Tricustic Project - Acoustic Solutions

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MESTRADO EM DESIGN INDUSTRIAL E DE PRODUTO FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO Rua Dr. Roberto Frias 4200-465 PORTO Portugal Tel. +351-22-508 1400 Fax +351-22-508 1440 feup@fe.up.pt http://www.fe.up.pt © 2016 Por Ana Rita Arouca, Cláudia de Lima e Rita Santos


Mestrado em Design Industrial e de Produto U.C. Projeto Design Industrial Tricustic - Acoustic Solution: Área modular para proteção acústica de espaços de refeições de grandes dimensões

Ana Rita Arouca Cláudia Lima Rita Santos

Docente: Bárbara Rangel


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Conteúdo 1. Introdução: Briefing 2. Revisão de literatura 3. Pesquisa e diagnóstico 3.1. Normas aplicáveis: legislação e ISO 3.2. Dimensionamento 3.3. Sistemas semelhantes 3.4. Exemplificação 3.5. Moodboard 3.6. Análise global da situação do mercado: carências e necessidades 3.7. Caso prático: Cantina modelo - àrea de intervenção e características. 4. Conceito 5. Tricustic - Solução Acústica 5.1. Modo de funcionamento 5.2. Características técnicas – Materiais, Processos de fabrico e Sistema construtivo 5.3. Simulação e modelação 3D 5.4. Maquetização 6. Conclusões e Direções futuras 7. Referências 7.1. Bibliográficas 7.2. Webgráficas 7.3. Imagens

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1. Introdução: Briefing No âmbito na unidade curricular Projeto Design na vertente Industrial, pretende-se desenvolver um equipamento modular com o intuito de promover o conforto acústico de um espaço de refeições de grandes dimensões servidas pela empresa Trivalor. Este equipamento deverá responder a diversos objetivos como a criação de uma identidade para a empresa em questão, bem como à adaptabilidade aos vários espaços em que a empresa intervém. A sua montagem deverá ser de fácil execução, não modificando o espaço de forma permanente, atendendo ainda ao aspeto económico. Antes de começar qualquer pesquisa/pensamento ou qualquer outro passo do processo criativo e para além de recorrer apenas ao briefing, interessa conhecer a empresa para a qual o projeto está destinado: qual a sua história e o seu enquadramento, que valores defende e qual a sua missão, quais as áreas de atuação no mercado e a que estratégias recorrem, entre outros aspetos que ajudem a conhecer a mesma. O grupo Trivalor está ativo há 50 anos e atua no seguimento de business facilities services. A empresa está envolvida em oito grandes áreas: 1. restauração social e pública, 2. catering, 3. eventos, 4. comercialização e logística de produtos alimentares, 5. exploração de máquinas de venda automática de produtos alimentares, 6. emissão e gestão de tickets de serviço, limpeza e desinfestação, 7. segurança humana e eletrónica e 8. serviços partilhados e gestão documental. O grupo é considerado líder no mercado português no que toca a prestação de serviços outsourcing*. A Trivalor guia-se por uma série de valores - solidez, confiança, credibilidade, profissionalismo, experiência e segurança -, mantêm elevados padrões de segurança, sustenta a máxima satisfação dos clientes e é um grupo que recorre a processos e técnicas modernas. Como estratégias de mercado oferecem serviços de forma individualizada ou integrada com excelência como eixo central da atuação, rapidez e eficácia nas respostas às solicitações dos clientes. O seguinte dossier, dividido em 7 capítulos, pretende clarificar o processo criativo desde o lançamento do briefing, passando pelo desenvolvimento do conceito e da solução, até às conclusões e direções futuras. Em anexo ao relatório encontram-se, referenciadas no capítulo 7, fichas técnicas de materiais e outros documentos anexos relativos ao desenvolvimento do projeto.

Palavras-chave: acústica, cantinas, espaços de refeição, tempo de reverberação, absorção sonora, equipamento acústico

*outsourcing - processo usado por uma empresa no qual outra organização é contratada para desenvolver uma certa área da empresa.

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2. Revisão de Literatura Como parte vital do processo de investigação envolvemos localizar, analisar, sintetizar e entender artigos, trabalhos e projetos relacionados com o conforto acústico, ou seja, fez-se uma investigação e análise bibliográfica geral prévia, referente à acústica aplicada em espaços de refeição de grandes dimensões. Primeiramente, sustenta-se a ideia que o conforto acústico é uma característica importante, que influencia o bem-estar e o ambiente num espaço de refeição. O conforto acústico de um espaço de refeição tem influência na avaliação do conforto geral do ambiente de um almoço ou jantar, e o ruído é um fator importante (Chen, X., & Kang, J., 2017) [a]. A causa deste desconforto é a existência de valores de tempos de reverberação inadequados, prejudicando a inteligibilidade da palavra.[e] Para além disto de fatores relativos ao conforto, comprova-se que o conforto acústico numa cantina influência a satisfação dos clientes relativamente ao restaurante/espaço de refeição e que influência na decisão de voltar ou não a frequentar este espaço. [b] Em investigação desenvolvida por Zheng & Zhang [c] encontra-se que em cantinas escolares o ambiente sonoro é muito pobre relativamente ao tempo de reverberação por este ser longo e à baixa inlitegibilidade da palavra. Mais concretamente, Kang & Lok encontram que o nível de pressão sonora do ruído de fundo num espaço de refeição ronda entre os 80 a 90 dBA [d]. Os estudos existentes sobre o ambiente em espaços para refeições foram, na sua maioria direcionados para a problemática do ruído gerado pelas conversas entre os utilizadores destes espaços. Investigação e trabalho de campo desenvolvido por Zheng & Zhang comprovou que o som ambiente desconfortável, como o da conversa traduz-se numa reverberação relativamente longa em cantinas universitárias e apresenta estratégias de melhoria. (Zheng & Zhang, 2013) [c]. A revisão de literatura foi indispensável não somente para auxiliar na definição clara do problema em questão, mas também para obter uma ideia mais precisa sobre o estado atual dos conhecimentos sobre o tema da acústica em espaços de refeição, as lacunas e tendências que existem e a possível contribuição que o projeto pode ter para esta área de conhecimento.

