UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA TATIANY DUTRA MADEIRA DA COSTA
SISTEMA REFRIGERADO PARA ACONDICIONAMENTO E EXPOSIÇÃO DE FLORES NO PONTO DE VENDAS
Florianópolis 2009
TATIANY DUTRA MADEIRA DA COSTA
SISTEMA REFRIGERADO PARA ACONDICIONAMENTO E EXPOSIÇÃO DE FLORES NO PONTO DE VENDAS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Design da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Design.
Orientador: Cesar Pereira Azevedo
Florianópolis 2009
TATIANY DUTRA MADEIRA DA COSTA
SISTEMA REFRIGERADO PARA ACONDICIONAMENTO E EXPOSIÇÃO DE FLORES NO PONTO DE VENDAS
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título de Bacharel em Design e aprovado em sua forma final pelo Curso de Design da Universidade do Sul de Santa Catarina.
Florianópolis, 16 de novembro de 2009 ______________________________________________________ Professor e orientador Cesar Pereira Azevedo. Universidade do Sul de Santa Catarina ______________________________________________________ Prof. Célio Teodorico dos Santos. Universidade do Sul de Santa Catarina ______________________________________________________ Prof. Cristina Nunes. Universidade do Sul de Santa Catarina
Dedico este trabalho a minha mãe, Nélia Maria Dutra Madeira, por todo incentivo, dedicação e compreensão.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a DEUS que me deu força, coragem e esteve comigo nas horas em que me senti incapaz. Minha família, em especial minha mãe que foi a grande responsável pelo meu ingresso na universidade e meu marido por toda compreensão, incentivo e por confiarem em minha capacidade quando eu mesma duvidava dela. Ao professor César Pereira Azevedo, que pacientemente me auxiliou, transmitindo além de conhecimento, segurança.
“O bom design é a inteligência tornada visível.” (Paul Hawken).
RESUMO
Para o profissional designer a apresentação de um problema é convertida simultaneamente em oportunidade de projeto. O Design como atividade, tem por objetivo soluções originais, inovadoras, funcionais. No presente projeto buscou-se uma oportunidade de projeto pesquisando em floriculturas do comércio local as formas de armazenar flores de corte. Observou-se que o armazenamento inadequado implica para o comerciante em desperdício de mercadoria, flores danificadas, esforço físico excessivo para a manutenção dos equipamentos e tempo desperdiçado, além da dificuldade por parte do cliente final em visualizar o produto que deseja comprar. Com base nesse contexto, o objetivo desse projeto é propor uma solução, ou seja, um sistema para armazenar flores de corte, onde os comerciantes poderão conservar diretamente no ponto de vendas os seus produtos. Para desenvolver esse projeto utilizou-se a metodologia de Löbach, juntamente com pesquisa bibliográfica e investigação do problema junto a profissionais do ramo. Várias alternativas foram geradas, estudadas até a obtenção da solução: um equipamento refrigerador e expositor de flores de corte. Este possibilitará armazenar flores no clima requerido para prolongar sua durabilidade, boa visualização do produto no ponto de vendas e fácil manutenção do equipamento. Palavras-chave: Design, Flores de corte, Expositor refrigerado.
ABSTRACT
For the professional designer to present a problem is converted into an opportunity to simultaneously project. Design as an activity, aims to novel, innovative, functional. In this project we sought an opportunity to design searching local florists trade ways to store cut flowers. It was observed that the improper storage means for the marketer waste of goods, flowers damaged, excessive physical exertion for the maintenance of equipment and wasted time, it was difficult for the customer to visualize the final product you buy. Within this context, the objective of this project is to propose a solution, ie a system to store cut flowers, where merchants can save directly to the point of sale their products. To develop this project used the methodology Lobach, along with literature and research the problem with professionals in the industry. Several alternatives were generated, studied to obtain the solution: a refrigerator equipment and display of cut flowers. This store will allow flowers in the climate required to extend its life, good visualization of the product at the point of sales and easy maintenance of equipment. Keywords: Design, Cut flowers, Exhibitor refrigerated.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Ilustração 1: Galpão Veiling Holambra....................................................................................17 Ilustração 2: Colheita de Crisântemos ......................................................................................20 Ilustração 3: Seleção das flores quanto à espécie e tamanho ...................................................20 Ilustração 4: Flores de corte armazenadas em freezer com forração de poliestireno. ..............23 Ilustração 5: Maço de rosas contaminado por Botrytis. ...........................................................24 Ilustração 6: Expositor de flores de corte .................................................................................25 Ilustração 7: Geladeira datada de 1918.....................................................................................26 Ilustração 8: Refrigerador GM Frigidaire, 1935.......................................................................27 Ilustração 9: Refrigerador vertical............................................................................................29 Ilustração 10: Freezer horizontal ..............................................................................................30 Ilustração 11: Refrigerador vertical..........................................................................................31 Ilustração 12: Refrigerador 4 portas .........................................................................................32 Ilustração 13: Manutenção do refrigerador ..............................................................................35 Ilustração 14: Retirada da água com um recipiente................................................................35 Ilustração 15: Escoamento da água para um recipiente............................................................35 Ilustração 16: Corte dos caules das flores. ...............................................................................35 Ilustração 17: Armazenamento das flores ................................................................................35 Ilustração 18: Painel semântico estilo de vida do usuário. .......................................................43 Ilustração 19: Painel semântico expressão do produto.............................................................44 Ilustração 20: Painel semântico tema visual.............................................................................45 Ilustração 21: Refrigerador expositor de flores. .......................................................................54 Ilustração 22: Refrigerador expositor vertical ..........................................................................55 Ilustração 23: Refrigerador para flores de corte .......................................................................56 Ilustração 24: Refrigerador expositor de flores de corte ..........................................................57 Ilustração 25 : alternativa escolhida .........................................................................................58 Ilustração 26: vidro com barra de rede anti-embaçante............................................................62 Ilustração 27: Luminária Lumiluz LDV...................................................................................65 Ilustração 28: Rodizio Tecmoc L-14 até 300 kg ......................................................................66 Ilustração 29: Controlador Lógico Programável ......................................................................67
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Critério de classificação das principais flores de corte imposto por IBRAFLOR....19 Tabela 2: Análise comparativa de similares .............................................................................33 Tabela 3: Processo de design....................................................................................................39 Tabela 4: Lista de requisitos.....................................................................................................49 Tabela 6: Requisitos em ordem de importância .......................................................................50 Tabela 7: modelo volumétrico..................................................................................................59
SUMÁRIO
1.1 DELIMITAÇÃO DO PROJETO .....................................................................................14 1.2 OBJETO DE PESQUISA ................................................................................................12 1.3 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................13 1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...........................................................................................13 1.5 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................13 1.6 METODOLOGIA ............................................................................................................14 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................16 2.1 FLORICULTURA NO BRASIL .....................................................................................16 2.2 FLORES DE CORTE ......................................................................................................18 2.2.1 Classificação das flores de corte.................................................................................19 2.3 PROBLEMÁTICA ..........................................................................................................20 2.3.1 Armazenamento e manutenção dos equipamentos..................................................22 2.3.2 Sistemas de conservação .............................................................................................23 2.3.3 Exposição das flores no ponto de venda ....................................................................25 2.4 ANÁLISE DIACRÔNICA ..............................................................................................26 2.4.1 Refrigeração.................................................................................................................26 2.5 ANÁLISE SINCRÔNICA ...............................................................................................28 2.5.1 Análise comparativa de produtos ..............................................................................28 2.5.2 Análise ergonômica .....................................................................................................34 2.5.2.1 Análise da tarefa .........................................................................................................34 2.6 SÍNTESE..........................................................................................................................36 2.7 ANÁLISE ESTRUTURAL .............................................................................................37 2.8 DEFINIÇÃO DO PÚBLICO DE INTERESSE...............................................................37 3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO .......ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED. 4 CONCEITO DO PROJETO............................................................................................42 4.1 DEFINIÇÃO DO CONCEITO ........................................................................................42 4.2 REQUISITOS DO PROJETO .........................................................................................46 4.2.1 Lista de requisitos........................................................................................................46 4.2.2 Diagrama de mudge ....................................................................................................48
4.3 CONCEPÇÃO DO ESTILO............................................................................................51 4.4 PAINEL SEMÂNTICO ...................................................................................................42 4.5 GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS .............ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED. 4.5.1 Alternativa escolhida...................................................................................................58 4.6 MODELO VOLUMÉTRICO ..........................................................................................59 4.7 MODELO DIGITAL .......................................................................................................60 4.8 DETALHAMENTO TÉCNICO ......................................................................................60 5 MATERIAIS E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO ......................................................61 5.1 GABINETE......................................................................................................................61 5.1.1 Vidro.............................................................................................................................61 5.1.2 Borracha SBR..............................................................................................................62 5.1.3 Metal.............................................................................................................................63 5.1.3.1 Alumínio.....................................................................................................................63 5.1.3.2 Processo de fabricação ...............................................................................................63 5.2 RECIPIENTES ................................................................................................................64 5.2.1 Aço Inoxidável .............................................................................................................64 5.2.1.1 Processo de fabricação ...............................................................................................64 5.3 ILUMINAÇÃO................................................................................................................65 5.4 RODÍZIOS .......................................................................................................................66 5.5 PAINEL DE CONTROLE...............................................................................................66 6 MEMORIAL DESCRITIVO...........................................................................................68 6.1 FUNÇÃO ESTÉTICO FORMAL....................................................................................68 6.2 FUNÇÃO SIMBÓLICA ..................................................................................................68 6.3 FUNÇÃO DE USO..........................................................................................................69 6.4 FUNÇÃO ERGONÔMICA .............................................................................................69 6.5 FUNÇÃO TÉCNICA.......................................................................................................70 6.6 FUNÇÃO DE MARKETING..........................................................................................70 6.7 FUNÇÃO ECOLOGICA .................................................................................................71 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................71 7.1 PROPOSTA DE TRABALHOS FUTUROS...................................................................72
13 1 INTRODUÇÃO
O homem como indivíduo em um sistema social complexo aprendeu que é preciso buscar a excelência, superar dificuldades e atender suas necessidades, para tanto, está em constante envolvimento com a melhoria e o progresso. As necessidades têm origem em alguma carência que define a maneira de eliminar estados indesejados de frustração. A satisfação pode ser considerada a motivação para a busca do homem por soluções, como também, os desejos, anseios e ambições, identificados pelo autor como aspirações.1 Em oposição às necessidades, as aspirações são espontâneas e a satisfação se alcança através do uso do objeto. A busca pelo crescimento econômico impulsiona empresas a lançarem produtos inovadores e funcionais e tem por objetivo principal atender as necessidades do usuário para garantir o sucesso do produto. A satisfação dessas necessidades presume o desenvolvimento de produtos, no qual o designer industrial participa ativamente e se torna representante do usuário.
