JM Rural 24.12.2013

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Jornal da Manhã

Ijuí, 24 a 26 de dezembro de 2013

www.jmijui.com.br

Estresse calórico em vacas reduz produção de leite no verão Pág. 9

Garantia de produtividade também está aliada ao manejo intensivo de rebanho leiteiro em pastagens Pág. 8

Estufas galvanizadas Além de aumentar a durabilidade, opção disponibilizada pela Hortisul garante qualidade e moderniza o sistema de produção. Pág. 13

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Noctovi Nutriplanta desenvolve armadilha que interrompe o ciclo da Helicoverpa armigera. Pág. 11

Amigos da Terra Com a tecnologia à disposição de seu associado, cerealista está desde 1987 prestando serviços à comunidade regional. Pág. 5

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ARTIGO

Os perigos de uma defesa fitossanitária sem gestão Ultimamente ouvimos falar em novas pragas invadindo as lavouras brasileiras, um exemplo recente é o caso da Helicoverpa armigera. Uma praga que tem causado grandes prejuízos aos produtores de soja, algodão, milho, chegando até mesmo à pecuária. Quais seriam as razões? Muitos dizem que é o uso indevido de defensivos, outros afirmam ser a proibição de produtos que tinham efeito sobre essa praga, outros citam falta de manejo integrado, falta de produtos novos para controle, rotação de princípios ativos, bioterrorismo, falta de identificação dessa praga que, segundo relatos, já estava no Brasil há pelo menos dois anos. Podemos concordar com todos estes argumentos, ora corretos, ora com um pouco de exagero, mas o fato é que a nossa política para estes problemas está fragilizada, a exemplo da extensão rural. Nos falta, além de outros graves problemas como infraestrutura, uma política de gerenciamento de risco, saber o que fazer e como fazer, pois não temos somente esta praga. Temos outras até mesmo mais perigosas. O ponto é que resolvemos tomar uma ação, somente após o problema já estar presente e ter gerado prejuízos enormes. Foi assim no caso da ferrugem da soja, por força até mesmo da indústria, que buscou uma solução. Não há como esperar mais. Precisamos de um plano de gerenciamento, de gestão, de monitoramento e de competência. Há exemplos de sucesso fora do Brasil e por que não analisá-los e buscar soluções parecidas e efi-

Seu fartura

cazes? Basta querer, ter vontade política e ter liderança para que o produtor não fique à dura sorte, vendo sua lavoura ser dizimada por pragas, vendo seus recursos e seus trabalhos sendo consumidos por agentes indesejáveis.

Precisamos de um plano de gerenciamento, de gestão, de monitoramento e de competência. Basta querer, ter vontade política e ter liderança para que o produtor não fique à dura sorte, vendo sua lavoura ser dizimada por pragas Enfim, ser produtor no Brasil é um grande desafio. Além do clima, do mercado, das pragas já existentes, da escassez da mão de

obra, agora é preciso lidar com as novas pragas das quais pouco se conhece. Acredito que o melhor caminho seja a união e a pressão dos produtores através de suas representações junto ao governo e políticos. O velho ditado que prevaleça: “a esperança é ultima que morre”. Mãos à obra, ainda há muito o quê fazer. Certamente algo já está sendo feito, mas ainda é pouco efetivo, por isso é preciso lembrar que a união faz a força e o produtor já se deu conta disso. A Andefedu é a área da Andef(Associação Nacional de Defesa Vegetal) destinada à educação, que se dedica a planejar, organizar, inovar, desenvolver novas formas de educar e levar a responsabilidade socioambiental e as boas práticas agrícolas aos campos brasileiros. Sua missão é atingir, incentivar e ser referência ao empresário rural, a pesquisadores e à sociedade brasileira, por meio de métodos que formem multiplicadores da sustentabilidade, visando a uma agricultura forte e sustentável para o país. Para isso, a ANDEFedu produz há mais de 39 anos conhecimento técnico-científico e melhores recursos para adoção de boas práticas agrícolas na agricultura.

José Annes Marinho é engenheiro agrônomo e Gerente de Educação da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef).

EXPORTAÇÕES DE CARNE BOVINA DEVEM BATER RECORDE HISTÓRICO ESTE ANO De acordo com os dados do boletim Custos e Preços, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), as exportações brasileiras de carne bovina deverão atingir, em 2013, o recorde histórico de US$ 6,5 bilhões, superando as do ano passado. Neste ano, as vendas externas totalizam US$ 6,04 bilhões de janeiro a novembro, cifra que também supera os US$ 5,7 bilhões obtidos no mesmo período de 2012. Os principais países importadores da carne bovina brasileira, segundo levantamento feito pela CNA, foram Hong Kong, com 21,8% do total exportado pelo Brasil, Rússia (18,7%), Venezuela (11,9%), Egito (7,5%) e o Chile (6,1%).

CONSELHO ESTADUAL DE IRRIGAÇÃO ASSEGURA USO MÚLTIPLO DE ÁGUA NO ESTADO Foi instalado no dia 29 de novembro, durante cerimônia no Palácio Piratini, o Conselho Estadual de Irrigação. Ocorreu também a posse dos 19 membros que integram o Conselho Gestor da Política Estadual de Irrigação, composto por representantes de órgãos e entidades governamentais da esfera nacional, estadual, municipal, do agronegócio e pequenos agricultores. Através da iniciativa, o governo do Estado visa assegurar os usos múltiplos da água em quantidade e qualidade adequadas e ampliar o acesso à tecnologia para os diversos públicos, atividades e regiões. Com aproximadamente 1,2 milhão de hectares e um potencial de área mecanizável irrigável entre 2,3 a 6 milhões de hectares, o governo gaúcho pretende dobrar esta área.

PIB DO AGRONEGÓCIO FECHARÁ 2013 RECUPERADO E PUXADO PELO SEGMENTO PRIMÁRIO O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio deve fechar 2013 com alta de 3,56%, totalizando R$ 1 trilhão e recuperando-se da queda do ano passado, quando o setor teve retração de 1,57%. Este desempenho será puxado principalmente pelo segmento primário, que deve ter expansão de 6,5%, e pela recuperação das agroindústrias. O setor também deve ampliar sua participação no PIB brasileiro, de 22,51% em 2012, para 22,8% este ano. As projeções foram apresentadas no dia 11 de dezembro, pela presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, em entrevista coletiva sobre as perspectivas para 2014 e o balanço da agropecuária em 2013.

Getúlio

PLANO NACIONAL DE COMBATE À PESCA ILEGAL É LANÇADO PELO GOVERNO FEDERAL O governo Federal lançou, no início do mês de dezembro, o Plano Nacional de Combate à Pesca Ilegal. Serão R$ 20 milhões investidos e seis ministérios envolvidos: Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Pesca e Aquicultura; Meio Ambiente; Defesa; Justiça e Marinha do Brasil. Com o plano serão combatidas várias irregularidades na pesca, como a de arrasto, que é responsável por grande devastação biológica e até por conflitos na região Sul do País quando exercida ilegalmente. Os fiscais do Ministério da Agricultura ficarão encarregados de fazer a verificação documental dos pescados que entrarem no Serviço de Inspeção Federal (SIF). As pessoas que foram flagradas desrespeitando a legislação estarão sujeitas a multas, perda da licença de pesca, apresamento de embarcações e de produtos, entre outras penalidades. A pesca ilegal não declarada e não regulamentada, além de comprometer a qualidade e elevar os preços dos pescados, prejudica também o planejamento das políticas voltadas ao desenvolvimento do setor pesqueiro nacional e causa grande redução na fauna marinha em geral.

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Concessionárias de energia do RS avaliam de forma positiva os investimentos feitos na área rural As concessionárias de energia elétrica do Rio Grande do Sul estão avançando na melhoria da qualidade do abastecimento na zona rural do Estado, com investimentos superiores a R$ 1 bilhão feitos nos anos de 2012 e 2013. Essa foi uma das conclusões da reunião do Comitê de Planejamento Energético do RS (Copergs), realizada no dia 12 de dezembro, sob a coordenação da Secretaria de Infraestrutura e Logística (Seinfra), e que reuniu dirigentes e representantes das CEEE, AES Sul, RGE, Federação das Cooperativas de Eletrificação Rural, Agergs, entre outras entidades civis. O secretário adjunto da Seinfra, João Matos, fez a abertura do encontro, que contou com a apresentação do panorama de cada uma

das empresas de energia sobre a eletrificação rural. Conforme o detalhamento feito pelas empresas, houve a construção e ampliação de um conjunto de subestações e novas linhas de transmissão em todas as regiões do Estado, além de um intenso programa de reforma das redes que levam energia às famílias que moram e produzem no campo. “Essa nova conjuntura é um dos fatores que refletem o resultado positivo do Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul, que registrou um crescimento de 3,6% no terceiro trimestre de 2013, na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, segundo a Fundação de Economia e Estatística (FEE)”, afirmou o engenheiro Alexandre Stolte, diretor geral da Sein-

fra, que coordenou a reunião realizada no Centro Administrativo do Estado. O presidente do Grupo CEEE, Gerson Carrion, lembrou que o Programa Luz Para Todos está completando 10 anos. “Agora, outros investimentos estão em andamento para garantir mais qualidade a esta população, que é consumidora de energia há menos de uma década”, afirmou, ressaltando o compromisso assumido pelas concessionárias. O diretor geral da Seinfra anunciou, ainda, que o governo do Estado já formatou um novo programa que objetiva ampliar a qualidade da energia na área rural, a partir de uma pesquisa feita para definir o mercado e as prioridades produtivas das pessoas desse meio. O grupo gestor

do programa envolverá governo do Estado, concessionárias de energia e entidades representativas do setor rural. A Seinfra está finalizando o

O adjunto da Seinfra, o diretor da pasta e o presidente da CEEE abriram a reunião

Médicos veterinários contam com portal exclusivo para qualificação A Saúde Animal da Bayer HealthCare acaba de lançar o Bayer Vet (www.bayervet.com.br) seu novo portal de relacionamento com médicos veterinários e estudantes da área. O Bayer Vet possui funcionalidades que visam atualizar e facilitar o dia a dia dos profissionais especializados em saúde animal, por meio de ferramentas e conteúdos exclusivos como tabelas de referências, dicas de publicações científicas, informações sobre as linhas de produtos da empresa, artigos focados na gestão de carreira, agenda de eventos e dados importantes sobre o universo médico veterinário. “Sabemos que os veterinários têm uma rotina agitada e sobra pouco tempo para buscar informação. Então, nossa proposta

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foi reunir temas e ferramentas muito relevantes para o desenvolvimento desses profissionais em uma única plataforma”, afirma Roberta Paiva, responsável pela comunicação digital da área de Animais de Companhia da Saúde Animal da Bayer HealthCare. O site traz links como “Guia de exames”, “Tabela de referência de doses”, “Tabela de doses de emergência” e “Valores hematológicos de referência”, são guias auxiliares para serem usados pelos profissionais em seus consultórios. O portal Bayer Vet também oferece informativos em “Gestão de Carreiras”, uma seção específica que reúne desde dicas importantes para organizar o consultório a temas relacionados ao desenvol-

plano de ação e acelerando a captação dos recursos, a fim de que no início de 2014 o programa possa ser implementado.

vimento pessoal como a construção de credibilidade, motivação e qualidade de vida, entre outros. Um bom profissional também precisa estar atento aos congressos e cursos da área veterinária, por isso, o link “Agenda” traz uma seleção com as datas e locais de realização dos principais eventos do Brasil e do mundo. Os veterinários que desejarem adquirir produtos da Bayer ou buscar por uma consultoria sobre as linhas do portfólio da empresa na área de Animais de Companhia, Aves e Suínos e Bovinos, podem consultar no site, na seção “Onde comprar”, qual o distribuidor mais próximo ao seu endereço. Acesse o link e conheça o novo site: www.bayervet.com.br.

