Jornal da Manhã
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Ijuí, 30 de julho de 2013
Ijuí produz mais de 15 mil toneladas de forrageiras de inverno
Desde 2004, a SulPasto desenvolve pesquisas para beneficiar os produtores de gado de leite e de corte na região de Ijuí. Atualmente, a Associação esporta para África e Europa. Pág. 8
Energia Informações da tarifa podem esclarecer detalhes fundamentais na gestão de propriedades rurais. Pág,16
Referência
Estado tem um dos frigoríficos mais modernos do País. Pág. 5
Ijuiense vence concurso de melhor mel escuro do RS. Pág.6
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Resoluções sobre emplacamento dos tratores são prorrogadas. Pág. 16
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ARTIGO
A POLÍTICA BRASILEIRA DE DESCARTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS A fim de atender a um dos maiores desafios em termos ambientais no Brasil, recentemente foi sancionada a Política Nacional de Resíduos Sólidos, visando reduzir a poluição e a degradação ambiental, envolvendo todos os agentes da sociedade. A nova lei introduziu no ordenamento jurídico a responsabilidade compartilhada, envolvendo sociedade, empresas, prefeituras e governos estaduais e federal na gestão dos resíduos sólidos. Estabeleceu, ainda, que as pessoas físicas geradoras de resíduos domiciliares devem acondicionar de forma adequada o lixo para o seu recolhimento, fazendo a separação onde houver a coleta seletiva, bem como devolver os produtos após o seu uso e consumo. A partir desta política, o consumidor também foi considerado um gerador de resíduos com obrigações determinadas na legislação. Se o consumidor causar danos ambientais, por exemplo, ele poderá ser responsabilizado pelo ressarcimento dos gastos do poder público decorrentes de ações para cessar ou minimizar o evento danoso. É importante entender, portanto, o que são considerados resíduos sólidos. Resíduos Sólidos constituem qualquer material, substância ou objeto descartado, resultante de atividades humanas[1]. São lixo, refugo ou outras descargas de materiais sólidos, incluindo resíduos sólidos de materiais provenientes de operações industriais, comerciais e agrícolas e de atividades da comunidade[2].
Seu fartura
A Política Nacional de Resíduos Sólidos se preocupa com estes materiais, estabelecendo obrigações para os diversos setores da sociedade a fim de que todos participem da gestão de resíduos sólidos e para garantir que os resíduos sejam devidamente utilizados e descartados sem prejudicar o meio ambiente. Nesse sentido, um dos aspectos
São considerados resíduos sólidos os que constituem qualquer material, substância ou objeto descartado, resultante de atividades humanas
mais importantes da política nacional de resíduos sólidos foi a implementação da logística reversa, que nada mais é do que uma série
de ações para recolher resíduos descartados pelo consumidor final e encaminhar ao setor empresarial competente para uma destinação final ambientalmente adequada. A primeira ação da logística reversa é a devolução, após o consumo, dos produtos e embalagens pelo consumidor aos comerciantes ou distribuidores, sendo que estes devem devolver aos fabricantes ou aos importadores de tais materiais. Em seguida, os fabricantes e importadores deverão dar destinação ou disposição final ambientalmente adequada. De acordo com a lei, fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes devem, portanto, estabelecer regras internas e estratégias para a implementação da logística reversa. E no caso de violação dessa política, a legislação brasileira prevê a punição para os infratores, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas, imputando sanções penais e administrativas, incluindo o pagamento de multas, bem como a obrigação de reparar o dano causado. [1] GUERRA Sidney. Resíduos Sólidos. Editora Forense. [2] MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 18ª Edição. Editora Malheiros, 2010, p.577).
Keity Bressani Ribeiro é diretora adjunta da área de Direito Contratual e Societário do Manhães Moreira Advogados Associados
Getúlio
EXPORTAÇÕES DE PAPEL E CELULOSE CRESCEM 4% NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2013 O valor das exportações brasileiras de papel e celulose teve um aumento de 4% no primeiro semestre de 2013, comparado ao mesmo período em 2012. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o valor aumentou de US$ 3,3 bilhões para US$ 3,4 bilhões. Em volume, de janeiro a junho, o aumento foi de 5,1%, passando de 5,4 milhões de toneladas para 5,7 milhões de toneladas. Nos seis meses iniciais deste ano, as exportações dos produtos florestais subiram 3%, chegando a US$ 4,66 bilhões. As vendas de papel e celulose foram de US$ 3,46 bilhões (+4%), enquanto as vendas de madeiras e suas obras foram de US$ 1,20 bilhão (+3,3%).
GOVERNADOR SANCIONA LEI QUE CRIA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO PARA O CAMPO O Governador do Estado, Tarso Genro sancionou sem vetos a Lei do deputado Altemir Tortelli que cria a Política de Educação para o Campo. A publicação da Lei 14.278 foi feita no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira (29). O projeto aprovado pela Assembleia, no dia 2 de julho, por unanimidade, institui uma política de incentivo à permanência através de uma educação voltada aos interesses do campo, com conteúdo que propicia a capacitação dos jovens. A lei visa à qualificação do educando em atividades rurais, com o intuito de que ele adquira as habilidades necessárias para desenvolver projetos inovadores e que agreguem valor na produção familiar. Trata-se de um conjunto de ações públicas para estimular o estudante a escolher o campo para viver e a agricultura como profissão. Nesse método, os alunos passam por períodos de formação nas escolas, alternados com períodos de trabalho na propriedade da família.
CORTE MANUAL DE CANA SERÁ MAIS EM 2014 A Secretaria de Inspeção do Trabalho aprovou o Regulamento Técnico para luvas de segurança utilizadas no corte manual de canade-açúcar. A Portaria nº392 foi publicada no Diário Oficial da União dia 26 de julho. O objetivo do Regulamento é fixar os requisitos mínimos de identidade e desempenho para as luvas utilizadas na atividade de corte manual de cana-deaçúcar, identificando os aspectos relevantes para a concepção e construção das luvas de proteção, resistência dos materiais utilizados, inocuidade, marcação e informação a ser fornecida pelo fabricante e/ou importador, com a finalidade de garantir um produto seguro e eficaz quanto à finalidade a que se propõe.O uso das luvas com Certificado de Aprovação emitido de acordo com o Regulamento será obrigatório a partir de julho de 2014.
JUNHO FOI O MELHOR MÊS PARA AS VENDAS DE AMENDOIM Entre os dias 29 e 31 de julho, a capital paulista está realizando a terceira edição do evento que já é considerado o maior encontro da distribuição de insumos agropecuários do Brasil, o Congresso Andav. A Unidade de Proteção de Cultivo da Basf, além de patrocinadora do Congresso, é uma das empresas expositoras e apresenta aos visitantes algumas de suas inovações com foco em soluções agrícolas. A empresa também aproveita a oportunidade para homenagear o Dia do Agricultor, comemorado em 28 de julho com a apresentação dos vídeos “Um Planeta Faminto e a Agricultura Brasileira“ e um “Planeta Faminto por Tecnologia“. A venda de insumos agrícolas é altamente subsidiada no mercado internacional, os preços variam em função dos estímulos governamentais, especialmente na China e na União Europeia. No interior paulista, a cerca de 400 km da capital, uma cooperativa realiza campanhas para incentivar o produtor rural a investir corretamente no uso de insumos agrícolas.
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Syngenta apresenta produtos e IMEAB PROMOVE 4ª soluções para hortaliças e frutas JORNADA AGROTÉCNICA As novidades foram apresentadas durante a participação da empresa na 20ª Hortitec. Além disso, o público pôde conferir técnicas de jardinagem e manejo de pragas urbanas A Syngenta participou da 20ª Hortitec, de 19 a 21 de julho, em Holambra (SP), com duas novidades em seu estande de frutas e vegetais: a presença da área de Lawn & Garden ( jardinagem e manejo de pragas urbanas) da empresa e a realização em seu espaço do Hortifruti Brasil, tradicional evento de capacitação promovido pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da ESALQ-USP (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”) da Universidade de São Paulo. A feira visa ampliar a oferta de informações e serviços em um mesmo espaço, otimizando o atendimento de uma série de demandas do público visitante, sobretudo agricultores envolvidos com culturas como tomate, cebola, batata, milho doce, pimentão, alface e melancia. “Além de produtos e soluções para hortaliças e frutas, mostramos novidades de Lawn & Garden, como a linha de jardinagem doméstica Resolva. O Hortifruti Brasil, do Cepea, por fim, teve uma programação de palestras sobre tendências do mercado hortifrutícola”, expli-
Estande da empresa ocupou 90 metros quadrados, com diversos ambientes
ca Tércio Tosta, gerente de Marketing de Frutas e Vegetais da Syngenta. Evento mais representativo da horticultura e da fruticultura praticadas no Brasil, a Hortitec é uma vitrine fundamental para a apresentação de tecnologias novas e já consagradas presentes em produtos de proteção de cultivos e em sementes. “A exposição fortalece a imagem corporativa da Syngenta, pois reafirma seu propósito de pensar como o agricultor, integrando soluções que permitem
aumentar a produtividade e, consequentemente, a rentabilidade”, afirma Tosta. Para a área de Lawn & Garden, o evento foi uma oportunidade para mostrar a Linha Resolva a clientes do segmento hortifrutícola que também têm interesse em produtos para jardinagem. O estande da Syngenta ocupou 90 metros quadrados, com ambientes para palestras rápidas, recepção e exibição de cultivos em vasos (pimentão, tomate, melancia e milho verde).
Brasil representa 6% do consumo mundial de fertilizantes Com todo o protagonismo que o Brasil possui no agronegócio e sendo o responsável pela fatia de 22% do PIB brasileiro, o equivalente a R$ 918 bilhões, o país deixa a desejar no consumo de fertilizantes representando míseros 6% do consumo mundial. Com a pouca demanda interna nos insumos, o Brasil
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não tem o poder de ditar a regra de compra e na maioria das vezes depende da sobra do mercado e da famosa lei da oferta e da procura. “A demanda chinesa impacta fortemente na formação do preço internacional, assim como, a demanda americana e europeia. Em alguns momentos é mais interessante
direcionar a produção para alguns mercados do que para o Brasil, devido ao seu baixo consumo. A venda de insumos agrícolas é altamente subsidiada no mercado internacional, os preços variam em função dos estímulos governamentais, especialmente na China e na União Europeia.
Técnicos em agropecuária participaram do evento na Casa do Produtor
Com o intuito de formar Técnicos em Agropecuária de qualidade, com vivências diferenciadas, a fim de promover a transformação no âmbito de sua atuação, enfrentando os desafios das tecnologias, desenvolvendo novas alternativas e enfoques para aumento da renda na propriedade rural, a Equipe do Curso Técnico em Agropecuária pensou e organizou a IV Jornada Agrotécnica que aconteceu nos dias 3 e 4 de julho de 2013, na Casa do Produtor. O evento é promovido pelo Instituto Municipal de Ensino Assis Brasil com apoio da prefeitura municipal de Ijuí, Secretária Municipal de Educação de Ijuí e empresas ligadas ao ramo agropecuário. Com temas de grande importância para o fortalecimento do setor agropecuário de Ijuí e região, a IV Jornada Agrotécnica, faz com que os educandos façam uma reflexão sobre como estão se desenvolvendo as diferentes atividades agro-
pecuárias presentes na Unidade de Produção e desenvolvidas nas empresas que também é o seu campo de trabalho, e desta forma contribuir para o desenvolvimento rural. Os assuntos abordados no evento foram: Biodiesel, Energia Sustentável; Diferenciais Positivos de um Técnico Agropecuário; leite: A busca da Qualidade; Cultura da Canola: Cenários e Produção; Cuidados para uma Armazenagem de Qualidade de Grãos; Produção de Frutas e Hortaliças: Contextualização e Oportunidades Locais; Bem-Estar de Animais de Produção. A Jornada Agrotécnica é de suma importância para que Educandos e Educadores da Instituição reflitam sobre os temas de importância no Cenário do Agronegócio Gaúcho, com o intuito de melhorar a Capacitação dos educandos para interferir e contribuir para o incremento da Renda em Propriedades Rurais do Município e Região.
