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Jornal da Manhã
SÁBADO E DOMINGO, 12 E 13 DE MARÇO DE 2022
LEGISLATIVO
Vereadores cobram iluminação e manutenção do cemitério A precariedade da iluminação pública de Ijuí e a falta de manutenção dos cemitérios vêm causando inúmeras reclamações por parte da população. O assunto foi discutido ontem durante reunião da Comissão de Políticas Públicas da Câmara. O encontro contou com a participação do Secretário de Desenvolvimento Urbano, Obras e Trânsito, Fábio Franzen, atendendo proposição do vereador Beto Noronha (PT). Na atividade, coordenada pelo vereador Josias Pinheiro (PDT) vários questionamentos foram feitos. Os parlamentares fizeram cobranças do Executivo em relação às demandas da comunidade que reclamam da escuridão que representa risco para a segurança das pessoas que circulam à noite. O secretário explicou que hoje há mil pontos com problemas de iluminação pública. Ele disse que a expectativa é que quando o Executivo for implantar a instalação das novas luminárias de
LED na cidade, esse problema será resolvido. Os vereadores cobram uma solução, tendo em vista que os contribuintes pagam pela taxa de iluminação, mas não tem o retorno deste serviço. Noronha diz que o que se vê são promessas, mas falta uma ação efetiva para melhoramento desta prestação de serviço. Quem também fez cobranças foi o vereador Cleuton Rolim, o Beiço, que salientou que o município tem uma alta carga tributária que penaliza o contribuinte - sem respaldo do poder público em relação à destinação dos recursos. Passeios públicos precários, acúmulo de lixo no entorno do Cemitério Municipal. Os edis salientaram que as pessoas têm reclamado do desleixo pedindo melhorias nos passeios e limpeza interna. Em relação ao Cemitério Jardim, pediram cercamento e a reforma da capela mortuária. Franzen se comprometeu com a realização das reformas no prédio da capela do bairro 15
PTB aguarda definições
Embora o cenário político esteja bastante movimentado neste ano eleitoral, o Partido Trabalhista Brasileiro de Ijuí (PTB) está em compasso de espera para os desdobramentos políticos que definirão os rumos do partido em relação ao pleito de outubro. O presidente do PTB local, Daltro Irgang, salienta que o partido não terá candidato pelo município, mas que deverá apoiar candidaturas pela região. Ele explica que não cita nomes porque ainda há muitas indefinições e que é preciso aguardar as mudanças devido à janela partidária. "Várias lideranças de vários partidos começam a fazer as trocas de siglas. Por isso torna-se importante cautela antes de afirmar nomes." Irgang explica que a Executiva Estadual do PTB está avaliando qual caminho deverá tomar no Estado. "A tendência é uma coligação com partidos que há afinidade. É o caso das candidaturas do ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, que vai concorrer pelo Partido Liberal (PL) e o senador Luiz Carlos Heinze (PP). Há um alinhamento político natural com esses dois nomes, mas tudo vai depender
Daltro Irgang
das conversações do PTB com esses partidos para discutir a decisão que iremos tomar." Quanto às eleições nacionais, Irgang frisa que o PTB deverá seguir apoiando a candidatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) que concorrerá à reeleição. O político ressalta que o PTB é um partido de centrodireita e que a tendência é se aproximar de siglas no mesmo campo político. "Os rumos que partido vai tomar serão definidos após ampla discussão envolvendo os diretórios municipais e a Executiva Estadual."
Vereadores reuniram-se com o secretário de Obras, Fábio Franzen
de Novembro, o cercamento do cemitério, além da instalação de câmeras de vídeo que serão monitoradas pela Brigada Militar. Quanto ao Cemitério Municipal, o secretário garantiu que haverá investimentos para melhorar a acessibilidade das pessoas que visitam o espaço, atendendo uma demanda da comunidade. Franzen disse que tudo já foi
encaminhado pelo Executivo municipal. Outro tema também abordado no encontro foi a questão do terminal de ônibus na rua José Bonifácio, onde era a antiga estação rodoviária que os vereadores apontam a falta de condições adequadas para que o transporte coletivo possa ampliar o número de ônibus que passam pelo local.
