ESCOLA DA CIDADE CURSO DE ARQUITETURA CLAUDIA GIOVANAZZI
MOVIMENTO URBANO | sp-skate Trabalho apresentado à Coordenação do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola da Cidade como normas gerais de apresentação de trabalhos Acadêmicos
SÃO PAULO 2011
CLAUDIA GIOVANAZZI
MOVIMENTO URBANO | SP-SKATE
ORIENTADOR JOSÉ ROLLEMBERG SÃO PAULO 2011
“ Desde o início, o s k a t e s e m o s t r a v a m a i s c o m o c u l t u r a u r b ana, mo v i m e n t o s o c i a l , d o qu e a t i - v i d a d e f í s i c a . ” (Trecho tirado do filme Dirty Money)
GIOVANAZZI, Cl audia. Movimento Urba no | SP-Skate / Claudia Giovanazzi São Paulo, 201 1. 32F. 30cm Orientador: Jo sé Rollemberg. Monografia Conclusão de C urso) - Escola da Cidade, 2011. 1.Arquitetura 2.Urbanismo 3.Projeto
íNDICE 01. Pesquisa 06
02. modalidades 10
03. Estudo de casos 16
04. ‘Picos’ em São Paulo
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05. Ensaios 24
06. Percurso
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07. Projeto - Rua Augusta
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08. Projeto - Rua Augusta x Matias Aires 44
09. Bibliografia 64
10. Agradecimentos 66 5
A P ESQ U I S A
TEMA
OBJ ETIVO
Um modo de enxergar São Paulo, mais especificamente a região central da Capital com o ponto de vista dos skatistas e afins. O dia-a-dia das pessoas que se locomovem com esse tipo de transporte, e as opções que a cidade fornece para o entretenimento destes.
Partirei do estudo histórico do skate e seus cami- nhos até chegar a cidade de SP, onde complementarei com o entendimento da cidade a partir da década de 60 até os dias atuais, Quero estudar os caminhos, os vazios urbanos centrais e a relação deles com o skate, porém não só para os que andam de skate, o uso não será restrito, será pensado o novo espaço para integrar todas as tribos urbanas. Por que a área central? Penso pelo fácil acesso a todos. Independente de onde você mora, sempre existe como chegar à área central de São Paulo, por ser rica em transportes públicos.
“São Paulo - Brasil, uma das maiores metrópoles do mundo, o oceano de concreto. A imensidão da cidade assusta, na mesma proporção que inspira. E nas veias que correm pela gigante babilônia existe uma energia que desliza, corre pelas calçadas, sobem paredes, desce escadas, costura a cidade carregando a esperança como o sangue carrega oxigênio. DESLIZAR.“ (Trecho tirado do filme Dirty Money)
Idealizo sempre que existam mais pessoas interessadas a viver como no parque existente em São Bernardo do Campo (Parque Cidade Escola da Juventude Cittá Di Marostica),com ateliês abrigando as oficinas de skate, patins, bike, estúdios de música, aulas de desenho e grafite (a cultura da rua: underground, muito ligada ao skate),no centro, ajudando o processo de revitalização, aproveitar o que ele já oferece e unir com futuros projetos. A partir do trajeto escolhido, analiso os estacionamentos existentes, e propostas para estes espaços. 7
Califórnia 1960-1970 Frame: Documentário Z-Boys
São Paulo 1970-1980 Frame: Filme Vida sobre rodas
São Paulo 1980-1990 Frames: Filme Vida sobre rodas
São Paulo 1980-1990 Frame: Filme Vida sobre rodas
São Paulo | Av. Paulista 1960-1970 Frame: Filme Vida sobre rodas
São Paulo | Av. Paulista 1960-1970 Frame: Filme Vida sobre rodas
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HIST ó R IA DO S KATE O skate surgiu na década de 60, na Califórnia, com surfistas impacientes querendo algo para fazer na época de seca e marés baixa na região. Adaptaram o patins (que existe desde 1760) em uma tábua de madeira, imitando uma prancha de surf. Após 5 anos, surge uma industria interessada no novo “esporte” e assim, a facilidade para as pessoas terem o produto cresce. Competições, igualmente as de surf, porém agora em terra, passam a existir.
e terrenos, escadas, calçadas, meios-fios, bancos, hidrantes, rampas de madeira, piscinas abandonadas, e etc, que são apenas uns dos locais onde podemos presenciar toda energia desse esporte.
Piscinas, também vazias por conta das secas, viraram parte da cena do skate. Os lendários Z-Boys, da equipe do Zephyr, desbravaram todas esses novos obstáculos, e criando manobras além das do surf.
