ANO 14 - N° 709 | ABRIL DE 2022
CASA PRÓPRIA Pesquisa aponta que comprar casa é o maior sonho do brasileiro. | Pág. 2
ALTO, MUITO ALTO O Viaduto 13, localizado na pequena cidade gaúcha de Vespasiano Correa, é a ponte férrea mais alta da América do Sul e terceira mais alta do mundo | Pág. 3
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ANO 14 - Nº 709 - ABRIL DE 2022
Velhice
Tutores de cachorros têm risco menor de deficiências
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essoas idosas que são tutoras de cachorros têm um risco menor de desenvolver deficiências cognitivas e físicas na velhice, revela estudo publicado na revista científica Plos One. Isso acontece porque os animais exigem passeios com regularidade, o que gera um hábito de atividade física, além de maior interação social. Se os tutores não caminham com os animais, ou praticam outros exercícios pelo menos uma vez por semana, não há benefícios. Gatos, segundo os pesquisadores, não promovem a mesma proteção. A pesquisa coletou informações sobre a experiência com os animais de estimação de 11.233 pessoas, entre 65 e 84 anos de idade, e acompanhou o desenvolvimento de deficiências cognitivas e físicas nos participantes durante 3,5 anos, entre 2016 e 2020, no Japão. Dentro
Rural
No Japão, pesquisa acompanhou por três anos mais de 11 mil idosos de 65 a 84 anos para avaliar o impacto dos cuidados com o animal de estimação na saúde humana da amostra, 13,8% eram atualmente tutores de cachorros ou gatos; 29,5% relataram já terem convivido com um dos dois animais algum dia e 56,8% nunca foram tutores. Durante o período do estudo, 17,1% dos participantes desenvolveram alguma incapacidade física ou cognitiva e 5,2% morreram. Na comparação com o grupo de idosos que nunca teve um cachorro como animal de estimação, os pesquisadores constataram que os tutores tinham riscos significativamente menores de apresentar algum declínio e, portanto, mais chances de ter um envelhecimento saudável. Foram consideradas variáveis como sexo, idade, tamanho da família, estado civil, escolaridade, renda, histórico de doenças crônicas e de hospitalização, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, prática de atividades físicas e interação com vizinhos.
Pesquisa
Possuir casa própria é o maior sonho dos brasileiros No Brasil, ter a casa própria é um sonho para 87% da população e a importância da sua realização está acima de todas as demais aspirações relevantes das pessoas A constatação faz parte dos resultados do “Censo QuintoAndar de Moradia”, que ouviu mais de três mil brasileiros de todas as regiões do País. O estudo foi realizado em parceria com o Instituto Datafolha e revelou o quanto significa, para o brasileiro, ter uma moradia quitada em seu nome. Em uma escala de 0 a 10, a nota média dada para à importância da casa própria ficou em 9.7 – a mesma da profissão. A estabilidade financeira teve uma nota média de 9.6. Depois aparecem família (9.4), plano de saúde (9.2), religião (9), negócio próprio (8.8), carro (8.5), filhos (7.9) e casar (6.9). E, para 95% das pessoas, a casa é o seu local favorito, onde 76% passam a maior parte do tempo. A pesquisa também mostra que 62% dos imóveis no Brasil estão quitados e 8%, financiados, com 27% das pessoas morando de aluguel. Ou seja, sete em cada 10 brasileiros moram em imóveis próprios. Além disso, 88% das pessoas moram em casas – 75% em ruas abertas e 12% em vilas ou condomínios. Dentre as classes econômicas, as casas também são predominantes, sendo 81% nas classes AB, 87% na C e 94% nas D e E. Devido ao isolamento social, nos últimos anos a casa virou o local onde as pessoas mais têm passado o tempo, sendo natural que alguns de seus cantos ganhem
Nova cultivar de feijão é lançada no RS Pesquisadores da Secretaria da Agricultura lançam a RS Centenário, que apresenta a cor de grão rajado como diferencial
Pesquisadores do Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa da Agricultura Familiar (Ceafa) da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), localizado em Maquiné, lançaram, recentemente, uma nova cultivar de feijão: a RS Centenário. Trata-se de uma oportunidade de diversificação para os produtores, principalmente os pequenos e médios. “Foi uma homenagem aos 100 anos de pesquisa agropecuária estadual, em especial ao trabalho da extinta Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro)”, conta o melhorista do Ceafa, Juliano Garcia Bertoldo. A nova cultivar de feijão pertence ao grupo comercial rajado, que apresenta alto valor agregado, com preço maior no mercado. Conforme Bertoldo, foram 11 anos de pesquisa. Iniciou em 2007, quando foi feita a primeira seleção e encerrou em 2018 com os testes de Valor de Cultivo e Uso (VCUs). Participaram do estudo mais dois melhoristas: Juarez Fernandes de Souza e Guido Renato Sander (in memworiam). De acordo com o pesquisador, a RS Centenário é uma melhoria em relação à cultivar, também rajada, Iraí. “Dentro do grupo rajado, ao qual pertence, a produtividade média apresentada pela RS Centenário, de 1.685 quilos por hectares, pode ser considerada elevada”, pontua. Seu cultivo é indicado para os diversos sistemas preconizados pela pesquisa oficial para a cultura do feijão no Rio Grande do Sul, nos períodos de safra e safrinha, em lavouras de sequeiro ou irrigadas, em plantio direto ou convencional, solteiro ou consorciado, convencionais ou orgânicos. A cultivar RS Centenário apresenta a cor de grão rajado como diferencial. A expectativa na Seapdr é que esse ano seja registrada ainda outra cultivar do grupo comercial preto e outra do grupo comercial carioca.