Visando a solução de uma necessidade do usuário, pretende-se estudar as
dificuldades em armazenar e expor flores de corte em floriculturas e pesquisar quais os procedimentos e equipamentos mais convenientes para atender as necessidades deste setor. O processo de design de produtos deve fazer com que as necessidades se transformem em uma meta a ser atingida sob enfoque da qualidade.2
1.1
OBJETO DE PESQUISA
Pesquisar os sistemas de conservação e exposição das flores de corte nos pontos de venda e análise das dificuldades na manutenção dos equipamentos.
1
LOBÄCH, Berrnd. Design industrial: bases para a configuração dos produtos industriais. Rio de Janeiro: E. Blücher, 2001. 225p. 2 SANTOS, Flávio Anthero dos. O design como diferencial competitivo: o processo de design desenvolvido sob o enfoque da qualidade e da gestão estratégica. 2. ed. Itajaí: 2000. Ed. da UNIVALI, 125p
14 1.2
OBJETIVO GERAL
Desenvolver um sistema para armazenagem de flores de corte.
1.3
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Levantar dados através de pesquisa exploratória; Fazer um levantamento dos produtos similares existentes no mercado; Analisar os procedimentos de uso de equipamentos similares nos pontos de vendas; Compreender o ciclo de vida das flores de corte; Desenvolver um equipamento refrigerador para armazenagem de flores de corte no ponto de venda.
1.4
JUSTIFICATIVA
Haja vista que a grande maioria das floriculturas desenvolvem-se próximo aos grandes centros consumidores e em áreas pequenas. Isso se deve à natureza dos produtos por elas comercializados que necessitam de rápida comercialização, não havendo possibilidade de armazenamento em estoque.3 Devido à aglomeração de lojas nos grandes centros consumidores, as floriculturas não dispõem de muito espaço físico, entretanto precisam de um espaço específico para armazenar e refrigerar as flores de corte. As flores de corte possuem vida útil muito curta e precisam de cuidados especiais para não murchar poucas horas depois da colheita. Em grandes depósitos e distribuidores, as
15 flores ficam armazenadas em câmaras frias, construídas especialmente para esse fim, mas os pequenos comerciantes do setor geralmente não têm demanda o suficiente que justifique a montagem de tal equipamento. A solução adotada é adaptação de freezers horizontais, desses facilmente encontrados no comércio, em lojas de eletrodomésticos. Nos pontos de venda, as flores ficam dispostas em expositores, recebem hidratação,4 porém, não recebem refrigeração. No clima natural a vida útil para venda das flores é muito menor e precisam ser comercializadas em poucas horas, caso contrário, serão descartadas, causando prejuízo aos comerciantes. As flores tendem a durar menos, devido as condições climáticas artificiais a que são submetidas em floriculturas, permanecem frescas em média por cinco dias. Se não forem vendidas nesse período serão descartadas, por serem flores cortadas não é possível replantá-las. Para os comerciantes esses descartes acarretam prejuízo, visto que essas flores não serão repostas pelos fornecedores. Mediante a estes fatores, identificou-se no comércio de flores um nicho de mercado, observou-se a necessidade de se desenvolver um equipamento refrigerador.
1.5
DELIMITAÇÃO DO PROJETO
Neste projeto não serão abordados questões de engenharia mecânica, como o motor e engenharia elétrica.
1.6
METODOLOGIA
Objetiva-se
no
presente
trabalho,
uma
pesquisa
exploratória
visando,
levantamento bibliográfico através de livros, artigos, revistas, e informações coletadas na
3 OLIVETTI, Mário Pires de Almeida et al, Perfil da produção das principais flores de corte no estado
de São Paulo. Instituto de Economia Agrícola. Informações Econômicas, SP, v.24, n.7, jul. 1994. http://www.iea.sp.gov.br , acesso em 16/09/2009 4 Abastecimento de água.
16 internet, para o entendimento das necessidades e coleta de informações, que servirão de base para o desenvolvimento do projeto. Os dados serão obtidos por abordagem exploratória qualitativa, como pesquisa de campo e entrevistas com os envolvidos no problema em questão. Através destes dados pretende-se obter a identificação das necessidades e compreensão do problema. A seguir, uma análise das informações coletadas será importante para se direcionar o projeto e descobrir seus requisitos, assim como análise de similares, das funções e do público de interesse. Entendido o problema e coletada as informações, será definida uma metodologia de design para orientar e direcionar a busca pela solução para os problemas identificados.
17 2
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para o desenvolvimento do projeto, a fundamentação teórica é imprescindível para melhor entendimento das dificuldades, assim como as análise dos similares.
2.1
FLORICULTURA NO BRASIL
A produção de flores no Brasil se intensificou após a segunda guerra mundial. Alguns holandeses, devido à devastação em seu país, imigraram para o Brasil e se fixaram no estado de São Paulo. A Associação dos Lavradores e Horticultores Católicos da Holanda (Katholieke Nederlandse Boer en Tuinders Bonde – KNBTB) enviou para o Brasil uma comissão para viabilizar o projeto de imigração e firmar um acordo junto ao governo brasileiro. Em 15 de junho de 1948 formou-se a Cooperativa Agro Pecuária Holambra, cujo nome originou das iniciais HOLanda, AMérica, BRAsil. O cultivo de flores iniciou se timidamente e só obteve expansão em 1958. Em 1972 criou-se o departamento de floricultura, dentro da cooperativa para a venda de grandes variedades de flores e plantas ornamentais.5 No Brasil, a distribuição da área cultivada com flores e plantas é de 50,4% para mudas; 13,2% para flores envasadas; 28,8% para flores de corte; 3,1% para folhagens em vasos; 2,6% para folhagens de corte e 1,9% para outros produtos da floricultura.6 A floricultura brasileira movimenta, anualmente, um valor global em torno de US$ 1,2 bilhões por ano. O consumo doméstico gira em torno de US$ 6,50 per capita. 7 As principais regiões produtoras de flores e plantas no país estão no sudeste: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro; sul: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná; Nordeste: Ceará, Pernambuco, Bahia e Alagoas.
5 HOLAMBRA. Disponível em: http://www.holambra.sp.gov.br /historia.asp 6 OLIVETTI, Mário Pires de Almeida et al, Perfil da produção das principais flores de corte no estado de São Paulo. Instituto de Economia Agrícola. Informações Econômicas, SP, v.24, n.7, jul. 1994. http://www.iea.sp.gov.br , acesso em 16/09/2009 7 IBRAFLOR, Disponível em http://www.ibraflor.org Acesso: 12/09/09
18 Os principais mercados atacadistas estão concentrados no Estado de São Paulo, como, o CEAGESP 8, o CEASA/Campinas e a cooperativa Veilling/Holambra; envolvendo cerca de 800 agentes e movimentando, anualmente, perto de R$ 445 milhões. Alguns
desses
mercados
incorporam
as
mais
modernas
técnicas
de
comercialização, tais como, a comercialização eletrônica de mercadorias, e o sistema de leilões próprios do modelo Veiling holandês, Cooperativa Veiling Holambra (ilustração 1), responsável por cerca de l5 % do comércio nacional. (Veiling: leilão em Neerlandes, sistema de vendas de flores através de leilões eletrônicos com valores decrescentes.)9 A distribuição varejista de flores e plantas ornamentais no Brasil conta com cerca de 18 mil pontos de vendas. O Estado de São Paulo representa cerca de 40% de todo o consumo nacional, apenas a cidade de São Paulo absorve perto de 25% de toda a demanda dessas mercadorias,. Em 2002 o Brasil exportou US$15 milhões em produtos da floricultura, tendo como carro-chefe, mudas de ornamentais e plantas vivas (US$8,3 milhões), seguidas de bulbos, tubérculos e rizomas (US$4,0 milhões), folhas, folhagens e musgos para floricultura (US$1,4 milhão) e flores cortadas para buquês (US$1,2 milhão).10
Ilustração 1: Galpão Veiling Holambra Fonte: http://www.veiling.com.br
8
Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo SMORINGO, Negrini Juliana, II Workshop brasileiro de gestão de sistemas agroalimentares PENSA/FEA/USP, Ribeirão Preto,1999. Disponível em http//:www.fearp.usp.br/egna/arquivo/27.pdf. Acesso em: 16/09/2009 10 KIYUNA, I. et al. Comércio exterior brasileiro de flores e plantas ornamentais,2003 2002. Informações Econômicas, São Paulo, v.33, n.6, p.50-61, jun. 2003. 9
19 2.2
FLORES DE CORTE
As denominadas flores de corte são todas e quaisquer plantas floríferas destinadas à comercialização em corte, ou seja, flor podada, vendida separadamente da planta de origem. Diferentes das flores plantadas, comercializadas em mudas, as flores de corte são colhidas e vendidas em maços em quantidades variadas. Esses produtos destinam-se a confecção de arranjos florais, buquês, ou para serem vendidas em unidades. A demanda deste produto apresenta característica economicamente promissora, visto que, em termos de faturamento, as flores de corte representam 40% da movimentação geral da floricultura Brasileira. 11 Entretanto, o setor possui dificuldades, principalmente em relação ao manejo e sistema de conservação. “Ainda faltam conhecimento e tecnologias de colheita e pós-colheita que visem à redução de perdas, que no Brasil chegam atingir 40% da produção.”12 A qualidade floral é um dos requisitos se mercado. Para tanto é necessário alguns cuidados, tais como: estruturas adequadas de cultivo (controle de clima, automação, fertilizantes, manejo de pragas e doenças, ambiente de trabalho adequado.) Com base em estudos pode-se citar: Colheita no ponto certo de maturação,13 condições de cultivo (campo ou estufa), temperatura na hora colheita deve ser feita com clima mais ameno. Após a colheita são realizados alguns processos, tais como:
• Seleção: as flores deformadas ou danificadas são descartadas; • Resfriamento: Submersão das hastes em água fria. • Lavagem: submersão das flores em solução com detergente e inseticidas. A lavagem é suspendida em algumas espécies sensíveis a este procedimento;
• Limpeza: remoção do excesso de folhas e inflorescências;14 • Classificação: deve seguir padrão de qualidade específico para cada flor imposto pelo Ibraflor. Vide tabela de classificação das flores de corte.
• Embalagem: as flores são envoltas em embalagens de papelão ou plástico,
11 SEBRAE, 2005 Disponível em http://www.hortica.com.br/artigos/HORTORNAMENTALMercado.pdf 12
DIAS -TAGLIACOZZO, G.M.; GONÇALVES, C.; CASTRO, C.E.F. Manutenção da qualidade póscolheita de lírio. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental, v.11, p.29-34, 2005. 13 Estágio de abertura que poderá ser completada com sua colocação somente em água. 14 Parte da planta onde se localizam as flores.