[a] Kang J, Dai GH. Urban sound environment. Beijing: The Science Publishing Company; 2001 [b] Ariffin HF, Bibon MF, Abdullah RPSR. Restaurant’s atmospheric elements: what the customer wants. Proc – Soc Behav Sci 2012;38:380–7. [c] Zheng XL, Zhang SY. Survey of acoustic environment of public canteens of universities. Audio Eng 2013;37(2):11–6 [d] Kang J, Lok W. Architectural acoustic environment, music and dining experience. In: INTER-NOISE and NOISE-CON congress and conference proceedings, vol. 5; 2006. p. 3132–41. [e] Silva, C. M. (julho de 2013). O tempo de reverberação e a inteligibilidade da palavra (Dissertação de mestrado, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto).

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3. Pesquisa e diagnóstico Numa primeira fase, começou-se por decifrar o briefing através da elaboração de use case model [I] de modo a compreender todos os intervenientes, ações, entre outros aspetos. Nesta fase prematura de projeto seria também importante desmistificar todos os conceitos, como por exemplo cantina, marca, acústica, espaço, refeição, conforto, som, reflexão, e outros se necessário [II].

[I] Imagem 1 - Use case model

[II] Imagem 2 - Definição de conceitos

3.1. Normas aplicáveis: legislação e ISO O Regulamento Geral do Ruído (RGR), aprovado pelo Decreto de Lei n.º 9/2007 de 17 de janeiro, em vigor a partir do dia 1 de fevereiro de 2007, define a prevenção e controlo da poluição sonora. Dentro dos inúmeros artigos inerentes a este regulamento destacam-se sete documentos legais específicos, atualmente em vigor, sendo que o mais relevante para

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o projeto em questão será o Regulamento de Requisitos Acústicos dos Edifícios (RRAE), aprovado inicialmente pelo Decreto de Lei n.º 129/2002 de 11 de maio e alterado pelo Decreto de Lei n.º 96/2008 de 9 de junho. Dito isto, o RRAE aplica-se aos seguintes tipos de edifícios, atendendo à usabilidade dos mesmos: a) Edifícios habitacionais, mistos e unidades hoteleiras b) Edifícios comerciais e de serviços e partes similares em edifícios industriais c) Edifícios escolares e similares e de investigação d) Edifícios hospitalares e similares e) Recintos desportivos f ) Estações de transporte de passageiros g) Auditórios e salas No caso particular de espaços de refeição apresentam-se as seguintes regras para diferentes tipos de situações. Ao intervir em espaços de refeição, é necessário atender a alguns aspetos como materiais, equipamentos selecionados e ainda normas estabelecidas no ramo de alimentação. Entre vários capítulos presentes nos diversos Decretos de Lei, serão de salientar os seguintes tópicos do Regulamento (CE) n.º 852/2004: Capítulo I: Requisitos gerais aplicáveis às instalações do setor alimentar (com exeção das especificadas no capítulo III) 1. As instalações do setor alimentar devem ser mantidas limpas e em boas condições 2. Pela sua disposição relativa, conceção, localização e dimensões, as instalações do setor alimentar devem: a) Permitir a manutenção e a limpeza e/ou desinfeção adequadas, evitar ou minimizar a contaminação por via atmosférica e facultar um espaço de trabalho adequado para permitir a execução higiénica de todas as operações; b) Permitir evitar a acumulação de sujidade, o contacto com materiais tóxicos, a queda de partículas nos géneros alimentícios e a formação de condensação e de bolores indesejáveis nas superfícies; c) Possibilitar a aplicação de boas práticas de higiene e evitar nomeadamente a contaminação e, em especial, o controlo dos parasitas. 5. Deve ser prevista uma ventilação natural ou mecânica adequada e suficiente. Deve ser evitado o fluxo mecânico de ar de zonas contaminadas para zonas limpas. Os sistemas de ventilação devem ser construídos de forma a proporcionar um acesso fácil aos filtros e a outras partes que necessitem de limpeza ou de substituição. (...) 7. As instalações do setor alimentar devem dispor de luz natural e/ou artificial adequada. No Decreto de Lei n.º 243/86 de 20 de agosto existem ainda outras informações relevantes atendendo às instalações gerais e práticas do ramo da alimentação, especificadas no Regulamento Geral de Higiene e Segurança do Trabalho nos Estabelecidos Comerciais,

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de Escritórios e Serviços: Artigo 7º 2 - Devem ser limpos periodicamente: a) Paredes e tetos; b) Fontes de luz natural e artificial; c) Os utensílios ou equipamentos de uso não diário (...) Artigo 16.º A tonalidade das paredes e tetos deve ser de modo a não absorver demasiada luz.

