Residência Artística - Trabalho final Pós-Graduação

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RESIDÊNCIA ARTÍSTICA



FUNDAÇÃO ARMANDO ALVARES PENTEADO FAAP PÓS – GRADUAÇÃO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

IX Turma do Curso de Pós-Graduação Lato - Sensu em Design de Interiores: Repertório Projetual

PROJETO DE RESIDÊNCIA ARTÍSTICA

Claudia Giovanazzi Orientadora: Patrícia Helena Fonseca de Resende São Paulo 2015


Claudia Giovanazzi

PROJETO DE RESIDÊNCIA ARTÍSTICA

Projeto de Avaliação Final apresentado ao Curso de Pós-Graduação Lato-Sensu em Design de Interiores: Repertório Projetual da Fundação Armando Alvares Penteado como parte dos requisitos para a aprovação no curso.

Coordenador do Curso: Prof. Ms. Carlos E. L. Perrone Orientadora: Prof. Patrícia Helena Fonseca de Resende São Paulo 2015


GIOVANAZZI, Claudia. Projeto de residência artística./Claudia Giovanazzi. São Paulo, 2015. XX p. Monografia (pós-graduação) – Faculdade de Artes Plásticas. FAAP Fundação Armando Alvares Penteado. Curso de Pós-Graduação: Design de Interiores, Repertório Projetual. Orientadora: Patrícia Helena Fonseca de Resende. 1. Residência artística 2. Casarão 1919 3. Arte urbana 4. Cidade 5. Design de interiores


“Arte é um ato revolucionário. O formato da arte e o seu papel na sociedade está constantemente mudando. Em nenhum momento arte é estática. Não existem regras.” Raymond Salvatore Harmon, Bomb: A manifesto of art terrorism


RESUMO O projeto de Residência Artística a ser desenvolvido na Avenida Paulista, número 1919, local apelidado de "Casarão", será a moradia para artistas urbanos, dispostos a discutir a cidade e agregar-se a esta. Parte da residência será reservada, também, a ateliê, exposições, café e área externa aberta ao público. O "Casarão", parte da história de São Paulo, fará a conexão do existente com a cidade e também com as pessoas.

ABSTRACT The project Artistic Residence on Paulista Avenue, to be developed on the street number 1919, a place called “Casarão”, is going to be the habitation to urban artists willing to discuss the city and add to it. Also, part of the residence will be reserved to artists’ studio, exhibition place, coffee and outdoor area open to the public. “Casarão”, part of São Paulo’s history, will make the connection between what already is, the city and the also people.


AGRADECIMENTOS Agradeço a todos que estiveram ao meu lado durante estes dois anos, pelos momentos bons e ruins, grandes amizades feitas, que serão levadas para sempre, na mente e no coração. A todos os professores do curso de Design de Interiores. À minha mãe, ao meu pai e à minha irmã, por estarem ao meu lado. Renato, meu amor, por me incentivar e me dar forças a seguir sempre em frente e evoluir. Thaís, a minha amada amiga, por estar ao meu lado sempre (há 23 anos), inclusive na hora da escolha da pós-graduação. Nico e Conrado, por estarem sempre por perto, grandes amigos. Lis e Lara, pela nova amizade e pela companhia durante os dois anos na FAAP.


SUMÁRIO Introdução

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Cap. 01 - O casarão 1919

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- situação atual

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Cap. 02 - Residência artística 26

Cap. 05 - Projeto

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- conceito - identidade visual - implantação - plantas arquitetura - setorização - plantas layout - iluminação - projeto dormitório - projeto sanitário - projeto sala de estar - projeto área expositiva - projeto sanitário unissex

61 63 65 71 73 75 77 78 86 92 100 108

Cap. 03- Estudos de caso

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- redbull station - residência artística FAAP - bauhaus

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Cap. 04 - Arte Urbana

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- blu - hend kheera - olek - richard serra

52 53 Considerações finais 54 Bibliografia 55 Imagens

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IN TRO DU ÇÃO


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IN TRO DU ÇÃO

“A cidade toda é um museu” - Binho (Grafiteiro)

O número de residências artísticas vem crescendo a cada ano no Brasil. De acordo com a FUNARTE (Fundação Nacional de Arte), a residência mais antiga data de 1995. É com base neste crescimento que surge a intenção de desenvolver o projeto desta nova Resdiência Artística, no Palacete Franco de Mello, tombado pelo CONDEPHAAT em 1992. O Palacete Franco de Mello, conhecido popularmente como "Casarão", está situado no número 1919 da Avenida Paulista. Um dos últimos edifícios do início do séc. XX ainda em pé, será a residência de artistas, ateliê de trabalho e também área expositiva. Sua localização foi a característica principal para a escolha, com o acesso rico em transporte público facilitando o cotidiano dos artistas que estarão envolvidos com a cidade, e também de fácil acesso ao público. O artista que participará desta experiência será o artista urbano. Este viverá a cidade, o cotidiano e, a partir de toda a experiência, criará seu projeto final, que será exposto na galeria da residência por um período de exposição aberta ao público.

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A cada período da residência, quatro artistas urbanos terão salas de ateliê, quartos e toda a infraestrutura para a criação. Porém, como se trata de um ambiente de moradia, as trocas de experiências serão mais propícias, fazendo com que não apenas se dividam os espaços físicos, como também favorecendo a troca de conhecimento pessoal, experiências, cultura, informações. Todo esse convívio servirá como fonte de


inspiração e conhecimento. Além das áreas privadas voltadas para a moradia dos artistas, também existirá uma área voltada ao público, com áreas expositivas internas e externas, café, e será também um tour histórico de São Paulo misturado ao contemporâneo projetado. O desenvolvimento deste projeto será dividido em: Cap. 01 - Casarão 1919 A história do Palacete de 1905, séc XX, até como se encontra hoje, o levantamento da sua situação atual. Cap. 02 - Residência Artística O que é um residir artístico, como está atualmente no Brasil. Cap. 03 - Estudos de caso Neste capítulo serão estudados alguns casos de residir artístico como base de estudo para o projeto realizado. Cap. 04 - Arte urbana De onde surgiu a arte urbana, os motivos dela, e alguns artistas internacionais como exemplo de arte urbana. Cap. 05 - Projeto O projeto, proposto com o seu conceito, será dividido em partes, para a compreensão da utilização do palacete destinada ao uso do artista e do público. 15


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CASA Rテグ 1919


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CASA RÃO 1919

Localizado na Avenida Paulista, projeto elaborado pelo engenheiro uruguaio Joaquim Eugênio de Lima que visava à construção de uma extensa via plana (2,8 km), arejada e embelezada com um largo canteiro central de jardins, ao estilo das avenidas europeias. Em 1909, o local tornou-se a primeira via pública asfaltada do Estado de São Paulo. Nesta mesma época, a Avenida Paulista se transformava num dos grandes empreendimentos residenciais de luxo da cidade.

O palacete foi investimento de Joaquim de Mello Franco, construído para fins residenciais em 1905 e reformado e ampliado em 1921. A vegetação existente no lote vizinho ao desta residência fazia parte dos jardins da antiga “Vila Fortunata”, que pertenceu à família Thiollier, demolida em 1972. O terreno abrigou um estacionamento e, em 2008, tornou-se o Parque Mario Covas. Seu programa faz parte dos ‘100 parques para São Paulo’, com área de quase seis mil metros quadrados, inaugurado em 2010.

boia que garante a iluminação natural para o corredor, que faz ao mesmo tempo a conexão entre área social e cozinha e a distribuição dos quartos; um desenho específico em parquet de madeira para piso e forro; terraço e mirante com cobertura de cobre em estilo mouro, para a contemplação da avenida e sua fachada em estilo eclético, com um toque da estética rococó Luís XV. Ainda é importante ressaltar seu jardim que, assim como seu vizinho, o Parque Trianon, conta com exemplares de mata original e tem seu estilo mais próximo ao das antigas chácaras dos campos.

