JM Rural 29.01.2013

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Jornal da Manhã

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Ijuí, 29 de janeiro de 2013

Festa da Uva acontece em Ijuí

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Soja Intacta RR2 PRO Nova soja será atração nas feiras agrícolas deste ano. Pág. 4

Código Florestal

Novo código inicia 2013 com polêmica. Pág. 7

Clima favorece desenvolvimento vegetativo das pastagens Pág. 6

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Consultec

Empresa dá assistência a produtores rurais. Pág. 7

Produção de milho tem boa expectativa para 2013 Pág. 8

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ARTIGO

Fertilizantes: a fraude compensa Ano após ano tenho me debruçado em fatos que afetam os produtores brasileiros, seja daquilo que mina sua segurança jurídica, seja aquilo que tem impacto na sua renda. Dentre esses fatos tenho sido um defensor incansável de uma maior fiscalização dos insumos agropecuários e, acima de tudo, de uma punição severa para aqueles que lesam o bolso do consumidor, já que se trata de algo que o produtor paga para ter, embora nem sempre leve aquilo que foi combinado. E neste contexto, os fertilizantes têm aparecido com frequência entre os insumos que apresentam um grau de inconformidade preocupante, o que tem sido retratado nos relatórios anuais de fiscalizações do Ministério da Agricultura - MAPA. Embora sempre apareça como algo inusitado e sensacionalista em matérias de jornais, há pelos menos quatro anos o setor tem realizado análises da qualidade dos fertilizantes e que tem resultado em números alarmantes. O Brasil consumiu em 2012 aproximadamente 28 milhões de toneladas de fertilizantes, estamos falando de um mercado superior a R$ 30 bilhões, quando falamos em 20% de adulteração ou fora de padrão estamos falando de muito dinheiro, de bilhões, perto de multas tímidas e processos que não andam. É importante que fique claro que o fertilizante é fundamental ao crescimento da produção do Brasil e para a sustentabilidade da agricultura, é impossível se produzir no Brasil sem o uso adequado do fertilizante. Daí você imagina um produtor

Seu fartura

que planta mil hectares de soja e comprou 500 toneladas de adubo, para isso pagou algo em torno de R$ 600 mil, adubou esperando colher bem, 55 sacas por hectare, mas infelizmente o adubo que comprou estava adulterado, não tinha os nutrientes na quantidade prometida, sendo assim, a soja produziu menos, afinal faltou alimento para ela, o produtor colheu 40 sacas, 15 sacas a menos por

O Brasil consumiu em 2012 aproximadamente 28 milhões de toneladas de fertilizantes, estamos falando de um mercado superior a R$ 30 bilhões, quando falamos em 20% de adulteração ou fora de padrão estamos falando de muito dinheiro .

hectare, tomando um prejuízo de 15 mil sacas, que ao preço de hoje seriam R$ 750 mil e a indústria toma uma multa de dois a três mil reais. Um absurdo! Claro que o produtor pode pro-

INTEGRAÇÃO LAVOURA x PECUÁRIA

cessar a indústria. É tudo muito simples. Porém, ele precisa saber antes de plantar que o fertilizante estava adulterado, para isto, ele tem que tirar a amostra, mandar para o laboratório, e claro, sem falar de que fórmula se trata o produto. Caso contrário, o resultado tem grande chance de vir dizendo que está tudo certo, daí comunicar o MAPA e a Indústria para ver quando eles podem vir à propriedade para tirar uma amostra oficial, daí contratar um advogado, pagar perícia, custas e esperar 20 anos e quem sabe receber a indenização. Neste contexto todo, aparece uma discussão de mudança da legislação de fertilizantes, justamente para afrouxar as definições do ilícito e desta forma atenuar as penas. Isso é um absurdo e precisa ser combatido. É claro que muitos produtores, importadores e misturados de fertilizantes têm uma política de honestidade e trabalharam de forma pragmática um relacionamento de confiança com os produtores. Somos um país de gestores comprometidos com filosofia, política e engajados em discussões sobre o futuro de um Brasil imaginário, mas distantes da realidade dos produtores. Enquanto tivermos um país recheado de legislações, mas coroado de impunidade, continuaremos em um mundo de faz de conta onde se finge que tudo vai bem e em que todos fingem fazer sua parte, mas só os produtores pagam a conta. Glauber Silveira é produtor rural, engenheiro agrônomo, presidente da Aprosoja Brasil.

Getúlio

Pesquisas feitas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mostram que a soja plantada sobre a palha em solos que receberam anteriormente a brachiária produzem de 7 a 10 sacas de soja a mais em épocas de seca. Diante dessa produtividade e dos ganhos que a integração lavoura/pecuária pode proporcionar, está crescendo em Mato Grosso do Sul o número de agricultores interessados em receber mais informações sobre uma prática que é bastante comum nos Estados do Sul do País.

PREÇO MÍNIMO DA LARANJA O preço mínimo da laranja da safra 2012 será mantido no valor de R$ 10,10, a caixa de 40,8 kg, até 28 de março desse ano. A prorrogação do preço, aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), foi publicada na última terça-feira, no Diário Oficial da União (DOU). A medida permitirá ao governo dar continuidade aos leilões de subvenção dos preços para escoar a produção. Proposta pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a medida atende demanda dos produtores de laranja que, em função de questões climáticas e logísticas, tiveram a safra estendida mais que o previsto.

