M i n h a
Afonso
B a n d e i r a
Gadelha
Viol천es e Arranjos: Daniel Sobreira
02. Minha Bandeira (Afonso Gadelha / Daniel Sobreira) BR-JH9-13-00002
01. Luz (Afonso Gadelha / Tony Gadelha) BR-JH9-13-00001
Luz eu só te vejo a meia luz O teu clarão me cega a estrada Teu prateado me reluz Você é mato queimando, eu sou bala de festim Você coragem eu sou pane, você é doce e eu sou gim Você é anjo e demônio, eu não sou bom nem ruim Não sinto sede nem fome, me sinto ilhado por mim Refrão Minha voz leve e rasteira, na canção do patamar Minha vida traiçoeira, não dá tempo para amar Se eu corri a vida inteira, nos lábios a sequidão Foi com razão verdadeira, pela voz do coração Refrão Eu não sou pouco nem farto, eu não sou não nem sou sim Você remanso eu riacho, me leva me traz assim Você um ponto finito, nem sei de onde que eu vim Se nos juntarmos num brio, virá sossego no fim Afonso Gadelha: Voz, Zabumba, Block e Triângulo Daniel Sobreira: Arranjo, Violão e Viola de 12 cordas Anderson Santos: Contrabaixo Kaká Barros: Bateria Johnny Rodergas: Caxixi, Chavilhão
Minha bandeira tem a cor das folhas da bananeira Iracema gosto de cravo e canela O raiar do sol na Paraíba, As ondas do mar Um estandarte de pura magia Uma estrela em plena luz do dia Que ilumina a vida e o caminhar Minha bandeira Minha bandeira Tem aboio baião e batucada Pajé curandeiro e raizada Os bonecos gigantes de Olinda O meu carnaval Tem a água gostosa de moringa Fita pra fazer mandinga Passarinho cantando no quintal Tem samba pra gente sambar O frevo pra gente pular Pois é, só quem libera alma é bamba Lia de Itamaracá, a Ilha de Paquetá Tem o charme da garota de Ipanema E o azul do céu a contemplar Minha bandeira Minha bandeira tem cachaça em barril de imburana Uma rede armada na varanda As Escadas da Penha e do Bonfim O meu violão
Tem o papo bom de botequim Cuíca, pandeiro e tamborim E fogueira em noite de São João Minha bandeira Minha bandeira tem a saia rodada da baiana O mel da cana-caiana Um espetáculo brilhante na avenida Do meu coração Tem a cor da alma brasileira A arte da mulher rendeira Fé no “Padin CiçoRromão”
Xilogravura de Manoel Lopes da Silva (Manoel Santeiro)
Afonso Gadelha: Voz, Pandeiro, Tamborim e Ganzá Daniel Sobreira: Arranjos e Violão Deniel Moraes: Bateria Anderson Santos: Contrabaixo Carlos Cardenas: Saxofone tenor Johnny Rodergas: Congas Pedro Vasconcelos - cavaquinho
03. Baião do Mundo (Daniel Sobreira / Afonso Gadelha) BR-JH9-13-00003
Abri as portas do mundo Para mostrar meu baião Quem não conhece a pisada Não aguenta o rojão Num baile bem chamegado Homem, menino e mulher Rosto no rosto colado e, Lá no chão pé com pé Arrume uma sandália boa Um trancelin de ouro para impressionar Água de 'fulô' que cheira Botão de laranjeira pro seu bem cheirar Um trio de forró que toque Coco, xaxado e xote até o sol raiar Num ritmo bem mastigado Pra ninguém ficar sentado até se acabar Ai, ai, ai meu baiãozinho Vou lhe tratar com carinho E agradar o meu amor. Afonso Gadelha: Voz, Zabumba, Block e triângulo Daniel Sobreira: Arranjos, Violão e Viola de 12 Cordas Anderson Santos: Contrabaixo Kaká Barros: Bateria
04. Ela levantou os braços e eu morri de amores (Afonso Gadelha / Túlio Borges) BR-JH9-13-00004