PANORAMA - Gráfica e Editora Jornalística Sentinela Ltda mais relevância, assim como a criação de novos hábitos. Segundo o estudo, o quarto é o cômodo mais querido dentre a população (42%), seguido pela sala (26%) e pela cozinha (9%). Dentre os hábitos em casa que ganharam mais frequência desde o início da pandemia, estão: orações (64%), tarefas domésticas (60%), cozinhar (56%) e ouvir música (56%) – sendo que cozinhar já era uma atividade frequente para 81% da população, assim como cuidar de plantas (69%) e receber amigos (76%). O trabalho remoto também foi uma mudança em decorrência da crise sanitária, sendo que uma em cada quatro pessoas (26%) começou a fazê-lo com mais frequência. Dentre os trabalhadores que tiveram a oportunidade de trabalhar de casa, 42% têm ensino superior e a maior parte está em classes mais altas – na classe A, 48% das pessoas passaram a fazer home office.
CNPJ: 87.657.854/0001-23 | e-mail: panorama@jornaldamanhaijui.com IMPRESSÃO: ITS Gráfica e Editora Jornalística Ltda 55 3331 0316 | 55 3331 0318 | 98.700-000 Ijuí-RS
CIRCULAÇÃO: Jornal da Manhã (Ijuí, Ajuricada, Augusto Pestana, Bozano, Catuípe, Coronel Barros, Pejuçara, Condor, Boa Vista do Cadeado, Joia, Eugênio de Castro), Expresso Minuano (Alegrete, Bagé, Barra do Quaraí, Cacequi, Dom Pedrito, Itaqui, Manoel Viana, Maçambara, Rosário do Sul, São Vicente do Sul, Quaraí), Folha de Catuípe (Catuípe), Folha Popular (Tenente Portela, Vista Gaúcha, Derrubadas, Miraguaí, Erval Seco, Barra do Guarita, Redentora, Coronel Bicaco, Campo Novo, Braga, Palmitinho, Santo Augusto), Gazeta dos Pampas (Cacequi, São Vicente do Sul, São Francisco de Assis, Manoel Viana, Mata, Rosário do Sul), Correio do Jacuí (Salto do Jacuí, Fortaleza dos Valos, Jacuizinho, Estrela velha, Tunas), Jornal Integração Regional (Eugênio de Castro, Entre-Ijuís, Joia, São Miguel das Missões, Vitória das Missões), Notícia (Catuípe), Tribuna da Produção (Palmeira das Missões, Cerro Grande, Jaboticaba, Pinhal, Sagrada Família, Boa Vista das Missões, Novo Barreiro, Lajeado do Bugre, Dois Irmãos das Missões, São Pedro das Missões, São José das Missões), Tribuna Livre (Santo Cristo, Alecrim, Porto Vera Cruz, Porto Mauá, Santa Rosa, Cândido Godói, Campina das Missões, Novo Machado, Tucunduva, Tuparendi), Semanário (Júlio de Castilhos, Tupanciretã), Integração (Tapera, Espumoso, Victor Graeff, Selbach, Lagoa dos Três Cantos, Ernestina, Não Me Toque), Expressão Regional (Palmeira das Missões, Novo Barreiro, Ronda Alta, Sagrada Família, Barra Funda, Novo Barreiro).
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Turismo
O maior viaduto do Brasil está no Rio Grande do Sul O Viaduto 13, localizado na pequena cidade gaúcha de Vespasiano Correa, é a ponte férrea mais alta da América do Sul e terceira mais alta do mundo
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onstruída em uma região montanhosa, a obra faraônica se mistura às belas paisagens formadas pelo arroio Barraca e o vale do Rio Guaporé, que fazem do V13 um lugar único. A região ainda oferece trilhas de bicicleta, cascatas e até circuitos de rafting descendo o Rio Guaporé, um dos poucos completamente despoluídos do Rio Grande do Sul. Desde 2013, o turismo vinha se desenvolvendo sem qualquer controle nas cercanias do V13. O Viaduto, cujos trilhos continuam sendo utilizado para transporte de cargas (passa um trem por dia), também passou a ser um ponto de prática de esportes radicais, como o rappel. Até churrascos começaram a ser feitos às beiras da ferrovia. Em 2017, a empresa Rumo, que detém a concessão de uso da EF491, a Ferrovia do Trigo, colocou uma placa e seguranças no local proibindo o acesso ao V13. Os seguranças não estão mais lá, mas a placa continua e a prefeitura de Vespasiano diverge da empresa quanto à probição.