ETANOL VIRA TEMA DE DIÁLOGO ENTRE BRASIL E EUA A formação de um mercado global de etanol com a participação de Estados Unidos e Brasil foi uma ideia lançada ainda no governo George W. Bush. Agora, no recém iniciado segundo mandato de Barack Obama, a proposta ganha novamente força, apontam especialistas. A cooperação bilateral pode se intensificar porque o mercado norte-americano começa a encaminhar-se para a utilização da mistura de etanol à gasolina. O primeiro passo foi a derrubada das barreiras para a entrada do produto brasileiro em 2011. Porém, a expectativa enfraqueceu porque o País acabou tendo de importar etanol dos EUA em função da queda da produção brasileira. Mais do que simples trocas comerciais, já existem projetos de cooperação em pesquisa sobre biocombustíveis, para a formação de centros de produção internacionais e pela normatização dos padrões técnicos do etanol.

AÇÚCAR TEM PÉSSIMA COTAÇÃO A ICE Futures US (Bolsa de Nova York) para o açúcar bruto tocou, na sessão da última quarta-feira, nos piores patamares dos últimos 29 meses (18,45 centavos de dólar por libra-peso nos contratos com entrega em março). O mercado continua pressionado pelas preocupações com o superávit global, que devem deprimir as cotações no restante do ano. A Organização Internacional do Açúcar (OIA) estimou que a oferta irá ultrapassar a demanda em cerca de 6,2 milhões de toneladas ao longo de 2012/13. Após fecharem no nível mais fraco desde agosto de 2010, o mercado avalia que as cotações irão em breve buscar o suporte psicológico dos 18 centavos de dólar por libra-peso. O volume de negócios foi 25% superior à media do período na ICE Futures US, inflado por fixação de vendas por parte de origens, que estão temendo por preços menores no decorrer do ano.

CARNE SUÍNA SEGUE SEM ALTERAÇÃO DE PREÇOS O mercado brasileiro de carne suína encerrou mais uma semana marcada por poucas alterações no quadro de preços. De acordo com a analista de Safras & Mercado Andreia Mariani, muitas praças acompanhadas mantiveram seus preços, o que é um fator positivo em meio à tradicional queda verificada nesta época do ano. Mariani informa que apenas em Rondonópolis, no Mato Grosso, houve recuo na cotação do quilo do suíno vivo, de cinco centavos, chegando ao patamar de R$ 2,95. Na exportação, os dados parciais da Secretaria de Comércio Exterior até a segunda semana de janeiro indicam um embarque de 14,8 mil toneladas e um preço médio de US$ 2.844,1 por tonelada, o que se traduz em um bom desempenho.

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Festa da Uva tem início em Ijuí

Tradicional festa está em sua 45ª edição

A tradicional Festa da Uva da Paróquia São Geraldo tem início

na próxima quarta-feira. Em sua 45ª edição, a festa é um marco

na comunidade ijuiense e envolve festejos, comercialização, religião, doação, comprometimento e a ajuda mútua de pessoas que se unem em torno do objetivo maior, que é fortalecer sua comunidade. Neste ano, o evento segue até o dia 10 de fevereiro. Diversas novidades estão programadas, entre elas o tradicional Desfile de Carros Alegóricos, Show de Talentos Locais, shows ao vivo com músicos locais e sorteio da ação entre amigos. Além das atrações festivas, haverá comercialização de uvas, sucos, cucas, tortas, assados, cachorro-quente e bebidas no Centro de Eventos da Paróquia São Geraldo, na Igreja Matriz Nossa Senhora da Natividade e no Centro Evangélico Ijuí, no Centro, ao lado do Bradesco.

Cancelada solenidade de abertura da colheita do milho Em virtude de Luto Oficial decretado em homenagem à memória das vítimas da tragédia ocorrida no domingo, na cidade de Santa Maria, foi informado o cancelamento da Solenidade de Abertura Oficial da Colheita do Milho no Rio Grande do Sul, que aconteceria no dia 31 de janeiro, na Propriedade de Joceli Noronha, ERS-342, km 132.5, Rincão da Ponte, Distrito de Alto da União, em Ijuí. Uma nova data será definida em conjunto com o Poder Público do município e informada com antecedência.

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Evento acontecerá em data a ser definida

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Transferido o lançamento da Expodireto Cotrijal A Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Industrial comunica que em virtude da tragédia ocorrida em Santa Maria-RS na madrugada de domingo, o lançamento da Expodireto Cotrijal 2013, marcado para o meio-dia de ontem, foi transferido para o dia 1º de fevereiro. A cooperativa lamenta o ocorrido, que deixou mais de 200 mortos, após incêndio em boate na cidade da região central do Estado. “Somos solidários às famílias das vítimas e por isso entendemos que o melhor a fazer neste momento era adiar a data do lançamento”, afirma o presidente da Cotrijal e da Expodireto Cotrijal, Nei César Mânica. O lançamento na sexta-feira está agendado para o meio-dia, no Clube Comercial de Passo Fundo. A coletiva para a imprensa acontece no mesmo local, às 11h. Durante a solenidade será apresentada a programação oficial da feira. A Expodireto Cotrijal 2013 - Feira Internacional acontece de 4 a 8 de março, em NãoMe-Toque.