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Cesb divulga vencedores do Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja O campeão da região Sul e nacional do Desafio de Máxima Produtividade de Soja deste ano é o produtor Hans Jan Groenwold e o consultor técnico Lucas Simão Hubert, do município de Castro, no Paraná. Ambos conseguiram produzir impressionantes 110,55 sacas por hectare utilizando tecnologias e técnicas inovadoras no plantio da soja, apresentadas no IV Fórum Nacional de Máxima Produtividade da Soja, promovido pelo CESB, em parceria com a Coodetec e com a Faculdade Assis Gurgacz (FAG). O evento, que aconteceu no dia 27 de junho em Cascavel, Paraná, contou com a presença de mais de 550 produtores, técnicos e pessoas relacionadas ao mundo do agronegócio. Os participantes tiveram a oportunidade de trocar
experiências bem-sucedidas e discutirem os resultados e métodos adotados pelos campeões do Desafio 2012/2013. “A conquista dos campeões atesta o grande potencial do Brasil na produtividade da Soja, tendo como parâmetro a média nacional de colheita que é 50 sacas por hectare”, afirma Orlando Martins, presidente do CESB. “O Fórum Nacional faz parte da nossa missão de discutir e apresentar temas relevantes para o desenvolvimento da soja no país, além de disseminar técnicas e métodos bem-sucedidos e ainda reconhecer os esforços dos campeões do Desafio”, destaca. Além do campeão nacional de soja não irrigada, os outros campeões regionais e o campeão de soja irrigada também alcançaram
grandes produtividades. Na categoria Soja Irrigada, o campeão foram os produtores da região Valmor Antônio de Bortoli e o consultor técnico
Fórum discutiu temas relevantes para o desenvolvimento da soja no País
Monsanto anuncia o lançamento comercial da soja Intacta RR2 PRO™
Para ter acesso, produtor que optar por usar a tecnologia terá custo inicial de R$ 115 por hectare
A Monsanto anunciou o lançamento comercial da nova tecnologia para soja Intacta RR2 PRO™, que combina três soluções em um único produto: resultados de produtividade sem precedentes; tolerância ao herbicida glifosato proporcionada pela tecnologia Roundup Ready (RR); controle contra as principais lagartas que atacam a cultura da soja – lagarta da soja, lagarta falsa medideira, broca das axilas, também conhecida como broca dos ponteiros e lagarta das maçãs – e supressão às lagartas do tipo elasmo e do gênero Helicoverpa.
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Para ter acesso a todos esses benefícios, o produtor que optar por usar a tecnologia Intacta RR2 PRO™ terá um custo inicial de R$ 115 por hectare, que será pago juntamente com a semente. “Ouvimos dos nossos clientes que essa é a melhor maneira de o produtor remunerar a tecnologia. Ao pagar junto com a semente, ele fica sabendo na hora o custo total do seu hectare plantado e, dessa forma, pode tomar a decisão de usar ou não a tecnologia comparando seu custo com as outras opções no mercado” – diz Marcio Santos, diretor de Estratégia e Gerenciamento de Produto da
Maurício de Bortoli, ambos do município de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, e alcançaram a média de 87,02 sacas por hectare.
Monsanto. Após conversar com diversas lideranças rurais brasileiras, a Monsanto decidiu oferecer, nas próximas quatro safras, um bônus de R$18,50 por hectare – a ser usado para a compra de sementes da soja Intacta RR2 PRO™ no ano seguinte – para aquele produtor que assinar o Termo de Licenciamento e Quitação Geral que contempla diversos aspectos da gestão responsável da tecnologia, como a prática de refúgio, além de dar quitação recíproca em relação ao uso da tecnologia RR1. Dessa forma, considerando o valor desse bônus, o custo de Intacta RR2 PRO™ será de R$ 96,50 por hectare. Os agricultores que quiserem plantar Intacta RR2 PRO™ mas não quiserem dar a quitação recíproca de RR1 deverão assinar um Termo de Licenciamento sem a concessão do bônus, que contempla os vários aspectos de gestão responsável da tecnologia, incluindo o refúgio. As sementes com a tecnologia Intacta RR2 PRO™ serão oferecidas ao agricultor brasileiro pela Monsanto e por outras nove empresas licenciadas, e já podem ser adquiridas junto aos melhores distribuidores e sementeiros do país.
Instituto lança portal que ensina a produzir mudas para reflorestamento
Entre os principais entraves para a expansão de ações de reflorestamento de áreas degradadas no Brasil está a oferta adequada de mudas de espécies nativas. Um problema que deve aumentar diante das necessidades de adequação ambiental impostas aos proprietários rurais pelo novo Código Florestal. Com o objetivo de ajudar a suprir essa lacuna, o Instituto Terra lançou o Portal Semear (www.portalsemear. org), primeiro banco de dados on-line do Brasil que reúne informações sobre todo o processo de produção de mudas florestais a partir da semente. O projeto se tornou possível com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, através da iniciativa BNDES Mata Atlântica.
A importância das espécies forrageiras na conservação do solo Auri Braga Historiador e Técnico em Agricultura
O cultivo de espécies forrageiras, principalmente no Rio Grande do Sul, foi de fundamental importância para a proteção do nosso solo das intempéries climáticas. Nos meses de inverno, nem sempre o produtor gaúcho plantava toda sua área agricultável, por vários motivos. Primeiro, por falta de política agrícola para a maior cultura de inverno do Estado, que é o trigo e por falta de opção de outras culturas que substituísse o trigo daí a importância da resteva que foi formada por espécie forrageira por várias vezes e até hoje, acontece esse processo de ressemeadura natural, veja o caso do azevém que, quando a soja começa a perder a folha, ele já está em processo de germinação espontânea e esperando os raios solares para crescer e formar uma manta verde protegendo nossas lavouras dos processos de lixiviação, tão comum quando se mexia no solo antes do plantio direto. Prática que hoje é conhecida em todo mundo como uma das mais importantes parceiras da agricultura brasileira. A cultura do azevém merece um capítulo à parte, com seis milhões de hectares entre cultivados e de ressemeadura natural, segundo levantamento efetuado pela Apassul (Associação dos Produtores de Sementes do R.G.S). E, sem dúvida, um fenômeno sem precedentes no país.
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Jornal da Manhã | Ijuí, 30 de julho de 2013
Frigorífico da Cotrijuí é referência no Sul do País
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Existe quarentena para não proliferação de pragas no Brasil
Prevenção é a solução para evitar que as pragas exóticas ocorram no Brasil
Complexo de São Luiz Gonzaga tem uma das mais modernas plantas industriais do País
A equipe de Comunicação da Cooperativa (Luiz Eduardo de Carvalho e Adelar Amarante), visitou o complexo Frigorifico da Cotrijui, no Município de São Luiz Gonzaga. Numa área de 63 Hectares, uma das mais modernas plantas industriais do País, abate diariamente 1.500 suínos. Os clientes prioritários são os pequenos e médios Supermercados, envolvendo, principalmente, os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e região Nordeste. A produção é distribuída, sendo 28% no Rio Grande do Sul, 10% em Santa Catarina, 2% Paraná, 21% concentra-se em São Paulo e 39% abrange o Nordeste brasileiro. Ainda, do total produzido, 67% fica no País e 33% da matéria é exportado. Entre os principais compradores da
produção do Frigorifico da Cotrijui, estão Hong Kong, Albânia, Armênia, Angola, Argentina e República da Geórgia, embarcada no Porto de Rio Grande, somando-se, semanalmente, 10 containers apenas de derivados com a marca Tchê. Além desta, o Frigorifico da Cotrijui também atua com inúmeros produtos manufaturados com a marca Refeição. Segundo o Gerente da empresa, Dirceu Fracaro, no País, estão ativos mais de 4 mil clientes. No exterior, são 20 empresas que concentram as compras. O mix de produtos envolve mais de 90 itens, sendo mais de 60 embutidos, 20 de carnes, cortes in natura, carnes temperadas e salgadas. O faturamento do Frigorífico em 2012 chegou a 182 milhões de
reais. Para 2013, o crescimento previsto é de 14%, projetando-se chegar aos 206 milhões. Outro fato positivo é de que os equipamentos e a tecnologia usados no Frigorífico são de ponta equivalentes a Países de Primeiro Mundo. Também é imperioso informar que a caldeira da empresa utiliza, em grande parte, matéria prima própria (eucalipto – resultado de reflorestamento), em sua área. A médio prazo, o Frigorífico da Cotrijui projeta duplicar sua fábrica, com financiamento via BNDES, além de incentivos fiscais dos Governos Federal, Estadual e Municipal. O complexo abriga ainda 540 empregos diretos, tendo forte impacto na economia do Município de São Luiz Gonzaga.
CULTURAS DE INVERNO VIVEM ÓTIMO MOMENTO NA REGIÃO A performance das lavouras de trigo na vasta área da Cotrijui, é uma das melhoras dos últimos anos. O frio intenso, geadas e a presença constante do sol na semana passada, contribuíram decisivamente para esse quadro. A expectativa é de que o sol prossiga ao longo dos próximos dias, dando continuidade ao bom desenvolvimento dessa cultura. No que se refere a safra de aveia, a lavoura também atingiu excelente estado de desenvolvimento, havendo preocupação apenas no que concerne ao apa-
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cessário, controle com aplicação recimento de ferrugem. Nesse caso deve haver, se ne- de fungicidas.
O crescimento constante do fluxo de turistas e do comércio mundial aumentam os riscos da entrada de novas pragas no Brasil. Para se ter uma ideia dos prejuízos que a introdução de uma praga pode causar à agricultura, basta ver o exemplo de uma lagarta recém-introduzida no Brasil: a Helicoverpa armigera, que surgiu nesta safra de 2013, e causou prejuízos superiores a R$ 2 bilhões, principalmente em lavouras de soja e algodão. Não se sabe ao certo como ela entrou no Brasil. A hipótese mais provável é que tenha sido em flores ou plantas ornamentais. Mas o fato é que a praga agora está aqui e pode causar danos a mais de 30 culturas, incluindo: soja, laranja, algodão, quiabo, cebola, melão, morango, batata doce, alface, tomate, maçã, feijão, batata e milho, entre outras. Para enfrentar os prejuízos ocasionados por essa e outras pragas, que dizimaram lavouras brasileiras em um passado recente, como o bicudo do algodoeiro e a ferrugem da soja, são gastos bilhões e bilhões de reais em produtos químicos e, na maioria das vezes, os danos são irreversíveis, levando milhares de produtores à falência. Por isso, o ideal é investir na prevenção para evitar que pragas exóticas – que não ocorrem no Brasil – entrem e causem estragos aos cofres nacionais e coloquem em risco a segurança alimentar, afirma a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Essa prevenção tem nome: chama-se quarentena vegetal e conta com a participação efetiva da empresa. Desde a sua criação em 1973, a Embrapa desenvolve procedimentos de importação e quarentena dos materiais genéticos vegetais destinados aos programas de melhoramento do Sistema Na-
cional de Pesquisa Agropecuária (SNPA) por delegação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Segundo a pesquisadora Abi Marques, que trabalha na quarentena vegetal há mais de 20 anos, 85% das plantas que chegam ao Brasil para fins de pesquisa estão contaminadas com pragas. A quarentena é parte do procedimento de “exclusão” de uma ação de controle, ou seja, cumpre a tentativa de manter as pragas fora de determinada área onde não ocorrem. “A exclusão é, tecnicamente, a melhor opção para evitar a disseminação de pragas”, explica Marques. Um mapeamento recente, realizado em parceria com a Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA), identificou 10 novas pragas com reais possibilidades de entrar no Brasil. O estudo levou em consideração a proximidade geográfica de ocorrência das pragas e a importância econômica das culturas agrícolas que podem ser infectadas. São elas: pulgão da soja; mosca-branca “raça Q”; necrose letal do milho; monilíase do cacaueiro; amarelecimento letal do coqueiro; Striga; ferrugem do trigo; mosaico africano da mandioca; ácaro chileno das fruteiras e Xanthomonas do arroz. Para enfrentar esses desafios, a Embrapa criou uma nova unidade exclusivamente voltada à quarentena de plantas. O objetivo é modernizar a análise das sementes e outros materiais de propagação que são introduzidos no País ou intercambiados com outras instituições de pesquisa. A nova unidade, denominada Embrapa Quarentena Vegetal, está sendo gerenciada pela pesquisadora Abi Marques e funciona dentro da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília.