Audiência debaterá venda de bebidas nos estádios
Foi aprovada na Comissão de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa a realização de uma audiência pública para debater a retomada do consumo e da venda de bebidas nos estádios de futebol e arenas esportivas gaúchas. O encontro será na próxima quinta-feira. O requerimento é de autoria dos deputados Marcus Vinicius (PP) e Fábio Ostermann (Novo). A reunião deverá contar com a participação de dirigentes de times de futebol, inclusive do interior do Estado, e integrantes da Justiça ligados ao assunto, como Ministério Público e Brigada Militar. O encontro ocorre em função do PL 466/21, que está tramitando na Casa e prevê uma série de medidas para retomar a comercialização de bebidas dentro desses espaços, interrompida desde 2008. Para Ostermann, a audiência será uma oportunidade para trazer as novas informações sobre o tema e reforçar o diálogo com clubes, órgãos de segurança e de saúde. “Nossa proposta sustenta princípios sólidos para uma regulamentação responsável. O projeto oferece uma solução
séria e devolve o poder de escolha para o consumidor e para os clubes com segurança.” Em 2019, o governador Eduardo Leite (PSDB) vetou um projeto com a mesma intenção. Recentemente, o Ministério Público alterou o posicionamento sobre a medida. A titular da Promotoria do Torcedor da Capital, Débora Balzan, afirmou que é favorável à liberação da venda e do consumo de bebidas alcoólicas durante os jogos. Conforme a promotora, não existem dados comprovando a ligação direta do consumo de álcool dentro dos estádios com o aumento de violência. O projeto prevê a comercialização e o consumo de bebidas cuja gradação alcoólica não exceda a 14%. Nas partidas com expectativa de público superior a 20 mil pessoas, a comercialização e o consumo de bebidas alcoólicas somente será permitida se o local tiver central de monitoramento por imagens. A fiscalização ao encargo das entidades responsáveis pelo evento ficarão passíveis de penalidades como advertência, multa e até suspensão da venda de bebidas.
MILAGRE BRASILEIRO
O IBGE acaba de mostrar que o PIB brasileiro cresceu 4,6% em 2021 e superou as perdas da pandemia. No ano anterior, embora o FMI tenha previsto uma queda de 9%, o PIB do Brasil caiu metade disso: 3,9%. A despeito da campanha do fique em casa e feche tudo, o brasileiro levantou, sacudiu a poeira, e deu a volta por cima. Nossa resiliência é parte de nossa energia, nossa força, nosso espírito, principalmente se o governo não atrapalha. Mesmo quando o clima atrapalha, como aconteceu com o agro, tivemos o maior crescimento desde 2010 e nosso produto interno bruto chegou a 8 trilhões e 700 bilhões de reais. E não é um número abstrato, distante, porque, segundo o IBGE, o consumo familiar subiu 3, 6%, assim como subiram a poupança e o investimento privado. Fonte de emprego para a mão-de-obra mais necessitada, a construção civil cresceu 9,7%. Neste ano, o investimento estrangeiro já procura o Brasil como porto seguro e nossa moeda se valorizou em cerca de 10% frente ao dólar, a moeda-base do mundo. O que houve? Deus olhou para o Brasil? O destino resolveu nos premiar? Ou fomos nós que nos rebelamos contra a campanha pessimista? Aposto na última hipótese. Em primeiro lugar, porque nos rebelamos contra grupos políticos-fisiológicos que se apropriavam do estado, que é patrimônio de todos os brasileiros. Quando a maioria decidiu, nas urnas, por uma proposta que não queria partidos políticos dominando estatais e a administração direta federal, boa parte da transformação se concretizou. A principal vítima da rapina, a Petrobras, teve resultado recordista, assim como o BNDES, que ajudava ditaduras estrangeiras e agora investe nos empreendimentos brasileiros. A Caixa Econômica se tornou o banco social que é sua vocação e tem tido os maiores resultados da história. Antigas estatais que sempre tiveram prejuízos, nunca foram tão bem. Isso sem falar nos resultados na administração direta. O Banco Central repassou no ano passado, cerca de 72 bilhões ao Tesouro. As contas do setor público tiveram o primeiro resultado positivo em sete anos, de 64,7 bilhões em 2021.