Ferrugem asiática atinge lavouras de soja de Ajuricaba O Rio Grande do Sul registra, até o momento, 50 focos de ferrugem asiática nas lavouras de soja. Estes dados são do Consórcio Antiferrugem, que reúne informações repassadas por cooperativas, empresas e instituições públicas. Os casos mais recentes da região Noroeste foram confirmados em Ajuricaba, com três focos registrados no dia 22 de janeiro. Outras regiões também já têm a doença na soja. No município de Garruchos, por exemplo, são dois focos; Santa Rosa, um; Manoel Viana, seis registros; Capão do Cipó, dois; Palmeira das Missões outros dois casos; Fortaleza dos Valos, um; Tupanciretã, dois; Santiago também um foco de ferrugem asiática; Júlio de Castilhos, três; e São Paulo das Missões outro caso, além de dois focos em Cruz Alta. Também há ferrugem asiática na região celeiro. A doença preocupa bastante porque também se espalha com o vento entre diferentes períodos e pode causar prejuízos consideráveis nas lavouras, caso não seja tratada adequadamente.

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Ministro busca reduzir dificuldades no fluxo comercial entre países O ministro Mendes Ribeiro Filho manteve contato em Montevidéu com o seu colega de pasta do Uruguai, Tabaré Aguerre, para tratar do comércio bilateral de produtos agrícolas e de assuntos de interesse geral dos dois ministérios. A audiência aconteceu na última quintafeira, na sede do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca. No dia seguinte, a reunião foi em Buenos Aires, com o ministro argentino da Agricultura, Pecuária e Pesca, Norberto Yauhar. Na capital portenha, Mendes Ribeiro deu continuidade às negociações visando reduzir as dificuldades no fluxo comercial entre os dois países. Do lado brasileiro, embora as exportações de carne suína não estejam bloqueadas, representantes do setor privado continuam reclamando que as empresas importadoras argentinas somente conseguem obter as autorizações de embarque, como a Declaração Jurada de Importação (DJAI) e o Registro de Operação de Importação (ROI), quando provam igual montante a ser exportado ao Brasil. O governo da Argentina vem exigindo equilíbrio no comércio de empresa a empresa. Por outro lado,

Auri Braga Historiador e Técnico em Agricultura

Ministro da Agricultura realizou reunião com colegas de pasta do Uruguai e da Argentina

as exportadoras de queijos brasileiras reclamam que não obtêm autorização para exportar e que desde outubro passado não conseguem aprovação da DJAI. Já do lado argentino, as reclamações diminuíram depois que foram facilitadas as importações de maçã,

pêra e uvas frescas. Mas continuam em trâmite os processos referentes ao limão siciliano e lagostins (camarão gigante vermelho). Além disso, o ministro Mendes Ribeiro quer estreitar o relacionamento e posição de interesse da agricultura dos dois países, es-

pecialmente em negociações de organismos internacionais. O titular da pasta aproveitou a ocasião para agradecer o apoio oficial do governo argentino à candidatura do embaixador Alberto Azevedo à direção-geral da Organização Mundial do Comércio.

na tome uma posição, mas isso pode ocorrer nos próximos dias, nos próximos meses”, disse Adriano Silva, supervisor comercial da nova soja da Monsanto em Mato Grosso do Sul. Hoje a empresa tem mil campos com essa semente no Brasil. Essa conta não inclui as áre-

as de empresas licenciadas como a Coodetec, cooperativa de pesquisa agrícola com sede em Cascavel, que tem 30 campos de Intacta RR2 PRO em Mato Grosso do Sul. O Showtec é a maior feira agrícola de Mato Grosso do Sul. Dura três dias e reúne 130 expositores.

Nova soja vira atração em feiras Com plantio comercial liberado, mas disponível apenas para testes até que a China aceite sua tecnologia, a soja Intacta RR2 PRO será atração nas feiras agrícolas deste ano. É o que mostra a movimentação em torno dos estandes e as conversas entre produtores no

primeiro dia da Showtec, evento da Fundação MS que começou na última quarta-feira, em Maracaju, capital da soja de Mato Grosso do Sul. A soja vai facilitar o combate às lagartas, que ampliaram seus ataques às plantações nesta safra. “Não há previsão para que a Chi-

Eleição de nova diretoria Assembleia que irá marcar a eleição da direção da cooperativa para os próximos quatro anos está marcada para os dias 4, 5 e 6 de fevereiro, e será realizada na Afucotri, em Ijuí. O pleito para direção da Cotrijuí deve contar com duas chapas. Isso porque o atual presidente, Carlos Poletto, já anunciou que deve concorrer à reeleição, faltando apenas a inscrição da chapa. Por outro lado, outro grupo se movimenta como chapa de oposição: o pré-candidato a presidente da cooperativa é o atual presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santo Augusto e advogado, Vanderlei Fragoso. As inscrições de chapas podem ser feitas até cinco dias antes de 4 de fevereiro, quando inicia a assembleia. O resultado do pleito deve ser divulgado no dia 6 de fevereiro.

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A história das sementes

Lançamento da Fenasoja

No dia 23 de janeiro a Direção Geral da 20ª Fenasoja reuniu convidados e a imprensa na Casa Polonesa do Parque de Exposições, para o ato de lançamento da 7ª edição da Festa das Etnias. Na ocasião foram apresentados o material de divulgação da festa e anunciados os primeiros patrocinadores da feira. O evento está marcado para acontecer de 19 a 21 de abril deste ano.

