Catálogo Concurso

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O concurso e exposição de fotografia com o tema Guimarães destina-se a estimular novas visões e revelações sobre a cidade e o concelho de Guimarães, sob variadas perspectivas, e a recolha e divulgação de um amplo e actualizado espólio fotográfico. Será também uma oportunidade de homenagear Francisco Martins Sarmento (1833-1899) como pioneiro da fotografia. A fotografia, para Martins Sarmento, foi um instrumento de importância fulcral no processo de investigação arqueológica e também para a divulgação dos seus achados e das conclusões dos seus trabalhos. Vivia-se um tempo ainda inicial (tinha poucas décadas a primeira imagem fotográfica conhecida) mas já de pujante desenvolvimento da ciência e da técnica que envolvem esta forma de registo de imagem que, com as suas inovadoras carecterísticas e virtualidades, se inseria de pleno no espírito de curiosidade e de avanço do conhecimento característicos da época. Sarmento verificou que as virtualidades da fotografia constituiam um poderoso e único meio de observação e documentação. Contudo, não se limitou a utilizar a fotografia como processo de recolha de imagem. Os seus cadernos revelam um estudo sistemático dos materiais, dos intrumentos e das técnicas, através, nomeadamente, do registo e discussão das experiências realizadas e dos seus resultados de modo a obter imagens cada vez mais perfeitas. O seu trabalho era realizado no estúdio que montou em anexo ao Palacete do Largo do Carmo, em Guimarães, e partilhava experiências com outros fotógrafos e investigadores. Por outro lado, fosse como forma de experimentação, fosse para recolha dos seus próprios álbuns, não circunscreveu o âmbito dos objectos fotografados aos trabalhos e peças arqueológicas.

ciclo de fotografia 2016 / 2017

guimarães

CONCURSO E EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA



O concurso e exposição de fotografia com o tema Guimarães destina-se a estimular novas visões e revelações sobre a cidade e o concelho de Guimarães, sob variadas perspectivas, e a recolha e divulgação de um amplo e actualizado espólio fotográfico. Será também uma oportunidade de homenagear Francisco Martins Sarmento (1833-1899) como pioneiro da fotografia. A fotografia, para Martins Sarmento, foi um instrumento de importância fulcral no processo de investigação arqueológica e também para a divulgação dos seus achados e das conclusões dos seus trabalhos. Vivia-se um tempo ainda inicial (tinha poucas décadas a primeira imagem fotográfica conhecida) mas já de pujante desenvolvimento da ciência e da técnica que envolvem esta forma de registo de imagem que, com as suas inovadoras carecterísticas e virtualidades, se inseria de pleno no espírito de curiosidade e de avanço do conhecimento característicos da época. Sarmento verificou que as virtualidades da fotografia constituiam um poderoso e único meio de observação e documentação. Contudo, não se limitou a utilizar a fotografia como processo de recolha de imagem. Os seus cadernos revelam um estudo sistemático dos materiais, dos intrumentos e das técnicas, através, nomeadamente, do registo e discussão das experiências realizadas e dos seus resultados de modo a obter imagens cada vez mais perfeitas. O seu trabalho era realizado no estúdio que montou em anexo ao Palacete do Largo do Carmo, em Guimarães, e partilhava experiências com outros fotógrafos e investigadores. Por outro lado, fosse como forma de experimentação, fosse para recolha dos seus próprios álbuns, não circunscreveu o âmbito dos objectos fotografados aos trabalhos e peças arqueológicas.



