Cadernodoprofessor 2014 vol1 baixa ch historia ef 8s 9a

Page 1

Validade: 2014 – 2017

a

o

8 SÉRIE 9 ANO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS Caderno do Professor Volume 1

HISTÓRIA Ciências Humanas


governo do estado de são paulo secretaria da educação

MATERIAL DE APOIO AO CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO CADERNO DO PROFESSOR

HISTÓRIA ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS 8a SÉRIE/9o ANO VOLUME 1

Nova edição 2014 - 2017

São Paulo

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 1

08/11/13 16:36


Governo do Estado de São Paulo Governador Geraldo Alckmin Vice-Governador Guilherme Afif Domingos Secretário da Educação Herman Voorwald Secretário-Adjunto João Cardoso Palma Filho Chefe de Gabinete Fernando Padula Novaes Subsecretária de Articulação Regional Rosania Morales Morroni Coordenadora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP Silvia Andrade da Cunha Galletta Coordenadora de Gestão da Educação Básica Maria Elizabete da Costa Coordenadora de Gestão de Recursos Humanos Cleide Bauab Eid Bochixio Coordenadora de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional Ione Cristina Ribeiro de Assunção Coordenadora de Infraestrutura e Serviços Escolares Ana Leonor Sala Alonso Coordenadora de Orçamento e Finanças Claudia Chiaroni Afuso Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE Barjas Negri

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 2

08/11/13 16:37


Senhoras e senhores docentes, A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colaboradores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abordagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação — Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb. Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orientações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias, dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avaliação constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico. Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história. Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo. Bom trabalho! Herman Voorwald Secretário da Educação do Estado de São Paulo

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 3

08/11/13 16:37


Sumário Orientação sobre os conteúdos do volume Situações de Aprendizagem

5

8

Situação de Aprendizagem 1 – Imperialismo e Neocolonialismo no século XIX Situação de Aprendizagem 2 – A Primeira Guerra Mundial

18

Situação de Aprendizagem 3 – A Revolução Russa e o stalinismo Situação de Aprendizagem 4 – A República no Brasil

27

37

Situação de Aprendizagem 5 – A propaganda no nazismo

48

Situação de Aprendizagem 6 – O impacto da Grande Depressão Situação de Aprendizagem 7 – Resistência judaica

55

65

Situação de Aprendizagem 8 – “Pai dos pobres” ou “Mãe dos ricos?” Quadro de conteúdos do Ensino Fundamental - Anos Finais

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 4

8

71

78

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

orientação sobre os conteúdos do VOLUME Caro(a) professor(a), O objetivo deste Caderno é auxiliá-lo no desenvolvimento de oito temas importantes que caracterizaram o processo de expansão do capitalismo europeu, suas contradições e críticas, na passagem do século XIX para o século XX. Para cada tema, foi elaborada uma Situação de Aprendizagem principal, um conjunto de questões para a avaliação e propostas para recuperação, nas quais foram destacados alguns dos aspectos mais significativos das discussões historiográficas contemporâneas. Considere a possibilidade de realizar alterações, no sentido de adequar as propostas à sua experiência docente, ao seu atual grupo de alunos e às suas condições de trabalho.

Conhecimentos priorizados Compreendemos que as transformações de­ cor­rentes do processo de expansão da industrialização nos países capitalistas europeus, na segunda metade do século XIX, são fundamentais para a caracterização do século XX, pois representaram mudanças profundas em termos econômicos, sociais, políticos e ideológicos e cujos reflexos ainda podem ser sentidos. Trata-se da consolidação da ordem burguesa capitalista, ao mesmo tempo em que, no Império Russo, se instaurava um regime de caráter socialista e, no Brasil, consolidava-se a estrutura oligárquica em um capitalismo tardio. Optamos por integrar os temas da Revolução Russa e o stalinismo: esse recorte, ao enfocar a sucessão de eventos na mesma região, ajuda a entender a formação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Além disso, aproveita-se melhor o tempo destinado às aulas de História, pois muitas vezes, para

nós, professores, a ideia de cumprir ou não o planejamento é um fator de tensão. A análise do período entreguerras destaca, especialmente, a ascensão dos regimes nazifascistas, caracterizados pelo ultranacionalismo e pela intolerância, bem como por suas relações com a crise ocorrida nos países capitalistas, em virtude dos efeitos da quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque e da consequente crise do modelo liberal clássico. O estudo acerca da Segunda Guerra Mundial possibilita a compreensão do fenômeno que transformou as relações internacionais, com a emergência de novas potências, e favorece a discussão do próprio conceito de geopolítica. Esses temas mantêm pertinência no mundo do século XXI, sobretudo se considerarmos, por exemplo, as recentes manifestações de intolerância e violência de grupos neonazistas; as mudanças verificadas no mundo da produção e as oscilações do mercado; e as tensões internacionais que ainda se voltam para a questão do direito que os Estados têm à soberania e o direito de intervenção quando a comunidade internacional vê riscos para a paz mundial. O Período Vargas deve ser analisado da tripla perspectiva das transformações econômicas, sociais e políticas que ocorreram no Brasil no período entreguerras, da ruptura promovida pela Revolução de 1930 e dos diferentes momentos que caracterizam essa fase: o governo provisório, o governo constitucional e o Estado Novo. Além disso, como você vai notar, grande parte das Situações de Aprendizagem aqui sugeridas assenta-se na realização de pesquisas pelos alunos, o que exige sua direta orien-

5

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 5

08/11/13 16:37


tação. Sobre isso, é importante lembrar-lhes que pesquisar não é apenas copiar o verbete de uma enciclopédia, por exemplo; devemos partir para a atividade com objetivos claros e utilizar as fontes segundo esses critérios, eliminando as informações desnecessárias ou repetitivas. Você deve, sempre, incentivar a pesquisa em diferentes fontes de informações, havendo algumas indicações no item referente aos recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno sobre os temas trabalhados.

Habilidades e competências As situações propostas estão baseadas nas orientações para a área de História, estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei no 9.394/96) e nos Parâmetros Curriculares Nacionais, principalmente, no que se refere à inserção dos alunos na sua realidade social, valorizando o direito de cidadania dos indivíduos; ao reconhecimento de que o conhecimento histórico é um conhecimento interdisciplinar e ao estabelecimento de relações entre conteúdo e atitudes, que reconheçam os alunos como agentes na construção do processo histórico. As competências e habilidades gerais a ser desenvolvidas nas Situações de Aprendizagem deste Caderno foram extraídas da matriz do Enema e são as seguintes: I. dominar a norma culta da língua portuguesa e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica; II. construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas;

III. selecionar, organizar, relacionar e interpretar dados e informações, representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema; IV. relacionar informações, representadas de diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em diferentes situações, para construir argumentação consistente; V. recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. Além dessas, nos quadros-resumo de cada Situação de Aprendizagem proposta são detalhadas as habilidades específicas que se pretende desenvolver na relação com os conteúdos priorizados. Os textos estudados neste volume podem ser trabalhados por meio de Situações de Aprendizagem que visam ao “saber fazer”, nas quais os alunos recorram a seus esquemas de conhecimento para resolver situações-problema.

Metodologias e estratégias Para tanto, enfatizamos a análise cartográfica comparada, a pesquisa e a sistematização de informações, a elaboração de pequenas biografias e a confecção de uma página de jornal. Todas as Situações de Aprendizagem estão acompanhadas da identificação dos principais conceitos trabalhados, das competências e habilidades priorizadas, das estratégias e dos recursos que podem ser utilizados, além de um roteiro para a sua aplicação e de grades de avaliação.

a Documento básico do Enem. Fonte: <http://portal.mec.gov.br/index.php?ltemid=3107.enem.br>. Acesso em: 31 jul. 2013. As competências básicas da área enunciadas na “Matriz de Referências para o Enem 2009” encontram-se disponíveis em: <http:// download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/downloads/2009/Enem2009_matriz.pdf>. Acesso em: 17 maio 2013.

6

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 6

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

Os temas estudados neste volume podem ser trabalhados por meio de Situações de Aprendizagem que enfatizam a resolução de situações-problema. Privilegiamos a análise de documentos historiográficos escritos e iconográficos. Para tanto, enfatizamos as habilidades que os alunos deverão aprimorar nesse tipo de análise: leitura, interpretação, observação, descrição, compreensão, síntese, associação, classificação, comparação, organização, caracterização, estabelecimento de relações e conclusão. Além disso, deve ser considerado o contexto sócio-histórico de produção dos textos e imagens, pois, inevitavelmente, eles carregam consigo as marcas de seu produtor e de seu tempo, na medida em que são um recorte de um momento singular e retratam as condições sociais, culturais, ideológicas e econômicas que caracterizam quem os produziu. A produção de textos também será privilegiada, criando situações de escrita orientadas com base em diferentes parâmetros e desafios.

Avaliação As propostas de avaliação, além da correção do conteúdo, oferece um diagnóstico amplo do processo de ensino-aprendizagem e um estímulo aos alunos para que, eles próprios, possam analisar seu desempenho. A avaliação só se reveste de significado se ela for capaz de proporcionar o aprimoramento das atividades pedagógicas, tanto por parte do professor quanto do aluno, devendo ser um momento de reflexão para ambos e fazer parte do próprio processo de aprendizagem. Para auxiliá-lo na avaliação das Situações de Aprendizagem, as questões sugeridas, em sua maioria, estão inseridas na seção Você Aprendeu? no Caderno do Aluno e você poderá utilizá-las para avaliar o processo de aprendizagem dos alunos, solicitando que respondam as questões em folha avulsa, justificando as alternativas escolhidas, quando for o caso. Lembramos que a sua experiência e conhecimento da sala e escola onde atua é fundamental para estabelecer seus critérios e estratégias. Bom trabalho!

7

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 7

08/11/13 16:37


Situações de Aprendizagem Situação de Aprendizagem 1 Imperialismo e neocolonialismo no século XIX Esta Situação de Aprendizagem tem como objetivo compreender a história da ocupação e exploração europeias no continente africano, antes e depois da Conferência de Berlim de 1885. Com ela, você pode buscar, principalmente, encaminhar as reflexões dos alunos para a percepção das relações passado-presente e das permanências e rupturas na dinâmica do processo histórico, e contribuir para que eles compreendam o Imperialismo como componente do processo de construção das desigualdades socioeconômicas entre o mundo das potências capitalistas e o mundo dos países pobres. O objetivo será atingido se eles conseguirem perceber a relação entre a expansão do capitalismo e as diferentes formas de dominação estabelecidas pelas potências europeias, principalmente, nos continentes africano e asiático. A Situação de Aprendizagem visa a incentivar a prática da leitura e análise de mapas, fontes de informações e dados; seus alunos podem perceber que os mapas são suportes documen-

tais diferenciados. Além disso, os alunos vão poder construir uma argumentação consistente, fundamentada nas conclusões obtidas. A leitura cartográfica pode ser realizada antes das aulas sobre o Imperialismo, para que a observação e análise dos mapas sejam parte do processo da construção do conceito. Antes de abordar o tema Imperialismo, você já deve ter caracterizado o processo de Revolução Industrial em suas múltiplas ocorrências. Depois, serão abordados os conceitos fundamentais relativos ao tema, como: Segunda Revolução Industrial, Capitalismo Monopolista e darwinismo social, enquanto elementos que podem explicar o processo de apropriação do território africano, observado nos mapas. É importante, durante a realização desta Situação de Aprendizagem, que o continente não seja apresentado como um todo homogêneo. Para que isto não ocorra, valorize a diversidade de povos, línguas e culturas. Se possível, apresente também um mapa que revele isso.

Conteúdos e temas: Segunda Revolução Industrial; Imperialismo, Neocolonialismo; Capitalismo Financeiro, Capitalismo Monopolista; Darwinismo Social; Conferência de Berlim. Competências e habilidades: desenvolver a capacidade de leitura cartográfica (análise de mapas); de sistematização (seleção, organização e análise de dados) e da exposição escrita. Sugestão de estratégias: a análise dos mapas e a sistematização das informações obtidas. Sugestão de recursos: serão necessários dois mapas para a análise: o primeiro sobre as possessões europeias na África até a metade do século XIX e o segundo sobre a colonização da África após a Conferência de Berlim. Sugestão de avaliação: verificar a apreensão e síntese de conceitos e conteúdos pertinentes ao Imperialismo e a comparação e análise de mapas.

8

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 8

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

Sondagem e sensibilização África – Político

45

Continentes e regiões do mundo

África - Político 10º E

20º E

Argel

M a r

Trípole

M e d i t e r r â n e o El Beida

Misurata

Bangasi

Port Said

Alexandria

EGITO (Parte Asiática)

Cairo

Sebha

El Aaiún

L Í B I A

Á S I A

Asyut

EGITO

ar

TRÓPICO DE CÂNCER

Ni

el

lo

rm

Tamanrasset

Ve

Assuan

Ri

MALI

Nouakchott

Banjul

GÂMBIA

S U D Ã O

Agadez

Tombouctou

Saint-Louis Kayes

BURKINA FASO

Bamako

Bissau

Ndjamena

Bobo Ouagadougou GUINÉ U Dioulasso SA Kankan BENIN BIS Kindia Tamale Parakou NIGÉRIA Geroua INÉ Conacri SERRA COSTA DO GANA Sokode Abuja U G Freetown LEOA MARFIM Ogbomosho LIB Bouaké Ibadã ÉR Lagos Cumasi IA Porto Monróvia CAMARÕES Cano

Acra

Port Lomé TOGO oN ovo

jan Abid

Harcourt

Duala

Malabo (GUINÉ EQUAT.)

Bata

SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

0º EQUADOR

São Tomé

GABÃO

Cabinda (Angola)

Matadi

REP. DEM. DO CONGO (Zaire)

Bukavu

DODOMA

TANZÂNIA

SEICHELES Vitória

Moroni

Kitue

MALAUÍ

Ndola

Lilongue

Ondangua

Mo

BOTSUANA

Windhoek

Johanesburgo

Luderitz

Bloemfontein (cap. jurídica)

ÁFRICA DO SUL

Mbabane

LESOTO

Maseru

Fianarantsoa

ferrovia

Maputo

O C E A N O

rodovia 30º S

Durban

rio

Í N D I C O

MAURITÂNIA

Gao 215

Tambacounda

N íg

Bamako

BURKINA FASO

er

GUINÉ BISSAU

Nota: A situação política da região de Abyei, entre o Sudão e Sudão do Sul, ainda não está determinada.

Niamei

Bobo Dioulasso

GUINÉ

BENIN GANA

Korhogo

COSTA DO MARFIM

SERRA LEOA Man

Monróvia

5º N

LIBÉRIA

Parakou Tamale

Bouaké

Lago Volta

TOGOPorto Novo

Cumasi

Lomé

Abidjan Acra

10º O

Sokode

N IG É R IA

Kankan

s

F re e to w n

O C E A N O A T L Â N T I C O

430 km

Ouagadougou

Conacri

Praia

0

PROJEÇÃO CILÍNDRICA EQUIDISTANTE MERIDIANA

5º O

go

10º N

NÍGER 50º E

La

1 CABO VERDE

1 Cabo Verde 2 Países da África

MALI

SENEGAL

Tamba

40º E

er

2

30º E

íg

20º E

2

1

Kayes

N

10º E

fronteira internacional

SUAZILÂNDIA

15º N

Cidade principal

20º S

East London Porto Elizabeth

Cidade do Cabo (cap. legislativa)

10º O

Capital de país

Antananarivo

Gaborone Pretória

GREENWICH

nal

MA

Walvis Bay

Quelimane Beira

Bulawayo

NAMÍBIA

A T L Â N T I C O

30º S

Harare

ZIMBÁBUE

20º S

TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO

MOÇAMBIQUE Blantyre

Lusaca Livingstone

10º S

COMORES

Lubumbashi

ZÂMBIA

O C E A N O

Mombassa Zanzibar Dar Es Salaam

Mbuji Mayi

Huambo

Nairóbi

Quigali Muanza Bujumbura

Cananga

Mogadíscio

Merka

Nacuru

Lago Vitória

BURUNDI

ANGOLA Lobito Benguela

QUÊNIA

Mbale

Campala

RUANDA

Kinshasa

Luanda 10º S

10º N

SOMÁLIA

Diredaua

ETIÓPIA

UGANDA Kisangani

Brazaville Pointe-Noire

I. Socotra

Juba

GUINÉ EQUAT. CONGO

Golfo de Áden

Berbera

Adis Abeba

S U D Ã O D O S U L

Bambari

Aseb

DJIBUTI Djibuti

Dese

Moundou

REP. CENTRO-AFRICANA

Asmara

Gondar

Região de Abyei

Bangui

Iaundê

Libreville

Porto Gentil

Kassala

El Obeid

10º N

Buchanan

ERITRÉIA

Cartum

Zinder

Niamei

Atbarah

Omdurman

Abechê

CHADE

Dacar SENEGAL

20º N

Porto Sudão

Bilma

NÍGER

Ca

MAURITÂNIA

Caolak

ho

o

Atar

20º N

AR

ARGÉLIA

30º N

Suez

El-Giza

ASC

Sfax

TUNÍSIA

Ghardaia

M

SAARA OCIDENTAL (ESP e MAR)

S CO

ue

M

Batna Gabes

RO

AR

Is. Canárias (ESP)

Constantina

Oran

Rabat

Marrakech

30º N

Ceuta (Esp)

50º E

DAG

Casablanca Safi

40º E

b iq

Estreito de Gibraltar Ta ng er Is. Madeira (POR)

30º E

Túnis

çam

EUROPA

de

10º O

Figura 1 – África – Político. IBGE. Atlas geográfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. p. 45. Mapa original. Adaptado (supressão de escala numérica).

9

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 9

08/11/13 16:37


Na proposição da Situação de Aprendizagem é desejável que você busque e valorize, por meio de questões muito simples, aqueles conhecimentos prévios que os alunos detêm sobre o tema. Com o auxílio de um mapa-múndi, ou de um mapa do continente africano, localize os países citados nas perguntas a seguir, que estão presentes no Caderno do Aluno, no início da Situação de Aprendizagem. 1. Quais são suas primeiras ideias quando você ouve falar no continente africano? É muito importante, nesta discussão, que você se preocupe em problematizar as ideias dos alunos sobre o continente africano, de modo que ele não seja apresentado como um

tema, para as quais eles, eventualmente, não tenham respostas.

1a etapa Após a Sondagem e sensibilização, apresente a proposta de trabalho aos alunos. A primeira etapa sucede a Sondagem e sensibilização. Você partiu dos conhecimentos ou ideias que os alunos têm sobre a África atual. Agora, sugerimos que você apresente à classe dois mapas do continente, dos séculos XIX e XX. Seu estudo colabora no entendimento da partilha e da Primeira Grande Guerra.

todo homogêneo, mas que seja valorizada a diversidade de povos, línguas e culturas.

2. Você sabe qual idioma é falado em Angola e em Moçambique? Português, o idioma do país que colonizou a região a partir do século XVI.

3. Na África do Sul, uma das línguas oficiais é o inglês, outra é o zulu. Por quê? Além das línguas das populações nativas, como o zulu, também são utilizados o idioma dos colonizadores ingleses e o dos bôeres, o africânder, de origem holandesa.

4. No Senegal, além das línguas nativas, como o uólofe, fala-se o francês, que é o idioma oficial. Por quê? Porque houve colonização francesa no Senegal.

5. Procure lembrar-se ou pesquise uma notícia recente sobre algum país africano e registre no espaço a seguir. Dê relevo às notícias que evidenciam a riqueza e a diversidade cultural da África, evitando que as discussões abordem apenas os problemas encontrados em diferentes países desse continente, como pobreza, instabilidade política e guerras civis.

As perguntas e as respostas devem servir como motivadoras para suscitar a curiosidade dos alunos. Permita que eles se expressem, inclusive propondo questões pertinentes ao

Você deve incentivar a observação para uma leitura cartográfica eficiente. Ajude-os a verificar a posição do continente africano em relação à Europa e à Ásia, identifique com eles os mares e oceanos que banham as terras africanas e solicite que indiquem onde está posicionado o continente americano, que não aparece nos mapas. Indague à eles onde ficam a costa oriental e a ocidental, a porção meridional e a setentrional da África. Se possível, proponha que esta primeira análise seja feita com o professor de Geografia, que também pode comparar esses mapas com o mapa físico do continente africano e com o atual mapa político, se for pertinente em relação a seus objetivos. Para a análise comparativa dos mapas históricos, a seguir, também inseridos no Caderno do Aluno, você poderá propor uma discussão com toda a classe. Favoreça a participação de todos os alunos propondo questões coletivas, mas individualmente também, para conseguir a participação daqueles que têm maior dificuldade em se expor; solicite que esses alunos expliquem, completem ou mesmo corrijam o que outro afirmou. Depois de estabelecidas as conclusões oralmente, solicite que os alu-

10

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 10

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

nos registrem suas conclusões na seção Leitura e análise de mapas, no Caderno do Aluno. Indique à eles que as respostas devem

ser redigidas completas, ou seja, retomem a proposição na resposta, como um pequeno texto explicativo.

Mapa 1 – A ocupação da África por volta de 1830

Figura 2 – Mapa 1 – A ocupação da África por volta de 1830. HERNANDEZ, Leila Maria Gonçalves Leite. A África na sala de aula: visita à história contemporânea. 2. ed. rev. São Paulo: Selo Negro, 2008. p. 52. Mapa original (sem escala; sem orientação de norte geográfico; mantida a grafia).

11

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 11

08/11/13 16:37


Mapa 2 – África em 1902

Figura 3 – Mapa 2 – África em 1902. HERNANDEZ, Leila Maria Gonçalves Leite. A África na sala de aula: visita à história contemporânea. 2. ed. rev. São Paulo: Selo Negro, 2008. p. 68. Mapa original (sem escala; sem orientação de norte geográfico; mantida a grafia).

12

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 12

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

1. Qual é o título de cada um dos mapas?

2a etapa

Mapa 1: A ocupação da África por volta de 1830 Mapa 2: África em 1902

2. A qual século cada um dos mapas históricos se refere? Mapa 1: refere-se à primeira metade do século XIX, quando lentamente a Inglaterra iniciou a criação de colônias da Coroa, seguida pela França. Mapa 2: refere-se ao início do século XX, momento de valorização do continente africano pela extração de ouro e diamante; a ocupação tornou-se intensiva, iniciando a colo-

Você pode propor uma pesquisa sobre os objetivos gerais da Conferência de Berlim, de 1885. Comece explicando que os países retardatários na industrialização, como Alemanha e Itália, queriam assegurar sua fatia no território africano. Ajude os alunos a localizar a Ata da conferência e nela os artigos que expressem esse objetivo.

Avaliação da Situação de Aprendizagem

nização moderna de exploração (Neocolonialismo).

3. Que informações podemos obter com a análise das legendas? Mapa 1: a legenda indica possessões de países europeus sobre áreas do continente africano. Mapa 2: a legenda indica a partilha do continente africano entre potências europeias e a existência de poucos territórios independentes.

4. No próprio mapa, existem símbolos ou nomes que também trazem informações sobre a presença europeia? Quais são? Mapa 1: sim, no mapa há nomes, legendas e convenções que

O resultado da avaliação deve ser um diagnóstico completo do processo de ensino-aprendizagem e um estímulo aos alunos para que eles possam analisar o próprio desempenho. A avaliação só se reveste de significado se ela for capaz de proporcionar o aprimoramento das atividades pedagógicas, tanto por parte do professor quanto do aluno, devendo ser um momento de reflexão para ambos e fazer parte do próprio processo de aprendizagem. Com base em suas observações, você pode verificar:

identificam as regiões ocupadas. Mapa 2: sim, no mapa há os nomes, legendas e convenções das colônias europeias na África.

5. Que mudanças você pode observar entre os dois mapas? A mudança mais evidente está no fato de que, por volta de 1830, os países europeus concentravam suas possessões nas

1. O aluno desenvolveu satisfatoriamente a habilidade de comparar e analisar os mapas? 2. A elaboração das respostas contemplou aspectos fundamentais do tema e seus conceitos, retratando as discussões realizadas coletivamente?

faixas costeiras da África, enquanto, no início do século XX, praticamente todo o continente já havia sido partilhado entre os países europeus. Como se pode ver no segundo mapa,

3. As respostas indicam que a habilidade de síntese foi desenvolvida?

além de Inglaterra, França, Espanha e Portugal, também a Itália, a Alemanha e a Bélgica apoderaram-se de territórios na África.

6. Comparando os dois mapas, que permanências você pode observar? Percebe-se, nos dois mapas, o interesse europeu na exploração do território africano.

4. O movimento metodológico proposto – análise de permanências e rupturas – foi compreendido e registrado nas respostas? Para responder a essas questões, você pode elaborar uma planilha, contendo seus conceitos de avaliação.

13

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 13

08/11/13 16:37


Proposta de questões para avaliação As questões a seguir estão na seção Você aprendeu? do Caderno do Aluno.

2. Leia o artigo a seguir, que faz parte da Ata Geral da Conferência de Berlim, de 27 de fevereiro de 1885. Capítulo II – Declaração relativa ao tráfico de escravos

1. O poeta britânico Rudyard Kipling, em 1899, publicou um poema intitulado O fardo do homem branco, sobre a conquista dos Estados Unidos da América sobre as Filipinas. Apesar de seu poema alertar para os perigos e os custos envolvidos na ação de conquista, tornava-a, ao mesmo tempo, um nobre empreendimento, sob o ponto de vista da “missão civilizatória da raça branca”. Leia a sua primeira estrofe:

“Artigo 9. Em conformidade com os direitos dos indivíduos, tais como são reconhecidos pelas potências signatárias, sendo proibido o tráfico de escravos e devendo as operações que, na terra ou no mar, forneçam escravos para o tráfico ser igualmente consideradas proibidas, as potências que exercem ou exercerão direitos de soberania, ou uma influência nos territórios que formam a bacia convencional do Congo, declaram que esses territórios não poderão servir nem como mercado nem como via de trânsito para o tráfico de escravos, de qualquer raça. Cada uma dessas potências se compromete a empregar todos os meios em seu poder para colocar um termo a esse comércio e punir seus responsáveis.”

O fardo do homem branco Tomai o fardo do Homem Branco Envia o melhor da tua raça Vão, obriguem seus filhos ao exílio Para servirem às necessidades dos seus cativos Para esperar, com pesados arreios, Com agitadores e selvagens Seus recém-cativos povos entristecidos, Metade demônio, metade criança.

Ata Geral da Conferência de Berlim de 1885. Disponível em: <http://mjp.univ-perp.fr/ traites/1885berlin.htm>. Acesso em: 20 maio 2013. Tradução Célia Gambini.