Na década de 89/90, após o plano econômico do governo Collor que quebrou a indústria,a cena do skate no Brasil faliu. Após a crise econômica, a história do skate, ainda fria pela população no geral, mas ainda na esperança de quem sempre curtiu do assunto, uma nova fase do skate chega, uma nova geração se interessa, e a cidade passa a novamente a ser vista de um ponto de vista que nem todos a enxergam.
“Em 1976, nós andávamos de skate em piscinas vazias. Ninguém sabia o tudo o que se podiam fazer então nós nos divertíamos e víamos até onde podíamos forçar” Inouve, sobre o andar em piscinas
Nesta mesma época, brasileiros que viviam ou passeavam pelos Estados Unidos, mais exatamente pela Califórnia, trouxeram o esporte para o Bra sil. Desde revistas, vídeos, até o próprio skate. Nos EUA, skates parks foram desenvolvidos, mas com o tempo, entre 80 e 90, muitas delas foram fechadas, por inúmeros motivos, e partir de então, a vida no skate, tornou-se undergrond. Surgindo as duas modalidades: Street e o Vertical. O street, como o nome já diz, ‘rua’. E o vertical, ainda dependendo de rampas, e obstáculos feitos para competição.
O primeiro campeonato de skate aconteceu no Clube Federal (RJ) no final de 1974. Em outubro de 1975 foi realizado na Quinta da Boa Vista (RJ) o primeiro grande campeonato.
O Brasil passou a ser conhecido internacionalmente como o paraíso das pistas de concreto, e é atualmente apontado como a segunda grande potência mundial do esporte e com profissionais de ponta representando, como Sandro Dias (SP), Cristiano Mateus(SP), Bob Burnquist(RJ), etc.
Tipicamente urbano, o skate se encontra em desenvolvimento, com muitas pistas sendo construídas no mundo todo, com uma enorme variedade de manobras 9
MO D ALID ADE S
B O WL
BANKS
Praticada em pistas com no mínimo 3,50 m de altura, podendo ser de concreto ou madeira, em formato de half-pipes (meio tubo e com formato parecendo um gigantesco U) ou bowls (bacia), havendo entre o coping (cano de ferro) e a parede em curva (transição) uma parede com vertical (90º com o chão, ou seja, reta) dando nome para a modalidade.
Uma variação dos bowls, mas não possuindo o vertical e com altura geralmente até 2,50 m.
Originalmente começou a ser praticada em piscinas nos Estados Unidos (que diferente das brasileiras, possui paredes com transição) durante um período de secas no Estado da Califórnia ocorrido no início dos anos 70. Com o sucesso da experiência, foram construídas as primeiras Skateparks com imitações destas piscinas, que foram chamadas de bowls.
No Brasil foi bastante popular no meio dos anos 80 e recentemente, há três anos, voltou ao auge com a construção de dezenas destas pistas.
É uma das modalidades mais democráticas do Skate, pois é praticada por adeptos de Street, Vertical, Mini-ramp, Longboard e Downhill, como também por crianças, jovens e adultos.
No final da década de 70, a maioria destas pistas foi fechada, o que levou os skatistas a construírem em suas casas, os half-pipes, transformando-os no mais conhecido tipo de rampa de Skate.
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MI NI RAMP
VER TICAL
É uma variação dos half-pipes, mas não possuindo vertical e com altura geralmente até 2,50 m.
Praticada em pistas com no mínimo 3,50 m de altura, podendo ser de concreto ou madeira, em formato de half-pipes (meio tubo e com formato parecendo um gigantesco U) ou bowls (bacia), havendo entre o coping (cano de ferro) e a parede em curva (transição) uma parede com vertical (90º com o chão, ou seja, reta) dando nome para a modalidade.
Assim como o Banks, é uma das modalidades mais democráticas do Skate, pois é praticada por adeptos de Street, Vertical, Banks, Longboard e Downhill, também por crianças, jovens e adultos. Há quase duas décadas é o segundo tipo de rampa mais construído no Brasil, perdendo apenas para as de Street. Pela facilidade de construí-las e relativo baixo custo, se comparados com outros tipos de pistas, existem muitas mini-ramps particulares tanto em residências quanto em condomínios e clubes.
Originalmente começou a ser praticada em piscinas nos Estados Unidos (que diferente das brasileiras, possui paredes com transição) durante um período de secas no Estado da Califórnia ocorrido no início dos anos 70. Com o sucesso da experiência, foram construídas as primeiras Skateparks com imitações destas piscinas, que foram chamadas de bowls. No final da década de 70, a maioria destas pistas foi fechada, o que levou os skatistas a construírem em suas casas, os half-pipes, transformando-os no mais conhecido tipo de rampa de Skate.
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FREESTYL E
S TR EET
O Freestyle (estilo livre) é a segunda modalidade mais antiga do Skate com cerca de 40 anos.