3.2 Dimensionamento Os espaços de refeições – cantina, bar, área de restauração - planeados segundo a lotação máxima de utilizadores, consideram um grupo entre 75 a 300 pessoas, atendendo ao espaço que cada utilizador necessita para o ato de refeição e para se movimentar confortavelmente. Tendo em conta a lotação máxima de utilizadores que possam frequentar em simultâneo o espaço, sabe-se que um grupo de 75 a 149 pessoas necessitam de uma área de 50 m2 e um grupo de 300 pessoas ou mais, precisam de 255 m2, sendo que o espaço pessoal de um indivíduo, ronda os 0,60 m2.

[III] Imagem 3 – Dimensionamento

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O número máximo de lugares dos estabelecimentos de restauração está dependente da área designada ao serviço dos usuários. Os espaços de restauração com lugares sentados requerem uma área de 0,75m2 por lugar, no entanto os espaços de restauração com lugares em pé, apenas requerem uma área de 0,50 m2 por lugar.

[IV] Imagem 4 – Dimensionamento

[V] Imagem 5 - Proporção usuário/pé direito. O pé direito destes locais deve requerer uma medida mínima de 3m, admitindose, em edifícios adaptados, uma tolerância até 2,70m.

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[VI] Imagem 6 – Cantina empresa Trivalor

[VII] Imagem 7 - Cantina Salvador Caetano

3.3. Sistemas semelhantes Relativamente aos sistemas semelhantes, definiu-se uma pesquisa referente a sistemas de otimização e absorção sonora, passando por exemplos de salas de espetáculos, estúdios de gravação, escritórios e ainda restauração. Quanto às salas de espetáculos temos a Sala Suggia da Casa da Música no Porto ([VIII] Imagem 8) onde os materiais de revestimento (contraplacado de pinho para paredes e teto, vidro curvo para compensação e divergência de ondas sonoras, tecido para as cadeiras que replica a presença humana até 70% de ocupação da sala) foram selecionados com preocupações acústicas particulares. No Grande Auditório do Conservatório de Música do Porto ([IX] Imagem 9) o palco delimitado por painéis permite “uma distribuição uniforme das ondas sonoras pelos diferentes naipes da orquestra evitando simultaneamente um excesso de absorção”. Quanto aos estúdios de gravação observamos a preferência pela espuma acústica ([X] Imagem 10) ou até outros materiais pouco convencionais como madeira ([XI] Imagem

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11), enquanto que as soluções para escritório se definem principalmente como divisórias do espaço de trabalho ([XII] Imagem 12). Na parte da restauração existem inúmeras soluções para teto ([XIII] Imagem 13), parede ([XIV] Imagem 14) entre outras. v

[VIII] Imagem 8 – Sala Suggia Casa da Música

[IX] Imagem 9 – Grande Auditório do Conservatório de Música do Porto

[X] e [XI] Imagem 10 e 11 – Estúdio de gravação

[XII] Imagem 12 – Divisória de escritório [XIII] Imagem 13 – Aplicação no teto

[XIV] Imagem 14 – Aplicação na parede

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3.4. Exemplificação Nesta fase da pesquisa, teve-se como intuito, identificar as soluções existentes, percebendo as diversas formas de absorção do som e como podem ser aplicadas. A maioria destas soluções consistem em painéis, revestidos por um material de boa absorção acústica e estes são fixados numa determinada área do espaço. Estes podem ter, ou não, uma função decorativa. A utilização mais frequente destes painéis é a aplicação no teto, por ser a maior área de intervenção disponível, mas poderiam ser igualmente colocados em paredes e até mesmo em peças de mobiliário. Outras soluções existentes são dispositivos eletrónicos, que produzem um som branco capaz de reduzir o ruído emitido numa sala.

[XV] Imagem 15

[XVI] Imagem 16

[XVII] Imagem 17

[XVIII] Imagem 18

[XIX] Imagem 19

[XX] Imagem 20

[XXI] Imagem 21

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[XXII] Imagem 22

[XXIII] Imagem 23

3.5. Moodboard O projeto inicialmente foi pensado como uma divisória do espaço de refeições, sendo esta destinada a dividir a zona de refeições e a zona de café. Primeiramente pensou-se fazer algo semelhante a um balcão, que no seu interior teria a máquina de café. A estrutura exterior seria revestida por um material com boas características acústicas. Esse conceito tinha como intuito criar uma divisória que conseguisse reter o ruído das diferentes zonas nas mesmas. Depois de uma visita a uma área de refeição, a falta de espaço entre mesas foi notória e assim a ideia de dividir espaços perdeu a sua adaptabilidade, podendo perturbar a utilização do espaço ao usuário. Adaptou-se então este conceito para a sua fixação na parede, sendo esta uma área menos problemática uma vez que o utilizador não teria tanto contacto com a mesma. Inicialmente o painel seria fixado na parede e a sua estrutura seria composta por um padrão, que facilitasse a produção e a montagem do produto. Uma vez que a empresa apresenta um logótipo com a forma triangular, decidiu-se adotar essa forma e assim criar um padrão com a mesma. O painel consiste então num módulo padrão triangular e teria um sistema mecânico que faria desnivelar estas peças triangulares, criando diferentes formas o que permitiria aumentar a área de absorção do ruído. O mecanismo funcionaria através da intervenção do utilizador, podendo este regular o painel. Após uma segunda ida a um espaço de refeições apercebemo-nos que a grande maioria das paredes são utilizadas como sistema de iluminação natural - sendo

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estas compostas por janelas - perdendo-se a maioria da área de intervenção do espaço. Avaliaram-se as maiores áreas disponíveis nestes espaços e chegou-se à conclusão que a área mais adequada seria o teto, visto que não teria contacto direto com o utilizador e muitos dos ruídos produzidos nos estabelecimentos são refletidos pelo teto. O painel manteria a mesma finalidade, no entanto o sistema mecânico passaria a ser um sistema articulado por cabos e rolamentos, diminuindo o custo de produção.