KIPLING, Rudyard. The white man’s burden. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/ download/texto/ln000144.pdf>. Acesso em: 20 maio 2013. Tradução Eloisa Pires.

Conforme o que você já estudou sobre o Imperialismo, no que consistia a “missão civilizatória da raça branca”? Espera-se que os alunos respondam que, por se considera-

Segundo esse artigo, qual foi a posição das potências que participaram da Conferência de Berlim no que se refere à escravidão? O que poderia explicar esse posicionamento? Os alunos provavelmente vão perceber que o artigo 9 da Conferência de Berlim defende o fim do tráfico negreiro,

rem superiores, os europeus e os estadunidenses entendiam

especificamente com base no princípio dos direitos dos indivíduos. Contudo, de acordo com os estudos já realizados

que era sua missão civilizar povos que eles consideravam

sobre o Imperialismo, é importante que eles reconheçam

biológica e culturalmente inferiores, como os africanos e os asiáticos. Esse foi o pretexto usado para estender seu domínio

o interesse das potências na manutenção da mão de obra africana no próprio continente, no qual, por meio das práti-

econômico e político por todo o mundo.

cas neocolonialistas, eles estavam estabelecendo negócios.

14

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 14

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

3. As afirmações a seguir são referentes ao Imperialismo. Leia-as e assinale a alternativa correta.

do e colonizado. [...] Eu conquistaria os planetas, se pudesse; sempre penso nisso. Entristece-me vê-los tão claros e ainda tão distantes.”

I. A necessidade de novos mercados consumidores para seus produtos levou as potências industrializadas à expansão imperialista, durante o século XIX.

Cecil Rhodes. Apud: “The Last Will and Testament of Cecil John Rhodes”. Organizado por W.T. Stead, London “Review of Reviews” Office 1902. Disponível em: <http://archive.org/ stream/lastwilltestamen00rhodiala/lastwilltestamen00rhodiala_djvu.txt>. Acesso em: 18 jul. 2013.

II. A expansão imperialista do século XIX ocorreu, basicamente, em virtude do esgotamento das minas de metais preciosos na Europa. As potências industrializadas necessitaIII. vam de novas áreas nas quais pudessem aplicar o capital excedente gerado pela expansão capitalista, durante o século XIX. Estão corretas: a) todas as afirmações. b) apenas I e II. c) apenas I e III. d) apenas II e III.

Tradução Eloisa Pires.

Segundo suas ideias, e observando-se o período no qual Rhodes viveu, pode-se dizer que ele: a) foi um dos pioneiros na “corrida espacial” inglesa. b) foi um dos líderes da resistência africana ao capitalismo inglês. c) foi um dos missionários protestantes no continente africano. d) foi um dos agentes do Imperialismo inglês no continente africano.

e) nenhuma das afirmações é correta.

e) foi um dos críticos do Imperialismo inglês no continente africano.

O aluno deve ser capaz de discernir, entre as proposições,

O aluno deve ser capaz de perceber, por meio de informa-

aquelas que definem algumas das causas para a ocorrência da

ções da proposição, que o inglês Cecil Rhodes participou do

expansão imperialista, no século XIX, e do Neocolonialismo.

processo de expansão imperialista durante o século XIX.

4. Cecil John Rhodes (1853-1902) foi um inglês, homem de negócios e o fundador da Rodésia, atuais Zimbábue, Zâmbia e Malauí, na África. Ele sonhava construir uma estrada de ferro que faria a ligação entre o Cairo, no Egito, e a Cidade do Cabo, na África do Sul. A ele são atribuídas as seguintes frases: “O mundo já está totalmente loteado, e o pedaço que sobrou está sendo dividido, conquista-

Proposta de Situação de Recuperação Depois da realização das atividades regulares – aulas, exercícios, a atividade proposta neste Caderno e a avaliação –, você poderá identificar entre seus alunos alguns que não tenham alcançado seus objetivos, tanto no que concerne à apreensão dos conteúdos quanto no desenvolvimento das habilidades e competências contempladas.

15

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 15

08/11/13 16:37


Nesse caso, podemos utilizar diferentes estratégias para obter resultados que indiquem progresso no processo de ensino-aprendizagem, inclusive para esses alunos que apresentam maiores dificuldades. A compreensão do tema Imperialismo é essencial para a continuação dos estudos históricos, pois é pré-requisito para outros temas, como a Primeira Guerra Mundial e o processo de descolonização. O mais importante é que o aluno consiga identificar as relações entre a Segunda Revolução Industrial e o processo de Imperialismo na Ásia, na África e na América Latina, o que resultou em um dos focos de tensões que conduziu à Primeira Guerra Mundial. Em relação às habilidades e competências, é recomendável que você consiga identificar as dificuldades e os progressos de seus alunos individualmente, cada qual realizando suas conquistas, a partir do próprio estágio antes do início da atividade, pois é evidente que haverá outros temas para o aperfeiçoamento de todas elas.

Proposta 1

Proposta 2 Uma pesquisa sobre os diversos movimentos de resistência organizados pelos povos que sofreram a ação imperialista das potências industriais é outra possibilidade que pode favorecer o processo de recuperação; você pode optar pela produção individual ou, eventualmente, em dupla, a atividade também está proposta na seção Lição de casa, no Caderno do Aluno. Nessa pesquisa devem constar: o nome, a data, o local, as causas, a liderança, os principais acontecimentos e o desfecho da revolta. Os movimentos revoltosos podem ser: A Guerra do Ópio, a Revolta dos Cipaios, a Revolta dos Boxers e as Guerras dos Bôers, conforme a indicação presente na seção Lição de casa, no Caderno do Aluno. A pesquisa poderá ser o seu instrumento de avaliação da recuperação, porque, além de verificar a apreensão do conteúdo e a construção e a aplicação dos conceitos relativos ao tema Imperialismo, as capacidades de selecionar, organizar e relacionar informações também poderão ser avaliadas na construção de uma argumentação consistente. Guerra do Ópio (1839-1842) – Mercadores ingleses vendiam aos chineses o ópio (entorpecente extraído da papoula), culti-

Uma possibilidade para a retomada dos conteúdos referentes ao tema Imperialismo é a elaboração de um quadro comparativo entre o Colonialismo da Idade Moderna e o Neocolonialismo da Idade Contemporânea. Você pode definir itens de comparação, como: período, áreas colonizadas, países colonizadores e causas da colonização. O quadro comparativo pode ser o seu instrumento de avaliação, pois organiza as informações e favorece a verificação da apreensão do con­ teú­do conceitual.

vado na Índia. Esse comércio foi proibido pelo governo chinês, que passou a combater o tráfico energicamente, mas essa proibição feria os interesses comerciais ingleses. O assassinato de um chinês por marinheiros ingleses embriagados fez com que o comissário imperial de Cantão ordenasse a expulsão de todos os ingleses da cidade; em resposta, em 1839, Cantão foi bombardeada pelos ingleses e isso deu início à guerra; militarmente menos preparados, os chineses foram definitivamente derrotados em 1842, quando assinaram o Tratado de Nanquim, que provocou a abertura de cinco portos chineses ao comércio inglês. A China ainda pagou indenizações e cedeu à Inglaterra a ilha de Hong Kong, que ficou sob o domínio inglês até 30 de junho de 1997, e voltou a ser chinesa a partir de 1o de julho.

16

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 16

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

Revolta dos Cipaios (1857-1858) – Rebelião ocorrida na Índia, iniciada por soldados nacionalistas hindus. Eles desejavam encerrar a dominação britânica no país e chegaram a assumir o controle da cidade de Délhi. O Exército britânico, valendo-se de canhões e metralhadoras, conseguiu sufocar a revolta e as autoridades britânicas passaram a exercer domínio direto da Coroa britânica sobre o governo indiano e impuseram várias reformas administrativas. Revolta dos Boxers (1899-1900) – Movimento popular ocorrido na China, liderado pela sociedade secreta dos Punhos

CATANI, Afrânio M. O que é Imperialismo? 9. ed. São Paulo: Brasiliense, 2004. (Primeiros Passos). Síntese dos aspectos essenciais do processo imperialista, a partir da análise de obras clássicas sobre o tema. CONRAD, Joseph. O coração das trevas. Porto Alegre: L&PM, 1997. (Pocket L&PM). Obra literária publicada em 1902, narra a história de um europeu que viveu no Congo.

Harmoniosos e Justiceiros, que se opunha à presença estrangeira no país. Os boxers destruíram linhas telefônicas e vias férreas e também atacaram missões cristãs e estabelecimentos estrangeiros; isso provocou a morte de cerca de 230 estrangeiros e milhares de chineses cristãos. Foi organizada uma força internacional – composta de soldados russos, estadunidenses, britânicos, franceses, japoneses e alemães – que assumiu o controle do país. O governo imperial aceitou pagar indenizações de guerra, liquidar as sociedades secretas, executar os principais líderes rebeldes e foi proibido de importar armas, o que levou ao aumento da interferência estrangeira na China e à diminuição da autoridade da dinastia Qing.

FERRO, Marc. História das colonizações: das conquistas às independências. Século XIII a XX. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. Ensaio abrangente sobre os processos coloniais nas Idades Moderna e Contemporânea. HERNANDEZ, Leila M. G. L. A África na sala de aula: visita à história contemporânea. 2. ed. São Paulo: Selo Negro, 2008. Análise de questões relativas ao ensino de História da África nas escolas brasileiras.

Guerra dos Bôers (1899-1902) – Conflito entre descendentes de primeiros colonizadores, holandeses principalmente, e neocolonizadores ingleses, que disputavam no Sul do continente africano territórios ricos em ouro e diamantes. Fazendas dos bôers foram destruídas, milhares de civis foram deslocados pelas forças inglesas para campos de prisioneiros. Terminou com a assinatura de um tratado que determinou o pagamento de indenizações pela Inglaterra.

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema Livros BRUIT, Héctor H. O Imperialismo. 2. ed. São Paulo: Atual, 2013. (Discutindo a História). O autor realiza um estudo sobre como se deu a partilha da África e da Ásia pelas potências europeias e sobre a independência das nações latino-americanas no contexto do Imperialismo.

MESGRAVIS, Laima. A colonização da África e da Ásia: a expansão do Imperialismo europeu no século XIX. São Paulo: Atual, 1994. (História Geral em Documentos). Por meio de documentos, como diários de missionários, fotos, tratados e cartas, a autora realiza um panorama da ocupação da África e da Ásia pelas potências europeias no século XIX.

Sites Educaterra. Disponível em: <http://educa terra.terra.com.br/voltaire/mundo/china_3. htm>. Acesso em: 20 maio 2013. Resumo didático sobre o interesse europeu na China. Eduquenet. Disponível em: <http://www. eduquenet.net/imperialismoasia.htm>. Acesso em: 20 maio 2013. Site com informações sobre o Imperialismo na Ásia.

17

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 17

08/11/13 16:37


Filmes A Guerra do Ópio (Yapian zhanzheng). Direção: Xie Jin. China, 1997. 153 min. 14 anos. Relata a história deste evento, mostrando a superioridade tecnológica inglesa como um importante fator para a derrota chinesa.

Montanhas da Lua (Mountains of the Moon). Direção: Bob Rafelson. EUA, 1990. 136 min. Sem classificação etária. Conta a história de exploradores em busca da nascente do Rio Nilo, na África.

Entre dois amores (Out of Africa). Direção: Sydney Pollack. EUA, 1985. 160 min. Sem classificação etária. História ambientada nos anos de 1920, sobre europeus que foram viver no Congo.

Passagem para Índia (A passage to India). Direção: David Lean. Inglaterra, 1984. 164 min. Livre. Relata o choque de culturas entre ingleses e indianos na época do Neocolonialismo.

Situação de Aprendizagem 2 A Primeira Guerra Mundial Esta Situação de Aprendizagem visa à realização de uma pesquisa sobre os avanços tecnológicos da indústria bélica antes e durante a Grande Guerra, além da elaboração de um gráfico que representa as perdas humanas de algumas das principais potências envolvidas no conflito. Assim, não se trata de fazer apenas um elogio ao desenvolvimento tecnológico, mas sim de conduzir os alunos à reflexão de que esse conhecimento foi aplicado desrespeitando valores fundamentais para a humanidade, como a própria vida. Todos os países envolvidos na Primeira Guerra Mundial utilizaram aparatos bélicos que refletiam o grande salto tecnológico resultante da Segunda Revolução Industrial. Meios de comunicação e de transporte, carros de combate, artilharia pesada, explosivos e armas químicas foram criados ou aperfeiçoados com o objetivo de matar o inimigo e produziram algo entre 15 e 20 milhões de mortos, em quatro anos de guerra. Com esta Situação de Aprendizagem, você pode buscar, principalmente, encaminhar as reflexões dos alunos para a percepção das relações passado-presente e das permanências e rupturas na dinâmica do processo históri-

co, bem como contribuir para que eles compreendam a importância da Primeira Grande Guerra como o evento que, segundo muitos historiadores, inaugurou o século XX e foi a “mãe de todas as guerras posteriores”. A Situação de Aprendizagem também visa a incentivar a prática do trabalho em grupo, a realização de pesquisa em fontes diversas, a sistematização de informações, dados e conceitos e a elaboração de um gráfico a partir de uma tabela. Durante as aulas sobre a Primeira Guerra Mundial, você já deve ter abordado conceitos fundamentais referentes ao conflito, como: paz armada, Imperialismo, nacionalismo, política de alianças, guerra de trincheiras, guerra de extermínio e Tratado de Versalhes. Assim, para a realização da atividade, deve ser assegurado que os alunos já conheçam os conceitos relativos à Primeira Grande Guerra e sejam capazes de identificar os elementos que compõem suas causas, características e consequências. Além disso, é importante que os alunos consigam articular a Primeira Guerra Mundial ao contexto da Segunda Revolução Industrial, ao Capitalismo Monopolista e ao Imperialismo.

18

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 18

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

Conteúdos e temas: paz armada; corrida armamentista; guerra de trincheiras; guerra de extermínio; revolução tecno-científica e indústria bélica. Competências e habilidades: trabalhar em equipe (posturas de colaboração, de solidariedade, de tolerância e de respeito a si próprios e aos outros); pesquisar (a autonomia na busca de dados e informações pertinentes ao tema definido e contato com diferentes fontes de informações); sistematizar (desenvolvimento da capacidade de leitura, seleção, organização, análise e esquematização de dados e elaboração de gráficos). Sugestão de estratégias: aulas expositivas, trabalho em grupo, realização da pesquisa, elaboração de cartaz e de gráfico, coleta e sistematização das informações. Sugestão de recursos: enciclopédias, almanaques e livros didáticos e paradidáticos, mídias eletrônicas e revistas voltadas para os temas históricos. Materiais como cartolina e canetas coloridas ou lápis de cor. Sugestão de avaliação: considerar o processo de pesquisa e os produtos finais como o gráfico e o cartaz.

Sondagem e sensibilização Para dar início à Situação de Aprendizagem, você pode conversar com seus alunos sobre o tema guerra. Para tanto, informe a seus alunos que aqueles que viveram durante a Primeira Guerra Mundial ouviram o slogan “uma guerra para acabar com todas as guerras”, dito pelo então presidente dos Estados Unidos da América, Woodrow Wilson.

Após 21 anos do término da Grande Guerra, em 1939, estourava a Segunda Guerra Mundial, e o então primeiro-ministro inglês Winston Churchill disse: “Essa guerra é, de fato, uma continuação da anterior”. Em 26 de junho de 1945, no final da Segunda Guerra Mundial, a Carta da Organização das Nações Unidas foi assinada por 50 países; hoje eles somam mais de 190. Leia para seus alunos o primeiro artigo da Carta:

Artigo 1 “Os propósitos das Nações Unidas são: 1. Manter a paz e a segurança internacionais e, para esse fim: tomar, coletivamente, medidas efetivas para evitar ameaças à paz e reprimir os atos de agressão ou outra qualquer ruptura da paz e chegar, por meios pacíficos e de conformidade com os princípios da justiça e do direito internacional, a um ajuste ou solução das controvérsias ou situações que possam levar a uma perturbação da paz; 2. Desenvolver relações amistosas entre as nações, baseadas no respeito ao princípio de igualdade de direitos e de autodeterminação dos povos, e tomar outras medidas apropriadas ao fortalecimento da paz universal; 3. Conseguir uma cooperação internacional para resolver os problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural ou humanitário, e para promover e estimular o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião; e 4. Ser um centro destinado a harmonizar a ação das nações para a consecução desses objetivos comuns.” Unicrio. Disponível em: <http://unicrio.org.br/img/CartadaONU_VersoInternet.pdf>. Acesso em: 26 ago. 2013.

19

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 19

08/11/13 16:37


Você pode suscitar o debate a partir do texto, das imagens e das questões a seguir, também inseridos no Caderno do Aluno, na seção Leitura e análise de textos. 1. O presidente dos EUA, Woodrow Wilson, acertou na sua previsão? Não, pois, passados 21 anos do fim da Primeira Guerra, começou a Segunda Guerra Mundial.

2. O primeiro-ministro inglês, Winston Churchill, teve razão ao associar a Segunda Guerra à Primeira? Por quê? Sim, pois há causas para a Segunda Guerra que remetem à Primeira Guerra. O Tratado de Versalhes, imposto pelos vencedores da Primeira Guerra Mundial, responsabilizou a Alemanha e

Depois de ouvidas as ideias dos alunos, explicite que seu objetivo, com a Situação de Aprendizagem, é compreender que a Primeira Guerra teve no desenvolvimento tecnológico uma de suas principais características e que, justamente por isso, a humanidade aumentou consideravelmente seu potencial de matar, o que provocou, durante todo o século XX e mesmo nesta primeira década do século XXI, resultados funestos. Note-se que grande parte da tecnologia utilizada na Grande Guerra foi aperfeiçoada e ainda é utilizada atualmente; podemos considerar aquele o evento fundador da guerra contemporânea, na qual a grande protagonista é a tecnologia.

os seus Aliados pela guerra e pode ser visto como uma causa indireta para o início da Segunda Guerra Mundial, na medida em que obrigou a Alemanha ao pagamento de 132 bilhões de marcos, o que reverberou na inflação e fomentou o sentimento de humilhação nos cidadãos alemães. A busca pela recuperação da economia e o sentimento de revanche por causa das humilhações da derrota levaram à pretensão de expansão territorial e econômica para tornar-se uma grande potência mundial.

3. Os países signatários da Carta da ONU estão conseguindo cumprir seus propósitos de manter a paz e a segurança internacionais? Explique. Não há uma situação de guerra generalizada, mas conflitos locais que não permitem afirmar que a paz e a segurança

Após esta discussão inicial, apresente a proposta de trabalho aos alunos, inserida na seção Pesquisa em grupo, no Caderno do Aluno, dividida em 12 Temas e organizada em 4 Etapas: 1. Pesquisa sobre aparatos bélicos; 2. Produção de gráfico; 3. Produção do cartaz; 4. Conclusões sobre o assunto, que podem ser registradas no Caderno do Aluno.

internacionais estejam sendo plenamente mantidas.

4. O fato de não ter ocorrido uma Terceira Guerra Mundial significa que o mundo ­ está em paz? Justifique. Com o fim da Guerra Fria e a desintegração da União Soviética, multiplicam-se os conflitos internos ou regionais desde a última década do século XX: questões étnicas e re-

Lembre que os alunos dessa faixa etária são especialmente curiosos em relação a inventos e inventores, tecnologia bélica e batalhas. Esta Situação de Aprendizagem visa a aproveitar esse interesse para a realização de uma análise crítica sobre o desenvolvimento tecnológico, seus aspectos positivos e negativos.

ligiosas, guerras civis no continente africano, intervenção militar estadunidense em zonas de conflitos, a questão palestina, a ameaça de guerra nuclear entre as duas Coreias, entre outros.

Você pode realizar a divisão da classe em trios, segundo o critério que considerar mais conveniente naquele momento.

20

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 20

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

Há algumas opções: permita que os alunos se agrupem de acordo com sua própria vontade ou estabeleça você mesmo os grupos de trabalho, seja por meio de critérios preestabelecidos, como agrupar os alunos com maior grau de dificuldade com aqueles que demonstram maior desenvoltura em relação à disciplina, para estimular a troca entre eles, ou ainda por sorteio. Contudo, o número de grupos, ou mesmo de integrantes por grupo, vai depender do tamanho da classe. Se necessário, repita ou aglutine os temas. Escreva os temas a seguir na lousa e distribua-os entre os grupos: Tema 1: canhão de longo alcance; Tema 2: morteiro; Tema 3: fuzil; Tema 4: metralhadora; Tema 5: tanque de guerra; Tema 6: submarino; Tema 7: encouraçado ou couraçado; Tema 8: avião; Tema 9: balão dirigível; Tema 10: gases tóxicos; Tema 11: granada de mão; Tema 12: lança-chamas.

1a etapa Os grupos de trabalho devem realizar a pesquisa sobre os aparatos bélicos para conseguir informações, como: sua origem, características de funcionamento, utilização durante a Primeira Guerra e, inclusive, pelo menos uma imagem para ilustrar o texto. Escreva essas questões na lousa para orientar o exercício da objetividade e da síntese na pesquisa.

Você deve incentivar a pesquisa em diferentes fontes de informações, havendo algumas indicações no item referente aos recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema; sugira algumas das fontes listadas, mas insista que é muito proveitoso que a partir de palavras-chave – como Primeira Guerra Mundial, Grande Guerra, armas na Primeira Guerra, armamentos na Primeira Guerra, tecnologia na Primeira Guerra, ou mesmo o nome de cada um dos armamentos, entre outros – eles busquem, em bibliotecas e na internet, outras fontes de pesquisa. Alerte-os que uma boa pesquisa pressupõe variadas fontes e que os dados obtidos devem ser conferidos entre si; muitas vezes, não se encontram todos em uma única fonte, por isso é necessário juntá-los e organizá-los. Além disso, não deixe de mencionar que, apesar de a internet ser um poderoso instrumento para a obtenção de referências sobre os mais variados temas, nem todos os sites são confiáveis. Como agir então? Indique que eles procurem sites de instituições como universidades, centros de pesquisa e enciclopédias virtuais, tomando sempre a precaução de confrontar as informações entre si e só utilizar aquelas sobre as quais conseguirem a confirmação em mais de um local. É interessante orientar os alunos para que considerem que a pesquisa e a organização das informações são tarefas comuns a todos, pois são habilidades fundamentais para o desenvolvimento das principais competências relativas à História.

2a etapa Analise com os alunos os dados do quadro que virá a seguir e solicite que produzam um gráfico de barras, que também fará parte do cartaz:

21

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 21

08/11/13 16:37


Número de mortos, em alguns países na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) Alemanha

Império Russo

França

Império Britânico

Império Otomano (Turquia)

1 773 700

1 700 000

1 357 800

908 371

325 000

Quadro 1 – Número de mortos na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Disponível em: <http://it.wikipedia. org/wiki/Prima_guerra_mondiale>. Acesso em: 20 maio 2013 (adaptado).

Número de mortos na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), alguns países 1 800 000

1 773 700

1 700 000

1 600 000 1 357 800

1 400 000 1 200 000

908 371

1 000 000 800 000 600 000

325 000

400 000 200 000 0 Alemanha

Império Russo

França

Império Britânico

Império Otomano (Turquia)

Figura 4 – Número de mortos na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), alguns países. Fonte: <http://it.wikipedia.org/wiki/Prima_guerra_mondiale>. Acesso em: 20 maio 2013 (adaptado).

O gráfico pode ser produzido manualmente, em folhas quadriculadas, ou por meio de editores eletrônicos. Você pode auxiliá-los tomando como exemplo o gráfico que consta anteriormente. Instrua os alunos para que no eixo Y conste o número de mortos e no eixo X, os países mencionados. Caso você perceba que seus alunos não estão familiarizados com a produção de gráficos, pode ser interessante solicitar a colaboração do professor de Matemática, aproveitando esta atividade para instrumentalizar os alunos no uso de uma das linguagens matemáticas, uma importante competência a ser considerada no processo de ensino e de aprendizagem.

22

Estabeleça uma data para que os alunos tragam sua pesquisa e o gráfico pronto para a sala de aula para a montagem do cartaz.

3a etapa Este é o momento da montagem dos cartazes. Estabeleça alguns critérios básicos para a sua composição visual: ff deve constar um título, no topo do cartaz; ff no canto inferior direito, devem constar os nomes e números dos componentes do grupo; ff deve haver um texto explicativo e pelo menos uma ilustração no centro do cartaz;


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

explique que o texto esquematizado, com informações curtas, é mais adequado para um cartaz; ff no canto inferior esquerdo, os alunos devem colar o gráfico de barras produzido a partir da tabela dada; ff lembre-os de que o capricho na apresentação visual é um ponto fundamental para a elaboração de um bom cartaz. Evidentemente, como se trata de uma pesquisa, as informações podem ser muito variadas. Contudo, seguem alguns dados básicos a respeito de cada um dos materiais bélicos lis­tados. Tema 1: canhão de longo alcance O canhão existe desde o século XIII, mas adquiriu, na Primeira Guerra, mais longo alcance e precisão; causou mais mortes do que qualquer outro armamento. Destacou-se o alemão “Grande Bertha”, capaz de bombardear o alvo a 120 quilômetros de distância; com ele, os alemães bombardearam Paris. Tema 2: morteiro O morteiro era uma espécie de canhão de curto alcance, que lançava projéteis com grandes ângulos de elevação. Foi desenvolvido na Primeira Guerra Mundial, especialmente para ser usado nas trincheiras. Tema 3: fuzil O fuzil é uma arma de fogo portátil, de cano longo, que dispara projéteis giratórios; foi a arma de fogo padrão do exército estadunidense na Primeira Guerra Mundial, pois disparava com maior alcance e precisão. Tema 4: metralhadora Criada em 1890, nos EUA, é uma arma de fogo automática que em pouco tempo dispara numerosos projéteis; era colocada nos aviões, nos tanques de guerra e camuflada nas trincheiras.