Novo programa A Emater vai desenvolver em 26 municípios da região Norte do Estado o denominado Programa de Sustentabilidade do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Em Ijuí o projeto vai abranger 300 famílias. O objetivo é trabalhar a inclusão social e geração de renda com esses pequenos produtores rurais, inclusive com apoio no planejamento das propriedades. A primeira etapa do programa ocorre no mês de março em atividade conjunta com o Conselho Rural Agropecuário de Ijuí para selecionar as 300 famílias no município. Para participar a família precisa ter renda per capita entre dois e 10 salários mínimos mensais. Edvin Bernich ressaltou que em Ijuí há 1,7 mil famílias em condições de participar da iniciativa.

No México, através dos Incas e dos Maias, duas civilizações das mais antigas do mundo, aconteceu a descoberta dos primeiros pés de milho que serviram de alimento para os homens primitivos. Lá existe o Museu do Milho, que inclusive está na mídia brasileira em horário nobre. O Museu do Milho está preservando todas as espécies de milho produzidas e multiplicadas pelo homem das cavernas. São guardadas a sete chaves pelas autoridades de pesquisas agropecuárias daquele país, lá temos espécies de milho de cor preta, amarela, branca, rajada, etc. Estas espigas foram utilizadas pelos pesquisadores para trilhar os caminhos que nos levaram aos dias de hoje, com milhos híbridos e, por último, variedades de milho transgênico. Vamos voltar no tempo e saber como os Maias e os Astecas cultivaram os primeiros pés de milho para sustento de seu povo, quai equipamentos utilizavam para preparar a terra, a maneira que faziam a semeadura, quanto produziam por ha e quanto consumiam. Vamos relatar nessa coluna as primeiras máquinas rudimentares utilizadas em lavouras pós-extrativistas. A história do milho é muito rica, talvez a mais rica e importante de todas as espécies pesquisadas e multiplicadas pelo homem até os dias de hoje, não temos ideia de como as civilizações antigas sobreviviam sem a descoberta deste cereal, talvez tivessem desaparecido civilizações inteiras por falta de alimento, principalmente pelos teores de proteínas e amidos existentes no seu grão.

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Instalação de motores elétricos exige cuidados especiais Motores elétricos são equipamentos destinados a transformar energia elétrica em mecânica, presentes em quase todos os processos produtivos – inclusive nas propriedades rurais – por serem mais eficientes, terem custo operacional menor e não produzirem efeito poluente. Porém, eles requerem alguns cuidados na hora de sua instalação e manutenção, para melhorar o funcionamento e ampliar a durabilidade No meio rural a instalação de motores elétricos significa aumento de produtividade e seu número tem crescido muito devido à expansão e a diversificação das atividades nas propriedades. No entanto, quando é mal instalado, significa dor de cabeça, interrupção na produção, manutenção constante, queimas de componentes de proteção e comando, trazendo prejuízos financeiros e possibilidade de acidentes com pessoas. Vários são os passos a serem seguidos pelos consumidores de energia da Ceriluz para que eles não tenham problemas com seus motores. O primeiro é a escolha correta do motor, quando deve atentar para o seguinte: definição da potência necessária (CV); escolha da marca e fabricante; definir se o motor deve ser monofásico, bifásico ou trifásico; escolher a tensão de funcionamento, frequência e demais características de acordo com a situação. Para fazer uma instalação adequada é importante ter o cuidado com o local de instalação do motor, pois o mesmo deve permitir a

livre circulação de ar para a ventilação, evitando super aquecimento; a construção da base deve ser de tal forma que proporcione a menor vibração possível; o acoplamento do motor à máquina deve ser feito com todo o cuidado; as polias devem estar alinhadas, as correias adequadas às polias e com as folgas necessárias. A fiação bem dimensionada é outro item importante que possibilita ao motor funcionar com as tensões adequadas; a carcaça do motor deverá ser aterrada e os motores de maior potência deverão ser instalados com dispositivo para reduzir a corrente de partida. Um dos grandes problemas da instalação de motores elétricos está nos custos elevados do sistema de proteção e comando e por isso muitos deixam de implantá-lo corretamente. O sistema de comando define a vida útil do motor. Já a proteção é constituída de dispositivos que desconectam o motor da alimentação nos casos de curto-circuito e sobrecarga, não permitindo que ele se queime nestas condições adversas. Os

dois principais motivos de queima de motores no meio rural são: a sobrecarga, quando o motor não possui as proteções adequadas e o operador exige dele potência maior do que a especificada; e a falta de fase, no caso de motores bifásicos ou trifásicos, sem a devida proteção. A NBR 5410 prescreve que todo circuito, inclusive os de motores, devem ser protegidos por dispositivos que interrompam a corrente. Neste sentido, o mais indicado para proteção dos motores é o relé térmico ou de sobrecorrente ou ainda protetores térmicos. No momento de instalar um motor, o associado da Ceriluz deve procurar sempre assistência técnica especializada para determinar questões como o motor adequado que atenda a sua necessidade e para fazer instalação correta do motor e dispositivos de proteção. Antes, é importante também informar a Ceriluz para que ela possa analisar a situação e repassar esclarecimentos sobre a carga do motor e a demanda de energia fornecida.

Tipos de motores elétricos: Motores de Corrente Contínua – são motores de custo mais elevado, pois podem funcionar com velocidade ajustável. Por isso seu uso é restrito a casos especiais em que estas exigências compensam o custo mais alto da instalação, sendo utilizados na sua maioria em grandes indústrias. Motores de Corrente Alternada – são os mais utilizados porque a distribuição de energia elétrica é feita normalmente em corrente alternada, como é o caso da Ceriluz. São os motores usados em ordenhadeiras, trituradores, bombas d’água, betoneiras e elevador do classificador. Motor Síncrono – funciona com velocidade fixa, sendo utilizado somente para grandes potências ou quando se necessita de velocidade invariável. Motores de grande porte utilizados principalmente em siderúrgicas e indústrias em geral. Motor de Indução – funciona normalmente com uma velocidade constante que varia ligeiramente com a carga mecânica aplicada ao eixo. Devido à sua grande simplicidade, robustez e baixo custo, é o motor mais utilizado, sendo adequado para quase todos os tipos de máquinas acionadas e empregadas na prática diária do trabalho na propriedade rural.