“O palacete tinha a proposta de ser uma casa moderna para sua época. Ela foi construída em 1905 e em 1910 foi reformada conforme projeto estudado em Paris onde o casal proprietário (Joaquim Franco de Mello e Lavínia Dauntre Salles de Mello) e seu filho pequeno (Raphael) de 3 anos de idade, passaram o ano estudando a reforma da casa, quando ficou com o aspecto atual que ela possui até hoje, já que nada foi mexido até a presente data.” relato de Renato Franco de Mello, herdeiro.

Em 1992 foi realizado o tombamento do imóvel e, apesar de seu longo desuso e poucas ações de preservação, o "Casarão" encontra-se em bom estado no que diz respeito à estrutura e aca- O casarão foi habitado até o início da década de 1970 e ficou bamentos. abandonado por aproximadamente uma década, quando passou a abrigar diferentes tipos de eventos diurnos e noturnos até A casa possui 35 cômodos. De sua arquitetura destaca-se a encontrar-se em desuso novamente, situação que permanece nos entrada frontal, atípica para os padrões da época; uma claradias de hoje. 18


LOCALIZAÇÃO

IMPLANTAÇÃO Imagem: 01

SITUAÇÃO ATUAL DO CASARÃO 1919 Imagem: acervo pessoal

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av. paulista parque mario covas

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SITUAÇÃO ATUAL DO CASARÃO 1919 sem esala


av. paulista

av. paulista

SITUAÇÃO ATUAL

PLANTA NÍVEL 0.00 PLANTA NÍVEL 2.40 sem escala

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av. paulista

av. paulista

av. paulista

FACHADAS CORTES sem escala

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SITUAÇÃO ATUAL

Imagens situação atual: 02, 03, 04 e 05

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Imagens situação atual: 06,07,08 e 09


Imagens situação atual:10,11 e 12

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RESIDÊN CIA AR TÍSTICA


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RESIDÊN CIA AR TÍSTICA residência re.si.dên.cia sf (lat residentia) 1 Morada habitual em lugar determinado. 2 Localidade onde uma pessoa vive. 3 Lugar designado por autoridade civil ou eclesiástica para a sede da atividade de uma pessoa no exercício de uma função ou cargo. 4 Trecho de uma linha férrea sob a responsabilidade de um engenheiro responsável quer durante a construção quer para efeito de conservação depois de construída. 5ant Sindicância. Dicionário Michaelis

A residência artística trata-se de uma experiência de intercâmbio de artistas de nacionalidades e culturas diferentes.

A partir deste deslocamento, não somente de corpos e de objetos, também há outros fenômenos que contribuem para esta experiência, como: disposições locais e mundiais, políticas, culturais, sociais, históricas, econômicas e, por que não também lembrar, religiosas, a formação do artista torna-se muito mais interessante. Com toda essa troca de experiências entre os participantes desta residência e com o objetivo de incentivar a inovação, pesquisa, criação, entre outros, faz com que os estudos e o produto final desta residência sejam mais ricos.

Quem fala em residência artística fala em deslocamento. Os programas de residência artística, em sua gênese, propõem a mobilidade dos profissionais das artes como meio de criar condições propícias para a pesquisa (...) promovendo literalmente a desterritorialização como condição básica da criação. (Mapeamento de residências artísticas no Brasil, FUNARTE, PACKER¹, 2014, p. 26)

1 Amilcar Packer é artista e curador, nascido no Chile e radicado no Brasil. É codiretor do programa internacional de residências artísticas de pesquisa Capacete, no Rio de Janeiro, e professor convidado do Programa de Arte, Pesquisa e Prática da Escola Nacional Superior de Belas Artes de Paris, França, além de outras instituições de pesquisa no Brasil.

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Com a convivência de artistas diferentes, o funcionamento coletivo, existe a troca pessoal e profissional de informações criando uma experiência única, que tira o artista da rotina e o põe em um local de aprendizado e desenvolvimento. Deslocamentos espaço-temporais, trocas, experiências-limite, convivências, isolamento, dedicação, concentração, mobilidade, contatos pessoais e culturais são aspectos relevantes e significativos indicados pelos artistas – em conversas e depoimentos – e que colocam a residência artística vivida por eles, como uma experiência transformadora e, antes de qualquer coisa, de introspecção, também pela busca de sua própria relação com o mundo. A ênfase em valores, como o tempo e o espaço diferenciados, marca a ideia de residência artística, sendo incessantemente mencionados como essenciais para uma condição de trabalho para o artista. (Mapeamento de residências artísticas no Brasil, FUNARTE, MORAES², 2014, p.39)

O tempo dedicado, o comprometimento deste artista com o seu trabalho e a cidade que varia de vinte dias até dois anos - transforma seu cotidiano e rotina em exposição ao público. O resultado desta residência ligada à arte urbana constrói uma reflexão sobre a cidade e a arte, o cidadão e a arte e a vida e a cidade, e demonstra os conflitos e as condições da ARTE x ESPAÇO. Com isso, cada artista produz algo diferente do que sempre fez, pois é influenciado pelas condições, por outros artistas, outras cidades, outros países. Além do contato com os outros artistas, o público acaba se tornando um fator presente 2 Marcos Moraes, pesquisador e curador, é doutor na área de Projeto, Espaço e Cultura pela FAU-USP. Coordena a Residência Artística da Faap; o Programa de Residência Artística na Cité des Arts, em Paris, e o Programa Faap/Fullbright Distinguished Chair in Visual Arts. 29


em visitas às residências e exposições, abrindo essas novas visões também para os espectadores, que podem absorver a união desse desenvolvimento e o resultado da residência como um todo. Residência Artística no Brasil O catálogo da FUNARTE, "Mapeamento de Residências Artísticas no Brasil", é a primeira pesquisa institucional no âmbito do Ministério da Cultura com o intuito de levantar dados sobre essa modalidade de prática cultural. O crescimento das atividades de residência artística no Brasil, a cada ano, a partir de 2006. Nessa década, houve um aumento muito expressivo no número de residências. Num período de seis anos (2006-2012), o número de Programas praticamente quadruplicou, chegando a cento e dezoito, tendo um pequeno acréscimo no ano seguinte. Dentre o universo pesquisado, a residência mais antiga data de 1995. (Mapeamento de residências artísticas no Brasil, FUNARTE, 2014, p.73)

Gráfico Mapeamento de residências artísticas no Brasil, FUNARTE, 2014, p.73 obs.: No campo “Anteriores a 2006”, foram informados os seguintes anos de realização de residências: 1995: 01, 1998: 01, 2000: 02, 2001:02, 2002:02, 2003:02, 2004: 04, 2005: 04. 30


No Brasil, estão mais presentes no Sudeste (São Paulo e Rio de Janeiro). A segunda região com mais residências é o Nordeste, seguidas pelo Centro-Oeste, Sul e Norte.

Gráfico Mapeamento de residências artísticas no Brasil, FUNARTE, 2014, p.58.

Distribuição das residências por Unidade Federativa:

Gráfico Mapeamento de residências artísticas no Brasil, FUNARTE, 2014, p.59.

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Eles levantam, também, os objetivos destas residências: "O principal objetivo dentre os programas de residência artística é promover o intercâmbio e a troca de conhecimentos entre os artistas e o público em geral. A criação artística é o segundo item mais importante. Temas sociais também foram bastantes presentes, seguidos pela experimentação e inovação no campo das artes".