Cesb registra 600 áreas inscritas no lançamento do Desafio de Produtividade As inscrições para o Desafio Nacional de Máxima Produtividade da Soja - Safra 2013/2014, promovido pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), já ultrapassaram a marca de cerca de 600 áreas inscritas, espalhadas por 17 Estados e 202 munícipios brasileiros, nos três primeiros meses após a abertura das inscrições. Com grande colaboração dos patrocinadores e de alguns parceiros, o Desafio, que já se consagrou como uma das maiores referências nacionais de estímulo à produtividade da soja, teve um aumento significativo no número de inscrições em relação ao mesmo período do ano passado. Agricultores de todas as regiões do País já se inscreveram na competição, que pela primeira vez terá uma meta para os participantes alcançarem: 115 sacas/hectare, a fim de superar o recorde de produtividade de soja da premiação. Para participar, os produtores e técnicos devem se inscrever pelo site www.cesbrasil.org.br até o dia 15 de janeiro de 2014 e preencher todas as fichas solicitadas.

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Dessecadora elétrica é eficiente no controle de ervas daninhas e não agride meio ambiente Agricultores, técnicos, extensionistas da Emater/RS-Ascar e lideranças de diferentes pontos do Noroeste gaúcho conferiram no dia 20 de dezembro a demonstração da máquina dessecadora elétrica em uma área onde deve ser cultivada soja, em Rolador Alto, interior de Santo Cristo. A novidade chama a atenção pela eficiência no controle de ervas daninhas e por não agredir o meio ambiente, sendo desnecessário o uso de herbicidas. Com o uso da energia do próprio trator, a descarga elétrica da máquina Eletroherb

interrompe a continuidade do processo de fotossíntese e, mesmo havendo períodos chuvosos, a planta daninha não terá condições de se recuperar. A máquina, que extermina todos os tipos de plantas invasoras, pode ser utilizada antes da implantação da cultura sem os eventuais riscos de contaminação oferecidos pelos herbicidas. Para a aquisição da máquina e do trator, foram investidos R$ 357 mil, oriundos do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), com contrapartida da prefeitura de Santo

Cristo. Entretanto, ela pode ser utilizada pelos demais municípios da região que tiverem interesse, sendo necessário contatar com a Unicooper, central de cooperativas da agricultura familiar que irá administrar seu uso. O equipamento com 4,2 metros de largura é aliado no contexto de produção de base agroecológica, com alimentos mais saudáveis, livres de agrotóxicos. Neste sentido, os produtores orgânicos terão prioridade no uso da máquina, entretanto, o equipamento pode ser aproveitado também

por agricultores com produção convencional que pretendam diminuir o uso de agrotóxicos.

John Deere vence Prêmio TopList Rural 2013 nas categorias plantadeiras e colheitadeiras

Guilherme Sierra, gerente de Comunicação da John Deere recebeu o prêmio

No dia 18 de dezembro, 114 pessoas físicas investiram no potencial do Agronegócio brasileiro e – de quebra – contarão com ganhos acima dos títulos de renda fixa, disponíveis no mercado, e isenção de Imposto de Renda sobre os rendimentos. Estes investidores adquiriram os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), com lastro em recebíveis da Cheminova, fornecedora global de defensivos agrícolas, emitidos pela Octante Securitizadora e com o Banco Votorantim como coordenador líder. O encerramento contou com um fundo como investidor. A oferta captou um montante de R$ 64.745.400,19, distribuídos em Cotas Sêniores e Meza-

nino. O CRA Sênior obteve classificação de risco brAAA, pela Standard & Poor’s. O vencimento dos títulos ocorrerá em 31 de julho de 2015 e a taxa de remuneração do CRA Sênior, definida em processo de bookbuilding, ficou no piso, com 11,03% ao ano. Esta é a 5ª emissão de CRAs realizada pela Octante que, em agosto de 2012, realizou a primeira emissão pública de CRA do mercado brasileiro totalmente voltada para investidores pessoas físicas. “O nível constante de emissões mostra um cenário de interesse continuado por papéis do Agronegócio, que tenham prazos adequados e boa classificação de risco”, analisa Martha de Sá, sócia-fundadora da Octante.

Máquinas beneficiarão mais de 200 mil pessoas na zona rural Uma cerimônia com a presença de cem prefeitos do Estado ocorreu no dia 21 de dezembro, no município de Passo Fundo, para a entrega de 50 caminhões-caçamba e 50 motoniveladoras do Programa de Aceleração do Crescimento, do governo federal. O investimento, superior a R$ 32,5 milhões, beneficiará mais de 200 mil pessoas que vivem e trabalham na zona rural do Rio Grande do Sul, sendo quase 61 mil famílias de agricultores familiares. A entrega foi feita pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e pelo secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan, que

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representou o governo do Estado no ato. Os municípios atendidos, todos com menos de 50 mil habitantes, se concentram na região Nordeste do Estado, onde a produção agrícola é basicamente familiar. As máquinas servirão para manutenção contínua das estradas e escoamento da produção. De acordo com o secretário Ivar Pavan, a produtividade de grãos atualmente é de 180 milhões de toneladas, o dobro de alguns anos atrás. Além disso, segundo ele, a produção de leite, em muitos dos municípios contemplados pelos equipamentos, é muito grande, havendo a tendência de crescer ainda mais.

A História Das Sementes Auri Braga Historiador e Técnico em Agricultura

Para onde a pesquisa mundial na área de produção de Sementes vai se direcionar nos próximos anos? Eis a questão. Se fosse fácil produzir sementes resistentes à seca, com certeza já estaria disponível no mercado. Afinal das contas, se perde de 20% a 30% da produção mundial de grão, em função da falta de chuva nos momentos críticos das culturas, e também seriam economizados bilhões em sistemas de irrigação. Agora não podemos negar que a pesquisa já fez milagre na produção de alimentos no mundo. Ela é responsável pelo aumento de praticamente todo alimento que a humanidade consome. Primeiro no processo de hibridação que definiu a cultura do milho como marco mais importante do mundo está o aumento do consumo em todos os continentes. Nesta linha de híbridos também surgiu o sorgo em menor escala, porém muito consumido nos países africanos. Recentemente, a pesquisa produziu as sementes transgênicas causando enorme discussão em todo mundo em função de um gene introduzido na semente que transforma a planta resistente a certos herbicidas. Existem paises na Europa que têm restrições ao uso dessas sementes, exigindo das empresas produtoras e dos governos mais garantias de que os alimentos não venham futuramente causar algum problema de saúde. Nesta área da transgenia, ainda vai rolar muita água por baixo da ponte. Nas próximas colunas abordaremos outros temas.

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RS bate recorde e assume primeiro lugar na produção de trigo no País em 2014

Produção de trigo em 2013 superou 2011, que também foi recorde, passando de 2,9 milhões de toneladas no Estado

Com preço em alta (27% superior à média histórica), o trigo terá a maior produção já alcançada no RS. Depois de um período de preocupação, tendo em vista as condições meteorológicas, principalmente durante as fases de floração e enchimentos de grãos, as produtividades médias obtidas passaram de 2.623 kg/ha para 2.822 kg/ ha. Com isso, a produção total da safra de trigo 2013 será de 2,914 milhões de toneladas. Os dados foram apresentados em coletiva pela Emater/RSAscar e Embrapa Trigo. Para o secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Ivar Pavan, a safra recorde é resultado de um grande investimento feito pelos órgãos de pesquisa em melhoramento genético, pelo governo do Estado em assistência técnica executada pela

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Emater/RS-Ascar, e pelos produtores na retomada da produção. “Temos um potencial enorme para dobrar a nossa produção em pouco tempo, principalmente, porque os produtores já têm os equipamentos, a área de inverno tem uma grande parte ociosa que pode ser usada com o trigo, e por se tratar de um grão que utiliza em grande parte os insumos da lavoura da soja. Além disso, temos o incentivo financeiro para fazer o produtor investir mais na produção”, avalia o secretário. Já o diretor técnico da Emater/RS, Gervásio Paulus, lembrou que o Brasil ainda é importador do produto, embora o Estado já seja autossuficiente na cultura. ”O trigo tem melhorado bastante, principalmente o grão para a panificação. Isso fez com que tivéssemos uma

ótima safra e temos condições de ser melhor ainda”, comemora Paulus. Os três Estados do Sul (RS, SC e PR) são responsáveis por 95% da produção nacional devido à localização - uma região mais fria e mais favorável à cultura do trigo -, mas que consomem somente 20% da produção brasileira. A produção excedente, conforme o chefe geral da Embrapa Trigo, Sérgio Dotto, vai para outras regiões do País. A produção de trigo 2013 superou a de 2011, que também foi recorde, quando foram colhidas 2,745 milhões de toneladas, segundo o IBGE. De acordo com os dados coletados em 288 municípios, em todas as regiões administrativas da Emater/RS-Ascar, houve aumento nas produtividades entre os levantamentos coletados durante a safra.