Surgiu entre o final da década de 70 e começo de 80 nos Estados Unidos.
Consiste em realizar manobras consecutivas, como uma coreografia acompanhada por música e sem colocar o pé no chão, em lugares planos como cerca de no mínimo 300 m2.
Modalidade com a maior quantidade de adeptos, com aproximadamente 95% dos praticantes.
Até a metade década de 80 era uma das duas mais importantes modalidades no mundo e depois de 10 anos de hibernação, foi retomado seu desenvolvimento. É uma das modalidades mais baratas de organizar campeonatos pelo fato de não necessitar da construção de rampas.
Consiste em praticar o Skate em obstáculos que são encontrados nas ruas das cidades como: monumentos, praças, bancos, corrimãos, muretas, escadas, rampas de entrada de garagens, palcos, buracos, barrancos, guard-rails, paredes com inclinação entre 30º e 80º, entre outros. Também é praticado em Skateparks (pistas de Skate) onde existem rampas que simulam a arquitetura urbana de um modo adaptado ao Skate. Existem no nosso país mais de 300 competidores profissionais e mais de 10 mil competidores amadores.
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Foto: Breno Rotatori
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MEGAR AMP A Idealizada pelo skatista norte-americano Danny Way e projetada pelo compatriota e especialista em construção civil, John Tyson, em pouco tempo a Megarampa tornou-se a modalidade de maior vi-sibilidade do Skate. Mesmo sem nunca ter competido de skate, Tyson apresentou um croqui para Danny que disse que seria impossível montar aquele “monstro”. O projetista não desistiu do intento e logo convenceu o skatista que, com a Megarampa, seria possível provar que o Skate não tem limites. Danny e Tyson arregaçaram as mangas, venderam a idéia para alguns amigos ligados aos esportes de ação e criaram aquela que hoje é a modalidade mais radical do Skate. As dimensões de uma Megarampa variam um pouco, mas em média a rampa de drop (descida) possui 27 metros de altura, onde o skatista pode atingir 80 km/h e em seguida, usando outra rampa, salta sobre um vão livre de 20m de comprimento, aterrissando em mais uma rampa de descida que o impulsiona para um quarter-pipe (metade de um “half-pipe”) com aproximadamente 9 metros de altura, e que faz com que o skatista possa atingir uma altura de até 16 metros do solo.
Fotos: Breno Rotatori
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E S T U D O D E C AS O S
P ISTAS | CUR ITIBA Referência de pistas e/ou praças de skate no Brasil e no mundo que funcionam. Com o estudo dos vazios urbanos, como exemplo de estacionamentos, estudo o caso também de esdiífios garagem. CWB - praça de skate, cultura e lazer
Pista do Gaúcho
Guilherme Labiak, viajou pra Europa, passou um tempo por lá trabalhando e juntando dinheiro, e voltou determinado a construir uma praça de skate, street puro. Uma área de 2.600 metros quadrados no bairro Cabral, na ca-pital Paranaense, com bancos, escadas, transições, corrimão, corredores, paredes, entre muitos outros elementos do street.
Fundada em 1973, é uma das mais antigas pistas do Brasil. Ela foi totalmente reformada, recebendo uma camada de granillite e reinaugurada em dezembro de 2009. A reforma teve a supervisão da Federação de Skate do Paraná.
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P ISTAS | MUNDO PLAZA DE HORTALEZA – Madrid|Espanha Uma praça localizada próxima a estação de metrô Hortaleza, o que facilita a chegada dos esportistas ao local. Ela é cercada de árvores com um pátio de aproximadamente 2000m² de piso liso, cercado de degraus e meio fios, também possui alguns corremãos, Um local onde os skatistas podem andar tranquilos sem se preocupar com repressão policial.
BURNSIDE SKATEPARK - PORTLAND | OREGON skate parque localizado embaixo da ponte Burnside, ele foi originalmente construído pela própria comunidades de skatistas da área em 1990 sem permissão e eventualmente a prefeitura da cidade aprovou a área como uma skate parque pública.
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EDIF Í CIO GAR AGEM Edifícios de uso misto, Recife Rocha e MMBB
- Paulo Mendes da
ED. GARAGEM 11 11 LINCOLN ROAD MIAMI – HERZOG E DE MEURON
A proposta do edifício-garagem nasceu para dar suporte ao Paço Alfândega, centro de compras instalado em uma edificação do século 18 com o objetivo de alavancar a revitalização da porção sul da ilha do Recife Para viabilizar essa fórmula, do ponto de vista urbanístico, era preciso encontrar soluções que favorecessem a circulação de pedestres nesse percurso e evitassem o agravamento do já intenso tráfego local.