20 separadas em dúzias, dezenas, peso ou porções. 15
2.2.1
Classificação das flores de corte
O IBRAFLOR, Instituto Brasileiro de floricultura, constituído em 15 de Abril de 1994, em Joinville (SC), representa, coordena, orienta, e defende os interesses dos agentes ligados à cadeia produtiva de flores e plantas ornamentais do Brasil, o IBRAFLOR representa o Brasil no subgrupo do MERCOSUL no setor de Flores e Plantas. Dentre muitas áreas de atuação do IBRAFLOR se destaca a elaboração de diagnósticos estruturais, com ênfase no conhecimento dos produtores, regiões produtoras, produtos, regiões de consumo e a elaboração e edição de padrões de qualidade. O IBRAFLOR classifica e separa os produtos em lotes homogêneos quanto ao padrão determinado pela uniformidade do lote (tabela 1). Parâmetros analisados: aspectos fitossanitários,16 folhagem, ponto de colheita (ilustração 2), apresentação, tamanho das hastes (ilustração 3), qualidade da água, tratamento pós-colheita. Flor
Rosa
Gérbera Crisantemo Lírio
Critério de Classificação 95% de uniformidade quanto ao comprimento da haste, à espessura, ponto de abertura e o tamanho do botão. 95% de uniformidade da haste quanto ao comprimento, a espessura e o tamanho da flor. 95% de uniformidade da haste quanto ao comprimento e a espessura. 90% de uniformidade da haste quanto ao comprimento, numero de botão por haste e ponto de abertura
Danos leves (admitidos)
Danos graves (não admitidos)
Haste torta até 10 cm de envergadura
Danos de praga, mecânicos e desidratação e até 10% do maço.
Deformação e envergadura da haste.
Danos de praga, mecânicos e desidratação e até 5% da caixa.
Resíduo químico.
Danos de praga, mecânicos e folhas amarelas.
Resíduo químico, haste mole, limpeza mal feita.
Danos de praga, e mecânicos, deformação do botão e folhas amarelas.
Tabela 1: Critério de classificação das principais flores de corte imposto por IBRAFLOR. Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE FLORICULTURA
15 LIMA, Juliana Domingues, et al. TECNOLOGIA PÓS-COLHEITA DE FLORES DE CORTE. Disponível em http://www.biologico.sp.gov.br/rifib/XIVRifib/lima.PDF Acesso: 18/09/2009 16 Procedimentos praticados para combater organismos vivos que possam ser de alguma forma nocivos ao meioambiente.
21
Ilustração 2: Colheita de Crisântemos Fonte: http://www.veiling.com.br
Ilustração 3: Seleção das flores quanto à espécie e tamanho Fonte: arquivo próprio, 2009
2.3
PROBLEMÁTICA
Assim como as frutas e as verduras, as flores são perecíveis e requerem cuidados especiais, por causa de processos fisiológicos catabólicos que ocorrem mais intensamente após a colheita.17 Devido a esse fato, técnicas de conservação são atribuídas para manter a qualidade floral,18 pós-colheita. Para conservar a qualidade floral e garantir sua longevidade é
17 HARDENBURG, R.E.; Watada, A.E.; Wang, C.Y. Almacenamiento commercial de frutas, legumes y existencias de floriesterias y viveros. Costa Rica: IICA, 1988. p.91-121. 18 Dentro dos padrões estabelecidos pelo IBRAFLOR.
22 preciso mantê-las hidratadas19 e estar atento a fatores como clima, iluminação e umidade relativa do ar. A longevidade das flores é determinada por vários fatores pré e pós-colheita. Cada espécie possui características genéticas e anatômicas que diferem na durabilidade, entretanto, as espécies de mais demanda no mercado brasileiro que são classificadas como de clima subtropical, que apresentam características de durabilidade similares. Das espécies mais comuns pode-se citar a Rosa, a Gérbera, o Crisântemo e o Tango (tabela 1).20 As principais perdas ocorrem principalmente por danos mecânicos provocados durante a fase de produção e/ou armazenamento e comercialização, juntamente com a temperatura inadequada durante o transporte e armazenagem.21 No transporte as perdas chegam a 10%, enquanto no mercado varejista essas perdas podem chegam a 50% de toda produção.22 No ponto de vendas, nem sempre as flores de corte recebem o devido cuidado. Habitualmente, as hastes ficam expostas em vasos com água em temperatura ambiente ou acondicionadas em refrigeradores. As duas opções apresentam problemas para as flores, a primeira por ficar em temperatura ambiente, exposta ao vento, ar condicionado ou aquecedores que ressecam o ambiente; além destes fatores, quando juntas, as flores ficam abafadas e vulneráveis a proliferação de fungos. A presença do etileno, mesmo em pequenas quantidades, também acelera a taxa respiratória e a senescência precoce das folhas.23 Na segunda opção, as flores ficam armazenadas em refrigeradores, impossibilitando a visualização tanto da parte dos funcionários como dos clientes, pois fica em outra área da floricultura destinada a produção. Com a finalidade de amenizar perdas, faz-se necessário a utilização de tecnologia pós-colheita, que proporcione a manutenção da qualidade e redução de perdas. O manejo correto engloba processos específicos como, o rápido resfriamento, transporte refrigerado, armazenagem e manuseio adequado.24
19 Nutrição dos tecidos florais. Isentas de partes murchas. 20 NOWAK, J.; Rudnicki, R.M. Postharvest handling and storage of cut flowers, floristof cut Rose flowers .HortScience, Alexandria, v.26, n.2, p.1521-1522, 1991. 21 PRINCE & CUNNINGHAM, 1987 apud Gurjão, Flávio Farias et al. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Qualidade, Procedência e perdas pós-colheita de rosas de corte comercializadas em Campina Grande – PB. Campina Grande, v.8, n.2, p.177-190, 2006 Disponível em:http:// www.deag.ufcg.edu.br Acesso em: 12/09/2009 22 FARINA & VERUGGIO, 1996 apud GURJÃO, 2006 23 GURJÃO, 2006 24 ARRUDA et al., 1996
23 É aconselhável que o comerciante faça um estudo prévio de demanda para evitar desperdícios e, ao mesmo tempo manter produtos para atender aos seus clientes. Apesar das dificuldades dos pequenos comerciantes, o setor de floricultura nacional está em expansão. Segundo o SEBRAE, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, o setor tem crescimento considerável. A pesquisa realizada pelo SEBRAE-Goiás aponta crescimento de 20% em média no ano de 2008, e o estado de Santa Catarina está entre os estados que mais cresce e investe neste setor. 25
2.3.1
Armazenamento e manutenção dos equipamentos
Utilizado em floriculturas para refrigerar as flores, o Freezer horizontal, modelo residencial, proporciona muitos problemas na regulagem da temperatura, o ideal para a maioria das flores (exceto as de clima tropical) é que sejam armazenadas numa temperatura de até 2ºC e umidade de 80 a 90%. Mesmo programado para refrigerar o freezer, por ter as laterais de metal, quando em contato com as flores as danificam e causando injúrias por frio. 26
(chilling), deixando as flores com deformidade na cor, o que impossibilita a sua venda. Para
evitar o contato os comerciantes revestem os freezers com poliestireno de 2 a 3 cm de espessura (ilustração 4), e efetuando a troca periodicamente, dependendo do desgaste, pois devido à umidade, o poliestireno congela ocasionando danificação das flores. Em pesquisa, observou-se que dentre as dificuldades a que mais se destaca é na limpeza e manutenção dos refrigeradores horizontais. Para limpar é necessário tirar todas as flores de dentro do refrigerador, escoar a água, lavar e colocar água novamente. Esse processo geralmente é demorado e causa muitos transtornos, visto que é feito com o comércio em funcionamento e com clientes circulando no local.
25 TAVARES, Agência Sebrae de notícias, 2006 26 Dano causado pelo frio, deixa a flor com característica envelhecida.
24
Ilustração 4: Flores de corte armazenadas em freezer com forração de poliestireno. Fonte: arquivo próprio
2.3.2
Sistemas de conservação
O acondicionamento das hastes é considerado uma das etapas mais importantes para manutenção do equilíbrio entre mercado distribuidor e consumidor de flores de corte. 27 A baixa temperatura é um dos requisitos para a longevidade floral, porque retarda o metabolismo, e o desenvolvimento de microrganismos, sendo eficaz para a conservação. A baixa temperatura no armazenamento retarda o período de deterioração. 28 Com a baixa temperatura os processos metabólicos (transpiração e respiração) e o crescimento de patógenos,
29
são diminuídos, mantendo a qualidade por mais tempo e prolongando a vida
pós-colheita de plantas e flores durante o período de armazenamento. 30
27 TAGLIACOZZO & CASTRO, 2002 apud LIMA, et al, 2005
28 NOWAK & MYNETT , 1985 29 Desenvolvimento de doenças 30 CORBINEAU, 1992
25 Para serem comercializadas as flores de corte devem apresentar frescor semelhante ao do momento em que foram colhidas. 31 Como os principais produtores do pais se concentram no do país se concentram (na cidade de Holambra – São Paulo), as flores de corte são transportadas para todo o país. Dessa forma, é necessário tratamento para prolongar a durabilidade das flores. A principal causa da deterioração em flores de corte é devido ao acúmulo de microorganismos na solução do vaso. “Germicidas podem ser aplicados para inibir o crescimento de microorganismos nos vasos condutores da haste. Desta forma, estimula-se a absorção de água, pela redução do bloqueio vascular, contribuindo para a manutenção da turgidez das flores” 32 Entretanto, para uma maior durabilidade, a refrigeração das flores é indispensável. Com a temperatura acima do recomendado (2˚C) aumenta a proliferação de fungos, como o dano de Botrytis (ilustração 5).33 Mesmo com a utilização de germicidas o tempo de vida das flores ainda é muito curto, cerca de cinco dias; além de água potável as flores necessitam de clima fresco (espécies de clima subtropical média de 10˚C) iluminação e umidade relativa do ar alta (80 a 90%) 34
Ilustração 5: Maço de rosas contaminado por Botrytis. Fonte: IBRAFLOR, 2009
31 LAMAS, 2002 apud OLIVETTI, 2005 32 NOWAK et al., 1991 apud LIMA, Juliana 33 Agente causador do mofo cinzento. 34 GURJÃO, 2006
26 2.3.3
Exposição das flores no ponto de venda
Os consumidores, na maioria das vezes, compram flores para decorar a casa, ambiente de trabalho, ou as oferecerem como forma de manifestar carinho ou afeto por alguém. Como se trata de um produto com grande apelo visual e sentimental os clientes fazem questão de selecionar o produto com cuidado. Mediante a análise do setor, pode-se perceber que os clientes possuem preferência em escolher as flores para preparar seu arranjo. Para atendê-los é preciso expor além dos arranjos, flores para serem vendidas separadamente. Como as flores são muito sensíveis, quando expostas as intempéries35 perdem o frescor, a qualidade e fica inutilizada a venda. Segundo a agrônoma Claudia Fabrino Machado Mattius, as principais causas de deterioração das flores de corte são: o bloqueio dos tecidos das plantas vasculares, por onde circula a água com sais minerais dissolvidos - a seiva bruta - desde a raiz até as folhas, quando o vaso é bloqueado, impede a circulação da água, causando a deterioração do caule. E a produção de etileno, um hormônio vegetal produzido naturalmente pelas plantas que acelera os sintomas de senescência.36
Ilustração 6: Expositor de flores de corte Fonte: arquivo pessoal, 2009
35 Variação climática. 36 Conjunto de eventos fisiológicos que levam células, tecidos e órgãos vegetais à morte.
27 2.4
ANÁLISE DIACRÔNICA
Para melhor compreensão, faz-se necessário o conhecimento da evolução do produto no mercado. No presente trabalho, a pesquisa concentra-se em refrigeradores.
