GuerraàBruceloseeàTuberculose produtos no mercado internacional.
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Desde a sexta-feira, 16 de dezembro, quando o governador Tarso Genro e o ministro Mendes Ribeiro Filho lançaram o Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Bovina / Bubalina (PROCETUBE), iniciamos uma grande cruzada que incidirá na valorização da produção do leite e da carne do Rio Grande. Em oito anos estaremos com todas as propriedades certificadas e livres destas duas zoonoses. Elas afetam a saúde pública e provocam quebras na produção de leite, entre 10 e 24%, e da carne bovina, entre 10 e 15%. Sem falar na redução de 30% na vida produtiva dos animais e no fechamento de mercados importantes, como o da União Europeia. Com a ação damos mais um passo estratégico para habilitar a produção gaúcha para a disputa de mercados que, interna e externamente, se abrem em função do aumento da demanda por alimentos, devido ao crescimento populacional e da renda mundial. Nosso parâmetro é o projeto desenvolvido no Vale do Taquari, criado em 2008, a partir de foco de tuberculose em Arroio do Meio. Integrado por diversas entidades, tem como uma das razões do sucesso uma ampla aliança de forças. É um programa de estado e não uma ação de governo, que vai, no médio prazo, eliminar esta barreira sanitária impeditiva de ampliarmos a venda de
A cruzada incidirána valorizaçãoda produção do leiteedacarne do Rio Grande. Em oito anos estaremos com todasas propriedades certificadase livresdestas duaszoonoses.
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Precisamos, ainda, continuar perseguindo a ampliação da quantidade e da qualidade da produção. No Governo do Estado, temos progra-
mas como o Dissemina, que incide fortemente na melhoria genética dos rebanhos da pecuária familiar, coordenado pela Secretaria da Agricultura, através da Fepagro, e o Leite Gaúcho, da Secretaria do Desenvolvimento Rural, que investirá pesado na qualificação e reciclagem de, pelo menos, 30 mil famílias nos próximos anos. Exemplos também não faltam na iniciativa privada. Além do aumento da capacidade instalada da indústria láctea, de 15 milhões/dia para 18 milhões, prevista para o próximo ano, temos projetos de condomínios da Cosuel, onde já se consegue a produtividade média de 5.606 litros/ vaca/ano, mais do que o dobro da produtividade média do Estado. Se conseguirmos, no País, aqueles mesmos índices, poderíamos saltar de uma produção anual de 29,8 bilhões de litros/ano para mais de 123 bilhões, com o que nos tornaríamos o maior produtor mundial de leite. Estamos, portanto, nos preparando para vencer barreiras sanitárias, ampliar a qualidade, aumentar a produtividade e a produção, para, no fim, garantir mais renda a todos os elos da cadeia produtiva do setor leiteiro.
Luiz Fernando Mainardi Secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio
Exportação de mel atinge US$ 65,23 milhões em 2011 De janeiro a novembro, o país enviou ao exterior 20,6 mil toneladas de mel, com receita de US$ 65,2 milhões. Os números demonstram aumento de 24,1% em valor e 17,8% em peso, em relação ao mesmo período de 2010, segundo levantamento do Sebrae. O preço médio pago pelo produto exportado foi de US$ 3,16/kg, crescimento de 0,6% na comparação com o ano passado. São Paulo lidera a lista dos estados brasileiros exportadores, com 5,3 toneladas, ao preço de US$ 3,19 o quilo e valor total de US$ 16,9 milhões. Em segundo lugar vem o Rio Grande do Sul, com 3,9 toneladas, US$ 3,08 o quilo e US$ 12,1 milhões. Em terceiro, aparece o Ceará, com 3,6 toneladas, US$ 3,14 o quilo e US$ 11,5 milhões. O Piauí está em quarto lugar, com 3,3 toneladas e US$ 10,9 milhões. Este estado foi o que conseguiu vender o mel por melhor preço, US$ 3,23 por quilo.
Agricultoresprejudicadosporgranizo e seca podem contar com SEAF Os agricultores do Rio Grande do Sul que contrataram financiamento de custeio agrícola do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf) poderão contar com o apoio do Seguro da Agricultura Familiar (SEAF) para garantir sua renda, mesmo com as adversidades climáticas, como a estiagem que atinge a safra de milho no noroeste do estado. Podem ter acesso ao Seguro da Agricultura Familiar (SEAF) os agricultores que contratam financiamento de custeio agrícola do Pronaf em uma das culturas que estão no Zoneamento Agrícola. Para fazer o pedido de indenização, o agricultor deve se dirigir à agência do banco onde contratou o financiamento de custeio. Antes, é necessário assegurar-se de que as perdas são superiores a 30%. A lavoura precisa passar por uma vistoria para apuração do montante e das causas dos danos. A vistoria individual para cada lavoura é necessária para que haja comprovação das perdas e também para que o agricultor possa receber uma indenização de acordo com a dimensão do prejuízo e da cobertura contratada.