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Jornal da Manhã | Ijuí, 30 de julho de 2013
Colmeia do trabalho: Ijuí ganha 1º lugar no concurso de melhor mel escuro do Estado O 17° Seminário Estadual de Apicultura realizado no Câmpus da Unijuí, entre o dia 11 e 13 de julho, trouxe uma importante conquista para a “Colmeia do Trabalho”, popularmente conhecida a cidade de Ijuí. Entre as várias amostras de diferentes cidades do Estado, participantes do XVI Concurso Estadual do Mel, a amostra, que recebeu o Prêmio de 1° lugar na categoria Mel Escuro foi a enviada por Ademir Haettinger, pesquisador e apicultor, membro do Grupo de Pesquisadores Religiosos do Rio Grande do Sul. Segundo Ademir Haettinger “este é o prêmio de reconhecimento pelo trabalho apícola, que há tempos é dedicado à qualidade de um dos produtos mais nobres da natureza, que nos é oferecido pelas abelhas, e que traz consigo uma longa trajetória de trabalho e de pesquisas na área da apicultura, que está voltada ao melhoramento genético, aumento da produção e qualidade dos produtos da colmeia”, destaca. De acordo com Ademir, existem vários estudos em andamento, iniciados por religiosos há mais de um século e estas pesquisas tem o apoio de proprietários de fazendas, que cederam os locais para instalação dos apiários de pesquisa com o intuito de identificar em diferentes regiões do Estado as
Victor Kronenberger é Técnico Agrícola especializado em Apicultura
O vice-presidente da Federação Apícola do RS Ademir Haettinger conquistou o primeiro lugar na categoria mel escuro
propriedades medicinais das plantas visitadas pelas abelhas. O apoio das prefeituras das cidades onde as propriedades se localizam também é um diferecnial, sendo que a prefeitura de Ijuí, Emater, Unijuí, CBA (Confederação Brasileira de Apicultura), Fargs (Federação Apícola do Rio Grande do Sul), Agronatur (Cera Alveolada de Qualidade), Jornal da Manhã, Associação de Apicultores
de Ijuí, entre outros apoiam os projetos. O prêmio recebido pelo grupo representado pela médica oncologista Lisiane Hepp, por Ademir Haettinger teólogo e doutor psicanilista e pelo pesquisador de campo Adi Pozato pertence a todos os colaboradores do Grupo de Religiosos do Rio Grande do Sul, que, pela primeira vez na história aceitou participar deste concurso e
Seminário revela poder do veneno da abelha para beleza Um creme facial feito com veneno da abelha, chamado melitina, é um dos cosméticos mais procurados no estande da empresa Prodapys, uma das 20 empresas que participaram, em Ijuí, do 17º Seminário Estadual de Apicultura que aconteceu entre 11 e 17 de julho. O creme promete estimular a irrigação sanguínea aumentando a produção de colágeno, responsável pela rigidez da pele. “O veneno é extraído quando a abelha pousa numa placa eletrizada colocada na entrada da colmeia. Ela se irrita e ferroa a placa, de onde é recolhido o veneno”, explicou o representante do Departamento Comercial da Prodapys, Lissandro Santos da Silva. A empresa, uma das maiores exportadoras de mel do Brasil, também levou para o Seminário, shampoos, sabonetes e cremes para o corpo, ao todo, dez variedades feitas com geleia real, própolis e cera de
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Polinização das lavouras de canola
abelha. A aplicação do mel na indústria de cosméticos amplia as possibilidades de mercado para os apicultores, defendida no Seminário pelo presidente da Confederação Brasileira de
Apicultura, José Cunha. “A comercialização oferece muitos subprodutos, como veneno da abelha, geleia real, larvas, rainhas, própolis, pão de abelha, pólen, apiários, além do mel”, enumerou Cunha.
também em 122 anos permitiu que um estagiário do curso de Técnico em Agropecuária do Imeab participasse das pesquisas e adquirisse conhecimento nas técnicas de criação de rainhas, polinização para aumento na produção das lavouras, produção de mel, pólen, própolis, geleia real, apitoxina e outros produtos das abelhas e a sua utilização no auxílio do tratamento de diversas doenças.
Nova diretoria assume a Associação dos Apicultores de Ijuí No último sábado foi eleita a nova diretoria da Associação de Apicultores de Ijuí. A associação, que há mais de 40 anos desempenha papel fundamental na organização das questões relacionadas ao mel na região terá como representantes pelos próximos quatro anos Aldair Luis Cossetin como presidente, Paulo Deckmann como vice-presidente, Djalmar Schmidt assumiu o cargo de tesoureiro e como vice-tesoureiro Valdir Heck. O secretário que tomou posse foi Daniel Augusto Matinske Koester e como vicesecretário Vilmar Kappke foi o eleito. No conselho fiscal assumiram João Koester, Ademir Haettinger, Áureo Somavilla e Valdemar Freitag.
A canola atualmente é uma fonte de renda extra no período de inverno, além de ser uma forma de se fazer a rotação de culturas que traz bons resultados aos produtores de grãos. É uma planta que exige boas práticas de cultivo para o seu bom desenvolvimento e tem a sua produção aumentada, bem como a melhoria da qualidade de seus grãos através da Polinização por meio de Abelhas, como já é conhecido há muito tempo. Este processo é realizado através da colocação de colmeias, próximas ou na própria área plantada. Os enxames, de preferência, devem ser fortes e colocados já no início do surgimento das primeiras flores, para que as abelhas façam o reconhecimento da área e se habituem ao novo local, e que também realizem um ótimo trabalho de polinização. Pesquisas sobre o aumento de produção e qualidade dos grãos estão sendo feitas por Pesquisadores Religiosos do RS. Este ano foram instaladas colmeias para pesquisa em lavoras de canola, onde irá ser realizado o estudo tanto da cultura, como também do desenvolvimento do enxame nesta florada. Foram isoladas e cercadas com tela fina plantas para se verificar o quanto as abelhas são essenciais na Polinização desta cultura e também ,se houver a ausência de polinizadores, verificar o quanto isto poderá comprometer a produtividade. A área de Canola plantada em Ijuí foi maior este ano e alguns apicultores transportaram e instalaram suas colmeias nas plantações com o intuito de fortalecerem seus enxames com o néctar e pólen oferecido por ela e beneficiar também o produtor destes grãos. Há também os que produzem pólen de canola, que é de excelente paladar, bem como o seu mel também é bem apreciado pelos consumidores. A parceria entre agricultores e apicultores deve acontecer sempre que possível, afinal todos querem produzir cada vez mais e ter êxito em seu empreendimento. A chave para esta parceria está nas pesquisas que trazem melhores resultados a cada ano e que beneficiam ambas as partes envolvidas. Os dados obtidos serão divulgados e saberemos se as plantas isoladas (sem polinização) produzirão grãos ou não e qual a porcentagem de diferença.
Ao todo, dez variedades de produtos à base de mão foram apresentadas
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Jornal da Manhã | Ijuí, 30 de julho de 2013
estudo da onu apresenta proposta para evitar desperdício de comida Um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU) indica que um terço dos alimentos produzidos nas fazendas não consegue chegar à mesa dos consumidores. Para tentar reduzir o desperdício, uma propriedade rural na Califórnia passou a utilizar as mídias sociais para distribuir a produção excedente. O gerente geral da Bloomfield Farms, Nick Papadopoulos, ficava cada vez mais frustrado ao ver que seus empregados retornavam dos finais de semana de vendas com produtos de alta qualidade que venceriam antes do próximo dia de mercado. Normalmente, os trabalhadores costumavam deixar os produtos excedentes em um celeiro, onde Papadopoulos encontrava caixas de verduras, ervas e cenouras empilhadas em paletes de madeira. Então, o gerente lançou uma estratégia para distribuir a comida excedente na página da Bloomfield Farms no Facebook e passou a postar grandes ofertas e descontos nos alimentos durante as noites de domingo. As ofertas são disponíveis para qualquer usuário da rede social. Em uma semana, os vegetais foram adquiridos por pessoas da comunidade vizinha. Na outra semana, um grupo de amigos resgatou todo o excedente. O experimento com marketing na rede social começou quando Papadopoulos tirou um tempo de seu emprego ocomo consultor de mercado e foi trabalhar na fazenda de seu sogro. Ele começou a prestar atenção no problema de comida desperdiçada quando não conseguiu encontrar um lugar para doar 32 pés de brócolis orgânicos. Encorajado pelo sucesso de seus posts no Facebook, Papadopoulos recrutou um time de web para criar um site, o cropmobster.com, no qual os produtores, entidades de combate à fome e consumidores podem acessar as quantias de alimentos disponíveis. O site foi ao ar em março e, desde então, ONGs, restaurantes e consumidores recuperaram mais de 20 mil quilos de comida. Aplicativos e sites que conectam grandes fazendas com bancos de alimentos estão surgindo no país. Uma companhia de São Francisco que trabalha com uma rede de pequenos supermercados consegue comercializar produtos em perfeitas condições que não se encaixam no padrão de qualidade dos supermercados americanos. Nick Papadopoulos espera que esse tipo de rede se torne mais comum. Ele afirma que recolher alimentos de fazendas é uma tradição secular, mas que chegou a hora de fazer isso com ferramentas do século 21.
Farm pede agilidade na conclusão de acordo comercial entre Mercosul e União Europeia A Federação das Associações Rurais do Mercosul (Farm) divulgou carta após encontro na Exposição Agropecuária de Palermo, encerrada no último domingo, em Buenos Aires, pedindo ações concretas de seus governantes para a conclusão das negociações envolvendo um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. O presidente da Farsul e vice-presidente da CNA, Carlos Sperotto, é o presidente pro tempore da Farm. No chamado “Manifesto de Buenos Aires”, a Farm, que congrega as principais entidades do agro da região, afirma que o Mercosul deve se consolidar como fornecedor competitivo e confiável de alimentos e energia renovável nas novas bases da economia global. Segundo a entidade, o rápido desfecho do acordo é um “aspecto-chave para consolidação do desenvolvimento das comunidades do Mercosul.” A demora pode fazer o bloco perder importância no mercado agrícola mundial. A conclusão de um tratado entre Estados Unidos e União Europeia, em debate desde fevereiro deste ano, preocupa o setor produtivo brasileiro e do Mercosul. Se a negociação for concluída, os Estados Unidos podem ampliar as vendas para o mercado europeu, tomando espaço ocupado atualmente pelos produtos brasileiros. A União Europeia é destino de 23% das exportações do agronegócio brasileiro, totalizando, em 2012, cerca de US$ 22 bilhões. Segundo o Instituto Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o fato de o Mercosul não ter fechado um acordo comercial com a União Europeia, em 2004, impediu que o Brasil conseguisse ganho comercial de US$ 1 bilhão. O mesmo estudo mostra que, firmada a parceria, as vendas externas de etanol brasileiro poderiam ter crescido 42%.