Edifício multifunciona, inclui comércios, residências, áreas para eventos e um super estacionamento (300 automóveis) – grande destaque do projeto –, feito de concreto armado, pilares irregulares e sem paredes. O 11 11 Lincoln Road tem 11 andares (apesar de cada um deles ter pé direito variável, entre 2,1 e 10 metros). Sendo que, no térreo fica a área para lojas e na cobertura o espaço para eventos. De onde é possível aproveitar o visual da cidade.
Fotos: 1111lincolnroad
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‘PICO S’ EM SP
O uso do skate, não é somente em praças, parques e afins, mas o dia a dia nas ruas, nas calçadas, paredes e obstáculos que nossa arquitetura oferecem para os usuários. São Paulo, uma cidade tão grande, e cada bairro com suas centralidades, pontos foram criados ou apropriados pelo uso do Skate. Seja na piscina vazia ou no banco da praça, os skatistas estão lá, prontos para realizarem suas manobras e terem a cidade simplesmente como um parque de diversão, - Pista Pública do Simba Safari Pista pública de cimento - Praça do Morumbi Pico de Rua - Praça do Pôr do Sol Pico de Rua - Ladeira da Morte Pico de Downhill - CEU Butantã Pista Pública de Cimento - Pista Anália Franco Pista Pública de Cimento
- Praça João Boldo Pista Pública de Cimento - Praça City Jaraguá Pista Pública de Cimento - Jardim Vista Alegre Pista Pública de Cimento - Praça Joaquim Lopes Pista Pública de Cimento - Pista Pública de Cidade Ademar Pista Pública de Cimento - Half do Mureta Pista Secreta de Cimento - Águas Espraiadas Pista Pública de Cimento - Parque Arariba Pista Pública de Cimento - Pista do Heliópolis Pista Pública de Cimento - CEU Três Lagos Pista Pública de Cimento - Cjto Habitacional Faria Lima Pista Pública de Cimento - Minirrampa do Jabaquara Pista Pública de Cimento - Praça do Trabalhador Pista Pública de CimentoS
- Sesc Belenzinho Pista Particular de Madeira
- Feirão do São Luis Pista Pública de Cimento
- CEU São Rafael Pista Pública de Cimento
- Vila Remo Pista Pública de Cimento
- CEU Inácio Monteiro Pista Pública de Cimento
- Largo do Campo Limpo Pista Pública de Cimento 21
Praça Zilda Natel esquina da Av. Dr. Arnaldo com a Rua Cardoso de Almeida, em Perdizes, abriga a maior pista pública para prática de skate em São Paulo — já que os dados oficiais não contam assim a calçada da Av. Paulista, né? O terreno, que é da subprefeitura da Lapa, foi usado como canteiro do Metrô por 12 anos.
Praça Roosevelt Construída na década de 1960 sobre a passagem subterrânea entre o Elevado Costa e Silva e a Ligação Leste-Oeste. A praça já foi conhecida também como Praça da Consolação. A partir da década de 80 foi um dos principais antros do street skate paulistano. Suas paredes inclinadas de vários ângulos, bancos, palcos e amplo espaço
Parque Ibirapuera - Marquise Ibirapuera. A Marquise do Ibirapuera obra do arquiteto Oscar Niemeyer que foi construída nos anos 1950, virou ponto de encontro de muitos esportistas. Entre eles os skatistas, bikers e rollers que aproveitam do piso liso e do ambiente coberto para se encontrarem e praticarem seus esportes.
Praça da Sé A atual praça é resultado de um projeto paisagístico conduzido na década de 70 por um grupo de profissionais da Prefeitura de São Paulo, liderados pelo arquiteto José Eduardo de Assis Lefèvre. a praça possui esculturas de artitas como Franz Weissmann e Bruno Giorgi que acabaram virando obstáculos clássicos do local para os skatistas. 22
Pista Pública de São Bernardo do Campo Uma das pistas públicas mais antigas, erguida em 1982, já sofreu várias alterações. Hoje contém área de street com rampas de jump, pequeno palco e cano de rockslide. Um halfpipe, mini-ramp e um banks no formato de um trevo completam as atrações. A iluminação da pista garante as sessões noturnas. A prefeitura de São Bernardo construiu ainda mais 14 mini-ramps espalhadas pelo município.
Anhangabaú Até 1980 o Vale do Anhangabaú era somente uma avenida com carros para todos os lados. Um projeto da Prefeitura de São em 1991 construiu sobre a avenida uma grande laje com arquibancadas de pedra e um calçadão que se tornou o que conhecemos como vale do Anhangabaú hoje. O local já foi muitas vezes proibido para o skate, apesar dos skatistas afugentarem drogados e outras influências negativas do local. Local bem amplo com várias bordas, degraus, gaps, corrimão, canteiros e corredores de piso liso.