Agriculturaaprovaproibiçãode órgãospúblicosimportaremleite A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural aprovou no dia 14 de dezembro o Projeto de Lei 2353/11, do deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), que proíbe a aquisição de leite importado pela administração pública direta e indireta. De acordo com o relator, deputado Pedro Chaves (PMDBGO), “o aumento da importação de leite preocupa a indústria e os produtores rurais”. Segundo ele, a balança comercial brasileira de lácteos apresentou saldo negativo de 434,8 milhões de dólares (cerca de R$ 809 milhões) entre os meses de janeiro e setembro de 2011. O relator acrescenta que o valor é 104% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, em que o déficit seria de 213 milhões de dólares (aproximadamente R$ 396 milhões).
ParquedeExposiçõesAssisBrasil/ RS terá R$ 22 milhões O Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, terá R$ 22 milhões para investimentos a partir de 2012. O montante a ser aplicado é resultado da soma do superávit da última Expointer (R$ 1,5 milhão), da sobra de recursos disponibilizados pela gestão Yeda Crusius (R$ 2 milhões) e de financiamento obtido pelo Estado junto ao BNDES, que será repassado à Secretaria da Agricultura (Seapa) em um valor previsto de R$ 18,4 milhões. O contrato do empréstimo, que viabilizará obras como o cercamento do parque, drenagem das pistas ainda não contempladas e o asfaltamento de ruas, deve ser assinado na primeira quinzena de janeiro. O anúncio foi feito ontem pelo secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, que ainda informou que a Seapa costura junto a entidades ligadas ao setor a contratação de uma consultoria, por R$ 150 mil, para definir a melhor forma de gestão do parque.
ENTREVISTA
LaudirAuozani
Laudir Auozani, coordenador do Pólo de Aquicultura e Pesca, participou do 2º Seminário de Estudos e Pesquisa em Pesca e Aquicultura, que foi realizado em Santo Ângelo no final de novembro, quando foi criada a Redepeixe
SobreaMãode ObraRural Terra, capital, mão de obra e tecnologia são os recursos básicos de uma empresa rural. Cabe ao empresário administrar de forma eficiente e harmônica esses recursos, de modo a obter o máximo de rendimento dos mesmos. Descuidos ou omissões na condução de qualquer um destes recursos certamente comprometerão os resultados. No gerenciamento da mão de obra reside uma das maiores limitações do empresário rural brasileiro. Uma pesada carga de conservadorismo, com alguns resquícios culturais remanescentes do tempo da escravatura, mantém uma linha divisória muito forte entre patrões e empregados. Não há diálogo, co-participação, delegação de poderes, espírito de equipe. As consequências desagradáveis dessa situação se multiplicam na rotina do meio rural e são constantemente explicitadas pelos produtores através de observações ou queixas como: -"A legislação trabalhista é muito paternalista. Protege demais o empregado dificultando a vida do empregador. - Não se consegue mais bons empregados. Parece que ninguém quer
Qual foi o objetivo do seminário? O Seminário teve como objetivo consolidar os canais de diálogo entre os pesquisadores de Universidades, Fundações de Pesquisa e empresas de pesquisa, pescadores e aquicultores; conhecer os projetos de pesquisa em andamento nestas instituições e definir linhas prioritárias de pesquisas nas seguintes áreas: Produção, nutrição e engorda de peixes; Reprodução; Melhoramento genético das espécies; Fisiologia: água e sanidade; Ictiofauna: estudo e monitoramento das principais espécies de peixes na Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai; Desenvolvimento socioeconômico e cultural das comunidades dos pescadores. Com apoio do Ministério da Pesca e Aquicultura - MPA, em convênio com a Crehnor Central, o Seminário realizou-se como parte de um processo de integração entre a comunidade científica, pescadores, aquicultores e agentes do setor público e da sociedade civil organizada. Este processo foi a marca da caminhada histórica do Polo de Aquicultura, que teve início no ano de 1998, e se consolidou com a realização do 1º Seminário, em 2007, quando foram elencadas demandas prioritárias do setor em termos de estudos e pesqui-
sa. Estava claro que a organização da cadeia produtiva do pescado, bem como do ordenamento pesqueiro, dependem, fundamentalmente, de base científica para a tomada de decisões. Quais foram os assuntos abordados no seminário? Elisa Coutinho de Lima, representando o Ministério da Pescada e Aquicultura, fez a palestra de abertura do Seminário, com o tema: Ações e desafios da pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação em pesca e aquicultura no Brasil. A palestra foi moderada por Juliano Ferreira de Sá, da Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura- SFPA/MPARS. Piscicultura de águas públicas e agregação de valor ao pescado foi tema da palestra proferida pelo Prof. Dr. Aldi Feiden, da Uniosc, Toledo/PR. Além de apresentar as experiências que estão sendo realizadas em tanques-rede em águas públicas, à luz de toda a legislação, Feiden falou sobre a agregação de valor ao pescado, complementada com uma exposição de sub-produtos do pesado, feitos com o couro da tilápia. Em grupos de trabalho, pesquisadores, agentes do setor público e da sociedade civil organizada, pescadores e aquicultores, definiram as linhas de pesquisa prioritárias, que vão fazer par-