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Cerealista Amigos da Terra: desde 1987 a serviço do produtor Em julho de 1987, um grupo de produtores de Ajuricaba, preocupado com o nível elevado de erosão das áreas agrícolas reuniu-se e fundaram o Clube Amigos da Terra. O grupo de produtores tinha como objetivo, buscar novas tecnologias, visando a conservação dos solos e aumento de produtividade. Foram muitas palestras com pesquisadores e dias de campo no município de Ajuricaba e nos municípios vizinhos, sempre buscando novas informações, em vários Clubes Amigos da Terra do Estado. No início era um grupo pequeno, cerca de 20 produtores, aos poucos foram efetuando a tecnologia do plantio direto na palha. Inicialmente eram poucas áreas, mas aos poucos, vários outros produtores começaram a adotar a tecnologia. O grupo foi crescendo e o Clube Amigos da Terra já tinha cerca de 80 pessoas. Com o avanço da tecnologia, foram-se aprofundando dentro das várias etapas do plantio direto: máquinas adaptadas ao plantio, dessecantes e herbicidas, fertilidade do solo, aplicação de produtos e rotação de culturas. Passou-se, então, aos estudos para a formação de uma nova empresa. Foi dado

um prazo para os cerca de 80 participantes entrarem de sócios no novo empreendimento. Destes, 45 pessoas aderiram à ideia e fundaram o Condomínio Rural Amigos da Terra. Cada um com certo número de cotas ou ações, conforme sua possibilidade ou número de ha. Alguns produtores chegaram a colocar toda a sua área, inclusive de mata nativa, tal a vontade de fortificar o grupo e adesão à ideia. Chegou-se a um total de 1421 cotas. Em 2003 a empresa passou a se chamar Cerealista Amigos da Terra Ltda. A Cerealista Amigos da Terra Ltda trabalha com as culturas de soja, milho, trigo, azevém, aveia branca, aveia preta, cevada, triticale, centeio, canola e girassol. Comercializa sementes fiscalizadas de soja, trigo, aveia preta, aveia branca e azevém. Atua também no processo de tratamento de sementes com equipagem industrial, está na área de prestação de serviços com a pulverização de lavouras utilizando um equipamento de grande porte. Toda essa tecnologia está à disposição de seus associados e também não associados da empresa. Atualmente conta com 58 associados, apresenta como sócio gerente o agrônomo Edelar Jose Colato.

Cerealista Amigos da Terra está localizada na ERS 514 KM 12 sala A, em Ajuricaba

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AAI está em reformas para adequação à nova legislação Com mais de 40 anos de atividades, a Associação de Apicultores de Ijuí (AAI) encontrava-se parcialmente desativada por sua estrutura estar precária, e sem condições de realizar a extração do mel com a devida higiene. Após alguns encontros com o Executivo municipal, direção do Imeab, sócios da Associação de Apicultores e Grupo de Pesquisadores Religiosos e outras entidades foi definido que para que a associação se enquadrasse nas normas técnicas vigentes para extração e envase de mel nas suas dependências, seria necessário a execução de uma reforma. Com a adequação de sua estrutura física, o objetivo de obter a legalização do mel e outros produtos das abelhas no município através do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) poderá ser alcançado. Entidades e pessoas foram motivadas pela necessidade de dar continuidade aos estudos mantidos por padres e pastores que envelheceram e criaram dois estudiosos que detêm um certo conhecimento sobre o

Victor Kronenberger é Técnico Agrícola especializado em Apicultura

A reforma da Associação tem previsão de término para os próximos meses

assunto referente a abelhas e sua flora medicinal onde é extraída a matéria-prima. Hoje, a Psicoembriologia e a psicologia de stress, depressão, angústia, sentimento de culpa nas abelhas, a partir das quais se baseiam estudos da relação Abelha X Humano que servem para entender doenças psicológicas, biológicas e herdadas de uma geração para a

outra nos seres humanos, daí a importância dos investimentos em pesquisa do mel. Com o apoio do Executivo municipal, Secretaria de Municipal de Educação, direção do Imeab e do professor de apicultura Sérgio Burmann, juntamente com o Grupo de Pesquisadores Religiosos, assumiram a responsabilidade de reformar a Associção de Apicultores

para adequá-la às normas sanitárias, onde alunos de colégios podem realizar estágio com ambiente em condições adequadas para o aprendizado. A Associação de apicultores contará com sala de extração, sala de envase, depósito, banheiro feminino e masculino e escritório. As obras têm previsão de conclusão para o início de 2014.

Composteiras ideais para espaços pequenos Você já ouviu falar em vermicompostagem? É a transformação dos restos da sua cozinha em adubo realizado por minhocas. A prática permite, além de reciclar o lixo orgânico, aumentar a qualidade do solo, dando-lhe mais resistência à compactação e à erosão. O equilíbrio entre materiais úmidos e secos garante uma boa decomposição, mantendo moscas, baratas e ratos a distância. Compostagem é o processo de decomposição da matéria orgânica, voltado para a produção de terra adubada. A técnica pode ser considerada uma das soluções para a redução da quantidade de lixo nas grandes cidades, pois é barata, fácil e acessível a quase todas as pessoas. Composteira é um recipiente pequeno, furado em sua parte de baixo e tampado, onde se pode fazer a compostagem em locais com pouco espaço. Ela pode ter diversas formas e tamanhos. Se bem feita, não atrai insetos e não solta mau cheiro, sendo a solução ideal de reciclagem da matéria orgânica. A caixa deve ser colocada em um canto ventilado da casa. Ah, coloque algumas folhas de jornal em baixo da composteira. Isso evita que ela grude no chão por conta da umidade. Você também pode acrescentar uma fina camada de terra seca no fundo.

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Mel no currículo

A apicultura em Ijuí tem mais de 100 anos de atividades e desde 1890 na primeira bandeira do município contém abelhas e uma colmeia. A estrutura social trabalhista de Ijuí era organizada semelhante a uma colmeia de abelhas, nessa época o município centralizava o desenvolvimento regional, sendo uma colônia de imigrantes vindos de outros países, o pastor itinerante Miguel Haettinger a pedido do governo do Estado, recebeu a tarefa de organizar todas as colônias do Estado que recebiam imigrantes, inclusive o município de Ijuí. Este fato histórico, junto com a necessidade de produção e aumento da produção de grãos, frutas e hortaliças e qualidade de pastagens, melhoram a qualidade e aumentam a produção através da polinização das abelhas. O estudo referente ao aumento da produção já é realizado no município desde o ano de 1986, sendo que nessa época pequenas áreas foram cercadas na Colza e posterior na Canola para estudar a influência das abelhas no processo de polinização. Neste último inverno pequenas áreas cercadas pelo estudante do Curso Técnico em Agropecuária Vitor Piccoli Kronenberger, o qual realizou estágio na Associação de Apicultores de Ijuí-AAI, acompanhou os estudos do Grupo de Pesquisadores Religiosos e constatou que as áreas que foram cercadas e evitando o contato das abelhas polinizadoras com as flores da Canola, as vagens deixaram de desenvolver os grãos em cerca de 15 % , sendo que 8 % ficou deficiente contendo 2 ou 4 sementes e os outros 77 % das vagens continhas grãos com irregularidade no tamanho. Neste ano de 2013, o Instituto Municipal de Ensino Assis Brasil (Imeab), a Secretaria de Educação, juntamente com a direção incluiu no Curso Técnico em Agropecuária a matéria de Apicultura ministrada pelo professor Sergio Burmann, o qual teve duas turmas de alunos com 24 horas aula, sendo 20 horas de teoria 4 horas de aula prática para cada turma. As aulas praticas foram realizadas na Associação de Apicultores de Ijuí (AAI), sendo Aldair Cossetin o atual presidente, na qual os alunos tiveram a oportunidade de conhecer tipos de colmeias, vestimenta apícola, diferentes manejos, equipamentos para extração de mel entre outros. Foram apresentados conceitos básicos da atividade. Em 2014 a matéria será oferecida novamente pelo Colégio Imeab no Curso Técnico e os alunos poderão realizar novamente as aulas práticas, bem como estágio na Associação de Apicultores de Ijuí, a qual já terá passado por reformas de adequação à legislação vigente, proporcionando assim melhores condições para o aprendizado dos alunos.

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Uso de fertilizante corretivo na linha de semeadura é lançado na cultura da soja A fertilidade adequada do solo é um item básico para quem busca um aumento na produtividade. As plantas extraem grandes quantidades de nutrientes do solo e este é cada vez mais exigido, tornando-se menos fértil. É de conhecimento básico de que as raízes das plantas não se desenvolvem adequadamente em solos muito ácidos, contendo excesso de alumínio ou teores muito baixo de cálcio. Nestas áreas, tornase muito interessante o uso de corretivos e nutrientes, que permitam adequar o ambiente e suprir as exigências das plantas, bem como interferir na manutenção da qualidade do solo. O surgimento de novos produtos no mercado, contendo principalmente misturas de corretivos e fertilizantes e em algumas vezes, sem a devida comprovação da pesquisa oficial, deixa os agricultores à mercê das indústrias. Isso possibilita que novos produtos sejam colocados no mercado, aumentando os custos de produção, sem uma garantia real de efici-

ência. Neste sentido, o trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho de um fertilizante corretivo granulado à base de sulfato de cálcio, carbonato de cálcio e magnésio e octaborato de sódio na cultura da soja. O estudo foi conduzido no campo experimental da Cotrijui, em Ijui na safra soja 2011/2012, sendo avaliados três tratamentos: 1) Tratamento 1 (T1) 200 kg ha de Fertilizante corretivo , e 250 kg ha de fertilizante 0220-20 misturados e colocados na linha de plantio; 2) Tratamento 2 (T2) testemunha sem Fertilizante corretivo e somente 250 kg ha de fertilizante 02-20-20 colocados na linha de plantio; 3) Tratamento 3 (T3) 200 kg ha de Fertilizante corretivo colocados a lanço em área total mais 250 kg ha de fertilizante 02-20-20 na linha de plantio. O fertilizante corretivo usado é uma mistura de gesso agrícola e calcário tipo filler,composto por cálcio 17,1 %, Magnésio 3,2 %, Enxofre 9,8 % e Boro 0,1 %.