Tema 5: tanque de guerra Com projeto inglês, o tanque é considerado um dos fatores decisivos para a vitória da Entente na Primeira Guerra; é um veículo de combate blindado, dotado de armamentos, que desequilibrou a guerra de trincheiras. Tema 6: submarino No século XVIII, na guerra de independência dos EUA, foi construído o primeiro submarino com objetivos militares. Porém, no início do século XX, os alemães os tornaram muito mais eficientes: movidos a óleo diesel e com periscópios muito precisos. Na Primeira Guerra, eram utilizados para afundar os navios da Entente, que desenvolveu sonares para detectá-los e projéteis para serem lançados de forma a atingi-los no fundo do mar. Tema 7: encouraçado ou couraçado Projeto inglês de 1906, o encouraçado era um navio de guerra de grande tonelagem, blindado e armado com artilharia pesada, principalmente canhões de longo alcance. Tema 8: avião A invenção de Santos Dumont foi utilizada no início da guerra, para orientar os tiros da artilharia, em missões de reconhecimento, tomada de fotografias e identificação de alvos. Depois, surgiram os aviões de perseguição, chamados aviões de caça, dotados de metralhadoras no “nariz”, que tinham as cabines abertas. Tema 9: balão dirigível Balão gigantesco, de até 150 metros de comprimento, foi usado sobretudo pelos alemães e produzido pelo Conde Ferdinand von Zeppelin; efetuou os primeiros ataques de bombardeios sobre Londres, entre 1915 e 1917. A altitude em que voavam não permitia que aviões aliados pudessem atingi-los. Porém, o desenvolvimento de projéteis de

23

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 23

08/11/13 16:37


metralhadora revestidos de fósforo incendiário inviabilizou os zepelins, que continham gás hidrogênio, altamente inflamável. Tema 10: gases tóxicos Os alemães inauguraram, em 1915, o uso de gases tóxicos, lançando sobre Ypres, na Bélgica, o gás cloro, asfixiante; depois, também foi utilizado o gás mostarda, que ataca as vias respiratórias e provoca bolhas e queimaduras na pele, além de cegueira temporária; se aspirado em grande quantidade, também provoca asfixia. Até o fim da guerra, os dois lados usaram gases tóxicos e foram desenvolvidas máscaras contra gases. Tema 11: granada de mão A granada de mão é um artefato com câmara interna que leva uma carga explosiva; um pino de segurança é retirado da granada antes que ela seja lançada, acionando um dispositivo que dispara uma espoleta. Foi uma das armas mais revolucionárias da Primeira Guerra Mundial, dando aos soldados a possibilidade de atingir um inimigo abrigado em trincheiras. A granada Mills foi introduzida em 1915, e 68 milhões de unidades foram produzidas na Primeira Guerra.

1. O número de mortos da Primeira Guerra, comparado às mortes em conflitos anteriores à Revolução Industrial, deve ser maior ou menor? Justifique. Houve mais mortos na Primeira Guerra Mundial em razão do amplo desenvolvimento da indústria bélica, sobretudo durante a Segunda Revolução Industrial.

2. Você acredita que o número de mortos na Primeira Guerra Mundial foi maior ou menor do que na Segunda Guerra Mundial? O que deve ter ocorrido? Por quê? Houve muito mais mortos na Segunda Guerra Mundial, pois a tecnologia bélica usada era mais desenvolvida do que a da Primeira Guerra Mundial e, também, porque o conflito envolveu um contingente maior de pessoas, levando à morte mais de 20 milhões de pessoas apenas na União Soviética.

Avaliação da Situação de Aprendizagem A avaliação deve ser capaz de proporcionar o aprimoramento das atividades pedagógicas, tanto por parte do professor quanto do aluno. Ela exige a observação das várias etapas do trabalho e da atuação dos alunos, não só individualmente, mas também em grupo.

Tema 12: lança-chamas É um aparelho projetado para lançar uma chama longa e controlável; foi utilizado primeiramente pelos alemães. O fogo é causado por uma reação química entre duas ou mais substâncias, em geral o oxigênio do ar e algum tipo de combustível, como gasolina, por exemplo.

Alguns aspectos em especial podem ser observados:

4a etapa

3. A apresentação das informações no cartaz e a sua estética mostraram-se adequadas?

Para conclusão do trabalho, após a apresentação dos cartazes pelos grupos você pode solicitar aos alunos o registro de suas considerações a respeito das questões a seguir, conforme a Etapa 4 – Conclusões sobre o assunto, presente no Caderno do Aluno.

1. A pesquisa realizada contemplou diversas fontes e atendeu aos objetivos temáticos? 2. A habilidade de síntese foi contemplada na organização das informações pesquisadas?

4. A produção do gráfico atendeu às expectativas de aprendizagem? 5. Houve a participação equilibrada entre os membros do grupo?

24

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 24

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

Para registrar suas avaliações, você pode elaborar uma planilha contendo seus conceitos de avaliação.

Proposta de questões para avaliação As questões a seguir encontram-se na seção Você aprendeu? do Caderno do Aluno. 1. Segundo Lenin, o principal líder da Revolução Russa, a Primeira Guerra Mundial foi apenas “um choque entre imperialismos”. O que ele quis dizer com isso?

econômicos, por causa das dívidas da França e da Inglaterra que, nesse ca­so, dificilmente seriam quitadas. Estão corretas: a) todas as afirmações. b) apenas I e II. c) apenas I e III. d) II e III.

O aluno deve perceber que Lenin considerava que a causa da Pri-

e) Nenhuma das afirmações é correta.

meira Guerra Mundial foi a disputa imperialista entre as potências

A posição de neutralidade assumida pelos EUA durante a

europeias, ou seja, o conflito ocorreu em função do choque de

maior parte do tempo da Primeira Guerra possibilitou que

interesses econômicos e políticos entre esses países poderosos.

eles se tornassem o grande credor dos países em guerra. Seu

2. A Península Balcânica já foi chamada de “o barril de pólvora” da Europa. O que justificaria essa caracterização? Diante da afirmação, o aluno deve identificar que o estopim para a Primeira Guerra Mundial foi o chamado “crime de Sarajevo”, quando o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austro-húngaro, e sua esposa foram assassinados por um jovem nacionalista sérvio, no dia 28 de junho de 1914. Esse crime foi o pretexto para que fosse acionada a política de alianças na Europa. Em seguida, outros países do mundo entraram em guerra.

interesse era garantir que esses países tivessem condições de honrar as dívidas. Sua entrada no conflito foi decisiva para a Entente. Nesta perspectiva, esperamos que o aluno reconheça como corretos os itens II e III.

4. Sobre o Tratado de Versalhes, podemos afirmar que: a) ele não conseguiu pôr fim ao conflito militar na Primeira Guerra, definitivamente encerrada apenas no Tratado de Sèvres.

3. As afirmações a seguir são referentes à participação dos EUA na Primeira Guerra Mundial. Leia-as e assinale a alternativa correta.

b) ele impunha punições aos dois blocos rivais no conflito, como forma de dividir os custos da guerra.

I. Os EUA participaram da Grande Guerra, pois tinham interesse em se apropriar de colônias alemãs na África.

c) ele conseguiu trazer paz à Europa, pois representou um consenso entre as grandes potências.

II. A entrada dos EUA na guerra desequilibrou as forças, dando um impulso decisivo para a Entente. III. Os EUA temiam que uma derrota da Entente prejudicasse seus interesses

d) ele refletia os genuínos desejos do nacionalismo alemão, generalizado desde a unificação, no século XIX. e) ele condenou a Alemanha a pesadas indenizações e severas punições, como o desarmamento e a perda de colônias.

25

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 25

08/11/13 16:37


O aluno deve ser capaz de perceber que o Tratado de Versalhes punia a Alemanha, considerada culpada pela guerra, condenando-a ao pagamento de indenizações aos vencedores.

5. A Primeira Guerra Mundial é conhecida como a “guerra das trincheiras”. Trincheiras eram: a) canhões de longo alcance, especialmente criados pelos alemães para esse conflito bélico. b) formações militares que indicavam a presença da cavalaria à frente da infantaria. c) longas valetas cavadas na terra, protegidas por toras de madeira e arame farpado. d) um tipo de metralhadora, instalada, principalmente, nas asas dos aviões. e) o nome pelo qual ficaram conhecidas as granadas de mão, que eram acionadas por um pino. O aluno deve ser capaz de identificar entre as proposições aquela que descreve uma trincheira, uma tática bélica fundamental nesse conflito.

Propostas de Situações de Recuperação

É importante que você procure identificar as dificuldades de cada aluno, e valorize as conquistas também individualmente, sobretudo entre os alunos em recuperação.

Proposta 1 Para a retomada dos conteúdos referentes ao tema da Primeira Guerra Mundial, você pode sugerir a elaboração de um quadro sinótico das três fases da guerra: a guerra de movimento (1914–1915); a guerra de posição ou trincheiras (1915–1917) e a fase final (1917–1918). Os alunos devem destacar as principais características de cada uma dessas fases.

Proposta 2 Fazer uma linha do tempo da Primeira Guerra Mundial pode ser outra possibilidade de recuperação. Você pode optar pela produção individual ou em duplas. Instrua os alunos a selecionar os principais eventos e a elaborar uma pequena explicação a cada um deles, para a produção da linha do tempo.

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema Livros

Você poderá perceber que alguns de seus alunos não alcançaram os objetivos planejados; por isso, devemos elaborar diferentes estratégias para tentar obter melhores resultados entre eles.

BRENER, Jayme. A Primeira Guerra Mundial. 2. ed. São Paulo: Ática, 2002. (Retrospectiva do Século XX). Análise sobre os interesses que causaram a Primeira Guerra e suas relações com a eclosão da Segunda Guerra Mundial.

A compreensão do tema da Primeira Guerra Mundial é essencial para a continuação dos estudos históricos, pois é pré-requisito para a caracterização dos principais processos políticos do século XX.

HEMINGWAY, Ernest. Adeus às armas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002. Romance ambientado na Primeira Guerra Mundial entre norte-americano voluntário e enfermeira inglesa.

26

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 26

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

HENIG, Ruth. As origens da Primeira Guerra Mundial. São Paulo: Ática, 1991. (Princípios). Abordagem sucinta e abrangente sobre a Primeira Guerra. HILLS, Ken. A Primeira Guerra Mundial. 7. ed. São Paulo: Ática, 1997. (Guerras que Mudaram o Mundo). Análise sobre a Primeira Guerra, com destaque para os avanços tecnológicos. ISNENGHI, Mário. História da Primeira Guerra Mundial. São Paulo: Ática, 1995. Análise sobre as implicações da Primeira Guerra Mundial. JANOTTI, Maria de Lourdes. A Primeira Grande Guerra. 2. ed. São Paulo: Atual, 1993. (História Geral em Documentos). Mediante a análise de documentos, a autora aborda os problemas políticos, sociais e econômicos dos países europeus no início do século XX e a Primeira Guerra Mundial.

RODRIGUES, Luiz C. B. A Primeira Guerra Mundial. 20. ed. São Paulo: Atual, 2001. (Discutindo a História). Análise detalhada sobre as causas e consequências da Primeira Guerra Mundial.

Sites Educaterra. Disponível em: <http://www.terra. com.br/voltaire/mundo/primeira_guerra. htm>. Acesso em: 20 maio 2013. Apresenta artigos sobre a Primeira Grande Guerra. Grandes Guerras. Disponível em: <http:// www.grandesguerras.com.br>. Acesso em: 20 maio 2013. Site sobre os grandes conflitos do século XX.

Filmes Gallipoli (Gallipoli). Direção: Peter Weir. EUA, 1981. 112 min. 12 anos. Jovens australianos convocados a lutar contra os turcos em Gallipoli.

KEEGAN, John. História ilustrada da Primeira Guerra Mundial. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003. (História Ilustrada). História da Primeira Guerra por meio de fotografias.

No amor e na guerra (In love and war). Direção: Richard Attenborough. EUA, 1996. 113 min. 12 anos. Romance inspirado no livro Adeus às armas.

MAGNOLI, Demétrio (Org.). História das Guerras. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2011. Série de artigos sobre os principais conflitos bélicos da história da humanidade.

O retorno do soldado (The return of the soldier). Direção: Alan Bridges. Inglaterra, 1982. 99 min. 12 anos. História de soldado que volta ferido da guerra.

Situação de Aprendizagem 3 A Revolução russa e o stalinismo Esta Situação de Aprendizagem visa à compreensão do processo da Revolução Russa, por meio do conhecimento da participação de importantes personagens – o czar Nicolau II, Lenin, Trotsky e Stalin – mediante a elaboração de pequenas biografias históricas, que podem ser úteis para ilustrar a sua aula expo-

sitiva sobre o processo revolucionário, com a participação oral dos alunos. Evidentemente, compreendemos que são sujeitos históricos todos aqueles que fazem a história e que são as inter-relações entre as identidades sociais e as pessoais que a constroem.

27

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 27

08/11/13 16:37


Ao indicar que os alunos produzam pequenas biografias de quatro pessoas importantes no processo da Revolução Russa, cuide para que fique claro que sua intenção não é sugerir que a história seja feita apenas por grandes personagens que, sozinhos, determinaram o rumo dos acontecimentos, mas revelar que essas figuras de destaque também fizeram parte do processo. Dar a conhecer esses personagens não significa que a trama histórica esteja baseada apenas nas ações dos indivíduos, mas sim na complexidade do confronto das relações sociais ao longo do tempo. Considerando que já foram tratados, na 7 série/8o ano do Ensino Fundamental, os temas relativos às principais doutrinas e ideologias do século XIX, é interessante retomar os conceitos de socialismo e comunismo. Além disso, é importante que os alunos consigam articular o processo de Revolução Russa às diferentes propostas revolucionáa

rias em disputa após a derrubada do czar, para que eles possam compreender as lutas internas que dividiam os revolucionários; daí decorre a importância das biografias históricas. Com esta Situação de Aprendizagem, você pode incentivar que seus alunos conheçam o processo da Revolução Russa, o primeiro movimento revolucionário operário vitorioso e duradouro da história, bem como seus desdobramentos, principalmente pela discussão sobre a nova organização política, econômica e social instituída na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e suas relações com os projetos socialistas. Apesar de muitos livros didáticos tratarem desses dois temas – a Revolução Russa e o stalinismo – em capítulos diferentes, uni-los pode significar melhor aproveitamento do tempo das aulas.

Conteúdos e temas: czarismo; proletariado; soviete; revolução; socialismo; comunismo e marxismo. Competências e habilidades: desenvolver autonomia na busca de informações por meio de práticas de pesquisa; sistematizar (desenvolvimento da capacidade de leitura, seleção, organização e esquematização de dados), interpretar e relacionar informações e realizar análises problematizadoras. Sugestão de estratégias: pesquisa, coleta e seleção de informações, produção de biografias. Sugestão de recursos: livros didáticos e paradidáticos, mídias eletrônicas. Sugestão de avaliação: a pesquisa e a seleção de informações, participação individual do aluno no processo e a verificação dos temas relacionados à Revolução Russa e ao stalinismo.

Sondagem e sensibilização Converse com seus alunos sobre como eles definiriam o termo Revolução. No Caderno do Aluno são propostas as seguintes perguntas motivadoras, na seção Para começo de conversa.

1. O que é necessário para que um evento, ou um processo, seja definido como uma revolução? É bastante provável que os alunos consigam associar a ideia de revolução a transformações de caráter profundo, seja na estrutura socioeconômica, seja na estrutura política.

28

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 28

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

2. Em que outros momentos da disciplina de História você já usou o termo revolução para definir algo?

plos ilustrativos para a apreensão dos conceitos. Um dos efeitos esperados é a maior igualdade social e econômica.

lembrar-se de outros processos já estudados que tam-

6. Que países, hoje em dia, são considerados socialistas?

bém foram chamados de revolução; provavelmente, eles

Nesta discussão, a questão pode ser ampliada, sobretudo

vão se recordar da Revolução Americana e da Revolução

se você mencionar a China. O país tem seu desenvolvi-

Francesa.

mento econômico apoiado pela iniciativa privada, base do

Procure auxiliar os alunos nessa discussão, levando-os a

3. Há diferenças entre uma revolta e uma revolução? Quais? Para auxiliar o debate, é sempre proveitoso sugerir aos alunos

sistema capitalista, mas ainda é fiel a alguns princípios socialistas, como o planejamento e a participação dos trabalhadores na administração de algumas empresas. Podem ainda ser mencionados Cuba, Vietnã e Coreia do Norte.

que busquem exemplos históricos conhecidos, ou seja, que eles consigam listar movimentos revoltosos e os comparar aos movimentos revolucionários lembrados na questão anterior, para, então, estabelecer suas semelhanças e diferenças. Por revolução entende-se uma mudança profunda na estrutura política de um Estado/país, com repercussões na economia e na sociedade. Exemplos históricos são a Revolução Francesa e a Revolução Cubana.

4. O que é socialismo? E o comunismo? Aqui, é necessário retomar os conceitos de socialismo e comunismo, já trabalhados quando foram estudadas as ideologias do século XIX. O socialismo surgiu como uma crítica dos movimentos políticos da classe trabalhadora e dos inte-

Pode ser interessante sistematizar na lousa as respostas dos alunos, para que, depois de explorado o tema da Revolução Russa, você possa retomar com eles esses registros e averiguar se houve, ou não, mudanças na concepção do termo.

1a e 2a etapas Informe a eles que vocês vão estudar a Revolução Russa começando pela pesquisa de personagens importantes desse momento histórico:

lectuais ao capitalismo. Essa doutrina política e econômica tem como principal característica a propriedade pública ou coletiva dos meios de produção e seria uma fase de transição do capitalismo para o comunismo. Este, por sua vez, propunha uma sociedade sem classes, baseada na proprie-

ff Czar Nicolau II; ff Lenin; ff Leon Trotsky; ff Josef Stalin.

dade comum. Se possível, relembre também com os alunos o tema do anarquismo, suas semelhanças e diferenças em relação ao socialismo e ao comunismo. O pensamento anarquista surgiu diante das contradições e injustiças do sistema capitalista que já se mostravam visíveis no século XVIII. Para os anarquistas, a sociedade livre e justa seria desprovida de Estado e a produção e as riquezas seriam gerenciadas por cooperativas.

5. Quando uma revolução é socialista, quais são seus possíveis efeitos? Nesta questão, pode-se levar a classe a retomar seus conhecimentos sobre a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e Cuba, mais uma vez utilizando o recurso de exem-

Cada aluno deve ficar responsável por apenas uma biografia; assim, os quatro biografados devem ser distribuídos de maneira equilibrada entre os alunos da classe; sugira algumas das fontes listadas, mas insista que é muito proveitoso que a partir de palavras-chave – como o nome do biografado ou revolução russa – eles busquem os dados solicitados em livros, revistas etc. Valorize a importância da pesquisa, incentive-os a buscar as informações sobre o biografado, de maneira que eles possam participar ativamente da discussão, pois essa é a etapa mais importante do trabalho.

29

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 29

08/11/13 16:37


1. Nome completo; 2. Data e local de nascimento e morte; 3. História familiar; 4. Trajetória de vida; 5. Participação na Revolução Russa; 6. Data, local e causa da morte; 7. Fontes de pesquisa. Escreva estas questões na lousa, para orientar o exercício da objetividade e da síntese na pesquisa. Porém, apesar de indicar essas questões fundamentais, que devem compor uma biografia histórica, sugira que eles também busquem outras informações e curiosidades. Você pode estabelecer que a pequena biografia histórica deva constar do Caderno do Aluno e combine uma data para a apresentação dessa pesquisa. Essa data deve coincidir com as datas planejadas por você para tratar o tema da Revolução Russa. Durante as aulas expositivas, nas quais você deve valorizar as informações trazidas pelos alunos, é muito importante que seja conduzida uma análise problematizadora, de maneira que os alunos consigam inserir esses quatro personagens na dinâmica social russa, por meio de seu papel no processo revolucionário. A atividade não pode se esgotar com a síntese das informações pesquisadas, ela deve apenas servir de subsídios para a análise.

Assim, Nicolau II deve ser visto não apenas em sua individualidade, mas também como aquele que ocupava uma posição fundamental no Estado russo czarista. Já em Lenin, deve-se destacar sua formação teórica no marxismo, sua concepção de revolução socialista, a liderança que exerceu no grupo bolchevique e na instauração do socialismo na Rússia. Para contextualizar Trotsky, deve-se mencionar sua ruptura com o pensamento leninista no Segundo Congresso do Partido Operário Social-Democrata Russo, em 1903, sua adesão à causa bolchevique, em 1917, a liderança no Exército Vermelho e sua proposta revolucionária derrotada por Stalin. A análise do stalinismo necessariamente passa pelo conhecimento de seu líder: a adesão ao partido bolchevique, sua ascensão política e seu papel na construção do socialismo soviético. Para finalizar a atividade, sugerimos que apresente aos alunos a possibilidade de mostrar aos colegas as conclusões às quais chegaram com a pesquisa.

Subsídios para a pesquisa Seguem algumas referências a respeito de cada um dos biografados:  Czar Nicolau II © Top Foto/Keystone

Você pode estabelecer algumas questões básicas sobre cada um dos personagens, para orientar a atividade de pesquisa, de acordo com o Caderno do Aluno, na seção Pesquisa individual:

Figura 5 – Czar Nicolau II, da Rússia.

30

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 30

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

1. Nome completo: Nicolai Aleksandrovitch Romanov. 2. Data e local de nascimento: 18 de maio de 1868, no Palácio de Catarina, a 25 quilômetros de São Petersburgo. 3. História familiar: filho do imperador Alexandre III, que governou o Império Russo entre 1881 e 1894, e da imperatriz Maria, dinamarquesa. 4. Trajetória de vida: Nicolau II recebeu uma esmerada educação, compatível com sua posição de príncipe-herdeiro do trono russo; comunicava-se muito bem em inglês e também em francês e alemão. Era bom atirador e cavaleiro. Não demonstrava muita inclinação à vida política, mas dizia apreciar a vida militar; ostentava o título de coronel. Casou-se com Alexandra de Hesse, com a qual teve cinco filhos, quatro meninas e um menino. Assumiu o trono russo depois da morte de seu pai, em 1894, e foi o último czar, reinando até 1917. 5. Participação na Revolução Russa: Nicolau II chefiou um regime autocrático e após a derrota na Guerra Russo-Japonesa, em 1905, teve de enfrentar a Revolução de 1905, depois da qual foi convocado um Parlamento (Duma) para redigir uma Constituição, que limitaria os poderes do czarismo; a Duma foi dissolvida em 1907 e o regime autoritário foi restaurado. Na Primeira Guerra Mundial, pensando em anexar territórios na Península Balcânica e assim atingir o mar Mediterrâneo, lutou pessoalmente contra o exército alemão; os russos sofreram humilhantes derrotas; isso agravou ainda mais a insatisfação do povo em relação ao regime czarista, já fortemente abalado por grave crise econômica. Em 15 de março de 1917, diante

do movimento revolucionário vitorioso, abdicou do trono russo. Nicolau II e sua família foram presos e enviados à Sibéria e depois para Ekaterimburgo, na região dos Montes Urais. 6. Data, local e causa da morte: Nicolau II e sua família foram executados, em 17 de julho de 1918, em Ekaterimburgo, sob ordens do governo revolucionário.  Lenin 1. Nome completo: Vladimir Ilitch Ulianov. 2. Data e local de nascimento: 22 de abril de 1870, em Simbirski, atual Ulianovsk, na Rússia. 3. História familiar: de família abastada, seu pai foi um alto funcionário público liberal, mas seu irmão mais velho foi assassinado depois de participar de um atentado terrorista contra o czar Alexandre III, quando Lenin tinha 17 anos. 4. Trajetória de vida: Lenin foi um estudante considerado muito competente, estudou Direito na Universidade de Kazan e, menos de um ano depois da morte do irmão, ingressou em um grupo marxista. Em 1893, conheceu, em Moscou, diversos grupos de intelectuais com os quais discutia ideias revolucionárias; por isso, foi preso em 1895, condenado e deportado para a Sibéria, em 1897, onde permaneceu por três anos. Lá, conheceu Nádia Krupskaia, sua esposa. Depois de cumprida a pena, exilou-se na Suíça, onde passou a editar um jornal de tendência marxista, Iskra (Centelha); mais tarde, em Paris, também editaria o jornal Pravda (Verdade). Lenin escreveu diversos livros nos quais defendeu as ideias revolucionárias do marxismo e se tornou um importante líder político. Em 1903, no Segundo Congresso do Partido Operário

31

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 31

08/11/13 16:37


Social-De­mocrata Russo, apoiou a ideia de se constituir um partido centralizado e dirigido por intelectuais com formação teórica marxista, que conduzissem os trabalhadores na luta revolucionária; ocorreu, então, a divisão do Partido em dois grupos, os bolcheviques, liderados por Lenin, e os mencheviques.

© Bettmann/Corbis/Latinstock

5. Participação na Revolução Russa: quando eclodiu a Revolução de março de 1917, Lenin estava na Suíça; ele retornou no mês seguinte e passou a fazer oposição ao recém-instaurado governo menchevique. Em novembro, liderou os bolcheviques, que derrubaram os mencheviques e instituíram um novo governo, o Conselho de Comissários do Povo, presidido por ele. Essa revolução assumiu um caráter socialista, com o decreto de uma reforma agrária, nacionalização dos bancos, entrega do controle das fábricas aos operários e retirada da Rússia da Grande Guerra. Em 1921, com o fim da guerra civil, que se seguiu à Revolução, Lenin implementou a Nova Política Econômica (NEP), que restabelecia parcialmente o capitalismo, para tentar reconstruir o país. No final de 1922, proclamou a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

Figura 6 – Lenin, nascido Vladimir Ilitch Ulianov.

6. Data, local e causa da morte: Lenin morreu em 21 de janeiro de 1924, em Gorki, perto de Moscou, acometido por hemiplegia, uma paralisia parcial do corpo, provocada por uma doença cerebral.  Leon Trotsky 1. Nome completo: Lev Davidovitch Bronstein. 2. Data e local de nascimento: 7 de novembro de 1879, em Ianovka, na Ucrânia. 3. História familiar: seus pais eram fazendeiros; sua família era de origem judaica, mas não religiosos. 4. Trajetória de vida: aos nove anos, Trotsky foi estudar em Odessa. Aos 17 anos, teve seus primeiros contatos com as ideias do marxismo, começando a participar de movimentos contra o regime czarista. Perseguido, em 1898, foi preso e deportado para a Sibéria. Casou-se com Alexandra Sokolovskaia, com quem teve duas filhas. Conseguiu fugir da Sibéria e foi para Londres, onde conheceu Lenin, com quem rompeu em 1903, por não concordar com suas diretrizes no Segundo Congresso do Partido Operário Social-Democrata Russo. Trotsky participou da Revolução de 1905 e, devido à derrota, exilou-se novamente. Sepa­rou-se da primeira esposa e casou-se com Natália Sedova, com quem teve dois filhos. 5. Participação na Revolução Russa: em 1917, Trotsky filiou-se aos bolcheviques e, em novembro, liderou a tomada do Palácio do Governo, em Petrogrado. Foi o criador do Exército Vermelho, que venceu a guerra civil em 1921, garantindo a sobrevivência da revolução. Com a morte de Lenin, disputou o poder com Stalin e foi derrotado; perseguido, foi expulso do partido comunista e exilou-se em vários países; nesse pe-

32

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 32

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

Figura 7 – Leon Trotsky.