te de um programa de pesquisa para a Bacia Hidrográfica do Rio Uruguai. Qual o objetivo da Redepeixe? A criação da Redepeixe vem apenas consolidar a existência de condições favoráveis das relações de cooperação e confiança entre pesquisadores, técnicos e as comunidades dos pescadores e aquiculturas, fruto da vivência histórica, do diálogo entre a comunidade científica com o setor produtivo (pesca e aquicultura). Confiança, cooperação e solidariedade são os elementos que vão somarse à parte física da rede, que são os dados da pesquisa, produtos e processos, que serão levados ao setor produtivo. A orientação básica do trabalho da Redepeixe será a cargo dos pesquisadores, responsáveis pela produção do conhecimento científico - tecnológico, o principal insumo do setor produtivo. A Comissão encarregada de construir o projeto da Redepeixe, juntamente com representantes do Setor Público (Municípios, Estado e União), tem como tarefas elaborar a proposta de projeto da rede, elaborar um programa integrado de pesquisa, articular a formação de um Acordo de Cooperação Técnica entre Ministérios da Pesca e Aquicultura e do Meio Ambiente, CNPq, Finep, Fapergs\RS e Fapesc\SC.
trabalhar; - Os empregados têm que ser controlados de cima, caso contrário o trabalho não anda; - A mão de obra disponível para o meio rural é de baixíssima qualidade; - O empregado é um "mal necessário" para a empresa rural. Melhor seria se não precisássemos dele. Analisando essas observações sob o prisma da situação atual, é forçoso reconhecer que há nelas um pouco de realidade mas, de nenhuma forma, tratase de verdades dogmáticas, imutáveis, perenes. É necessário que nos aprofundemos mais nessa análise até identificarmos as razões que dão sustentabilidade à essa situação. Ou seja, é preciso que cheguemos nos "porquês", e a partir daí iniciar a construção de um novo cenário. O atual governo federal está acenando com uma profunda reforma na legislação trabalhista. Pois que venha, mas seja equilibrada e justa na distribuição de direitos e deveres de forma a harmonizar os interesses das partes envolvidas, sem radicalismos ou favorecimentos cartoriais. Mas, é oportuno salientar que, mesmo que essa reforma aconteça, contemplará apenas a primeira "queixa" acima listada, não exercendo influência nas demais. As soluções para estas deverão ser encaminhadas pelos próprios produtores e/ou seus órgãos de representação. Considerando que cabe ao empresário rural administrar os recursos da empresa, dele deve ser a iniciativa no sentido de criar um ambiente de trabalho em que o empregado se sinta parte integrante e importante do processo, condição indispensável para que encontre satisfação no desempenho de suas atividades. E, satisfação, é a mola propulsora para um bom desempenho. Diferentemente das máquinas e equipamentos, objetos mecânicos frios e insensíveis, o empregado é um ser humano e, como tal, movido a emoções. Mesmo as pessoas mais humildes e intelectualmente pobres, têm seu próprio projeto de vida, suas aspirações, expectativas, bem como necessidades básicas que, se não forem atendidas, as tornarão insatisfeitas, desmotivadas, inseguras e incapazes de se entregarem plenamente ao trabalho. Ao trabalhador de hoje não basta apenas usar os braços como força de trabalho, ele deseja e precisa que a sua mente seja desafiada e respeitada a sua capacidade de pensar. Existem algumas necessidades básicas do ser humano, segundo A. H. MASLOW. É importante salientar que essas necessidades são inerentes ao ser humano, independente de sua posição social, grau de escolaridade, situação econômica, etc. Ou seja, todas as pessoas têm essas necessidades básicas e, não as tendo satisfeitas, tornam-se desmotivadas, apáticas e incapazes de trabalharem com entusiasmo, com participação efetiva e com criatividade. A primeira providência do empresário rural que se proponha a administrar de forma efetiva a mão de obra de sua empresa, e dela extrair o máximo de eficiência, é compreender e acatar essa realidade. Do exposto depreende-se que não basta um bom salário para se obter do empregado um elevado grau de satisfação. O atendimento de suas necessidades básicas é fundamental para que haja plena disponibilidade do trabalhador em relação a empresa. Voltaremos a este tema na próxima edição do JM Rural.
