AVALIAÇÃO DE LÍNGUA POTUGUESA E.M Texto para as questões 1 e 2 Nos tempos em que eu era professor da Unicamp, fui designado presidente da comissão encarregada da seleção dos candidatos ao doutoramento, o que é um sofrimento. Dizer esse entra, esse não entra é uma responsabilidade dolorida da qual não se sai sem sentimentos de culpa. Como, em 20 minutos de conversa, decidir sobre a vida de uma pessoa amedrontada? Mas não havia alternativas. Essa era a regra. Os candidatos amontoavam-se no corredor recordando o que haviam lido da imensa lista de livros cuja leitura era exigida. Aí tive uma ideia que julguei brilhante. Combinei com os meus colegas que faríamos a todos os candidatos uma única pergunta, a mesma pergunta. Assim, quando o candidato entrava trêmulo e se esforçando por parecer confiante, eu lhe fazia a pergunta, a mais deliciosa de todas: “Fale-nos sobre aquilo que você gostaria de falar!”. [...] A reação dos candidatos, no entanto, não foi a esperada. Aconteceu o oposto: pânico. Foi como se esse campo, aquilo sobre o que eles gostariam de falar, lhes fosse totalmente desconhecido, um vazio imenso. Papaguear os pensamentos dos outros, tudo bem. Para isso, eles haviam sido treinados durante toda a sua carreira escolar, a partir da infância. Mas falar sobre os próprios pensamentos – ah, isso não lhes tinha sido ensinado! Na verdade, nunca lhes havia passado pela cabeça que alguém pudesse se interessar por aquilo que estavam pensando. Nunca lhes havia passado pela cabeça que os seus pensamentos pudessem ser importantes. (Rubem Alves, www.cuidardoser.com.br. Adaptado) 01. De acordo com o texto, os candidatos 02. O autor entende que os candidatos deveriam a) ( ) não tinham assimilado suas leituras. a) ( ) ter opiniões próprias. b) ( ) só conheciam o pensamento alheio. b) ( ) ler os textos requeridos. c) ( ) tinham projetos de pesquisa deficientes. c) ( ) não ter treinamento escolar. d) ( ) tinham perfeito autocontrole. d) ( ) refletir sobre o vazio. e) ( ) ficavam em fila, esperando a vez. e) ( ) ter mais equilíbrio. Texto - SEMPRE O JUQUINHA No primeiro dia de aula, a professora explica que vai testar a capacidade de raciocínio das crianças, fazendo-as ligar determinadas características ao animal certo. Chama o Juquinha e começa: – Quem pia é... – Pião! – diz o garoto terrível. Com paciência, a professora diz que é o pintinho da galinha que pia. – Vou lhe dar outra chance: quem ladra é... – Ladrão! A professora, irritada, explica que é o cachorro. – Seu Juquinha, vou lhe dar a última chance: quem muda de cor é... E o Juquinha: – Semáforo! Almanaque Brasil de Cultura Popular. São Paulo, ano 2, n. 15, jun. 2000.
03. Nos trechos "– Quem pia é ...”; “quem ladra é...”; “quem muda de cor é...”, o uso das reticências, em relação ao aluno, reforça a a) ( ) oportunidade de completude da fala. b) ( ) informação sobre extinção de animais. c) ( ) expressão de irritação da professora. d) ( ) falta de resposta dos alunos Texto - LIBERDADE É não depender de droga nenhuma pra viver. Você sabia que os remédios sem indicação médica, a cola de sapateiro, o álcool e o cigarro são as drogas mais consumidas no Brasil? São as mais comuns e, por isso mesmo, muito traiçoeiras. Porque o pior de toda droga nem é o risco de morte, é a certeza de uma vida de dependência. Quem ainda acredita que as drogas libertam, é candidato a escravo. Porque a outra palavra para liberdade é independência .
Texto - Pã,
uma divindade rural
De acordo com a mitologia greco-romana, Pã ou Pan é o deus dos bosques e dos campos, dos rebanhos e dos pastores. Morava em grutas, vagava pelas montanhas e pelos vales e divertia-se caçando ou dirigindo as danças das ninfas (divindades dos rios, dos bosques, das florestas e dos campos). Amante da música, inventou a avena, uma flauta, que tocava exemplarmente. Pã era temido por todos aqueles que tinham que atravessar as matas durante a noite, pois as trevas e a solidão desses lugares predispunham as pessoas a medos e superstições. Por isso, os pavores desprovidos de causas aparentes eram atribuídos a Pã e chamados de pânico. BULFINCH, Thomas. O livro de ouro da mitologia.Rio de Janeiro: Ouro, 1967. 04-Em “(...) e a solidão desses lugares (...)”, a expressão em destaque refere-se: a) ( ) às montanhas. b) ( ) aos vales. c) ( ) aos bosques. d) ( ) às matas.
Texto VI
Ao namorado fanático Você sabe que sou tão apaixonada por você quanto você é apaixonado pelo seu time. Mas acho uma lástima gastar tanto amor por um timinho como esse seu. Ele já há muito tempo não te dá nenhuma alegria. Texto VII
Além de linda, é do meu time Naquela tarde, quando a vi pela primeira vez vestindo o uniforme do meu time, integrada à nossa torcida uniformizada, senti meu coração bater descompassado.
06-A comparação entre os textos VI e VII nos permite afirmar que: a) ( ) em VI, há a valorização do amor dos enamorados e do amor ao time preferido; em VII, é exaltado o amor à torcida organizada. b) ( ) em VI, há a expressão sobre a facilidade dos enamorados torcerem pelo mesmo time; em VII, é indicada a dificuldade de um relacionamento entre namorados de torcidas diferentes. c) ( ) em VI, há a abordagem da alegria daqueles que amam e torcem para um mesmo time; em VII, são apresentadas as frustrações oriundas da mesma torcida. d) ( ) em VI, há a revelação do sentimento negativo em relação ao time do amado; em VII, é exaltada a coincidência entre amor e futebol. 07 -A palavra “ela”, que inicia o Texto - A Casa da Moeda do Brasil terceiro parágrafo, substitui o termo: Se o governo brasileiro precisa emitir dinheiro, você sabe quem se encarregará de produzi-lo? A a) ( ) a Casa da Moeda (segundo Casa da Moeda do Brasil. Além de cédulas e moedas, ela confecciona selos e medalhas. parágrafo). A Casa da Moeda foi fundada em Salvador, em 1694, por ordem do governo português, para cunhar moedas com o ouro extraído da mineração. Inicialmente, foram cunhadas somente moedas de ouro e b) ( ) da mineração (segundo parágrafo). prata, mas depois se passou a produzir moedas de cobre para pequenos valores. c) ( ) a Gráfica Geral (terceiro [...] Ela compreende quatro repartições: o Departamento de células, o de Moedas e Medalhas, a parágrafo). Gráfica Geral e o Departamento de Engenharia de Produtos e o desenvolvimento de Matrizes, que é d) ( ) concepção técnica e artística o responsável pela concepção técnica e artística dos artigos elaborados pela instituição. (terceiro parágrafo). O Estado de S. Paulo. 20 fev. 2007. Estadinho. (Fragmento). 05-A finalidade do texto é: a) ( ) alertar as pessoas para o uso indevido de remédios. b) ( ) chamar a atenção para os malefícios da dependência química. c) ( ) informar sobre todos os tipos de drogas existentes. d) ( ) buscar soluções para os usuários das drogas mais consumidas.