6. Data, local e causa da morte: Trotsky foi assassinado em 20 de agosto de 1940, na Cidade do México, provavelmente a mando de Stalin.  Josef Stalin 1. Nome completo: Josef Vissarionovich Djugashvili.

no Partido Social-Democrata, entre 1905 e 1917, foi membro do Partido Bolchevique. Esteve preso algumas vezes, pela polícia do czar, nesse período. Em 1904, casou-se com Ekaterina Svanidze, com quem teve um filho; ela morreu de tifo, em 1907. Em 1919, casou-se com Nadia Alliluyeva, que se suicidou em 1932; com a segunda esposa, teve uma filha e um filho. Sua terceira esposa foi Rosa Kaganovich; eles se casaram em 1934 e se divorciaram em 1938. 5. Participação na Revolução Russa: em 1917, Stalin era um dos editores do jornal Pravda (Verdade), e aliou-se a Lenin na luta revolucionária; foi nomeado Comissário das Nacionalidades e, em 1922, Secretário-Geral do Comitê Central do Partido Comunista. Com a doença e morte de Lenin, tornou-se a principal figura política soviética e governou a URSS até 1953, quando morreu. Stalin tornou-se um ditador e eliminou seus opositores, condenando-os aos campos de trabalho forçado ou à morte; promoveu o crescimento econômico da URSS, por meio dos Planos Quinquenais, que privilegiavam as indústrias de base e a coletivização da agricultura. 6. Data, local e causa da morte: Stalin morreu no dia 5 de março de 1953, em Moscou, vítima de um derrame cerebral.

2. Data e local de nascimento: 18 de dezembro de 1878, em Gori, na Geórgia. 3. História familiar: seu pai era sapateiro e sua mãe, lavadeira. 4. Trajetória de vida: Stalin teve uma infância pobre e difícil, tendo o rosto marcado pela varíola; chegou a estudar em um seminário, pois sua mãe gostaria que ele tivesse se tornado padre, mas em 1899 ingressou

Figura 8 – Josef Stalin.

© Hulton-Deutsch Collection/Corbis/Latinstock

© Bettmann/Corbis/Latinstock

ríodo, escreveu diversos livros, divulgando suas ideias, entre elas, a teoria que defendia que a revolução socialista deveria ser estendida a outros países, para garantir sua sobrevivência na URSS.

33

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 33

08/11/13 16:37


Professor, conforme atividade inserida no Caderno do Aluno, na seção Conclusões sobre o assunto, para finalizar o trabalho de pesquisa, você pode solicitar aos alunos que confeccionem um texto conclusivo respondendo à pergunta: ff Quais são as principais divergências (diferenças de posicionamento político, de opinião etc.) entre os personagens biografados? É muito importante a compreensão dos alunos a respeito da divergência básica entre os personagens citados: o czar Nicolau II defendia o regime e tanto Lenin quanto Trotsky e Stalin faziam parte do grupo revolucionário que derrubou o regime czarista. Além disso, é possível que eles percebam que, após a morte de Lenin, Trotsky e Stalin se tornaram rivais, com a disputa pelo poder na URSS vencida por Stalin. Trotsky defendia que a revolução socialista deveria ser

Para responder a essas questões, você pode elaborar uma planilha, contendo seus conceitos de avaliação.

Proposta de questões para a avaliação As questões a seguir estão inseridas na seção Você aprendeu?, no Caderno do Aluno. 1. Leia, atentamente, os trechos a seguir. O primeiro faz parte do livro Dez dias que abalaram o mundo, do jornalista estadunidense John Reed, que esteve presente na revolução bolchevique; o segundo, da Declaração dos Direitos do Povo Trabalhador e Explorado, publicado no jornal Pravda, em 17 de janeiro de 1918.

estendida a outros países, para garantir sua sobrevivência na URSS; já Stalin pretendia, antes de tudo, consolidar o regime internamente. Essa informação pode constar na biografia de Stalin.

Avaliação da Situação de Aprendizagem Mediante suas observações, você pode verificar:

“Ergueu-se então um trabalhador, de aspecto rude, o rosto convulsionado pela raiva. ‘Eu falo em nome do proletariado de Petrogrado’, disse ele, asperamente. ‘Somos a favor da insurreição. Vocês façam o que bem entenderem, mas eu lhes digo agora que, se vocês permitirem que os sovietes sejam destruídos, vocês estarão acabados para nós!’.” REED, John. Dez dias que abalaram o mundo. Dis-

1. Os alunos pesquisaram diversas fontes, conforme orientação?

ponível em: <http://www.marxists.org/archive/ reed/1919/10days/10days/ch2.htm>. Acesso em: 20 maio 2013. Tradução Eloisa Pires.

2. Os diferentes aspectos solicitados no roteiro de pesquisa foram contemplados? 3. O aluno, durante as discussões realizadas em sala, conseguiu demonstrar apropriação dos conteúdos pesquisados? 4. O aluno compreendeu o papel do indivíduo biografado nas dinâmicas sociais da Revolução Russa?

Capítulo 1 “1. A Rússia é proclamada República dos Sovietes dos deputados operários, soldados e camponeses. Todo o poder central e nas províncias pertence a esses Sovietes.” Declaração dos Direitos do Povo Trabalhador e Explorado, 1918. Disponível em: <http://www.marxists.org/fran

5. O papel político do personagem biografado foi explicitado pelo aluno?

cais/lenin/works/1918/01/vil19180104.htm>. Acesso em: 20 maio 2013. Tradução Célia Gambini.

34

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 34

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

Nos dois textos está presente o termo “soviete”. a) Identifique o que é dito sobre os sovietes em cada um dos textos. Os alunos precisam perceber que, no primeiro documento, um proletário da cidade de Petrogrado está defendendo a existência dos sovietes, durante o processo revolucionário. Já no segundo, num pronunciamento oficial do governo revolucionário, os sovietes estão sendo declarados o verdadeiro poder na República.

b) Defina soviete. Os alunos precisam perceber que os sovietes eram os conselhos de representantes eleitos entre os trabalhadores e os soldados. Eles se formaram em 1905, mas foram reprimidos pelo czarismo; ressurgiram com toda a força a partir de junho de 1917.

2. Os revolucionários bolcheviques tinham entre suas palavras de ordem a expressão: “Paz, terra e pão”. O que eles reivindicavam então? Os alunos precisam perceber que os bolcheviques reivindicavam o fim dos sofrimentos provocados pela participação russa na Primeira Guerra Mundial, uma reforma agrária e alimentos para minimizar os graves efeitos sociais que a crise econômica provocava.

3. Entre as primeiras medidas adotadas por Lenin, ao assumir o poder na Rússia, estão: a) o ingresso do Exército russo na Grande Guerra e a assinatura de um pacto de não agressão com a Alemanha. b) a privatização das fábricas e a abolição de tarifas alfandegárias.

O aluno deve ser capaz de identificar que as primeiras medidas adotadas por Lenin se referiam à questão da propriedade de terra e ao sistema financeiro.

4. Apesar de apoiar-se no terror, o regime stalinista conseguiu um elevado grau de aprovação na União Soviética durante certo período. O fato que auxilia na compreensão dessa aprovação foi: a) o apoio público que Trotsky ofereceu a Stalin durante todo o período em que ele governou a URSS. b) a propaganda estatal que criou um verdadeiro “culto à personalidade” de Stalin. c) a manutenção da NEP, introduzida por Lenin, entre os fundamentos da política econômica stalinista. d) a melhoria das condições de vida para o povo russo, como resultado da maciça entrada de capitais estrangeiros, sobretudo estadunidense. e) o amplo acesso da população russa aos bens de consumo, devido à implementação dos “Planos Quinquenais”. O aluno deve ser capaz de perceber que a contrapartida ao terror foi a propaganda do Estado, durante o regime stalinista.

Propostas de Situações de Recuperação

d) a reforma agrária e a nacionalização dos bancos.

Você poderá perceber, entre seus alunos, que alguns apresentam defasagens no desenvolvimento das atividades planejadas; para eles, podemos elaborar outras atividades, tentando recuperar tanto o conteúdo quanto o aprimoramento de suas habilidades e competências.

a restauração da dinastia Romanov no e) trono russo e a criação dos campos de trabalho forçado.

A compreensão dos temas da Revolução Russa e do stalinismo é muito importante para a continuação dos estudos históricos, pois esses

a abolição da servidão e a convocação c) do Parlamento (Duma).

35

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 35

08/11/13 16:37


temas são fundamentais para o estudo de diversos processos históricos do século XX, como: a Guerra Fria e o fim da União Soviética.

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema

Para alunos em recuperação, a observação individual é muito importante, pois o objetivo é que, dentro de suas possibilidades, cada um consiga progressos no processo de ensino-aprendizagem.

Livros

Proposta 1 Para a retomada dos conteúdos referentes ao tema da Revolução Russa, você pode propor a realização de um quadro comparativo entre as Revoluções de 1905, março de 1917 e novembro de 1917. Para tanto, apresente alguns itens de comparação, como: quem participou, quem exerceu a liderança e o que conseguiu realizar. Você pode orientar seus alunos a retomar o texto do livro didático e as explicações da aula expositiva e a utilizar textos sintéticos para a composição do quadro.

Proposta 2 Outra possibilidade de recuperação é retomar o tema das condições pré-revolucionárias no Império Russo. Você pode orientar seus alunos a utilizar novamente o texto do livro didático e as explicações da aula expositiva. Você pode instruí-los a compor um texto sobre as condições políticas, econômicas e sociais entre os russos, antes de 1917. Pode ser interessante que eles primeiro esbocem um esquema, listando as principais informações sobre o tema, já distribuídas nas categorias solicitadas. Depois, eles devem redigir o texto, preocupando-se em dividi-lo em três partes: introdução ao tema, desenvolvimento dos argumentos e conclusão.

CARMO, Sonia I. do. A Rússia dos sovietes: impasses de um projeto socialista. São Paulo: Atual, 1996. (História Geral em Documentos). Estudo sobre as ideias presentes no contexto revolucionário russo e no próprio processo revolucionário. CLARK, Philip. A Revolução Russa. 4. ed. São Paulo: Ática, 1995. (Guerras que Mudaram o Mundo). Estudo sobre o conflito de 1917 e a construção da União Soviética. REIS FILHO, Daniel A. A Revolução Russa: 1917-1921. São Paulo: Brasiliense, 1999. (Tudo é História). Análise do processo revolucionário russo, inclusive a guerra civil. SALOMONI, Antonieta. Lenin e a Revolução Russa. São Paulo: Ática, 1997. (Século XX). Panorama geral da Revolução Russa, destacando o papel de Lenin. VICENTINO, Claúdio. Rússia: antes e depois da URSS. São Paulo: Scipione, 1999. (Ponto de Apoio). Estudo sobre a história da Rússia e o fim da URSS. WOOD, Alan. As origens da Revolução Russa: 1861 a 1917. São Paulo: Ática, 1991. (Princípios). Análise dos antecedentes históricos que conduziram à Revolução Russa.

Sites Eduquenet. Disponível em: <http://www. eduquenet.net/revolucaorussa.htm>. Acesso em: 20 maio 2013. Relato sobre a história da Revolução Russa.

36

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 36

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

Lenin mausoleum. Disponível em: <http://www. lenin.ru/index_e.htm>. Acesso em: 20 maio 2013. Visita virtual ao mausoléu de Lenin, em Moscou.

Filmes Agonia Rasputin (Agoniya). Direção: Elem Klimov. URSS, 1981. 151 min. Livre. História do “monge” que exerceu grande influência sobre a czarina, retrata a situação política do Império Russo, antes da Revolução. Doutor Jivago (Doctor Zhivago). Direção: David Lean. EUA, 1965. 200 min. 14 anos. Romance ambientado na Rússia, durante a Primeira Guerra e o processo de revolução socialista, baseado no livro de Boris Pasternak.

Encouraçado Potemkin (Bronenosets Potyomkin). Direção: Sergei Eisenstein. URSS, 1925. 75 min. Sem classificação etária. Filme clássico sobre a revolta de marinheiros russos contra as condições sociais sob o governo czarista. Reds (Reds). Direção: Warren Beatty. EUA, 1981. 188 min. 14 anos. Baseado na história de John Reed, jornalista estadunidense que presenciou a Revolução Russa e escreveu o livro Dez dias que abalaram o mundo. Stalin (Stalin). Direção: Ivan Passer. EUA, 1992. 166 min. 12 anos. Filme sobre a vida de Stalin.

Situação de Aprendizagem 4 A República no Brasil Esta Situação de Aprendizagem procura incentivar a discussão sobre os movimentos de contestação à ordem oligárquica, durante a República Velha, tanto nas áreas rurais quanto nas urbanas, caracterizando-os e buscando estabelecer as relações de semelhanças e diferenças entre eles. Os alunos poderão refletir sobre as relações passado-presente e, principalmente, sobre as permanências na dinâmica do processo histórico, pois o regime republicano não trouxe profundas transformações na estrutura social brasileira, tendo sido mantido seu caráter excludente; além disso, ainda hoje, podemos sentir reflexos daquelas práticas políticas, econômicas e sociais. Assim, os conhecimentos desenvolvidos na escola podem proporcionar uma discussão capaz de estimular a inserção crítica

dos alunos em sua realidade social, valorizando o direito de cidadania dos indivíduos. Entre os objetivos desta Situação de Aprendizagem está a realização da pesquisa proposta no Caderno do Aluno, a seleção e organização das informações, a montagem de uma página de jornal sobre cada um dos movimentos sociopolíticos selecionados e a prática do trabalho em equipe. Durante as aulas sobre a Primeira República, você já deve ter abordado questões fundamentais referentes ao tema, como: o funcionamento político e a estrutura socioeconômica. Assim, para a realização da atividade, deve ser assegurado que os alunos já conheçam os principais conceitos relativos a esse período e sejam capazes de identificar a se­quência dos acontecimentos históricos.

37

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 37

08/11/13 16:37


Conteúdos e temas: república, oligarquia; voto universal, voto aberto, voto de cabresto; coronelismo, política dos governadores, política do café com leite, clientelismo; tenentismo; classe operária, greve, anarco-sindicalismo; messianismo e cangaço; sanitarismo. Competências e habilidades: desenvolver autonomia na busca, selecionar e organizar informações, posturas de colaboração, de solidariedade, de tolerância e de respeito a si próprios e aos outros por meio do trabalho em equipe. Sugestão de estratégias: aulas expositivas, análise de jornal, pesquisa, sistematização das informações e o exercício da síntese. Sugestão de recursos: enciclopédias, almanaques e livros didáticos e paradidáticos, mídias eletrônicas e revistas voltadas para os temas históricos. Cartolina, papel sulfite, canetas coloridas ou lápis de cor, tesoura, cola, papel kraft. Sugestão de avaliação: a pesquisa, a seleção, a apresentação visual de informações e a habilidade de trabalhar em grupo. Apreensão de conceitos e conteúdos pertinentes à Primeira República.

Sondagem e sensibilização Para esta aula, solicite que os alunos tragam alguns jornais para que você faça, com eles, um levantamento das principais características de uma página de jornal, na seção Pesquisa de campo do Caderno do Aluno, também estão inseridas as instruções para que os alunos possam realizar a atividade. No Caderno, há uma primeira página de jornal reproduzida de um suplemento de Saúde. No entanto, isso não substitui a riqueza de trabalhar com exemplares de jornal. Conduza a observação e o manuseio do jornal orientando-se pelo roteiro que consta no início da Situação de Aprendizagem, na seção Pesquisa de campo. 1. Instrua todos os alunos a anotar quem são seus companheiros de grupo. 2. Destaque a importância de que todos compreendam claramente qual é o tema de trabalho a ser pesquisado pelos diferentes grupos. O produto final deverá ser um jornal histórico produzido por toda a classe: cada grupo elabora

uma página de jornal com um dos movimentos, depois, ao unir os trabalhos, teremos o panorama completo. Entre outras coisas, você pode sugerir que eles observem, por exemplo: ff as manchetes; ff os pequenos textos, em destaque, que vêm logo abaixo das manchetes e que no jargão jornalístico são chamados de “olho”; ff os intertítulos (palavras ou pequenas frases destacadas no meio do texto para antecipar o próximo enfoque sobre o assunto); ff as imagens e suas legendas; ff a disposição das notícias ou reportagens, geralmente limitadas por divisores (fios) que organizam a página; ff a disposição dos textos em colunas, às vezes separadas por fios; ff a data e o nome do jornal no topo da página; ff a identificação do autor da reportagem, conhecida como crédito ou assinatura; ff a existência, ou não, de algum boxe (texto auxiliar que acompanha a reportagem principal); ff a existência, ou não, de anúncios.

38

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 38

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

Seria interessante, também, destacar as semelhanças e as diferenças desses aspectos formais em diferentes publicações. Por fim, proponha a atividade.

e da síntese e encontram-se no Caderno do Aluno, na seção Lição de casa. Além disso, o grupo também deve procurar curiosidades e ilustrações sobre o tema.

1a etapa

1. Quando ocorreu o movimento?

Ainda na mesma aula, proceda à divisão dos grupos, segundo o critério que considerar mais conveniente naquele momento.

2. Onde ocorreu o movimento?

O número de grupos ou mesmo de alunos em cada um deles vai depender da quantidade de alunos por classe; contudo, é conveniente que não se ultrapasse cinco integrantes por grupo. Se necessário, o professor pode suprimir, repetir ou aglutinar temas. Escreva os temas a seguir na lousa e distribua-os entre os grupos: Tema 1: Guerra de Canudos (1896–1897); Tema 2: Guerra do Contestado (1912–1916); Tema 3: Revolta da Chibata (1910); Tema 4: Revolta da Vacina (1904); Tema 5: Cangaço; Tema 6: Revolta dos 18 do Forte de Copacabana;

3. Quais foram as causas que determinaram a ocorrência do movimento? 4. Quem exerceu a liderança do movimento? 5. Quais foram as principais características do movimento? 6. Como terminou o movimento? 7. Fontes de pesquisa. O professor deve incentivar a pesquisa em diferentes fontes de informações, havendo algumas indicações no item referente aos recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema. Sugira algumas das fontes listadas, mas insista que é muito proveitoso que, a partir de palavras-chave – como o nome de cada um dos movimentos ou de seus líderes –, eles busquem em bibliotecas e na internet outras fontes de pesquisa.

Tema 7: Revolução Paulista de 1924;

Estabeleça a data para que cada grupo traga os resultados da pesquisa e o material para a sala de aula.

Tema 8: Coluna Prestes;

2a e 3a etapas

Tema 9: Greve Geral de 1917.

Este é o momento da montagem da página do jornal por cada grupo. É muito importante que você atue como orientador das tarefas e mediador das discussões e conflitos, cuidando para que as divergências sejam resolvidas de maneira democrática.

Escreva as seguintes questões na lousa para que cada grupo de trabalho realize sua pesquisa; elas são úteis para orientar o exercício da objetividade

39

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 39

08/11/13 16:37


Você pode sugerir que, em primeiro lugar, seja feito um esboço da página, no qual deve constar a diagramação. Desse modo, será possível ter uma ideia do espaço disponível para todos os elementos: ff o nome do jornal; ff o nome dos responsáveis pela elaboração do jornal; ff as notícias (manchete, “olho” da notícia, texto e imagem).

Tema 1: Guerra de Canudos 1. Quando ocorreu o movimento? Entre 1896 e 1897.

2. Onde ocorreu o movimento? Arraial de Canudos, no sertão da Bahia.

3. Quais foram as causas que determinaram a ocorrência do movimento? No Arraial de Canudos, uma comunidade composta por sertanejos carentes chegou a reunir 25 mil pessoas, seguidores de

Esclareça que as notícias não correspondem, diretamente, aos itens da pesquisa, mas que esta será a base para a criação das notícias. Retome com eles as observações feitas quando foram analisadas as páginas dos jornais; incentive-os a utilizar as características identificadas no material jornalístico.

um líder messiânico que propunha um estilo de vida comunitário em que todos tinham direito à terra e ao trabalho, livres da exploração dos fazendeiros. Isso provocou a ira de fazendeiros e autoridades locais, que decidiram destruir o Arraial, acusando seu líder de ser monarquista e uma ameaça à República.

4. Quem exerceu a liderança do movimento? O beato Antônio Conselheiro.

Oriente seus alunos para que cada um dos itens que vão compor a página seja confeccionado em papel sulfite, já no tamanho estabelecido pela diagramação, para, depois, esses recortes serem colados na cartolina, como um mosaico. Além disso, peça a cada grupo que divida as principais tarefas entre seus elementos; são elas: redigir as notícias, criar a manchete e o “olho” de cada notícia, selecionar as imagens, escrever em letras grandes o nome do jornal, a cidade, a data, escrever o nome dos responsáveis pela sua elaboração e realizar as colagens.

5. Quais foram as principais características do movimento? Tropas do governo da Bahia e tropas federais atacaram o Arraial, que resistiu bravamente, adotando uma guerra de guerrilhas.

6. Como terminou o movimento? Apenas na quarta expedição do Exército Brasileiro contra Canudos o Arraial foi inteiramente destruído e sua população, exterminada ou aprisionada.

Tema 2: Guerra do Contestado 1. Quando ocorreu o movimento? Entre 1912 e 1916.

Fique atento e verifique se os alunos conseguiram compor um painel amplo, criativo e que se aproxima da linguagem jornalística sobre o movimento de contestação selecionado para seu grupo, abordando os diferentes aspectos da questão, previamente estudados por meio da pesquisa.

2. Onde ocorreu o movimento? No limite entre os Estados do Paraná e Santa Catarina, contestado por ambos.

3. Quais foram as causas que determinaram a ocorrência do movimento? Sertanejos expulsos de suas terras pelo governo, por com-

É importante verificar a correção das informações utilizadas. Sinteticamente:

panhias estrangeiras e pela oligarquia local reuniram-se em torno de um líder messiânico e fundaram uma comunidade

40

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 40

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

coletivista, com cerca de 20 mil pessoas, o que despertou a preocupação das autoridades locais.

4. Quem exerceu a liderança do movimento? O monge José Maria.

5. Quais foram as principais características do movimento?

Tema 4: Revolta da Vacina 1. Quando ocorreu o movimento? Entre 10 e 16 de novembro de 1904.

2. Onde ocorreu o movimento? Rio de Janeiro.

e os governos estaduais do Paraná e Santa Catarina e tropas

3. Quais foram as causas que determinaram a ocorrência do movimento?

do governo federal de outro. Foi utilizada artilharia pesada na

A população do Rio de Janeiro estava descontente com o

chacina contra os sertanejos.

projeto de urbanização de Rodrigues Alves, implementada

Ocorreram violentas batalhas entre os sertanejos de um lado,

6. Como terminou o movimento? Os sertanejos foram massacrados.

Tema 3: Revolta da Chibata 1. Quando ocorreu o movimento? Entre novembro e dezembro de 1910.

2. Onde ocorreu o movimento? Rio de Janeiro.

3. Quais foram as causas que determinaram a ocorrência do movimento? Os marinheiros rebelaram-se exigindo o fim dos castigos corporais disciplinares, então permitidos na Marinha brasilei-

pelo prefeito Pereira Passos, que destruiu os cortiços do centro da cidade e deixou a população com problemas de moradia; além disso, a reforma sanitária, que previa a vacinação obrigatória, exaltou os ânimos da população, que reagiu ao autoritarismo do governo.

4. Quem exerceu a liderança do movimento? Não houve propriamente uma liderança.

5. Quais foram as principais características do movimento? A população saiu às ruas, ergueu barricadas, saqueou e apedrejou estabelecimentos comerciais, espancou policiais, incendiou prédios públicos e bondes.

6. Como terminou o movimento?

ra; melhorias na alimentação; aumento dos soldos; e anistia

O governo decretou estado de sítio e reprimiu o movimento

para os rebeldes.

rebelde.

4. Quem exerceu a liderança do movimento? João Cândido Felisberto, o “Almirante Negro”.

5. Quais foram as principais características do movimento? Os marinheiros apoderaram-se de importantes navios da Marinha e ameaçaram bombardear a cidade do Rio de Janeiro. O governo prometeu ceder à pressão dos rebeldes, desde que se encerrasse a rebelião.

6. Como terminou o movimento?

Tema 5: Cangaço 1. Quando ocorreu o movimento? Do final do século XIX até a década de 1930.

2. Onde ocorreu o movimento? Região do sertão nordestino.

3. Quais foram as causas que determinaram a ocorrência do movimento? Grupos de sertanejos, em reação às péssimas condições de

Apesar do acordo, o governo não cumpriu o que prometeu;

vida no sertão nordestino, executavam ações violentas na re-

os participantes foram punidos, alguns fuzilados e outros en-

gião (assaltavam fazendas, sequestravam coronéis e saquea-

viados ao Acre, onde a maioria morreu na prisão.

vam comboios e armazéns).

41

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 41

08/11/13 16:37


4. Quem exerceu a liderança do movimento?

dos leais ao governo. Muitos homens desistiram da rebelião,

O líder do principal grupo de cangaceiros foi Virgulino Fer-

mas alguns decidiram continuar; uniu-se a eles um enge-

reira da Silva, o Lampião. Seu bando atuou entre 1920 e 1938.

nheiro gaúcho.

5. Quais foram as principais características do movimento?

6. Como terminou o movimento? Quando os 18 homens, na Avenida Atlântica, marchavam em

Os bandos possuíam cerca de dez homens, mas o bando de

direção ao Palácio do Catete, foram cercados por soldados

Lampião chegou a ter aproximadamente cem cangaceiros.

que dispararam; houve apenas dois sobreviventes.

Eles saqueavam fazendas e vilas, cometiam assassinatos e eram perseguidos pela polícia. Às vezes, recebiam a proteção de alguns fazendeiros, em troca de favores, atuando como “jagunços de aluguel”.

6. Como terminou o movimento? Na década de 1930, uma associação entre várias polícias estaduais do Nordeste conseguiu desmembrar os principais bandos.

Tema 6: Revolta dos 18 do Forte de Copacabana 1. Quando ocorreu o movimento? 5 de julho de 1922.

2. Onde ocorreu o movimento? Rio de Janeiro.

3. Quais foram as causas que determinaram a ocorrência do movimento? Jovens tenentistas lutavam contra a posse do presidente eleito, Artur Bernardes, pois consideravam sua vitória fruto

Tema 7: Revolução Paulista de 1924 1. Quando ocorreu o movimento? Julho de 1924.

2. Onde ocorreu o movimento? São Paulo.

3. Quais foram as causas que determinaram a ocorrência do movimento? No segundo aniversário da Revolta dos 18 do Forte, tenentes paulistas queriam depor o presidente Artur Bernardes, pois ainda havia o desejo de moralizar o processo eleitoral brasileiro.