O concurso e exposição de fotografia com o tema Guimarães destina-se a estimular novas visões e revelações sobre a cidade e o concelho de Guimarães, sob variadas perspectivas, e a recolha e divulgação de um amplo e actualizado espólio fotográfico. Será também uma oportunidade de homenagear Francisco Martins Sarmento (1833-1899) como pioneiro da fotografia. A fotografia, para Martins Sarmento, foi um instrumento de importância fulcral no processo de investigação arqueológica e também para a divulgação dos seus achados e das conclusões dos seus trabalhos. Vivia-se um tempo ainda inicial (tinha poucas décadas a primeira imagem fotográfica conhecida) mas já de pujante desenvolvimento da ciência e da técnica que envolvem esta forma de registo de imagem que, com as suas inovadoras carecterísticas e virtualidades, se inseria de pleno no espírito de curiosidade e de avanço do conhecimento característicos da época. Sarmento verificou que as virtualidades da fotografia constituiam um poderoso e único meio de observação e documentação. Contudo, não se limitou a utilizar a fotografia como processo de recolha de imagem. Os seus cadernos revelam um estudo sistemático dos materiais, dos intrumentos e das técnicas, através, nomeadamente, do registo e discussão das experiências realizadas e dos seus resultados de modo a obter imagens cada vez mais perfeitas. O seu trabalho era realizado no estúdio que montou em anexo ao Palacete do Largo do Carmo, em Guimarães, e partilhava experiências com outros fotógrafos e investigadores. Por outro lado, fosse como forma de experimentação, fosse para recolha dos seus próprios álbuns, não circunscreveu o âmbito dos objectos fotografados aos trabalhos e peças arqueológicas.


A fotografia, para Martins Sarmento, foi um instrumento de importância fulcral no processo de investigação arqueológica e também para a divulgação dos seus achados e das conclusões dos seus trabalhos.

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Voltou-se também para outros cenários, incluindo pessoas e ambientes naturais. Em qualquer das suas vertentes, a actividade fotográfica de Francisco Martins Sarmento é na sua época ainda pioneira e o acervo que produziu tem importante significado, considerando-se o volume e a riqueza documental que encerra. A Sociedade Martins Sarmento, dando cumprimento a este programa, homenageia o seu patrono, sobretudo, dando continuidade a um caminho fecundo que ele próprio cultivou e apontou. Guimarães tem sido amplamente fotografada, muito especialmente o seu Centro Histórico e Património Classificado. A Muralha - Associação de Guimarães para a Defesa do Património, através de algumas das exposições fotográficas que sistematicamente tem levado a efeito, realizou verdadeiros levantamentos fotográficos que constituem valiosos contributos para a recolha de novas imagens e para a descoberta e revelação de objectos e temas menos observados ou até desconhecidos: pormenores de arquitectura, pontes, conjuntos rurais,... O CineClube de Guimarães, designadamente, publicou três volumes dos seus Cadernos de Imagens em que, com acompanhamento de texto, se descortinam pessoas, grupos, ambientes que nos aproximam com outros olhos de realidades que nos cercam, por vezes num convívio decadente.

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Francisco Martins Sarmento, sĂŠculo XIX, / retrato de Francisco Martins Sarmento


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Francisco Martins Sarmento, 1868–1876, / retrato de Maria de Madre de Deus Freitas Aguiar Martins Sarmento


1. AS QUATRO FOTOGRAFIAS VENCEDORAS

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Os finalistas desta edição do prémio são Pedro Ricardo de Almeida (Cacém), Carlos Elísio da Silva (Braga) e André Borges (Braga), cujas obras inéditas estarão expostas de 20 de Janeiro a 26 de Fevereiro na Galeria de Exposições da Sociedade Martins Sarmento, no âmbito do galardão. Recebe ainda Menção Honrosa Sara Fernandes (Guimarães). A 1.ª edição do concurso de fotografia "Guimarães – Expedição fotográfica" é uma iniciativa da Sociedade Martins Sarmento em colaboração com o Cineclube de Guimarães – Secção de Fotografia, contando com os apoios do Centro Português de Fotografia, Câmara Municipal de Guimarães, Têxteis Leiper e de Fotografia Portugal. Os trabalhos foram avaliados por um júri constituído por Maria Amélia Gomes Alves, galerista e curadora; Miguel Frazão, arquitecto; Miguel Oliveira, fotografo; Nuno Rocha Vieira, arquitecto; Maria João Branco, professora na ESAG; Cláudio Rodrigues, designer e Patrícia Aguiar, conservadora-restauradora. O Prémio de Fotografia Martins Sarmento foi lançado em 2016 com o objectivo sobretudo de constituir um processo de recolha e actualização de espólio fotográfico, estimulando os fotógrafos a procurarem objectos e visões que a si próprios se identifiquem e que eles próprios identifiquem em Guimarães, sem qualquer limitação temática e com preocupação de qualidade, indispensável a que as imagens sejam úteis e interessantes.