- Promover o intercâmbio/troca de conhecimentos entre os artistas e o público em geral; - Criação artística; - Garantir a inclusão social de cidadãos, gerando autoestima e aguçando o gosto pelas artes no público local contemplado pelas residências; - Experimentação e inovação em artes; - Levar a arte e a cultura aos locais de atuação, promovendo a participação do público e a divulgação da arte de origem do artista; - Produção cultural; - Fomentar a economia local e novos arranjos produtivos, desenvolvendo as cadeias produtivas dos setores culturais; - Desenvolvimento e aguçamento das habilidades artísticas; - Promover áreas como a educação patrimonial, a formação de guias, etc. (Mapeamento de residências artísticas no Brasil, FUNARTE, 2014, p.67)

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ESTU DOS DE CASO


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RED BULL STATION

mezanino

Esse antigo edifício da década de 20, que foi ocupado pela companhia Light, foi restaurado e reformado para abrigar um centro de artes e música. Localizado na Praça da Bandeira, centro de São Paulo. Projeto Triptyque Architecture. O prédio foi inteiramente restaurado segundo normas de preservação do patrimônio e reformado para adaptar-se às suas novas funções de espaço cultural, residência artística, e também mantendo sua essência e potencializando seus elementos.

térreo

O tempo de permanência nesta residência é de 3 meses, e os artistas não residem no espaço. A utilização do espaço é para ateliês pessoais, coletivos, e também há espaço para exposições e café. subsolo

PLANTAS RED BULL STATION Imagens: 13, 14, 15, e 16 36

superior


Fachada Red Bull Station Imagem: 17

Imagens: acervo pessoal

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MOTIVO DA ESCOLHA Após a reforma e todo o design de interiores, o prédio da década de 20 tornou-se ambiente de trabalho para os artistas. Em sua proposta, diferente de outras residências, o artista não mora no local, apenas trabalha. O projeto tentou manter a situação em que o prédio se encontrava, recebendo uma intervenção arquitetônica contemporânea, a fim de se adaptar às suas novas funções de espaço de fomento à cultura. Imagens: acervo pessoal

As paredes existentes com pintura original tratada, as portas de ferro que dividem hoje os ateliês e suas fachadas foram mantidas do original da época. Dentro da Red Bull Station, a área aberta ao público - o terraço e o café - é um chamariz convidativo, assim como as áreas expositivas internas, adequadas para os residentes e outras atrações. Nesta área aberta ao público também ocorrem feiras desligadas aos residentes da Red Bull Station, shows, entre outros, de forma que outros artistas também possam expor seus trabalhos.

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RESIDÊNCIA FAAP Projetado por Ramos de Azevedo na década de 20, o Edifício Lutetia, situado no centro de São Paulo, abriga a residência artística da FAAP, atual proprietária. Desde sua construção, abrigou escritórios e estabelecimentos comerciais, e manteve suas características arquitetônicas externas. A FAAP implantou no Edifício Lutetia 10 estúdios destinados a este público, para que possam desenvolver projetos artísticos e trocarem experiências e conhecimentos com alunos e professores da FAAP. O período de residência varia de 2 a 6 meses. Ainda, nos 1º e 2º andares situa-se o MAB-FAAP Centro, onde há espaços destinados à realização de exposições de arte temporárias. No restante dos andares, 10 lofts ambientados por Pedro Mendes da Rocha, que variam de 69m² ou 79m².

Fachada Ed. Lutetia Residência Artística FAAP Imagem: 18 39


MAB-FAAP Centro 40

Imagens: 19 e 20

Interior Residência Artística FAAP Imagens: 21 e 22


MOTIVO DA ESCOLHA O projeto para transformar este edifício em Residência foi planejado e ambientado por Pedro Mendes da Rocha e inaugurado em 2004. A área expositiva é aberta ao público ao término de cada residência artística. Em 1992 - mesma data do Casarão aqui estudado - o Ed. Lutetia foi tombado. Em 2000, foram realizados trabalhos de restauro em sua fachada e hall de entrada. E com o trabalho de retrofit o edifício passou a ter uma infraestrutura moderna, preservando as características originais do prédio. A ambientação de Pedro não foi simplesmente decorar um apartamento, e sim a preocupação de garantir a boa ocupação do espaço, a clareza das intervenções e o mais importante: um ambiente funcional, já que seria casa e ateliê. Os conceitos como os de flexibilidade, harmonia, padronização e individualidade, versatilidade de uso, equilíbrio cromático (cada unidade com uma cor distinta), geram sua identidade.

Interior Residência Artística FAAP Imagens: 23 e 24

“Tudo foi pensado para acomodar o artista da melhor forma possível.“ afirma o coordenador da Residência artística da FAAP, Marcos Moraes. (2009). 41


BAUHAUS A Bauhaus começou o seu trabalho em 1919, em Weimar. A sede era em um edifício construído em 1905 por Henry Van de Velde - com Walter Gropius - e transferiu-se em 1925 para Dessau, projeto de Gropius. A Bauhaus tinha sido grandemente subsidiada pela República de Weimar. Após uma mudança nos quadros do governo, em 1925 a escola mudou-se para Dessau, cujo governo municipal naquele momento era de esquerda. Uma nova mudança ocorre em 1932, para Berlim, devido à perseguição do recém-implantado governo nazista.

Térreo Imagem: 25

Em 1933, após uma série de perseguições por parte do governo nazista, a Bauhaus é fechada, também por ordem do governo. Os nazistas opuseram-se à Bauhaus durante a década de 1920, bem como a qualquer outro grupo que não tivesse uma orientação política de direita. A escola foi considerada uma frente comunista. 42

video: Bauhaus - a face do século xx http://www.bauhaus-dessau.de/bilder-des-bauhauses.html


Superiores - 4 andares de residência - 28 quartos de 20m² Imagem:26

Vista aérea Imagem: 27

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Fachada dormit贸rio Bauhaus Imagem: 28

Detalhe varanda dormit贸rio Bauhaus Imagem: 29

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Vista interna dormit贸rio Bauhaus Imagem: 30


MOTIVO DA ESCOLHA Diferente de uma residência artística que tem a duração curta, a Bauhaus Dessau, com o seu ambiente estudantil, tinha, em uma parte da sua edificação, um prédio para os alunos residirem. São 28 dormitórios com 20m², sanitários e copa a serem compartilhados. distribuídos em quatro andares, os primeiros são de uso educacional. O interior destes dormitórios, como mostram as imagens 30, 31 e 32, após o desuso, passou por um processo de reforma, onde tudo foi meticulosamente mantido. Seguiu-se o padrão do modernismo ensinado e executado na Bauhaus: quarto com a estética funcional, cama, mesa de estudos, paredes brancas e piso em madeira.

Vista interna dormitório Bauhaus Imagens: 31 e 32

Nos outros prédios estão dispostos os ateliês, áreas expositivas, área para palestras e todo o apoio aos alunos e professores para o aprendizado. 45


ARTE URBANA 46


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O conceito de arte urbana abrange um processo estético comteporâneo, que por sua vez é embasado em fatores socioecônomicos que refletem suas práticas em locais públicos/privados. São destacados aspectos de cunho cultural, político e econômico, em movimento de maturação constante. “A cidade favorece a arte, é a própria arte.” Lewis Mumford – Bomb it Documentário 2008

Partindo desse princípio, a arte urbana não é nada mais do que fruto do meio sociopolítico constituído dentro da sociedade urbana, onde se permeiam diferentes diretrizes artísticas.

A R T E Na década de 60, surgiram as primeiras inscrições em lugares públicos como forma de manifestação. Como por exemplo as inscrições feitas em maio de 68 em Paris, onde estudantes protestaram contra o capitalismo,consumismo, as instituições tradicionais, valores e ordem. Os trabalhadores juntaram-se aos protestos, tornando-se assim “uma revolução social e não uma política" - Alain Geismar, um dos líderes do movimento. “Eu estava, após o costume da humanidade, apaixonado pelo meu nome e como pessoas jovens educadas comumente fazem, eu o escrevi em todos os lugares.” Goethe, Poesia e Verdade (Aus meinem Leben: Dichtung und Wahrheit - 1811)

Na mesma época, em Nova York, crescia o movimento do grafite junto ao movimento de hip hop e rap. Começou pelo simples fato de um garoto ter deixado sua marca:

“A ideia de ter o seu nome em todos lugares foi inventada por um garoto chamado Taki. Que morava na 138 street em Washin gton heights. Taki 183 foi o primeiro cara. Mesmo que digam que Julio 204 começou antes dele. Mas foi ele que ficou famoso. Era sobre o que todo mundo falava na época” Wasp - Grafiteiro Nova York – Documentário Style Wars 1983

grafite gra.fi.te sf (fr graphite) 1 Grafita. 2 Lápis para desenho. 3 Palavras, frases ou desenhos escritos em muros e paredes como mensagens, como contestação ou simplesmente de caráter obsceno. Dicionário Michaelis 48