[XXIV] Imagem 24 - Esboços e estudos

[XXV] Imagem 25 - Esboços e estudos

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3.6. Análise global da situação do mercado: carências e necessidades Atendendo à situação do mercado nacional, existem uma série de empresas especializadas na área da otimização e absorção sonora com uma variedade de ofertas - materiais ou painéis pré fabricados. Estas mesmas empresas têm a capacidade de responder ao problema em questão em termos práticos no entanto o projeto requer ainda a criação da identidade da Trivalor pelo que outros aspetos deverão ser tidos em conta. Algumas destas empresas apresentam-se como Log Acústica [3],Som e Acústica [4], Audio Designer [5], Vicoustic [6]. Uma das empresas,LogAcústica Lda, é uma empresa especialista em acústica, ruído e vibrações. Elaboram estudos e projetos de todos os tipos de edifícios e indústria, comercializam produtos e soluções para problemas de acústica, ruído e vibrações. Para o tipo de problema existente nas cantinas de Trivalor têm como soluções : Painéis Absorventes, Painéis Difusores, Cortinas Acústicas, Portas Acústicas, Painéis Resilientes, Apoios Antivibráteis, Cabines Audiométricas, Atenuadores Acústicos.

[XXVI] Imagem 26 - Painéis de espuma - revestimentos

Existem disponíveis uma vasta gama de painéis acústicos em espuma, planos e perfilados, de diferentes dimensões e espessuras, que garantem todas as características estéticas e de absorção sonora pretendidas

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[XXVII] Imagem 27 - The natura Panel - Painéis de fibra de côcô

[XXVIII] Imagem 28, 29, 30, 31 - Painéis em tecido

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[XXIX] Imagem 29 - Painéis em cortiça

[XXX] Imagem 30 - Painéis de plástico e espuma

A Audio Designer, com experiência na área de som e acústica, responde também a este problemas através do isolamento e do tratamento acústico. Esta empresa actua , não só em áreas como estúdios de gravação de música, televisão, rádio e cinema, mas também em espaços como indústrias, restaurantes, discotecas, etc.

[XXXI] Imagem 31 - Biombos acústicos

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[XXXII] Imagem 32 - Painéis acústicos de parede

A empresa Vicoustic, oferece soluções para diversas situações e espaços, desde estúdios de gravação, escritórios, restaurantes e escolas. Têm produtos como painéis absorventes, difusores e ‘’bass traps’’, que respondem de forma eficiente ao problema, adicionando valor estético a qualquer ambiente. As suas soluções variam em todas as gamas e preços. É também uma empresa com avançadas ferramentas de hardware e software que disponibilizam simulações com precisão do resultado acústico final.

[XXXIII] Imagem 33 - Painéis absorventes acústicos

[XXXIV] Imagem 34 - Painéis difusores acústicos

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[XXXV] Imagem 35 - “Bass traps’”

3.7. Caso prático: Cantina modelo - área de intervenção e características Com o intuito de termos uma cantina modelo para poder estudar melhor alguns aspetos comuns a todos os espaços de refeição de grandes dimensões selecionámos a cantina da FEUP [XXXVI e XXXVII] para servir de modelo para o estudo das mesmas. Foi feito um trabalho de campo no qual se fez um levantamento de características dos espaços, fluxos de movimento, manchas de ruído e constrangimentos espaciais. A cantina modelo tem um pé direito de 3,5 a 4m, uma lotação de 324 lugares sentados e uma organização de mesas muito homogênea e simétrica. Este espaço é iluminado com luz natural e está envolvido por vidro laminado e uma varanda metálica. Entre outros aspetos, este espaço está aberto para almoço entre as 11h30 e às 14h00, sendo que a hora de afluência se detém entre as 12h30 e a 13h30, funcionando apenas em dias úteis. Podemos dividir este espaço em seis zonas: 1. Zona de refeição, 2. Zona de comida, 3. Cozinha, 4. Área de pagamento, 5. Zona de triagem e 6. Estação de tabuleiros. Os utilizadores do espaço têm acesso apenas às áreas 1,2,4 e 5. Ao observar os fluxos de movimento das entradas e saídas dos utilizadores deste espaço concluímos que o fluxo de entrada (representada por um traço interrompido a vermelho) é maior no que toca a quantidade de pessoas e ruído do que no fluxo de saída (representada por um traço interrompido a azul claro) [XXXVIII]. Para além dos fluxos de

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movimento fez-se o levantamento de zonas críticas de ruído, traduzidas em manchas de ruído [XXIX]. Conclui-se que existem três zonas cruciais: zona 1, que corresponde à zona de refeição, zona 2, que corresponde à zona de triagem e zona 3, que corresponde à zona na qual se cruzam os fluxos de momento de entrada e saída do exterior para o espaço de refeição.