Ah! Que vontade me deu, de dar um beijo bem dado No teu sovaco raspado, desodorado e gostoso De morder teu calcanhar cansado, de todo dia De bulir em tua nuca, tão fofa quanto macia Ah! Que vontade me deu... Bagunçar o teu cabelo arrumadinho, e cheiroso Te chupar tudo no ouvido, lamber pensamento espinhoso Ah! Que vontade me deu... Dar um abraço arrochado de peão, em touro brabo Te ofertar uma flor caipira e ficar ali parado Cheirando o ar que respiras Isto tudo é teu jeitinho, de como quem não quer nada Levantar bem o bracinho, pedindo pra ser beijada. Afonso Gadelha: Voz Daniel Sobreira: Arranjo, Violão e Viola de 12 Cordas Anderson Santos: Contrabaixo Deniel Moraes: Bateria Johnny Rodergas: Clave, Caxixi, Carrilhão e Matraca
Xilogravura de João Pereira da Silva
05. Gabirú (Afonso Gadelha / Tony Gadelha) BR-JH9-13-00005
Um cheiro de erva-cidreira Um cheiro de verde no ar A minha mãe verdadeira Foi sempre aquela que deu Os frutos, o maracujá Pitomba doce, araçá Os frutos, o maracujá Pitomba doce, araçá
06. Eis-me Aqui
De balançar a mangueira, se pendurar Com pedras de atiradeira Vou derrubar
Eu me mostro em segredo Sou aquilo que você não vê Sobrevivi a uma época de medo Hoje trago belo amanhecer
Os galhos da tamarineira Que cheira Os galhos da tamarineira Que cheira... Uma zoeira infernal Um sonho, um lago azul Um Gabirú, um pau Um menino nu Levando tudo o que fez O bem e o mal Um Gabirú, um menino nu, e um pau Afonso Gadelha: Voz, Zabumba, Block e Triângulo Daniel Sobreira: Arranjos, Violão e Viola de 12 Cordas Kaká Barros: Bateria Anderson Santos: Contrabaixo
(Afonso Gadelha / Climério) BR-JH9-13-00006
Ando sozinho e sem Deus Eu comigo e minha incerteza Eu não visto pelos olhos seus Eu cavalo da poesia escravo da beleza Afonso Gadelha: Voz Daniel Sobreira: Arranjo e Viola de 12 Corda
Voz e Viol達o: Afonso Gadelha Viola de 12 Cordas: Daniel Sobreira Bateria: Kaka Barros Contrabaixo: Alexandre Macarr達o
07. Um bom lugar pra existir (Daniel Sobreira / Afonso Gadelha) BR-JH9-13-00007
Eu por aqui espero ver Alguma coisa melhorar Se o que vai acontecer É o que estou á esperar O rio passa devagar E por aqui se corre tanto Vou deixar o vento levar Todos os versos do meu canto Pra ecoar no pé da serra Ou do outro lado do mar Será que você pode ouvir Tudo o que eu quero lhe falar? Vem a noite e traz o luar Morena esse dia não tarda a chegar Se o rio um dia retornar Eu quero estar aqui pra ver Se nele posso me levar Pra bem pertinho de você A gente junta os corações E deixa a vida prosseguir Sementes para cultivar Um bom lugar pra existir. Afonso Gadelha: Voz, Zabumba, Block e Triângulo Daniel Sobreira: Arranjos, Violão e Viola de 12 Cordas Deniel Moraes: Bateria Alexandre Macarrão: Contrabaixo Acústico
Xilogravura do Mestre Noza
O rio corre para o mar E por aqui nada mudou Deixando tudo como está Parece até que nem passou
08. Matar de Rir (Afonso Gadelha / Wagner Malta) BR-JH9-13-00008
Você vai me matar de rir Se você não vier Não pense que porque chamei Eu vou ficar a pé Aliás, uma caminhada Bem juntinho do bem-querer Faz bem demais ao coração Que quando quer ficar feliz Pode até se enganar Eu sei que eu não vou te encontrar Mas sei que eu vou te seguir Eu sei que eu não vou te encontrar Mas sei... Espero ver você na estrada Olhando a minha cara preocupada Fingindo estar na hora certa Mas vive sempre atrasada. Afonso Gadelha: Voz Daniel Sobreira: Arranjos, Violão e Viola de 12 Cordas Kaká Barros: Bateria Anderson Santos: Alexandre Macarrão Johnny Rodergas: Congas, Bongô e Guiro