Parque da Juventude Sua construção se deu no local onde estava implantado o antigo Complexo Penitenciário do Carandiru, projeto da prefeitura e arquiteto Gian Carlo Gasperini -2003. Oprojeto engloba três grandes espaços: o primeiro de caráter esportivo e recreativo, possui dez quadras poliesportivas, pista da skate, de patins e de corrida.
Museu do Ipiranga O arquiteto e engenheiro italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi 1902. O museu é o berço do esporte na cidade, todos aqueles que amam o skate já ouviram histórias sobre o Museu e como tudo começou em meados dos anos 70 e 80, onde o Down Hill, modalidade pioneira deu origem a tudo o que conhecemos e relação ao skate em São Paulo. 23
ENSAIOS
S ÃO P AULO X SKATE A capital paulista é a sexta maior cidade do mundo e de aglomeração urbana, com dezenove milhões de habitantes. E como tudo isso de pessoas em Sâo Paulo, o skate, é o segundo esporte mais praticado, perdendo para o tão importante futebol. Esse grupo vê, vive e associa à arquitetura, a cidade, com o esporte: os skatistas de street. O olhar do skatista para a cidade é um olhar diferente, um olhar já educado para praticar seu esporte, onde qualquer coisa se torna um obstáculo para manobra. Pela falta de pistas, talvez até pela falta de dinheiro, o skatista brasileiro aprendeu a olhar a rua, a arquitetura e lidar com ela. Uma parede simples se torna um obstáculo para fazer um Wall ride, um banco de concreto se torna uma borda para um bs nose slide. E assim o skatista interage com a cidade e a arquitetura, tendo um olhar criativo e ousado para conseguir ter sua session. Na avenida Paulista, o caso não é diferente, pontos de ônibus, meio fios, paredes inclinadas, canteiros e bordas de concreto se tornam obstáculos favoritos dos skatistas frequentadores.
corre mão e meios fios, que possibilitam as manobras. Um dos prazeres dos skatistas é de encontrar algum local desconhecido onde exista algo diferente, alguma transição para sua session e fazer daquele o seu local. Essa busca caminha junto à busca de adrenalina, esse conjunto sempre existe em um skatista. A cada manobra acertada, a vontade de ir além do limite já alcançado aumenta, assim o olhar do skatista é educado, a partir de ir além dos limites. Com essa vontade o skatista busca um local que para alguns pode ser estranho ou absurdo, onde não é o comum de se praticar o esporte.
bordas de concreto se tornam obstáculos favoritos dos skatistas frequentadores. Cada linha na cidade se torna um obstáculo apesar de algumas desvantagens que a própria cidade trás: como os pisos de pedra portuguesa, asfalto com pedregulho, ladrilho hidráulico e outros que não são lisos o suficiente, são só alguns dos inimigos dos skatistas, que os impedem de poder andar e completar suas manobras. Por outro lado a cidade fornece muitas opções para os skatistas. A cidade é cheia de bordas de canteiros, escadas, 25
FOTO: CRISTIAN KITH
AV. PAULISTA X RUA AUGUSTA X RUA AMARAL GURGEL X DUQUE DE CAXIAS Após a reforma do piso em 2007, a Avenida Paulista se tornou um ponto de encontro de skatistas (skate), bi- kers (bicicleta) e rollers (patins) que aproveitam da longa extensão da avenida e da própria arquitetura para compor o seu cenário de obstáculos e passeio.
zado na Rua Augusta esquina com a Matias Aires, o projeto se trata de uma área pública/privada.
Com tal facilidade para locomoção dos esportitas, o trajeto deles se tornou mais fácil, integrando assim outros pontos da cidade.
_No primeiro andar o projeto traz um bar que isolará e dividirá a praça/pista do resto do prédio.
A rua Augusta, famosa por bares, baladas e american bars, ficou mais fácil de ser acessada pelos mesmos. A rua que é muito bem movimentada de segunda a segunda sempre conta com a presença dos esportistas, descendo a rua ou se encontrando nos bares.
_No subsolo, uma praca com espaco para exibições audiovisuais, uma pista de skate com bowl, lanchonete e banheiros.