Para reduzir custos, produtores têm diminuído Cultura de soja e milho cresce quantidade de nitrogênio no milho safrinha enquanto produção de arroz, feijão e

trigo fica estagnada

As lavouras brasileiras de soja e de milho têm registrado avanços sucessivos de produtividade, a ponto de gerar excedentes para exportações equivalentes a US$ 26,11 bilhões e a US$ 5,29 bilhões, respectivamente, no ano passado, em decorrência, principalmente, da queda de safra nos Estados Unidos. Porém, a produção nacional de arroz e feijão dá apenas para garantir o abastecimento doméstico, enquanto a colheita de trigo não atende à metade das necessidades de consumo interno, em torno de 10,5 milhões de toneladas por ano. Problemas climáticos também afetaram a Argentina, o maior fornecedor de trigo, cuja produção deve cair de 13,2 milhões de toneladas, no ano passado, para 10 milhões de toneladas, de acordo com estimativa do Ministério da Agricultura argentino.

Alguns produtores estão em busca de maior rentabilidade na produção

Com os custos de produção mais elevados e a área de milho safrinha reduzida por conta do atraso no plantio da soja, os produtores mato-grossenses estão tentando buscar mais rentabilidade na produção. E essa redução tem afetado especialmente a quantidade de nitrogênio usado na lavoura. O agrônomo e pesquisador da Fundação MT, em Sorriso, Claudinei Kappes, diz que, para o cultivo de milho, são necessários, em média, 90 kg de N por hectare. “A gente observa que tem produtor aplicando 60,5 kg de nitrogênio por hectare. Temos hoje híbridos que produzem muito, mas quanto melhor o desempenho produtivo da variedade, mais demanda de nutrientes. Estão pecando na dose e na época de aplicação”, explica.

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Avanços de produtividade têm gerado excedentes para exportações

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Jornal da Manhã | Ijuí, 30 de janeiro de 2013

Clima favorece desenvolvimento de pastagens A boa distribuição e o volume das chuvas das últimas semanas, associados com a elevação das temperaturas e a boa insolação que ocorreram no período no Rio Grande do Sul, têm favorecido o desenvolvimento vegetativo das pastagens cultivadas e a brotação das espécies forrageiras dos campos nativos. No entanto, essas condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento das plantas

forrageiras não ocorrem de forma geral, pois, na região de Erechim, há mais de 13 dias que não chove de forma regular, preocupando os agricultores de muitos municípios. Nas regiões onde as temperaturas médias são mais elevadas, como, por exemplo, na região de Lajeado e de Ijuí, os criadores, já concluíram a elaboração de silagem proveniente das lavouras de milho cultivadas precocemente.

Em continuidade aos debates que têm orientado a construção de uma política pública de fortalecimento da cadeia produtiva do leite do Rio Grande do Sul, a Secretaria da Agricultura promoveu, na tarde de 20 de janeiro, no gabinete do secretário Luiz Fernando Mainardi, uma reunião com a participação das principais entidades do setor. Uma das pautas do encontro foi a criação do Fundo de Apoio do Desenvolvimento do Leite (Fundoleite), nos moldes do Fundovitis e do Fundomate, com o objetivo de financiar as ações de implementação do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite do RS.

Tecnologia mutante

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, com o apoio da Emater/RS-Ascar, promoveu ontem, em Passo Fundo, o Seminário Regional de Irrigação do Programa Mais Água, Mais Renda. O evento foi realizado no auditório da Faculdade Anhanguera. O secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, fez a abertura do evento, que é destinado a produtores e técnicos que atuam no setor agrícola, bem como a lideranças. Logo em seguida, o engenheiro agrônomo José Enoir Daniel, assistente técnico estadual em Irrigação pela Emater/RS-Ascar, falou sobre a importância da irrigação para o agronegócio da região. E, concluindo a programação, técnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio abordaram aspectos operacionais do Programa Mais Água, Mais Renda.

COMO

CENOURA

Para começar a fazer sua própria horta em casa, prepare o local ao qual irá iniciar as plantações com adubos naturais para que a terra possa oferecer às verduras uma condição de crescimento elevada e com qualidade. A cenoura pode ser plantada em todas as épocas do ano, com um tempo de colheita estimado em aproximadamente 82 dias.