Verãotrazaumentonoconsumode energiasuperiora20% Estamos oficialmente no verão a pouco menos de uma semana, contudo, o calor já vinha sendo intenso mesmo antes de entrarmos na estação mais quente. Essa realidade se refletiu no consumo de energia entre os associados da Ceriluz
Tipicamente, o período de final de ano apresenta um crescimento expressivo na demanda por energia. Para se ter uma ideia desse crescimento, comparando os meses de julho e novembro de 2011, aCeriluz registrou um crescimento no consumo de 23%. Enquanto que em julho, no inverno, foram consumidos um total de 7,05 Megawatts/hora, em novembro, foram consumidos 8,6 Megawatts/hora. A expectativa da Ceriluz é que a demanda deva se estabilizar em uma média aproximada a de novembro nos próximos meses do verão, devendo voltar a cair a partir de março. Essa queda, no entanto, deve ser pequena, uma vez que amédia de consumo de energia na Ceriluz cresce ano após ano, acompanhando índices de crescimento semelhantes aos que ocorrem no Estado e no Brasil. Nos últimos 12 meses, de dezembro de 2010 a novembro de 2011, por exemplo, foram distribuídos 90,5 Megawatts/hora, representando um crescimento médio de 10,7% em relação ao mesmo período anterior. O percentual maior do público consumidor da Ceriluz está concentrado na classe rural com 10.600 unidades consumidoras,
mais de 80% do total de consumidores, representando aproximadamente 46% da energia distribuída pela cooperativa. O consumo Industrial e Comercial, mesmo com um número pequeno de associados, responde respectivamente por 32,25% e 12,37% da energia distribuída. A Ceriluz ,em particular, tem consumidores de energia elétrica da área rural que têm consumo de energia sazonal, ou seja, utilizam energia somente em determinadas épocas do ano. É no verão, por exemplo, com a redução das chuvas, que entram em funcionamento os pivôs para irrigação de lavouras de milho, feijão, pastagens para o gado leiteiro etc. Além disso, os equipamentos de refrigeração, como resfriadores de leite, freezers, geladeiras, climatizadores e ventiladores, são mais usados em função do calor e, consequentemente, passam a consumir mais energia. Consciência no consumo - O objetivo do horário de verão é a economia do consumo de energia por meio do melhor aproveitamento da luz natural do dia. Assim, a prática reduz a demanda em períodos considerados como "horários de ponta" (das 18 às 21h), onde o
Porterumpúblicopredominantementerural,aCeriluzpossuiumgrupodeconsumidoressazonais,comprodutores queutilizamairrigaçãoemlavourasdegrãos,pastagensouhortigranjeiros
consumo é bem maior, deslocando o consumo para outros períodos do dia, não sobrecarregando o
sistema de distribuição. No Brasil a economia de energia durante o horário de verão varia de 4% a 5%. Porém, não basta apenas alterar o horário, é preciso consciência da
população no uso da energia elétrica, para que se possa equilibrar o consumo e garantir que não ocorram quedas de energia por excesso de demanda.
Comareduçãodaschuvasentramemfuncionamentoospivôsparairrigação
Produtordemelanciaemelãocomemora primeirosresultadosdacolheita Em sua propriedadeno interiordeIjuí, DelcioOrtmann cultivamaisde 20milpésde melãoemelancia. Suaproduçãoé comercializada numabancaàbeira da ERS 342 Nem a falta de chuva desanima Delcio Ortmann, produtor de melão e melancia há 15 anos. A produção, que começou com modestos 500 pés, chega neste ano a 15 mil pés de melancia, além de 10 mil pés de melão. A colheita deste ano teve início nos primeiros dias de dezembro. Ele conseguiu adiantar a produção em quase um mês, devido ao uso do plástico, à muda de qualidade e à irrigação. Neste sistema Delcio cultivou três mil pés de melancia e cinco mil de melão. “Nesta área, de cinco mil metros, a produção foi bem organizada, com irrigação por gotejamento e lona”, explica o produtor. Diariamente, em sua banca na beira da estrada, situada próxima ao Distrito do Itaí, Delcio
comercializa aproximadamente 100 melancias e 600 quilos de melão. Os clientes vêm de Catuípe e Ijuí para adquirir as frutas. “Sabem que são produtos tirados no dia. São pessoas que priorizam a qualidade, o sabor do melão, da melancia”, destaca. A qualidade do produto é possível graças a uma parceria com a Agriflora. Dentre as variedades de mudas e sementes de melancia que ele adquire na empresa estão a Starbrite e a Jetstreen e de melão, a Magelan. “Estas variedades, além do sabor e da produtividade, têm vida longa após atingir a maturação”, explica João Boaro, proprietário da Agriflora. A principal dificuldade enfrentada pelo produtor é a falta de chuva. Não haveria problema se Delcio tivesse investido em irrigação em toda a área de produção, mas, segundo o produtor, isso não seria possível. “Hoje a mão de obra é escassa. Apenas a família trabalha na produção”, relata.