[XXXVI e XXXVII] Imagem 36 e 37 - Cantina da FEUP

[XXXVIII] Imagem 38 - Fluxos de movimento e características

[XXXIX] Imagem 39 - Manchas de ruído

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4. Conceito Projetar esta solução - Tricustic - significou coordenar, integrar e articular todos os fatores que, de uma maneira ou de outra, participaram no processo constitutivo da sua forma. Isto refere-se a fatores relativos ao uso, fruição e consumo social desta solução - fatores funcionais, simbólicos e culturais - e refere-se também a fatores técnico-construtivos, técnico-sistemáticos, técnico-produtivos e técnico-distributivos referentes à sua produção [ICSID, 1958]. O conceito do projeto para espaços de refeições de grandes dimensões - cantinas que procura responder não só à questão do conforto acústico, mas também à criação de uma identidade para o grupo Trivalor, assenta numa intervenção no teto dos espaços destinados ao mesmo. A área de intervenção escolhida define-se pelo facto de, pela pesquisa elaborada, constatarmos que em algumas cantinas não seria possível a intervenção nas paredes uma vez que uma maioria significativa destas áreas são em vidro. Outra razão pela qual se optou pelo teto será a otimização dos níveis de absorção de som na medida em que não só é possível ter o elemento de absorção de som numa maior área como é ainda possível localizar a estrutura mesmo no foco de ruído, neste caso nas mesas onde se faz a refeição. Desta forma, foi desenvolvida uma estrutura modular partindo da forma base de um triângulo equilátero que, através de um sistema de roldanas ou de um sistema elétrico com motores, será possível movimentar esta mesma estrutura permitindo assim aumentar a área de absorção de ruído. Sendo esta uma estrutura modular, será possível contornar obstáculos como iluminação ou ventilação que estejam previamente aplicados no espaço a inserir no painel. A escolha da forma triangular equilátera deve-se ao facto de esta ser já a imagem da marca da empresa em questão, mas também por apresentar um desenho de fácil adaptação a um sistema modular e ajuste ao espaço a ser implementado. O nome Tricustic vai ao encontro do módulo que se define como o triângulo e da função acústica do produto pelo que articula estas duas palavras (triângulo + acustic[a]).

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5. Tricustic - Solução Acústica

[XL] Imagem 40 - Desenvolvimento de identidade visual Tricustic

5.1. Modo de funcionamento Tricustic apresenta-se então como um painel acústico aplicado numa determinada zona do teto, uma vez focalizada a fonte de ruído, ou de total revestimento do mesmo, sendo que nas áreas com maior abundância de pessoas, será rebaixado, criando uma caixa de absorção acústica, que retém o som produzido pela conversação de quem frequenta as cantinas, impedindo a entrada de ruído exterior. Esta caixa acústica tem ainda a capacidade de reduzir a reverberação do som, aumentando a inteligibilidade da palavra, criando assim um ambiente mais agradável para a refeição. Tricustic tem um design móvel linear, sendo que os pontos móveis são conseguidos através de rolamentos e estarão alinhados paralelamente entre si. O sistema de manipulação do painel pode ser conseguido por meio mecânico-manual ou por meio elétrico dependendo da sua aplicação. O movimento do painel é conseguido através de cabos discretos de aço que fazem a ligação entre o painel e o sistema. A caixa acústica criada pela forma tridimensional do painel reduz o efeito do eco, aumento o conforto acústico e tornando o ambiente mais agradável. O som é impedido de entrar na área da caixa e aumenta a integibilidade da palavra em baixo da zona da caixa.

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[XLI] Imagem 41 - Funcionamento do painel

Vantagens: Comunicação A forma deste painel enquadra-se com a identidade visual da empresa, sendo que através desta solução seja possível marcar a presença da mesma nos espaços de intervenção. Área de absorção Para além do painel estar colocado na que se considera ser a maior zona de absorção acústica disponível num espaço de refeição, a sua tridimensionalidade e a possibilidade de movimentá-lo faz com que a área de absorção seja muito maior, obtendo melhores resultados. Neutralidade O design não interfere esteticamente com o espaço pois segue uma linha muito clean e minimalista. Ajustabilidade O módulo foi desenhado para ser o mais ajustável possível, assim o seu tamanho e a sua forma permitem a este painel ser extremamente ajustável. Para além disto possui a característica de poder ter um formato variado. Inovação Esta solução é, pela sua forma, materiais e características técnico-estéticas, inovadora e não existe nenhuma solução igual ou semelhante no mercado.

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[XLI] Imagem 41 - Funcionamento do painel