O termo grafite apareceu primeiramente na Philadelphia, Pennsylvania, durante a década de 60. Cornbread e Cool Earl escreveram seus nomes pela cidade e acabaram chamando atenção. Não é claro se o conceito chegou até Nova York espontaneamente ou não. Por ser uma contracultura, muita informação era passada de boca a boca. Mas o grafite cresceu rapidamente e começou a sair das ruas e ir para os metrôs, tornando-se competitivo. “É uma questão de ter um tag¹ em cada linha e em cada divisão. Chama “indo toda cidade”, as pessoas vem os tags no queens, downtown, pela cidade toda.” Skeme - Grafiteiro Nova York – Documentario Style Wars 1983

URBANA “Não é uma questão de que saibam quem eu sou. É uma questão de grafitar. Toda vez que eu entro em um trem, quase todo dia eu vejo meu nome. Eu digo: “é, você sabe. eu estava lá. Eu grafitei”. É para mim. Não é para mais ninguém. Eu não ligo com mais ninguem vendo ou do fato que eles possam ler ou não. É pra mim e para outros grafiteiros que possam ler, todas outras pessoas que não podem ler estão excluídas. Eu não ligo para elas. É para nós.” Skeme - Grafiteiro Nova York – Documentario Style Wars 1983

O grafite poderia ser definido como a forma mais crua de arte urbana, desencadeando todos os outros segmentos.

Da mesma maneira que a arte é e sempre foi um mercado fechado, segregador e elitista, o público passou a presenciar uma comunicação direta, que esteve presente no dia a dia com a chegada do pop art. Mas a arte urbana chegou de maneira forte, marginalizada, como uma manifestação artística presente no dia a dia. Uma contracultura se expressando através de meios estéticos, comunicativos entre si e a sociedade, e comumente críticos sociais.

1. tag. É a escrita mais básica do nome de um artista. É a sua assinatura personalizada. http://en.wikipedia.org/wiki/Graffiti#Tag 49


No Brasil surgiu na década de 70 como uma linguagem transgressora, de rua e marginal, transformando a cidade num importante suporte de comunicação artístico sem delimitação de espaço, mensagem ou mensageiro. E com o passar do tempo o grafite permitiu a fusão do centro com a periferia. Com o passar do tempo e os conflitos, o grafite começou a ser aceito dentro das galerias e começaram a surgir grandes artistas do meio. Keith Haring foi um dos aclamados artistas que deixou o underground e se tornou um ícone. "Arte não é nada se você não alcança todos os segmentos de pessoas" – disse ele, mostrando que a arte urbana é uma extensão viva da cidade, onde se conversa com o espaço e o espectador. “Eu acho que uma cidade sem grafite, cara, é uma cidade que tá faltando um membro, um orgão. Porque o grafite faz parte da cidade como um organismo vivo.” Nove – Grafiteiro / São Paulo- Documentário Graffiti Fine Art

E como um organismo vivo, a cidade cresce e se desenvolve, juntamente à arte urbana, de forma espontânea, natural e livre de amarras, caminhando a uma renovação urbana. Acompanhando diretamente essa cultura, foram desenvolvidos modos de expressão artística mediante o uso de diversas técnicas e alternativas, como por exemplo o stenci¹, pôsteres², adesivos³, lambes⁴, entre outras intervenções no nosso cotidiano. 1. Stencil: é uma técnica usada para aplicar uma ilustração através da aplicação de tinta, aerosol ou não, através do corte ou perfuração em papel ou acetado, resultando em uma prancha com o preenchimento do desenho vazado por onde a tinta passará. http://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%AAncil 2. Pôster: é um suporte, normalmente em papel, afixado de forma que seja visível em locais públicos. Sua função principal é a de divulgar uma informação visualmente, mas também tem sido apreciada como uma peça de valor estético. Além da sua importância como meio de publicidade e de informação visual, o cartaz possui um valor histórico como meio de divulgação em importantes movimentos de caráter político ou artístico. Os problemas estruturais e formais são resolvidos pelo projeto de design gráfico. http://pt.wikipedia.org/wiki/Cartaz 3. Adesivos: (Sticker Art) é uma modalidade de arte urbana que utiliza etiquetas adesivas. É uma manifestação da arte pós-moderna popularizada na década de 1990. 4. Lambe-lambe ou lambes: (Wheat-paste, em inglês), também chamados de poster-bomber, é um pôster artístico de tamanho variado que é colado em espaços públicos. Podem ser pintados individualmente com tinta látex, spray ou guache. Quando feitos em série sua reprodução pode ser através de foto copiadoras ou silk-screen. http://pt.wikipedia.org/wiki/Sticker_art 50


Aderindo à arte de rua, a intervenção urbana cria diferentes tipos de design ativista e práticas artísticas. Esta arte normalmente responde à comunidade social, com a identidade de localização e o ambiente construído em locais públicos. Os objetivos são muitas vezes para criar uma nova consciência sobre as questões sociais e para estimular o envolvimento com a comunidade. “(…) a sua utilização no contexto da arte combina a linguagem gráfica ou simbólica do antigo com o ativismo social deste último. Intervenção urbana , então, pode caracterizar projetos que envolvem, animam, disseminam, neutralizam ou polemizam ambientes urbanos e sociais, a fim de não só distribuir uma mensagem, mas incentivar a mudança real, visível e viável dentro de uma comunidade.” Sam Korman – Curador/ Nova York Nesse sentido, a intervenção urbana acaba se apropriando do espaço urbano. No “espaço de representação”, a obra de arte é um agente no espaço, mas também se torna o espaço, reforçando processos sociais ligados a ele e à cidade. A cidade e a arte são abordadas como uma forma social, ao invés de objeto físico. A seguir, foram selecionados alguns artistas que representam a arte urbana. Cada um deles possui uma técnica diferente de trabalho, assim como aplicações e materiais diversos. Através do estudo das obras e produtos destes artistas, foi identificada a necessidade de espaço e os materiais apropriados para o dia a dia, que serão aplicados no projeto da residencia artística.

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BLU Blu é o pseudônimo de um artista de rua italiano, que mantém sua identidade desconhecida. Começou em 1999 a trabalhar com spray mas, com o passar dos anos, sua técnica cresceu e seu vocabulário tomou força. Começou a misturar técnicas de animação aos seus trabalhos, criando vídeos de grafites animados. Já viajou boa parte do mundo mostrando seu trabalho, utilizando um vocabulário pop que dialoga com a sociedade que habita esses espaços, sempre com um teor crítico.

GRAFITE EM BERLIM - ALEMANHA Imagem: 33

GRAFITE EM CAMPOBASSO, ITÁLIA Imagem: 34

GRAFITE EM BERLIM - ALEMANHA Imagem: 35

GRAFITE EM LISBOA - PORTUGAL Imagem: 36

Suas pinturas parecem interpretar a linguagem arquitetônica dos espaços públicos e reinventá-la em novas formas. As imagens 33 a 36 trazem exemplos do uso da empena de edifícios como expressão, crítica e mostra da sua arte. Já fez parceria com os Gêmeos (brasieliros). 52


HEND KHEERA Hend Kheera é uma artista de rua do Cairo Egito, que mistura stencils e slogans. Seu trabalho é cru e não possui uma estética estereotipada feminina. Ele retrata sua luta como mulher e os esforços para cruzar os limites do que é socialmente aceito na sociedade Egípcia. Através da sua arte participou de campanhas antiassédio, onde utilizou um stencil que dizia: “Cuidado! Não encoste ou a castração te aguarda!”. O que resultou em censura, mostrando que sua mensagem tinha poder.

GRAFITE EM GALLERY’S FACTORY SPACE IN DOWNTOWN CAIRO - EGITO Imagem: 38

Ela é uma das líderes do crescimento da cena de street art que começou em 2011, no Egito. É uma artista importante que documenta, através da sua arte, a revolução. Ela foi a primeira artista de rua egípcia a aparecer na revista Rolling Stone. GRAFITE EM CAIRO - EGITO Imagem: 37

Imagem: 39 53


OLEK Agata Oleksiak, mais conhecida como Olek, é uma artista polonesa que trabalha com esculturas, instalações e espaços públicos, criando com crochê, malha, lã e fibra. Olek começou seus trabalhos depois de se mudar para os Estados Unidos em 2003. Conhecida por seu trabalho ousado e personalidade vivaz, as intervenções em constante expansão de Olek caracterizamse por cobrir uma multidão de pessoas e objetos em estampa de camuflagem crochet, incluindo bicicletas, carros, carrinhos de compras e veículos em geral.