Mercado Conforme o engenheiro agrônomo João Boaro, nos últimos anos, o consumidor da região passou a ingerir muito mais melancia e melão local pela qualidade da oferta. Segundo ele, houve um direcionamento pela qualidade, além de manter um bom potencial produtivo. “Sempre entendemos que o produtor
OprodutorDelcioOrtmanntrabalhacomoauxíliodaesposaLorena
precisava de um diferencial para cativar o mercado local. Por isso, hoje priorizamos o sabor”, ressalta Boaro, destacando que os produtores direcionaram para o nicho de mercado local e regional. Essa proximidade com o con-
Procurapormelanciaemelãoaumentounosútlimosanosdevidoàqualidadedasfrutas
sumidor permite que o produtor agregue mais valor, o que possibilita investir em mais tecnologia, como qualidade genética, irrigação, fertirrigação e plástico para cobertura do solo. A Agriflora trabalha com estas culturas, com ações sintonizadas nesta direção, ou seja,
oferecendo as tecnologias adequadas para nossa realidade local, visando atender as necessidades do produtor, que ao mesmo tempo estão ligadas às necessidades do mercado. A empresa está situada na avenida 21 de Abril, 1321, em Ijuí. Fone: 3332 1003.
Emater/RS-AscareSDResclarecemdúvidas sobreirrigaçãoeaçudagem Emseteanos,estiagemfoiresponsável pela perda de 23,6 milhõesdetoneladasdegrãos. Quadro pode ser mudado com açõesdeprevenção Acoordenação da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) das regiões Noroeste e Missões, juntamente com a Emater/RS-Ascar, realizou, durante a última semana, palestras para esclarecimento de dúvidas sobre o Programa Irrigando a Agricultura Familiar. O diretor do Departamento de Infraestrutura, Irrigação e Usos Múltiplos da Água, Vilmar Galvão, esteve em Erechim, Garruchos, Itacurubi, Cerro Largo, São Luiz Gonzaga e Bossoroca. Na quarta-feira, 21 de dezembro, o encontro entre o diretor e uma centena de produtores rurais ocorreu no Salão Paroquial de Cerro Largo. Em sua fala, Galvão contextualizou a importância da agricultura familiar para o Estado, ao apresentar dados de produtividade. Em seguida, abordou o problema histórico da estiagem que, em sete anos (não consecutivos) foi responsável pela perda de 23,6 milhões de toneladas de grãos. "Isso representa três bilhões de dólares perdidos. E esse quadro
pode ser mudado apenas com ações de prevenção, como a instalação de açudes para irrigação", observou. "Dos 430 mil estabelecimentos agrícolas do Estado, apenas 27 mil utilizam algum tipo de irrigação, ou seja, somente 6,2% dos produtores podem se dar ao luxo de não se preocupar com a falta de água e as perdas na safra", acrescentou. A porta de entrada para acessar o programa são os escritórios municipais da Emater/RSAscar. Diante disso, o engenheiro agrônomo e assistente técnico regional (ATR) em Crédito Rural, Gilberto Jaenisch, fez uma importante observação em relação às demandas. "Neste momento, os técnicos estão com as agendas cheias, realizando vistorias de perícias e elaborando laudos para o Proagro. Ou seja, a prioridade, neste momento, é dar conta de atender essas demandas", ressaltou. Os pedidos de projetos de irrigação serão anotados e realizados ao término das demandas de Proagro.
Dos430milestabelecimentosagrícolasdoEstado,apenas27milutilizamalgumtipodeirrigação
Irrigando a Agricultura Familiar Para minimizar as consequências das estiagens, o Governo do Estado, por meio da SDR, lançou o programa Irrigando a Agricultura Familiar, que visa construir estruturas que melhorem o armazenamento de água para o abastecimento humano e animal e para a irrigação nos estabelecimentos rurais de base familiar, nos assentamentos e nas comunidades indígenas e quilombolas. Para acessar o programa, é necessário pertencer a esses grupos, possuir declaração de aptidão ao Pronaf (DAP), desenvolver atividades produtivas compatíveis com o programa e participar do processo de capacitação. Até 80% do custo total da obra é financiado pelo programa. O produtor deverá entrar com uma contrapartida de 20%.
