A Várzea
Muitas plantas aproveitam o momento da cheia dos rios para frutificarem, aumentando a chance de sua reprodução, pois, dessa forma, suas sementes podem ser levadas pelas águas ou pelos animais que se alimentam de seus frutos e suas sementes.
As plantas respondem por meio de diversas adaptações à cheia dos rios, o que faz com que, mesmo nessas condições, elas consigam sobreviver. Muitas pessoas vivem nos ambientes de várzea e já aprenderam a lidar com a variação entre cheia e seca dos rios. Entre as principais atividades desses moradores, estão a agricultura e a pesca.
Geralmente, a água começa a subir entre novembro e dezembro e começa a baixar entre junho e agosto. Em alguns lugares, a água chega a elevar-se até 12 metros de altura.
Muito comuns nas áreas de várzea são as canaranas (Echinochloa polystachya). Em alguns lugares, elas chegam a fechar a passagem devido à quantidade que se multiplicam. Também servem de moradia para alguns animais aquáticos e voadores.
Cerca de 70% dos ambientes de várzea são compostos por florestas. Nelas, existem pelo menos 700 espécies de árvores, muitas das quais fornecem muitos benefícios para os seres humanos, como madeira e remédios.
Na cheia, os animais terrestres, como a onçapintada (Panthera onca), passam a viver na copa das árvores, onde encontram farta alimentação. Isso gera uma verdadeira competição na copa das árvores.
Durante a época da cheia, os animais aquáticos, como os peixes, que estavam no leito principal do rio passam a viver no interior da floresta alagada, encontrando abrigo e alimentação. Quando o nível do rio baixa, o solo fica bastante fértil devido aos nutrientes que foram carregados e trazidos pela água. © José Augusto C. de Oliveira
Na Amazônia, os ambientes de várzea são aqueles inundados por águas barrentas e que ficam um período do ano alagados.