_Edifício garagem com pista de skate e comércio
Com a implantação do projeto,esse movimento deverá aumentar mas de forma organizada, onde um lado da calçada será alargada possibilitando assim a locomoção dos esportistas, e levando eles até os trilhos de trê não utilizados dentro da estação da Luz, sem que corram grandes riscos na rua e um benefício também para os pedestres. Como já dito, durante esse percurso que liga a Av. Paulista Até a Estação da Luz, levanto todos os estacionamentos e proponho que a Estação da Luz, levanto todos os estaciona mentos e proponho que a Estação da Luz, levanto todos os estacionamentos e proponho que existam edifícios garagem que substituam a grande quantidade dos tais e gerando espaços para novas praças e/ou equipamentos urbanos para os interessados. Após esse levantamento, escolho um terreno locali27
P ERCU RS O
Á MAPA SÃO PAULO Sem escala Área
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Sem escala Área Praças / Parques
Duque de Caxias
Amaral Gurgel
Rua João Guimarães Rosa
Rua Augusta
Avenida Paulista
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AV. PAULISTA Rua Pamplona à Rua da Consolação
RUA AUGUSTA
Rua Hadock Lobo
Rua Bela Cintra RUA DA CONSOL AÇÃO
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Rua Padre João Manoel
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Edifício de interesse Estacionamento Parques/ Praças Área utilizada por -skate -bike -patins -pedestres afins Metrô
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Sem escala
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Rua Itapeva
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Rua Plínio
Rua Peixoto Gomide
Alameda Min. Rocha Azevedo
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Hosp. São Paulo
Rua Carlos Comenale
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Fotos: Renato Guazzelli Martello
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RUA AUGUSTA Av. Paulista à Rua João Guimarães Rosa Sem escala
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Edifício de interesse Estacionamento Parques/ Praças Área utilizada por -skate -bike -patins -pedestres afins
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Fotos: Renato Guazzelli Martello Google maps
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RUA AMARAL GURGEL Rua João Guimarães Rosa à Avenida Duque de Caxias
RUA GENERAL JARDIM
RUA MAJOR SERTÓRIO
RUA MARIA BORBA
Edifício de interesse Estacionamento Parques/ Praças Área utilizada por -skate -bike -patins -pedestres afins
RUA CUNHA HORTA
Sem escala
PRESIDENTE
RUA AMARAL GURGEL
RUA O AÇÃ SOL CON
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RUA JAGUARIBE
RUA SANTA ISABEL
RUA AMARAL GURGEL
RUA DO AROUCHE
RUA MARQUESA DE ITU
Fotos: Google
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AVENIDA DUQUE DE CAXIAS Largo do Aroche - Av. Duque de Caxias com Alameda Dino Bueno
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Sem escala
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Edifício de interesse Estacionamento Parques/ Praças Área utilizada por -skate -bike -patins -pedestres afins
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AVENIDA Rio Branco
Rua Guaianases
Rua Conselheiro Nébias
Rua Barão de Limeira
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Rua Barão de Campinas
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AVENIDA DUQUE DE CAXIAS
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Fotos: Google
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Rua dos Andradas
Rua Santa Efigênia
Alameda Cleveland
Alameda Dino Bueno
Alameda Barão de Piracicaba
AVENIDA DUQUE DE CAXIAS
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Foto: Renato Guazzelli Martello
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P RO JETO R U A AU GUS TA
Na Augusta minha intenção é a de alargar as calçadas retirando uma faixa da via com a função de acabar com a ocupação desnecessária de carros que ficam estacionandos na parte da noite. Assim o fluxo aumentaria e o espaço seria melhor utilizado, pelo pedestres e pelos esportistas. Esses que costumam descer a rua augusta ou pelo canto da rua ou até mesmo pelo meio da faixa, se arriscando entre carros e ônibus que trafegam em grande quantidade. Outro tópico mais que necessário é a falta de praças e locais públicos, não só na minha área estudada, e sim em toda são paulo. Todos locais que são pontos de encontros não são públicos, não existem praças ou algum local onde possam se encontrar sem ter que pagar para ficar em um local. Assim, muitas pessoas se encontram na esquina da Avenida Paulista com a Rua Augusta, nos degraus do banco Safra e passam o tempo lá, conversando e bebendo. Outros ficam ao lado da pizzaria e bar Vitrine e lotam as calçadas dificultando a passagem para outras pessoas. A construção de um espaço público para encontro
rápida passada pelo museu. Penso em utilizar os estacionamentos pátios, sem edificação, para novas praças, não só voltadas para o skate, mas para o uso de todos. Como já citdo por exemplo, a praça na Dr Arnaldo Zilda Natel, skate, esporte, equipamentos para idosos, e etc. Minha idéia seria praças no nível da rua, com edificação após 5 metros de pé direito. A junção de público com o privado, nos pontos de encontro em toda Augusta, Amaral Gurgel e Av. Duque de Caxias. Chegando na área próxima a estação da Luz, na Avenida Duque de Caxias com Alameda Dino Bueno, penso na construção de uma megarampa (como analisada já), um parque voltado exclusivamente para skate, patins e afins, com palco, ateliês abrigando as oficinas de skate, patins, bike, estúdios de música, aulas de desenho e grafite. Onde colocar os carros ‘retirados’? Em edifício gagarem na augusta, na amaral gurgel e na duque de caxias, e também utilizar os que já existem com edificação em cima.