Mãos à obra A cenoura deve ser plantada com cerca de 1 cm de profundidade, devem ser estabelecidos espaços entre as mudas, de aproximadamente 30cm uma da outra. Geralmente quando vão dar início à uma plantação de cenoura, são em formas de sementes. Para que a sua fixação na terra seja realizada da melhor forma, devem ser feito espaços com os dedos em forma de linha reta ou em pequenos buraquinhos. Os canteiros devem ter, no mínimo, cerca de 1,4 metro de largura. Dentro dos espaços, coloque as sementes da cenoura, depois de acondicionadas todas as sementes, tampe os buraquinhos com a terra e regue para que as sementes possam começar seu tempo de germinação. Ao longo do tempo, as regações devem ser realizadas em todos os dias, com delicadeza para que não interrompa o processo de crescimento da cenoura. Depois de alguns dias começam a aparecer pequenos sinais das folhas da cenoura, e cada vez mais vão subindo ao solo. Para saber a época correta de colher a cenoura é necessário ficar atento quanto à mudança da coloração das folhas, que começam a ficar amareladas e murchas. É sinal, então, de que está na hora da colheita, as raízes já estão maduras e prontas para o consumo. As vantagens de começar a plantar verduras é a garantia de que os alimentos estão com qualidade e livres de agrotóxicos, com adubos naturais, cuidadas por você mesmo. A cenoura é um alimento muito nutritivo, com riqueza de muitas vitaminas e betacaroteno, que são importantes para a manutenção do corpo e da pele.

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Nas regiões onde as temperaturas médias são mais elevadas, os criadores já concluíram a elaboração da silagem

Seminário sobre irrigação

Agricultura debate com entidades do setor leiteiro

PLANTAR

Pelo o que devo optar em minha propriedade?

O Plantio Direto na Palha (PDP) exige que os restos de culturas anteriores sejam mantidos na superfície do solo, garantindo umidade por mais tempo e proteção contra erosão. Preparo do plantio a rigor, no sistema de PDP o momento do plantio é a única ocasião em que o agricultor mexe no solo. As plantadeiras abrem sulcos para que sementes e fertilizantes sejam depositados na terra. Porém, a correção ocasional do solo pode exigir interferências extras em nome, por exemplo, da agricultura de precisão.

Produtividade de grãos cresce 24% Projeções do governo federal apontam que o crescimento da produção de grãos no Brasil nos últimos dez anos deve registrar elevação de 46,5%, o que não implica também no aumento excessivo de área, de apenas 15,7% no período. Como resultado, o índice de produtividade previsto para o País este ano, se confirmado, será o maior da história – 24% maior que na safra 2002/2003.

Bom desenvolvimento vegetativo As lavouras de soja, em geral, apresentam bom desenvolvimento vegetativo no Estado do Rio Grande do Sul, principalmente as que se encontram nas fases de florescimento e enchimento de grãos. A escassez de umidade recentemente observada em algumas áreas, associada com o estágio das lavouras, começa a causar preocupação aos sojicultores, temendo possíveis prejuízos. No atual momento, em todas as regiões produtoras, as observações indicam o contrário, colocando as estimativas em patamares superiores. O enfraquecimento dos prêmios de exportação e a estabilidade do dólar diante do real resultaram em movimento negativo para os preços atuais. No mercado local, o preço da saca de 60 kg teve recuo de 2,96% em relação ao preço da semana passada, ficando para o produtor em R$ 57,74.

Sei que este assunto ou discussão é antiga. Tenho experiência em controle biológico e mesmo Manejo Integrado de Pragas, e há quem diga que hoje deve ser praticado o Manejo Ecológico de Pragas, algo que concordo, mas pelo lado prático, às vezes um funciona e outro não. Sabe-se que inúmeros problemas acarretam a eficiência do controle de pragas em nossas lavouras, mas a principal é a consciência de quem planta e futilidade de quem compra, exigindo padrões de beleza ao produto, sem a real preocupação com o bem-estar alimentar. Lembro-me em certa ocasião que um pesquisador, de uma renomada universidade pública, me contava sobre a contaminação de agrotóxicos, numa capital, pois ele desenvolverá um produto para detectar esta contaminação. Ele coletou lotes aleatórios na central de distribuição de alimentos agrícolas, fez os testes e depois comparou, com os produtos no supermercado, e, pasmem, os produtos, na central “não estavam contaminados”, mas no supermercado, sim. Como isso é possível? Simples. À noite, os funcionários aplicavam inseticidas, para evitar que as senhoras da classe média-alta encontrassem insetos. Quais insetos? Se estes já tinham sido controlados com o uso do inseticida no campo. O fato é que esta população não aceitava insetos nos produtos, pois a paranoia de que inseto é sinônimo de alimento insalubre tomou conta de nossa sociedade. O controle de pulgões, esse confesso que é fácil, pois a aplicação de cinza com soro de leite tem demonstrado eficiência no controle de Toxoptera citricida, a vantagem deste método que não afeta os pulgões mumificados, que contêm o parasitóide dentro do que permite a sua emergência e início do processo de parasitismo em outros pulgões. Acredito que cada forma de controle tem seu nicho, uma vez que a agricultura extensiva “in”felizmente necessita de uma carga muito grande de pesticidas, em contracenso temos a agricultura familiar, pequena e média, que podem trabalhar como controle alternativo. Bom, para finalizar esta coluna, deixo a pergunta no ar, Controle Convencional ou Alternativo: O que devo optar em minha propriedade? Willian Costa Rodrigues

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Jornal da Manhã | Ijuí, 24 de dezembro de 2012