Confira na tabela dados referentes à produção de grãos e resultados econômicos,

porém também foram avaliados rendimento de grãos, massa de mil grãos, rendimento

biológico de palha, valores estes que poderão ser consultados com o autor:

Tabela 1. Resultado comparativo das produções de soja e ganho econômicos dos tratamentos usados. Ijuí, 2013

Valor da tonelada do Fertilizante corretivo R$ 480 Valor da saca de soja de 60 kg R$ 65

• Os resultados obtidos no experimento permitem concluir que: • O maior rendimento de grãos foi obtido pelo tratamento com o uso de fertilizante corretivo granulado colocado na linha de plantio que produziu 3.762 kg/há em comparaçãocom o uso de fertilizante corretivo granulado a lanço em

área total, que produziu 3.611,3 kg/ha. • O melhor resultado econômico foi obtido no tratamento com o uso de fertilizante corretivo granulado misturado e colocado na linha de plantio com um ganho de R$ 375,05/há; mesmo nãohavendo diferença estatística pelo teste de variância e comparação de

médias entre os tratamentos; • O uso desta tecnologia é tecnicamente recomendável e economicamente viável. Paulo Renato Gieseler é engenheiro agrônomo do Departamento Técnico da Cotrijui - Unidade Ijuí. Contato: geiseiler@cotrijui.coop.br.

Resultado parcial da vacinação contra a aftosa aponta mais de 90% de cobertura no RS na segunda etapa Encerrada no final de novembro, a segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa já atingiu, em números parciais, 91% de cobertura de bovinos e bubalinos de até dois anos de idade. A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) contabiliza a imunização de 4,5 milhões de animais de total de cerca de cinco milhões de cabeças. O resultado final será divulgado até o dia 2 de janeiro. Na primeira etapa, ocorrida no mês de maio, quando deveriam ter sido vacinados todos os bovídeos, o índice chegou a 97,7% dos 14 milhões existentes no Estado. A Seapa investiu R$ 11 milhões na compra de oito milhões de doses da vacina en-

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tre as duas etapas. Elas foram distribuídas gratuitamente a produtores que se enquadram nos critérios do Pronaf e da Pecuária Familiar e tenham até cem animais na propriedade. Mais de mil profissionais da Seapa das coordenadorias regionais envolveram-se na campanha. Os técnicos contaram com a parceria de sindicatos rurais e, em alguns municípios, com grupos de voluntários que fazem mutirões de vacinação. Pecuaristas que adquiriram vacinas em agropecuárias ou que receberam do Estado e não informaram às inspetorias estão sujeitos a notificações e autuações. Além disso, a não comunicação faz com que o rebanho apareça no sistema sem vacinação.

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Alta produtividade de leite depende da produção de pasto de qualidade o ano todo

Wagner Beskow é pesquisador, consultor e sócio-diretor da Transpondo Pesquisa, Treinamento e Consultoria Agropecuária Ltda. sediada em Cruz Alta.

O segredo para se atingir alta produtividade de leite num sistema intensivo de baixo custo é dominar o conhecimento do manejo do rebanho em pastagens de alta qualidade e produtividade. Esse conhecimento não faz parte de nossa cultura portuguesa, espanhola, alemã ou italiana. É uma ciência desenvolvida pelos povos britânicos e expandida na Nova Zelândia e Austrália. Por deficiência nossa acabamos apostando na produção de silagem de milho como base alimentar, que é de alto custo, trabalhosa de preparar e servir e precisa ser complementada com ração (concentrado) de alto teor protéico, que é a fração mais cara do concentrado. O Sistema Intensivo a Pasto com Suplementação (Sips), desenvolvido pelo pesquisador Wagner Beskow, ao longo dos últimos 21 anos, permite médias de rebanho acima de 30 litros de leite/ vaca/dia, quando hoje predominam 10-12 litros e mais de 20 mil litros/hectare/ano, quando a média geral gaúcha gira em torno de 5 mil litros.

Como atingir alta produtividade de leite num sistema intensivo de baixo custo? É necessário aprender a produzir pasto de qualidade todo o ano e a manejá-lo de forma que a vaca consuma o máximo de folhas verdes (apenas folhas) dia e noite. As deficiências de pasto, e apenas as deficiências, são supridas com silagem que passa a ser usada como elemento controlador da oferta de pasto (visão que era desconhecida no Brasil). A ra-

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ção é agregada para se atingir produtividade além da máxima permitida pelo pasto, jamais substituindo pasto por ração. Esses são os segredos de altos resultados físicos com grandes margens financeiras. Qual a alimentação ideal para que rebanho alcance uma alta produtividade de leite? Como regra geral, volumoso de alta qualidade todo o ano complementado com concen-

trado que supra deficiências deste, seja em energia ou proteína. O volumoso mais barato e fácil de entregar à vaca é o pasto colhido por ela, mas que para ser consumido com qualidade, constância e na quantidade certa necessita (...) aprender a produzir pasto de qualidade todo o ano e a manejá-lo de forma que a vaca consuma o máximo de folhas verdes (apenas folhas) dia e noite.

fornecedor de insumos, fornecedor de serviços, transportador, indústria, atacadista, varejista, consumidor e órgãos de inspeção sanitária. Felizmente isso vem mudando. As partes começam a se dar conta de que o sucesso de cada um depende da boa atuação e sucesso de todos os outros componentes da cadeia produtiva.

Qual a alimentação ideal para as vacas?

As pessoas e a forma como elas fazem as coisas. Até eu propor isso, se apontava para a falta de genética mais produtiva como fator preponderante, inclusive como programa de Estado. Tenho demonstrado, e muitos outros trabalhos têm confirmado, que já temos genética para o dobro de leite no campo. Falta genética para outros aspectos do rebanho (longevidade da vaca, sólidos no leite, sanidade de úbere, eficiência reprodutiva etc.), mas não para volume de leite. Prova disso é que basta se fazer os ajustes certo em manejo alimentar do rebanho e obtém-se saltos em produtividades de imediato e nunca vistos (20% em poucos dias e até 100% mais leite prorvaca em 7 meses).

A vaca é um ruminante, o que significa que ela necessita de alimento fibroso (celulose das plantas). Pasto verde de alta qualidade, manejado corretamente com os animais, produz muito leite, mas impõe um limite de cerca de 17 litros por vaca. Para ir-se além desse patamar só é possível fornecendo ração. Feito desta forma, o processo é lucrativo, mas a realidade é que o produtor peca na produção e manejo do pasto, recorrendo ao concentrado para cobrir erros com o volumoso, e isso custa caro.

Qual o principal gargalo na produção de leite brasileira?

Muito se fala em uma desorganização na cadeia produtiva do leite no Estado. Por que tu acreditas que o RS demorou tanto para prestar mais atenção ao produtor de leite?

Quais os fatores que limitam o impacto transformador da ciência no meio rural, com ênfase na produção de leite?

Pelo protecionismo de nosso mercado interno, pela cultura que havia do leite como subsistência (não como negócio), mas principalmente por falta de uma visão sistêmica dos vários elos. Historicamente, um tem tentado ludibriar o outro na busca de aumentar suas margens, e se esquecendo que não há negócio leite sem a perfeita integração entre vaca, produtor,

Este é um ponto que tenho levado à discussão no meio acadêmico. Infelizmente, a geração de conhecimento formal e científico nas universidades se afastou demais dos problemas do campo e, nas últimas duas décadas, os órgãos de assistência técnica e extensão rural que faziam a ligação entre estes perderam prioridade, recursos e, em alguns Estados

brasileiros, inclusive sua própria identidade. Não é um fenômeno registrado apenas no Brasil, mas temos que reverter isso. Se valoriza o pesquisador por artigos publicados em revistas científicas internacionais e pouco se sabe de seu impacto na solução dos problemas que hoje entravam o avanço do campo. Há, hoje, uma grande oportunidade para novos profissionais preencherem essa lacuna de forma independente e com qualidade, pois não creio que o Estado (no sentido de governos) voltará a dar conta da demanda que temos por assistência ao produtor. Como vendedores e produtores devem se postar num mercado tão competitivo para ambos saírem ganhando? O vendedor tem que encarar o produtor como “a galinha dos ovos de ouro”. Se sua prática prejudicar a galinha, ele próprio perde. O produtor rural é a base da cadeia produtiva do leite. Todos os demais elos apenas transformam o que ele produziu. Qualquer política institucional, seja privada ou pública, que não foque no ganho ao produtor de leite em primeiro lugar está fadada a fomentar o insucesso do todo. Um fenômeno que tem resultado do esquecimento deste princípio é o grave e irresponsável endividamento de produtores, estimulado por quem deveria proteger e garantir seu sucesso. Visões imediatistas levam ao estabelecimento de metas de vendas desproporcionais a necessidade do produtor que acaba aumentando custos sem respostas satisfatórias em produtividade, que por sua vez significa prejuízo ao produtor. Todos devem parar e refletir.

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Estresse calórico afeta produção de rebanho O calor traz mal-estar a todos, exigindo mais cuidados com a pele e aumento no consumo de água. Com os animais não é diferente. E o gado de leite, principalmente da raça holandês, sofre bastante com o calor, refletindo em estresse calórico no gado de leite. Voltado para a lucratividade, o produtor preocupa-se com a nutrição, reprodução, sanidade e qualidade da mão de obra, mas não pode deixar de lado o fornecimento de água potável ao rebanho. Estudos demonstram que para cada litro de leite produzido, a vaca precisa beber de 2 a 4 litros de água potável, por isso é preciso garantir acesso do rebanho ao líquido em quantidade e

qualidade satisfatórias. Vacas leiteiras de origem europeia, principalmente a holandesa são extremamente sensíveis ao estresse calórico, impactando na economia que reverte ao produtor, porque não significa apenas queda na produtividade e qualidade do leite, o aumento de células somáticas, mas também problemas relacionados à saúde. A severidade do estresse calórico está ligado tanto com as altas temperaturas quanto à umidade do ambiente. O conforto térmico dos bovinos está entre 13ºC a 25ºC. Acima desta máxima, as vacas sofrerão estresse calórico e como consequência, o estado sanitário e desempenho produtivo dos animais serão afetados.