é mais que necessário não somente para rua Augusta mas também para Rua Amaral Gurgel e Duque de Caxias(que só possui uma única praça, esquina com a São João). Com a construção dessas praças, esses locais teriam maior apelo para público, de crianças a adultos, trazendo mais vida para os bairro, não sendo mais só locais que utilizados somente como vias de acessos, ou com horários marcados, ou uma 39
AN Á LIS E DE US OS R UA AUGUS TA Galerias Estacionamento Parques | Praças Bar | Habitação Casa Noturna | Habitação Casa Noturna Área Utilizada por: -Pedestre -Skate -Bike -Patins -Afins
PRAÇA NOVA ROOSEVELT
Av. ista
Paul
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ESC O L H A D O S Í TI O | QUADR A A SER INTER VIDA Vias Principais Rua Augusta Shopping | Galeria Bar | Casa Noturna – Hab. Com.
Rua Haddock Lobo
Rua Matias Aires
Rua Antônio Carlos
Rua Luis Coelho
Avenida Paulista
Rua Bela Cintra
Rua Fernando Albuquerque
Rua da Consolação
Rua Da Teresa
Rua Augusta
Bar | Casa Noturna Cinema | Teatro Faculdade Quadra de Projeto
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AUGUSTA HOJE
Fotos: Renato Guazzelli Martello
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AUGUSTA P R OP OSTA
RUA AUGUSTA
Cimento Ladrilho Hidráulico 4,30 m 8,80 m 2,30 m
2,30
10,80
m
2,30
m
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RUA AUGUSTA HOJE 2,30
m
10,80
2,30
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Ponto de õnibus
Planta proposta Rua augusta. sem escala
4,30
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RUA AUGUSTA PROPOSTA
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PROJETO
RUA AUGUSTA x MATIAS AIRES
S ITUAÇÃO ATUAL
Rua Augusta
Rua Matias Aires
Rua Augusta
Rua Augusta Rua Matias Aires
Rua Augusta Fotos: Renato Guazzelli Martello
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IMP LANTAÇÃO
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QUADR AS
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IMP LANTAÇÃO CUR VAS
Sem escala 49
S UBS OLO - P R AÇA SKATE
3 2
1 4
1. 2. 3. 4.
Arquibancada Acesso da Rua Augusta Equipamento Skate - Bowl Oficina para manutenção Lanchonete
Sem Escala
Nível -2.50 50
RUA AUGUSTA
rua DONA TEREZA
ENTR ADA R UA AUGUSTA
3 2 1
RUA MARIAS AIRES
1. Foyer Entrada 2. Acesso Pista Skate Arquibancada 3. Acesso Comércio - Saída Rua Dona
Sem Escala
Nível 0.00 51
RUA AUGUSTA
rua DONA TEREZA
ACESSO MATIAS AIRES ED. GARAGEM + COMÉRCIO
2
1
3 4
RUA MARIAS AIRES
1. 2. 3. 4.
Café / Bar Acesso Rua Dona Tereza e Matias Aires Comério Acesso Ed. Garagem (Rampas)
Sem Escala
Nível 3.5 52
RUA AUGUSTA
rua DONA TEREZA
GARAGEM
2
1 1
RUA MARIAS AIRES
1. Vagas 2. Passarela de ligação dos prédios
Sem Escala
Nível 7.5 53
RUA AUGUSTA
rua DONA TEREZA
GARAGEM + PISTA SUSPRENSA SKATE
1
2
RUA MARIAS AIRES
1. Garagem / Vagas 2. Equipamentos Pista
Sem Escala
Nível 16 54
RUA AUGUSTA
rua DONA TEREZA
GARAGEM + PISTA SUSPRENSA SKATE
1
2
RUA MARIAS AIRES
1. Garagem / Vagas 2. Equipamentos Pista
Sem Escala
Nível 18.5 55
Rua Haddock Lobo
56
CORTE LONGITUDINAL
Rua Augusta
escala 1:300 57
Rua Haddock Lobo
58
ELEVAÇÃO LONGITUDINAL
Rua Augusta
escala 1:300 59
ELEVAÇÃO RUA AUGUSTA
Rua Matias Aires
escala 1:300 60
CORTE TRANSVERSAL PISTA BOWL
escala 1:300 61
ELEVAÇÃO RUA HADDOCK LOBO
escala 1:300 62
DIAGRAMA PISTAS
sem escala 63
B IBLIO GRAFI A
Sites de pesquisa
Vídeos
http://www.cbsk.com.br/
DIRTY MONEY, Alexandre Vianna e Ricardo Koraicho, Brasil, 2010, 48min. DOGTOWN AND Z-BOYS, Stacy Peralta, 2001, 87min.