4. Quem exerceu a liderança do movimento? O general gaúcho Isidoro Dias Lopes, o major Miguel Costa e os tenentes Joaquim Távora, Juarez Távora e Eduardo Gomes.

5. Quais foram as principais características do movimento?

de fraude eleitoral e o acusavam de ter escrito cartas publicadas no jornal O Correio da Manhã, que ofendiam impor-

Os rebeldes tomaram pontos estratégicos da cidade e ataca-

tantes militares; além disso, a prisão do Marechal Hermes

18 mil soldados e iniciou pesado bombardeio aéreo, sobre-

da Fonseca e o fechamento do Clube Militar acirraram os

tudo sobre o Brás, o Cambuci, a Mooca, o Ipiranga e o Be-

ânimos.

lenzinho. Foram contabilizados mais de 500 mortos e quase

4. Quem exerceu a liderança do movimento? Capitão Euclides Hermes da Fonseca, filho do Marechal Hermes da Fonseca, tenente Siqueira Campos e tenente Eduardo Gomes.

5. Quais foram as principais características do movimento? Os rebeldes tomaram o Forte de Copacabana, que foi bombardeado por dois encouraçados e cercado por 4 mil solda-

ram o palácio dos Campos Elíseos; o governo federal enviou

5 mil feridos.

6. Como terminou o movimento? Os rebeldes conseguiram fugir de São Paulo de trem.

Tema 8: Coluna Prestes 1. Quando ocorreu o movimento? Entre 1925 e 1927.

42

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 42

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

2. Onde ocorreu o movimento? A Coluna deslocou-se por 25 mil quilômetros no território brasileiro.

3. Quais foram as causas que determinaram a ocorrência do movimento?

Brasil, com o apoio da imprensa de mesma vertente ideológica.

5. Quais foram as principais características do movimento? Aproximadamente, 70 mil operários, de setores industriais di-

A Coluna Prestes ocorreu do encontro dos militares revoltosos

versos, aderiram à greve e, apesar da repressão policial, ergue-

gaúchos e paulistas rebeldes, que haviam fugido da repres-

ram barricadas e tiroteios alastraram-se por toda a cidade.

são à Revolução Paulista de 1924 e estavam em Foz do Iguaçu, para percorrer o interior do Brasil e propagar seus ideais.

4. Quem exerceu a liderança do movimento? O major Miguel Costa e o tenente Luis Carlos Prestes.

5. Quais foram as principais características do movimento? A Coluna realizou o que se chamou de “guerra de movimento”, na qual os rebeldes não ficavam mais de 48 horas

6. Como terminou o movimento? O governo e os industriais concordaram em conceder 20% de aumento salarial aos grevistas e prometeu atender, posteriormente, às demais reivindicações; terminado o movimento, as principais lideranças foram perseguidas.

Avaliação da Situação de Aprendizagem

no mesmo lugar para evitar confrontos com as forças governamentais; apesar disso, travaram 53 combates. A Coluna chegou a contar com 1 500 rebeldes.

6. Como terminou o movimento? Perseguidos, os homens liderados por Prestes conseguiram refúgio na Bolívia e, outro grupo, liderado por Siqueira Campos, dirigiu-se ao Paraguai.

Tema 9: Greve Geral de 1917 1. Quando ocorreu o movimento? Julho de 1917.

2. Onde ocorreu o movimento?

A avaliação do processo de ensino-aprendizagem deve ser capaz de proporcionar o aprimoramento das atividades pedagógicas, tanto por parte do professor quanto do aluno. Ela exige a observação das várias etapas do trabalho e da atuação dos alunos, não só individualmente, mas também em grupo. Por meio de suas observações, você pode verificar: 1. O grupo obteve as informações solicitadas por meio da pesquisa de diferentes tipos de fontes?

São Paulo.

3. Quais foram as causas que determinaram a ocorrência do movimento? Os grevistas exigiam, principalmente, a proibição do traba-

2. As informações obtidas foram suficientes? 3. O grupo priorizou informações relevantes do tema em foco?

lho para menores de 14 anos, a abolição do trabalho noturno para mulheres e menores de 18 anos e a jornada de trabalho de oito horas.

4. Quem exerceu a liderança do movimento? Não houve líder. O movimento grevista de 1917 resultou da ação das organizações operárias anarquistas que atuavam no

4. A produção da página do jornal atendeu às expectativas editoriais trabalhadas durante a sensibilização? 5. O trabalho dos membros do grupo foi equilibrado?

43

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 43

08/11/13 16:37


Proposta de questões para a avaliação

foi oficializado, quando o artigo 108 expressa: “São eleitores os brasileiros de um e de outro sexo [...]” (Disponível em:

As questões a seguir estão inseridas na seção Você aprendeu? do Caderno do Aluno. 1. Leia o artigo 70 da Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, promulgada em 1891. “Art. 70 – São eleitores os cidadãos maiores de 21 anos que se alistarem na forma da lei. § 1o – Não podem alistar-se eleitores para as eleições federais ou para as dos Estados: 1o) os mendigos; 2o) os analfabetos; 3o) as praças de pré1, excetuados os alunos das escolas militares de ensino superior; 4o) os religiosos de ordens monásticas, companhias, congregações ou comunidades de qualquer denominação, sujeitas a voto de obediência, regra ou estatuto que importe a renúncia da liberdade individual. § 2o – São inelegíveis os cidadãos não alistáveis”. 1

praça de pré: soldado que não tem patente oficial;

soldado raso. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ Constituicao/Constituicao91.htm>. Acesso em: 20 maio 2013.

Nessa época, calcula-se que apenas 5% do total da população brasileira conseguia participar dos processos eleitorais. Segundo o artigo, quem era e quem não era eleitor no Brasil da República Velha?

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Consti tuicao34.htm>. Acesso em: 20 maio 2013.)

2. Leia o documento a seguir, um manifesto divulgado à época da greve e 1917.

Aos soldados! “Soldados! Não deveis perseguir os nossos irmãos de miséria. Vós, também, sois da grande massa popular, e, se hoje vestis a farda, voltareis a ser amanhã os camponeses que cultivam a terra, ou os operários explorados das fábricas e oficinas. A fome reina nos nossos lares, e os nossos filhos nos pedem pão! Os perniciosos patrões contam, para sufocar as nossas reclamações, com as armas de que vos armaram, ó soldados! Essas armas eles vo-las deram para garantir o seu direito de esfomear um povo. Mas, soldados, não façais o jogo dos grandes industriais que não têm pátria. Lembrai-vos que o soldado do Brasil sempre se opôs à tirania e ao assassinato das liberdades. [...] Soldados! Cumpri o vosso dever de homens! Os grevistas são vossos irmãos na miséria e no sofrimento; os grevistas morrem de fome, ao passo que os patrões morrem de indigestão! Soldados! Recusai-vos ao papel de carrascos! São Paulo, junho de 1917 Um grupo de mulheres grevistas” Manifesto “O apello aos soldados”. Publicado em A Plebe. São Paulo, 21 jul. 1917, ano 1, n. 6, p. 2.

Os alunos precisam perceber que, pela Constituição de 1891,

Disponível em: <http://www.delphos.biblioteca.unesp.br/

qualquer homem maior de 21 anos era considerado eleitor,

bd/cedem/periodicos/A_Plebe_-_1917-49/PLEB17G06/>.

desde que ele não fosse analfabeto, mendigo, soldado raso

Acesso em: 20 maio 2013.

ou religioso do clero regular. As mulheres não podiam ser eleitoras, embora isso não esteja explícito no texto constitucional. Apenas na Constituição de 1934 o voto feminino

Analise o documento:

44

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 44

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

a) A quem é dirigido o documento?

d) serem movimentos urbanos, vinculados ao crescimento demográfico do período.

O documento é dirigido aos soldados.

b) Esse documento representa os interesses de que grupo social? Esse documento é assinado por um grupo de mulheres gre-

e) representarem os interesses dos latifundiários, que desejavam conter a expansão da pequena propriedade.

vistas, mas é possível dizer que ele representa os interesses do

O aluno deve ser capaz de identificar que um dos elementos

conjunto dos operários grevistas de 1917.

que assemelha a Guerra de Canudos e do Contestado é o

c) O que se reivindica no documento? O grupo de mulheres grevistas solicita aos soldados que não reprimam a greve.

d) Que argumentos são usados para convencer os destinatários a fazer o que se reivindica?

caráter messiânico de suas lideranças.

4. “Morra a polícia! Abaixo a vacina!” Com esse grito de guerra, em 1904, a população do Rio de Janeiro saiu às ruas, armada com paus e pedras, fez barricadas e enfrentou a polícia. Pode-se explicar esse movimento considerando que:

O manifesto apresenta argumentos de três naturezas. A pri-

I. Os métodos utilizados pelo governo para a reurbanização e saneamento do Rio de Janeiro foram autoritários.

meira delas diz respeito ao pertencimento dos soldados à mesma massa popular à qual pertencem os camponeses e os operários: são todos “irmãos na miséria”, e os operários são movidos, ao entrar em greve, pela fome dos filhos que

II. A vacinação obrigatória, ocorrida qua­ tro anos antes, não havia conseguido eliminar a varíola na cidade.

não conseguem alimentar. A segunda natureza de argumentos enfoca o papel opressor dos patrões, que são perversos e exploradores: querem garantir seu direito de esfomear um povo. Por fim, há argumentos ainda acerca do legítimo papel

III. A população do Rio de Janeiro se sentia marginalizada no contexto político oligárquico e não considerava que as reformas propostas pelo governo pudessem favorecê-la.

dos soldados do Brasil, o de se opor à tirania e ao assassinato das liberdades, e o quanto é indigno e vil que os soldados se prestem ao papel de repressores do povo.

3. Durante o período da República Velha, ocorreram, no Brasil, movimentos de revolta contra a estrutura oligárquica estabelecida; entre eles, as Guerras de Canudos e do Contestado, que, apesar de terem ocorrido em diferentes regiões do país, tinham em comum o fato de: a) serem considerados movimentos de caráter messiânico, cuja liderança tinha um discurso religioso. b) conseguirem realizar alianças políticas com os principais coronéis de suas regiões. c) possuírem ambições restauradoras em relação à monarquia e à escravidão.

Quais entre essas afirmações são verdadeiras? a) Apenas I. b) Apenas I e II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) Todas as afirmações. O aluno deve ser capaz de reconhecer que o governo mobilizou o Exército para garantir a vacinação, mesmo que à força, justificada pelas autoridades para impedir a ocorrência de

45

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 45

08/11/13 16:37


uma epidemia por conta das condições sanitárias em que vivia a população do Rio de Janeiro, particularmente, a de baixa renda. O resultado foi uma violenta reação popular decorrente da desinformação em relação à vacina, mas também pela insatisfação provocada por uma política de exclusão por parte do Estado.

5. Leia o texto: “Na década de 1920 (entre julho de 1924 e março de 1927), um grupo de oficiais do Exército, idealistas e corajosos, realizou uma grande marcha, percorrendo mais de 25 mil quilômetros, atravessando 14 Estados brasileiros, pregando grandes sustos aos donos do poder.” MOCELIN, Renato. Coluna Prestes:

maiores dificuldades no processo de ensino-aprendizagem. Essas dificuldades podem ocorrer na apreensão dos conteúdos, quando o aluno não consegue compreender o texto, não domina o vocabulário específico da área, ou mesmo os conceitos e não consegue estabelecer relações de sequência. Você precisa identificar essas dificuldades para obter uma intervenção satisfatória. No tema República Velha, o aluno deve perceber suas principais características políticas, marcadamente oligárquicas, a permanência das desigualdades sociais e dos privilégios dos latifundiários e os movimentos de contestação à ordem vigente.

Proposta 1

a grande marcha. São Paulo: Editora do Brasil, 1998. p. 7.

trecho do historiador refere-se a qual O dos movimentos a seguir? a) Revolução Paulista de 1924. b) Revolta dos 18 do Forte de Copacabana. c) Guerra do Contestado. d) Revolta da Chibata. e) Coluna Prestes. A Coluna Prestes integra um conjunto de ocorrências rebeldes de caráter militar ocorridas nas primeiras décadas do

Para a retomada dos conteúdos referentes à República Velha, você pode propor uma atividade na qual o aluno elabore um pequeno dicionário conceitual, referente ao período. Você pode optar por sugerir que os próprios alunos façam o levantamento dos principais conceitos referentes ao tema, ou oferecê-los no momento da proposição da atividade, considerando os seguintes: república, oligarquia, voto universal, voto aberto, voto de cabresto, coronelismo, política dos governadores, política do café com leite, clientelismo, tenentismo, messianismo, classe operária, greve, anarcossindicalismo, sanitarismo e cangaço. Alerte seus alunos para que as definições sejam sintetizadas em frases curtas e objetivas.

século XX. Singularizou-se pela formação de uma grande marcha que cortou o país na busca de adesões contra o regime vigente.

Como fonte de consulta, você pode sugerir que os alunos utilizem seu próprio material didático e, se possível, também outros livros didáticos e paradidáticos.

Propostas de Situações de Recuperação

Proposta 2

A recuperação é o meio que você pode utilizar para ajudar os alunos que encontram

Para a recuperação, você também pode sugerir a elaboração de um quadro comparativo

46

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 46

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

dos movimentos sociopolíticos de contestação à ordem oligárquica, durante a República Velha. Você pode selecionar alguns dos movimentos sugeridos na proposta das atividades. Por exemplo: um movimento rural, um urbano e um tenentista para cada aluno. Entre os itens de comparação, considere as seguintes possibilidades: data, local, causas, liderança, características, como terminou e resultados do movimento.

São Paulo: Atual, 1991. (História do Brasil em Documentos). Reprodução comentada de documentos de época, para explicar o mundo do trabalho urbano durante a República Velha.

A produção do quadro implica uma série de procedimentos, como a pesquisa, a seleção, a organização e a síntese das informações e a comparação entre os movimentos sociopolíticos. Instrua seus alunos para que dividam uma página do caderno em três partes, uma para cada movimento que comporá o quadro comparativo.

JANOTTI, M. de L. M. Sociedade e política na Primeira República. São Paulo: Atual, 2011. (Discutindo a História do Brasil). Análise abrangente sobre a Primeira República, mencionando a ação tanto de personagens ilustres do período quanto de pessoas comuns.

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema Livros AFONSO, Eduardo J. O Contestado. 2. ed. São Paulo: Ática, 2003. (Guerras e Revoluções Brasileiras). Estudo sobre o movimento messiânico que congregou milhares de camponeses no Sul do Brasil, entre 1912 e 1916. BERTOLLI FILHO, Cláudio. A República Velha e a Revolução de 30. São Paulo: Ática, 2003. (Retrospectiva do Século XX). Estudo sobre a república oligárquica e sobre a Revolução de 1930. COIN, Cristina. A Guerra de Canudos. 3. ed. São Paulo: Scipione, 1995. (História em Aberto). Análise sobre a formação e a destruição do Arraial de Canudos. DECCA, Maria Auxiliadora G. de. Indústria, trabalho e cotidiano: Brasil – 1889 a 1930. 5. ed.

GRANATO, Fernando. O negro da chibata: o negro que colocou a República na mira dos canhões. São Paulo: Objetiva, 2006. História do marinheiro João Cândido, líder dos marinheiros rebeldes na Revolta da Chibata.

PETTA, Nicolina L. de. A fábrica e a cidade até 1930. São Paulo: Atual, 2009. (A Vida no Tempo). Abordagem sobre a cultura material, as mentalidades e a vida cotidiana no Brasil urbano da República Velha. ROITMAN, Valter. Cangaceiros: crime e aventura no sertão. São Paulo: FTD, 1997. (Para Conhecer Melhor). Análise sobre o fenômeno do cangaço no Brasil da República Velha. ROLAND, Maria Inês de F. A Revolta da Chibata – Rio de Janeiro, 1910. São Paulo: Saraiva, 2005. (Que História É Essa?). Análise sobre a Revolta da Chibata, contextualizando-a no Rio de Janeiro da República Velha. SEVCENKO, Nicolau. A Revolta da vacina. São Paulo: Cosac Naify, 2010. Análise original sobre a Revolta da Vacina, estimulando a reflexão e o senso crítico dos alunos. SOUZA, Iara L. S. C. A República do Progresso. 5. ed. São Paulo: Atual, 1995. (A Vida no Tempo). Análise sobre a vida urbana na cidade do Rio de Janeiro no início do século XX e sobre a Revolta da Vacina.

47

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 47

08/11/13 16:37


Site Lampião, uma viagem pelo cangaço. Disponível em: <http://www.uol.com.br/lampiao>. Acesso em: 20 maio 2013. Página sobre a vida do cangaceiro Lampião.

Filmes Abril despedaçado. Direção: Walter Salles. Brasil, 2002. 105 min. 12 anos. Ficção que relata disputas por terra e poder no Nordeste brasileiro. Corisco e Dadá. Direção: Rosemberg Cariry. Brasil, 1996. 112 min. 14 anos. História do cangaceiro Corisco, sua mulher Dadá e do chefe de polícia Zé Rufino. Guerra de Canudos. Direção: Sérgio Rezende. Brasil, 1997. 169 min. 12 anos. Relato sobre o Arraial de Canudos e a guerra que o destruiu. O baile perfumado. Direção: Paulo Caldas e Lírio Ferreira. Brasil, 1997. 93 min. Sem classificação etária. História de mascate libanês que conheceu e filmou Lampião e seu bando.

O cangaceiro. Direção: Aníbal Massaini Neto. Brasil, 1997. 120 min. 14 anos. História que trata de triângulo amoroso no mundo do cangaço. O coronel e o lobisomem. Direção: Maurício Farias. Brasil, 2005. 106 min. 10 anos. História que narra o fenômeno do coronelismo, baseado no romance de José Cândido de Carvalho. O país dos tenentes. Direção: João Batista de Andrade. Brasil, 1987. 80 min. Livre. Lembranças de um general sobre os movimentos tenentistas da década de 1920. O tronco. Direção: João Batista de Andrade. Brasil, 1999. 109 min. 12 anos. Coronelismo em Goiás, no início do século XX. Policarpo Quaresma, herói do Brasil. Direção: Paulo Thiago. Brasil, 1995. 120 min. 14 anos. Filme inspirado na obra de Lima Barreto, Triste fim de Policarpo Quaresma; conta a história de um brasileiro sonhador e nacionalista. Sonhos tropicais. Direção: André Sturm. Brasil, 2002. 120 min. 12 anos. Filme didático sobre o Brasil urbano do início do século XX.

Situação de Aprendizagem 5 A propaganda no nazismo Esta Situação de Aprendizagem propõe a análise de um pequeno texto historiográfico a respeito da importância da propaganda de massa no nazismo, que atingiu, inclusive, a produção cultural do período. Com ela, você pode buscar, principalmente, encaminhar as reflexões dos alunos para que eles compreendam a importância da propaganda, este poderoso instrumento de manipulação das massas. A Situação de Aprendizagem também

incentiva a prática do trabalho com textos historiográficos, na busca de sua compreensão, síntese e interpretação. Para a compreensão do nazifascismo, você já deve ter abordado a Primeira Guerra Mundial e suas consequências. Destaque, sobretudo, a grave crise que se abateu sobre as economias europeias, a crise social, marcada por níveis de desemprego alarmantes e, finalmente, a crise política, caracterizada pelo questionamento do modelo da democracia parlamentar.

48

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 48

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

Conteúdos e temas: nazismo, totalitarismo, racismo, xenofobia, ultranacionalismo, militarismo e antissemitismo. Competências e habilidades: compreensão de texto; interpretação de dados e informações; relacionar informações; e construir síntese. Sugestão de estratégias: análise de documentos historiográficos (escritos e iconográficos) e realização de resumo. Sugestão de recursos: documentos históricos indicados.

© Album/akg-Images/Latinstock

Sugestão de avaliação: resumo de texto.

As perguntas e respostas devem motivar a curiosidade dos alunos a respeito do tema. Esse é um bom momento para discutir os valores representados nesse símbolo. Explique que se trata de um símbolo religioso, presente em diversas culturas muito antigas, como a celta, a grega e a hindu, entre outras. A palavra suástica vem do sânscrito swastika e significa felicidade, boa sorte. Na década de 1920, transformou-se em emblema oficial do Partido Nacional-Socialista Alemão e, portanto, símbolo do nazismo. Assim, um símbolo religioso tornou-se ideológico, porque para os nazistas o emblema retratava a imagem do poder e da força, servindo ao propósito da propaganda do partido, em sua marcha para o triunfo.

Figura 9 – Suástica Nazista

Sondagem e sensibilização Inicialmente, você pode propor a observação da imagem de uma suástica, contida no Caderno do Aluno, na seção Discussão em sala de aula, com as seguintes perguntas: 1. Você já viu esse símbolo? 2. Em que situações você o viu? 3. Você sabe o que ele significa?

Peça aos alunos que pesquisem a origem e o significado da suástica como tarefa de casa, conforme a seção Lição de casa do Caderno do Aluno, e com sua ajuda, façam o registro da pesquisa, sistematizando as informações encontradas com o que foi discutido em sala de aula.

1a etapa Na mesma aula, peça-lhes que realizem individualmente uma primeira leitura do texto, incluído também no Caderno do Aluno, na seção Leitura e análise de texto:

49

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 49

08/11/13 16:37


O mundo da cultura “Para Hitler, a propaganda era uma das bases da criação da sociedade nazista. Antes de mais nada, ela deveria ser popular e capaz de atingir o coração − e não o cérebro − das massas. Cinema, teatro, música, arquitetura, tudo deveria subordinar-se aos interesses de doutrinação ideológica do regime e à sua concepção – herdada de românticos alemães, como o compositor Richard Wagner − de que a beleza e a arte iam regenerar a política. Sem esquecer que também era preciso incutir medo nas massas. Segundo Adolf Hitler, ‘A crueldade impressiona. As pessoas querem ter medo. Desejam se submeter a alguém com temor. As massas precisam disso. Precisam de alguma coisa para temer’. Entre todas as artes e técnicas, a arquitetura recebeu uma atenção especial no governo nazista. Com seus prédios monumentais, ela deveria criar e celebrar a consciência nacional e o orgulho de ser alemão. De modo geral, a arte preconizada pelos nazistas deveria cumprir objetivos doutrinários e atender aos interesses do regime. Seu estilo não seria escolhido livremente, mas deveria obedecer aos princípios da ‘arte ariana’, neoclássica, que se pretendia herdeira da arte grega. Em oposição à ‘arte degenerada judia’ do século XX, ela procurava resgatar, no passado mítico dos gregos, não só a beleza, mas também o caráter viril, guerreiro e dominador de uma raça de senhores. Beleza grandiloquente e desejo de dominação, dois dos traços mais marcantes da cultura nazista, estão fortemente presentes na arte e na arquitetura alemãs do período. Meio privilegiado de propaganda, o cinema foi particularmente visado pelos nazistas. Muitos filmes de curta-metragem e de longa duração foram produzidos por essa época para servir aos interesses do regime, inundando as telas das cidades alemãs. Alguns eram explícitos na tarefa de denegrir a imagem de judeus e comunistas (como O judeu e O eterno judeu, ambos de 1940), enquanto outros eram menos diretos. Os temas do heroísmo, do espírito alemão, da bravura e do patriotismo estavam, porém, sempre presentes. Em O S.A. Brand e O jovem hitlerista Quex (1940), por exemplo, contava-se a história de jovens convertidos ao nazismo que morrem heroicamente nas mãos dos comunistas e cujas últimas palavras são de amor e lealdade à Alemanha e ao Führer. Em outros filmes, como os realizados pela cineasta Leni Riefenstahl (O triunfo da vontade, de 1934, e Olympia, de 1936), os nazistas não apenas conseguiam transmitir sua mensagem de forma incrivelmente eficiente, como atingiam níveis elevados de refinamento na arte cinematográfica. Também as grandes manifestações de massa [...] eram importantes para o nazismo. Ao grito de ‘Sieg Heil!’ (‘Salve a vitória!’) grandes multidões marchavam unidas sob bandeiras e luzes, enquanto a figura do Führer permanecia sob foco constante. Por todos os lados o signo da suástica, bandeiras e manifestações de disciplina e submis­são histérica ao Führer. Esses eram rituais que despertavam a emoção − e não a razão − dos participantes, atraindo-os e mantendo-os ligados ao regime por meio de uma fé irracional de fundo religioso. Pois era isso que o nazismo pretendia ser: uma verdadeira religião. Beleza, atração, orgulho. Podemos ser tentados a pensar que o nazismo foi apenas isso: uma explosão de nacionalismo e orgulho de um povo, um esforço em submeter o mundo a uma determinada concepção de beleza, ordem e disciplina. Todos esses aspectos faziam parte, sem dúvida, de sua visão de mundo, mas acoplado a esses ideais de beleza e orgulho nacional estava o outro lado da moeda: a morte, o sofrimento e a miséria, sempre presentes na realidade nazista.” BERTONHA, João F. Fascismo, nazismo, integralismo. São Paulo: Ática, 2000. p. 50-52. (História em movimento).

50

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 50

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

Após a primeira leitura do texto, feita individualmente pelos alunos, faça uma leitura coletiva dando a ênfase necessária à pontuação e procurando interpretar cada um dos parágrafos com seus alunos, cuidando para que eles sejam compreendidos. Em seguida, solicite aos alunos que façam uma síntese das ideias principais do texto, por meio da elaboração de um parágrafo de, no máximo, 120 palavras. Como curiosidade, revele que o texto, com o título inclusive, contém 586 palavras. Para orientar a elaboração do resumo, explicite que sua finalidade é apresentar as ideias essenciais contidas no texto. Portanto, é impossível resumi-lo sem antes compreendê-lo integralmente. Alerte que não é permitido copiar partes do texto e uni-las sem qualquer articulação, pois o texto resumido deve fazer sentido. Na seção Dicas do Caderno do Aluno também estão inseridos os “passos” para auxiliar os alunos na elaboração de um bom resumo. 1. Realizar uma leitura individual do texto inteiro, esclarecendo eventuais questões relativas ao vocabulário; 2. Assinalar as ideias principais de cada parágrafo, grifando-as. Avise-os de que um parágrafo deve ser composto por uma ideia principal, à qual se articulam ideias secundárias, e de que o trabalho de seleção é realmente importante, para que não se grife o texto demais.. Sugira que eles verifiquem se é possível reconstruir o parágrafo apenas com base nas ideias sublinhadas; 3. Redigir o resumo com as próprias palavras, articulando logicamente as ideias grifadas, que não precisam ser reproduzidas como aparecem no texto.