Ponches
RECEITA 2 INGREDIENTES:
RECEITA 1 INGREDIENTES:
MODO DE PREPARO:
1 garrafa de champagne 2 litros de refrigerante de guaraná 2 doses de conhaque 2 unidades de maçã picadas 1 unidade de abacaxi picado 1 cacho de uva itália ao meio 6 unidades de laranja picadas 1 xícara (café) de suco de limão quanto baste de açúcar
Deixe gelar todos os ingredientes. Misture o champagne, o guaraná e o suco de limão. A seguir, vá picando as frutas e adicionando ao ponche. Prove e, ao seu gosto, adicione açúcar. Mantenha na geladeira até a hora de servir.
1 garrafa de champanhe doce 2 maçãs picadas, sem cascas e sem sementes 1 abacaxi picado em pedaços miúdos 3 latas de guaraná ( refrigerante) Gelo
MODO DE PREPARO: Misture as bebidas com as frutas e o gelo picado, diretamente na poncheira. Sirva em copos de ponche.
MDAvaiimpulsionarcréditofamiliar esolidárioapartirde2012 O cooperativismo tem uma importância estratégicaparaa agriculturafamiliar porqueéeleque levaapolítica públicaatéas famílias Na segunda semana de janeiro, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) vai pôr em prática uma agenda operacional com o cooperativismo brasileiro. Uma reunião agendada para o dia 17, com representantes do ministério e do setor do cooperativismo de crédito familiar e solidário, vai impulsionar temas como sustentabilidade, Rede Brasil Rural, assistência técnica e extensão rural e expansão do cooperativismo no campo. A data agendada é resultado de uma reunião ocorrida na semana passada com a presença do ministro Afonso Florence, dos secretários do ministério e de representantes da Associação Nacional de Cooperativas de Crédito Solidário (Ancosol) e da Confederação Nacional de Cooperativas de Crédito Solidário (Confesol). Durante a reunião, Florence anunciou que um acordo entre o MDA e o ministério das Comunicações irá levar Internet de banda larga e frequência de rádio comunitária para agricultores familia-
res em 2012. O secretário de Agricultura Familiar do MDA, Laudemir André Müller, explicou que na reunião de janeiro o grupo vai discutir os detalhes de como será feita a comercialização, qual será a estratégia de crédito e como o tema da sustentabilidade será materializado. Segundo ele, o cooperativismo tem uma importância estratégica para a agricultura familiar porque éele que leva a política pública até a agricultura familiar. OMDA, segundo o secretário de Desenvolvimento Territorial, Jerônimo Rodrigues, reconhece que aagricultura familiar tem se fortalecido com a produção de alimentos hoje no Brasil. “Mas o nosso objetivo é que ela, além de produzir, comercialize sua produção, acesse os mercados institucional e privado e, com isso, gere renda. E a forma de fazer isso é por meio das cooperativas”, disse. Aproposta do ministério é articular a política agrícola com as cooperativas. “No setor de crédito, por exemplo, temos a atuação muito forte das cooperativas de crédito”, disse Müller. Para ele, outro exemplo de atuação das cooperativas é na área da sustentabilidade, a qual ele afirma ser um grande desafio para o próximo ano do MDA. Outro desafio da equipe do ministério para o próximo ano é continuar a construção da organização econômica da agricultura familiar por meio das cooperativas que comercializam, porque, segundo Müller, “são elas que vão ter de atender de forma especial os
R$ 4 bilhões que teremos no ano que vem de mercado institucional”, disse. Ele explicou que, para a agricultura familiar atender a esse mercado e poder acessá-lo de forma organizada e estruturada, terá de se servir das cooperativas. Os representantes da Ancosol e da Confesol querem discutir também a expansão do setor no âmbito de várias políticas públicas, sobretudo, a habitacional rural. Eles reafirmaram, durante a reunião, o reconhecimento de que o Plano Safra da Agricultura Familiar, implantado no País em 2003, “foi uma conquista estratégica pra aconsolidação das políticas deste segmento e tem sido inovado e ampliado gradativamente. Opresidente da Ancosol, Valdemar Oliveira, disse que as principais preocupações do grupo estão centradas em duas políticas públicas que eles consideram fundamentais para a viabilização e dinamização da agricultura familiar: o crédito e a assistência técnica. As duas entidades aglutinam os sistemas Cresol Central, Cresol Baser, Crehnor, Ascoob, Creditag, Ecosol e Cescoper, com aproximadamente 250 mil associados em 186 cooperativas. 