10. O Quanto Eu Gosto de Você (Afonso Gadelha / Wagner Malta) BR-JH9-13-00010
09. Ponteiro (Afonso Gadelha / Tony Gadelha) BR-JH9-13-00009
Que diferença tem do cão do trem Do com, do sem Que semelhança faz, do que se vai Do que se vem Quem esperança tem O verde bem podia ter... Mais que vontade viver E ser somente do chão E só prendendo você Terei as horas na mão Eh ponteiro, me dá um tempo Quero abraçar o mar Eh ponteiro, me dá tempo Quero abraçar o mar Afonso Gadelha: Voz,Pandeiro e Tamborim Daniel Sobreira: Arranjos e Violão Yure Garrido: Bateria Heitor Peres: Contrabaixo Johnny Rodergas: Congas Carlos Cardenas: Saxofone Soprano Paulo Artigas: Saxofone Tenor Pedro Vasconcelos - cavaquinho
Não vou dizer Pois você sabe muito bem No passado tamanha amargura É maldição de ternura É como doença que cura Os anseios da alma Há uma coisa que eu reparei Toda vez que o mundo se acaba O poema se muda Tem amor, mas não tem juízo Um tufão que abala minha calma Num sorriso Não vou dizer o quanto eu gosto de você É uma coisa que aperta no peito É um certo defeito Que acontece quando a gente ama Não tem jeito Tem amor mas não tem juízo Todo tempo te espero tranquilo Não demora... Afonso Gadelha: Voz,Zabumba, Block e Triângulo Daniel Sobreira: Arranjos, Violão e Viola de 12 Cordas Deniel Moraes: Bateria Alexandre Macarrão: Contrabaixo
11. Valseando (Afonso Gadelha) BR-JH9-13-00011
Quando vi você passando Lá pela rua do sol O luar se desmanchando Sem aviso do farol Sem tristeza e sem engano Ah! Eu vi, só queria abrir o pano E descobrir o seu encanto Na minha noite cair e E dormir no meu recanto Ah! Como eu lhe quero tanto... A minha luz o meu lençol Que acende o candeeiro Se você me chamar eu vou Regar flor no seu canteiro Preso no seu infinito Ah! O meu sonho mais bonito... Xilogravura de Manoel Lopes da Silva (Manoel Santeiro)
Afonso Gadelha: Voz e ganzá Daniel Sobreira: Arranjos, Violão e Viola de 12 Cordas Johnny Rodergas: Moringas e Sino Tibetano
13. Mão Paraibana Uma homenagem ao Maestro Sivuca (Afonso Gadelha / Tony Gadelha) BR-JH9-13-00013
12. Quebra-coco (Daniel Sobreira / Afonso Gadelha) BR-JH9-13-00012
Afonso Gadelha: Zabumba, Agogô, Pandeiro e Triângulo Daniel Sobreira: Arranjos, Violão e Viola de 12 Cordas Johnny Rodergas: Moringas, Ganzá, Apitos, Clave, Berra-boi, Sinos, Chocalhos, Cascas e Efeitos
Foi a mão paraibana Numa nave americana Pra solar nosso forró Levando os sonhos Seus desejos no teclado Puxando um fole encantado Fazendo o mundo escutar... Que o berimbau Tem um som de berimbau E que o pandeiro tem um cheiro de terreiro Que o triangulo Tem um canto, outro canto E a zabumba, Com o bumba, sem o bumba Vai ter zumba no quintal... Afonso Gadelha: Voz, Zabumba, Block e Triângulo Daniel Sobreira: Arranjo, Violão e Viola de 12 cordas Alexandre Macarrão: Contrabaixo Deniel Moraes: Bateria
Xilogravura do Mestre Noza
Ficha Técnica Produção: Afonso Gadelha e Daniel Sobreira Gravado e Mixado por Deniel Moraes no estúdio Nota e Arte (Brasília) Masterizado por Vânius Marques no estúdio Cia dos Técnicos (Rio de Janeiro) Daniel Sobreira usa violões Aden Projeto Gráfico: Clemilton Barreto (+55) 85 88405925 / clemiltonb@yahoo.com.br Fotos: Beatriz Castro (Capa) - Eduardo Suindara (Encarte/Contra-capa) Xilogravuras: Retiradas do livro “Xilógrafos de Juazeiro” de Geová Sobreira