Sombra de qualidade e água limpa e fresca deve ser provida constantemente aos rebanhos

Os bovinos mantêm seu balanço termal e termperatura corporal através da dispersão calórica que ocorre pela evaporação, aumentando o fluxo sanguíneo subcutâneo, ofegação, salivação, etc, e/ou através da limitação de produção calórica, ao reduzir as atividades e mudando o padrão de alimentação. Para prevenir os efeitos do estresse calórico, é essencial que se mantenha os animais

confortáveis e em locais frescos. Sombra de qualidade e água limpa e fresca deve ser provida constantemente. Em propriedades maiores, em free stall, podem ser utilizados ventiladores e aspersores. Os bebedouros devem ser limpos uma vez por semana, levando em consideração que os animais devem consumir água que pode ser consumida por humanos, do

contrário, não devem ingerir. O estresse calórico está relacionado ao manejo na propriedade, porque não existe uma regra padrão para as propriedades. Assim, fica a cargo de cada produtor uma análise crítica da sua situação em particular, principalmente dos recursos que estão disponíveis e, então adotar as medidas necessárias em conjunto com o técnico responsável.

Sistemas de nebulização mantêm temperatura de bovinos Os animais se sentem melhor e comem melhor devido ao efeito de resfriamento da nebulização. As vacas produzem mais leite (8%), e este contém muito mais proteína e gordura. Os benefícios refletem no aumento da produção, resfriamento, tratamento de poeira, tratamento de odores (amônia), desinfecção e tratamento antiinsetos, imersão, adição de produtos e substâncias e extensão do sistema de prevenção de in-

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cêndios. As microparticulas de água pulverizadas no ar permitem o controle da temperatura e umidade do ambiente. O sistema de nebulização de alta pressão pode ser desenhado para galpões de criação de aves, galpões de criação de suínos, galpões de confinamento de bovinos, prédios industriais, fábricas de ração, pavilhões de feiras, ambientes externos e estufas para floricultura.

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Novas redes trifásicas atendem demandas de produtores

Defesa vegetal fortalecida

Investimentos em redes permitem a melhoria na qualidade de energia para associados produtores rurais, garantindo tranquilidade na execução de suas tarefas diárias e a implantação de novos sistemas de irrigação Luiz Fernando Mainardi Secretário de Agricultura Pecuária e Agronegócios

Nova rede trifásica vai garantir energia de qualidade para as demandas de produtores dos municípios de Augusto Pestana e Jóia

A Ceriluz realizou investimentos na construção de novas redes em vários municípios da sua área de ação. Dois sistemas de distribuição vão beneficiar associados dos municípios de Jóia e Augusto Pestana. Na comunidade de Cambará e arredores já está concluído o trabalho de recondutoramento, ou seja, ampliação da capacidade dos cabos e complementação de fases, passando de monofásica para trifásica. Segundo o coordenador do setor de construção e manutenção de redes, Rúbio Basso, o objetivo é reforçar o fornecimento evitando interrupções de energia. “Como havia só uma fase, tinha o risco de sobrecarga quando ocorria uma grande demanda por parte dos equipamentos dos associados, e assim, chance para quedas de energia”, explica ele. Conforme o Centro de Operação da Distribuição (COD) esta rede - que utilizou de 6,6 mil kg de cabos e mais de 130 postes atende a 260 famílias que agora terão mais segurança em utilizar sua energia, especialmente nos horários de pico. Outra rede ainda está em construção e os trabalhos devem se estender até o mês de fevereiro de 2014. Localizada em Marmeleiro, Augusto Pestana, vai melhorar a energia para 190 famílias associadas, também passando de monofásica para trifásica. A previsão é que até o final de sua construção consuma

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185 postes e mais de 8 mil kg de cabos. Rúbio acrescenta que estas redes perfazem juntas mais de 30 quilômetros de extensão e estão sendo feitas por equipes de técnicos terceirizados, deixando assim os eletricistas da Ceriluz liberados para as demandas do dia a dia da Cooperativa, como manutenções preventivas. Além destas duas obras, executadas totalmente com recursos da Cooperativa, há ainda outras que são realizadas com a contrapartida de associados, visando fins específicos, especialmente agropecuários. Entre estas obras destacam-se uma em Monte Alvão, Chiapetta, outra em Santa Tereza, Catuípe, e uma terceira próxima à cidade de Inhacorá. Juntos, estes projetos demandam uma potência instalada de mais de 1.160 KVA. Nestes locais, além de novas extensões até as respectivas propriedades, ocorreu a substituição de postes das redes principais e o recondutoramento, favorecendo também outros associados. Para o presidente Iloir de Pauli, que acompanhou de perto as obras, o meio rural vem se desenvolvendo rapidamente e demandando muita energia. “Nós estamos nos esforçando para atender a todas as demandas e, assim, ajudar a construir municípios mais prósperos”. As demandas por novas redes devem ser encaminhadas com antecedência à Cooperativa, garantindo

assim tempo hábil para sua execução, uma vez que existe uma lista de solicitação a ser seguida, conforme determina a Aneel. Fotos: - Presidente Iloir e o responsável pelo setor de construção de

redes Rúbio Basso em vistoria na obra em Augusto Pestana. - Nova rede trifásica vai garantir energia de qualidade para as demandas de produtores dos municípios de Augusto Pestana e Jóia.

Foram entregues, nos últimos dias, mais de 30 novos veículos e equipamentos para a Defesa Agropecuária. Destes, 22 foram para a Gerência de Defesa Vegetal, juntamente com equipamentos de informáticas, instrumentos de trabalho e também móveis novos para algumas coordenadorias regionais. Esta ação busca reequipar este importante setor de nossa Secretaria da Agricultura, que desempenha um importante papel na garantia da sanidade vegetal do Estado. Tenho comparado a Defesa Vegetal e a Defesa Animal ao Corpo de Bombeiros. Quando não há incêndio, ninguém lembra da corporação. E assim é com aqueles dois segmentos da Defesa Agropecuária, que trabalham diuturnamente para garantir produtos saudáveis na mesa do consumidor e para evitar a ocorrência de doenças ou pragas que possam vir a comprometer a produção vegetal, agrícola e pecuária do Rio Grande do Sul. Agora, por exemplo, a Defesa Vegetal está atuando intensamente no controle da lagarta Helicoverpa armigera. Verão numa boa Iniciou, nesta semana, a Operação Verão Numa Boa no litoral do Estado. A operação, que vai até março do ano que vem, envolve cerca de 70 profissionais da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, que estarão nos litorais norte e sul realizando barreiras, fazendo vistorias em estabelecimentos e propriedades com o objetivo de minimizar os riscos de consumo de produtos de origem animal inadequados. Na última operação, nossos fiscais apreenderam mais de 75 toneladas de produtos de origem animal que estavam em situação irregular.

Presidente Iloir e o responsável pelo setor de construção de redes Rúbio Basso

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Helicoverpa armigera: descubra como interromper o seu ciclo O Rio Grande do Sul e seus produtores agrícolas estão em alerta em razão da nova praga que chegou ao Estado. Trata-se da Helicoverpa armigera, que já causou grandes prejuízos financeiros na safra passada nos Estados da Bahia e Mato Grosso. O controle da Helicoverpa armigera tornou-se um desafio para pesquisadores e produtores brasileiros e tem posto à prova os antigos sistemas de controle, exigindo que o setor produtivo repense conceitos e adote alguns princípios básicos do manejo integrado e ecológico de pragas. O Manejo Integrado de Pragas – MIP, já difundido pela Embrapa há mais de 30 anos, preconiza a ação de controle sobre diferentes estágios de desenvolvimento das pragas, reduzindo desta forma riscos de resistência e o impacto ao ambiente, favorecendo o controle efetivo. É fundamental pensar no monitoramento populacional dos insetos para orientar as estratégias de manejo a serem adotadas. A ferramenta mais eficiente para tais amostragens são os feromônios sexuais, reconheci-

dos pela Embrapa e Mapa como uma importante medida a ser adotada no plano de supressão do inseto, obtendo-se dados do campo para aplicar inseticidas de forma mais eficiente e segura, evitando com isso o uso equivocado e em excesso que podem causar a resistência das pragas aos inseticidas, como já aconteceu em outras partes do mundo. Atualmente as estratégias de manejo da Helicoverpa armigera têm focado principalmente o controle de lagartas. Uma alternativa é o controle pelo adulto (mariposas), através da aplicação de fagoestimulantes misturados a um inseticida com ação por ingestão. Esta estratégia tem a capacidade de retirar o inseto dos nichos pouco acessíveis dentro da lavoura e disponibiliza uma forma de ação para a qual as populações apresentam baixos níveis de resistência. Nesta linha de combate e controle, Noctovi é o primeiro produto desenvolvido estritamente para controle de adultos da Helicoverpa. Seu efeito sobre a população é direto, trazendo maior segurança ao agricultor. O produto desenvolvido pela

Isca Tecnologias e comercializado pela Nutriplanta vem sendo utilizado há mais de quatro anos em diversas culturas pelo mundo para manejo de noctuídeos e já provou ser eficiente para controlar Helicoverpa sp. e Heliothis sp. - H. armigera, H. punctigera, H. virescens, H. zea. O Noctovi quando misturado com inseticida se revela um excelente atrai-e-mata, controlando o estágio mais importante da Helicoverpa, por impedir que novas gerações de lagartas e ovos sejam gerados dentro das lavouras. A Isca é uma empresa brasileira, líder nacional na comercialização de feromônios para controle de insetos na agricultura. Atua no desenvolvimento de produtos em parceria com a Isca Technologies CA/EUA, Universidades e empresas nacionais e estaduais de pesquisa. A parceria firmada com a Nutriplanta para comercialização de seus produtos decorre da experiência de mais de 20 anos atendendo o produtor rural de Ijuí e região, buscando estar sempre atualizada e aliada às melhores tecnologias voltadas ao campo.

Na foto uma mariposa de Helicoverpa se alimenta de Noctovi

Helicoverpa tem surpreendido produtores por causar prejuízos a todas as culturas

Caravana da Helicoverpa no RS Uma das principais orientações repassadas aos fiscais da Secretaria da Agricultura que vão percorrer o Estado a partir da próxima semana para monitorar a Helicoverpa armigera é de que não há fórmula mágica de combate à praga. A indicação é monitorar e saber a hora certa de colocar pro-

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duto químico. Os técnicos foram preparados antes de partir rumo às 72 propriedades com e sem armadilhas que serão acompanhadas pelas equipes. Assustados, produtores têm ficado reféns de empresas que vendem produtos com a promessa de exterminar a lagarta. Em alguns

casos, aplicam doses acima do permitido e acabam por matar predadores naturais. Nos levantamentos, os técnicos preencherão um relatório. No documento, constam itens como município, áreas coordenadas, culturas, época de plantio, espaçamento, cultura anterior, assistência técnica e

Manejo Integrado de Pragas (MIP). Além disso, entre as medidas de controle do ponto de vista cultural, levam-se em conta a área de refúgio em plantas transgênicas, culturas alternativas, eliminação de soqueira, rebrota, tiguera e de plantas daninhas na entressafra, por exemplo.