http://urbanistas.com.br/sp/2009/02/27/dr-arnaldo-vai-de-skate/ http://pt.wikipedia.org/wiki/X_Games http://cemporcentoskate.uol.com.br/guiadaspistas.php http://vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/08.092/1899 http://google.com.br/image http://fickr.com http://triboskate.globo.com/ http://www.dirtymoney.com.br/
LORDS OF DOGTOWN, Catherine Hardwicke, 2005, 107min. PARANÓIA DE PARQUE, Gus Van Sant, 2007, 85min. STOKED, Helen Stickler, 2002, 82min VIDA SOBRE RODAS, Daniel Baccaro, Brasil, 2010, 110min. http://vimeo.com/15378651 Longboard Girls Crew http://vimeo.com/19836445 Winter Night Longboard http://www.zupi.com.br/index.php/site_zupi/view/o_discreto_charme_do_skate
http://www.maissoma.com/
LIVRO / TFG /REVISTA
http://urbanistas.com.br/sp/2009/02/27/dr-arnaldo-vai-de-skate/
FRÚGOLI JUNIOR, Heitor. São Paulo: Espaços Públicos e Interação Social. São Paulo: Marco Zero, 1995.
http://pt.wikipedia.org/ http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/paulo-mendes-da-rocha-e-mmbb-edificios-de-26-07-2007.html http://arquiteturaparalela.wordpress.com/2011/04/12/11-11-lincoln-roadmiami/ http://www.1111lincolnroad.com/flash.html http://en.wikipedia.org/wiki/Burnside_Skatepark http://www.novaluzsp.com.br/projeto.asp
LUME Arquitetura. Ano IX - Nº49 - Abril/Maio 2011 SZNELWAR, Marina Rosenfeld; TONETTI, Ana Carolina (Orient.). As linhas da Augusta. São Paulo: [s.n.], 2009. 136 p., il., 22 cm. CYTRYNOWICZ, Isabel Nassif; CRUZ, José Armênio Brito (Orient.). Duas Augustas. São Paulo: [s.n.], 2008. 49 p., il., 21 cm.
Entrevista Renato Guazzelli Martello, Cineasta, formado pela Anhembi Morumbi, skatista nas horas vagas.
FOTOS Todas as imagens sem nome, foram retiradas do google imagens.
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AGRAD ECIME N TO S
Primeiramente a minha família, por terem acreditado,intusiasmado e o mais importante, me aturado durante os 6 anos que estudei Arquitetura, tanto na Escola da Cidade, quanto na minha viagem de intercâmbio para Buenos Aires (UP-Universidad de Palermo), sem eles eu não seria nada. A todos da Escola da Cidade, professores, colegas de sala e funcionários . Agradeço ao meu orientador Zico (José Rollemberg) por fechar da melhor forma meu ciclo dentro da Escola da Cidade. Por ter feito eu amar a Arquitetura , mais ainda o Urbanismo, a cidade, o centro de São Paulo, como está e como poderíamos melhorar. Me enstusiasmou a me arristar, me expor com meu tema e lutar pela minha idéia. Me representou cada dia, e me apoiou cada instante. Ao Stu (Renato Guazzelli Martello), que durante o ano de 2011, esteve cada segundo ao meu lado, varando noites, dando idéias, fazendo vídeo, fotografando, sendo minha fonte de pesquisa e inspiração. Também acreditando que meu tema seria um ótimo jeito de ver um outro lado da arquitetura. Grande companheiro.
sentações). Renata Chaguri, que esteve ao meu lado à procura de um sentimento, me apoiando no tema, na augusta, no rock, ... Ao Conrado Thomaz da Fonseca, que me ajudou muito, não só na maquete, mas também para enxergar que o mundo dá voltas, e que temos que observar todas as oportunidades ao nosso redor. grande amigo. A todos or professores que estiveram nas minhas bancas, fizeram meu tfg se tornar cada vez mais rico. Banca de Reflexão: Carol Tonnetti, Helene Afanasieff Banca de Qualificação: Marta Moreira, Paula Santoro Banca Final: Rafic Farah, Celso Franco e Paula Janovitch Obrigada!
As minhas amigas inseparáveis: Thaís dos Santos, que me acelerava querendo sempre ver o que eu estava fazendo; e por estar ao meu lado há 20 anos. Patrícia Rabelo, que me acompanhou na faculdade, dentro e fora do Brasil; por sempre me fazer pensar no jeito mais prático, (e o melhor para a apre 67