2.4.1
Refrigeração
Desde o final do século XVIII os cientistas procuravam construir uma máquina que produzisse frio. Somente no final do século XIX técnicas de refrigeração popularizaram o uso dos refrigeradores domésticos, entre eles a geladeira. 37 Por volta de 1918, foram vendidos pela empresa Kelvinator Co, os primeiros refrigeradores denominados aparelho para serem colocados caixa de gelo.
Ilustração 7: Geladeira datada de 1918 Fonte: http://www.rwrecondicionadora.com.br/
37 Energia. Disponível em: USP http://www.cepa.if.usp.br/energia/
28 Muitos anos sobreviveram-se sem a utilização do refrigerador, entretanto, a necessidade faz com que o homem esteja sempre buscando uma solução para seus problemas, prolongar a durabilidade dos alimentos perecíveis e refrescar as bebidas eram algumas delas. O refrigerador se tornou parte indispensável do mobiliário doméstico e como também de indústrias e comércios de produtos perecíveis. Apesar do primeiro sistema de refrigeração ter sido desenvolvido em 1834 por Jakob Perkins, somente em 1930 ganhou o mercado devido a fatores como: alto custo da energia mecânica e elétrica; elevado nível de ruído; motores grandes, pesados e caros. 38
Ilustração 8: Refrigerador GM Frigidaire, 1935 Fonte: http://torres.olx.com.br/vendo
38 Refrigeração Disponível em: http://www.refrigeracao.net/topicos/historia_refri_3.htm
29 2.5
ANÁLISE SINCRÔNICA
A verificação do estado da arte e tendências de produtos faz parte do processo de design. Ao projetar um produto, deve-se estar ciente dos aspectos principais desses que serão futuros concorrentes do novo produto a ser projetado. Estas análises devem retratar fielmente o estado do produto, deve determinar suas deficiências e valores.39
2.5.1
Análise comparativa de produtos
A análise sincrônica é importante para se verificar o que existe atualmente no mercado. Bem como, o conhecimento do seu produto e a posição do mesmo em relação aos demais concorrentes. Para a análise comparativa dos produtos similares será utilizado, além da matriz morfológica, o método de análise funcional. Este serve para reconhecer e compreender as características de uso do produto, incluindo aspectos ergonômicos e funções técnico-fisicas. Para tanto, dividiu-se a análise em produtos de concorrência direta e indireta. Como produto de concorrência direta baseou-se em características específicas como o uso ao qual o produto se destina. Os produtos de concorrência indireta são todos aqueles que possam servir para a função de refrigerar, no presente trabalho definiu-se três desses para análise.
39 LOBÄCH, Berrnd. Design industrial: basas para a configuração dos produtos industriais. Rio de Janeiro: E. Blücher, 2001. 225p.
30 2.5.1.1 Produto de concorrência direta
PRODUTO 1: Refrigerador vertical 2 portas modelo expositor comercial para flores
Ilustração 9: Refrigerador vertical Fonte: http://www.gelopar.com.br/produto
•
Abertura: 2 portas frontais;
•
Degelo: Automático;
•
Acessórios: prateleiras 2 níveis de prateleiras reguláveis e estrado;
•
Refrigeração: Ar forçado com serpentina aletada;
•
Temperatura: +4 a +10˚C;
•
Rodízio: não possui;
•
Controle de Temperatura: Digital com indicador de temperatura;
•
Capacidade: 1.135 litros;
•
Iluminação: LEDs interno e na testeira;
•
Material: Portas de vidro duplo temperado com gás argônio, gabinete externo com pintura eletrostática a pó com alta resistência à corrosão;
•
Dimensão: largura 165,2cm, altura 211,5cm, profundidade 63 cm;
•
Consumo: 7,9 KW/h;
•
Freqüência: 60hz;
•
Função principal: refrigerar;
•
Função secundária: informar, proteger, armazenar e expor;
31 2.5.1.2 Produto de concorrência indireta
PRODUTO 2: Freezer horizontal 2 portas modelo residencial
Ilustração 10: Freezer horizontal Fonte: http:// freezerhorizontal.com.br/wp-content
• Abertura: duas portas superiores; • Degelo: manual; • Dreno: abertura frontal; • Acessório: grade interna; • Rodízios reforçados; • Refrigeração: gás refrigerante ecológico, não contém CFC; • Temperatura: 0 a +7˚C e -18 a -22˚C; • Controle de temperatura: termostato; • Capacidade: 519 litros; • Iluminação: não possui; • Material: Gabinete interno em aço galvanizado com proteção cromatizada e com cantos arredondados, gabinete externo com pintura eletrostática a pó com alta resistência à corrosão;
• Dimensão: largura 100,3cm, altura 93,7cm, profundidade 65cm; • Consumo: 55KW/h; • Frequência: 60Hz; • Função principal: congelar e refrigerar; • Função secundária: armazenar e proteger.
32
PRODUTO 3: Refrigerador vertical 2 portas modelo expositor comercial
Ilustração 11: Refrigerador vertical Fonte: http://www.gelopar.com.br/produto
• Abertura: 2 portas frontais; • Degelo: Frost free; • Acessórios: prateleiras 4 níveis, aramadas, reguláveis e inclináveis; • Refrigeração: Ar forçado com serpetina aletada, dois sistemas de refrigeração independentes;
• Temperatura: 0 a +7˚C; • Rodízio: não possui; • Controle de Temperatura: Termostato; • Capacidade: 880 litros; • Iluminação: fluorescente (2 lâmpadas internas e 1 no painel luminoso externo); • Material: Portas de vidros duplo aquecido, gabinete externo com pintura eletrostática a pó com alta resistência à corrosão;
• Dimensão: largura 131,5cm, altura 191,6cm profundidade 62,2cm; • Consumo: 5,8 KW/h; • Frequência: 60Hz; • Função principal: refrigerar; • Função secundaria: armazenar, proteger e expor.
33 PRODUTO 4: Refrigerador vertical 4 portas modelo comercial
Ilustração 12: Refrigerador 4 portas Fonte: http://www.gelopar.com.br/produtos
• Abertura: quatro portas frontais; • Degelo: automático; • Acessório: prateleiras 5 níveis, aramadas, reguláveis e estrado aramado; • Rodízios: não possui; • Refrigeração: Ar forçado com serpetina aletada; • Temperatura: +1 a +7˚C ou +2 a +8˚C (mediante solicitação); • Controle de tempreratura: digital com mostrador, sinal sonoro de porta aberta, discador telefonico em caso de elevação da temperatura;
• Bateria para acionar o alarme do discador em caso de falta de energia; • Capacidade: 878 litros; • Iluminação: não possui; • Material: Revestimento externo e interno em aço inox galvanizado; • Dimensão: largura 116cm, altura 20,5cm, profundidade 74,5cm; • Consumo: 7,5 KW/h; • Frequência: 60Hz; • Função principal: refrigerar; • Função secundária: proteger e armazenar.
34 Os produtos analisados apresentam características que podem ser relevantes ao projeto, estudou-se então, suas funções, estética, materiais, como também sua importância para o usuário e se o produto atende a demanda. Na tabela 2 relacionou-se esses fatores e foram atribuídos em uma escala de 0 a 3 sendo 0 = sem importância; 1 = pouco importante; 2 = importante; 3 = muito importante. Produto: Refrigerador Levantamento de dados Os valores são atribuidos em uma escala de 0 a 3 (Importância para o Usuário) (0 = sem importância; 1 = pouco importante; 2 = importante; 3 = muito importante)
Itens Considerados
Utilização
Importância p/ usuário
Iluminação 3 Indicador de 3 temperatura Porta frontal 3 Prateleiras 3 Porta de vidro 3 Degelo automático 2 Abertura para 2 escoamento Possui recipiente para 3 as flores cortadas Espaço adequado 3 Prateleira com 3 Flexibilidade regulagem Rodizios 3 Cores básicas 2 Pintura Cores a escolher 1 Inox galvanizado, 2 Revestimento chapa zincada, interno Plastico 3 termoformado, PSAI ou ABS Tabela 2: Análise comparativa dos refrigeradores similares Fonte: do arquivo
O produto atende a demanda? Produto 1 Sim Sim
Produto 2 Não Não
Produto 3 Sim Não
Produto 4 Não Sim
Sim Sim Sim Sim Não
Não Não Não Não Sim
Sim Sim Sim Sim Não
Sim Sim Não Sim Não
Não
Não
Não
Não
Sim Sim
Não Não
Sim Sim
Sim Sim
Não Não Não Não
Sim Sim Não Sim
Não Sim Não Não
Não Sim Não Sim
Sim
Não
Sim
Não
35 2.5.2
Análise ergonômica
Um estudo ergonômico se faz necessário para entender a relação entre o funcionário seu trabalho.40 A análise ergonômica será baseada na tarefa de manutenção do equipamento, visto que esta é a que mais apresenta problemas segundo relato de comerciantes de flores. Será utilizado na análise da tarefa o freezer horizontal, visto que na maioria das floriculturas pesquisadas este é o mais utilizado. A utilização deste produto está relacionado ao fator de proporcionar mais espaço por menos preço em relação aos refrigeradores verticais. Entretanto apresenta muitas dificuldades relacionadas ao manejo, limpeza e disposição das flores. O acondicionamento é feito dentro de baldes com água, em média 3 litros por balde ou com água diretamente dentro do freezer.