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Programa de formação de jovens é prorrogado Jovens de 120 municípios da região Sul serão beneficiados pelo programa A vigência do Termo de Cooperação entre a União e a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) para realização do curso de Formação de Jovens em Agricultura Sustentável, Gestão e Inovação Tecnológica foi prorrogada até 31 de outubro de 2014. Antes, o prazo era até dezembro deste ano. Recursos na ordem de R$ 1,7 milhão foram disponibilizados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Do total, R$ 208 mil já foram aplicados na confecção do material didático. Em agosto, começa o curso nos campi da UFFS de Realeza (PR), Chapecó (SC) e Erechim (RS). Participarão 126 jovens, de 120 municípios, dos três Estados da Região Sul. Estes jovens serão formados como monitores e retornarão aos seus municípios para ajudar na capacitação de 120 turmas, com 40 jovens cada. A expectativa é que o projeto forme 4,8 mil jovens. “Temos políticas públicas para dar a possibilidade ao jovem de continuar como agricultor familiar como é o caso do Pronaf Jovem e do Pronatec Campo. Esse curso também é uma forma de apoio de valorização do espaço rural, tendo em vista a permanência dos jovens no campo com renda, educação e qualidade de vida”, destaca o secretário de
Jovens da região Sul recebem formação em agricultura familiar
Agricultura Familiar do MDA, Valter Bianchini. O papel da UFFS é garantir o desenvolvimento das etapas do curso, elaborar o material pedagógico e oferecer o espaço físico. O coordenadorgeral do projeto na Universidade, Jaci Poli, diz que a maior expectativa é a questão da sucessão na agricultura familiar. “Quando os pais passam a terra para seus filhos não tem interrupção e o processo se eterniza. A inserção dos jovens na construção da agricultura familiar faz com que eles tenham uma solução tecnológica para cada unidade
de produção”, avalia Bianchini. A seleção dos 126 jovens monitores já foi realizada pelos sindicatos da agricultura familiar locais. Eles receberão ajuda de custo da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf/Sul) para a participação nas atividades de formação das turmas de jovens agricultores locais. Já o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) vai disponibilizar recursos para técnicos acompanharem os projetos dos jovens ao final do curso.
Setor agropecuário gera 59 mil empregos em junho
A Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) destaca a participação do setor agropecuário na geração de empregos em junho, quando foram criados 123,8 mil postos, conforme dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O setor agropecuário gerou 59 mil vagas no mês passado, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A expectativa da CNA para o segundo semestre é de que se mantenha o número de contratações.
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Fundada em Ijuí, a Sulpasto já conta com 24 empresas
Em Ijuí, são produzidas cerca de 15 mil toneladas de sementes forrageiras no inverno, mas é no verão que a empresa encontra dificudades na produção Iniciou-se em Ijuí, no ano de 2004, um empreendimento inovador voltado para a pesquisa de forrageiras de inverno. Nasceu assim a Associação Sul-Brasileira
para o Fomento de Pesquisas em Forrageiras de Ijuí (Sulpasto).
“Estou há seis anos em parceria com o Auri Braga, o Jorge Parts, além do Miguel. A Sulpasto é a filha do núcleo de produtores de sementes de Ijuí”, explica um dos fundadores da Associação, Sadi Pereira. “Nós sentimos a necessidade de trabalhar com pesquisa.” Ele conta que há uma lei no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que determina que a semente forrageira não pode ser comum: “Por
isso trabalhamos para beneficiar os produtores de gado de leite e de corte da nossa região”, destaca. A Sulpasto contou com seis empresas, atuando em áreas experimentais nos municípios de Ijuí, Coronel Barros, São Luiz Gonzaga e Teutônia. Com o passar do tempo, chegou-se a 24 empresas (número atual) de todo o Sul do País - RS, Paraná e Santa Catarina. As pesquisas foram realizadas em convênio com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e Embrapa. Hoje, a Paraná conta com uma empresa integrante da Associação, Santa Catarina conta com três empresas, e no RS, ao todo há 20 empresas integrantes da Sulpasto. “Destas empresas, três são coope-
rativas fortes no RS e SC, entre elas a Cotrijui”, conta Pereira, ao apresentar que a nível de Ijuí as empresas abrangem 156 funcionários. Ele ressalta que como empresa, enfrentam algumas dificuldades atualmente: “A maior quantidade de forrageira produzida é de inverno. Quando chega o verão, com o calor, ficamos muito tempo sem luz, com máquinas e funcionários parados”, explica Pereira. Ele frisa também as dificuldade relacionados ao acesso: “Nós produzimos divisas para o município, temos que ter condições nas estradas, será que não merecemos asfalto? Ainda, nós precisamos de uma área industrial, grande, com acesso, com energia, internet, enfim, toda a estrutura necessária
para a instalação de uma grande empresa. Ijuí carece disso e muito”, alerta Pereira, para a necessidade de que a Sulpasto possua uma sede no município. Atualmente a Associação vende dentro do território nacional para os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Pará e Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Mas, a Sulpasto também manda suas sementes forrageiras para os mercados internacionais: África, Argentina, Uruguai, Espanha e Japão. Auri Braga, outro fundador da Sulpasto conta que este nome foi escolhido porque já há alguns anos os Estados do Mato Grosso e do Sul criaram a Unipasto: Configurando-se na segunda associação de pasto do País. Quan-
Selo comum das empresas que participam da Sulpasto
do do lançamento da nossa cultivar em Passo Fundo, tivemos o ministro da Agricultura nos prestigiando. Tudo isso é Ijuí, sempre levamos o nome do nosso município.
Associação gera um montante anual de mais de R$ 3 mi em impostos que vão diretamente para os cofres de Ijuí
Registro protege criação de novas cultivares
Convidados pelo vereador Andrei Cossetin (PP), os diretores da Sulpasto, a Associação SulBrasileira para o Fomento de Pesquisas em Forrageiras de Ijuí, mostraram na tribuna da Câmara de Vereadores a dimensão tomada pela instituição desde sua criação, em 2004. Criada através de uma parceria público-privada, a Sulpasto é hoje uma referência em pesquisas de cultivares de sementes forrageiras no País, contribuindo para o melhoramento de sementes para a criação de gado de corte e de leite. Em Ijuí, são produzidas cerca de 15 mil toneladas de sementes forrageiras em sua produção de inverno, e mais de 7 mil toneladas do produto no verão. O total produzido, segundo a direção da associação, gera um imposto
O Ministério da Agricultura estabeleceu mecanismos para a organização, sistematização e controle da produção e comercialização de sementes e mudas, e instituiu, por meio da Portaria n° 527, de 30 de dezembro de 1997, o Registro Nacional de Cultivares (RNC), que tem como preceito fundamental que a geração de novas cultivares se traduz em altas tecnologias transferidas para o agronegócio, indispensáveis ao sucesso deste, pelo aumento da produtividade agrícola e da qualidade dos insumos e dos produtos deles derivados. As cultivares são disponibilizadas ao agricultor com os mais recentes avanços da pesquisa em genética e melhoramento vegetal, transformadas em insumos, sob a forma de material de propagação.
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mensal de R$ 340 mil, chegando a um montante anual de mais de R$ 3,8 milhões para os cofres do município. Em Ijuí, atualmente são seis empresas que integram a Associação, contando com 156 funcionários. Até o momento, a Associação já investiu mais de R$ 800 mil em pesquisas, sendo que 36% deste valor foi com semente certificada de inverno, e 64% investido em semente certificada produzida de verão. As seis empresas ijuienses vendem as sementes forrageiras para outros Estado do RS, Santa Catarina, Paraná, São paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Pará. Além disso, as empresas exportam para o Uruguai, Argentina, Japão, Itália, África, Portugal, Espanha, França.
Auri Braga, um dos fundadores da Sulpasto, esteve na Câmara de Vereadores
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Jornal da Manhã | Ijuí, 30 de julho de 2013
Produtor ijuiense deverá colher mais de 150 toneladas de aveia branca O cultivo de aveia no Brasil apresentou aumento na área colhida a partir de 1980. A preferência na utilização de aveia sempre recaiu sobre a produção de forragem, isolada ou associada a outras forrageiras, cultivando-se principalmente aveias pretas. A produção brasileira de aveia grão está concentrada nos estados do Sul do País, com registro de cultivo no Estado do Mato Grosso do Sul a partir da safra 2009/2010. Até meados da década de 1990, o RS era o maior Estado produtor (aproximadamente 65% da produção total do País), no entanto, entre as safras 1995/1996 a 2006/2007, o Paraná passou a ser o maior estado produtor respondendo por 67% do total de aveia grão produzido no país no período. A partir da safra 2007/2008, o RS voltou a ser o maior Estado produtor de aveia grão. No período de 2007-2011, o RS representou 62,7% da área colhida (61,6% da produção. No RS, a produção de aveia grão está concentrada nas microrregiões geográficas de Ijuí
Tomáz cultiva em torno de 60 hectares na região da Linha Uma Norte e entrega as sementes para as empresas da Sulpasto
(23,3% da produção do Estado no período 2006-2010). Na Linha Uma, em Ijuí, o produtor Geno Tomáz, cultiva ao todo 60 hectare de aveia branca, de onde colhe em torno de 150 toneladas, sendo vendida a R$ 0,40 o kg. O produtor entrega sua se-
ESTADO PRETENDE ISENTAR PRODUTORES GAÚCHOS DE CONTRIBUIR COM FUNDOLEITE O governo estadual pretende isentar os produtores gaúchos de contribuir com o Fundoleite, fundo que deverá custear políticas de incentivo ao setor. Segundo o secretário adjunto da Seapa, Cláudio Fioreze, o governo está disposto a abraçar dois terços do orçamento, reservando à indústria a terça parte. Na semana que vem, representantes da Seapa, dos produtores e da indústria reúnem-se para fechar acordo, encaminhar os ajustes no projeto de lei ao governador Tarso Genro para, então, retomar o regime de urgência da pauta na Assembleia Legislativa.
PROJETO PILOTO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DE PROTETOR SOLAR ATENDERÁ 130 MUNICÍPIOS A regulamentação da Lei do Protetor Solar foi uma das novidades do Plano Safra Estadual 2013/2014, anunciado pelo governador Tarso Genro. A Lei 13.469, de autoria do deputado Heitor Schuch (PSB), cria o Programa de Proteção à Saúde do Trabalhador Rural e prevê a distribuição de protetor solar aos agricultores familiares como forma de prevenção ao câncer de pele. Aprovada em 2010, a norma também beneficia pescadores e aquicultores. Com a publicação do decreto de regulamentação, a expectativa do deputado é de que o programa comece a ser operacionalizado pela Secretaria da Saúde a partir do final do segundo semestre. Inicialmente, será realizado um projeto piloto abrangendo em torno de 130 municípios gaúchos, definidos a partir de critérios técnicos como maior ocorrência de casos de câncer de pele, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
TRIGO GAÚCHO SEGUE COM PROJEÇÕES DE OTIMISMO SENDO RESISTENTE AO INVERNO Com tamanha preocupação em cima das mais adiantadas lavouras de trigo paranaenses, vemos o trigo do RS escapando ileso das ondas de frio e com certo otimismo quanto aos rendimentos. O acompanhamento semanal da Emater-RS apontou para a finalização do plantio gaúcho de trigo e também o início do período reprodutivo. Segundo o órgão de assistência técnica local, a porção Noroeste do Estado e a região das Missões já apresentam início do florescimento, em área equivalente a 1% do total plantado no Estado.
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mente para a Cotrijui, onde é feita a comercialização para os demais Estados e países. Segundo ele, esta é uma cultura que não apresenta grandes dificuldades no desenvolvimento, sendo necessário a pulverização das lavouras em torno de três a quatro vezes.
Tomáz pulverizou a aveia nesta semana. Ele conta que algumas semanas antes do início da colheita, que deve ocorrer no começo do mês de outubro, é preciso pulverizar as lavouras novamente. “Apesar das perdas que o trator acarreta, a pulverização é necessária”, explica.