Bancada ruralista busca derrubar vetos ao Código Florestal Mal entrou em vigor, o novo Código Florestal inicia 2013 em meio a polêmicas. No Congresso, a bancada ruralista se articula para derrubar os vetos da presidente da República, Dilma Rousseff, ao texto. O vice-líder do DEM e integrante da Frente Parlamentar do Agronegócio, deputado Ronaldo Caiado (GO), quer aproveitar a análise de mais de 3 mil vetos presidenciais, que o Congresso poderá fazer em fevereiro, para resgatar o texto aprovado pelos parlamentares, sobretudo quanto à recuperação de áreas de preservação permanente (APPs). “Foi acordado que a recuperação das áreas que já estão produzindo teriam uma escala em menor proporção, ou seja, elas teriam de ser avaliadas sobre a real necessidade de sua preservação. E, no caso dos cursos d’água acima de 10 metros, teríamos uma graduação menor na metragem. Esse foi o acordo feito e que, infelizmente, não foi respeitado pela presidente”, argumenta Caiado. O projeto original (PL 1876/99) do novo código, aprovado pelos parlamentares em maio do ano passado, já havia sofrido vetos parciais, que foram complementados pela Medida Provisória 571/12. Essa MP (convertida na Lei 12.727/12), porém, após ser modificada pelos parlamentares, também teve

Novo código também é alvo de três ações diretas de inconstitucionalidade

nove itens vetados por Dilma, em outubro, sob o argumento de não anistiar desmatadores e garantir a inclusão social no campo. Desde então, um decreto presidencial resgatou a chamada “escadinha”, que traz regras diferentes de recomposição das margens desmatadas de rios, de acordo com o tamanho da propriedade. O novo Código Florestal também é alvo de três ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) movidas pela Procuradoria Geral da República (PGR), no Supremo Tribunal Federal (STF). O Ministério Público questiona vários dispositivos da nova lei, entre eles a definição de APPs, a redução da reserva legal e a chamada anistia para quem desmatou até julho de 2008. O Partido

Verde divulgou nota em apoio à iniciativa dos procuradores. O coordenador de política e direito do Instituto Socioambiental, Raul do Valle, avalia que, apesar do atual momento de insegurança jurídica, o pior cenário seria a manutenção de uma lei que, segundo ele, possui itens inconstitucionais e que afetam o equilíbrio ecológico. “Não há dúvida de que haverá insegurança jurídica. Esse é o preço que os parlamentares que quiseram aprovar essa lei colocaram para a sociedade.” Nas ações encaminhadas ao Supremo, o Ministério Público pede a concessão de liminar para a suspensão imediata dos dispositivos questionados no novo código, até o julgamento final do caso.

Exportações de soja devem crescer 64% em uma década Cerca de 1,5 mil pessoas participaram da 12ª edição do Show Safra, realizado nos dias 24 e 25 de janeiro, em Lucas do Rio Verde. Neste ano, o tradicional evento que apresenta novas tendências de produção para as culturas de soja e milho, teve como novidade o espaço Aprosoja, que além de apresentar aos produtores as conquistas da entidade, trouxe também a agenda do agronegócio para este ano, apresentando a situação de demandas como o pagamento de royalties, o Funrural, o Código Florestal e outros. Em seguida, o diretor de Políticas Globais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, na sigla em inglês), Mike Dwyer, falou sobre as projeções de preços para longo prazo na agricultura. “Este ano, o Brasil já se tornou o maior produtor de soja do mundo, e em breve também será o maior exportador. Nos próximos dez anos a China vai aumentar a importação de soja, e com a exportação crescente do Brasil, em uma década, haverá crescimento de 64%”, afirma Dwyer. Esta é primeira vez que o diretor do USDA vai a Mato Grosso. Durante visitas às propriedades do Médio-Norte do Estado, ele afirmou estar entusiasmado com a produtividade e a tecnologia mato-grossenses. O presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, parabenizou a organização do Show Safra e afirmou o compromisso da entidade com eventos como esse.

Em breve, o Brasil poderá ser o maior exportador de soja do mundo

Consultec: a mais nova opção regional de assistência a propriedades rurais

A missão da Consultec é ser uma empresa inovadora no setor agronômico

A empresa está situada na Rua 20 de Setembro, próximo à matriz do Banco do Brasil

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A Consultec é uma empresa especializada em consultoria e planejamento agronômico, sob propriedade dos engenheiros agronômos César Pettenon e Thomás Paulo Kazmirski. Tendo como objetivo oferecer aos clientes o serviço de acompanhamento técnico dirigido a propriedades rurais, a empresa disponibiliza consultoria e planejamento técnico de atividades agropecuárias, juntamente com a elaboração de projetos técnicos agrícolas “custeios, investimentos e pecuários”. Sua missão é ser uma empresa inovadora no setor do agronegócio, trabalhando para o desenvolvimento sustentável de seus clientes, através da criação e implementação de soluções baseadas no conhecimento agronômico, auxiliando o produtor na tomada de decisões, através da consultoria e do planejamento técnico das suas atividades. Tendo o foco no cumprimento do papel do engenheiro agrônomo, proporcionando crescimeno e rentabilidade aos produtores. A Consultec localiza-se no mu-

nicípio de Ijuí, próximo à matriz do Banco do Brasil, na Rua 20 de Setembro, 45, Térreo, Centro. A empresa está à disposição dos pro-

dutores para contatos através dos telefones (55) 9925-3388 ou 99393398 e e-mails cesarconsultec@ bol.com.br ou thomasconsultec@ bol.com.br

29/01/2013 10:23:32


Governo garante recursos para comercialização da laranja

Expectativa é de que sejam comercializadas 12 milhões de caixas

O governo federal definiu a aplicação de até R$ 50 milhões de recursos para a aplicação de recursos para garantir a susten-

tação de preço da laranja produzida na safra de 2012. A medida foi publicada no dia 24 de janeiro, no Diário Oficial da União