2012: Ano Internacional das Cooperativas A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, em dezembro do ano passado, a resolução sobre “Cooperativas e Desenvolvimento Social”, que declara 2012 como ano Internacional das Cooperativas (IYC, na sigla em inglês). Com isso, a ONU reconhece o modelo cooperativo como fator importan-
Variedadesdemilhoganham novoregulamentotécnico As variedades mais comuns de milho e o cereal conhecido como pipoca tiveram estabelecidos novos regulamentos técnicos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os padrões estão descritos nas Instruções Normativas nº 60 e 61, publicadas nesta sexta-feira, 23 de dezembro, no Diário Oficial da União (DOU). A legislação se refere aos grãos provenientes da espécie Zea mays L. e da subespécie mays (pipoca). O principal objetivo das regras é definir o padrão oficial de classificação do milho, considerando seus requisitos de identidade e qualidade, a amostragem, o modo de apresentação e a marcação ou rotulagem, nos aspectos referentes àiden-
tificação do produto. O padrão técnico de classificação do cereal existia desde 1978, mas não distinguia o milho pipoca das demais variedades. Como esse tipo de grão tem características diferentes e necessita de outros critérios e instrumentos para avaliação, o Ministério da Agricultura decidiu criar uma norma exclusiva para o grão pipoca. Oprincipal requisito de qualidade do milho dessa variedade é a sua capacidade de expansão para se transformar em pipoca, quando submetido à temperatura de aproximadamente 180ºC.
Para uniformizar os critérios de classificação, a área técnica competente da pasta poderá elaborar um referencial fotográfico, identificando e caracterizando os requisitos de qualidade que servirão de base para a classificação do milho pipoca, previstos nessas normas. Ambas entrarão em vigor no dia 1º de julho de 2012.
Internetbandalargaseráumadasprioridadesparaosagricultoresfamiliares
te no desenvolvimento econômico e social dos países. Esta é a primeira vez na história que um ano será dedicado ao setor cooperativista. Consideradas economicamente viáveis e socialmente responsáveis, as cooperativas operam em setores que vão desde a agricultura até finanças e saúde. A ONU se propõe a três objetivos: aumentar a consciência sobre esse modelo empresarial e sua contribuição positiva, promover sua formação e seu crescimento, e impulsionar os Estados-membros para que adotem políticas que favoreçam sua expansão. Sem importar o setor no qual atuam, as cooperativas são consideradas modelos de empresas
bem sucedidas porque seus integrantes são responsáveis por todas as decisões da instituição. Além disso, elas não objetivam a maximização dos lucros, mas atender às necessidades de seus membros, que participam do gerenciamento. O potencial das cooperativas para ajudar a erradicar a pobreza, criar e fortalecer práticas sustentáveis e contribuir para o desenvolvimento são as características que a ONU pretende destacar para que os Estados-membros as promovam. Um dos principais assuntos que a agenda da ONU para o desenvolvimento propõe é destacar o aspecto humano, mais do que o financeiro – e as cooperativas combinam ambos.
Leitesemdiferençadepreço A Comissão de Leite da Fetag avalia nas primeiras semanas de janeiro a regulamentação do projeto de lei da Câmara 80/2011, aprovado em caráter terminativo pelo Senado. O texto proíbe a diferenciação de preços entre produtores da matéria-prima. Também obriga os laticínios a informarem ao produtor o valor pago até o dia 25 de cada mês. Conforme o presidente da Fetag, Elton Weber, a ideia é coletar sugestões de formas de aplicação e encaminhálas à Contag. Ele acre dita que a proposta deve gerar maior estabilidade e renda.