Banrisul disponibiliza cerca de R$ 1,5 bi ao Plano Safra Estadual O Banrisul disponibiliza R$ 1,5 bilhão em recursos próprios para financiamentos do Plano Safra Estadual 2013/2014. Para custeio, serão destinados R$ 800 milhões; para comercialização, R$ 450 milhões, e para investimento estão previstos R$ 250 milhões. O volume total representa um acréscimo de 15% em relação à safra agrícola de 2012/2013, que foi de R$ 1,3 bilhão. De acordo com o presidente do Banrisul, Túlio Zamin, os investimentos na área de crédito rural demonstram o compromisso da instituição em garantir recursos para a agropecuária, setor produtivo fundamental para o desenvolvimento do Estado. Os produtores rurais poderão financiar o custeio do plantio de soja, milho, arroz, feijão, hortifrutigranjeiros, entre outras culturas, e o custeio pecuário (bovinos de corte e
Túlio Zamin
leite, suínos, ovinos, avicultura e piscicultura), pastagens de verão, aquisição de animais nas feiras de primavera, comercialização de grãos e derivados da uva. Além destas modalidades, também estarão disponíveis linhas de crédito para investimentos, em especial as linhas do programa para irrigação Mais Água, Mais Renda. Os produtores rurais interessados nos financiamentos podem encaminhar suas propostas diretamente na rede de agências do Banrisul.
9 Crescimento da população é oportunidade ao agronegócio Os desafios da produção de alimentos para o mundo constituem o assunto principal do Relatório de Atividades 2012 que o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Rio Grande do Sul (Senar-RS) acaba de lançar. A nova edição do documento tem como uma das principais novidades o conteúdo bilíngue (Português e Inglês), visando ao aproveitamento internacional de suas informações. Segundo pesquisa desenvolvida pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e pelo Banco Mundial, a população mundial chegará a 9,2 bilhões de habitantes, em 2050. Até lá, estimase que a subsistência de 70% da humanidade será garantida por apenas 30% da população que permanecerá no campo. Essas e outras informações estão em um estudo finalizado no ano passado pelo Sistema Farsul – formado pela Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul, pela Casa Rural – Centro do Agronegócio e Senar-RS. A ideia é mostrar aos produtores e trabalhadores rurais as oportunidades que o setor oferecerá nos próximos anos e, sobretudo, a agenda de medidas que devem ser tomadas pelo setor produtivo e governos para que o cenário positivo possa se transformar em geração de riqueza, emprego e renda para o país. Nesse sentido, o Senar-RS conta como e onde atuou para beneficiar 594 mil homens e mulheres rurais através de ações de Formação Profissional Rural (FPR) e Promoção Social (PS). Os leitores do relatório poderão, ainda, conhecer a forma como o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural participou da elaboração do Novo Código Florestal Brasileiro, quais foram as estratégias utilizadas em feiras e eventos e qual é o perfil de quem realiza cursos e participa de atividades. O projeto gráfico do Relatório de Atividades 2012 utiliza três cores preponderantes da produção rural – marrom (solo), amarelo (milho, soja etc.) e verde (campo) – em sua concepção visual, que destaca imagens marcantes de situações reais para cada um dos assuntos tratados. Outra novidade diz respeito à embalagem que, no lugar da tradicional caixa, utilizará uma sacola retornável, produzida em lona, lembrando sacos onde a produção de grãos é estocada e transportada, com alça em material sintético, semelhante ao couro.
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Mapa negocia com empresas no RS redução de horário para recebimento de leite cru
Negociação visa evitar a ocorrência de adulterações na qualidade do leite
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio de sua representação estadual, definiu uma agenda positiva com a cadeia produtiva do leite do Rio Grande do Sul para combater a fraude na produção, transporte e/ ou industrialização do produto. O objetivo é evitar a ocorrência de adulterações em qualquer um dos elos da cadeia, como a recentemente identificada nos transportadores do produto e que culminou com a Operação Leite Compen$ado, realizada
com apoio do Ministério Público Estadual. Visando garantir a melhoria da qualidade do leite e promover ações de educação em defesa agropecuária, a Superintendência Federal de Agricultura (SFA/RS) está atuando em conjunto com o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindlat), a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Entre as primeiras ações de-
correntes da parceria, está a confecção de um folder com orientações detalhadas sobre as condições em que o leite deve ser entregue e transportado até a indústria. O material já começou a ser distribuído para produtores durante a Expoleite, realizada em Esteio no mês passado. Com apoio das empresas de leite, haverá distribuição aos produtores junto com a nota fiscal de pagamento do produto. Outra medida a ser adotada é a otimização da inspeção através da redução do horário do recebimento de leite cru em estabelecimentos sob fiscalização federal (SIF). A SFA/RS verificou que grande parte dos estabelecimentos que recebe leite cru no Estado trabalha 24 horas, mas na grande maioria dos casos não existe fluxo de caminhões que motive essa jornada. Vistorias realizadas pela equipe de inspeção em horário noturno já revelaram que, em alguns casos, os técnicos das empresas que realizam as análises para recepção do leite cru são menos preparados. A redução do período de recebimento
da matéria-prima pode servir para aprimorar a fiscalização e a melhorar o controle de qualidade das empresas. Nas investigações realizadas pelo Ministério Público durante a Operação Leite Compen$ado foram encontradas evidências de que os fraudadores se utilizavam da amplitude do horário para internalizar o leite cru fraudado na ausência da fiscalização. Por isso, será solicitado a todas as empresas do Rio Grande do Sul um reestudo e uma redução do horário de recebimento do leite cru. Em conjunto com o Sindilat, será organizado um workshop sobre procedimentos laboratoriais para fiscais e agentes de inspeção da Divisão de Defesa Agropecuária da SFA/RS, Secretaria de Agricultura e técnicos de controle de qualidade das empresas. O objetivo é harmonizar os procedimentos relacionados à qualidade do leite. Ainda conforme a agenda positiva, a SFA/RS poderá realizar coletas de amostras de leite UHT oferecidos com preços muito baixos nos grandes mercados.
Clube da Irrigação inicia experiências com a soja, após estudo nas lavouras de milho Após três anos de estudos com lavouras de milho irrigadas, com uma produtividade média que chegou a 260 sacas de milho por hectare em 2011/2012, o ano de melhor desempenho, o Clube da Irrigação passará a acompanhar lavouras de soja na próxima safra de verão. Os planos foram revelados pelo presidente do grupo e chefe da Divisão Técnica do Senar-RS, João Augusto Telles, no I Encontro de Irrigantes por Aspersão do Rio Grande do Sul, realizado nesta quinta-feira (27/6), na sede do Sistema Farsul, em Porto Alegre. O evento constituiu a programação da 45ª Etapa do Fórum Permanente do Agronegócio. Nas lavouras de milho implementadas com as diretrizes técnicas de manejo do Clube da Irrigação foi registrado um pico de produtividade de 321 sacos por hectare, em um talhão de 17 hectares de uma propriedade de Seberi, na safra 2011/2012 (na última safra, os números ainda estão sendo contabilizados, mas os resultados foram menores devido
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à influência da geada, frio e granizo). Agora, uma nova variedade de soja será testada. “O desafio é chegarmos a uma média de 120 sacas por hectares na soja”, disse Telles. Ele ainda informou que no próximo ano estão sendo planejadas ações para levar técnicas de irrigação para pequenos produtores de milho e feijão. O presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, defendeu a ampliação de iniciativas como a do Clube da Irrigação, do qual ele mesmo faz parte, levando experimentos para outras culturas e produtores. “Me sinto entusiasmado quando vejo a juventude participando dos dias de campo do Clube e quando vejo as empresas parceiras indo a campo, colocando os seus produtos para avaliação”, afirmou Sperotto, lembrando que os resultados e técnicas usadas nos estudos do Clube estão disponíveis para todos os produtores. O assessor econômico do Sistema Farsul, Antônio da Luz, apresentou um estudo avalian-
do a meta do Clube de Irrigação de contribuir para que a área de sequeiro irrigada no Rio Grande do Sul passe de 130 mil hectares para 1 milhão de hectares em 10 anos. O investimento necessário seria de R$ 720 milhões por ano. Ele ainda apresentou a dificuldade de viabilizar irrigação por pivô em propriedades com menos de 50 hectares. Em pequenas propriedades, o investimento por hectare é de cerca de R$ 15 mil, enquanto, em grandes, de R$ 5 mil. Na parte da tarde, Carlos Hen-
rique Dalmazzo, pesquisador da Monsanto, lembrou que além da irrigação é preciso um adequado manejo de todo o sistema, utilizando técnicas como plantio direto e agricultura de precisão, utilizadas nos estudos do Clube da Irrigação. Na parte da manhã, os debates foram sobre a legislação para obter licenciamentos ambientais de projetos de irrigação por pivô e sobre técnicas necessárias para melhorar o desempenho da lavoura irrigada por aspersão.
Foi dada a largada
Luiz Fernando Mainardi Secretário de Agricultura Pecuária e Agronegócios
Lançamos, juntamente com o governador Tarso Genro, na última quarta-feira, a 36ª edição da Expointer que, neste ano, acontece entre os dias 24 de agosto e 1 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil em Esteio. A equipe liderada pelo Telmo Motta vem preparando o local para que expositores, produtores e as mais de 500 mil pessoas que por lá circularem encontrem tudo em ordem. Estamos investindo cerca de R$ 25 milhões na revitalização do parque de exposições. Deste valor, R$ 4,65 milhões já foram executados em obras como a drenagem das pistas centrais e a construção de baias. Estamos executando outros R$ 4,6 milhões no cercamento do parque, ampliação do camping, construção de arquibancadas e reformas de pavilhões, entre outras. Temos, por outro lado, recursos garantidos para a execução de outros projetos que totalizam R$ 17 milhões. Hora de festejar - É hora de comemorar o excelente momento da agropecuária gaúcha que, neste ano, registrará um recorde histórico do seu PIB, o qual ficará 20% acima dos resultados obtidos na supersafra no ano agrícola 2010/2011. Entendemos que, além das condições de clima favorável, de conjuntura econômica positiva e do trabalho do produtor, também contribuiu para este grande momento as ações de governo. Nossa articulação junto ao governo federal potencializa as políticas públicas que garantem um volume de crédito nunca registrado anteriormente com juros extremamente vantajosos, chegando em alguns casos a serem negativos. Nossos programas, como o Mais Água, Mais Renda, que já impulsionou o crescimento da área irrigada das culturas de sequeiro em pelo menos 30%, e o Mais Ovinos no Campo, responsável pelo crescimento no mesmo percentual do rebanho, também colaboram para este momento que queremos festejar.
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Marasca tem primeiro contato com produtores de Ijuí e divulga seus serviços Na noite do dia 24 de julho, gestores da Marasca e equipe da Syngenta estiveram reunidos com produtores rurais do município de Ijuí. Aproximadamente 60 agricultores tiveram a oportunidade de conhecer o trabalho, os serviços e a atuação da Marasca Comércio de Cereais Ltda, além do portfólio completo da Syngenta, da qual a Marasca é representante oficial. O gestor comercial, Odarlei Hefle, destacou a parceria da Marasca com a Syngenta e os vários planos disponíveis pelo setor de insumos para rentabilizar a produção. O gerente da Unidade de Bozano, Alex Schmitz, uma das Unidades próximas a Ijuí apresentou sua equipe técnica e gerentes das Unidades vizinhas de Catuípe e Jóia. O diretor da empresa, Vitor Bento Marasca destacou a
cado de milho, trigo e soja, e do respeito que sempre teve com a Cotrijuí, enfatizando que a Marasca está à disposição para prestar um bom serviço ao produtor e atendendo suas necessidades
Diretor da empresa, Vitor Bento Marasca, falou sobre o mercado de milho, trigo e soja
empresa que, há mais de 20 anos, se dedica ao agronegócio, através de uma atuação séria e transparente e sua abrangência no Estado. O ví-
Sescoop/RS promove programa de Recursos Humanos para cooperativas agropecuárias O Sescoop/RS promoveu, nos dias 24 e 25 de julho, na sede da Faculdade de Tecnologia do Cooperativismo (Escoop), o terceiro módulo do Programa de Desenvolvimento de Recursos Humanos para Cooperativas Agropecuárias. O programa tem o objetivo de capacitar profissionais de cooperativas da área de Recursos Humanos para construir políticas, padrões de processos e planos de desenvolvimento profissional. Com início no mês de maio, o programa é voltado para gerentes e coordenadores da área de Recursos Humanos de cooperativas agropecuárias vinculadas ao Sistema, sendo dividido em sete módulos mensais, ministrados por instrutor especialista na área de Recursos Humanos, através de aulas que contemplam teoria e prática dos principais subsistemas. Ao final de cada módulo serão propostos exercícios para a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos que deverão ser apresentados em forma de seminário na abertura do módulo seguinte. Com o total de 84 horas, o Programa aborda temas como Gestão estratégica da área de Recursos Humanos, Estruturas de Cargos e Carreiras, Recrutamento e Seleção, Remuneração e Benefícios, Treinamento e Desenvolvimento e Comunicação Interna. O próximo módulo acontece no dia 21 de agosto, com o tema Recrutamento e Seleção - Métodos e técnicas de avaliação e a Gestão do Desempenho.
