Mal. Castelo Branco (1964-1967): - Em 1965 Castelo Branco faz o AI-2 (válido até 1979), que retoma as decisões do AI-1 (eleições diretas suspensas e poderes ampliados ao Presidente da República); - O AI-2 acabou com o pluripartidarismo e instituiu o bipartidarismo (ARENA e MDB); - ARENA (Aliança Renovadora Nacional): a situação, formada por políticos da antiga UDN (Delfim Neto, Marco Maciel, ACM, Frederico Campos, Júlio Campos, Paulo Maluf...); - MDB (Movimento Democrático Brasileiro): a oposição, composta por políticos dos antigos PSD, PTB, PCB (Itamar Franco, FHC, Mário Covas, Íris Resende, Dante de Oliveira, Bezerra, Brizola...). Era uma oposição consentida, limitada e comportada que não poderia colocar obstáculos ao governo; - Estabeleceu eleições indiretas para Governadores/ViceGovernadores (eleitos pela Assembleias Legislativas); - Os lugares onde a Arena ganhou os candidatos continuam no poder, mas alguns eleitos pelo MDB são cassados e não podem assumir os cargos; - Os prefeitos das capitais e das cidades de Segurança Nacional também passaram a ser escolhidos pelo governador (AI-3); - Em 1967 institui-se o AI-4, que foi a convocação da Assembleia Nacional Constituinte, dominada pelos políticos da Arena e pelos militares; - A Constituição de 1967 sai da maneira que os militares queriam, mas o Congresso conseguiu inserir duas ressalvas: proibição de fechar o Congresso e criou-se a Imunidade Parlamentar. Mal. Artur da Costa e Silva (1967-1969): - Eclodem mobilizações sociais em todo Brasil contra a Ditadura Militar. Ocorrem passeatas da população, greve em Osasco, manifestação da UNE (União Nacional dos Estudantes) que reuniu 200 mil estudantes em São Paulo. Ocorreu a morte de um estudante em manifestação (Rio de Janeiro), Edson Luís, provocando mais revoltas; - As manifestações eram legais, desde que fossem pacíficas; - O deputado federal, Márcio Moreira Alves, fez um discurso contra a Ditadura, discurso esquerdista (MDB). Os militares queriam prendê-lo, mas o deputado tinha imunidade parlamentar, portanto para cassá-lo tinha que ser aprovado pelo Congresso. Sua imunidade foi garantida e o exército cerca o Congresso com tanques; - Institui-se, então, em 13/12/1968 o AI-5 (durou até 1979). Iniciavamse os anos de chumbo, o período mais sombrio da história brasileira!; - A alegação dos militares para instituir o AI-5 foi o discurso do Márcio Alves (MDB) e a garantia de sua imunidade; - Mas o interesse maior era conter as mobilizações sociais contra a Ditadura; - O AI-5 foi um golpe dentro do golpe. A linha-dura que instituiu, passando por cima da Constituição de 1967, pois ocorre: o fechamento do Congresso por tempo indeterminado; a cassação de mandatos e direitos políticos; a implantação do Estado de Sítio Permanente (direitos civis suspensos, inclusive o direito ao habeas corpus); e a ampliação da Censura; - Os militares alegavam que era para garantir a moralização do país, mas era para impedir a difusão de idéias de esquerda; - O AI-5 tentou impedir os movimentos sociais legítimos, mas como resposta teve o surgimento da luta armada, através de guerrilhas urbanas e rurais; - Em 1969, Costa e Silva, já muito doente, é afastado. O seu vicepresidente deveria assumir, porém era civil e contra o AI-5; - Institui-se, então, o AI-12 que impediu a posse do vice (Aleixo) de Costa e Silva, convocando, assim, novas eleições. Movimentos Culturais: - Tropicália; - Jovem Guarda; - A Igreja até 1968 era neutra ou próditadura, mas passa a dar apoio aos esquerdistas movimentos de esquerda, principalmente com D. Paulo Evaristo Arns (cardeal de SP); - Os intelectuais são repreendidos e muitos deles exilados. O FIM DA URSS
Gen. Garrastazu Médici (1969-1974): - Surgem grupos de esquerda e de luta armada: VPR (Vanguarda Popular Revolucionário): o líder que comandava as ações era o Carlos Lamarca. Durou até 1971, quando Lamarca morre; ALN (Aliança de libertação Nacional) era liderado por Carlos Marighela; MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de outubro), colocaram esse nome em homenagem ao Che Guevara, que morreu na Bolívia no dia 8 de outubro de 1969. - Órgãos de Repressão, que praticavam a repressão (tortura, morte, espionagem, vigilância sobre pessoas): CENIMAR (Centro de Inteligência da Marinha); CIEX (Centro de Inteligência do exército); OBAN (SP - Operação Bandeirantes). Surgiu da OBAN o II- Exército; DOI-CODI (Departamento de Operações e Informações, Central de Operações de Defesa Interna); - Em 1969 lança-se duas emendas: AI-13: institui o exílio para as pessoas perigosas para o Brasil; AI-14: instalação da pena de morte no Brasil, mas nunca foi usado legalmente, oficialmente. Mataram apenas ilegalmente (são os desaparecidos); - O Governo Médici tem o triste mérito de ter controlado os movimentos de luta armada, por meio da repressão e do exílio. Gen. Ernesto Geisel (1974-1979): “A abertura política precisa ser lenta e gradual.” - Abertura lenta, gradual e segura; - Ocorrem as eleições para o Senado; - Campanha política no rádio e na TV (surge o horário político gratuito); - O MDB, começa a crescer (1974 elegeu 60% das vagas, mas não conseguiu a maioria no Senado, pois nesta eleição só se elegia 1/3 do Senado); - Lei Falcão: feita pelo ministro da Justiça. Essa Lei proibia os candidatos de falarem no horário político, ou seja, não podiam mais fazer campanha política de forma aberta, mostravam apenas o número e um currículo mínimo; - Pacote de Abril (1977), que é o último ato conservador, reacionário da ditadura: fechou o Congresso Nacional. Gen. João Baptista Figueiredo (1979-1985): - Último presidente militar - Mandato de 6 anos (único); - Tem a revogação do AI-2 (bipartidarismo) e do AI-5; - Institui-se o Pluripartidarismo; - Aprovou a Anistia; - “Permitiu” a Campanha Diretas-já! - Em 1979 foi aprovada a Anistia. São perdoados os militantes que foram perseguidos e exilados, mas também os militares que perseguiram e mataram; - Voltam: FHC, Brizola, Luís Carlos Prestes, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Fernando Gabeira, Íris Resende, Miguel Arraes... - Em 1984, a campanha Diretas-já! que propunha uma ementa constitucional, trazendo de voltas eleições diretas, não teve sucesso, mesmo com uma grande mobilização popular; - Mas, em 1985 os militares não apresentaram candidato e dois civis concorreram à presidência; - Era o fim da Ditadura Militar!