As regiões a serem percorridas são Alegrete, Erechim, Estrela, Ijuí, Lagoa Vermelha, Passo Fundo, Pelotas, Rio Pardo, Santa Maria, Santa Rosa, São Luiz Gonzaga e Uruguaiana. Eles escolherão duas propriedades em três municípios diferentes, totalizando seis em cada regional.

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Emater/RS-Ascar apresenta balanço do ano de 2013 na região de Ijuí A Emater/RS-Ascar lembrou os principais fatos ocorridos em 2013 na região administrativa de Ijuí, no dia 11 de dezembro, com almoço de confraternização. O presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar, Lino De David, participou do encontro, no parque Wanderley Burmann, acompanhado dos diretores administrativo e técnico, respectivamente, Silvana Dalmás e Gervásio Paulus, e do secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Ivar Pavan. A Instituição é vinculada à pasta coordenada por Pavan porque atende o público preferencial da SDR, agricultores familiares, quilombolas, indígenas, pescadores artesanais, assentados e em situação de pobreza ex-

Principais fatos do ano foram lembrados durante almoço de confraternização

trema. O vice-prefeito de Ijuí, Ubirajara Teixeira, também prestigiou o evento, que reuniu mais de 200 pessoas. “Se por um lado temos toda esta discussão pelo reconhecimento jurídico da filantropia, por outro lado temos discutido e reconhecido tudo aquilo

Iniciativa de extrema relevância busca aumento na produtividade de soja O Comitê Estratégico de Soja Brasil (Cesb) desenvolve iniciativas de extrema relevância para o aumento da produtividade de soja no Brasil desde a sua fundação e neste ano não poderia ser diferente. Com o investimento de R$ 1,1 milhão realizado pelos patrocinadores, o Comitê conseguiu viabilizar o primeiro protocolo da Rede de Pesquisas, que focou na questão da adubação nitrogenada e contou com a participação de 25 instituições de pesquisa renomadas. Realizou o Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja, em que os dez

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vencedores regionais e nacionais ganharam uma viagem técnica para os Estados Unidos, para conhecer práticas inovadoras no plantio de soja, receberam certificados, prestígio e divulgação regional. O Cesb também promoveu o IV Fórum Nacional de Máxima Produtividade de Soja e seis Fóruns Regionais em diversos Estados, reunindo mais de 1200 produtores, técnicos, pesquisadores e outros profissionais ligados ao agronegócio, interessados em conhecer experiências bem-sucedidas no plantio da leguminosa.

que está sendo feito e o quanto a Emater está próxima do agricultor que mais precisa de assistência”, disse o vice-prefeito de Ijuí. As mobilizações ocorridas durante o ano pela manutenção da condição de entidade filantrópica, também foram

lembradas por Pavan. “Sem a Emater, indígenas, quilombolas, pescadores, os pobres do campo não têm assistência social. E tem gente que diz que isso não é social, como se a assistência técnica na casa do excluído não fosse assistência social”, disse o titular da SDR. Para Lino De David, foi acertada a decisão política de debater publicamente o tema da filantropia e o drama vivido pela Instituição. “Esse tema saiu das mãos da Emater e está sendo tratado pelo conjunto da sociedade”, disse De David. Outra decisão acertada, segundo o diretor técnico Gervásio Paulus, foi a inclusão do público da extrema pobreza na agenda planejada de trabalho dos extensionistas.

Vespas para controle biológico de lagartas são usadas em lavouras do RS Nos 14 hectares de milho para silagem cultivados por Mariane e Alexandre Massignan, em Farroupilha, foram distribuídas nos dias 20 e 21 de dezembro cartelas com ovos das vespas Trichogramma sp.. Ao nascer, o inseto minúsculo vai parasitar os ovos das mariposas, controlando as lagartas, tanto da espiga como do cartucho, de forma sustentável. Mariane considerou a aplicação fácil e rápida. A família conheceu a alternativa em um Dia de Campo promovido pela Emater/RS-Ascar para divulgar a campanha estadual que visa substituir o uso de inseticidas pelo controle biológico, protegendo o meio ambiente e a saúde dos produtores. Para Mariane, o fato de não precisar trabalhar com produtos químicos foi a principal motivação para testar o controle biológico. De acordo com ela, há dois anos e meio o marido teve um sério problema de saúde (câncer), que pode ter sido causado pelo uso de agroquímicos. Para utilizar o controle biológico, a família trocou o milho transgênico pelo híbrido comum, que custa menos da metade do preço. Em Farroupilha, oito famílias estão utilizando o controle biológico em 33 hectares de milho. Para incentivar

o uso, a aquisição do agente biológico, produzido em laboratório, foi totalmente subsidiada pela Secretaria Municipal da Agricultura. Conforme o técnico agrícola da Emater/RS-Ascar de Farroupilha, Milton Grassiani, essas lavouras vão servir como unidades demonstrativas, como polo de difusão dessa tecnologia, para que a cada ano a área aumente. Atualmente, no município são cultivados 1.200 hectares de milho, sendo 600 ha destinados à produção de grãos e 600, para silagem. As propriedades onde o sistema de controle foi implantado serão acompanhadas pelos técnicos da Emater/RS-Ascar, mas o assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar, João Villa, garante que a tecnologia é eficiente no controle da praga, além de ter baixo custo e ser sustentável.

MERCADO DO LEITE: EUFORIA E CUIDADOS

Profº. Argemiro Brum, do Ceema/ Dacec/ Unijuí

Nos últimos anos, o leite vem surpreendendo positivamente os produtores, confirmando o acerto na diversificação produtiva regional nesta direção. Em 2013 o preço médio atingiu o seu mais elevado nível nominal, ultrapassando R$ 1,00/litro bruto ao produtor que ofereça um produto dentro dos padrões exigidos pelo mercado. Em termos nacionais, até setembro passado, segundo o Cepea/ ESALQ/USP, o preço do leite havia atingido o seu mais alto valor real em 13 anos. Ou seja, já descontada a inflação, o produtor de leite brasileiro, na média, recebia o mais alto valor em mais de uma década. Em termos nominais, a média nacional de setembro passado ficou em R$ 1,11/litro bruto, superando em 21,7% o valor registrado em setembro de 2012. Já o valor líquido médio atingiu a R$ 1,03/ litro. No Rio Grande do Sul, a média do litro, em meados deste mês de novembro, ficou em R$ 0,90 em termos brutos, superando em 23,3% o valor médio de um ano atrás. Essa realidade auxiliou, sem dúvida, na capitalização das pequenas propriedades rurais brasileiras em geral e gaúchas em particular, a grande maioria dedicada também ao leite. Todavia, é preciso manter o gerenciamento da produção em dia. Isso porque a tendência é de uma estabilização nos preços e, até mesmo, um retorno a patamares médios menores. Por um lado, porque o acesso à renda, por parte do brasileiro, chegou a um limite, particularmente devido ao seu forte endividamento e inadimplência em muitos casos. Por outro lado, porque o Estado brasileiro será obrigado a fazer reformas, mais dia menos dia, e isso tende a alterar o quadro dos programas sociais existentes nos últimos tempos. Enfim, o mercado continuará exigente e seletivo. Segundo estudos nacionais, o cenário para 2020 no Brasil está indicando um excedente de 5,5 bilhões de litros anuais, fato que exigirá um crescimento de 2,8% anuais da produção e não mais de 4% como nestes últimos tempos. Nesse contexto, se o Brasil tiver 120.000 produtores de leite profissionalizados daqui a seis anos, com um plantel individual de 45 vacas, a uma produtividade de 20 litros/vaca/dia, a produção anual nacional chegaria a 39,4 bilhões de litros, mais ou menos o consumo projetado para 2020. Hoje o país estaria com 250.000 produtores de leite no mercado formal. Que cuidemos para que não seja a produção regional a ser excluída!

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Jornal da Manhã | Ijuí, 24 a 26 de dezembro de 2013

Plantio das culturas de verão chega ao final beneficiado pelo clima Com o tempo seco no CentroSul do RS, os produtores de arroz puderam finalizar o plantio da safra 2014. De maneira geral, o desenvolvimento do arroz é considerado dentro da normalidade, com bom padrão e 3% das lavouras na fase de reprodução. A irrigação do arroz, que se intensifica, ocorre sem transtornos pela boa quantidade de água armazenada e o nível normal de rios e arroios. O clima também favorece o bom desenvolvimento do milho. Calor, luminosidade e umidade no solo dão condições para uma

boa produtividade nesta safra. O milho encontra-se com 87% de sua área já semeada no RS, 36% em desenvolvimento vegetativo, 39% em floração e 22% em formação de grão. Não são constatadas presenças de pragas e doenças que possam comprometer a produtividade do milho nesta safra. O plantio da soja atinge nesta semana 82% da área prevista para este ano. Esse percentual seria maior não fosse o excesso de umidade no solo em algumas áreas do Norte e Nordeste do RS,

onde a soja evolui de forma satisfatória e se mantém na média dos últimos anos. O desenvolvimento inicial da soja é considerado como muito bom, com pouca incidência de pragas e doenças, sem necessidade de maior controle. No RS, 21% das lavouras de feijão estão em desenvolvimento vegetativo, 22% em floração, 35% em enchimento de grãos, 14% maduros e 4% colhidos. O preço médio no Estado continua estabilizado em R$ 134,33 pela saca de 60 kg do feijão preto.