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desde o plantio até a colheita. “Estamos satisfeitos com esse primeiro encontro, pois os produtores se mostraram bastante receptivos à nossa proposta de trabalho juntos”, avaliou Vitor Bento Marasca.
deo institucional da Marasca foi exibido ratificando as palavras do diretor-presidente da empresa. Além disso, Marasca falou sobre o mer-
Aproximadamente 60 agricultores participaram do evento
36ª Expointer é lançada oficialmente na capital A 36ª edição da Expointer foi lançada no dia 24 de julho, durante almoço na Casa do Gaúcho, no Centro de Eventos do Parque Harmonia, na Capital, em clima de otimismo. O evento acontece de 24 de agosto a 1º de setembro, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, esteve presente no evento. De acordo com ele, o Rio Grande dá mais um passo na universalidade das políticas para o campo, fazendo referência não só à Expointer, mas ao estudo que começa a ser feito pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) para melhorar a qualidade da energia elétrica na zona rural. Uma das ideias sugeridas é a eólica individual, afirmou o presidente Vergilio Perius. O governador do RS, Tarso Genro, falou sobre a Expointer 2013. “Essa Expointer se realiza num ambiente extraordinariamente positivo com o crescimento das exportações. Teremos uma safra extraordinária, a segunda maior da história do RS, devido aos programas dos governos estadual e federal e à presença forte da agricultura
familiar,” afirmou o governador Tarso Genro. “A conjugação destes fatores vai nos levar a fazer a maior Expointer, assim como nós tivemos a maior safra, há dois anos, e estamos tendo o maior PIB agropecuário do Estado. Trabalhamos agora na perspectiva de criarmos mecanismos de estabilização da produção primária e do agronegócio como forma de ajudar a estabilizar a economia do RS”, disse o secretário de Agricultura, Luiz Fernando Mainardi. A expectativa do governo do Estado é de que seja superado, em pelo menos 15%, o volume
de R$ 2 bilhões comercializados em máquinas agrícolas na edição de 2012. Cerca de 6 mil animais - de 150 raças de bovinos, bubalinos, equinos, ovinos, suínos, entre outros devem ser inscritos na Feira. No ano passado, foram comercializados R$ 13 milhões em animais. O governo do Estado prevê um investimento total de R$ 25 milhões. Os preços da Feira se mantêm em R$ 10 reais para o público em geral, R$ 5 meiaentrada e R$ 25 para carros no estacionamento do parque, onde existem 10 mil vagas.
Evento irá acontecer de 24 de agosto a 1º de setembro
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Jornal da Manhã | Ijuí, 30 de julho de 2013
Emater/RS-Ascar e Embrapa lançam campanha para controle biológico de lagartas do milho A Emater/RS-Ascar assinou termo de cooperação técnica com a Embrapa, no dia 25 de julho, para viabilizar a campanha para o controle biológico de lagartas do milho. A meta é disponibilizar armadilhas para o monitoramento e controle de lagartas em 15 mil hectares do cereal em todo o Estado. De acordo com o diretor técnico da Emater/RS-Ascar, Gervásio Paulus, o termo assinado objetiva a capacitação de técnicos e agricultores, o planejamento das lavouras, o acompanhamento das instalações das armadilhas para as lagartas e a coleta de dados das unidades de referência técnica. “A Emater vai proporcionar a distribuição das cartelas contendo os ovos do agente biológico e o acompanhamento nas propriedades onde o sistema de controle for implantado”, afirmou. O controle de lagartas tem sido um dos principais proble-
mas para a cultura do milho nos últimos anos. “O problema no Brasil está se exacerbando pelo uso intensivo e inadequado, fora das recomendações técnicas para o controle de pragas na lavoura. O manejo integrado de pragas requer uma série de atividades que podem ser usadas em conjunto para diminuir esse problema, desde a escolha adequada da semente até a introdução dos inimigos naturais nas lavouras”, destacou o chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo, Antônio Álvaro Purcino. A Campanha pretende minimizar o uso de inseticidas e, consequentemente, proteger o meio ambiente e a saúde do produtor. “Queremos oferecer uma tecnologia de baixo custo para o agricultor. Esta indicação técnica de aquisição de vespas traz o equilíbrio necessário entre os insetos-praga e os inimigos naturais”, afirma o assistente técnico estadual da
Pesquisa ajuda a alavancar produção de maracujá no Brasil O Brasil é líder mundial na produção de maracujá, e a pesquisa tem sido uma forte aliada para o aumento da produtividade. Nativa do Brasil, a fruta tem conquistado, cada vez mais, produtores e consumidores. O projeto de pesquisa da Embrapa com o maracujá possibilitou o lançamento de cultivares mais produtivas, com melhor qualidade física e química dos frutos, vigor e longevidade das plantas. Além disso, em 16 anos, o projeto da Embrapa fez a produção de maracujá aumentar de seis para 25 toneladas por hectare. A Embrapa já lançou quatro cultivares de maracujá azedo e três variedade de maracujazeiro ornamental. A última cultivar lançada foi a BRS Pérola do Cerrado, primeiro maracujá silvestre registrado e protegido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O fruto que tem agradado bastante os produtores possui quatro aptidões: consumo in natura, processamento industrial, ornamental e funcional.
Fruta tem conquistado, cada vez mais, produtores e consumidores
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Emater/RS-Ascar, Alencar Paulo Rugeri. A Emater/RS-Ascar alerta, se o agricultor constatar a presença de alguma espécie de lagarta na cultura do milho,
poderá procurar os escritórios municipais da instituição onde os técnicos irão orientar sobre aquisição e aplicação da vespa Trichogramma para o controle biológico.
Manejo integrado de pragas requer série de atividades para diminuir o problema
Comunidade técnico-científica exalta a importância dos Guardiões de Sementes
Temática desse ano tratou do resgate das sementes crioulas e os guardiões no mundo indígena
Doze guardiões de sementes de diversas localidades do Rio Grande do Sul e também de Santa Catarina, incluindo um representante do Uruguai, cobriram com suas figuras a mesa de abertura do III Seminário Agrobiodiversidade e Segurança Alimentar para enaltecer a presença do papel do agricultor familiar na preservação das sementes crioulas. A temática desse ano tratou do resgate das sementes
crioulas e os guardiões no mundo indígena. O evento acontece nas dependências da Embrapa e congrega mais de 150 interessados na temática. O evento, promovido pela Embrapa Clima Temperado, em Pelotas/RS, e Emater/RS encerrou-se no dia 26 de julho, quando foram discutidas pelos próprios guardiões de sementes melhores formas de organização do segmento quanto à produção e à comercialização das sementes crioulas.
GRÃOS: A DANÇA DAS COTAÇÕES EM CHICAGO
Profº. Argemiro Brum, do Ceema/ Dacec/ Unijuí
Este ano de 2013 estaria indicando um ciclo de preços mais baixos para as commodities agrícolas em Chicago, após o início da disparada deles em 2007. No caso do grão de soja, após ter atingido a média de apenas US$ 6,60, entre 1972 e 2006, o bushel viu seu valor disparar para US$ 16,58 em julho/08. Posteriormente, houve um ciclo de forte recuo, entre 2009 e 2010, quando a oleaginosa chegou a perder cerca de 50% de valor. Mas, a partir de 2011 o mundo assistiu a nova recuperação de preços, a ponto do bushel de soja atingir seu atual recorde em setembro de 2012. Desde então, o preço da soja em Chicago recuou. A soja chega neste final de julho cotada ao redor de US$ 14,60/bushel, com indicativos de cair para a média de US$ 10,75 no final do corrente ano caso a safra dos EUA venha cheia. Por sua vez, o milho, após atingir a US$ 7,54/bushel em fins de junho de 2008, vê seu valor despencar no mesmo ano para US$ 2,93 em dezembro. A partir daí vive um período de cotações fracas até setembro de 2010. Na sequência volta a se recuperar, atingindo a US$ 7,87 em meados de junho/11, para reiniciar um período de queda relativa até julho/12 quando, finalmente, bate o seu recorde histórico, ao fechar o dia 21/08/2012 em US$ 8,31. Desde então o recuo é significativo, com o bushel do cereal chegando neste final de julho ao redor de US$ 5,22 e a média, para o final de 2013, apontando para valores abaixo de US$ 4,00 em caso de safra cheia nos EUA. Posteriormente se recupera a partir de agosto de 2010, quando volta ao patamar de US$ 6,50 a US$ 7,50. Na sequência alcança US$ 8,86 no início de fevereiro de 2011, recuando para US$ 6,10 em meados de janeiro de 2012, e retorna a US$ 9,43 em meados de julho do ano passado. Desde então, o bushel de trigo recua, chegando ao final deste mês de julho/13 ao redor de US$ 6,53. Neste novo ciclo de preços, enquanto o trigo parece não ter espaço para novos recuos, a soja e o milho ainda oferecem um importante espaço de queda em Chicago.
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Massey Ferguson apresenta lançamentos com tecnologias avançadas em máquinas agrícolas A Massey Ferguson lançou, na Bahia Farm Show, o pulverizador modelo MF 9030, capaz de absorver as irregularidades do terreno mantendo a estabilidade durante a pulverização, gerando resistência e durabilidade superior. O coordenador comercial da empresa, Gilmar Bohn, explicou que a máquina, lançada no Oeste da Bahia, passa a ser produzida na fábrica da AGCO, em Canoas, no Rio Grande do Sul, e está disponível na rede de concessionárias. ”Nenhum outro pulverizador apresenta a produtividade e a durabilidade do MF 9030, uma estrutura robusta, com máximo rendimen-
to”, disse. Principal produto da empresa na feira, o MF 9030 é equipado com um sistema de transmissão hidrostática 4×4 cruzada permanente, com três velocidades. Este sistema traciona a roda dianteira esquerda em conjunto com a roda traseira direita, e vice-versa, e com o auxílio do chassi Flex Frame mantém o pulverizador sempre tracionado em qualquer tipo de terreno. “Esta máquina é ideal para os grandes produtores porque agiliza todo o processo produtivo”, disse Bohn. Para reforçar ainda mais sua atuação no segmento, a fábrica colocou em destaque na Bahia
Farm Show, a pulverizadora MF 9790 ATR, equipada com Rotor de Tecnologia Avançada que oferece ao produtor rural tecnologia de ponta, com simplicidade de operação e fácil manutenção. A empresa também apresentou o primeiro pulverizador feito na fábrica da América do Sul e os tratores da Série MF 4200 e da Série MF 7000 Dyna-6. Pequeno no tamanho, mas grande em potência e rendimento. Este é o slogan dos tratores da linha MF 4200, que apostam nas maiores funcionalidades e rendimentos. O desenho do trator é diferenciado, com pesos frontais e um dese-
Senar tem nova Série Metodológica
Nova edição reúne mais de 50 profissionais das 27 Administrações Regionais
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) lançou, no dia 11 de julho, a nova edição da Série Metodológica no Encontro Nacional de Técnicos da entidade, que reúne mais de 50 profissionais das 27 Administrações Regionais para debater os conceitos presentes na série como a Formação Profissional Rural (FPR), a Promoção Social (PS) e a Metodologia Educativa da entidade. Com cinco volumes, a série é o norte para todos os cursos e treinamentos da entidade. “É o único documento que pode garantir a uniformidade de informações educacionais, de terminologias, de processos e de fortalecimento de uma identidade institucional. A série metodológica é o nosso Senarês”, destaca a chefe do Departamento de Educação
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Profissional e Promoção Social (DEPPS), Andréa Barbosa. Andréa explicou que a série terá algumas alterações importantes, entre elas, a nova estrutura ocupacional do Senar baseada na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), do Ministério do Trabalho e Emprego e a revisão das ocupações de formação profissional. No encontro técnico, as regionais vão receber as informações sobre as mudanças e vão ter até o dia 8 de agosto para enviar à Administração Central sugestões pontuais de alterações. “A Série já está pronta, estamos apenas dando uma última oportunidade caso as regionais queiram fazer algum ajuste. Queremos até o final de 2014 atualizar os instrutores e ter todo mundo, interna e ex-
ternamente, capacitado para esse novo momento da entidade”, explicou. A coordenadora da Área de Formação Inicial e Continuada (FIC) do Departamento de Educação Profissional e Promoção Social - DEPPS, Fabiana Márcia Rezende Yehia, apresentou aos profissionais do Senar a nova estrutura da Série edição 2013. “É importante que as regionais tenham entendimento sobre as mudanças, fundamental para padronizar os procedimentos técnicos da entidade”, observa. A nova série está dividida em Informações Institucionais, Processo da Formação Profissional Rural (FPR), Estrutura Ocupacional do Meio Rural, Processo da Promoção Social (PS) e Metodologia de Ensino do Senar.
