cala
de leds, fixação fita 3m, e 3 pilhas palito. nsão de 65mm de r 20mm de altura.
PROJETO | Especificação
necessita ser adesivada na frente e no verso. O display ainda possui uma iluminação própria de 3
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97
Desenho Técnico
V.F
V.L.E 480mm 450mm
15 108mm
40
40
15 108mm
50
92mm
150mm 25 25 50
R= 15
230mm
230mm
200mm
15
15
15
Sem escala
V.S
*Luminária de leds, fixação fita 3m, 150mm
50mm
450mm
75mm
15
35 15
20 25
15
92mm
utilização de 3 pilhas palito. Com dimensão de 65mm de diâmtro por 20mm de altura.
15
480mm
Figura 81 – Desenho técnico display Fonte: Arquivo pessoal
PROJETO | Especificação
R
comunicacao_pdv.indd 3
9/11/2008 14:47:06
Figura 82 – Complemento display Fonte: Arquivo pessoal
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
98
comunicacao_pdv.indd 3
9/11/2008 14:47:22
Figura 83 – Complemento display -faca Fonte: Arquivo pessoal
- Folha de catálogo A folha do catálogo se adapta em um formato A5 (21x14,8), impresso em cmyk (figura 84), no papel de gramatura 150gr o que equivale ao restante do catálogo. A comunicação deste é bastante simples e limpa, para melhor visualização dos produtos e atração, trabalhando bastante com a questão do envolvimeto, curvas e tecido.
R
Vist
En
a-
se
ta
m
bé
m
volva-se
Envolvimento e suavidade que lhe acolhem, tornando-a uma mulher preparada e arrumada para as ocasiões do dia-a-dia.
de
Eles que vem para completar a sua rotina,
...
Akakia Cotton, Akakia Jeans e Akakia Satin...
Floral doce, suas notas combinam violeta, cassis, anis, ylang-ylang, tonka e baunilha Cód. 04901942
Bouquet Floral moderno com notas de fresia, magnólia, almíscar âmbar e musgo Cód. 04901942
Cód. 04901942
Eau de Toilette 50ml Akakia Satin 04900555 Akakia Cotton 04900549 Akakia Jeans 04900563
R$ 37,00
30 pag_catalogo.indd 6
Figura 84 – Catálogo folha nova Fonte: Arquivo pessoal
9/11/2008 14:44:56
PROJETO | Especificação
Oriental Ozonico, suas notas combinam violeta, pêssego, frutas cítricas, jasmim, lírio do vale, musgo de carvalho, ylang-ylang e sândalo.
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99 - Folder promocional O folder promocional de lançamento, no formato de 31,7x11,5 cm aberto (figura 85) e 12,7x11,5 cm fechado, numa especificação de cores cmyk, 4x4, com cortes e vincos, sendo em um papel de gramatura 170gr.
R
sivo Excluuinho saq cido de te
Folder_v2_fechado.indd 1
9/11/2008 16:03:14
R
R
Folder_v2_fechado.indd 2
9/11/2008 16:03:38
Figura 85 – Folder promocional frente e verso Fonte: Arquivo pessoal
orçamentos feito em algumas empresas, pelo fato do preço variar um pouco, foram considerados todos os maiores valores, para tirar por base o preço de cada embalagem pronta (frasco, caixa, saquinho de tecido). Considerando o preço comercial atual do perfume R$ 37,00, uma embalagem bruta sairia de R$ 4,00 a 6,00 a unidade (sem o conteúdo líquido).
PROJETO | Especificação
Todos os materiais citados acima tiveram o preço final estipulado por base em
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100 5 Considerações finais
O presente projeto englobou diversificadas áreas vistas durante o período de faculdade, lidar com um estudo de caso real faz com que se mude a perspectiva e a visão da necessidade de cada projeto, trabalhando com resultados reais e desenvolvimento de projetos que estão inseridos no cotidiano de um designer. O objetivo de execução do re-design de uma família de embalagens da Akakia, foi cumprido conforme as necessidades e especificações percebidas e abordadas durante a sua execução. Juntamente com uma nova conceituação, o material foi desenvolvido para melhor se adaptar as necessidades percebidas para o projeto, fazer com que o produto adquirisse uma atmosfera de personalidade e uma forma de expressão. Contudo o material foi executado com sucesso, dentro de delimitações e recursos estabelecidos. A embalagem como um todo não funciona sozinha, o complemento da afirmação de um contexto é importante quado se tem um vínculo promocional, de venda e de exposição, se atentar para o conjunto de características que envolve a embalagem, fazendo-o andar junto e sincronizado com o conceito e o produto. Com a empresa Akakia foi possivel vivenciar e aprender um novo passo para construir um caminho profissional que se forma apartir de agora. Ter trabalhado com os produtos da Akakia, trouxe uma satisfação e uma experiência bastante positiva academicamente, a oportunidade de estar inserindo em uma empresa real a cultura de design, se faz diante de muito estudo e análises. Porém, entre o presente e o futuro se fez feliz a caminhada até aqui.
5.1 RECOMENDAÇÕES PARA ESTUDOS Futuros
Inserindo este primeiro projeto dentro da Akakia, a possibilidade de fazer com que a empresa sinta a necessidade e se liberte para a inserção de projetos realizados com outros produtos da linha, sendo que a empresa tem crescido e aumentado a variedade de seus produtos, se vê ai uma oportunidade de estar levando juntamente com outros projetos a possilidade de continuar uma linguagem e a essencia percebida nos produtos da Akakia.
Tirar proveito do projeto e se fazer entender como e porque os outros produtos
também poderiam estar atingindo um projeto e um estudo mais adaptado.
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101 referências bibliográficas
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105
APÊNDICES
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
106 APÊNDICE A - Briefing
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
107 APÊNDICE A - Perguntas perfumista
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108
Trabalho de Conclusão de Curso - Design
109 APÊNDICE A - Questionário público-alvo
Trabalho de Conclus達o de Curso - Design
110
Trabalho de Conclus達o de Curso - Design
111
ANEXOS
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112 ANEXO A - Embalagem aberta perfume Dizzy
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113 ANEXO B - Embalagem aberta perfume Jazzy
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114 ANEXO C - Embalagem aberta perfume Fuzzy