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Hortisul: estufas galvanizadas com preços diferenciados

Estufas galvanizadas aumentam a qualidade e garantem maior durabilidade

Especialista cita cuidados para manter leitões livres da diarreia neonatal Intensificado nesta época do ano, o calor traz uma série de preocupações ao suinocultor e, sem dúvidas, uma das principais é a diarreia neonatal. Agente causador da Colibacilose Neonatal (principal forma de diarreia neonatal), a bactéria Escherichia coli (E. coli) encontra nas altas temperaturas condições favoráveis para sua proliferação e ainda conta com o stress calórico nos leitões como um aliado. A Colibacilose Neonatal traz riscos imediatos como desidra-

tação, fraqueza, depressão e até a morte, sendo que o método mais eficaz para a prevenção da diarreia nos leitões é pela absorção de anticorpos no colostro, mas cabe pontuar que outros cuidados também são essenciais”, ressalta o especialista e gerente técnico de suínos da Merial Saúde Animal, Marcelo Almeida. Ao nascerem, os leitões estão totalmente desprotegidos e suscetíveis aos agentes causadores de diarreia. Eles vêm ao mundo

sem os anticorpos necessários e só os recebem a partir da ingestão do colostro. Porém, conta Marcelo, para uma efetiva imunização, o colostro deve conter um número mínimo de imunoglobulinas (Ig’s) específicas para tal. “Este fenômeno só se dá a partir do momento em que as matrizes são expostas previamente aos agentes causadores de diarreia. Para isso, recomenda-se a vacinação das fêmeas para imunização passiva dos leitões”, complementa. “É importante identificar quais são os agentes causadores de diarreias neonatais nos leitões para utilizar a vacina correta nas fêmeas”, diz Marcelo Almeida. Como solução para a Colibacilose Neonatal a Merial conta com Neocolipor, vacina que imuniza passivamente leitões contra a E. coli e seus seis principais fatores de virulência envolvidos com a doença.

A Hortisul - Estufas Agrícolas e Sistemas Hidropônicos, está com preços especiais para quem deseja modernizar a estrutura de sua estufa, disponibilizando opções galvanizadas pelo valor de R$ 29,00 o m². As estufas podem possuir 5 m ou 7 m de largura e até 48 m de comprimento. Podendo ser utilizadas para o cultivo convencional ou orgânico, hidropônico ou cultivo semi-hidropônico de morango. As estufas galvanizadas aumentam a qualidade e a durabilidade, inclusive a do filme agrícola utilizado, além de modernizar o sistema de produção. Substituir as estufas de madeira

por estufas galvanizadas agrega valor à cultura produzida, melhora a relação custo-benefício e faz com que a estrutura não envelheça, melhorando a qualidade da produção. Esta é a visão do proprietário Luis Marcos Gubiani. A Hortisul está localizada na Rua Jorge Leopoldo Weber, 608, no bairro Assis Brasil, há mais de 10 anos no mercado de Ijuí e Região, aceita financiamento via Pronaf mais alimento, e também diversos tipos de cartões, inclusive o cartão BNDES. A empresa possui uma loja virtual, onde disponibiliza opções de produtos aos clientes. Acesse: www.hortisulrs.com.

Adiada a obrigatoriedade do uso de sementes orgânicas Na última reunião de 2013, a Câmara Temática da Agricultura Orgânica fez uma detalhada revisão da Instrução Normativa (IN) nº 46, de 6 de outubro de 2011. A A Instrução Normativa que estabelece o regulamento técnico, bem como as listas de substâncias permitidas para uso nos Sistemas Orgânicos de Produção Animal e Vegetal, proibia, a partir do dia 19 de dezembro de 2013, a utilização de sementes e mudas tratadas, permitindo apenas o uso de sementes orgânicas. Amparada nos resultados da

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Consulta Pública de 17 de outubro de 2013, a Câmara propôs a revogação do prazo desta obrigatoriedade, dada escassez de sementes orgânicas para atender ao processo de certificação em toda a cadeia produtiva. A partir de 2016, cada Estado poderá produzir listas definindo quais espécies e variedades terão que ser obrigatoriamente orgânicas. Outros insumos que tinham limitação de uso até a mesma data tiveram o prazo também revisto ou abolido. Vitaminas e pró-vitaminas de origem sintética serão permitidas após a al-

teração da norma, porém só podem ser usadas quando a falta comprometer a saúde do animal e não houver disponibilidade de fontes naturais. Foi mantida a permissão de uso de excrementos animais (esterco) vindos de sistemas não-orgânicos, desde que se faça um controle de risco e contaminantes. Resíduos de biodigestores e lagoas de decantação poderão ser utilizados nos sistemas de agricultura orgânica, desde que seja feita uma análise de risco pelo organiade e pelas organizações de controle social.

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R$ 1 milhão de encomendas para a indústria de máquinas movimenta o dobro na economia gaúcha Estudo mostra que R$ 1 milhão em encomendas para a indústria de máquinas e equipamentos movimenta R$ 2,1 milhão na economia do Rio Grande do Sul. O mesmo valor eleva em R$ 788 mil o PIB gaúcho, emprega mais 27 pessoas e aumenta o rendimento das famílias do Estado em R$ 253 mil. No Rio Grande do Sul, a indústria de máquinas e equipamentos pesa 14% do PIB. No Brasil, é 10%. Além disso, aqui o setor

Rio Grande do Sul é o segundo Estado do País onde o setor gera mais empregos

COMO

PLANTAR

MANJERICÃO

Clima - o manjericão ou basílico, Ocimum basilicum, é uma planta que cresce melhor em temperaturas acima de 18°C. A planta não suporta baixas temperaturas, devendo ser cultivada dentro de estufas em regiões de clima frio, ou apenas durante os meses do ano em que as temperaturas não descem abaixo de 15°C. Em regiões de clima quente, o manjericão pode ser cultivado durante todo o ano. Luminosidade - o manjericão necessita de alta luminosidade e deve receber luz solar direta ao menos por algumas horas diariamente. Solo - o solo deve ser bem drenado, leve, fértil, rico em matéria orgânica. A planta é bastante tolerante quanto ao pH do solo, e apenas solos muito ácidos são inadequados. Irrigação - irrigue com frequência para que o solo seja mantido levemente úmido. Tanto a falta quanto o excesso de água prejudicam o manjericão. Solo - O solo deve ser bem drenado, leve, fértil, rico em matéria orgânica. A planta é bastante tolerante quanto ao pH do solo, e apenas solos muito ácidos são inadequados. Irrigação - irrigue com frequência para que o solo seja mantido levemente úmido. Tanto a falta quanto o excesso de água prejudicam o manjericão. Plantio - as sementes podem ser plantadas diretamente no local definitivo da horta, especialmente em regiões de clima quente. Também pode ser plantadas em sementeiras, pequenos vasos ou copinhos feitos de papel jornal com aproximadamente 10 cm de altura por 5 cm de diâmetro. Neste caso, as mudas de manjericão são transplantadas quando têm 6 folhas definitivas e cerca de 10 a 15 cm de altura. O manjericão também pode ser propagado por estaquia, ou seja, por ramos cortados de plantas adultas saudáveis. Corte ramos com aproximadamente 15 cm de comprimento e remova as folhas deixando apenas as mais próximas da extremidade do ramo (deixe 3 ou 4 pares de folhas). Mergulhe a metade inferior do ramo em um recipiente com água até que surjam raízes (demora até duas semanas) e então plante no local definitivo. O manjericão pode ser cultivado facilmente em jardineiras e vasos de tamanho médio ou grande, embora geralmente cresça menos. No solo e em boas condições de cultivo, alguns cultivares de manjericão podem ultrapassar a 1 metro de altura. Assim, para plantio em vasos e jardineiras, dê preferência a cultivares de menor porte, ainda que seja possível plantar qualquer um dos cultivares disponíveis. Tratos culturais - alguns horticultores cortam as flores para favorecer o crescimento das folhas. Colheita - a colheita das folhas pode começar quando a planta estiver bem desenvolvida, o que geralmente ocorre de 60 a 90 dias após a semeadura. As flores também são comestíveis.

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de máquinas agrícolas representa bem mais. O Rio Grande do Sul é o segundo Estado do País onde o setor gera mais empregos. Fica atrás apenas de São Paulo. São 62 mil postos de trabalho. O salário médio é de R$ 2.175. Caxias do Sul é o município onde a indústria de máquinas e equipamentos mais emprega. São quase 8 mil vagas. Mas o salário médio é maior em Canoas, onde paga-se R$ 3.570.

Safra de pêssego vai render R$ 44 milhões a 4,5 mil produtores do RS A safra de pêssego deste ano vai render R$ 44 milhões a mais de 4,5 mil produtores no Rio Grande do Sul. A colheita, que já foi iniciada, apresenta bons resultados e aquece a economia gaúcha, como mostra a reportagem do Bom Dia Rio Grande (veja o vídeo). De acordo com a Emater-RS, a cadeira produtiva da fruta movimenta entre R$ 300 milhões e R$ 400 milhões ao ano e gera cerca de 2,5 mil empregos diretos e indiretos. E nesta época a demanda aumenta, já que o pêssego está entre os ingredientes das ceias de fim de ano. A maior parte vai para a indústria de conserva, com pêssegos na coloração ideal e tamanho acima da

Pessoa física: a nova banqueira do Agronegócio no Brasil No dia 18 de dezembro, 114 pessoas físicas investiram no potencial do Agronegócio brasileiro e – de quebra – contarão com ganhos acima dos títulos de renda fixa, disponíveis no mercado, e isenção de Imposto de Renda sobre os rendimentos. Estes investidores adquiriram os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), com lastro em recebíveis da Cheminova, fornecedora global de defensivos agrícolas, emitidos pela Octante Securitizadora e com o Banco Votorantim como coordenador líder. O encerramento da emissão foi anunciado ontem e, além das pessoas físicas, contou com um fundo como investidor. A oferta captou um montante de R$ 64.745.400,19, distribuídos em Cotas Sêniores e Mezanino. O CRA Sênior obteve classificação de risco brAAA, pela Standard & Poor’s. O vencimento dos títulos ocorrerá em 31 de julho de 2015 e a taxa de remuneração do CRA Sênior, definida em processo de bookbuilding, ficou no piso, com taxa final pré-fixada de 11,03% ao ano.

média. Em uma fábrica de Pelotas, na Região Sul do Estado, as frutas são separadas por tamanhos. Na parte de cima da prateleira ficam os de tipo1, que são maiores. Abaixo os menores, de tipo 2, com menos valor de mercado. O primeiro tipo de pêssego superou em quase 30% a produção do ano passado.

Governo define procedimentos para fabricar defensivo contra Helicoverpa A Fepam, Fundação vinculada à Secretaria do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, e a Simbiose Agro, da cidade de Cruz Alta (RS), já definiram os procedimentos para que a empresa volte a produzir o defensivo biológico BTControl, usado no controle da lagarta Helicoverpa armigera como alternativa a inseticidas comuns, disponíveis no mercado. Conforme o diretor técnico da Fepam, Rafael Volquind, a empresa deve protocolar um pedido de alteração de Licença de Operação (LO). A Simbiose havia pedido Licença Prévia de Ampliação (LPA) da fábrica, cujos procedimentos são diferentes e mais demorados que a atualização de Licença. O defensivo chegou a ser produzido e teve a fabricação suspensa no Rio Grande do Sul. A praga já foi confirmada nas lavouras de soja da próxima safra em 16 das 47 cidades monitoradas pela Emater no Estado gaúcho. Desde segunda-feira, uma força-tarefa foi montada por técnicos do governo para monitorar as lavouras de soja do Rio Grande do Sul.