Imagem: 40

ARTE URBANA NOVA IORQUE - EUA Imagem: 41

ARTE URBANA NOVA IORQUE - EUA Imagem: 42

ARTE URBANA NOVA IORQUE - EUA Imagem: 43

“Acho que o crochet, do jeito que eu crio, é uma metáfora para a complexidade e a interconexão do nosso corpo e seus sistemas com a psicologia. As conexões são mais fortes, como um tecido, ao invés de separar os fios, mas, se você cortar um, a coisa toda vai desmoronar.”

54


RICHARD SERRA Richard Serra, nasceu em San Francisco em 1938. Ele estudou na Universidade da Califórnia, e desde 1966 vive em Nova Iorque. Considerado um dos artistas mais importantes do pós-guerra, suas esculturas exploram o intercâmbio entre a obra de arte, o local e o espectador. Serra cria esculturas em larga escala, que acabam compondo configurações arquitetônicas, urbanísticas e paisagísticas, incentivando o espectador a interagir com a escultura e o local, percebendo aonde ela o leva. Conhecido também por colocar em confronto a obra e o espaço público, como na polêmica escultura “Tilted Arc - 1987”, retirada do local após a mobilização dos habitantes de uma área nobre de Nova Iorque, que consideraram a escultura ofensiva. A escultura como arte urbana, interagindo com o espaço e com as pessoas.

ARTE URBANA GRAND PALAIS MUSEUM PARIS - FRANÇA Imagem: 44

ARTE URBANA PRAÇA STEDELIJK MUSEUM AMSTERDÃ - HOLANDA Imagem: 45

55


56

PRO JE TO


57


Objetivo

PRO JE TO

Com o objetivo de ocupar a residência - atualmente sem uso - para artistas urbanos, trará um espaço com os usos de estudo, exposição, entre outras atrações para o público. O casarão sofrerá modificações para melhor atender os dois lados – residentes e o público em geral - e o projeto visa o equilíbrio entre o histórico e o moderno.

Os espaços projetados a partir do uso, onde quatro artistas viverão, têm como objetivo não interferir na criatividade destes, deixá-la, de certa forma, neutra, assim o artista, com o seu cotidiano, adaptará seu ambiente às suas necessidades. Setorização

O Casarão conta com 35 cômodos, divididos em dois andares, e um terceiro que serve como mirante: Avenida Paulista (0.00), Pavimento Superior (2.40) e o Mirante (7.00).

Nestes três pavimentos será dividido o programa básico de necessidades para os alunos e para o público.

Sua implantação será alterada. O muro que divide o Casarão da cidade será retirado e, portanto, a cidade ganhará mais uma praça e mais um espaço de convívio social. Avenida Paulista (0.00) – Dois acessos para os residentes, e um elevador para acessibilidade.

Neste nível estão localizados os quatro dormitórios e os quatro sanitários - sendo um para cada - a área de estar em comum, a cozinha com copa e o lavabo, que conta58


rá com uma lavanderia embutida no armário, tornando-a imperceptível, apenas os residentes saberão que ali existe uma máquina de lavar e secar, um armário de apoio e um tanque embutido. Há também uma escada nesta área privada, que leva para o pavimento superior, onde estarão localizados os ateliês e a área aberta ao púbico. Pavimento Superior (2.40) – Três acessos, duas escadas, sendo uma frontal e a outra na lateral da casa e o elevador para acessibilidade. Ao entrar, temos as opções: exposição ou o café. Nestes ambientes, a história da casa estará visível a todos, seus papéis de parede, os tetos com forro trabalhado e pintado, as portas e janelas em madeira maciça. O piso em madeira e os vitrais também serão mantidos e restaurados. Neste andar também há uma cozinha que servirá de apoio ao café e aos funcionários, e uma área administrativa para estes. Os ateliês, espaço de trabalho e execução das obras dos artistas, contará com toda a infraestrutura necessária para o processo de criação, como bancadas em aço inox, para a melhor limpeza dos equipamentos utilizados (spray, tintas, etc.); iluminação natural das janelas da casa, algumas com mais de dois metros de altura, e a artificial para complementar; a instalacão de um tanque em cada sala para a limpeza dos materiais. Estes ateliês, dependendo do artista, também poderão servir como área expositiva. Mirante (7.00) – Acessado somente por uma escada caracol existente, original da residência, e aberto ao público. “Se parece certo, então está certo” Dorothy Draper

59


Dos cômodos citados, os que serão projetados são: Dormitório: No dormitório, após os estudos de caso, confirmou-se que os alunos necessitarão de algo neutro. Será aproveitado o existente na casa, seu piso e seu teto nas cores brancas, com os objetos de necessidade para o cotidiano destes artistas. O projeto acontecerá nos outros três quartos. Sanitário: Este ambiente, diferentemente do dormitório, será projetado com lambelambe como papel de parede, dando uma diferenciada e uma textura ao ambiente, que poderá ser atualizado por cada artista que passar pela casa, ou quando simplesmente tiver vontade de trocar. Sala de estar: Local onde os residentes se encontrarão e terão o convívio do cotidiano. O projeto com luzes indiretas, ambiente, torna-se mais aconchegante. O uso do lambe-lambe como papel de parede tem a mesma função do sanitário: a troca fácil, sempre que quiserem, ou quando acontece a troca dos artistas. Área expositiva: Logo ao entrar nesta sala, o espectador encontrará a história da casa misturada com as obras dos artistas da residência. A decoração orginal será mantida. Os papeis de parede, o forro trabalhado e pintado, as janelas com vitral restaurado são a base para o projeto desta área. Sanitário unissex: Com o andar aberto ao púbico, este sanitário também terá uma parede feita de lambe-lambes (como papel de parede) criados pelos artistas, sendo possível a troca. As paredes, cinzas, poderão receber desenhos. “Decorar é pura diversão; um deliciar-se em cores, uma consciência pela harmonia, um desejo pela iluminação, um senso de estilo, um entusiasmo pela vida e um prazer pelos acessórios do momento” Dorothy Draper 60


CONCEITO O projeto visa a atender dois públicos: o público e o privado.

COMUNIDADE REDBULL STATION

ESPAÇO TROCAS

O privado seria toda a parte da residência voltada ao artista e o seu cotidiano. E a parte pública, as áreas expositivas, café e uma nova praça para a cidade de São Paulo. Após a análise realizada com os estudos de casos e de artistas da arte urbana para o conceito de residência artística, três palavras foram fundamentais para o projeto desta residência: DESLOCAMENTO + TROCAS + EXPERIÊNCIA.