2.5.2.1 Análise da tarefa
Cada profissional possui características que interferem na realização da tarefa, fatores como o modelo do refrigerador, clima e ambiente fazem com que a manutenção dos equipamentos seja feita de acordo com suas necessidades. Para a análise da tarefa buscou-se uma floricultura que utilizasse o modelo mais tradicional de refrigerador. A análise foi realizada na floricultura Flor e Folha, localizada em Palhoça e atua neste mercado há 19 anos. Conforme relato da proprietária Kênya Maria Dutra da Silva, a troca de água do equipamento é efetuada semanalmente. A manutenção é vista pela proprietária e funcionários como a mais difícil, com mais esforço físico excessivo e mais demorada. Para cumprir a tarefa, o funcionário segue alguns passos conforme mostra a tabela abaixo: 1˚) Retirada das flores de dentro dos
2˚) Escoamento da água para um recipiente;
recipientes e limpeza41;
40 41
LIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: E. Blücher, 2005. 465 p Para serem armazenadas as flores precisam estar livre do excesso de folhas, espinhos e pétalas com fungos
36
Ilustração 13: Manutenção do refrigerador Fonte: Arquivo próprio
3˚) Continuação do escoamento
Ilustração 14: Retirada da água com um recipiente. Fonte: Arquivo próprio
4˚) Colocação de água limpa;
Ilustração 16: Reposição de água limpa Ilustração 15: Escoamento da água para um recipiente. Fonte: Arquivo próprio
5˚) Corte dos caules das flores;
6˚) Acondicionamento das flores;
Ilustração 17: Corte dos caules das flores. Fonte: Arquivo próprio
Ilustração 18: Armazenamento das flores Fonte: Arquivo próprio
Tabela 3: Análise da manutenção do equipamento refrigerador. Fonte: arquivo próprio.
37
Nessas ações percebeu-se que o funcionário necessita fazer esforços físicos excessivo para retirar a água do equipamento, visto que o orifício para escoamento fica na parte frontal inferior do freezer. Para retirar a água, cerca de 20 litros, é preciso retirar primeiro o excesso, para tanto utiliza-se baldes que são inseridos dentro do equipamento, enchido e posteriormente o funcionário o retira e descarta a água ( vide tabela 3). O restante escoa-se pela parte da frente, o que requer ações como: abaixar-se para retirar a tampa do escoador e retirar sujeira de dentro do freezer, levantar do chão e deslocar o recipiente com água após o escoamento. Outro agravante é a exposição à baixa temperatura para efetuar a limpeza dentro do recipiente.
2.6
SÍNTESE
Analisando o problema e suas peculiaridades pode-se perceber que o produto que proporcionará satisfação será aquele que além de expor as flores no ponto de venda, as conserve, de modo que, a exposição não acarrete danos ao produto, nem comprometa sua qualidade. Para este mercado há registro de um único refrigerador42, que não é específico para flores de corte, pretende-se então, projetar um expositor específico para este produto, estruturado de acordo com as necessidades básicas para a conservação. O projeto destina-se a questões como, espaço suficiente para acondicionamento, iluminação, recipientes, manutenção, manejo, ergonomia, estética, identificação do produto, materiais e sistemas de fechamento e de abertura do refrigerador.
42
Refrigerador para flores apresentado na análise dos concorrentes.
38 2.7
ANÁLISE ESTRUTURAL
A análise estrutural é importante para saber os componentes do sistema, bem como a área em que se pretende trabalhar neste projeto. Não serão especificados as partes motora e elétrica do equipamento, priorizando então a parte estrutural como:
• Espaço físico: parte interna do refrigerador, onde são dispostas as prateleiras e recipientes.
• Prateleiras: onde são colocados os recipientes com as flores. • Portas: abertura superior ou frontal
2.8
DEFINIÇÃO DO PÚBLICO DE INTERESSE
A definição do público de interesse se caracteriza pelo levantamento do público, ao qual o produto se destina. As floriculturas, geralmente localizadas em grandes centros, em sua maioria são micro e pequenas empresas que são classificadas quanto a receita bruta anual e quanto ao número de empregados. Segundo o SEBRAE de Santa Catarina as empresas de segmento comercial se classificam como:
• Microempresas - ME - Lei 123/06 –Faturamento anual de até R$ 240.000,00, com até 9 empregados. 43
• Pequeno porte: Lei 123/06 – Faturamento anual de R$ 240.000,01 até R$ 2.400.000,00, com 10 a 49 empregados. O presente projeto tem como público de interesse floriculturas que apesar da demanda não justificar a construção de câmaras frias, necessitam de refrigeração para as flores de corte. Esse público faz uso de equipamentos não específicos e dificultosos como já foi 43
mostrado
na
análise
da
tarefa
(tabela
Disponível em: http://www.sebrae-sc.com.br/leis/default.asp?vcdtexto=4154 acesso:06 /10/2009
3).
39 3
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO
O processo de design é tanto um processo criativo como um processo de solução de problemas, e deve atender a requisitos que possam satisfazer as necessidades humanas de forma duradoura.44 O embasamento metodológico específico para o processo de design é importante para orientar o designer no desenvolvimento do projeto, porém o deixa livre a supostas adequações metodológicas no decorrer do projeto, seja diminuindo ou acrescentando tópicos de acordo com cada projeto. Para o processo de design pretende-se adotar a metodologia proposta por Löbach (2001), onde o processo divide-se em quatro fases distintas conforme mostra a tabela 3.
44
Lobach, (2001, P. 141)
40
Processo de solução do problema Análise do problema Conhecimento do problema Coleta de informações Análise das informações
Definição e clarificação do problema e definição dos objetivos
Geração de alternativas Escolha dos métodos de solucionar problemas Produção de idéias Geração de alternativas Avaliação das alternativas Exame das alternativas Processo de seleção Processo de avaliação Realização da solução do problema Realização da solução Nova avaliação da solução
Processo de desenvolvimento do produto Análise do problema de design Análise da necessidade Análise da relação social homem-produto Análise da relação produto-ambiente Desenvolvimento histórico Análise do mercado Análise da função Análise estrutural Análise da configuração (funções estéticas) Análise de materiais e processos de fabricação Patentes, legislação e normas Análise de sistema de produtos Distribuição, montagem, serviço a clientes, manutenção Descrição das características do novo produto Exigências para com o novo produto Alternativas de design Conceitos do design Alternativas de solução Esboços de idéias, modelos Avaliação das alternativas de design Escolha da melhor solução Incorporação das características ao novo produto Solução de design Projeto mecânico Projeto estrutural Configuração dos detalhes (raios, elementos de manejo, etc.) Desenvolvimento de modelos Desenhos técnicos, desenhos de representação Documentação do projeto, relatórios
Tabela 3: Processo de design Fonte: Löbach, (2001, p.142)
Fase 1 Análise do problema
A primeira tarefa do designer destina-se ao conhecimento do problema a ser solucionado, seguido da coleta de informações que se define como levantamento de todos os dados que possam ser relevantes ao projeto, e da análise das informações. Outros fatores devem ser levantados como:
41
• Análise das necessidades: identificação de quantas pessoas estariam interessadas na solução do problema;
• Análise de relação social: relação do produto com o usuário; • Análise relação com o meio ambiente: impacto causado pelo produto ao meio ambiente e o impacto sofrido pelo produto por fatores meteorológicos;
• Análise do desenvolvimento histórico: possível levantamento de dados para o novo produto;
• Análise de mercado: análise comparativa de produtos, levantamento dos similares;
• Análise da função: método para estruturar as características técnicas funcionais de um produto;
• Análise estrutural: detalhamento da estrutura do produto; • Análise da configuração: instrumento de elaboração de detalhes formais, estuda a aparência estética dos produtos similares;
• Análise dos materiais e processos de fabricação; • Patentes, legislação e normas; • Análise de sistemas de produto; • Distribuição, montagem, serviço a clientes, manutenção; • Descrição das características do novo produto; • Exigências para com o novo produto;
Fase 2 Geração de alternativas
Criação de alternativas, nesta fase deve-se trabalhar livremente sem restrições para gerar o maior número de alternativas possível. Para tanto, pode-se escolher métodos que auxiliam na produção de idéias.
42 Fase 3 Avaliação das alternativas
Fase destinada a identificação da alternativa mais plausível. A fase de avaliação devem ser analisados critérios de aceitação do produto. Questões como a importância do produto para o usuário e para êxito financeiro devem ser consideradas.
Fase 4 Realização da solução do problema
A fase final é a materialização da alternativa escolhida, devidamente revista, retocada e aperfeiçoada.
43
4
CONCEITO DO PROJETO
Com o objetivo de produzir para o novo produto requisitos suficientemente satisfatórios às exigências dos clientes, o conceito deve ser elaborado com base no funcionamento e no estilo.45
4.1
PAINEL SEMÂNTICO
“A identificação de conceitos de estilo começa pela identificação das principais linhas da expressão visual”46 Para tanto, procurou-se descrever através das imagens os principais atributos que o novo produto deverá apresentar. Para melhor reconhecimento dos atributos do produto elaborou-se três painéis visuais baseados no estilo de vida dos futuros consumidores, expressão do produto e o tema visual. O Painel estilo de vida do usuário retrata características pessoais e sociais do consumidor. No presente projeto definiu-se como usuários comerciantes do setor de floricultura e o consumidor final de flores. No painel expressão do produto teve-se por base as características que o produto apresentará, representa a emoção que o produto transmite ao primeiro olhar. O painel tema visual explora o estilo que o produto poderá ter, rico em formas visuais, serve também como fonte de inspiração para o desenvolvimento do novo produto.
45
BAXTER, Mike. Projeto de produto: guia prático para o desenvolvimento de novos produtos. São Paulo: E. Blucher, 1998. p 190. 46 BAXTER, Mike. .
44
Ilustração 18: Painel semântico estilo de vida do usuário. Fonte: Arquivo próprio
45
Ilustração 19: Painel semântico expressão do produto Fonte: arquivo próprio
46
Ilustração 20: Painel semântico tema visual Fonte: Arquivo próprio
47 4.2
DEFINIÇÃO DO CONCEITO
Analisando o problema, percebeu-se que o produto, para atender as necessidades dos clientes, terá que exercer funções de refrigerar e expor as flores de corte no ponto de venda de forma que as favoreça e prolongue sua durabilidade. Este propiciará ao cliente final facilidade em escolher o produto. O produto deverá também apresentar aparência agradável, com formas que facilite a manutenção e limpeza.
4.3
REQUISITOS DO PROJETO
O ponto de partida para o desenvolvimento de um produto consiste em uma análise e estabelecimento dos requisitos de projeto. Estes envolvem o usuário, demanda, função, aparência e custo do produto. Os requisitos de projetos devem ser analisados com cuidado e atenção, um passo essencial para o sucesso no projeto é a identificação e correta especificação da função. 47 Mediante pesquisa de campo junto a profissionais do setor, verificou-se os principais requisitos almejados para que o produto atenda a demanda.