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1.Âş prĂŠmio Pedro Ricardo Silva Gomes de Almeida igreja Nossa Senhora da Oliveira / luz (rasgos de)


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2.º prémio Carlos Elísio Teixeira Vasconcelos Silva capela de S. Miguel – Monte Latito / a luz


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3.º prémio André Paulo Renato Pereira Borges Centro Histórico / janelas com vida


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menção honrosa Sara Marina Alves Fernandes rua Egas Moniz / habitações


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1.2 AS FOTOGRAFIAS A CONCURSO

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Francisco Martins Sarmento, GuimarĂŁes, 1875, / vista da igreja dos Santos Passos


1 Hernâni Jorge Martins de Oliveira Citânia de Briteiros, 2016 / sem título 2 Ana Maria Seiça Paiva de Carvalho Pousada Santa Marinha da Costa, 2016 / “ama o impossível pois é o único que te não pode decepcionar” (Vergílio Ferreira)

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3 Maria da Graça Silveira S. Cortez Antas Praça da Oliveira, 2016 / a cruz

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4 Pedro Ricardo Silva Gomes de Almeida igreja Nossa Senhora da Oliveira, 2016 1.º prémio / luz (rasgos de)

7 Gonçalo Ribeiro Dias Paço dos Duques de Bragança / sem título

10 António Alves Tedim Ruas e Praças de Guimarães, 2009 / concertinas

5 Eduardo Alexandre Faria Pinto Coelho Lima Parque de estacionamento da Mumadona, 2016 / hug

8 Celso André Cardoso Malheiro Palacete Santiago, 2016 / clarabóia

11 José António Freitas Guimarães Largo da Misericórdia, 2015 / clarabóia ao cair da tarde

6 Joana Filipa Oliveira Dias capela de Santa Cruz – Monte Latito, 2016 / capela do paço e árvore

9 Secundino José Pereira Ferreira Cruz de Pedra – Rua das Lameiras, 2009 / antigos fornos da olaria

12 Ana Luísa Mendes Silva Penha, 2016 / penha verde


16 João Miguel Lopes Castro da Silva Centro Escolar de Ronfe, 2014 / constructing wormholes

19 André Paulo Renato Pereira Borges Centro Histórico, 2016 3.º prémio / janelas com vida

22 Domingos José Nogueira de Oliveira Trás de Gaia. Creixomil, 2016 / ilha da eira

14 Flávio Manuel Silva Abreu Praça da Oliveira, 2016 / padrão do salado

17 Simone Almeida Oliveira Paço dos Duques de Bragança, 2016 / seguir em frente

20 José dos Santos Claro de Oliveira Largo do Toural – Torre Têxtil (Interior), 2016 / tirantes

23 Luís Henrique Carneiro Moura Largo Martins Sarmento, 2016 / tempos de menino

15 Alexandra Margarida Adelino G. Carneiro Rua de Santa Maria, 2016 / é fruta ou legume?

18 Marcelo José Dias Machado Av. Cónego Gaspar Estaço, 2016 / percurso habitual

21 Daniela Ferreira Salgado Rua Egas Moniz, 2016 / guimarães dançante

24 Márcia Andreia de Paiva Moreira Rua Dr. Avelino Germano, s/data / o ponto

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13 Alexandre Ferreira Marinho Rua de Camões, 2016 / hagiografia, ou o amigo

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25 Henrique M. Tourais Manso Vinhas Nunes Paço dos Duques de Bragança, 2016 / ferrolho do tesouro 26 José Manuel Pessoa Neto Plataforma das Artes, 2014 / leituras urbanas

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27 Luís Manuel Malhão Dinis Fernandes Castelo de Guimarães, 2016 / suspensus ignis

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28 Fernando Emanuel Freitas da Silva Caldas das Taipas, s/data / jorge ferreira, o último penteeiro

