As cidades podem ser classificadas quanto à origem. Nesses termos, encontram-se duas categorias: (1) Cidades espontâneas ou naturais: (1) São as cidades que foram formadas, através dos tempos, em locais que apresentavam algum tipo de vantagem para seu primitivo grupo populacional. É o caso de cidades que se localizam às margens de mares e de rios, que proporcionam alimentação e facilidade de transporte. Mas é também o caso de cidades que surgiram em torno de castelos, nos entroncamentos de estradas ou em rotas comerciais, que ofereciam respectivamente garantia de segurança, facilidade de deslocamento ou oportunidade de negócios. Alguns exemplos: Londres (Reino Unido), Moscou (Rússia), Paris (França), Rio de Janeiro e São Paulo (Brasil). (2) Cidades planejadas: (2) São aquelas que foram intencionalmente criadas em locais previamente escolhidos, com finalidade de caráter geopolítico. Em geral, têm seu planejamento rapidamente atropelado pelo crescimento populacional, o que faz o traçado original sucumbir diante da espontaneidade com que a população se espalha pelo seu entorno. Exemplo é Brasília, planejada para acolher 500 mil habitantes, mas já teve esse número multiplicado por quatro, de acordo com o censo de 2000. Outros exemplos: Camberra (Austrália), Islamabad (Paquistão), Belo Horizonte e Goiânia (Brasil). Quanto a Função principal Este é um outro critério de classificação das cidades que leva em conta fatores de ordem política, econômica, histórica ou cultural. É essencial atentar para o adjetivo "principal", pois as cidades não apresentam uma função única, porém uma que predomina sobre as demais. Por sua função principal, podem-se distinguir as cidades a partir das seguintes categorias: No entanto, é muito importante observar que são várias as cidades multifuncionais onde vários das funções acima mencionadas podem ser observadas simultaneamente e é impossível se dizer que uma predomina sobre a outra. (1) Político-administrativas: (1) Washington (EUA), Berlim (Alemanha), Brasília (Brasil); (2) Industriais: (2) Detroit (EUA), Manchester (Reino Unido), Volta Redonda (Brasil); (3) Portuárias: (3)Roterdã (Holanda), Hamburgo (Alemanha), Santos (Brasil); (4)Religiosas: (4)Jerusalém (Israel); Varanasi (Índia), Aparecida (Brasil); (5) Históricas: (5)Atenas (Grécia), Florença (Itália), Ouro Preto (Brasil) (6) Tecnológicas: (6) Boston (EUA), Bangalore (Índia), Campinas (Brasil) (7) Turísticas: (7) Miami (EUA), Katmandu (Nepal), Salvador (Brasil)
Conurbação, expansão horizontal de um sítio urbano (a área efetivamente ocupada pela cidade) pode fazer com que ele se junte e misture a outro sítio urbano, de modo que seus limites geográficos mal podem ser distinguidos. metrópoles – E o fenômeno de conurbação gera as metrópoles, ou seja, a união de várias cidades que funcionam, na prática, como uma única cidade. Diversas capitais brasileiras já passaram pelo fenômeno e constituem regiões metropolitanas, embora a metrópole brasileira por excelência seja a Grande São Paulo, cujo núcleo é formado por São Paulo/Capital e o ABCD (Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema). megalópoles Nos países desenvolvidos, as regiões metropolitanas podem estar de tal forma interligadas e existir entre elas tamanha circulação de pessoas, serviços, mercadorias, capital e informações que se formam as megalópoles. Nos Estados Unidos, por exemplo, considera-se uma megalópole Bos-Wash, a região que se estende de Boston a Washington, incluindo grandes metrópoles como Nova York, Newark, Filadelfia e Baltimore.