Avaliação da Situação de Aprendizagem Os alunos devem conseguir produzir resumos dentro dos parâmetros estabelecidos no momento da apresentação da Situação de Aprendizagem. Pode ser interessante propor uma avaliação coletiva, na qual os próprios alunos leiam uns para os outros os resumos produzidos, evidenciando, desse modo, as múltiplas possibilidades de redação da síntese, além de eventuais problemas ou méritos no texto dos colegas, que devem ser identificados por meio desse exercício. Com base em suas observações, você pode verificar se o aluno: ff desempenhou satisfatoriamente a atividade de identificação das ideias principais do texto; ff atingiu plena ou parcialmente os objetivos propostos para a elaboração do resumo. Observe que essa atividade lhe dará boas referências a respeito das habilidades relacionadas à leitura e à escrita de seus alunos. Dessa forma, você poderá investir no desenvolvimento dessas habilidades ou mesmo repetir as estratégias aqui aplicadas com outros textos.

Proposta de questões para avaliação A seguir as questões que estão inseridas na seção Você aprendeu? do Caderno do Aluno. 1. Em Paris, em 16 de novembro de 1995, a Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), aprovou a Declaração de princípios sobre a tolerância. Leia o artigo 2o:

51

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 51

08/11/13 16:37


Artigo 2o − O papel do Estado “2.1 No âmbito do Estado a tolerância exige justiça e imparcialidade na legislação, na aplicação da lei e no exercício dos poderes judiciário e administrativo. Exige também que todos possam desfrutar de oportunidades econômicas e sociais sem nenhuma discriminação. A exclusão e a marginalização podem conduzir à frustração, à hostilidade e ao fanatismo. 2.2 A fim de instaurar uma sociedade mais tolerante, os Estados devem ratificar as convenções internacionais relativas aos direitos humanos e, se for necessário, elaborar uma nova legislação a fim de garantir igualdade de tratamento e de oportunidades aos diferentes grupos e indivíduos da sociedade. 2.3 Para a harmonia internacional, torna-se essencial que os indivíduos, as comunidades e as nações aceitem e respeitem o caráter multicultural da família humana. Sem tolerância não pode haver paz e sem paz não pode haver nem desenvolvimento nem democracia. 2.4 A intolerância pode ter a forma da marginalização dos grupos vulneráveis e de sua exclusão de toda participação na vida social e política e também a da violência e da discriminação contra os mesmos. Como afirma a Declaração sobre a Raça e os Preconceitos Raciais, ‘Todos os indivíduos e todos os grupos têm o direito de ser diferentes’ (art. 1.2).” Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Declaração de princípios sobre a tolerância. Brasília: Unesco, 1997. p. 12-13.

Por que, na década de 1990, existe a preocupação com as situações de intolerância, típicas das décadas de 1920 a 1940, época do domínio nazifascista na Itália e na Alemanha?

I. Para o fascismo, o Estado é absoluto. II. O fascismo incorporou o conceito do individualismo presente na doutrina liberal.

O aluno deve responder que ainda hoje se identificam traços de racismo, preconceito, xenofobia e ultranacionalismo na ação de grupos que se consideram herdeiros do nazifascismo, principalmente na Europa.

2. Leia e explique, no contexto do nazismo, a frase a seguir, que aparecia em cartazes da propaganda hitlerista, como um lema a ser seguido:

III. Sob o regime fascista, o Parlamento tornou-se um órgão sem nenhum poder. Estão corretas as afirmações: a) I, II e III. b) apenas I e II.

“Um povo, um império, um líder.”

c) apenas I e III.

Na frase, o aluno precisa identificar que o Estado nazista se pre-

d) apenas II e III.

tendia unitário, integrado por um povo homogêneo, submetido a um único líder, Hitler, para a construção de um grandioso im-

e) nenhuma das afirmações é correta.

pério. O Estado, dessa forma, deveria constituir uma totalidade.

O Estado, presente em regimes nazifascistas, assume caráter

3. As afirmações a seguir referem-se ao fascismo italiano. Leia-as e assinale a alternativa que corresponder às frases corretas.

autoritário, privando os cidadãos de autonomia, estando as principais decisões centradas na ação do Estado. A representatividade política é esvaziada , à medida que ocorre um progressivo fortalecimento do Estado. O indivíduo deve servir à

52

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 52

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

Pátria em primeiro lugar, colocando sua existência a serviço

e) o respeito às diferenças étnicas.

de ideais nacionalistas, e não individualistas, como afirma

O aluno deve conseguir encontrar, entre as alternativas,

a equivocada frase de número II. Segundo essa lógica, são

aquela que representa uma das principais características da

consideradas corretas as frases I e III, respectivamente.

ideologia nazista, o antissemitismo. As demais estão equivocadas, na medida em que apontam valores incompatíveis

4. Entre as condições europeias que favoreceram o surgimento de movimentos totalitários, como o nazismo e o fascismo, não podemos citar: a) as dificuldades econômicas enfrentadas pelos países europeus, após a Primeira Guerra Mundial. b) o surgimento de movimentos sociais revolucionários, que alarmavam a burguesia. c) o apoio dos contingentes de desempregados que defendiam a implantação de governos autoritários para superar a crise. d) o agravamento da situação econômica europeia, devido à Crise de 1929. e) a convicção dos setores dominantes de que a democracia liberal seria capaz de enfrentar a situação de crise generalizada. Espera-se que o aluno identifique a alternativa que não se

com o regime de Hitler, como: tolerância, respeito às diferenças étnicas, submissão alemã ao Tratado de Versalhes e antimilitarismo.

Propostas de Situações de Recuperação Proposta 1 Uma nova análise do documento apresentado na primeira questão da seção Você aprendeu?, a Declaração de princípios sobre a tolerância, é uma possibilidade interessante para o processo de recuperação. Você pode optar pela produção individual ou, eventualmente, em duplas. Indique a seus alunos que respondam às seguintes questões, baseados na leitura do documento: 1. Quem elaborou esse documento? Por quê?

refere às causas da ascensão dos regimes totalitários, ou seja, o apoio das classes dominantes à democracia liberal.

5. Entre as ideias defendidas por Adolf Hitler, na formulação da ideologia nazista, podemos citar: a) a tolerância em relação aos movimentos marxistas. b) a eliminação dos judeus. c) a obediência dos alemães em relação às cláusulas punitivas do Tratado de Versalhes. d) o antimilitarismo, com o objetivo da manutenção da paz no continente europeu.

2. Segundo o texto, qual é o papel do Estado? 3. O que significa “o caráter multicultural da família humana”, presente no artigo? 4. Segundo a Declaração, o que caracteriza uma situação de intolerância?

Proposta 2 Outra possibilidade para a retomada dos conteúdos referentes ao tema do nazifascismo é a realização de uma pesquisa em jornais, revistas e na internet, buscando notícias e reportagens nas quais apareçam situações de intolerância e preconceito em relação a minorias e perseguições religiosas e políticas.

53

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 53

08/11/13 16:37


Para orientar a pesquisa, indique a seus alunos uma busca nas páginas relativas a política, nacional ou internacional, por meio do sumário dos jornais e revistas. Avise que, na maioria dos jornais, há “cadernos” exclusivamente com temas políticos, como há os de esportes ou de cultura, e que também há revistas especializadas no assunto. Além disso, não deixe de sugerir que procurem sites de instituições jornalísticas.

cutindo a História). Estudo sobre o nazismo que enfoca a propaganda política e as práticas do terror como pilares desse projeto.

O objetivo é que eles consigam reconhecer o vínculo entre intolerância e violência. Assim, será possível aplicar os conhecimentos históricos adquiridos à compreensão da realidade política contemporânea.

TRENTO, Angelo. Fascismo italiano. 2. ed. São Paulo: Ática, 1993. (Princípios). Análise dos aspectos sociais, econômicos e políticos do regime de Mussolini.

Para a avaliação, programe uma exposição oral da pesquisa, na qual o aluno apresente a notícia; isso seria proveitoso para todo o grupo em recuperação. É muito importante que você avalie a pertinência dessa atividade, de acordo com as características de cada grupo, evitando que a exposição oral no coletivo se torne constrangedora. Na realidade, pretende-se favorecer a troca dos conteúdos analisados e, ao mesmo tempo, possibilitar a oportunidade de familiarizar o aluno com a exposição oral, em que é preciso observar a postura, tom de voz e o ritmo da fala em público.

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema Livros BERTONHA, João F. Fascismo, nazismo, integralismo. São Paulo: Ática, 2000. (História em Movimento). Análise dos princípios e das práticas dos movimentos fascistas. CAPELATO, Maria H.; D’ALESSIO, Marcia M. Nazismo: política, cultura e holocausto. São Paulo: Atual, 2004. (Dis-

LENHARO, Alcir. Nazismo : o triunfo da vontade. 6. ed. São Paulo: Ática, 2003. (Princípios). Análise da ascensão do nazismo na Alemanha, com destaque para a questão da propaganda.

Site Veja on-line. Disponível em: <http://veja.abril.

com.br/especiais_online/segunda_guerra/ index_flash.html>. Acesso em: 20 maio 2013. Site com informações sobre a Segunda Guerra Mundial, inclusive com alguns filmes de propaganda nazista.

Filmes 1900 (Novecento). Direção: Bernardo Berto-

lucci. Itália/França/Alemanha, 1977. 315 min. (versão sem cortes). Sem classificação indicativa. História da Itália, desde o início do século XX até o fim da Segunda Guerra Mundial, narrada pela experiência de dois amigos de infância, um camponês e o filho de um latifundiário.

Arquitetura da destruição (Undergångens arkitektur). Direção: Peter Cohen. Suécia,

1989. 119 min. 14 anos. Documentário sobre o nazismo, que destaca a importância da arte e da propaganda para a consolidação do regime.

O grande ditador (The great dictator). Direção: Charles Chaplin. EUA, 1940. 124 min. Livre. Comédia contra o nazismo e a guerra, com Chaplin no papel de Adolf Hitler e representando também um barbeiro do gueto, perseguido pelos nazistas.

54

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 54

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

O triunfo da vontade (Triumph des Willens). Direção: Leni Riefenstahl. Alemanha, 1935. 114 min. Livre. Documentário

que narra o uso da propaganda nos meios de comunicação de massa pelo Partido Nazista.

Situação de Aprendizagem 6 O impacto da Grande Depressão Esta Situação de Aprendizagem tem como objetivo analisar uma sequência de imagens representativas do período da Grande Depressão nos Estados Unidos da América, na década de 1930. São fotografias produzidas em 1936, pela fotógrafa Dorothea Lange, a serviço do governo estadunidense. Depois da discussão e análise dos documentos, os alunos deverão produzir um texto histórico que investigue as consequências sociais da crise financeira iniciada em 1929 e que se estendeu durante a década de 1930. A partir disso, você pode encaminhar as reflexões dos alunos para a percepção das principais características da sociedade estadunidense, na década de 1930, opondo a miséria ao American Way of life (modo de vida americano), bem como contribuir para que eles compreendam a importância daqueles documentos, componentes essenciais do processo de construção da memória visual dos EUA.

A Situação de Aprendizagem também visa a incentivar o trabalho com fontes históricas iconográficas, não só na busca de sua compreensão e interpretação, mas também problematizando-as, por meio de questionamentos como: Quem as produziu? Quando as produziu? Para que e para quem as produziu? Para tratar do tema da Crise de 1929, alguns assuntos devem ter sido abordados, como: a participação dos EUA na Primeira Guerra Mundial, o seu crescimento econômico durante o evento e também na fase pós-guerra e a aceleração do processo de industrialização mundial. Ao descrever a crise, é necessário trabalhar conceitos fundamentais, como: o que são ações, como é o funcionamento da Bolsa de Valores, o que é especulação na Bolsa, o que é uma crise de superprodução, as ideias não intervencionistas do liberalismo clássico e as práticas do New Deal. Para explicar o conceito de New Deal, utilize o livro didático.

Conteúdos e temas: Crise da Bolsa de Valores em 1929 e o New Deal. Competências e habilidades: análise de documentos históricos iconográficos; capacidade de interpretar e relacionar dados, conceitos, informações; e construção argumentativa. Sugestão de estratégias: análise documental e produção textual. Sugestão de recursos: iconografia de Dorothea Lange. Sugestão de avaliação: participação dos alunos na discussão, contemplando o processo de trabalho e a produção do texto histórico.

55

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 55

08/11/13 16:37


Sondagem e sensibilização

ção dos salários e dos benefícios que as empresas oferecem a seus trabalhadores, diminuindo o poder aquisitivo

Para introduzir a Situação de Aprendizagem, sugira uma rápida discussão sobre um dos efeitos mais terríveis da Crise de 1929, ainda muito presente nos dias de hoje: o desemprego. Você também pode perguntar aos alunos se eles conhecem as causas e os desdobramentos da crise de 2008, iniciada nos EUA, e quais eram as expectativas negativas naquele momento para a sociedade estadunidense.

da população.

5. Que dificuldades os desempregados encontram para conseguir um novo emprego? Novamente, voltamos para a descrição do fenômeno por meio de relatos pessoais. Aproveite as oportunidades que surgirem nos relatos, problematizando-os, de forma a garantir que os seguintes aspectos sejam abordados: declínio do crescimento econômico; maior oferta de mão de obra do que a existência de postos de trabalho;

Para tanto, apresente as seguintes questões, inclusas também no Caderno do Aluno, na seção Discussão em sala de aula: 1. O que é desemprego?

adequação do perfil do trabalhador em relação às vagas existentes. Por exemplo, aponte que um determinado relato retrata, na realidade, o declínio do crescimento econômico, justificando as causas a partir da exemplificação trazida pelo aluno. É importante ajudá-los a inserir

É bastante provável que, nesta sequência de questões para

o exemplo dado como parte de um contexto socioeco-

discussão em sala de aula, os alunos mencionem experiên-

nômico, ou mesmo político, mais amplo.

cias próximas ao problema do desemprego, seja entre seus parentes, seja entre vizinhos, amigos ou conhecidos. Valorize esses relatos como meio para apreensão do conceito.

2. Quais são seus efeitos para o indivíduo? Mais uma vez, a experiência pessoal deve ser valorizada, para

Procure destacar a relação entre o passado e o presente, como uma permanência social, garantindo que o aluno consiga refletir sobre os problemas do mundo contemporâneo numa perspectiva histórica.

a compreensão dos efeitos que o desemprego tem para o indivíduo.

3. Que consequências tem o desemprego para a sociedade como um todo? Este é o momento de partir da experiência pessoal para a coletiva. Como o desemprego pode afetar a sociedade como um todo e quais seriam seus efeitos sociais são questões que

1a etapa Esclareça que a atividade acontecerá em torno de uma sequência de três fotos realizadas pela fotógrafa estadunidense Dorothea Lange.

permitem a compreensão do problema em um contexto mais amplo.

4. Além do desemprego, quais são os outros efeitos da economia em recessão para o trabalhador? Certifique-se de que os alunos compreendem o significa-

As imagens estão reproduzidas neste Caderno, no Caderno do Aluno e também se encontram disponíveis no site da Biblioteca do Congresso dos EUA, no seguinte endereço: <http://www.loc.gov/rr/print/list/128_migm. html>. Acesso em: 20 maio 2013.

do da palavra “recessão”, isto é, um período em que ocorre uma grande queda na taxa de crescimento econômico. É desejável que eles percebam que, além do desemprego, uma economia em declínio também provoca a diminui-

Além das fotos, há um texto, reproduzido a seguir, que pode ser utilizado como motivador e contextualizador da discussão.

56

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 56

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

Dorothea Lange nasceu em 1895 e faleceu em 1965. Na década de 1930, foi contratada pelo governo estadunidense para percorrer o Sul e o Oeste do país, em busca de imagens que documentassem a Grande Depressão, sobretudo entre as populações camponesas que, obrigadas a abandonar suas terras, migravam em busca de trabalho. Essa série de fotografias foi feita retratando Florence Owens Thompson e seus filhos, em março de 1936, em Nipomo, na Califórnia. No momento em que a série de fotos foi tirada, Florence tinha 32 anos, sete filhos, seu marido havia falecido e ela havia informado à fotógrafa que sobrevivia dos vegetais congelados nos campos e dos pássaros que os filhos matavam. O governo estadunidense contratou fotógrafos para documentar o cotidiano dessas populações, tanto com a finalidade de realizar registros históricos quanto de obter subsídios para desenvolver ações de combate ao desemprego e à pobreza. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

da memória estadunidense. São fontes fundamentais para a reconstrução do passado daquele país, e por isso os historiadores as utilizam como documentos históricos. © Dorothea Lange/Library of Congress

Após uma primeira e rápida visualização, informe a seus alunos que a tarefa que vão realizar pressupõe uma análise detalhada de cada uma dessas fotografias, que fazem parte

Figura 10 – Família de migrantes trabalhadores agrícolas. Nipomo, Califórnia, março de 1936.

57

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 57

08/11/13 16:37


© Dorothea Lange/Library of Congress

Figura 11 – “A mãe migrante”. Crianças famintas e sua mãe, Florence Owens Thompson, de 32 anos. Nipomo, Califórnia, março de 1936.

58

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 58

08/11/13 16:37


© Dorothea Lange/Library of Congress

História – 8ª série/9º ano – Volume 1

Figura 12 – Família de migrantes trabalhadores agrícolas. Nipomo, Califórnia, março de 1936.

59

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 59

08/11/13 16:37


Para dar início à Situação de Aprendizagem, informe-os, de maneira sucinta, sobre quem foi a autora das fotografias, auxiliando-os a problematizar a fonte por intermédio da identificação da autoria. A atividade encontra-se no Caderno do Aluno, na seção Leitura e análise de imagem.

d) Descreva a situação retratada: A descrição da situação retratada é fundamental para a compreensão das relações sociais estabelecidas entre os personagens da cena.

e) Como a legenda da segunda foto pode nos ajudar a compreender a cena? A legenda da segunda foto auxilia na identificação das perso-

Nessa rápida problematização da fonte, procure responder a questões básicas como: Quem fez? Quando fez? Com que intenção fez? Para quem fez? Explicite isso para seus alunos, de modo que eles compreendam que as imagens não podem ser vistas apenas como reflexos de uma época, mas sim como componentes dos contextos sociais em que foram produzidas. Agora é o momento de analisá-las. Para começar, peça aos alunos que descrevam, livremente, tudo o que veem e registrem suas observações no espaço destinado a esta atividade no Caderno do Aluno. Permita que esse momento se estenda até que se esgotem as possibilidades. Estimule os alunos a se manifestar oralmente para, assim, destacarem as principais características percebidas e registradas. Apesar de termos três fotografias, são exposições da mesma situação. Sugira um roteiro para ajudá-los, presente no Caderno do Aluno: a) Descreva o ambiente das fotografias: Incentive seus alunos a identificar não só o local da cena, mas também a descrevê-lo em seus detalhes.

b) Identifique e descreva os personagens: Na descrição dos personagens, é muito importante que sejam identificados o gênero, a faixa etária e a posição social, por intermédio dos indícios fornecidos pela fotógrafa, como vestimentas e atitude.

c) Identifique e descreva os objetos: A descrição dos objetos, prato, lampião, mala, cadeira, é importante para a apreensão da vida material das personagens retratadas.

nagens e da situação retratada.

f) Com base nessas fotografias, que conclusões podemos estabelecer sobre a sociedade estadunidense dessa época? Com base nessas fotografias, pode-se identificar uma sociedade marcada pela miséria.

Depois da análise das fotografias, você poderá solicitar aos alunos que se reúnam em duplas e escrevam um texto histórico sobre os efeitos sociais da Grande Depressão. Sugira que eles enfatizem as relações entre o contexto da época e os efeitos da crise baseando-se na observação dessas imagens. De acordo com a proposta da seção Lição de casa no Caderno do Aluno, oriente-os a confeccionar uma listagem das ideias principais aprendidas nesta Situação de Aprendizagem, enfatizando os problemas sociais provocados pela Crise de 1929. Dessa forma, as duplas primeiramente organizarão os conteúdos que vão compor o texto histórico. Lembre-os de que um texto deste gênero, na série/ano em que se encontram, deverá apresentar as seguintes características: ff linguagem impessoal e objetiva; ff organização das ideias em três partes: – a introdução, na qual será apresentado o tema que será tratado, momento da sua caracterização e contextualização; – o desenvolvimento, que fundamenta ou desenvolve a ideia principal, baseada em dados e argumentos históricos;

60

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 60

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

– a conclusão, que deve conter uma síntese e, preferencialmente, uma apreciação ética do tema em foco (cabe aqui explicar para os alunos que o esperado é que eles se posicionem perante os problemas sociais desencadeados pela Crise de 1929, considerando seus motivos disparadores e, como uma das suas consequências, o custo social). Professor, é necessário que na confecção da listagem que antecede a produção do texto histórico os alunos privilegiem os problemas sociais: o desemprego em massa, a ruína dos proprietários rurais e a pobreza generalizada.

Avaliação da Situação de Aprendizagem Os alunos devem conseguir expressar no texto histórico algumas das principais características da sociedade estadunidense, na década de 1930, identificáveis nas imagens produzidas por Dorothea Lange: miséria, desemprego,

desesperança e abandono. Além disso, podem subsidiar sua análise destacando as causas da crise e o projeto do New Deal. Verifique se o aluno: ff se posicionou na discussão coletiva; ff desempenhou adequadamente a atividade de análise da imagem. Por fim, avalie se a produção textual foi realizada de acordo com as diretrizes explicitadas. Para responder a essas questões, você pode elaborar uma planilha, contendo seus conceitos de avaliação.

Proposta de questões para avaliação As atividades a seguir estão inseridas na seção Você aprendeu? do Caderno do Aluno. 1. Leia o texto a seguir e responda à questão.

“Alguma coisa deve ser feita para fazer voltar à ordem o caos gerado pelo colapso do capitalismo. O colapso foi total – viu-se esmagada a estrutura de crédito, paralisada a indústria, milhões de desempregados, arruinados os fazendeiros, e a pobreza imperando em meio a muitos – claro, lógico que alguma coisa tinha que ser feita.” p. 306. HUBERMAN, L. Man’s Worldly Goods. Copyright © 1986 by MRPress, reprinted by permission of Monthly Review Press. História da riqueza do homem, publicado em língua portuguesa por LTC-Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. Copyright © 1986, reproduzido com permissão da Editora.

Entre as consequências da Crise de 1929 citadas pelo historiador, separe as de caráter econômico e as de caráter social. Os alunos precisam mencionar, entre as consequências econômicas, a falência da estrutura de crédito e a paralisação

massa, a ruína dos proprietários rurais e a pobreza generalizada devem ser citadas.

2. Leia o texto a seguir e assinale a alternativa correta.

da indústria. Já as consequências sociais, o desemprego em

“Se há no mundo um monumento da crise financeira, ele se chama Empire State Building. O edifício cravou as primeiras estacas de seus 103 andares na terra que Wall Street acabara de arrasar em 1929.

61

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 61

08/11/13 16:37


Ligou pela primeira vez suas luzes em 1931, como um exemplo em concreto, em estilo art déco, do que a economia americana era capaz de fazer na Grande Depressão. [...] Produto da quebradeira de 1929, o Empire State Building está rejuvenescendo na crise econômica. Entrou em reforma no ano passado. [...]” CORRÊA, Marcos Sá. “O velho Empire State ataca a crise outra vez”. O Estado de S. Paulo, 8 abr. 2009. Disponível em: <http:// www.estadao.com.br/noticias/impresso,o-velho-empire-state-ataca-a-crise-outra-vez,351678,0.htm>. Acesso em: 20 maio 2013.

Ao citar dados referentes à crise ocorrida em 1929, o artigo intitulado “O velho Empire State ataca a crise outra vez”, publicado em O Estado de S. Paulo em abril de 2009, intenciona:

a) I, II e III.

a) comunicar a reforma do Empire State Building.

d) apenas II e III.

b) informar sobre o Empire State Building.

O aluno deve ser capaz de discernir, entre as proposições,

c) relacionar o Empire State ao crash da Bolsa de Nova York. d) relacionar a crise de 1929 à de 2008. 3. As afirmações a seguir são referentes aos aspectos que contribuíram para a prosperidade econômica dos EUA após a Primeira Guerra Mundial. Leia as alternativas e assinale a correta. I. Os EUA realizaram empréstimos aos países europeus durante sua reconstrução, tornando-se seus credores. II. O crescimento industrial dos EUA foi muito acelerado e, na década de 1920, eles passaram a ser responsáveis por aproximadamente 1∕3 da produção industrial do planeta. III. Os EUA tiveram grande aumento na capacidade de produção agrícola. Estão corretas as afirmações:

b) apenas I e II. c) apenas I e III.

e) nenhuma das afirmações é correta. aquelas que estão de acordo com as causas da prosperidade econômica dos EUA, na década de 1920, ou seja, o desenvolvimento da produção, tanto industrial quanto agrícola, e a prosperidade financeira.

4. A crise econômica de 1929 é descrita como uma crise de superprodução. Isso significa que: a) houve uma combinação entre excesso de produção, apenas no setor de industrializados, e aumento da demanda interna por produtos agrícolas, que tiveram de ser importados dos países europeus. b) houve uma combinação entre excesso de produção, grande aumento da demanda interna, por causa do acesso de milhões de estadunidenses aos novos produtos industrializados, e aumento da demanda europeia por estes mesmos produtos. c) houve uma combinação entre excesso de produção, limitação do consumo interno, devido à má distribuição de

62

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 62

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

renda, e dificuldades para a exportação, como resultado da recuperação parcial das economias europeias. d) houve um equilíbrio entre produção e demanda, tanto agrícola quanto industrial, que impediu o crescimento econômico acelerado, como acontecera nos anos anteriores, além da estagnação comercial com a Europa. e) houve um desequilíbrio entre a produção e os mecanismos de distribuição de mercadorias, que impedia o acesso dos mercados à produção das áreas mais remotas do território estadunidense, além do deficiente sistema portuário que dificultava a exportação. O aluno deve conseguir encontrar, entre as proposições, aquela que contém a explicação para o significado de crise de superprodução, associando-a à limitação do mercado interno e ao excesso de produção.

5. Entre as consequências do New Deal, não podemos destacar: a) o abandono dos princípios do liberalismo e a adoção de medidas intervencionistas. b) a execução de um programa de obras públicas com o objetivo de gerar empregos a grandes contingentes de trabalhadores. c) a emissão de moeda, para garantir o retorno de capital ao mercado. d) a criação de mecanismos de proteção e assistência aos mais pobres. e) medidas para a contenção do consumo, visto como um dos elementos essenciais geradores da crise. O aluno deve conseguir encontrar, entre as proposições, aquela que não identifica uma das consequências do New

Deal, ou seja, o intervencionismo para conter o consumo, afinal, o Estado no New Deal atuava como um verdadeiro recuperador da economia, intervindo na geração de empregos, obras públicas, políticas de assistência aos mais fragilizados pela crise econômica etc.