Agricultura empresarial contrata R$ 73 bilhões de julho a novembro Os financiamentos para a agricultura empresarial somaram R$ 73 bilhões de julho a novembro de 2013, um aumento de 54,5% em relação ao mesmo período da safra anterior, que foi de R$ 47,2 bilhões, informou nesta segunda, dia 23, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os produtores rurais contrataram R$ 54,7 bilhões em operações de custeio e comercialização e R$ 18,2 bilhões em investimento.

Aprovado reajuste de 12,36% para Superintendência de Portos e Hidrovias Os deputados aprovaram, por unanimidade, no dia 11 de dezembro, o Projeto de Lei 304/2013, de autoria do governo Tarso, que propõe reajuste de 12,36% sobre os vencimentos básicos dos servidores dos quadros de pessoal permanente e em extinção da Superintendência de Porto e Hidrovias (SPH) O reajuste será de 6,2%, retroativo a junho de 2013 e 5,8%, a partir de junho de 2014. Soma-

dos aos 6,08% concedidos em julho de 2012, alcançam índice de recomposição salarial de 19,19% no período compreendido entre julho de 2012 a dezembro de 2014. A medida é extensiva aos inativos e pensionistas com direito à paridade nos termos da Constituição Federal e aos trabalhadores portuários sindicalizados aposentados que tenham direito à percepção de diferença de proventos.

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D’Pneus tem condições especiais de pagamento em pneus agrícolas Pneus agrícolas devem desempenhar as funções usuais de qualquer veículo, além de suportar com segurança o peso de um trator em condições estáticas e dinâmicas, servir como amortecedor, proporcionar a transmissão das forças motrizes e frenantes do trator ao solo e vice-versa. Para isso, o pneu deve ter determinadas características de resistência e aderência. Essas características dependem do material, da técnica de construção e do projeto do pneu. Depois, torna-se necessário optar pela forma geométrica das garras que mais se adaptam ao serviço que o trator irá executar. As dimensões do pneu devem ser compatíveis com a potên-

cia do trator e este, por sua vez, deve corresponder às expectativas de tração da operação a ser realizada. Quanto maior o diâmetro do pneu, maior será a sua velocidade de deslocamento, para uma mesma rotação da roda e, por outro lado, menor será a força aplicada no solo. Também deve se levar em conta que, quanto maior o diâmetro, menor será a sua resistência ao rolamento e mais eficiente será a transformação energética. Além do pneu agrícola convencional, conhecido como diagonal, hoje também existe a opção de pneu de tração agrícola radial (R-1W), com desenho de blocos a 45 graus de grande poder autolimpante em todos os tipos de solo. A sua cons-

trução radial reduz o consumo de combustível de um trator e aperfeiçoa tarefas de lavoura ou plantio direto. O pneu agrícola radial produz uma menor compactação sem câmara, proporcionando mais durabilidade e menor custo por hora de trabalho, por ter uma pisada maior que o pneu diagonal. Compre seu pneu agrícola radial ou diagonal na D’Pneus, que está com opções para produtores rurais em condições especiais de pagamento, oferecendo plano safra com pagamento até o dia 30 de abril para aquisição facilitada. A D’Pneus está localizada na Rua do Comércio, 1473. Telefone: 55 3333 4004.

D’Pneus oferece plano safra com pagamento até o dia 30 de abril para aquisição facilitada

Com redução de taxas, cresce volume de financiamento às cooperativas A redução das taxas de juros para financiamentos de cooperativas, de 9% para 5,5% a.a., proporcionou uma substancial alta no montante de empréstimos para o setor cooperativista. Nos três primeiros meses após o lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2013/14, que compreende o período de julho a setembro deste ano, os financiamentos às cooperativas somaram R$ 561,9 milhões. Este valor representa um aumento de 55,1% em re-

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lação ao mesmo período em 2012, quando foram empreendidos R$ 362,1milhões. Os dados são referentes às operações realizadas pelo Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro) e pelo Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop). Por meio do Procap-Agro foram aplicados R$ 428,2 milhões, 13,2% do montante de R$ 3,240 bilhões

programados para o período 2013/14, evidenciando um aumento de 247,4% em relação ao mesmo período em 2012. Durante o mesmo intervalo, na safra passada, foram aplicados R$ 123,3 milhões, 4,1% de um total de R$ 3 bilhões disponibilizados. O secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Caio Rocha, explica que Procap-Agro

é uma linha de crédito que visa atender as necessidades imediatas operacionais das cooperativas e promover a reestruturação patrimonial das cooperativas de produção. “O aumento ao acesso a estes financiamentos se deve à redução de juros, que incentivou os investimentos em tecnologia e gestão de cooperativas, evidenciados pela ampliação da captação destes recursos”, endossou Caio Rocha. Ainda dentro da política de

apoio ao cooperativismo, o Mapa disponibilizou R$ 350 milhões para o Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção Agropecuária (Prodecoop), que se destina a incrementar a competitividade do complexo agroindustrial das cooperativas brasileiras, por meio da modernização dos sistemas produtivos e de comercialização. De julho a setembro de 2013, foram aplicados R$ 133,7 milhões.

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Canola: opção para safra de inverno traz segurança para o produtor

A área de plantio da canola chega a 2 mil hectares na região. Devido ao bom desempenho da oleaginosa, a intenção é dobrar a área neste ano

Há quatro anos fomentando a cultura da canola na região, em parceria com a Celena Alimentos S/A, a Produtiva Insumos Agrícolas juntamente com os produtores de Ijuí e região, confirma que a canola é uma ótima opção como cultura de inverno, pois além de boa produtividade e lucratividade, oferece liquidez certa para o produtor. Outro ponto positivo é o preço que é pré-definido, e também oferece ao produtor a possibilidade de fazer a rotação de culturas, já que a canola substitui parte da área plantada com trigo ou aveia no inverno. Para Juarez Neme da Costa, proprietário da Produtiva, o investimento com a canola apresenta baixo risco, pois o plantio pode ser financiado e em caso de algum problema climático, ter o benefício do Proagro. “O custo da cultura fica em torno de 15 sacas

por hectare, e a Produtiva trabalha com a expectativa de colheita acima de 30 sacas por hectare em uma condição normal, pois nesses anos várias lavouras tiveram produtividade entre 30 e 40 sacas por hectare em nossa região”, conta. A “soja do inverno”, como é conhecida a canola, teve uma área de 2 mil hectares na região este ano e a expectativa para o próximo ano é de dobrar a área devido aos bons resultados obtidos. Cotada pelo mesmo valor da soja no mercado, a oleaginosa é a principal fonte de matéria-prima para o biodiesel na Europa, onde 70% de sua produção destina-se a essa finalidade e onde também não há mais muitas áreas para expansão das lavouras. Além disso, o óleo de canola é um dos melhores e mais saudáveis para a alimentação humana por di-

minuir os riscos de problemas cardíacos e ajudar a reduzir o colesterol. De acordo com o zoneamento agroclimático, o plantio de Canola acontecerá de 14 de abril a 30 de junho nas regiões Noroeste, Missões e Celeiro. O Estado, que em 2012 fez parte de 60% da área da cultura do Brasil, tem na Canola uma alternativa para rotação, assim como, um aumento de renda no período que antecede o fim de ano. De acordo com Vantuir Scarantti, gerente da Celena Alimentos S/A, que importa e distribui as sementes para produtores da região recomenda que o produtor direcione o plantio na melhor área da propriedade. “Programar a área para o plantio com antecedência, fazer a dessecação antecipada, incluindo uso de inseticida fisiológico e octaborato de sódio (Boro), são

alguns cuidados prévios que devem ser tomados”, salienta. Em relação à adubação do solo, Vantuir revela que a análise do solo é importante. “Como orientações em áreas corrigidas recomenda-se trabalhar com fórmulas à base de NPK e micros. A sugestão é a fórmula 10.20.20 + 10 % S 300 kg por hectare e em cobertura 46.00.00 150 kg por hectare. Vantuir indica também a quantidade de 2,5 a 3 kg de semente hectare é o mais adequado. “Na quarta folha verdadeira é preciso fazer a aplicação de Nitrogênio e em fase de floração deve ser observada a principal praga que é a Traça das Crucíferas, pois o recomendado para estes casos é que se faça a aplicação de inseticida fisiológico preventivo”, destaca. Cuidados com o fungo denominado Canela Pre-

ta também devem ser tomados, evitando o uso de materiais varietais e híbridos que não possuem resistência ao fungo. O gerente da Celena indica que a sequência de culturas adequada pós-cultura da Canola são a soja ou o milho. Os produtores interessados em realizar o plantio da Canola em abril devem procurar a Produtiva o mais breve possível para garantir as sementes, pois como no ano passado, existem dificudades na importação. “Os produtores que deixarem para adquirir a semente somente na época de plantio, podem ficar sem, ou ter que plantar híbridos que não sejam o de sua preferência”, afirma Juarez. O contato pode ser feito através do telefone 3332-8933. A Produtiva Insumos Agrícolas está localizada na Avenida 21 de Abril, 1181.

Governo investe R$ 1 milhão na promoção da uva e vinho produzidos na Região da Campanha O governo do Estado, em conjunto com o Fundo para o Desenvolvimento da Vitivinicultura (Fundovitis), vai investir cerca de R$ 1 milhão na promoção da uva e do vinho produzidos na Região da Campanha. O projeto, que dá início à ofensiva de posicionamento e consolidação dos produtos desta região, foi lançado na manhã do dia 23 de dezembro, em Bagé, pelo secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi. Os recursos utilizados são provenientes da arrecadação que o Estado faz junto à indústria vinícola e que são destinados ao Fundovitis. No início da gestão

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do governador Tarso Genro, o Estado liberava apenas 25% do que arrecadava para investimentos diretos na cadeia produtiva, mediante repasses ao Instituto

Brasileiro do Vinho (Ibravin). O percentual subiu para 50%, o que assegurou mais de R$ 10 milhões para aplicação em ações de divulgação e fortalecimento do setor.

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