5.2. Características técnicas: Materiais, Processos de fabrico e Sistema construtivo Tricustic é constituído por três elementos: o painel acústico, a estrutura de fixação ao teto e o sistema de movimento. Para a estrutura são utilizados dois sistemas, um de fixação estática da estrutura ao teto e outro de fixação articulada. Os dois elementos de fixação de são de aço, tendo como vantagem a relação custo - resistência. A estrutura estática será produzida em tubos de aço, com cerca de 1,2 cm de diâmetro e posicionada a cerca de 20 cm do teto, enquanto a estrutura articulada será feita por cabos de aço com 0,8 cm de diâmetro. (ficha técnica 1). O painel acústico será composto por duas peças, peças interiores e respetivo revestimento. A estrutura interna - de forma triangular - é fabricada em roofmate (ficha técnica 2). A estrutura será revestida com tecido técnico acústico leve e poroso com o propósito de melhorar a situação acústica de um espaço. O coeficiente de absorção deste revestimento tem uma grande performance no que toca ao aumento de conforto acústico. Todas as peças que constituem este painel dispensam da necessidade de moldes ou métodos de maquinagem dispendiosos. As peças em roofmate poderão ser fabricadas a partir da técnica de injeção (produzir um molde com as dimensões exatas da estrutura - ou de corte, podendo-se escolher entre diversos métodos - laser, cnt ou serra de corte), sendo que nenhuma destas opções é de grande investimento e dependem da maquinaria disponível. As peças de roofmate do painel são revestidas em tecido acústico e unidas através de uma costura nas suas arestas. Este painel, ligado ao teto através de cabos de aço, faz ligação com o tecido através de ilhós que estarão colocados nos vértices dos triângulos/centro da forma hexagonal criada pelo módulo. Os cabos de aço são suportados pelo teto através de um sistema de anilhas fixas ao mesmo e que passam por um rolamento, que permite a articulação do painel.

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Densidade: 1,52e3 kg/m 3 Preço: 2,50 €/m2 Módulo de young: 2,9- 8,5 GPa Resistência à tracção: 100 - 350 MP a Limite de cedência: 100 - 350 MPa Característica s (existem muitas espécies). Todos são cerca de 95% de celulose, com um pouco de Propriedades acústicas

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Densidade: 1,2e3 kg/m3 Preço: 1,90 €/m2 Módulo de young: 3,9- 5,2 GPa Resistência à tracção: 40 - 200 MP a Limite de cedência: 40 - 200 MP a Característica s Lã é o cabelo ou velo das ovelhas, alpaca, coelho, camelo, determinadas cabras de escamas serrilhadas que se sobrepõem umas às outras muito parecidas com as feltro. Propriedades acústicas

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Vortex 3944 Platinum 011

Specifications

Miscellaneous

Contents

Every effort has been made to ensure color accuracy of the digital images, however, please order a sample before specification. Application testing of this product is recommended. Colors may vary between dye lots. This is a directional fabric.

100% pre-consumer recycled polyester

Weight

11.2 Âą 1.0 oz./lin. yd.

Proudly woven in the USA supporting our local communities.

Width

66" min. useable

Repeat

.3" vertical, .2" horizontal

Treatment none

Backing none

Cleaning Code Standard Care Label W-S. Clean with water based cleaning agents, foam or pure, water free solvents. Vacuuming or light brushing is recommended to prevent dust and soil buildup.

Performance

Breaking Strength (ASTM D5034) 150 lbf min. warp and 200 lbf min fill

Tear (ASTM D2261)

20 lbf min. warp and fill

Colorfastness to light (AATCC 16 Option 3) Grade 4 min. at 40 hours

Colorfastness to crocking (AATCC 8) Grade 4 min. dry & Grade 3 min. wet

Flammability

ASTM E84 Class I or A

NRC of anechoic termination 1.00

NRC of fabric in front of anechoic termination .90

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Terratex is a registered trademark of True Textiles, Inc. and designates fabrics that are made from 100% recycled or compostable material using increasingly sustainable manufacturing practices to produce a high quality product that is recyclable at the end of its useful life. This pattern is included in the underwriters laboratory panel fabric recognition program. Additional testing of this U.L. recognized fabric is not required on approved panels from participating manufacturers.


Framework 2762 Gray Blue 2553

Specifications

Miscellaneous

Contents

Every effort has been made to ensure color accuracy of the digital images, however, please order a sample before specification. Application testing of this product is recommended. Colors may vary between dye lots. This is a directional fabric.

100% polyester

Weight

9.5 Âą 0.5 oz/lin. yd.

Proudly woven in the USA supporting our local communities.

Width

66" min. useable

Repeat none

Treatment none

Backing none

Cleaning Code Standard Care Label W-S. Clean with water based cleaning agents, foam or pure, water free solvents. Vacuuming or light brushing is recommended to prevent dust and soil buildup.

Performance

Breaking Strength (ASTM D5034) 150 lbf min. warp and 125 lbf min fill

Tear (ASTM D2261)

This pattern is included in the underwriters laboratory panel fabric recognition program. Additional testing of this U.L. recognized fabric is not required on approved panels from participating manufacturers.

15 lbf min. warp and 10 lbf min fill

Colorfastness to light (AATCC 16 Option 3) Grade 4 min. at 40 hours

Colorfastness to crocking (AATCC 8) Grade 4 min. dry & Grade 3 min. wet

Flammability

ASTM E84 Class I or A

NRC of anechoic termination 1.00

NRC of fabric in front of anechoic termination .90

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[XLII] Imagem 42 – Módulo triangular

[XXXIII] Imagem 33- Corte por cnc

[XXXIV] Imagem 34 - Corte a laser

[XXXV] Imagem 35 - Processo de injeção

[XXXVI] Imagem 36 - Posicionamento dos módulos no painel

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[XXXVI] Imagem 37 - Painel costurado

[XXXVIII] Imagem 38 - Ilhรณ

[XXXIX] Imagem 39 - Ilhรณs fixos no painel

Mecanismo para movimento

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[XL] Imagem 40 - Sistema mecânico

[XLI] Imagem 41 – Sistema elétrico

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5.3. Simulação e modelação 3D

