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conexões do mercado suely temporal

conexões do mercado

SOBRE SUELY TEMPORAL Suely nasceu na Bahia. Mas seu coração vive dividido entre o frevo, o maracatu, o samba e o axé. É jornalista, empresária e apaixonada por comunicação. Empresária, presta assessoria e consultoria para grandes corporações nacionais e internacionais. Tem os pés no chão e a cabeça nas nuvens. Como boa aquariana, vive à frente do seu tempo, sempre pensando no amanhã porque o hoje já tem quem cuide.

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Suely Temporal Diretora - ATcom - Estratégia, Relacionamento e Conteúdo /agenciaatcom www.agenciaat.com 71 3271.7171 / 9 9918.9633

como nascem as notícias

No último dia 07 de abril comemoramos o dia do Jornalista, esse profissional que nem sempre é valorizado, nem sempre compreendido, mas que é muito necessário para a nossa sociedade. Como jornalista e cidadã, sonho com o dia em que todos possam compreender o valor que é ter imprensa livre e que saibam entender a diferença entre jornalistas e espalhadores de fake news e discurso de ódio. É triste perceber que muitas pessoas não entendem que a notícia não é uma coisa inventada na cabeça de um jornalista, mas uma construção que exige técnica, habilidade e conhecimento específico. A publicação de um jornal ou revista, seja impresso ou digital, exige planejamento, demanda tempo, habilidade, criatividade e talento. É diferente de uma postagem divulgada em uma lista de WhatsApp.

A notícia de qualidade requer apuração, checagem de fatos e fontes e obedecem a critérios chamados de “valor notícia”, definidos pelo sociólogo e pesquisador italiano Mauro Wolf como “os acontecimentos considerados suficientemente interessantes, significativos e relevantes para serem transformados em notícia”. Resumindo: são critérios que influenciam a seleção e o destaque de fatos como produto noticioso.

Mas, ao contrário do que o querido leitor pode supor,, o valor-notícia não é algo universal. Eles podem variar entre diferentes culturas, por isso é algo muito mais complexo do que pode supor a nossa vã filosofia.Sendo algo tão complexo, é fácil supor que tem sido algo de estudos de inúmeros teóricos e pesquisadores da comunicação como os dinamarqueses Johan Galtung e Mari Holmboe Ruge, por exemplo. Pessoas das quais a maioria dos cidadãos comuns jamais ouviu falar, mas que são estudados nas faculdades de Jornalismo. Por isso muitas vezes ainda me surpreendo quando alguém supõe que qualquer pessoa possa se passar por um jornalista apenas porque tem algo a dizer. Obviamente que todos tem o direito de se expressar livremente, desde que não quebre as regras da lei. Obviamente também qualquer pessoa pode ser jornalista, assim como qualquer pessoa pode ser médico, advogado, engenheiro, arquiteto etc., desde que estude e se prepare para isso. Afinal, ninguém entregaria sua casa para ser projetada por alguém não habilitado. Com a notícia ocorre da mesma forma.

Algum leitor que teve a paciência de chegar até esse ponto do texto pode se questio nar: uma casa mal projetada pode desabar e matar pessoas. Que mal pode fazer uma notícia mal construída ou mal apurada? Historicamente, milhares de pessoas inocentes já morreram ou tiveram suas vidas destruídas pela divulgação de notícias falsas. Porque as fake news sempre existiram, mas agora ganharam nova proporção e diariamente continuam matando e causando destruição de pessoas, empresas e instituições. Assim, quando forem se informar, observem a procedência da notícia. Não a procedência de quem a enviou, mas de quem a produziu. Valorizem a imprensa. Acreditem: ruim com ela, pior sem ela.

conexões@classcasamagazine | 29

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