Propostas de Situações de Recuperação A compreensão da Crise de 1929 é essencial para a continuação dos estudos históricos, pois permite completar o quadro dos principais processos históricos no período entreguerras. Também é uma excelente oportunidade para explicitar as relações entre os contextos estadunidense, europeu e brasileiro. É importante que você procure identificar as dificuldades de cada aluno, e valorize as conquistas também individualmente, sobretudo nessa fase de recuperação.

Proposta 1 Para a retomada dos conteúdos referentes ao tema, você pode sugerir a elaboração de uma pesquisa a respeito dos reflexos da Crise de 1929 na economia e na política brasileiras. Sugira aos alunos que realizem a pesquisa no próprio livro didático ou em livros de apoio, distinguindo bem as duas categorias: consequências sociais e consequências políticas. Solicite-lhes que indiquem a bibliografia consultada.

Proposta 2 Considerando-se as atuais oscilações e crises do mercado financeiro, sugira aos alunos que realizem uma pesquisa em jornais, revistas e na internet, buscando notícias e reportagens nas quais apareçam essas situações, ou seja, variações nas Bolsas de Valores, na

63

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 63

08/11/13 16:37


cotação do dólar americano em relação ao real, por exemplo, fusões entre grandes empresas e abertura de capitais e privatizações de empresas. Para orientar a pesquisa, sugira-lhes que procurem nos jornais e revistas as páginas relativas à economia, nacional ou internacional, por meio do sumário. Avise que na maioria dos jornais há “cadernos” voltados exclusivamente aos temas econômicos, como há os de esportes ou de cultura, e que também há revistas especializadas no assunto. O objetivo é que eles consigam reconhecer a permanência das oscilações e crises no sistema capitalista. Assim, poderão aplicar os conhecimentos históricos adquiridos à compreensão da realidade econômica contemporânea. Os resultados dessa pesquisa podem ser compartilhados por meio de apresentações orais entre aqueles alunos que estão vivenciando o processo de recuperação.

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema Livros ARBEX JR. José. A outra América: apogeu, crise e decadência dos Estados Unidos. 6. ed. São Paulo: Moderna, 1995. (Polêmica). Análise da expansão e da crise da economia estadunidense. BRENER, Jayme. A crise que mudou o mundo. 3. ed. São Paulo: Ática, 1998. (Retrospec-

tiva do século XX). Análise da grave crise do capitalismo, em 1929. REY, Marcos. Brasil: os fascinantes anos 20. 6. ed. São Paulo: Ática, 2004. (O cotidiano da História). Ficção ambientada na fase de euforia pós-guerra.

Sites A Depression Art Gallery. Disponível em: <http:// www.english.illinois.edu/maps/depression/ artgallery.htm>. Acesso em: 20 maio 2013. Site com obras de arte produzidas durante a Grande Depressão (em inglês). CPDOC–FGV. Disponível em: <http://cpdoc. fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/ anos20/CafeEIndustria/Crise29>. Acesso em: 20 maio 2013. Página que analisa a Crise de 1929 e seus reflexos no Brasil.

Filmes Os filmes a seguir podem ser utilizados para a preparação das aulas, mas é importante que observe e se atenha à classificação etária antes de indicá-los aos alunos. A noite dos desesperados (They shoot horses, don’t they?). Direção: Sydney Pollack. EUA, 1969. 129 min. 16 anos. História sobre as maratonas de dança que se realizavam durante a Grande Depressão. Os intocáveis (The untouchables). Direção: Brian De Palma. EUA, 1987. 119 min. 14 anos. História sobre Chicago dos anos 1930 e o crescimento do crime organizado.

64

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 64

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

Situação de Aprendizagem 7 Resistência judaica O objetivo desta Situação de Aprendizagem é a análise de um panfleto que alertava os judeus da cidade francesa de Lyon contra as prisões em massa preparadas pela Gestapo (Geheime Staatspolizei – a polícia secreta nazista) e pela milícia de Vichy, divulgado em fevereiro de 1944, portanto, um documento produzido durante a Segunda Guerra Mundial. Pretende-se demonstrar a importância do panfleto naquele momento histórico e estimular a compreensão das ideias ali expressas. Além disso, objetiva-se contribuir para que eles compreendam que esse documento é um componente do processo da Segunda Guerra Mundial, em um de seus aspectos mais contundentes: o extermínio dos judeus, promovido pelos nazistas e seus colaboradores. Procure, principalmente, encaminhar as reflexões dos alunos para recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola e proporcionar uma discussão ética e propostas de intervenção solidária na realidade, com o objetivo de garantir o respeito aos valores humanos.

A Situação de Aprendizagem também procura incentivar a prática do trabalho com fontes históricas escritas, não só na busca de sua compreensão e interpretação, mas também problematizando-as, por meio de questionamentos como: Quem a produziu? Em que contexto foi produzida? Como seus contemporâneos a entenderam? Qual foi sua importância na dinâmica do processo histórico? Durante as aulas sobre os antecedentes da Segunda Guerra Mundial, você já deve ter abordado os seguintes tópicos: a Primeira Guerra Mundial, a Crise de 1929 e a ascensão dos regimes totalitários: nazismo, fascismo e stalinismo. Ao descrever a Segunda Guerra Mundial, destaque as duas principais etapas da guerra: primeiro, as vitórias do Eixo, através da Blitzkrieg, e o domínio de territórios na Europa e na África; depois, a ofensiva à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS, a entrada dos EUA, a Guerra no Pacífico e as bombas atômicas. Destaque o caráter de guerra de movimento, travada com armamentos de grande poder de destruição, com um saldo de aproximadamente 50 milhões de mortos.

Conteúdos e temas: antissemitismo, racismo; resistência; holocausto genocídio, campos de concentração, política de solução final; Gestapo. Competências e habilidades: compreensão de texto, por meio do domínio da norma padrão da língua portuguesa; interpretação de dados, informações e relação entre eles e conceitos; e, construção de argumentação. Sugestão de estratégias: análise de documento histórico. Sugestão de recursos: documento histórico. Sugestão de avaliação: processo de análise do documento.

65

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 65

08/11/13 16:37


Sondagem e sensibilização

des proporções, para prender, explorar e exterminar os judeus na chamada “solução final”.

Na proposição da Situação de Aprendizagem é desejável que você estimule os alunos a explicitar os conhecimentos prévios que possuem a respeito do tema que será estudado. Conforme sugerido na seção Discussão em sala de aula, do Caderno do Aluno, pergunte, por exemplo: 1. Você sabe o que significa o termo “antissemitismo”?

4. O que significa o termo “Holocausto”? Provavelmente, os alunos serão capazes de associar o termo “Holocausto” à “solução final” ocorrida durante a Segunda Guerra Mundial. Contudo, é proveitoso lembrar que também essa expressão é mais antiga do que o nazismo: de origem grega, referia-se a sacrifícios e rituais religiosos da Antiguidade, em que animais ou seres humanos eram incinerados em oferenda aos deuses.

desse termo. Chame a atenção para o prefixo “anti”, que

5. Você já assistiu ou ouviu falar de algum filme sobre o tema? Qual?

indica uma ação contrária, uma oposição. Não deixe de

É bastante provável que os alunos consigam se referir a diver-

mencionar que o termo “semita” se refere a todos aqueles que, biblicamente, são indicados como filhos de Sem,

sos filmes aos quais assistiram sobre a Segunda Guerra Mun-

Instigue os alunos a levantar hipóteses sobre o significado

dial. Incentive esses relatos.

portanto árabes e judeus do Oriente Médio. Contudo, a palavra antissemita, cunhada na segunda metade do século XIX, refere-se a um sentimento de hostilidade contra os judeus.

2. Você acha que o antissemitismo é uma criação dos nazistas? Justifique. Após a discussão anterior, espera-se que os alunos deduzam que o termo é anterior aos nazistas, portanto não pode ter sido uma criação deles.

3. Pesquise sobre outros momentos históricos de perseguição aos judeus. Ajude os alunos nessas citações, lembrando o Império Romano e a diáspora, a Inquisição nos países ibéricos e os pogroms no Império Russo. Contudo, informe que, sob o Estado nazista, foi criado um sistema articulado, de gran-

Se você considerar conveniente, antes da realização da Situação de Aprendizagem, apresente algum filme (ou apenas trechos de um ou mais filmes) que abordem o tema. Realize a apresentação do texto sugerido para a atividade, explicando que se trata de um importante documento para a análise da resistência dos judeus ao extermínio em massa que estava sendo realizado pelas forças nazistas.

1a etapa Apresente o documento transcrito a seguir, também presente no Caderno do Aluno, na seção Leitura e análise de documento escrito:

Basta de prisões em massa! “Judeus de Lyon! Há tempos, nós os alertamos para as prisões em massa que estão ocorrendo e sobre o método constrangedor da Gestapo e da milícia de despir os homens para encontrar possíveis judeus entre eles. Já temos, hoje, vítimas a lamentar. No domingo, dia 31 de janeiro, a Casa Dourada, na praça Bellecour, foi invadida por agentes da Gestapo que inspecionaram os documentos de todos os que ali estavam, especialmente dos filatelistas. Todos possuíam os documentos em ordem, mas, apesar disso, cerca de 20 homens foram submetidos, no local, a um exame vexatório. Doze judeus foram detidos e levados ao forte Montluc. Um deles era um prisioneiro recentemente repatriado. Judeus de Lyon, este é apenas o início das operações da Gestapo. Estão sendo preparadas detenções

66

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 66

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

em massa, voltadas à população masculina francesa, principalmente contra os judeus. Estejam atentos! As concentrações em lugares públicos devem ser evitadas. As residências legais devem ser abandonadas (judeus estrangeiros e judeus franceses estão sendo indistintamente presos). Escondam-se e protejam seus filhos da fúria da Gestapo. Ajudem-se uns aos outros. Unam-se clandestinamente à União dos Judeus pela Resistência e Ajuda Mútua. A solidariedade para com os necessitados deve ser priorizada. As ações de extermínio não devem ser toleradas. Os homens corajosos, que não aceitam viver como animais amedrontados, devem se unir aos milhares de franceses não judeus, nos grupos de combate ou na guerrilha. Não podemos nos deixar degolar como um rebanho de carneiros. Enfrentemos o desafio e alistemo-nos na luta por uma França livre, humana e tolerante.” União dos Judeus pela Resistência e Ajuda Mútua. Panfleto de fevereiro de 1944 alertando os judeus de Lyon contra as prisões em massa preparadas pela Gestapo e pela milícia de Vichy. Apud FERRO, Marc. Questions sur la deuxième guerre mondiale. Paris: Casterman, 1993. p. 147. Tradução Mônica Lungov Bugelli.

Para iniciar a atividade, faça uma leitura coletiva do documento, procurando interpretá-lo, cuidando para que ele seja compreendido, inclusive esclarecendo as palavras desconhecidas, ou sugerindo sua pesquisa no dicionário. Para explorar o documento, proponha questões coletivas e também individuais, a fim de conseguir a participação daqueles que têm maior dificuldade em se expor; solicite a um aluno que explique, complete ou corrija o que outro afirmou; indague se um determinado aluno concorda com a afirmação de outro e por quê; escolha alguns alunos para sintetizar na lousa as principais conclusões da classe. Para compreender o contexto em que foi produzido o documento, chame a atenção para a data que aparece no final, fevereiro de 1944, e para a autoria do documento, a União dos Judeus pela Resistência e Ajuda Mútua. É interessante esclarecer que, em maio de 1940, após a derrota para a Alemanha nazista, o Norte da França foi ocupado pelos alemães; Paris foi ocupada em 14 de junho. A França não ocupada ficou sob o governo de Vichy, sob a liderança do marechal Henri-Philippe Pétain. O governo de Vichy adotou

uma política de colaboração com os vencedores. Se possível, apresente um mapa da França ocupada e da França não ocupada; esse mapa consta de diversos livros didáticos, atlas históricos e também está acessível em páginas da internet sobre a Segunda Guerra Mundial. Durante a guerra, a cidade de Lyon ficou sob o governo de Vichy e tornou-se um dos principais centros da resistência francesa. Contudo, em novembro de 1942, após os franceses da zona não ocupada recusarem-se a lutar ao lado dos nazistas, contra os ingleses e estadunidenses, houve a ocupação de todo o território francês pelos alemães. Assim, este documento foi escrito por judeus de Lyon, durante a ocupação por forças nazistas, quatro meses antes do Dia D (6 de junho de 1944), a grande ofensiva aliada que desembarcou na Normandia e libertou os franceses do domínio alemão.

2a etapa Para prosseguir na análise do documento, solicite a seus alunos que identifiquem as principais ideias pregadas pelos autores do documento, por meio das seguintes questões, presentes no Caderno do Aluno, na seção Leitura e análise de texto.

67

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 67

08/11/13 16:37


1. Qual é a data do panfleto? A data que aparece no final do panfleto é fevereiro de 1944.

2. De quem é a autoria do documento? O documento é de autoria da União dos Judeus pela Resistência e Ajuda Mútua.

3. Que denúncias são feitas no documento?

nazista de extermínio, sendo necessário o alerta. A orientação é que os judeus se protegessem escondendo-se e ajudando-se, mas para enfrentar a situação, é proposto que os judeus se associassem à União dos Judeus pela Resistência e Ajuda Mútua e se unissem aos outros franceses, não judeus, na guerrilha ou nos grupos de combates da Resistência.

Os alunos precisam perceber que o panfleto denunciava as prisões em massa contra os judeus, realizadas pelos nazistas e pelo governo colaboracionista de Vichy, e que essas prisões não distinguiam judeus estrangeiros e judeus franceses, detendo-os indistintamente e submetendo-os a métodos vexatórios e ações de extermínio. Além disso, espera-se que eles concluam que, em fevereiro de 1944, muitas pessoas ainda não acreditavam no projeto nazista de extermínio, sendo necessário o alerta.

4. Que orientação é dada no documento para que os judeus pudessem se proteger? A orientação era a de que os judeus evitassem concentrações em lugares públicos, abandonassem suas residências, se escondessem e se ajudassem mutuamente.

5. Que apelo é feito no documento para que os judeus de Lyon pudessem enfrentar a situação? Para enfrentar a situação, a proposta era a de que os judeus se associassem à União dos Judeus pela Resistência e Ajuda Mútua e que se unissem aos outros franceses, não judeus, na guerrilha ou nos grupos de combates da Resistência.

Avaliação da Situação de Aprendizagem

Com base em suas observações, você pode verificar se o aluno: ff se posicionou criticamente na discussão coletiva; ff identificou as principais ideias que aparecem no documento; ff foi capaz de argumentar, utilizando os conteúdos do texto e outros relacionados ao tema. Para responder a essas questões, você pode elaborar uma planilha, contendo seus conceitos de avaliação.

Proposta de questões para avaliação As questões a seguir estão contempladas no Caderno do Aluno na seção Lição de casa. 1. Explique a seguinte frase: “A Segunda Guerra Mundial foi, na verdade, apenas uma continuação da Primeira Guerra Mundial”. O aluno deve perceber que os acordos após a Primeira Guerra Mundial, em especial o Tratado de Versalhes, predispunham um clima hostil entre os países europeus, que não foi

Professor, é importante que os alunos verifiquem que a União dos Judeus pela Resistência e Ajuda Mútua denunciava as prisões em massa contra os judeus, realizada pelos nazistas e pelo governo colaboracionista de Vichy, e que não havia distinções entre judeus estrangeiros e franceses, o que pode nos levar a concluir que, ainda em fevereiro de 1944, muitas pessoas não acreditavam no projeto

minimizado com a atuação da Liga das Nações; além disso, a instabilidade econômica também colaborou para a eclosão de um novo conflito mundial.

2. Qual é a concepção do “espaço vital”? Espera-se que os alunos respondam que essa doutrina compreendia a ideia de que o desenvolvimento alemão dependia da conquista de territórios férteis e ricos em recursos minerais e, também, da integração de populações alemãs

68

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 68

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

que viviam em outras regiões da Europa, como na Áustria, na Tchecoslováquia e na Polônia.

As questões a seguir estão inseridas na seção Você aprendeu?, do Caderno do Aluno. 1. As afirmações a seguir são referentes a características da Segunda Guerra Mundial. Leia-as e assinale a alternativa que corresponde às frases consideradas corretas. I. Na Segunda Guerra Mundial, os aviões bombardeiros, que destruíam as cidades inimigas, foram decisivos para a configuração de forças.

a) mobilizou todo o Exército alemão para a luta na frente ocidental. b) impediu as ações da Resistência francesa contra os nazistas. c) não alterou a posição sempre favorável aos Aliados. d) foi vital para a inversão do quadro favorável às forças do Eixo. e) ocorreu já no primeiro ano do conflito, em 1939. O aluno deve conseguir encontrar, entre as proposições, aquela que contém a implicação da entrada desses países no conflito, ou seja, o início da derrocada do Eixo e o avanço das

II. Na Segunda Guerra Mundial, a guerra de trincheiras marcou a maioria dos combates terrestres. III. Na Segunda Guerra Mundial, a arma definitiva foi a bomba atômica, lançada pelos estadunidenses sobre duas cidades japonesas. Estão corretas as afirmações: a) I, II e III. b) apenas I e II. c) apenas I e III. d) apenas II e III.

forças aliadas.

3. Com relação ao lançamento das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, não podemos dizer que: a) naquele momento, a vitória na guerra era francamente favorável aos japoneses. b) tratou-se de uma demonstração de força do governo estadunidense. c) foi praticado um verdadeiro genocídio sobre as populações daquelas cidades. d) causou a rendição japonesa, o último país do Eixo a fazê-lo.

O aluno deve ser capaz de discernir, entre as proposi-

e) o governo dos EUA reafirmou sua superioridade militar perante seus próprios aliados.

ções, aquelas que estão de acordo com as características

O aluno deve conseguir encontrar entre as proposições

tecnológicas da Segunda Guerra Mundial, estabelecen-

aquela que não pode ser citada como uma das razões para o

do assim as diferenças de estratégia bélica entre as duas

lançamento das bombas atômicas sobre as cidades japonesas, ou seja, a alternativa “a”. As demais alternativas são con-

e) nenhuma das afirmações é correta.

Grandes Guerras.

2. Sobre a entrada da URSS e dos EUA na Segunda Guerra Mundial, podemos dizer que:

sideradas corretas em relação ao lançamento das bombas atômicas, como o genocídio, a rendição japonesa e a superioridade bélica dos EUA.

69

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 69

08/11/13 16:37


Propostas de Situações de Recuperação O estudo a respeito da Segunda Guerra Mundial é muito importante para a continuação dos estudos históricos, pois possibilita a compreensão do fenômeno que transformou as relações internacionais, com a emergência de novas potências e a discussão do próprio conceito de geopolítica. Para esses alunos em recuperação, a observação individual é muito importante, pois o objetivo é que, dentro de suas possibilidades, cada um consiga progressos no processo de ensino-aprendizagem.

Proposta 1 Para retomar conteúdos referentes ao tema da Segunda Guerra Mundial, você pode sugerir a elaboração de uma cronologia que apresente os principais episódios desse período histórico, desde a invasão da Polônia pelos alemães até a rendição japonesa. Não estabeleça os eventos intermediários, deixe que os alunos os escolham, para que eles treinem a habilidade de separar o principal do secundário. Sugira-lhes que realizem uma pesquisa no próprio livro didático e que, para cada evento listado, escrevam uma breve definição.

Proposta 2 Outra possibilidade de recuperação é retomar o tema por meio da elaboração de um texto argumentativo que estabeleça as relações entre a Segunda Guerra e o Brasil. Para tanto, os alunos podem realizar uma pesquisa em seu próprio material didático e também em livros de apoio didático. O texto deve conter os seguintes elementos: a) introdução – razões da indefinição do

governo brasileiro nos primeiros anos do conflito. b) desenvolvimento – causas da entrada do Brasil na guerra junto aos Aliados e características dessa participação. c) conclusão – efeitos da derrota dos regimes totalitários na política interna brasileira.

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema Livros ARNAUT, Luiz; MOTTA, Rodrigo P. de Sá. A Segunda Grande Guerra: do nazifascismo à Guerra Fria. 6. ed. São Paulo: Atual, 1994. (História Geral em Documentos). Relato a respeito da Segunda Guerra Mundial, por meio de documentos. BRENER, Jayme. A Segunda Guerra Mundial: o planeta em chamas. 3. ed. São Paulo: Ática, 1998. (Retrospectiva do século XX). Relato da Segunda Guerra Mundial, inserindo-a como eixo do século XX. CHIARETTI, Marco. A Segunda Guerra Mundial. 3. ed. São Paulo: Ática, 2003. (História em movimento). Narrativa completa da guerra e também uma discussão abrangente sobre o significado, as circunstâncias e as consequências desse conflito. PEDRO, Antonio. A Segunda Guerra Mundial. 10. ed. São Paulo: Atual, 1994. (Discutindo a História). Análise da guerra e, principalmente, de suas consequências.

Sites Second World War. Disponível em: <http:// www.worldwar-two.net/>. Acesso em: 20 maio 2013. Cronologias e amplo material

70

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 70

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

fotográfico a respeito da Segunda Guerra Mundial (em inglês). Veja on-line. Disponível em: <http://veja.abril. com.br/especiais_online/segunda_guerra/ index_flash.html>. Acesso em: 20 maio 2013. Amplo acervo de textos, fotos e mapas sobre a Segunda Guerra Mundial.

Filmes A lista de Schindler (Schindler’s list). Direção: Steven Spielberg. EUA, 1993. 195 min. 14 anos. Filme que retrata a ação de um alemão que utiliza mão de obra judia em uma fábrica na Polônia e acaba salvando mais de mil pessoas.

A vida é bela (La vita è bella). Direção: Roberto Begnini. Itália, 1997. 116 min. 14 anos. História de uma família levada a um campo de concentração, onde o pai encena para o filho a participação em uma grande gincana, para amenizar o sofrimento da criança. Olga. Direção: Jayme Monjardim. Brasil, 2004. 141 min. 14 anos. Narra a história de uma judia comunista deportada do Brasil para a Alemanha durante a guerra. O pianista (Le pianiste). Direção: Roman Polanski. França, 2002. 148 min. 14 anos. Filme que retrata a perseguição nazista aos judeus, pela história de um pianista judeu-polonês.

Situação de Aprendizagem 8 “Pai dos pobres” ou “Mãe dos ricos”? Esta Situação de Aprendizagem propõe a realização de um debate sobre os dois apelidos atribuídos a Getúlio Vargas: o “Pai dos pobres” e a “Mãe dos ricos”. O objetivo é a compreensão do Período Vargas, marcado por contradições, no qual propostas modernizadoras no âmbito social e econômico conviviam com o conservadorismo político e também social, pois apesar de terem sido contempladas algumas reivindicações populares, garantiu-se a ordem estabelecida, de acordo com os interesses da elite. Procure, sobretudo, encaminhar as reflexões dos alunos para a compreensão da importância daquele momento, componente essencial para a construção do Estado no Brasil, o que pode ampliar as discussões sobre questões relativas à cidadania. A Situação de Aprendizagem também pretende incentivar a prática do trabalho em equipe para a realização de um debate, que exige, como preparação, uma pesquisa.

Para propor esta Situação de Aprendizagem, você já deve ter abordado o caráter oligárquico da República Velha (1889-1930), a ruptura entre as elites, que conduziu à Revolução de 1930 e a fase do governo provisório (1930-1934) do período Vargas. Destaque, principalmente, o declínio das antigas oligarquias, a crise do modelo agrário exportador e a organização das estratégias de controle utilizadas pelo governo de Getúlio Vargas durante essa fase de consolidação. Além disso, o período do Estado Novo (1937-1945), e suas principais características políticas, econômicas e sociais, também já deverá ter sido abordado. Depois, é preciso compreender a deposição de Vargas como um dos reflexos dos resultados da Segunda Guerra Mundial. Com a Segunda Guerra Mundial, o mundo dividiu-se em dois blocos: o Eixo nazifascista (Alemanha, Itália e Japão) e os Aliados (Inglaterra, EUA e URSS). O Brasil de Vargas alinhou-se aos EUA, que estabeleceu bases militares no Nordeste, e participou diretamente

71

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 71

08/11/13 18:38


na guerra com a Força Expedicionária Brasileira (FEB). Dessa forma, o governo Vargas apresentou-se de maneira peculiar: um ditador combatendo ditaduras. Esse fato fortaleceu a oposição democrática ao seu governo, que recebeu, inclusive, a adesão dos militares. Entretanto, com o fim da guerra e a vitória dos Aliados, os partidos comunistas foram

orientados pelo PCUS (Partido Comunista da União Soviética) a apoiar os governos que lutaram ao lado dos países democráticos, armando uma situação constrangedora a Luiz Carlos Prestes e, ao mesmo tempo, levando a oposição a Getúlio à articulação de ações que garantissem as eleições de 1945, o que resultou em sua deposição.

Conteúdos e temas: ditadura, repressão, censura; sindicalismo; Constituição, leis trabalhistas; propaganda oficial, Estado Novo; industrialização; elite e camadas populares. Competências e habilidades: colaboração em equipe; realização de pesquisa, sistematização, análise e esquematização de dados; apresentação de conceitos e informações; e coerência argumentativa. Sugestão de estratégias: aulas expositivas sobre o Período Vargas, trabalho em grupos, realização da pesquisa, a sistematização das informações e o próprio debate. Sugestão de recursos: materiais para pesquisa, tais como livros didáticos e paradidáticos, internet e revistas. Sugestão de avaliação: participação dos alunos, o processo de trabalho e o debate.

Sondagem e sensibilização Para dar início a esta Situação de Aprendizagem, informe a seus alunos que Getúlio Vargas foi o político brasileiro mais conhecido do século XX. Getúlio foi presidente durante 15 anos seguidos, de 1930 a 1945, e, depois, de 1951 a 1954. Era amado por muitos e odiado por tantos outros; dois de seus diversos apelidos eram “Pai dos pobres” e “Mãe dos ricos”. Indague a seus alunos: Qual pode ser o significado desses apelidos?

Em seguida, informe que a Situação de Aprendizagem proposta tem como objetivo a promoção de um debate no qual metade da classe deve se preparar para defender o apelido de “Pai dos pobres” como o mais correto, e a outra metade, o de “Mãe dos ricos”. Explique que a defesa não precisa estar de acordo com as convicções deles, pois se trata de um exercício de argumentação. Divida a classe em dois grandes grupos e estabeleça um tema para cada um; é interessante utilizar o sistema de sorteio, tanto para a montagem dos grupos quanto para a seleção do tema.