[XLII] Imagem 42 - Tricustic

[XLIII] Imagem 43 – Aplicação de Tricustic

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[XLIV - XLVI] Imagem 44, 45, 46 – Aplicação de Tricustic


5.4. Maquetização Na construção da maquete, primeiramente fez-se um painel em papel, por ser um material econômico e de fácil modelação, podendo simular o movimento orgânico pretendido. Numa segunda fase utilizou-se cartão prensado para a estrutura da peça modular que foi fixa a uma folha de espuma eva. Na maquete final utilizou-se K-line na construção da estrutura do espaço de refeição (parede, mesas e cadeira), cordão de algodão, camarões e ainda carrinhos de linha de costura para simular os sistemas de fixação - o estático e o articulado, assim como a manivela/ ponto à volta da qual o fio é enrolado. Para a construção da estrutura do painel, foi usado cartão prensado para os módulos triangulares e tecido de seda para o revestimento. Estes materiais foram escolhidos para a conceção do painel, por serem materiais que, nesta escala, se assemelham aos materiais originais. Para a construção do espaço a implementar o painel foram selecionadas duas placas de melamina com 1.5 cm e 0.8 cm.

[XLVII] Imagem 47 - Maquetes experimentais

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[XLVIII] Imagem 48 – Maquete final

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6. Conclusões e Direções Futuras No final desta fase de projeto concluímos que existem alguns aspetos acerca da solução que necessitam de ser repensados. É o caso do material (tecido) que não é do agrado do departamento de qualidade e controlo por ser um material que absorve gorduras e lida mal com vapores, entre outros aspetos negativos que este material pode ter num espaço de refeição. Para além disto concluímos também que o sistema, apesar de ser pensado para se movimentar segundo a posição das mesas e o ruído da sala, poderia ser fixo, reduzindo assim o orçamento do sistema. Como direções futuras temos a voltar a pensar na necessidade da solução ser fixa ou móvel e que solução é a mais adequada: a mecânica ou a elétrica. Será que a solução necessita de ser ajustável ao ponto de se movimentar conforme a disposição das mesas em todos os espaços de refeição? O investimento neste sistema, na parte do sistema de roldanas e cabos, compensa no resultado (Return Of Investment)? Para além disto o material que cobre os triângulos, apresentado como solução uma série de tecidos, necessita de ser mais estudada, abrindo a seleção a outros materiais que não apenas tecidos e que satisfaçam os regulamentos e o departamento de qualidade e controlo da empresa.

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7. Referências 7.1 Bibliográficas [a] Kang J, Dai GH. Urban sound environment. Beijing: The Science Publishing Company; 2001 [b] Ariffin HF, Bibon MF, Abdullah RPSR. Restaurant’s atmospheric elements: what the customer wants. Proc – Soc Behav Sci 2012;38:380–7. [c] Zheng XL, Zhang SY. Survey of acoustic environment of public canteens of universities. Audio Eng 2013;37(2):11–6 [d] Kang J, Lok W. Architectural acoustic environment, music and dining experience. In: INTER-NOISE and NOISE-CON congress and conference proceedings, vol. 5; 2006. p. 3132–41. [e] Silva, C. M. (julho de 2013). O tempo de reverberação e a inteligibilidade da palavra (Dissertação de mestrado, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto). 7.2 Webgráficas [1] www.trivalor.pt [2] www.icsid.org - International Council of Societies of Industrial Design, ICSID [3] www.logacustica.com [4] www.someacustica.com [5] www.audiodesigner.pt [6] Material: Lã www.gjtecidos.com.br/la-fria-super-120,product,01-00100008-C27,3004.aspx [7] Material: Algodão www.seamless-pixels.blogspot.pt/2016/03/fabric-texture4752x3168-plus-seamless.html [8] Material: Vareta de aço www.123rf.com/clipart-vector/steel_structure.html Preço - www.eletrodo.pt/eletrodos/index.php/eletrodo/numal-2-5-x-350.html [9] Material: corda de aço www.emafer.com.br/?pg=produtos&id=5 www.nauticabo.com/images/caboaco_geral.pdf Preço - www.baraoecosta.pt/catalogo/detalhe/47172 [10] Material: tubo de aço www.tubonasa.com.br/author/pilar/ [11] Manual de perfis standard em alumínio, PORTALEX ALUMINIO SA: www. portalex.eu/Documents/CAT04_4.15_Perfis_standard_PT.pdf [12] Diário da República, 1.a série — N.o 12 — 17 de Janeiro de 2007 www.dre.pt/ application/dir/pdf1sdip/2007/01/01200/03890398.PDF [13] www.eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ. do?uri=CONSLEG:2004R0852:20081028:PT:PDF