4.3.1
Lista de requisitos
Para o levantamento dos requisitos de projeto foi realizada uma pesquisa em algumas floriculturas da região da grande Florianópolis: Talismã – São José, Criativa – São José , Flor e Folha – Palhoça e Indaiara – Florianópolis. Segundo a pesquisa os requisitos que foram relatados são:
47
BACK, Nelson. Metodologia de projeto de produtos industriais. Ed. Guanabara Dois 1983
48 Requisitos funcionais básicos
• Refrigerar; • Expor. Requisitos funcionais secundários
• Fácil controle de temperature; • Rodízios; • Boa vedação da porta; • Desembaçador para o vidro; • Opção de trocar as prateleiras. Requisitos não funcionais
• Fácil limpeza; • Resistência mecânica; • Fácil manejo; • Orifício e/ou sistema para escoamento; • Boa visibilidade do estoque; • Espaço para flores de corte; • Baixo custo; • Baixo consumo. Requisitos estéticos
• Laterais transparentes; • Aparência agradável; • Superficie lisa; • Cantos arredondados; • Cor discreta; • Portas transparentes; • Iluminação interna; • Aparência moderna;
49
• Clean. (Forma limpa).
4.3.2
Diagrama de mudge
O Diagrama de Mudge consiste em avaliar o grau de importância relativos das funções do produto. Esta avaliação é obtida através da comparação direta entre duas funções, de modo a avaliar qual destas é mais importante.48
48
Diagrama de mudge. Disponível em: http://www.pro.poli.usp.br/graduacao/todas-asdisciplinas/projeto-do-produto-e-processo Rotondaro/ Cauchick Departamento de Engenharia de Produção Escola Politécnica – USP acesso: 15 out. 2009
50
Lista de requisitos 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
Refrigerar Expor Conservar Fácil controle de temperatura Rodízios Prateleiras moveis Desembaçador para porta Boa vedação da porta Espaço para flores de corte Orifício e/ou sistema para escoamento Boa visibilidade Fácil limpesa Fácil manejo Laterais transparentes Iluminação interna Portas transparentes Cor discreta Cantos arredondados Superfície interna lisa Aparência moderna Baixo custo Resistência mecânica Baixo consumo de energia Aparência agradável Clean Ergonômica
Tabela 4: Lista de requisitos Fonte: Arquivo próprio. Os requisitos analisados no diagrama (Tabela 5) mostraram o seu valor de acordo com o grau de importância no projeto, com base neste resultado pode-se priorizar ou não alguns requisitos de acordo com sua pontuação. Alguns requisitos que não eram considerados fundamentais, quando comparados a outros ganharam destaque, assim como outros considerados importantes perderam sua importância, analisando as tabelas 4 e 5 percebe-se a mudança de posicionamento dos requisitos sendo que 4 deles foram descartados mediante sua baixa porcentagem.
51
Tabela 5: Diagrama de mudge Fonte: Arquivo próprio
Principais requisitos em ordem de importância 1 Refrigerar 10% 2 Expor 9,4% 3 Conservar 9% 4 Espaço para flores de corte 8,3% 5 Portas transparentes 6,6% 6 Boa visibilidade 6,4% 7 Sistema para escoamento 6% 8 Boa vedação da porta 5,8% 9 Fácil controle de temperatura 3,6% 10 Desembaçador para porta 3,5% 11 Resistência mecânica 3,5% 12 Prateleiras móveis 3,3% 13 Fácil limpeza 3,3% 14 Baixo consumo de energia 3,2% 15 Baixo custo 3% 16 Rodízios 2,6% 17 Iluminação interna 2,6% 18 Laterais transparentes 2,4% 19 Ergonômica 2,2% 20 Fácil manejo 2% 21 Aparência agradável 1,2% 22 Cor discreta 1,1% Tabela 6: Requisitos em ordem de importância Fonte: Arquivo próprio
52 4.4
CONCEPÇÃO DO ESTILO
Para a definição dos atributos será necessária uma configuração do produto em relação as propriedades semânticas e técnicas. Cada produto possui exigências de estilo que devem estar dentro do seu contexto. A imagem transmitida pela aparência do produto representa o simbolismo do produto, que exerce intrinsecamente associações na mente do observador. Este simbolismo descreve os valores pessoais e sociais incorporados à aparência do produto. Durante o projeto de um produto deve-se dar forma visual ao produto de modo que reflita o objetivo pretendido.49
4.5
GERAÇÃO DE ALTERNATIVAS
O designer de produtos, para obter sucesso deve pensar com a mente do consumidor, interpretar desejos, sonhos, necessidades, valores e expectativas. Essas informações são adquiridas através de pesquisas, investigação e estudo sobre o problema.50 Após a etapa de investigação e entendimento da necessidade do problema iniciase a fase da busca por uma solução, para tanto baseando-se nas análises, várias alternativas são geradas, é a fase de geração de idéias destinadas a solução do problema. Na fase criativa necessita-se de liberdade
na procura da solução, ou seja
associação livre de idéias e possíveis combinações entre elas. Nesta fase é importante executar esboços e modelos dos detalhes das alternativas mais promissoras.51
49
BAXTER, Mike. Projeto de produto: guia prático para o desenvolvimento de novos produtos. São Paulo: E. Blücher, 1998. p 190. 50 BAXTER, Mike. (2000, p21) 51
LOBACH, (2001, P. 153)
53 Muitas técnicas podem ser utilizadas para a geração de alternativas, o indicado é que o designer conheça e domine todas para escolher a que mais lhe apraz de acordo com o tipo do problema envolvido. Existem três categorias principais de técnica de geração de alternativas, tais como: Redução do problema: Tende a resolver o problema mudando apenas algums aspectos. Expansão do problema: Procura alargar as perspectivas do problema, não se restringe ao produto existente. Digressão do problema: estimulam incursões laterais afastando–se completamente do problema. Para começar a desenvolver propostas para novo produto serão adotadas técnicas da categoria de redução do problema. O produto se manterá, no caso o refrigerador e serão acrescentadas funções com a finalidade de atender os requisitos. O problema será dividido em sub-problemas com a finalidade de serem resolvidos parcialmente. 1˚) Refrigeração e conservação A refrigeração será programada à temperatura de +1 à +4˚C, através de um motor refrigerador com sistema frost-free no qual será acoplado junto à saída de ar frio, um umidificador52 para que a umidade relativa do ar seja dentro do requerido (80 a 90%) para a qualidade e conservação floral. O acesso às flores dentro do refrigerador será mediante a 2 portas com abertura frontal. 2˚) Exposição As flores pesquisadas possuem hastes com medidas entre 30 e 70cm em média. Além da altura, necessita-se também de espaço para estocagem, ou seja, flores em pacotes e para os maços abertos, flores disponibilizadas para serem vendidas em unidades.
52
Dispositivo que libera minúsculas partículas de água.
54 Anteriormente aos primeiros esboços do novo produto, foi definido o tamanho ideal e dividiu-se estrategicamente este espaço de forma que as flores fiquem bem acondicionadas e que possam ser visualizadas com facilidade. Os vasos necessitam de uma altura mínima de 30cm e inclinação de -20º para comportar os variados tamanhos de hastes. A distribuição dos vasos foi em seqüência na forma de degraus, dessa forma obteve-se melhor aproveitamento de espaço e maior visualização dos produtos. Estudou-se também a possibilidade de iluminação no equipamento para dar mais destaque as flores e facilitar a visualização. 3˚) Manutenção do equipamento A manutenção e limpeza do equipamento é uma das tarefas mais difíceis no ramo de floriculturas, a maioria dos funcionários das floriculturas pesquisadas relatam que essa tarefa leva em média 5 a 6 horas para ser concluída. Com o objetivo de poupar serviço e ganhar tempo, constatou-se a necessidade de automatizar este serviço. A proposta é um sistema de entrada e saída de água automático controlados por uma bomba de água que pode ser acionada através de programação prévia ou manualmente. Este sistema efetuará, mediante a acionamento, o escoamento da água diretamente para o esgoto através de encanamento e posteriormente reabastecerá os recipientes com água limpa. Será colocado um painel demonstrativo de temperatura com botão para acionar a troca de água dos recipientes, assim como o botão de liga e desliga o produto.
55
Alternativa 1
Esta alternativa remete uma câmara fria em tamanho reduzido, possui um sistema giratório que possibilita a visualização e acesso com todos os lados da prateleira. Os recipientes dispostos em tamanhos diferentes possibilita o armazenamento de vários tipos de flores. As laterais transparentes facilitam a visualização de todo o produto. Material sugerido: acabamento do rodapé e parte do topo revestidos de formica padrão madeira, a base estrutural de vidro temperado. Medidas: 180cm de altura e 140cm de largura e profundidade.
Ilustração 21: Refrigerador expositor de flores. Fonte: Arquivo próprio
56 Alternativa 2
Com linhas simples e simetria esta proposta visa a função, o alumínio no acabamento é de fácil manutenção e remete limpeza.
As laterais e frente de vidro,
proporcionaram boa visibilidade. Os recipientes comportam as flores obedecendo ao estudo realizado para a disposição das flores no equipamento. A prateleira deixa espaço opcional para colocar flores plantadas ou vasos com flores de corte. Material sugerido: alumínio para o acabamento, vidro para as laterais e portas, a parte interna de chapa metálica galvanizada. Medidas: 180cm largura, 185cm altura e 75cm de profundidade.
Ilustração 22: Refrigerador expositor vertical Fonte: Arquivo próprio
57 Alternativa 3
Com formas orgânicas esta opção explora linhas suaves e arredondadas. Os recipientes comportam as flores obedecendo ao estudo realizado para a disposição das flores no equipamento. A prateleira superior dispõe de recipientes individuais para as flores de corte, oferece mobilidade durante a venda, importante para o cliente visualizar a flor fora do refrigerador e evitar que o mesmo escolha as flores com a porta do refrigerador aberta ocasionando desperdício de energia. Material sugerido para o refrigerador: base estrutural exterior de acrílico, parte interna de ABS, os recipientes de acrílico. Medidas: 190cm largura, 185cm altura e 75cm de profundidade.
Ilustração 23: Refrigerador para flores de corte Fonte: Arquivo próprio
58
Alternativa 4
Esta alternativa apresenta basicamente uma combinação da alternativa 2 e 3. Com linhas simples e simetria esta proposta visa a função, o alumínio no acabamento é de fácil manutenção e remete limpeza. As laterais e frente de vidro, proporcionaram boa visibilidade. A abertura das portas será de correr para otimizar espaço. A prateleira superior dispõe recipientes individuais para as flores de corte, oferece mobilidade. A iluminação será feita através de lâmpada especial para refrigeradores, fixada na parte superior do refrigerador revestido por uma proteção de Polipropileno. Material sugerido: lateral e portas de vidro temperado, e recipientes individuais de acrílico e recipientes fixos e acabamento em aço inoxidável. Medidas: 180cm largura, 185cm altura e 75cm de profundidade.