Incentive o debate, apoiando-se, sobretudo, na percepção que os alunos têm a respeito dos dois apelidos, no que se refere ao papel socialmente convencionado de “pai” e de “mãe”.

1a e 2a etapas

Permita que expressem hipóteses a respeito desses apelidos e escolham aquele que consideram o mais adequado. Isso propiciará uma discussão interessante entre os alunos de opiniões divergentes.

Após a organização dos grupos, indique a atividade de pesquisa cujo roteiro encontra-se no Caderno do Aluno, na seção Pesquisa em grupo. É necessário pesquisar as características econômicas,

72

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 72

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

sociais e políticas do Período Vargas e verificar quais argumentos podem ser utilizados para sustentar o apelido defendido pelo grupo, mas também é necessário conhecer os argumentos que embasem o outro apelido, de forma que se possa analisar criticamente a apresentação do grupo adversário. Incentive a pesquisa em diferentes fontes de informação; sugira, por exemplo, enciclopédias, almanaques, livros e internet. Alerte-os que uma boa pesquisa pressupõe variadas fontes e que os dados obtidos devem ser conferidos entre si, pois muitas vezes não encontramos todos no mesmo material, sendo necessário reuni-los e organizá-los. Quando a pesquisa ocorrer na internet, sugira aos alunos que procurem sites de instituições como universidades, centros de pesquisa e enciclopédias virtuais, tomando sempre a precaução de confrontar as informações entre si e só utilizar aquelas das quais conseguirem a confirmação em mais de um local. É interessante orientar os alunos para que eles considerem a pesquisa e a organização das informações tarefas comuns a todos, pois estas são habilidades fundamentais para o desenvolvimento das principais competências relativas à História. No Caderno do Aluno, está sugerido o roteiro a seguir, para que os grupos possam atender o objetivo da pesquisa: 1. Características econômicas do período Vargas: Basicamente, a pesquisa deve direcionar-se para as práticas econômicas intervencionistas do Governo Vargas e para a criação das bases do desenvolvimento industrial.

2. Características sociais do período Vargas: Sucintamente, a pesquisa deve desenvolver o tema das leis trabalhistas e do controle repressivo estabelecido sobre os movimentos sociais como, por exemplo, a contribuição

sindical, a criação da justiça do trabalho, o registro da vida profissional através da “carteira de trabalho” e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em 1943.

3. Características políticas do período Vargas: A pesquisa deve destacar as diferenças políticas entre as várias fases da chamada Era Vargas: o Governo Provisório (1930-1934), o Governo Constitucional (1934-1937) e o Estado Novo (1937-1945).

4. Fontes de pesquisa utilizadas: Fale sobre a importância da anotação das fontes de pesquisa e valorize sua diversidade.

A seguir, informe que você será o mediador (responsável por dirigir a discussão, manter a ordem e conceder a palavra) e estabeleça orientações para o debate, anotando-as na lousa: ff prazo de preparação dos grupos para o debate; ff data e local para a realização do debate. Reforce as sugestões de preparação para o debate contidas no Caderno do Aluno. O grupo de trabalho deve organizar-se em subgrupos para dividir as seguintes tarefas: a) elaborar o texto de apresentação; b) criar as perguntas para o debate; c) esboçar as considerações finais, pois elas vão depender, em certa medida, do decorrer do próprio debate. Reforce as regras para a realização do debate: cada subgrupo deve registrar a tarefa que lhe coube. O debate será dividido em: a) apresentação: cada grupo terá 5 minutos para expor o ponto de vista que

73

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 73

08/11/13 16:37


defende; haverá sorteio para definir quem falará primeiro. b) debate: cada grupo contará com 1 minuto para fazer uma pergunta ao outro grupo, que precisará respondê-la em 2 minutos. Cada grupo fará três perguntas para o outro, alternadamente; haverá sorteio para definir quem perguntará primeiro e não serão permitidas réplicas. c) considerações finais: cada grupo vai dispor de 5 minutos para defender seu ponto de vista novamente. d) orientações gerais: caberá ao mediador fazer considerações sobre os argumentos apresentados pelos dois grupos.

3a etapa Preparação dos grupos para o debate: os alunos, munidos de suas pesquisas, devem se reunir e elaborar o texto de apresentação, as perguntas para o adversário e esboçar as considerações finais, pois elas vão depender, em certa medida, do decorrer do próprio debate. É importante sua participação na realização desta etapa do trabalho, para verificar o envolvimento dos alunos, principalmente em se tratando de grupos grandes. Coordene a atividade, faça sugestões sobre a divisão de tarefas e avise-os de que o processo de preparação também está sendo avaliado.

4 etapa a

Realização do debate.

Avaliação da Situação de Aprendizagem

nizar as informações e construir uma argumentação coerente. Assim, o grupo que defende o apelido “Pai dos pobres” deve subsidiar sua posição, sobretudo, na questão das Leis Trabalhistas; já o grupo que defende o apelido “Mãe dos ricos” deve apegar-se às práticas econômicas intervencionistas, no sentido do desenvolvimento industrial e no controle repressivo estabelecido sobre os movimentos sociais. No momento do debate, é muito importante que eles tenham conseguido relacionar e interpretar dados para tomar decisões e enfrentar as situações-problema propostas pelo outro grupo. Caberá ao mediador realizar a síntese do debate, no sentido de caracterizar a Era Vargas como um período de contradições. Sendo assim, o grupo considerado vencedor será definido em vista de sua preparação para o debate e seu desempenho nele, e não em função do ponto de vista que defendeu. Considere como cada aluno: ff participou do trabalho coletivo; ff desempenhou a atividade de pesquisa; ff desenvolveu sua preparação para o debate; ff atuou no debate.

Proposta de questões para avaliação As questões a seguir encontram-se na seção Você aprendeu?, no Caderno do Aluno. 1. Como podemos caracterizar as ações governamentais, durante a Era Vargas, no que se refere à economia? A Era Vargas foi de intervenção do Estado na economia, com

Para a avaliação de conteúdo e da participação dos alunos na pesquisa, o principal é verificar se os alunos conseguiram orga-

o objetivo de estabelecer as bases para a industrialização; daí a atenção dada à siderurgia, com a criação da Companhia Siderúrgica Nacional, e o interesse pela energia e petróleo.

74

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 74

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

Como para isso era necessário um grande volume de investimentos, realizou-se uma união de capitais nacionais públicos e privados e capital estrangeiro.

2. Caracterize a fase do Estado Novo (1937– 1945) em termos políticos. Espera-se que os alunos respondam que, durante o Estado Novo, houve intensa centralização política e muita repressão promovida pelos órgãos oficiais. Portanto, foi uma fase de ditadura, embasada em uma Constituição imposta, outorgada. Para conseguir apoio, principalmente dos grupos populares, o governo lançava mão da propaganda política.

3. Leia os itens a seguir, que contêm informações sobre alguns agrupamentos políticos durante a Era Vargas. I. O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) foi organizado sob a proteção de Getúlio Vargas e tinha como principal base eleitoral as camadas populares urbanas.

4. Em relação ao Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), não podemos afirmar que: a) sua função estava ligada à divulgação dos atos oficiais do governo e à sua exaltação. b) exercia a censura aos órgãos de imprensa e propaganda, como forma de impedir qualquer manifestação de oposição ao governo. c) produzia material de propaganda de caráter ufanista. d) procurava valorizar as ações do Poder Legislativo, como forma de garantir a ordem constitucional democrática. e) o rádio serviu de importante veículo de divulgação da propaganda oficial. O aluno deve conseguir encontrar, entre as proposições, aquela que não contém uma característica referente ao DIP,

II. O Partido Social Democrático (PSD) era composto por políticos vinculados a Getúlio Vargas.

como agente de propaganda e censura. Como o DIP era um

III. A Ação Integralista Brasileira (AIB) era formada por simpatizantes do fascismo europeu.

tuições democráticas.

Quais destas afirmações são verdadeiras? a) Apenas I. b) Apenas I e II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. O aluno deve ser capaz de discernir que todas as proposições estão de acordo com os agrupamentos políticos organizados durante o período Vargas.

órgão subordinado às ordens do Poder Executivo e visava ao controle de informações e produções artísticas, seria incoerente afirmar que este valorizava o Poder Legislativo e insti-

5. Em relação às Leis Trabalhistas, criadas durante a Era Vargas, podemos dizer que: a) estabeleciam a jornada de trabalho de 12 horas diárias. b) estabeleciam o direito a um dia de folga a cada quatro dias de trabalho. c) regulamentavam os direitos do trabalhador, inclusive da mulher e da criança. d) foram imediatamente aplicadas e respeitadas em todo o país, inclusive nas áreas rurais.

75

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 75

08/11/13 16:37


e) proibiam a interferência do poder público nas relações entre patrões e empregados. O aluno deve conseguir encontrar, entre as proposições,

próprio livro didático e também em livros de apoio. Estabeleça a comparação com base na confecção de um quadro comparativo, expondo as diferenças lado a lado.

aquela que identifica uma das características da legislação trabalhista criada durante a Era Vargas, que balizava as relações entre capital e trabalho.

Proposta de Situação de Recuperação A recuperação é o meio de ajudar os alunos que encontram maiores dificuldades no processo de ensino-aprendizagem. Essas dificuldades podem ocorrer na apreensão dos conteúdos, quando o aluno não consegue compreender o texto, não domina o vocabulário ou os conceitos específicos da área ou não é capaz de estabelecer relações de sequência. Você precisa identificar essas dificuldades para conseguir uma intervenção satisfatória. No tema Era Vargas, o aluno deve perceber as principais questões políticas, econômicas e sociais, inclusive suas contradições, no sentido da modernização conservadora empreendida por Getúlio. Isso é muito importante para a continuação dos estudos históricos, pois é fundamental para a compreensão da história brasileira do século XX, sobretudo na apreensão do fenômeno do populismo. Para a retomada dos conteúdos referentes ao tema, proponha, por exemplo, uma atividade na qual o aluno identifique a conquista dos direitos trabalhistas durante a Era Vargas, verificando aqueles que ainda hoje são válidos, proporcionando uma discussão sobre os direitos dos trabalhadores. A elaboração de uma comparação entre a garantia dos direitos individuais na Constituição de 1934 e na Constituição de 1937 é outra possibilidade. Sugira a pesquisa no

Essa atividade pode ser realizada em duplas, e os alunos poderão perceber que há diferenças significativas, inclusive legais, entre as fases da Era Vargas.

Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema Livros D’ARAÚJO, Maria Celina S. A Era Vargas. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004. (Polêmica). Discussão sobre o legado econômico, político e social da chamada Era Vargas. BERCITO, Sonia de Deus R. Nos tempos de Getúlio: da Revolução de 30 ao fim do Estado Novo. 8. ed. São Paulo: Atual, 1990. (História do Brasil em documentos). Estudo sobre a Era Vargas, por meio de documentos de época. DORATIOTO, Francisco F. M.; DANTAS, F. José. De Getúlio a Getúlio: o Brasil de Dutra a Getúlio. São Paulo: Atual, 2003. (História do Brasil em Documentos). Análise da Era Vargas pela reprodução comentada de documentos de época. POMAR, Wladimir. Era Vargas: a modernização conservadora. 4. ed. São Paulo: Ática, 2008. (Retrospectiva do século XX). Estudo sobre a modernização econômica durante a Era Vargas, estabelecida sob um severo autoritarismo político.

Site Cpdoc–FGV. Disponível em: <http://www. cpdoc.fgv.br>. Acesso em: 20 maio 2013.

76

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 76

08/11/13 16:37


História – 8ª série/9º ano – Volume 1

Amplo arquivo sobre a história do Brasil do século XX.

Filmes For All — O trampolim da vitória. Direção: Luiz Carlos Lacerda. Brasil, 1997. 95 min. 14 anos. História da convivência entre famílias brasileiras e soldados estadunidenses em Natal (RN), durante a Segunda Guerra Mundial.

Memórias do Cárcere. Direção: Nelson Pereira dos Santos. Brasil, 1985. 185 min. 14 anos. Baseado no livro de Graciliano Ramos, conta a prisão do escritor durante a repressão na Era Vargas. Senta a Pua! Direção: Christian de Castro/ Erik de Castro. Brasil, 1999. 112 min. Livre. Conta a história dos pilotos brasileiros durante a Segunda Guerra Mundial.

77

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 77

08/11/13 16:37


QUADRO DE CONTEÚDOS DO ENSINO

Volume 2

Volume 1

FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS 5a Série/6o Ano

6a Série/7o Ano

7a Série/8o Ano

8a Série/9o Ano

– Sistemas sociais e culturais de notação de tempo ao longo da história – As linguagens das fontes históricas – A vida na Pré-história e a escrita – Os suportes e os instrumentos da Escrita – Civilizações do Oriente Próximo – África, o berço da humanidade – Heranças culturais da China e trocas culturais em diferentes épocas

– O Feudalismo – As Cruzadas e os contatos entre as sociedades europeias e orientais – Renascimento Comercial e Urbano – Renascimento Cultural e Científico – Formação das Monarquias Nacionais Europeias Modernas (Portugal, Espanha, Inglaterra e França) – Os fundamentos teóricos do Absolutismo e as práticas das Monarquias Absolutistas – Reforma e Contrarreforma – Expansão Marítima nos séculos XV e XVI

– O Iluminismo – A colonização inglesa e a Independência dos Estados Unidos da América (EUA) – A colonização espanhola e a Independência da América espanhola – A Revolução Industrial inglesa – Revolução Francesa e expansão napoleônica – A família real no Brasil – A Independência do Brasil – Primeiro Reinado no Brasil

– Imperialismo e Neocolonialismo no século XIX – Primeira Guerra Mundial (1914-1918) – Revolução Russa e stalinismo – A República no Brasil – Nazifascismo – Crise de 1929 – Segunda Guerra Mundial – O Período Vargas

– A vida na Grécia Antiga – A vida na Roma Antiga – O fim do Império Romano – As civilizações do Islã (sociedade e cultura) – Império Bizantino e o Oriente no imaginário medieval

– As sociedades maia, asteca e inca – Conquista espanhola na América – Sociedades indígenas no território brasileiro – O encontro dos portugueses com os povos indígenas – Tráfico negreiro e escravismo africano no Brasil – Ocupação holandesa no Brasil – Mineração e vida urbana – Crise do Sistema Colonial

– Período Regencial no Brasil – Movimentos sociais e políticos na Europa no século XIX – O liberalismo e o nacionalismo – A expansão territorial dos EUA no século XIX – Segundo Reinado no Brasil – Economia cafeeira – Escravidão e abolicionismo – Industrialização, urbanização e imigração – Proclamação da República

– Os nacionalismos na África e na Ásia e as lutas pela independência – Guerra Fria – Populismo e ditadura militar no Brasil – Redemocratização no Brasil – Os Estados Unidos da América após a Segunda Guerra Mundial – Fim da Guerra Fria e Nova Ordem Mundial

78

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 78

08/11/13 16:37


CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL NOVA EDIÇÃO 2014-2017 COORDENADORIA DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB Coordenadora Maria Elizabete da Costa Diretor do Departamento de Desenvolvimento Curricular de Gestão da Educação Básica João Freitas da Silva Diretora do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação Profissional – CEFAF Valéria Tarantello de Georgel Coordenadora Geral do Programa São Paulo faz escola Valéria Tarantello de Georgel Coordenação Técnica Roberto Canossa Roberto Liberato Suely Cristina de Albuquerque Bomfim EQUIPES CURRICULARES Área de Linguagens Arte: Ana Cristina dos Santos Siqueira, Carlos Eduardo Povinha, Kátia Lucila Bueno e Roseli Ventrela. Educação Física: Marcelo Ortega Amorim, Maria Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt, Rosângela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto Silveira. Língua Estrangeira Moderna (Inglês e Espanhol): Ana Paula de Oliveira Lopes, Jucimeire de Souza Bispo, Marina Tsunokawa Shimabukuro, Neide Ferreira Gaspar e Sílvia Cristina Gomes Nogueira. Língua Portuguesa e Literatura: Angela Maria Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos Santos, João Mário Santana, Kátia Regina Pessoa, Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves. Área de Matemática Matemática: Carlos Tadeu da Graça Barros, Ivan Castilho, João dos Santos, Otavio Yoshio Yamanaka, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro, Sandra Maira Zen Zacarias e Vanderley Aparecido Cornatione. Área de Ciências da Natureza Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e Rodrigo Ponce. Ciências: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli, Gisele Nanini Mathias, Herbert Gomes da Silva e Maria da Graça de Jesus Mendes. Física: Carolina dos Santos Batista, Fábio Bresighello Beig, Renata Cristina de Andrade Oliveira e Tatiana Souza da Luz Stroeymeyte.

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 79

Química: Ana Joaquina Simões S. de Matos Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, João Batista Santos Junior e Natalina de Fátima Mateus.

Rosângela Teodoro Gonçalves, Roseli Soares Jacomini, Silvia Ignês Peruquetti Bortolatto e Zilda Meira de Aguiar Gomes.

Área de Ciências Humanas Filosofia: Emerson Costa, Tânia Gonçalves e Teônia de Abreu Ferreira.

Área de Ciências da Natureza Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Evandro Rodrigues Vargas Silvério, Fernanda Rezende Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli e Rosimara Santana da Silva Alves.

Geografia: Andréia Cristina Barroso Cardoso, Débora Regina Aversan e Sérgio Luiz Damiati. História: Cynthia Moreira Marcucci, Maria Margarete dos Santos e Walter Nicolas Otheguy Fernandez. Sociologia: Alan Vitor Corrêa, Carlos Fernando de Almeida e Tony Shigueki Nakatani. PROFESSORES COORDENADORES DO NÚCLEO PEDAGÓGICO Área de Linguagens Educação Física: Ana Lucia Steidle, Eliana Cristine Budisk de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes e Silva, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali Rodrigues dos Santos, Mônica Antonia Cucatto da Silva, Patrícia Pinto Santiago, Regina Maria Lopes, Sandra Pereira Mendes, Sebastiana Gonçalves Ferreira Viscardi, Silvana Alves Muniz. Língua Estrangeira Moderna (Inglês): Célia Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva, Ednéa Boso, Edney Couto de Souza, Elana Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba Kozokoski, Fabiola Maciel Saldão, Isabel Cristina dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos, Kátia Vitorian Gellers, Lídia Maria Batista Bomfim, Lindomar Alves de Oliveira, Lúcia Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza, Neusa A. Abrunhosa Tápias, Patrícia Helena Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato José de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de Campos e Silmara Santade Masiero. Língua Portuguesa: Andrea Righeto, Edilene Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, Letícia M. de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz, Márcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina Cunha Riondet Costa, Maria José de Miranda Nascimento, Maria Márcia Zamprônio Pedroso, Patrícia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar Alexandre Formici, Selma Rodrigues e Sílvia Regina Peres. Área de Matemática Matemática: Carlos Alexandre Emídio, Clóvis Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi, Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia, Evaristo Glória, Everaldo José Machado de Lima, Fabio Augusto Trevisan, Inês Chiarelli Dias, Ivan Castilho, José Maria Sales Júnior, Luciana Moraes Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello, Mário José Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro,

Ciências: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson Luís Prati. Física: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula Vieira Costa, André Henrique Ghelfi Rufino, Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael Plana Simões e Rui Buosi. Química: Armenak Bolean, Cátia Lunardi, Cirila Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S. Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura C. A. Xavier, Marcos Antônio Gimenes, Massuko S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Sílvia H. M. Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus. Área de Ciências Humanas Filosofia: Álex Roberto Genelhu Soares, Anderson Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Claudio Nitsch Medeiros e José Aparecido Vidal. Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Célio Batista da Silva, Edison Luiz Barbosa de Souza, Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez, Márcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos, Mônica Estevan, Regina Célia Batista, Rita de Cássia Araujo, Rosinei Aparecida Ribeiro Libório, Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato e Sonia Maria M. Romano. História: Aparecida de Fátima dos Santos Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete Silva, Cristiane Gonçalves de Campos, Cristina de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin Sant’Ana Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo, Priscila Lourenço, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas. Sociologia: Anselmo Luis Fernandes Gonçalves, Celso Francisco do Ó, Lucila Conceição Pereira e Tânia Fetchir. Apoio: Fundação para o Desenvolvimento da Educação - FDE CTP, Impressão e acabamento Esdeva Indústria Gráfica Ltda.

08/11/13 16:37


GESTÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO EDITORIAL 2014-2017 FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI Presidente da Diretoria Executiva Antonio Rafael Namur Muscat Vice-presidente da Diretoria Executiva Alberto Wunderler Ramos GESTÃO DE TECNOLOGIAS APLICADAS À EDUCAÇÃO Direção da Área Guilherme Ary Plonski Coordenação Executiva do Projeto Angela Sprenger e Beatriz Scavazza Gestão Editorial Denise Blanes Equipe de Produção Editorial: Amarilis L. Maciel, Angélica dos Santos Angelo, Bóris Fatigati da Silva, Bruno Reis, Carina Carvalho, Carla Fernanda Nascimento, Carolina H. Mestriner, Carolina Pedro Soares, Cíntia Leitão, Eloiza Lopes, Érika Domingues do Nascimento, Flávia Medeiros, Gisele Manoel, Jean Xavier, Karinna Alessandra Carvalho Taddeo, Leandro Calbente Câmara, Leslie Sandes, Mainã Greeb Vicente, Marina Murphy, Michelangelo Russo, Natália S. Moreira, Olivia Frade Zambone, Paula Felix Palma, Priscila Risso, Regiane Monteiro Pimentel Barboza, Rodolfo Marinho, Stella Assumpção Mendes Mesquita, Tatiana F. Souza e Tiago Jonas de Almeida.

CONCEPÇÃO DO PROGRAMA E ELABORAÇÃO DOS CONTEÚDOS ORIGINAIS

Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Luís Martins e Renê José Trentin Silveira.

COORDENAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DOS CADERNOS DOS PROFESSORES E DOS CADERNOS DOS ALUNOS Ghisleine Trigo Silveira

Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araujo e Sérgio Adas.

CONCEPÇÃO Guiomar Namo de Mello, Lino de Macedo, Luis Carlos de Menezes, Maria Inês Fini (coordenadora) e Ruy Berger (em memória). AUTORES Linguagens Coordenador de área: Alice Vieira. Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins, Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami Makino e Sayonara Pereira. Educação Física: Adalberto dos Santos Souza, Carla de Meira Leite, Jocimar Daolio, Luciana Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti, Renata Elsa Stark e Sérgio Roberto Silveira. LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges, Alzira da Silva Shimoura, Lívia de Araújo Donnini Rodrigues, Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles Fidalgo. LEM – Espanhol: Ana Maria López Ramírez, Isabel Gretel María Eres Fernández, Ivan Rodrigues Martin, Margareth dos Santos e Neide T. Maia González.

História: Paulo Miceli, Diego López Silva, Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli e Raquel dos Santos Funari. Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de Souza Martins, Marcelo Santos Masset Lacombe, Melissa de Mattos Pimenta e Stella Christina Schrijnemaekers. Ciências da Natureza Coordenador de área: Luis Carlos de Menezes. Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabíola Bovo Mendonça, Felipe Bandoni de Oliveira, Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Olga Aguilar Santana, Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo Venturoso Mendes da Silveira e Solange Soares de Camargo. Ciências: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina Leite, João Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto, Julio Cézar Foschini Lisbôa, Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maíra Batistoni e Silva, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Paulo Rogério Miranda Correia, Renata Alves Ribeiro, Ricardo Rechi Aguiar, Rosana dos Santos Jordão, Simone Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume.

Língua Portuguesa: Alice Vieira, Débora Mallet Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar, José Luís Marques López Landeira e João Henrique Nogueira Mateos.

Física: Luis Carlos de Menezes, Estevam Rouxinol, Guilherme Brockington, Ivã Gurgel, Luís Paulo de Carvalho Piassi, Marcelo de Carvalho Bonetti, Maurício Pietrocola Pinto de Oliveira, Maxwell Roger da Purificação Siqueira, Sonia Salem e Yassuko Hosoume.

Direitos autorais e iconografia: Beatriz Fonseca Micsik, Érica Marques, José Carlos Augusto, Juliana Prado da Silva, Marcus Ecclissi, Maria Aparecida Acunzo Forli, Maria Magalhães de Alencastro e Vanessa Leite Rios.

Matemática Coordenador de área: Nílson José Machado. Matemática: Nílson José Machado, Carlos Eduardo de Souza Campos Granja, José Luiz Pastore Mello, Roberto Perides Moisés, Rogério Ferreira da Fonseca, Ruy César Pietropaolo e Walter Spinelli.

Química: Maria Eunice Ribeiro Marcondes, Denilse Morais Zambom, Fabio Luiz de Souza, Hebe Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valença de Sousa Santos, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Fernanda Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião.

Edição e Produção editorial: Jairo Souza Design Gráfico e Occy Design (projeto gráfico).

Ciências Humanas Coordenador de área: Paulo Miceli.

Caderno do Gestor Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e Zuleika de Felice Murrie.

Catalogação na Fonte: Centro de Referência em Educação Mario Covas * Nos Cadernos do Programa São Paulo faz escola são indicados sites para o aprofundamento de conhecimentos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados e como referências bibliográficas. Todos esses endereços eletrônicos foram checados. No entanto, como a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo não garante que os sites indicados permaneçam acessíveis ou inalterados. * Os mapas reproduzidos no material são de autoria de terceiros e mantêm as características dos originais, no que diz respeito à grafia adotada e à inclusão e composição dos elementos cartográficos (escala, legenda e rosa dos ventos). * Os ícones do Caderno do Aluno são reproduzidos no Caderno do Professor para apoiar na identificação das atividades.

HISTORIA_CP_8S_VOL1_2014.indd 80

S239m

São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Material de apoio ao currículo do Estado de São Paulo: caderno do professor; história, ensino fundamental – anos finais, 8ª série/9º ano / Secretaria da Educação; coordenação geral, Maria Inês Fini; equipe, Diego López Silva, Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli, Paulo Miceli, Raquel dos Santos Funari. - São Paulo : SE, 2014. v. 1, 80 p. Edição atualizada pela equipe curricular do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação Profissional – CEFAF, da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica - CGEB. ISBN 978-85-7849-540-4 1. Ensino fundamental anos finais 2. História 3. Atividade pedagógica I. Fini, Maria Inês. II. Silva, Diego López. III. Silva, Glaydson José da. IV. Bugelli, Mônica Lungov. V. Miceli, Paulo. VI. Funari, Raquel dos Santos. VII. Título. CDU: 371.3:806.90

08/11/13 16:37


Validade: 2014 – 2017

a

o

5 SÉRIE 6 ANO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS Caderno do Professor Volume 1

ARTE Linguagens


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.