Produtoresdepeixefazembalançopositivo dapisciculturaem2011 A piscicultura está no auge de desenvolvimento, acelerada pela grande procura pela carne de peixe O vice-presidente da Cooprana - Cooperativa de Piscicultores de Ajuricaba e Nova Ramada, Sergio Andreghetto, fez um balanço da piscicultura nos dois municípios durante o ano de 2011. Segundo ele, a produção teve um acréscimo de 15% a 20% de produtividade em relação ao ano passado. "A qualidade da água, devido à chuva nos primeiros meses do ano, resultou em peixes de bom tamanho e bom desenvolvimento. O piscicultor teve um resultado satisfatório durante o ano", afirma Sergio, que também é piscicultor. Conforme Sergio, a piscicultura está no auge de desenvolvimento, acelerada pela grande procura pela carne de peixe. "Todo o produto que você produzir tem comercialização. É um bom investimento para quem já tem o açude pronto, mesmo que não esteja licenciado ainda, pois existem normas governamentais que vão licenciar via prefeituras até dois hectares de açu-
de. Vai haver um licenciamento municipal", explica o vice-presidente da Cooprana. Dentre as espécies preferidas pelos produtores de Ajuricaba e Nova Ramada, estão as carpas cabeça grande, húngara, espelho, escamada e capim. Mais recentemente, também passou a ser produzida a espécie prateada, que anteriormente não tinha comercialização. "Já se encontram no município vários açudes com pacu, que é um peixe nativo e está sendo produzido para pesque-epagues da região, além de jundiá. Após a liberação da tilápia, a partir do ano de 2012 ou 2013, vai se trabalhar bastante com esta espécie na região", acredita o vicepresidente da Cooprana. Um dos principais entraves está relacionado ao novo código florestal. "O pessoal ainda está aguardando as normativas do código florestal para poder fazer uma reestruturação, um reinvestimento, pois ainda não temos um dado certo do que vai acontecer", observa. Sergio Andreghetto destaca que pouco foi investido em açudes em
DentreasespéciespreferidaspelosprodutoresdeAjuricabaeNovaRamada,estãoascarpas-cabeçagrande,húngara, espelho,escamadaecapim
Ajuricaba e Nova Ramada, devido às leis que não permitem a construção sem o licenciamento da Fepam dentro da área de APP. "Existem muitos açudes com deficiência de estrutura de
taipa, e que teriam que ser reformados e estruturados e, como a questão ambiental ainda não permite, não se deu um laudo técnico, alguma coisa que permitisse ao produtor reestrutu-
rar a taipa daqueles já existentes. Então, precisaria uma liberação de um órgão ambiental, para que os produtores fizessem a recuperação e a reforma das taipas", finaliza.
Áreacomtransgênicosserá20,9%napróximasafra A área semeada com variedades transgênicas na safra 2011/12 será 20,9% maior do que na última safra, de acordo com o segundo acompanhamento da adoção de biotecnologia na safra 2011/12, divulgado hoje pela Céleres. Segundo a previsão da consultoria especializada em economia agrícola, lavouras com soja, milho e algodão transgênicos devem somar 31,8 milhões de hectares durante esse ciclo - no recorde de adoção de biotecnologia na agricultura nacional. O levantamento considera o cenário recente favorável durante o período de decisão do que plantar e do início do plantio, e supera até mesmo as previsões iniciais da própria Céleres, que em agosto estimava em 30,5 milhões de hectares a área ocupada por lavouras transgênicas no ciclo atual.
A soja continua respondendo pela maior parte dessa área: serão 21,4 milhões de hectares cultivados com variedades geneticamente modificadas (GM) na safra, um aumento de 16,7% em relação à safra anterior. E a região Centro-Oeste segue na liderança nacional na produção de soja transgênica, responsável por 42,7% dessa área (9,1 milhões de hectares). A região Sul vem logo em seguida, com 40,4% da área total (8,7 milhões de hectares). Milho: variedades com tecnologias de genes combinados avançam rápido No caso do milho, o acompanhamento leva em consideração tanto a safra verão, que deve ser plantado entre novembro/ 2011 e janeiro/2012, quanto a safra inverno, cujos trabalhos devem ter início apenas a partir de março. Os números dessa última ainda não estão definidos, mas o sócio-diretor da Céleres e coordenador do estudo, Ander-
son Galvão, acredita que a tendência também é de aumento expressivo. Na soma das duas safras, dois terços (67,3%) da área total plantada com milho no Brasil serão ocupados por híbridos GM, num total de 9,9 milhões de hectares - um aumento de 32% em relação ao período 2010/11. A safra verão deve ocupar 4,9 milhões de hectares, ou 45,4% dos espaços totais ocupados pelo milho, o que representa 1,5 milhão de hectares a mais do que na safra verão 2010/11. A região Sul ainda concentra a maior parte dessas lavouras de milho transgênico, com 2,2 milhões de hectares (43,9% da área com milho GM), seguida pela região Sudeste, com 1,4 milhões de hectares ou 29,9% da área de lavouras de híbridos com biotecnologia. De acordo com a Céleres, a novidade no caso do milho transgênico é a rápida adoção
Asojacontinuarespondendopelamaiorpartedessaárea:serão21,4milhõesde hectarescultivadoscomvariedadesgeneticamentemodificadas
de variedades com tecnologias de genes combinados (ou stack genes, híbridos com resistência a insetos e tolerância a herbicidas), que começaram
a ser comercializadas esse ano. Os híbridos resistentes a insetos (RI) ainda lideram e devem ocupar 4,9 milhões de hectares.