Ilustração 24: Refrigerador expositor de flores de corte Fonte: Arquivo próprio
59 4.5.1
Alternativa escolhida
A escolha da alternativa deve ser feita mediante análise das opções, esta deve ser a mais plausível em comparação aos requisitos de projeto. Dentre as opções apresentadas, a alternativa escolhida é a de número 4 (ilustração 26). Esta alternativa foi escolhida por atender todos os principais requisitos do projeto.
Ilustração 25 : alternativa escolhida Fonte: arquivo próprio.
60 4.6
Modelo volumétrico
O modelo volumétrico serve como forma de estudo e apresentação e são feitos com diferentes finalidades para cada fase do desenvolvimento do produto. Este modelo, em escala ou não, é o que permite, a partir de suas modificações - se forem necessárias -, que uma nova fase do projeto seja iniciada.53 O acabamento superficial é ainda bruto, sem cores finais, não existem delimitações de peças muitas vezes, apenas o volume bruto. Mas mesmo assim, diversas validações ergonométricas são realizadas nesta fase até algumas dimensões importantes no quesito de usabilidade são adquiridas e testadas.54 Construiu-se um modelo volumétrico em escala reduzida em 1/6 com o propósito de verificar, com boneco articulado na mesma escala, proporções, adequação antropométrica (tabela 7) e sistema construtivo.
Verificação de alcance e proporções do boneco em relação ao refrigerador. Tabela 7: modelo volumétrico Fonte: arquivo próprio
53
Maquete. Disponível em: http://www.dad.puc-rio.br/dad07/arquivos_downloads/33.pdf Acesso: 10/11/09
54
Mockup x Protótipos x Modelo Volumétrico. Disponível em: http://www.vektorart.com/blog/?p=110
61 4.7
Modelo digital
O modelo digital (ilustração 26) foi desenvolvido para melhor percepção visual relacionadas a materiais acabamentos e forma do produto.
4.8
Detalhamento técnico
O detalhamento técnico do expositor refrigerado é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a representação de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes necessidades requeridas pelas diversas modalidades de projeto.55 No Apêndice A estão o detalhamento técnico do expositor refrigerado.
55
Desenho técnico. Disponível em: http://www.eel.usp.br/na_apostila/pdf/capitulo1.pdf Acesso: 10/111/2009
62 5
MATERIAIS E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
“A configuração de um produto não resulta apenas das propostas estéticas de um produto, mas também – fortemente – do uso dos materiais e processos de fabricação econômicos”56 O conhecimento dos materiais é indispensável na concepção de um produto, é através deste que se obterá valores estéticos, adequação ao produto e principalmente redução econômica.
5.1
GABINETE
O gabinete do expositor refrigerado será dividida em dois tipos de materiais, a parte de trás será a parte que dará suporte, a estrutura do gabinete será conformada em chapa metálica com revestimento em poliuretano expandido, o que proporcionará um isolamento térmico. A parte lateral de refrigerador expositor e as portas serão de vidro temperado antiembaçante de 10mm de espessura. As portas de vidro recebem moldura de alumínio com pintura eletrostática a pó com alta resistência à corrosão, com borracha SBR na parte que terá contato com o gabinete para dar vedação ao produto.
5.1.1
Vidro
Indica-se o uso de vidro temperado com barras da rede anti-embaçante no vidro low-e permitem melhor visualização interna, além de manter o vidro sempre seco e transparente. Para melhorar a resistência térmica e mecânica, durante o processo de fabricação, 56
LOBACH, (2001, P. 162)
63 o vidro é submetido a um tratamento térmico de têmpera, que o torna mais resistente preservando suas características de transmissão luminosa e de composição química. No processo de têmpera, o vidro é submetido a aquecimento controlado que eleva sua temperatura a cerca de 650º C e logo em seguida, passa por resfriamento brusco, resultando em um choque térmico responsável pelo aumento de sua resistência mecânica. O processo de têmpera horizontal, com os vidros transportados em roletes evitam marcas de pinças características da têmpera vertical em suas laterais. O sistema de têmpera horizontal também permite a produção de vidro temperado em grandes chapas e pequenas espessuras. 57 A curvatura do vidro é obtida por processo de conformação: posicionamento da peça sobre um gabarito onde sofre aquecimento e conformação gradativa.58
Ilustração 26: vidro com barra de rede anti-embaçante Fonte: Disponível em: http://www.vacurvos.com.br/vidroscurvos/industria-de-refrigeracao
5.1.2
Borracha SBR
A borracha SBR possui excelente resistência dielétrica, boa resistência a tração e flexão, temperatura de trabalho entre -25˚ a 100˚C.
57 58
Vidro. Disponível em; http://www.boxparabanheiro.com.br/vidros_temperados.htm Acesso: 08/11/2009
LIMA, Marco Antônio Magalhães. Introdução aos Materiais e Processos de Fabricação para Designers. 2˚ Edição Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2006. p 114
64 O processo de fabricação da borracha é por extrusão, o termoplástico é depositado em grânulos dentro do funil de alimentação da máquina onde é aquecido e transportado para o cabeçote de extrusão e é pressionado para obter o formato e posteriormente é resfriado.
5.1.3
Metal
Um metal pode ser definido como sendo um aglomerado de átomos com caráter metálico em que os elétrons da camada de valência fluem livremente. A maioria dos metais é sólida à temperatura ambiente (25°C).59 Os metais apresentam grande diversidade de propriedades físicas e químicas, conforme a pressão, temperatura e outras variáveis.
5.1.3.1 Alumínio
O alumínio possui versatilidade de aplicações e flexibilidade de processamento. No expositor refrigerado será usado no acabamento das portas devido suas características de resistência e leveza possui um aspecto cinza prateado e fosco, devido à fina camada de óxidos que se forma rapidamente quando exposto ao ar.
5.1.3.2 Processo de fabricação
Para dar acabamento e sustentação ao expositor refrigerado será utilizado o alumínio na estrutura do gabinete e nas portas, o processo de fabricação de metal consiste em:
• Corte – redução de material. • Conformação contínua por cilindro – consiste em pressionar com um tarugo de liga de
65 alumínio aquecido contra uma matriz com o desenho desejado.
• Furação – Consiste em submeter o material aquecido ou não à ação de um punção com o formato do furo desejável.
5.2
RECIPIENTES
5.2.1
Aço Inoxidável
O aço inoxidável é uma liga de ferro e cromo que apresenta propriedades físicoquímicas superiores aos aços comuns, possui alta resistência à oxidação atmosférica. As principais famílias de aços inoxidáveis, classificados segundo a sua microestrutura, são: ferríticos, austeníticos, martensíticos, endurecíveis por precipitação e Duplex.60 Os recipientes tanto os individuais como os fixos serão de Aço Inoxidável Austeníticos possui como característica principal boa resistência a corrosão.
5.2.1.1 Processo de fabricação
A fabricação dos recipientes será por conformação mecânica, esse processo consiste em submeter a chapa metálica a uma deformação mecânica, os procedimentos são:
• Corte – redução de material no tamanho desejado. • Conformação – consiste em apoiar a chapa sobre uma matriz (fêmea), prender com um
59
Metal. Disponível em: http://www.alunosonline.com.br/quimica/caracteristicas-metais/ Acesso: 10/11/2009
60
Aço Inoxidável. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Aço_inoxidável Acesso: 10/11/2009
66 prensa chapa, o punção se desloca de cima para baixo deformando a chapa por estiramento.61
5.3
ILUMINAÇÃO
A iluminação do produto deverá ser através de lâmpada fluorescente tubular de 40W e deve possuir ICR62 acima ou igual a 85% para garantir a fidelidade nas cores das flores. Tipo: Luminária de Embutir. Corpo: Chapa de aço, tratada e pintura eletrostática branca. Refletor: Chapa de aço, tratada e pintura eletrostática branca . Difusor: Vidro transparente temperado (removível). Moldura: Chapa de aço, tratada e pintura eletrostática branca. Lâmpada: Fluorescente Tubular 40W63
Ilustração 27: Luminária Lumiluz LDV Fonte: http://www.lumiluziluminacao.com.br/detalhes.aspx?Cod=LDV
61
LIMA, Marco Antônio Magalhães. Introdução aos Materiais e Processos de Fabricação para Designers. 2˚ Edição Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2006 62 A capacidade das lâmpadas reproduzirem fielmente as cores. 63
LUMINÁRIA. Disponível em: http://www.lumiluziluminacao.com.br/detalhes.aspx?Cod=LDV Acesso: 04/11/09
67 5.4
RODÍZIOS
Os rodízios devem ser resistentes e com capacidade para sustentar peso de no mínimo 200 kg e de fácil rolamento. Para tanto indica-se rodízios com revestimento de borracha termoplásticas injetada O rodízio é constituído de um pino central superior com rosca, a parte interna de um canal circular junto com uma coroa de rolamentos de esferas, esses se apóiam em uma esfera sintética injetada e encaixada por pressão pela extremidade aberta.
Ilustração 28: Rodizio Tecmoc L-14 até 300 kg Fonte: www.tecmov.com.br/produto.asp?=1&Rod%Edziol-10-at%E9-80-kg-.html
5.5
PAINÉL DE CONTROLE
Para controle das funções como liga e desliga, troca de água, nível de água, temperatura e umidade relativa do ar, será colocado um painel CLP (controlador lógico programável) com mostrador digital. O CLP indicado é PHARAO-II 24 (AC), aplicações domésticas e indústria.
68
Ilustração 29: Controlador Lógico Programável Fonte: Disponível em: http://www.solostocks.pt/controladores-logicoprogramaveis-pharao-ii-24-ac-oferta-270535
69
6
MEMORIAL DESCRITIVO
Este memorial descritivo tem por objetivo analisar as funções do expositor refrigerado.
6.1
FUNÇÃO ESTÉTICO FORMAL
A estética do produto faz parte do processo de comunicação, a configuração estética do produto estabelece efeito emocional no usuário do produto. A estética do produto se caracteriza pelos elementos configurativos, tais como: forma, cor, superfície etc. 64 Caracterizado por formas simples e repetições o refrigerador expositor apresenta formas angulares com linhas retas e detalhes arredondados, a forma segue a função.
6.2
FUNÇÃO SIMBÓLICA
“A função simbólica dos produtos é determinada por todos os aspectos espirituais, psíquicos e sociais do uso”.65 A função simbólica do produto se manifesta por meio de elementos estéticos como forma, cor, tratamento de superfície, etc. O refrigerador expositor representa simbolicamente status.