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7.3 Imagens [I] Imagem 1 – Use case model [II] Imagem 2 – Definição de conceito [III] Imagem 3 – Dimensionamentos www.s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/eb/ ba/1e/ebba1ee53f9abb1ce63de3b5fe21dfb6.jpg [IV] Imagem 4 - Dimensionamentos www.2.bp.blogspot.com/-tWAsoDpJ-cQ/UsxHqDT0uMI/AAAAAAAAARA/KQwZUwuOXGA/w1200-h630-p-nu/Medidas+Mesa+de+Jantar.jpg [V] Imagem 5 - Proporção usuário/pé direito www.silhouettegraphics.net/category/ man-silhouette/ [VI] Imagem 6 – Visita à cantina [VII] Imagem 7 – Visita à cantina [VIII] Imagem 8 – Sala Suggia da Casa da Música www.farodevigo.es/elementosWeb/ especiales/2016/982/fdv/Image/especial-semana-santa/oporto-casa-musica-diseno-soronidad.jpg [IX] Imagem 9 – Grande Auditório do Conservatório de Música do Porto www.gasparsantos.eu/sites/default/files/styles/large/public/480x182xconservatorio,P20de,P20musica,P20do,P20porto.jpg,qitok=J0KXsezx.pagespeed.ic.BaK8we1Q6h.jpg [X] Imagem 10 – Estúdio de gravação www.http2.mlstatic.com/espuma-acustica-estudio-grabacion-sala-ensayo-sala-tv-radio-D_NQ_NP_3892-MLM77957339_5978-F.jpg [XI] Imagem 11 – Estúdio de gravação www.casaecia.clicrbs.com.br/wp-content/uploads/ sites/15/2013/07/15257483.jpg [XII] Imagem 12 – Divisórias de escritório www.cubicles.com//uploads/flash_images/remanufactured_1.jpg [XIII] Imagem 13 – Aplicação no teto www.gestaoderestaurantes.com.br/blog/wp-content/uploads/2014/05/26052014b.jpg [XIV] Imagem 14 – Aplicação na parede www.aroundmyworldmag.files.wordpress. com/2014/06/alexander-lorenz-kivo-furniture-herman-miller-amwmag-1.jpg?w=940 [XV] Imagem 15 - www.blastation.com/storage/ma/ebeed500aa0143dd8bf0c5a3d6db3c91/384984146de24760a5b1a59fe5b99255/jpg/28EB4FC684DE0B95BAF4D72A1295A6B3AD2D7F36/1Ginkgo.jpg [XVI] Imagem 16 - www.topdecoracao.com/wp-content/gallery/revestimento-acustico-para-parede/revestimento-acustico-para-parede-2.jpg [XVII] Imagem 17 - www.via-direct.nl/media/wysiwyg/Blog/akoestiek_klein.png [XVIII] Imagem 18 - www.img.edilportale.com/products/LEAF-LEATHER-Decorative-acoustical-panels-Anne-Kyyr%C3%B6-Quinn-237642-reld4ee86b1.jpg [XIX] Imagem 19 – www.acousticsbydesign.co.uk/suspended-round-panels.jpg [XX] Imagem 20 – www.delamar.de/wp-content/uploads/2012/05/rvtr_resonant_chamber-360x203.jpg

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[XXI] Imagem 21 – www.tazeen.ir/wp-content/uploads/2014/06/05.jpg [XXII] Imagem 22 - www.images.adsttc.com/media/images/51fb/31fe/e8e4/4ea2/ b000/002c/large_jpg/15-070-IZE_Hotel_(TONTON_studio)_-07_08_09.01.2013-. jpg?1375416814 [XXIII] Imagem 23 - https://cdn4.decoracion2.com/imagenes/2012/11/biombo.jpg [XXIV] Imagem 24 – Esboços [XXV] Imagem 25 – Esboços [XXVI] Imagem 26 – Painéis de espuma - revestimentos [XXVII] Imagem 27 – The natura Panel - Painéis de fibra de côcô [XXVIII] Imagem 28, 29, 30, 31 - Painéis em tecido [XXIX] – Imagem 29 - Painéis em cortiça [XXX] – Imagem 30 - Painéis de plástico e espuma [XXXI] – Imagem 31 – Biombos acústicos [XXXII] Imagem 32 - Painéis acústicos de parede [XXXIII] Imagem 33 - Painéis absorventes acústicos [XXXIV] Imagem 34 - Painéis difusores acústicos [XXXV] Imagem 35 - “Bass traps’” [XXXVI] Imagem 36 – Cantina da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto www.sigarra.up.pt/sasup/pt/web_base.gera_pagina?P_pagina=265490 [XXXVII] Imagem 37 - Cantina da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto www.s307.photobucket.com/user/poveira/media/rest__da_faculdade.jpg.html [XXXVIII] Imagem 38 - Fluxos de movimento e características [XXXIX] Imagem 39 - Manchas de ruído [XL] Imagem 40 – Desenvolvimento de identidade visual Tricustic [XLI] Imagem 41 - Funcionamento do painel www.gettyimages.co.uk/detail/illustration/ silhouette-of-couple-in-a-restaurant-royalty-free-illustration/165909007 [XLII] Imagem 42 – Módulo triangular [XLIII] Imagem 43- Corte por cnc www.bpress.cn/list/ne/pic/70/1170.jpg [XLIV] Imagem 44 - Corte a laser www.manutencaoesuprimentos.com.br/segmento/ corte-a-laser/ [XLV] Imagem 45 - Processo de injeção www.tecplasplasticos.com.br/servicos.html [XLVI] Imagem 46 - Posicionamento dos módulos no painel [XLVII] Imagem 47 - Painel costurado [XLVIII] Imagem 48 – Ilhó [XLIX] Imagem 49 - Ilhós fixos no painel [L] Imagem 50 - Sistema mecânico [LI] Imagem 51 – Sistema elétrico [LII] Imagem 52 - Tricustic [LIII] Imagem 53 – Aplicação de Tricustic [LIV] Imagem 54 – Aplicação de Tricustic [LV] Imagem 55 – Aplicação de Tricustic [LVI] Imagem 56 – Aplicação de Tricustic

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