nho de linhas tido como inovador pelo fabricante. A máquina é simples para facilitar o acesso a manutenções, reduzindo o
tempo gasto nas inspeções diárias. O tanque é produzido em plástico com capacidade para 75 litros.
Marca líder no mercado nacional de tratores levou as maiores máquinas do Brasil à Bahia Farm Show
Valor Bruto da Produção das lavouras avança 9,8% O Valor Bruto da Produção (VBP) agrícola para este ano foi estimado em R$ 271 bilhões. Os cálculos são da Coordenadoria de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, que projeta crescimento de R$ 24,9 bilhões (+9,8%) em relação aos R$ 246,8 bilhões estimados para o ano passado. O faturamento das lavouras de soja, cana-deaçúcar, milho, laranja e café representam 73% do VBP agrícola. O estudo mostra que o maior aumento no valor da produção foi verificado para a soja, cuja renda para este ano foi estimada em R$ 79,9 bilhões, montante 17,1% (R$ 11,6 bilhões) superior ao do ano passado. O bom desempenho da soja se deve em grande parte ao aumento da produção, que foi expressivo em relação ao volume colhido na safra passada, quando a estiagem provocou fortes quebras na Região Sul. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) estimou a produção de soja em 81,1 milhões de toneladas, volume 23,5% (15,4 milhões de toneladas) superior ao colhido em 2011/2012. O segundo melhor desempenho nas projeções do Ministério da Agricultura foi registrado para a renda proporcionada pelo tomate, cujos preços dispararam no início do ano, provocados por problemas climáticos, como excesso de chuva em determinadas regiões e estiagem em outras. O estudo estima aumento de 82,3% (R$ 5,025 bilhões) no valor da produção do tomate, para R$ 11,1 bilhões. A renda proporcionada pelo tomate deve crescer menos nos próximos meses, na medida em que a oferta se normalize. O estudo mostra uma recuperação da renda da citricultura, estimada em R$ 18,2 bilhões, valor 30,1% (R$ 4,212 bilhões) superior ao registrado no ano passado.
Faturamento das lavouras de laranja, soja, café, milho, cana-de-açúcar representam 73% do VBP agrícola
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Práticas ambientalmente corretas têm contribuição da nanotecnologia Estudo liderado pela Embrapa Instrumentação aponta que o bioplástico pode ser misturado ao solo, a restos de alimentos e folhas, tornando-se adubo, princípio utilizado na compostagem. A utilização da nanociência permite que o material seja degradado por bactérias e fungos na água, gás carbônico e materiais biológicos. O pesquisador da Embrapa, José Manoel Morconcini, explica que o plástico biodegradável pode ser produzido a partir do amido de alimentos como milho, mandioca, trigo e arroz, ou mesmo de materiais convencionais. O que vai definir o produto como biodegradável é a sua capacidade de se decompor no contato com a natureza.
Governo pode liberar recursos para obras de mobilidade ainda este ano
Plástico pode ser produzido a partir do amido de milho, mandioca, trigo, arroz ou materiais convencionais
Monsanto fecha acordo com Famato e sindicatos sobre patente A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) e os sindicatos rurais filiados à entidade fecharam acordo com a Monsanto que encerra a ação judicial sobre a cobrança de royalties pelo uso da tecnologia para soja de primeira geração Roundup Ready (RR1). O acordo foi aprovado no dia 23 de julho, em reunião dos sindicatos rurais realizada na sede da Famato. A Famato informa, por meio
de nota, que o acordo prevê a simplificação do sistema de remuneração pelo uso de tecnologia, concessão de um bônus direto ao produtor que aderir à quitação recíproca em relação à tecnologia para soja Roundup Ready (RR1); desenvolvimento de melhorias no modelo de negócio de biotecnologia em soja; e assinatura da declaração de princípios que reconhece os direitos de propriedade intelectual sobre as tecnologias agrícolas.
Projeto cria selo para reduzir desperdício de alimentos Resolução do Banco Central do Brasil já em vigor estabeleceu novos selos com o objetivo de reduzir o desperdício de alimentos no Brasil, o Projeto de Lei 5413/13 institui o Selo Estabelecimento Sustentável. Pela proposta, do deputado Jorginho Mello, o selo será concedido pelo órgão federal de turismo a mercados, bares e restaurantes que adotarem medidas para reduzir perdas. O selo terá validade de dois anos, mas poderá ser renovado indefinidamente. Para isso, o estabelecimento deverá passar por novas avaliações e vistorias. As despesas serão custeadas pelo interessado, e os critérios técnicos, estabelecidos em regulamento.
Depois do anúncio do corte de R$ 10 bilhões no orçamento, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, garantiu que estados e municípios que tiverem projetos adiantados poderão receber recursos do Pacto da Mobilidade Urbana ainda este ano. No dia 23 de julho, a ministra esteve reunida com o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, e a Câmara Temática de Mobilidade do Conselho das Cidades para debater os investimentos em mobilidade. “Quem tiver projeto pronto, que puder licitar mais rapidamente, será mais rapidamente atendido e os recursos estarão disponibilizados ainda este ano”, disse a ministra.
Bunge aguarda nova safra dos EUA depois de queda nos lucros COMO
PLANTAR
FEIJÃO
Para plantar feijão, a escolha da área onde será feita a cultura é de importância fundamental. Por isso, deve-se preferir áreas que tenham outono e primavera mais ou menos longos, suficientes para completar o ciclo do feijoeiro, não se prestando aquelas em que o verão e o inverno sejam muito rigoroso, isto é, muito quente ou muito frio, respectivamente. Se houver chuvas com uma precipitação pluviométrica de mais ou menos 100mm na época do plantio e do crescimento do feijão, tanto melhor para a cultura. Clima: A temperatura ideal para a planta se situa entre 10 e 25ºC, embora a cultura da leguminosa também possa ser feita em temperaturas acima de 35ºC, escolhendo-se variedade adequada sob regime de irrigação. As temperaturas muito altas são prejudiciais ao feijão, razão pela qual se desaconselha o seu plantio nos meses de novembro e dezembro na região Sul do país. Fatores negativos do clima: Mesmo nas áreas em que o clima é favorável à cultura do feijão, não havendo irrigação o sucesso do plantio dependerá da ocorrência e da quantidade de chuvas. O risco relativamente elevado desta cultura nos levou a estudar o meio prático de reduzir esse risco. A solução foi encontrada no emprego de matéria orgânica semidecomposta ou daquela de fácil decomposição, isto é, a massa vegetal de leguminosa. Solos: O feijão, devido ao sistema radicular que possui, prefere solos soltos, leves, de textura areno-argilosa, mais ou menos profundos, ricos em matéria orgânica e em elementos fertilizantes. Os solos arenosos e permeáveis de aluvião são os preferidos. O feijão, como se vê, é uma planta muito exigente. O lavrador, como quase sempre acontece, reserva as terras melhores para as culturas do café, do algodão ou de hortaliças. Para o feijão sobram as já cansadas, muito ácidas e fracas. A leguminosa tem preferência pelos solos cujo ph varia entre 6,5 e 7. Sendo muito ácidas, as terras deverão ser corrigidas através da calagem, no mínimo um mês antes do plantio. Se forem muito argilosas e arenosas, a solução será o uso de matéria orgânica semidecomposta.
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A gigante do agronegócio Bunge disse que seus lucros do trimestre foram reduzidos pela metade devido a oferta apertada de produtos agrícolas e que irá ajustar sua abordagem quanto a investimentos para melhorar retornos. A Bunge está aguardando com ansiedade a próxima safra de soja
e milho dos EUA, no outono do Hemisfério Norte, para melhorar o volume de grãos disponíveis para comprar, vender, transportar e processar. No ano passado, lavouras dos EUA foram devastadas por uma seca histórica e áreas de grãos na Argentina e no Mar Negro também sofreram com clima desfa-
vorável. A demanda por exportações de produtos agrícolas deve ser maior no segundo semestre devido à queda nos preços com expectativa de safras abundantes, disse o diretor financeiro da Bunge, Drew Burke, dizendo que compradores têm aguardado para realizar novas compras.
Safra atual de mandioca Corte manual de cana será mais seguro em 2014 deve ser a menor em 10 anos
A oferta nacional de raiz de mandioca tem apresentado expressiva redução desde meados de 2012 em consequência do clima desfavorável para a produção no Nordeste. Neste ano, a produção de mandioca no Brasil deverá ser de 21,4 milhões de toneladas, com decréscimo de 8,4% em comparação à de 2012. Se concretizada, será a menor oferta nacional desde 2003. Este cenário leva agentes nordestinos a se abastecerem com farinha e até mesmo raiz proveniente do Centro-Sul do Brasil, acirrando a disputa pelos produtos.
Regulamento consiste em fixar os requisitos mínimos de identidade e desempenho para luvas de proteção
A Secretaria de Inspeção do Trabalho aprovou o Regulamento Técnico para luvas de segurança utilizadas no corte manual de cana-de-açúcar. A Portaria nº392 foi publicada no Diário Oficial da União do dia 26 de julho. O objetivo do Regulamento é fixar os requisitos mínimos de identidade e desempenho para as luvas utilizadas na atividade de corte manual de cana-deaçúcar, identificando os aspectos relevantes para a concepção e construção das luvas de proteção, resistência dos materiais utilizados, inocuidade, marcação e informação a ser fornecida pelo fabricante e/ ou importador, com a finalidade de garantir um produto seguro e eficaz quanto à finalidade a que se propõe. O uso das luvas com Certificado de Aprovação emitido de acordo com o Regulamento será obrigatório a partir de julho de 2014.