64
Lobach, (2001, P. 59)
65
Lobach, (2001, P. 64)
70 6.3
FUNÇÃO DE USO
O uso de um produto é motivo pelo qual ele foi projetado, criado; são idéias materializadas com a finalidade de satisfazer necessidades.66 A função principal do produto é refrigerar e expor as flores de corte no ponto de vendas.
6.4
FUNÇÃO ERGONÔMICA
O enfoque ergonômico tende a desenvolver produtos em que o esforço físico não seja excessivo, procurando proporcionar ao operador boa postura, objetos ao seu alcance e facilidade na operação. O produto apresenta formas que facilitam o manuseio e medidas de acordo com padrões antropométricos. Foram analisados as medidas antropométricas de estáticas médias em relação a mulheres e homens com percentual entre 5% e 95%67 para o arranjo e disposição dos objetos no refrigerador expositor, tais como:
• Altura: 1.1 • Altura do ombro: 1.3 • Comprimento do braço:1.8 • Tamanho das mãos: 4.7
66
Lobach, (2001, P. 36)
67
LIDA, Itiro, (2005, P. 118)
71 6.5
FUNÇÃO TÉCNICA
O sistema construtivo é composto pelo gabinete, estruturado de poliuretano expandido revestido por chapa metálica, onde se encaixam a borracha de vedação, os vidros laterais e achapa metálica lateral (apêndice A, prancha 5:6). As portas, fixadas por dobradiças são emolduradas de alumínio e borracha para vedação na borda interna (apêndice A, prancha 6:6 ). Os recipientes de aço inoxidável serão fixados por parafusos em chapa metálica, assim como a prateleira onde serão encaixados os recipientes individuais (apêndice A prancha 2:6). Os recipientes fixos terão um sistema de entrada e saída de água, cada recipiente terá um orifício onde será encaixado uma mangueira para entrada de água e outra para escoamento.
6.6
FUNÇÃO DE MARKETING
O produto poderá ser comercializado em lojas especializadas em refrigeradores expositores para fim comercial, assim como pela internet. Por se tratar de um equipamento para uso em segmento específico, poderá ser vendido também em grandes atacados de flores e acessórios para floricultura. A divulgação do produto poderá ser feita através merchandising em programas de televisão, anúncios em rádio, televisão, outdoor, cartazes, panfletos, sites. Para a divulgação é importante também fazer anúncios em palestras, feiras, demonstrações de arte floral e outros eventos do setor. Outra forma de divulgar o produto será deixá-lo exposto em atacadistas de flores de corte, onde o fluxo de pessoas da área é intenso. Estima-se que o valor deste produto será em torno de R$ 7,500. Cabe salientar que esse valor é referente a um expositor refrigerado, a fabricação em grande escala tende a diminuir esse valor.
72 6.7
FUNÇÃO ECOLOGICA
O produto proposto possui materiais resistentes com vida útil longa e muitos desses materias podem ser reaproveitado através da reciclagem. Se comparado a um refrigerador horizontal comum usado em floriculturas, o expositor refrigerado apresenta vantagens econômicas, os recipientes com formato apropriado para flores comportam de menos água, e a refrigeração adequada permite que a água permaneça limpa por mais tempo.
7
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Mediante a análise, pesquisa e toda a informação armazenada ao longo do trabalho, conclui-se que uma solução para o problema enfrentado por comerciantes de flores foi encontrada. Com o novo produto, os comerciantes terão novas oportunidades, poderão ampliar seu estoque, como também explorar outras espécies de flores de clima mais ameno, não terão tanto desperdício de flores, sendo que com o novo equipamento as flores de corte não ficarão mais sem refrigeração no ponto de venda. Como as perdas com flores são muito altas, ao reduzi-las o comerciante obterá mais lucro ou poderá até tornar o preço do seu produto mais competitivo. A automatização da maioria da mão da obra proporcionará menos desgaste físico excessivo aos funcionários e mais tempo para realização de funções adicionais, como atendimento ao cliente, produção de arranjos e embalagens, o que é considerado um grande avanço para o setor, ainda muito primitivo. Observou-se que pouco se investe em equipamentos para floricultura no Brasil, os comerciantes adequam suas necessidades aos equipamentos ao invés de possuírem equipamentos adequados. Profissionais do ramo de refrigeração e expositores pouco sabem sobre esta necessidade no comércio de flores, os que projetam algum produto para o setor o fazem sem conhecimento aprofundado no tal, acarretando em produtos que não satisfazem totalmente as necessidades.
73 7.1
PROPOSTA DE TRABALHOS FUTUROS
Propõe-se para trabalhos futuros a construção de um protótipo do refrigerador expositor a fim de melhor analisar suas funções, adequação dos materiais, análise de custo do produto para produção em grande escala. Sugere-se que sejam realizados testes da adaptação e vida útil das flores armazenadas no equipamento e análise da relação do usuário com o produto. Outro fator que também tem fundamental importância são questões relacionadas a ecologia, sugere-se uma investigação com a finalidade de reduzir o impacto ambiental que o produto possa provocar. Este projeto é só o início do que ainda poderia ser abordado. A parte que foi estudada poderá servir de incentivo para futuras pesquisas, providas de uma equipe de projeto com conhecimentos variados, visto que o projeto necessita de intervenção da engenharia elétrica, mecânica e hidráulica.
74 REFERÊNCIAS
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79
APÊNDICES
80
APÊNDICE A
180
140
20 70 20 40
10 5
55
15
55
44
6
44
3
20
15
10
190
10 3
164
190
180
3 10
15
3
20
70
R = 10
20
140 180
20
Designer:
Tatiany Dutra Madeira da Costa
Data:
13/11/2009
Projeto: Sistema refrigerado para exposição Revisão n˚:
de flores no ponto de vendas
Título:
Desenho técnico
Escala:
1:20
Prancha:
1:6
A3
o1 o2
o3
o4 o6 o7
11
10
o8 o9
o5
12
Mão francesa
03 Aço inoxidável
11
Chapa proteção para motor
01
Aço inoxidável
10
Revestimento
02
Aço inoxidável
09
Rodízios
04
Aço 1020/PVC
08
Estrutura interna do gabinete
01
Poliuretano
07
Revestimento
01
Aço inoxidável
06
Estrutura interna do gabinete
01
Poliuretano
05
Revestimento
03
Aço Inoxidável
04
Peça intermediária de fixação
02
Aço Inoxidável
03
Recipientes fixos
06
Aço Inoxidável
02
Prateleira
01
Vidro
01
Recipiente individual
01
Aço Inoxidável
N˚ Denominação
Quant.
Designer:
Tatiany Dutra Madeira da Costa
Data:
Material
13/11/2009
Projeto: Sistema refrigerado para exposição Revisão n˚:
de flores no ponto de vendas
Título:
Vista explodida
Escala:
1:20
Prancha:
2:6
A3
09
Grade interna dos recipientes
trava de fixação da grade
Detalhe C
Detalhe D
27cm
08
35cm
28cm
12cm -20˚
Detalhe C
A grade se encaixará ao recipiente e prenderá por trava de PVC parafusada no recipiente.
02
Trava
24
PVC
01
Grade
12
Aço inoxidável
Quant.
N˚ Denominação Designer:
Tatiany Dutra Madeira da Costa
Data:
Material
13/11/2009
Projeto: Sistema refrigerado para exposição Revisão n˚:
de flores no ponto de vendas
Título:
Vista explodida frente
Escala:
1:20
Prancha:
3:6
A3
Peça 01 fixada no gabinete por parafuso cabeça chata com Sextavado Interno: Aço Inoxidável - A2 / Dimensões - DIN7991 / Rosca - DIN13
01
02 03
04 05
Peça 02 fixada na peça 03 por Rebite de Repuxo: Aço Inoxidável A2 / Dimensões -3,2 X 6,4
Peça 04 fixada na peça 05 por Rebite de Repuxo: Aço Inoxidável A2 / Dimensões -3,2 X 6,4
06 Peça 06 fixada na peça 07 por 07 Rebite de Repuxo: Aço Inoxidável A2 / Dimensões -3,2 X 6,4
As peças 02 e 03, 04 e 05, após serem fixadas, serão parafusadas no gabinete por parafuso cabeça chata com Sextavado Interno: Aço Inoxidável - A2 / Dimensões - DIN7991 / Rosca - DIN13
07
Peça intermediária de fixação
01
Aço inoxidável
06
Recipiente fixo
01
Aço inoxidável
05
Peça intermediária de fixação
01
Aço Inoxidável
04
Recipiente fixo
01
Aço Inoxidável
03
Peça intermediária de fixação
01
Aço Inoxidável
02
Recipiente fixo
01
Aço Inoxidável
01
Mão Francesa
04
Aço Inoxidável
Quant.
N˚ Denominação Designer:
Tatiany Dutra Madeira da Costa
Data:
Material
13/11/2009
Projeto: Sistema refrigerado para exposição Revisão n˚:
de flores no ponto de vendas
Título:
Fixação das peças
Escala:
1:20
Prancha:
4:6
A3
Lateral
05
01 04
03
02
A peça 04 se fixará na peça 05 (vinco) por solda.
A peça 01 se fixará na peça 02, que se fixará na peça 03 (vinco) por parafuso maquina Aço Inoxidável A2 / Dimensões - DIN7991 / Rosca - DIN13
05
Gabinete
01 Aço Inoxidável
04
Lateral do gabinete
02 Aço Inoxidável
03
Revestimento com vinco
02
Aço Inoxidável
02
Borracha de vedação
02
Borracha SBR
01
Lateral do gabinete
02
Vidro
N˚
Denominação
Quant.
Designer:
Tatiany Dutra Madeira da Costa
Data:
Material
13/11/2009
Projeto: Sistema refrigerado para exposição Revisão n˚:
de flores no ponto de vendas
Título:
Vista explodida lateral
Escala:
1:20
Prancha:
5:6
A3
Borracha /Moldura/ Vidro
Detalhe A Moldura do vidro.
160
o1
Detalhe A o2
70
2
Detalhe B
o4 5,8
o5
4
6x
R=
2,8
Detalhe B Escala 1:4 Dobradiça
o3
05
Moldura
03
04
Porta
02
Vidro
03
Moldura
06
Alumínio
02
Dobradiça
01
Aço Inoxidável
01
Borracha de vedeção
01
Borracha SBR
N˚ Denominação
Alumínio
Quant.
Designer:
Tatiany Dutra Madeira da Costa
Data:
Material
13/11/2009
Projeto: Sistema refrigerado para exposição Revisão n˚:
de flores no ponto de vendas
Título:
Vista explodida das portas
Escala:
1:20
Prancha:
6:6
A3