CASARÃO 1919

CONTATO CONCENTRAÇÃO

“Afirmam-se, assim, as certezas e unanimidades em torno da ideia de que a experiência da residência artística propicia ao artista uma condição espaçotemporal especí ica, privilegiada, destinada à criação e produção”. (MORAES, FUNARTE, 2014, p. 40)

EXPERIÊNCIAS 61


DESLOCAMENTO CULTURA BAUHAUS

MOBILIDADE FAAP

ISOLAMENTO

COLETIVO DEDICAÇÃO CONVIVÊNCIA

62


IDENTIDADE VISUAL Na passagem dos anos 60 para os 70, com o grande crescimento populacional de São Paulo, a Avenida Paulista viu-se "obrigada” a se adequar ao grande fluxo de veículos, fazendo papel de via expressa, ligando os bairros, por ser um espigão central. A avenida já passava por uma série de obras e, com essa demanda, em 1973 os arquitetos João Carlos Cauduro e Ludovico Martino sugeriram que também fosse feito um projeto de comunicação visual, seguindo o conceito de planejamento ambiental, composto por paisagismo, sinalização e mobiliário urbano, com o objetivo de recriar a legibilidade da avenida, reafirmando sua função significante dentro da cidade. A avenida abrigou os casarões de arquitetura eclética fin-de-siècle, destinados aos abastados comerciantes, banqueiros, condes e barões do café. O ideal de um boulevard paulistano, materializado na Avenida. A solução aplicada na sinalização foi a junção de uma série de informações que sempre

foram aplicadas de forma isolada e diferente, como nome de rua, sinais de trânsito, placas e etc. Sendo assim, foi criado um poste de uso múltiplo que une todas essas informações. Esse poste tem 7,20 metros de altura. Até 2,50 metros há as informações para pedestres; entre 2,50 e 3,50 metros, as informações para média distância. Acima disso, estão as de longa distância. As informações a média e longa distância foram muito importantes, pois era a primeira vez que se fazia uma pista única de ônibus, retirando a área de estacionamento. Com essa mudança, também vieram mudanças para os semáforos. Pela primeira vez eles foram colocados depois do cruzamento, tendo assim maior visibilidade. Foi utilizado um suporte em alumínio com uma tecnologia nova, onde, em caso de batida, o material deforma-se e não se corre o risco de se machucar durante o acidente.

Imagem: 46 63


Então, usando de base a identidade visual criada por Cauduro e Ludovico, ao caminhar pela Avenida Paulista, esta mesma irá compor a fachada do "Casarão 1919", que também dará o acesso à praça. Neste poste de uso múltiplo também conterá as atrações abertas ao público da residência, como por exemplo, o nome dos residentes e a duração do tempo em que estarão sendo expostas as obras. Imagem: 47 64

1919

Casar ã o

No me 0 3 No me 0 4

O palacete com o nome "Joaquim de Mello Franco" atualmente é conhecido como Casarão, apelido dado pelas pessoas que passam por esta residência.

N om e 0 1 N om e 0 2

"Fazemos um trabalho em que não se sabe onde começa a arquitetura e onde acaba o design; onde se inicia o desenho de produto e onde termina a parte gráfica". "No caso da cidade, isso também acontece. Notamos então que quanto menor o suporte, quanto mais simples, melhor" – (CAUDU-RO,2005)

m ê s. m ê s.


O Casarão conta com um grande terreno. Sua área permeável com árvores existentes passará a ser de uso público. Portanto, o muro que hoje divide a calçada da Av. Paulista da residência, que segrega o público do privado, será removido. Sendo assim, a cidade ganhará mais uma praça. A entrada para a residência (1) continuará sendo pela escadaria frontal e lateral e também terá um novo acesso para a acessibilidade. Ao lado da residência, um totem (2) será instalado para a identificação do Casarão 1919, e nele haverá os nomes dos residentes que estarão expondo. O piso de concreto (3) da Av. Paulista entrará na praça, tornando-se único e convidando o pedestre a usar esta área como praça e apreciar a exposição.

IM PLAN TA ÇÃO

O café/bar (4) será um contêiner fixo, mas todo o espaço asfaltado estará aberto a receber eventos franqueados ao público, por exemplo, feirinha gastronômica¹.

As árvores existentes serão mantidas, mas serão adicionadas algumas outras fazendo o paisagismo desta nova praça. Entre o piso contínuo e as árvores, terá um espelho d’água (5), juntamente com o banco pela extensão da praça Ao fundo do terreno, uma empena (6) livre para apoio aos artistas, que servirá também como espaço expositivo, como todo o percurso desta praça, e um banco, seguindo o padrão da praça servirá de apoio para projeções feitas pelos residentes.

A iluminação da praça, será a mesma da Av. Paulista, e também ocorrerá na extensão dos bancos.

1. A Feirinha Gastronômica é uma iniciativa da chef Daniela Narciso e do produtor cultural Maurício Schuartz, sócios na KQi Produções, que trazem a filosofia da boa comida a céu aberto para o final de semana, tem como conceito descobrir novos talentos da comida de rua brasileira. http://feirinhagastronomica.com.br/feirinhagastronomica/home/ 65


1 1 1

6

2

4

3

5 1. Acesso 2. Poste identificação 3. Praça / exposição 4. Cafe / bar 5. Bancos e espelhos d’água 6. Área projeção

66


REFERÊNCIAS Imagem 48 - Projeto Bernadette Bieman, Holanda - Referência de espelho d’água e banco concreto; Imagem 49 - Kung yu’s Studio - Bandar Seri Damansara, Kuala Lumpur Detalhe banco concreto e iluminação; Imagem 50 - La rambla Barcelona - Espanha Referência de uso do espaço e as árvores; Imagem 51 - Squares In Puigcerdà , Pepe Gascón - Girona, Espanha Detalhe banco concreto e iluminação; Imagem 52 - “Made by... Feito por Brasileiros” São Paulo, Brasil Exemplo de arte ocupando o espaço;

Imagem: 48

Imagem: 49

Imagem: 50

Imagem: 51

Imagem 53: Evento Butantan foodpark Estacionamento utilizado por food truck em feira gastronômica; Imagem 54 - Miolo de quadra com food truck no bairro Banglatown - Londres; Imagem 55 - Arte urbana, projeções nas empenas - Evento Vídeo Guerrilha, Rua Augusta, São Paulo, Brasil; Imagem 56 - Pitico, conteiner gastronômico no bairro de Pinheiros, São Paulo, Brasil

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Imagem: 52 68

Imagem: 53

Imagem: 54

Imagem: 55

Imagem: 56


FACHADA

69


m ês . m ês .

70 N om e 0 1 N om e 0 2

N om e 03 N om e 04 191 9

Ca sa rão


COZINHA

DORM. 01

DORM. 02

ARQUITETURA

CIRCULAÇÃO

De acordo com a nova implantação, o muro que divide o casarão e a Av. Paulista será removido e um elevador será construído para acessibilidade. Adaptações feitas para os quatro artistas que compartilharão estes ambientes, como:

WC WC

SALA

DORM.03

DORM.04

WC

No nível 0.00 - Os quatro quartos acompanhados dos banheiros, sala de estar, cozinha, copa e lavabo/balcão de serviço. Algumas paredes serão construídas e outras demolidas.

PLANTA PAV. INFERIOR esc. 1/175 nível 0.00

LEGENDA: À DEMOLIR

WC

À CONSTRUIR

WC

WC COPA

WC

COZINHA

DORM. 01

DORM. 02

CIRCULAÇÃO

DORM.04

WC WC

DORM.04

SALA

DORM.03 WC

PLANTA PAV. INFERIOR esc. 1/175 nível 0.00

LEGENDA: À DEMOLIR À CONSTRUIR

PLANTA PAV. INFERIOR esc. 1/175 nível 0.00

LEGENDA:

71

D


ATELIÊ EXPOSIÇÃO FOYER

CAFÉ

APOIO

ATELIÊ

ATELIÊ

No nível 2.40 – Ateliês, sendo um pra cada artista residente, café, área de apoio, área administrativa e exposição. WC UNISSEX

EXPOSIÇÃO

CAFÉ

EXPOSIÇÃO

COZINHA APOIO

PLANTA PAV. SUPERIOR esc. 1/175 nível 2.40

LEGENDA: À DEMOLIR

WC

À CONSTRUIR

WC

WC PNE ATELIÊ ADM. ATELIÊ EXPOSIÇÃO FOYER

CAFÉ

APOIO DORM.04

ATELIÊ

ATELIÊ WC UNISSEX

CAFÉ

EXPOSIÇÃO

EXPOSIÇÃO

COZINHA APOIO

PLANTA PAV. INFERIOR esc. 1/175 nível 0.00

LEGENDA: À DEMOLIR À CONSTRUIR

72

PLANTA PAV. SUPERIOR esc. 1/175 nível 2.40

LEGENDA:

