DIREITOS CIVIS

Page 1

DIREITOS CIVIS: A DÉCADA DE 1960 (CONTRACULTURA) A Lei pelos Direitos Civis foi o processo de conseguir a igualdade perante a Lei para todas as camadas da população independente de cor, raça ou religião. Nos EUA o mais conhecido foi o Movimento dos Direitos Civis para os Negros Norte-Americanos, entre 1955 e 1968, que queria abolir a discriminação e a segregação racial no país. Com o aparecimento de movimentos negros como o Black Power e os Panteras Negras no meio dos anos 60, o clamor da sociedade negra por igualdade racial acabou aumentando seu pleito para a dignidade racial, igualdade econômica, auto-suficiência política e libertação da autoridade branca do país. O marco inicial do movimento negro foi quando Rosa Parks ( “A Mãe dos Direitos Civis”) entrou num ônibus e foi intimada a dar seu lugar a um passageiro branco. 1957 - A Dessegregação em Little Rock Nove estudantes negros conseguiram nas cortes federais o direito de estudar no Ginásio Central de Little Rock, eles preferiram fechar a permitir a integração racial nelas. 1961 – O protesto de Greensboro Estudantes negros e brancos da cidade de Greensboro, Carolina do Norte, começaram a sentar em grupos no chão de lanchonetes, restaurantes, lojas, museus, praças, teatros em protesto pela segregação aos negros nestes locais o exemplo começou a ser seguido em diversos estados durante todo o começo dos anos 60. 1962 – O Caso James Meredith Em 1963, o estudante James Meredith, após ter ganho de causa nas cortes federais pelo direito de ingresso na Universidade do Mississipi, teve sua tentativa de entrar no campus impedida por interferência do próprio governador do estado, que declarou que “nenhuma escola do Mississipi seria integrada enquanto ele governasse o estado”. O Presidente John Kennedy enviou forças do exército para garantir a entrada de Meredith na universidade. 1963 – A Marcha sobre Washington- Ativistas negros e brancos marcham em Washington pelos direitos civis aos negros e igualdade para todos os cidadãos, organizado por Martin Luther King, foi a maior aglomeração pacífica realizada nos Estados Unidos com propósitos de integração racial, direito de moradia digna, pleno emprego, direito ao voto e educação integrada. 1964 – O Verão da Liberdade Durante verão de 1964, um grupo de estudantes exigiam os direitos civis de brancos e negros Três dos jovens foram assassinados pela Ku Klux Klan em conluio com autoridades policiais. A indignação que o caso provocou na opinião pública americana ajudou o Presidente Johnson a aprovar a Lei dos Direitos Civis, em 2 de julho de 1964. (Mississipi em Chamas) 1964 – Prêmio Nobel - Martin Luther King recebeu o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços pacíficos pelo fim da segregação racial e pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. 1965 – Selma e o Direito de Voto Martin Luther King liderou passeatas e manifestações na cidade de Selma, no Alabama, em prol do direito de cidadãos negros se registrarem como votantes, em oposição ao chefe de polícia da cidade, Jim Clark. Ele e centenas de manifestantes foram presos, mas as manifestações continuaram e acabaram em violência por toda a cidade, com a morte de uma manifestante pela polícia. Nos dias que se seguiram, choques entre civis brancos locais, policiais a cavalo e manifestantes negros resultaram em tumultos generalizados com mortos e feridos, transmitidos pela televisão para todo o país. As cenas causaram a mesma indignação dos fatos ocorridos no Mississipi no ano anterior e permitiram ao Presidente Johnson conseguir aprovar junto ao Congresso a Lei do Direito de Voto em 1965. Esta decisão provocou a famosa lamentação de Lyndon Johnson de que “com essa assinatura acabo de perder os votos do sul na próxima eleição”. (nota: Lyndon Johnson desistiu da reeleição em 1968, devido aos protestos generalizados no país por causa da Guerra do Vietnam), O direito ao voto negro mudou para sempre a face política do sul dos EUA, fazendo com que, em 1966, o número de negros eleitos para cargos públicos no Mississipi, o mais racista dos estados sulistas, fosse maior do que em qualquer outro estado do país. Em 1965, pouco mais de 100 negros foram eleitos para mandatos públicos nos EUA. Hoje, os agora chamados afroamericanos são mais de 8.000, a maioria em estados do sul. 1966-1975 – O Black Power e os Panteras Negras Em contraponto com a política de integração através da não-violência de Martin Luther King, surgiu em 1966, pregando a necessidade dos negros de se defenderem dos ataques sofridos pela Ku Klux Klan usando a força, passaram a enfrentar de armas nas mãos os ataques dos brancos racistas, fazendo com que a Klan desistisse de aterrorizar os habitantes negros da região. A este movimento começou a se dar o nome de Black Power.(Poder Negro) Malcolm X, um dos ideólogos do movimento Black Power e dos Panteras Negras. O movimento pelos direitos civis começava a enfrentar a violência através da violência. Os jovens integrantes do Black Power passaram a mostrar seu orgulho de pertencer à raça negra ganhando maior identidade cultural, exteriorizando seus sentimentos, usando indumentárias coloridas e cabelos no que chamavam de estilo afro, inspirados nas tribos da África. O sentimento de combater o racismo, a injustiça e a violência branca com a mesma moeda, cada vez mais crescente, acabou desembocando na organização conhecida como “Panteras Negras”, um pequeno partido político disposto a conseguir a igualdade racial e política “por quaisquer meios”. http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_dos_direitos_civis Responda: 1- O que é Ku Klux Klan? 2- O que significa Black Power? 3- O que foi o movimento Black Power? 4- O que foi o Panteras Negras? 5- Qoe foi chamada de a “Mãe dos Direitos Civis”? Por que? 6- O que foi a dessegregação em Little Rock? 7- Por que Martin Luther King recebel o Prêmio Nobel? 8- Que direito foi exigido na cidade de Selma, EUA?


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.
DIREITOS CIVIS by Cláudia Rodrigues Costa dos Santos - Issuu