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Jornal da Manhã | Ijuí, 30 de julho de 2013
Clima afeta a produção de hortigranjeiros As adversidades do clima nas últimas semanas, especialmente as geadas, resultantes do inverno, vêm produzindo reflexos significativos em Ijuí e região em relação à produção de hortigrangeiros, segundo avalia o chefe da Emater municipal, Édio Korb: “Houve um prejuízo expressivo, principalmente nas folhosas, que são plantadas sem proteção no campo, como alface, rúcula e outras culturas mais sensíveis. O morango teve o plantio atrasado por isso e ainda deve atrasar mais alguns dias”. A alternativa para amenizar os efeitos do inverno é o investimento em estufas. “Não há muito o que fazer com a geada e o frio. Investir em proteção, apesar de ser uma boa solução, não é barato e a maioria das pessoas não tem condições de bancar. Porém, em alguns dias deve haver uma recuperação na produção desses hortigranjeiros”, explica Édio. Com os reflexos do clima, a escassez de hortigranjeiros atinge todo o Estado e, além da menor oferta, há uma elevação nos preços.
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Governo viabiliza construção de mais de mil unidades habitacionais rurais em 63 municípios
O programa segue os moldes do Minha Casa, Minha Vida, mas voltado para o campo
Alface e rúcula estão entre as culturas mais sensíveis aos efeitos do inverno
Boa safra é determinante para alavancar a economia gaúcha nos últimos meses A economia gaúcha registrou crescimento nos últimos meses. As exportações tiveram alta de 31% no primeiro semestre deste ano - o que coloca o RS como o terceiro Estado líder em exportações no Brasil. Além disso, a indústria e o PIB também aumentaram os índices. O assunto foi tema do Mateando com o Governador desta semana, programa produzido pela Secretaria de Comunicação e Inclusão Digital do Governo do Estado. Um acontecimento como esse nunca se deve a uma só parte, se deve a União - com sua política de financiamento do desenvolvimento agrícola e pecuário -, ao esforço da nossa base produtiva, a política do governo estadual de incentivo à nossa base produtiva histórica; é um conjunto de políticas somadas a boas condições metereológicas”, avalia o governador Tarso Genro sobre o crescimento das exportações. A boa safra é considerada determinante para o aumento de 70% nas vendas de produtos agrícolas. Segundo o chefe do Executivo, a ligação entre diferentes setores da economia é também a razão para os números posi-
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tivos, como a aceleração da indústria em 22% no primeiro semestre e o crescimento do PIB em 2,5% no primeiro trimestre de 2013 - em comparação com o mesmo período do ano anterior. Outro ponto destacado por Tarso Genro é o papel do governo do Estado. “É uma dinâmica econômica nova no desenvolvimento e que tem um papel muito ativo do Estado, que não pode apenas ficar observando a economia, tem que produzir estímulos, tomar decisões, fazer financiamentos, subsidiar investimentos e propor quais os frontes de desenvolvimento econômico
mais importantes naquele momento”, ressalta. O governador recorda a identificação de 22 setores estratégicos para o desenvolvimento do Estado e que integram a Política Industrial do RS, lançada em março de 2012. Para 2014, as projeções do governo são de índices positivos para a economia gaúcha. “Estamos otimistas, o Estado está recebendo investimentos como nunca recebeu”, enfatizou o governador ao citar o anúncio de expansão da Companhia Riograndense de Celulose feito neste ano - maior aporte privado já feito no Estado, de R$ 5 bilhões.
Governador avalia crescimento a um conjunto de políticas somados a boas condições metereológicas
A comitiva da Caravana de Interiorização fez um balanço do programa de construção de unidades habitacionais rurais, da Secretaria de Habitação e Saneamento, durante visita a Augusto Pestana, na região Noroeste Colonial, no dia 27 de julho. Já foram conveniadas 1.067 moradias rurais em 63 municípios gaúchos, no total de R$ 29,8 milhões. Augusto Pestana recebe 13 unidades, o que resulta em R$ 409,5 mil de investimento no município. São R$ 370,5 mil de repasse da União e R$ 39 mil de contrapartida do governo do Estado. O governador Tarso Genro ressaltou que o programa foi uma iniciativa importante inspirada no governo federal. “Segue o modelo do programa Minha Casa Minha Vida, mas com foco para o campo. O olhar luminoso que nos comove é o olhar luminoso dos mais pobres”, afirmou. “Aqui é um exemplo de dignidade para o agricultor, é um orgu-
lho para nós trazer este benefício”, completou o secretário da Habitação, Marcel Frisson. O beneficiário Valentim Gioto disse estar emocionado com a visita da comitiva: “eu nunca ouvi falar de um governador ter visitado um pequeno agricultor familiar e eu e meus netos vamos lembrar disso para toda a vida”. Unidades Habitacionais Rurais O valor por unidade é de R$ 31,5 mil, sendo R$ 28,5 mil provenientes da União e R$ 3 mil de contrapartida do Estado. As unidades de Augusto Pestana fazem parte de um convênio em que a Crehnor é o agente organizador. Os demais convênios do Prorama de Habitação Rural no RS foram assinados com entidades e cooperativas, como MST, MPA, Coohaf (Fetag), Cresol, Cooperhaf, além de prefeituras. O governo do Estado investe o valor de R$ 3,2 milhões como contrapartida aos recursos do governo federal, de R$ 26,6 milhões, totalizando R$ 29,8 milhões.
Exportação de algodão registra queda em julho A colheita do algodão avançou 11,3 % na última semana e chegou a 20,5% da área plantada em Mato Grosso. O volume de negociações está moderado. Os produtores focam na intensificação da colheita e no beneficiamento do produto. Mesmo com a comercialização lenta, a tendência é que o produtor se interesse mais pelo mercado interno. O preço da pluma exportada está abaixo das cotações internas, tornando o mercado doméstico mais atraente. Até a terceira semana de julho, o país embarcou 15 mil toneladas de pluma de algodão, média diária de mil toneladas por dia. No mesmo mês do ano passado o Brasil vendeu, no mercado externo, 1,8 mil toneladas por dia, em média, volume 80% maior. Com pouca movimentação no mercado, os preços oscilaram pouco. A arroba de pluma de algodão fechou a semana cotada em R$ 66,90 frente a R$ 67,50 no início desta. No acumulado do ano, houve valorização de 33,8%.
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INFORMAÇÕES DA FATURA DE ENERGIA PODEM AUXILIAR NA GESTÃO DE PROPRIEDADES RURAIS Os associados da Ceriluz devem ficar atentos às informações repassadas por meio das faturas de energia. O que aparentemente nada mais é que uma conta a ser paga, é um documento importante que permite acompanhar detalhes fundamentais para a gestão das propriedades, como por exemplo, a evolução do consumo A fatura de energia é um documento que leva muito mais que o valor a ser pago pelo consumidor. Leva informações variadas que permitem ao associado compreender em que consiste sua tarifa e como anda o seu consumo de energia. Para ampliar ainda mais a compreensão da fatura a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) definiu por meio da Resolução 414, a separação dos componentes da tarifa de energia. A partir das faturas do mês de maio de 2013, o valor do kWh apresentado na fatura de energia aparece dividido em TUSD - Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição e TE Tarifa de Energia. O primeiro refere-se ao valor que o consumidor paga para utilizar as instalações, equipamentos e componentes do sistema de distribuição de ener-
gia. Já a TE refere-se ao valor do consumo de energia propriamente dito, ou seja, a energia que o consumidor utilizou efetivamente para fazer funcionar seus equipamentos elétricos. A soma dos dois valores resultam no valor do kWh a ser pago pelo consumidor. Conforme o responsável pelo setor de faturamente do Ceriluz, Dirlei Schiavo, o objetivo desta abertura da tarifa é garantir a transparência, de modo que o consumidor saiba o que está pagando mensalmente. O contador lembra as demais informações que o associado pode verificar em sua fatura de energia. Além do valor das tarifas, é possível acompanhar o histórico de consumo, o que permite, por exemplo, o associado fazer uma análise se houve uma elevação exagerada no
Prorrogadas resoluções sobre emplacamento dos tratores
Contran anunciou prorrogação para dezembro de 2014
O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) anunciou a prorrogação das resoluções 429 e 434, que torna obrigatório o emplacamento de tratores, para 31 de dezembro de 2014. Os agricultores estavam na expectativa desse anúncio, depois que as entidades e parlamentares estiveram reunidos em Brasília, no dia 17 de julho, com o diretor do Departamento Nacional de Trânsito, Antônio Claudio Portella Serra e Silva, havia sinalizado essa decisão. Para a coordenadora da Fetraf RS, Cleonice Back, esse tempo será fundamental para aprofundar as discussões sobre o tema. “Essas resoluções causam uma série de empecilhos aos agricultores familiares, como os custos de emplacamentos e DEPVAT e a dificuldades de registro de tratores antigos”, lembra Cleonice.
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Outra questão fundamental é a alteração da Lei n° 9.503, de 23 de setembro 1997, que institui o Código de Transito Brasileiro, no artigo 144, que trata da obrigação do condutor possuir CNH categoria C, D e E, conduzir os tratores em via pública. Nessa questão, o diretor se comprometeu em instalar uma comissão ou um grupo de trabalho para revisar ou propor modificações nas regras. A maior preocupação é que estas normas vão valer também para tratores usados que vierem a circular em via pública. O proprietário que não cumprir as determinações da resolução estará sujeito a multa gravíssima, cujo valor atual é R$ 191,54, tem anotado sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e a apreensão do veículo.
consumo e, com estes dados, administrar as ações de sua família no sentido de diminuir o consumo, ou, em caso de um problema no medidor de energia, chamar a Ceriluz para fazer a manutenção ou substituição do equipamento. Na fatura ainda são publicados diversos tipos de mensagens de interesse do consumidor, entre eles, os avisos de inadimplência e o risco de corte. Também está em evidência o telefone da Cooperativa, facilitando o acesso ao número 0800 51 3130, em caso de necessidade de ligar à Ceriluz. Ao analisar a fatura, o associado deve levar em consideração que a energia elétrica é um insumo fundamental atualmente para o desenvolvimento de várias atividades agrícolas, além de garantir Para ampliar compreensão da fatura, Aneel definiu a separação dos componentes da tarifa de energia o conforto da família.
Gaúchos são os primeiros a receber conferência estadual de desenvolvimento rural 29 e 30 de julho são dias de grande movimentação no Rio Grande do Sul, primeiro Estado a receber as conferências estaduais da 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, prevista para ser realizada em outubro, em Brasília. A etapa estadual vai eleger os representantes que participarão do evento na Capital Federal, além de promover debate sobre o documento de referência e a votação de propostas para a etapa Nacional. A previsão é que as conferências estaduais sigam até agosto, em todo o País. Cada estado terá um número determinado de representantes, dependendo da população
rural versus a população total – o Rio Grande do Sul levará para a Nacional 46 delegados. O secretárioexecutivo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Desenvolvimento Agrário (Condraf/ MDA), Roberto Nascimento, explica que esse será um momento de discussão e avanço nas proposições. “Além de discutir as políticas públicas, tendo em vista a Conferência Nacional, é importante que cada estado construa o seu plano estadual e que a realidade de cada local seja considerada. Nas estaduais é que serão consolidadas todas as propostas das conferências anteriores”, diz Roberto.
O processo para as conferências estaduais começou em maio. Os estados receberam de cada território um relatório com propostas, para que fossem sistematizadas e, no momento certo, votadas em plenária. As escolhidas serão encaminhadas para a Nacional e as demais ficarão em discussão nos próprios estados. “Nas conferências territoriais, por exemplo, foi discutida a atual conjuntura e a estrutura da agricultura familiar, da reforma agrária, de todos os processos e de todas as políticas públicas executadas pelo governo. Daí é que foram retiradas as propostas para as conferências estaduais”, completa Roberto Nascimento. Os próximos estados a receberem as conferências estaduais são Ceará, Alagoas e Mato Grosso, nas primeiras semanas de agosto. A Conferência Nacional, apoiada pelo MDA, tem como objetivo específico debater o desenvolvimento rural sustentável e solidário no Brasil, por meio da construção de um Plano Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável. A perspectiva do evento é de traçar planos para as próximas duas décadas. São esperadas 1,5 mil pessoas no evento nacional, sendo 1,2 mil delegados, 200 convidados e 100 observadores.
30/07/2013 09:17:36