D


SETORIZAÇÃO 4 dormitórios +/- 30m2 -banho áreas comuns

COPA

WC

WC

DORM. 02 COZINHA DORM. 01

-salas -cozinha

WC

CIRCULAÇÃO

SALA

LAVABO

DORM.03

DORM.04

WC

PLANTA PAV. INFERIOR nível 0.00

áreas comuns privada

WC PNE

-ATELIÊ -ADM. -COZINHA -APOIO

áreas comuns PÚBLICA -EXPOSIÇÃO -CAFÉ

ATELIÊ ADM. ATELIÊ EXPOSIÇÃO FOYER

CAFÉ

APOIO

ATELIÊ

ATELIÊ WC UNISSEX

CAFÉ

EXPOSIÇÃO

EXPOSIÇÃO

COZINHA APOIO

CIRCULAÇÃO PLANTA PAV. SUPERIOR nível 2.40

73


CORTE AA

0.00

0.00

av. paulista

2.40

CORTE BB

esc. 1/175

74

2.40

esc. 1/175

AV. PAULISTA 0.00

SUPERIOR 2.40

4 dormitórios áreas comuns -salas +/- 30m2 -cozinha -banho CIRCULAÇÃO

áreas comuns áreas comuns PÚBLICA privada -ATELIÊ -ADM. -COZINHA -APOIO

-EXPOSIÇÃO -CAFÉ

CIRCULAÇÃO


PROJETO LAYOUT

75


76


ATELIÊ

ILUMINAÇÃO

ATELIÊ

COZINHA APOIO

WC UNISSEX

EXPOSIÇÃO

CAFÉ

EXPOSIÇÃO

LÂMPADAS ABAJUR ARANDELA EMBUTIR EMBUTIR PENDENTE TRILHO + SPOT PENDENTE

PLANTA PAV. SUPERIOR nível 2.40

O projeto de iluminação parte de um conceito – quase único – para toda a casa: iluminação flexível, utilizando trilhos eletrificados e spots direcionáveis. Essa solução permite uma maior versatilidade no uso cotidiano, adaptando-se aos diversos usos e necessidades dos residentes, desde a iluminação de destaque para as paredes e trabalhos expostos, até a iluminação geral do ambiente de trabalho. No entanto, para as áreas mais pessoais – quartos, banheiros particulares e área de estar - preferiu-se uma iluminação mais intimista, trazendo uma sensação de conforto e de estar, de fato, em casa. Para isso, fezse o uso de arandelas, plafons e pendentes usados como abajur, trazendo um aconchego maior para esses ambientes.

WC

COPA

WC DORM. 02

COZINHA DORM. 01

WC LAVABO

SALA

DORM.03

DORM.04

WC

PLANTA PAV. INFERIOR nível 0.00

WC PNE ATELIÊ ADM. ATELIÊ EXPOSIÇÃO FOYER

CAFÉ

APOIO

ATELIÊ COZINHA APOIO

ATELIÊ WC UNISSEX

CAFÉ

EXPOSIÇÃO

EXPOSIÇÃO

LÂMPADAS ABAJUR ARANDELA EMBUTIR EMBUTIR PENDENTE TRILHO + SPOT PENDENTE

PLANTA PAV. SUPERIOR nível 2.40

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DORMITÓRIO REFERÊNCIAS Imagem 57 - Situação atual; Imagem 58 - Referência de área de trabalho com cavaletes como suporte - Dee Mala, interior inspiration; Imagem: 60

Imagem 59 - Armário em aço como guarda -roupa - Sneak Peek: Bladon Conner Studio; Imagem 60 - Exemplo de iluminação de trilho focando as obras na parede - Residência na Barra, Laura Boechat, Rio de Janeiro Brasil; Imagem 61 - Referência de ambiente com grafite nas paredes e estofados, Marion Collard, Paris - França.

Imagem: 57

Imagem: 58 78

Imagem: 59

Imagem: 61


MATERIAIS Para a melhor comodidade dos residentes, cada um terá seu próprio quarto. E cada quarto contará com uma cama, criado-mudo, poltrona, armário e uma bancada de estudo/trabalho/criação. O ambiente foi projetado para ser usufruído como fonte de inspiração, com parede e teto em branco (o atual da residência) para também servir como espaço de trabalho.

Iluminação trilho Imagem: 64

Parede, teto e mobiliário

Piso Imagem: 62

Armário Imagem: 63

Tecido Poltrona

Iluminação plafon Imagem: 65

O piso será o original da casa, em madeira, e será tratado e recuperado. Os quartos possuem luz natural e artificial. Na área de trabalho a iluminação será por trilhos, sistema adotado em quase toda a residência, para destaque das paredes. No quarto, para o ambiente de descanso, um pendente em cima do criado-mudo servirá como abajur, e uma iluminação central, para gerar o conforto de um quarto.

Armário de aço Imagem: 66

Poltrona Imagem: 67

Criado mudo Imagem: 68

Pendente Imagem: 69

Dormitório - pé direito de 2,20m | 37,30m² 79


DORMITÓRIO PROJETO

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Armรกrio de aรงo

Criado-mudo Pendente

Cama

Poltrona

Trilho com spots

Mesa de estudos

Plafon

81


82


83


Modelo tridimensional.

84


Modelo tridimensional.

85


SANITÁRIO REFERÊNCIAS Imagem 70 - Referência de materiais sóbrios e desenho de parede; Imagem 71 - Papel de parede destacando o ambiente; Imagem: 70

Imagem: 71

Imagem: 72

Imagem: 73

Imagem 72 - Mobiliário, cor e papel de parede em sanitário; Imagem 73 - Referência de elemento vazado em sanitário. Projeto Sub Estúdio, São Paulo, Brasil.

86


MATERIAIS Cada residente terá o seu próprio banheiro, sendo no caso 4 banheiros. Neste exemplo, o papel de parede é de extrema importância. Diferente do quarto, que será totalmente branco, com todas as paredes para serem usadas pelo artista, no banheiro a cor é o contraste destes ambientes. A ideia do papel de parede (lambe-lambe) seguirá um pouco o já existente na residência, como por exemplo a área de exposições, porém, neste caso, o papel de parede poderá mudar de acordo com a vontade do residente.

elemento vazado Imagem: 75

Teto, louças e mobília.

Piso

Papel de parede Imagem: 74

iluminação central Imagem: 76

A porta também será revestida com o papel de parede, e os batentes em branco. O piso na cor preta, e as porcelanas e o teto na cor branca. Neste exemplo de sanitário não há janela com iluminação natural. A solução será o uso de elementos vazados, para compartilhar esta iluminação e para que haja circulação de ar junto ao banheiro vizinho. banheiro artista - pé direito de 2,20m | 5,35m²

Mobíliário - Séie orgânica Hayon Colection Jaime Hayon Imagem: 77

banco tolix Imagem: 78 87


SANITÁRIO PROJETO

Iluminação 5-bubble

Banheira

88

Mobiliário


89


Modelo tridimensional.

90


Modelo tridimensional.

91


SALA DE ESTAR REFERÊNCIAS Imagem 79 - Paredes manchadas de concreto aparente compondo o ambiente, o uso da poltrona clássica. Todo o ambiente mistura o industrial com o clássico. Imagem 80 - Ambiente com piso em madeira escura, sofás na cor rosa, trilho com spots para a iluminação artificial e os pilares em branco, mantendo o clássico e o novo interagindo. Casa em Paris - França; Imagem: 79

Imagem: 80

Imagem: 81

Imagem: 82

Imagem 81 - Parede com a pintura descascada, como um papel de parede, dando destaque ao ambiente. Loft de Jason e Yaël, Eindhoven - Holanda; Imagem 82 - Os tons de cinza dando neutralidade ao ambiente e destacando alguns objetos, por exemplo, o puff. Soft & Still.