31 Tânia Daniela Lopes da Rocha Fontes Museu Alberto Sampaio, 2016 / cicatrizes

34 Maria Teresa Braga Soares Lopes Paço dos Duques de Bragança, s/data / a dama do paço

29 João Pedro Baptista Marques Creixomil, s/data / espaço vivo – a veiga in continuum

32 Carlos Elísio Teixeira Vasconcelos Silva Capela de S. Miguel – Monte Latito, 2016 2.º prémio / a luz

35 António Carlos Pereira da Costa Plataforma das Artes, 2016 / lágrimas de vitória

30 Luís Octávio Marinho Costa Largo Cónego José Maria Gomes. s/data / partida

33 Paulo Alexandre da Costa Fernandes Creixomil, 2016 / paisagem laboratorial

36 Luís Miguel Ferreira Afonso Centro Cultural Vila Flor, 2016 / introspetivo


39 João Nuno Silva Cardoso Urgezes, s/data / da modernidade

43 Cláudia Rafaela Quintela da Costa Largo da Misericórdia, 2016 / conquista

46 Ana S. Viamonte Figueira de Sousa Rua das Trinas, 2016 / confettis – procissão de Nossa Senhora da Oliveira

41 Sara Marina Alves Fernandes Rua Egas Moniz, 2016 menção honrosa / habitações

44 Gil André Marinho de Oliveira Campelos Zona de Couros, 2016 / o pantheon. Universidade das Nações Unidas (UNU-EGOV)

47 Francisco M. Guimarães Coelho Lima 2007 / com o vitória no rosto

42 Vítor António Leal Dias da Costa Rua de Vila Verde, 2016 / na solidão da noite

45 Rui Jorge Pessoa Neto Lar Sta. Estefânia. Largo Martins Sarmento, 2015 / protecção

48 Cátia Sofia Pinto Carvalho Praça da Oliveira, s/data / artistas

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38 Max Fernandes Vídeo, som, cor, 13min. 31seg, 2011 / o artista enganchado – artista puxa artista para debaixo da ponte

40 Albano M. Ribeiro Pereira Ferreira Mendes Creixomil, 2016 / rua da liberdade

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37 Gabriela S. da Silva Araújo Ribeiro Cruz Penha, 2016 / penedo do susto

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49 Ana Rita Pereira Alves Rua Francisco Agra, 2016 / santa luzia

52 Carmel Silveira Praça de Santiago, 2016 / aos meus olhos

55 Raquel Sofia Ferreira Teixeira Basílica de S. Pedro – Largo do Toural, 2016 / expansão

58 Catarina Isabel de Almeida Pinheiro Igreja do Mosteiro de São Torcato, 2016 / entre a vinha e o sagrado

50 Manuel António Pereira Fernandes Largo República do Brasil, 2016 / condizente

53 Pedro M. Paiva de Aguiar Berbereia Casa de Donães, 2016 / teia de aranha

56 Marco André Gomes da Cunha Carreira Rua Paio Galvão, 2016 / cidade fantasma

59 Inês Martins da Silva Machado Paço dos Duques de Bragança, S/data / espaço verde

57 João Luís Esteves Malaquias Plataforma das Artes, s/data / follow me

60 Gilberto Pinheiro Guedes 2016 / praça de santiago

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51 Alexandra Raquel da Silva Pereira Largo Martins Sarmento, 2015 / além da mente

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54 Martin Henrik Lobo Gonçalves Jaasvuo Aldão, 2014 / o pinheiro


63 André da Costa Castanho Correia Nespereira, 2016 / rua visconde do paço

67 José Alexandre Pinto Perdigão Praça da Mumadona, 2012 / mumadona

70 Ana Rita Silva Pereira 2016 / largo joão franco

65 Barbara Francisca Sousa Silva Largo República do Brasil, s/data / igreja s. gualter

68 José Pedro Xavier dos Santos 2016 / largo trovador

71 Ângela Margarida Fernandes Baptista Largo Martins Sarmento, 2016 / rua d. afonso henriques

66 Carlos Alberto de Moraes Guimarães, 2015 / duas amigas

69 Carlos Miguel Fernandes Cardoso Largo do Toural, 2016 / green

72 Marta Gracinda Pinto Machado Veiga de Creixomil, 2016 / centrí-fuga

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62 Helena Lemos Piairo Rua Paio Galvão, 2004 / o tempo da cidade

64 Emanuel António Barreira Duarte Guimarães, 2016 / holly sky

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61 Leonardo Sol Bastos Rodrigues Igreja da Oliveira, 2016 / dragão aprisionado

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organização

colaboração

apoios



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