(DOU) pelos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog) e da Fazenda (MF). A medida faz parte da política de sustentação de preços por meio de leilões de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) e de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro), visando apoiar a comercialização de laranja no mercado interno e garantir o preço mínimo ao produtor. Nesta semana, o governo federal já havia definido a prorrogação do preço mínimo da caixa de 40,8 kg em R$ 10,10 até o dia 28 de março deste ano. No ano passado, 26 mi-

lhões de caixas do produto foram arrematadas em 16 pregões, beneficiando 1,7 mil produtores. De acordo com o secretário de Política Agrícola do Mapa, Neri Geller, com o anúncio de mais recursos, a expectativa é que sejam comercializadas mais 12 milhões de caixas. O governo federal ainda adotou outras medidas em 2012 para auxiliar o setor, como a prorrogação de dívidas dos produtores de laranja e da Linha Especial de Crédito. Outra política de apoio foi a criação da linha de manutenção de pomares, com limite de R$ 150 mil, juros de 5,5% ao ano e prazo para pagamento de até cinco anos.

Produção de milho pode atingir 70,7 mi de toneladas O Brasil deverá produzir 70,716 milhões de toneladas de milho na safra 2012/13, volume aquém das 72,698 milhões de toneladas colhidas na safra 2011/12, segundo o novo levantamento divulgado pela Safras & Mercado. O analista da consultoria, Paulo Molinari, afirma que o recuo esperado na produção deve ser puxado pela expectativa de menor colheita na segunda safra de milho. “Alguns Estados de grande participação na safrinha, como Goiás e Mato Grosso, acabaram enfrentando atrasos no cultivo da safra de verão de soja, o que, consequentemente, acabará afetando a colheita e o posterior cultivo da safrinha de milho”, explica. Segundo Molinari, a área total da safra 2012/13 deve recuar 7,6%, de 14,825 milhões de hectares para 13,705 milhões de hectares, enquanto a produtividade média deve crescer de 4.904 quilos por hectare para 5.160 quilos por hectare.

O que o Brasil pode esperar do agro em 2013 O agro deve contribuir ainda mais com a economia brasileira em 2013, mesmo depois de um ano excepcional em 2012. O superávit do setor foi de US$ 79,4 bilhões, mais de quatro vezes acima do que o saldo comercial total do País. O Produto Interno Bruto (PIB) do agro ainda não foi fechado, mas no terceiro trimestre de 2012 (dado mais recente disponível) o PIB da agropecuária teve o maior crescimento desde que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) começou a

calculá-lo, em 1995. A quebra da safra americana de soja e milho ajudou e fez disparar os preços internacionais dos grãos, despejando mais recursos nas economias regionais Brasil adentro. Colheu-se uma safra recorde de milho, que resultou em exportações igualmente recordes do grão. Agora, em 2013, o Brasil deve colher a maior safra de soja do mundo, por conta da queda da produção dos Estados Unidos, e deve ampliar ainda mais o resultado da balança comercial.

“A tendência é de um ano bom para os produtores, com geração de excedentes exportáveis crescentes, principalmente em grãos e açúcar, e a garantia absoluta de abastecimento interno”, avalia o coordenador de Agronegócios da FGV e ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. O clima tem favorecido a produção de grãos em todo o País, diferentemente do que ocorreu no ano passado, com secas que prejudicaram a produção no Sul e no Nordeste.

Em 2013, o Brasil deve colher a maior safra de soja, por conta da queda da produção dos EUA

Adesão de royalties pode ser individual Uma das metas centrais do acordo firmado entre algumas Federações brasileiras e Monsanto sobre o pagamento de royalties é macro, e dessa forma, os agricultores poderão aderir individualmente. Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Shreiner, os produtores podem firmar ou não o acordo com a empresa. As dez federações, que representam cerca de 70% da produção nacional de soja, proporcionaram um acordo macro, o qual

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os produtores podem aderir individualmente. Os agricultores que optarem pelo acordo terão que assinar um termo de compromisso, e a partir daí ficarão desonerados dos pagamentos dos royalties nas safras 2012/13 e 2013/14. Já a situação do Mato Grosso é diferenciada, haja vista o Estado tinha uma ação judicial que lhe dava o direito do recolhimento dos royalties. Os produtores terão que depositar os valores em juízo. “O que queremos é desonerar o setor produtivo rural bra-

sileiro em US$ 500 milhões, esse é o pano de fundo. Achamos que o uso da tecnologia deve ser pago uma vez que as empresas investiram e precisam ser remuneradas, mas os preços devem ser debatidos”, relata Shreiner. Por outro lado, os produtores que assinarem os termos irão abrir mão dos valores recolhidos nos dois últimos anos. Além dos preços, outro ponto que também será discutido é a cobrança na moega, na qual, os agricultores salvam as sementes e plantam e depois é descontado um valor.

Embrapa apresenta tecnologias e cultivares de soja A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, participa do evento Bela Safra, em Cambé-PR, apresentando as novidades da pesquisa que contribuem para sustentabilidade da agricultura brasileira e para o desenvolvimento da cultura da soja. No campo serão apresentadas as variedades de soja convencional e transgênica, indicadas para a região. Sucesso absoluto entre produtores de soja convencional, a BRS 284 é o destaque da Embrapa para os produtores que estão procurando um material altamente produtivo e com possibilidade de recebimento de bônus junto aos compradores de soja convencional. Para produtores de soja transgênica, a novidade é a BRS 360RR, cultivar recomendada para semeadura no cedo, precoce, com alta produtividade e excelente sanidade.

29/01/2013 10:23:48


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