92


MATERIAIS Sala de convivência entre os residentes. Neste espaço as paredes serão mantidas, a pintura descascada com o passar dos anos será mantida, para dar um ar industrial elegante e contemporâneo ao ambiente. As colunas que dividem a sala estarão em branco para se destacarem no ambiente. O piso em madeira também será mantido, será apenas escurecido. Com o pédireito de 2,20m, o teto em branco trará, junto com a iluminação de arandelas, a amplitude deste pé-direito baixo.

lâmpadas Imagem: 84 Teto

Piso existente Imagem: 83

O papel de parede (lambe-lambe) em uma parede, no mesmo esquema do sanitário, podendo ser trocado de acordo com a vontade dos residentes. Neste ambiente, o uso da meia-luz deixará o ambiente mais agradável para futuros eventos pessoais. Nesta sala também terá um projetor, puffs sacco, mesa para apoio de notebooks e afins.

sala estar - pé direito de 2,20m | 37m²

arandelas Imagem: 85

Sofá

rack tv Imagem: 86

Parede com Papel de pintura existente parede Imagem: 89 descascada Imagem: 88

puff sacco - 1968 Imagem: 87

93


SALA ESTAR PROJETO

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tela projeção rack

Lâmpadas

sofá

Puff saco

Arandelas

Projetor

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96


97


Modelo tridimensional. 98


Modelo tridimensional. 99


EXPOSIÇÃO REFERÊNCIAS Imagem 90 - Detalhe do papel de parede existente a ser restaurado e mantido; Imagem 91 - Caixilho original a ser mantido e grande abertura de iluminação natural; Imagem 92 - Piso em madeira a ser mantido e restaurado;

situação atual Imagem: 90

situação atual Imagem: 91

situação atual Imagem: 92

Imagem 93 - Exposição de grafite feita em madeira sobre a parede existente. Galeria Choque Cultura, São Paulo - Brasil; Imagem 94 - Exposição de arte urbna no MASP, São Paulo - Brasil.

Imagem: 93 100

Imagem: 94


MATERIAIS Nesta área do Casarão será mantido o existente, portanto, o piso em madeira, as paredes com papel de parede e o teto, que retratam a época de sua construção. Nesta área o residente, ao imaginar a sua exposição, não terá a sua obra nas paredes, e sim, por exemplo, numa placa de mdf encostada à parede, criando uma composição entre essa época da história e os dias atuais, misturando o antigo com o contemporâneo.

Piso existente em madeira Imagem: 92

Papel de parede existente Imagem: 95

exemplo de expositor Imagem: 97

Iluminação trilho Imagem: 64

Teto existente a ser restaurado Imagem: 96

Este ambiente também contará, além da iluminação natural advinda das janelas existentes, com a iluminção artificial de trilhos com spots.

GALERIA - pé direito de 4,50m | 54,15m²

101


PROJETO

102


acesso

área exposição

trilho com spot

103


104


105


Modelo tridimensional.

106


Modelo tridimensional.

107


SANITÁRIO UNISSEX REFERÊNCIAS Imagem 98 - Uso do cimento queimado na parede e na pia, o espelho que acompanha a parede e o papel de parede. Projeto: Johnny Holland, Londres - Inglaterra Imagem 99 - O uso do cinza grafite nas paredes e espelho retangular acompanhando toda a extensão da parede. Projeto lavabo Erick Figueira de Mello. Brasil

Imagemm: 98

108

Imagemm: 99


MATERIAIS No sanitário unissex, que será de uso público, localizado no andar da galeria de exposições, café e ateliê, as cores predominantes serão os tons de cinza, desde o cimento queimado, que comporá o piso, divisórias dos sanitários e pia, às paredes, em tom mais escuro. Com o alto pé-direito, de 4,5m, o forro será pintado na cor preta, para criar amplitude. Na iluminação, o trilho com spots, mantendo a linguagem de espaço expositivo, a dar destaque às paredes cinzas - que poderão receber grafites - e ao papel de parede (lambe-lambe), que temporariamente poderá ser trocado.

Louças

Paredes

Piso, pia e divisórias Imagem: 100

iluminação trilho Imagem 64

A janela existente será mantida e de grande auxílio com a iluminação natural do ambiente.

banheiro unissex - pé direito de 4,50m | 11,60m²

torneira de parede Imagem: 103

Espelho Imagem: 101

Papel de parede Imagem: 102

Teto e torneira

imagens:104,105,106,107 e 61 109


SANITÁRIO UNISSEX PROJETO bancada cimento trilho com spot

divisórias em cimento

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111


112


Modelo tridimensional.

113


114


CONSIDE RAÇÕES FINAIS 115


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CONSIDE RAÇÕES FINAIS Ao estudar sobre Residência Artística, não se aprende apenas o cotidiano dos artistas numa casa, e sim o convívio destes com a casa, com os outros moradores, com a cidade, e etc.

Dar novo sentido ao espaço tornando-o mais democrático para a arte. Promover o intercâmbio entre os artistas locais residentes, curadores e outros artistas. Engajar o público, tornando a arte fisicamente acessível. Descobrir maneiras de ver a arte, integrada ao contexto da vida real.

Visitas à algumas residências também fazem do trabalho mais rico, entender o cotidiano destas pessoas, a área expositiva, e toda infraestrutura do espaço.

A escolha da arte urbana, com a localização da casa, juntamente com a predisposição atual com este tipo de arte, também incentivaram muito na ideia de proporcionar este espaço para o uso de residência e do público. Do público, ao atrair e preservar a memória da arte, em diversas formas de linguagem, além da utilização do espaço, que durante muito tempo ficou fechado, e muitos nem ao menos conhecem por fora, muito menos por dentro. E dos artistas, ao vivenciarem este cotidiano.

Três palavras foram fundamentais para o desenvolvimento deste trabalho: DESLOCAMENTO + TROCAS + EXPERIÊNCIAS. Com as áreas comuns projetadas, as três palavras são usadas no cotidiano destes artistas, sempre, a cada mudança de residentes, tudo será novo, sempre será uma experiência nova, uma troca nova, um deslocar novo. 117


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BI BLIO GRAFIA 119


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BI BLIO GRAFIA

GURGEL, Miriam. Projetando espaços – design de interiores. São Paulo: SENAC. 2009 COSTA, Jon. A imagem da marca. Um fenômeno social. São Paulo: Ed. Rosari, 2006

BRYSON, Bill. Em casa. Uma breve história da vida doméstica. São Paulo: Martins Fontes. 2009.

BRYSON, B. Em Casa. Uma breve história da vida doméstica. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

MALTA, Marize. O Olhar decorativo, ambiente doméstico em fins do século XIX no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Mauad x FAPERJ, 2011. ARTHUR, Judith Carmel - Bauhaus. São Paulo: Cosas Naify, 2004.

GROPIUS, Walter. Bauhaus: novarquitetura. São Paulo: Perspectiva, 1972. 223 p. (Debates. arquitetura ;47) CASTILLO, Sonia Salcedo del. Cenário da Arquitetura da Arte. São Paulo: Martins Fontes. 2008. 352p. CURY, Marilia Xavier. Exposição: concepção, montagem e avaliação. São Paulo, Annablume, 2006 BOLLNOW, Otto Friedrich. O homem e o espaço. Curitiba: Editora UFPR, 2008.

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IMA GE NS

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Imagem 97 - Pág. 101 - Exemplo de expositor que não interfere na parede Disponível em: http://www.moldacril.com/pt/produto/id/7 Imagem 98 - Pág. 108 - Referência pia em cimento Disponível em: http://www.remodelista.com/posts/the-architect-is-in-a-home-forever-in-notting-hill-by-hackett-holland Imagem 99 - Pág. 108 - Referência espelho Disponível em: http://casa.abril.com.br/materia/banheiros-10-lavabos-para-surpreender-as-visitas#2 Imagem 100 - Pág. 109 - Piso Disponível em: http://www.cgtextures.com/texview.php?id=51962&PHPSESSID=ropuavsh6ot2viaau2lg5curv3 Imagem 101 - Pág. 109 - Espelho Disponível em: http://www.leroymerlin.com.br/espelho-auto-adesivo-sem-moldura-retangular-fixa-facil-120x40,5cm_87650122 Imagem 102 - Pág. 109 - Papel de parede usado Disponível em: https://www.pinterest.com/pin/513551163733902127/ Imagem 103 - Pág. 109 - Torneira de parede Balocchi Disponível em: http://www.archiproducts.com/pt/produtos/73157/balocchi-torneira-para-lavatorio-com-3-furos-de-parede-balocchi-torneira-para-lavatorio-de-parede-fantini-rubinetti.html

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