Infraestrutura Logo após o ponto em que as estradas de Vespasiano Correa e Muçum convergem, formando uma única, há um restaurante. Aos pés do viaduto existem dois bares, que vendem lanhes e bebidas. Em um deles, disponibilizam também um lugar para camping, sem muita estrutura. Há outro camping, próximo às cascatas do Arroio Barraca, também aos pés do V13, chamado Paraíso Tropical, por onde podese ter acesso às quedas d’água. Com 509 metros de comprimento e 143 de altura, o viaduto 13 foi inaugurado, junto com a ferrovia, em 1978. A obra, com 289 quilômetros, a EF-491 começou a ser projetada logo após a Segunda Guerra Mundial, e levou mais de 67 anos para ficar pronta. Em grande parte, por causa da geografia entre Guaporé e Muçum, onde estão 21 dos 26 viadutos da ferrovia e diversas montanhas tiveram que ser perfuradas para construção de tuneis que permitissem a passagem dos trens. Atualmente, o V13 é considerado o terceiro viaduto férreo mais alto do mundo, atrás da ponte de Beipanjiang, na China, com 275 metros de altura, e o Viaduto Mala Rijeka, de Montenegro, com 198 metros de altura.
Parque Witeck é o maior bosque particular do Estado Atração turística de Novo Cabrais, na Região Central, nasceu da paixão de médico militar pela natureza
Em 1960, quando Novo Cabrais ainda era distrito de Cachoeira do Sul, o médico militar Acido Witeck saiu pelas estradas para buscar um soldado em um dos municípios vizinhos. No caminho, topou com a área de uma propriedade rural à venda. Eram hectares de nada, sem pastagem decente nem terra com fertilidade. O médico de Peritiba (SC) já era um admirador de plantas, folhagens e árvores e pensou que daquele chão aniquilado pela erosão e pisoteado pelo gado poderia fazer um lugar melhor para, quem sabe, produzir alguma cultura e criar animais. Comprou a terra em 1962. Era o começo, quase sem querer, do Parque Witeck, área de 70 hectares com mais de 2,5 mil árvores, arbustos e vegetação de forração que hoje é o principal ponto turístico de Novo Cabrais, cujo brasão oficial, inclusive, homenageia o espaço criado pelo militar catarinense, falecido em 2 de agosto de 2004. Witeck tinha o hábito de sempre
trazer três mudas de cada espécie, uma maneira de ampliar as chances de vingarem na terra. Há espécies nativas e exóticas e representantes de pelo menos 25 países de cinco continentes. O Parque Witeck também abriga uma diversidade de animais, não tão extraordinária quanto à de árvores, mas curiosa e encantadora para quem consegue perceber o que o verde não consegue camuflar. Há mais de cem espécies de pássaros catalogadas por biólogos, bandos de bugios quebram o silêncio da floresta e encontram proteção ali. Há dois grandes lagos artificiais ao longo da trilha, às margens dos quais se vê com facilidade gansos, jacarés, tatus e capivaras. Chegando mais perto, dá para observar peixes e lontras. É proibido pescar. O visitante deve atentar para a beleza das teias que fazem pontes transparentes entre as folhas. Mais de 150 tipos de aranhas também já foram registradas pela bióloga e funcionária Regina Gressler Buss.
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Receita
Mistério
Cadernos de Charles Darwin reapareceram
Pão de queijo não existiria sem a mandioca Receita surgiu no Brasil com a expansão da pecuária leiteira entre 1750 e 1800
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olvilho, ovo, leite e queijo. Quatro ingredientes simples que, ao serem misturados, se transformaram no famoso pão de queijo. Mas a receita desse pãozinho macio, crocante e dourado não seria nada sem um alimento nativo da América do Sul e abundante no Brasil: a mandioca. A pecuária leiteira começou a se expandir no estado de Minas Gerais entre 1750 e 1800. Havia excesso na produção de queijo, muita mandioca, mas nada de trigo, que só teve sua atividade estabelecida no sul do Brasil entre 1880 e 1930. Foi então que se teve a ideia de fazer um pão que não precisasse de trigo, mas usasse o amido da raiz da mandioca (polvilho) e o queijo minas meia cura. O local exato do surgimento da receita é um debate. Há uma pesquisadora que afirma que o pão de queijo surgiu primeiro no Estado de Minas Gerais e outro estudioso fala que foi em Goiás e no Triângulo Mineiro. Mas o que se sabe é que ele se expandiu a partir de produções de Minas Gerais em uma época que o Brasil não tinha plantio de trigo. No começo, o pão de queijo era feito apenas para ocasiões especiais, como opção para oferecer a visitas nos fins de semana. Óleo, sal e manteiga passaram a fazer parte da receita, que foi evoluindo ao longo dos anos com o crescimento do consumo. E, com o crescimento da indústria, o pão de queijo passou a ser vendido em diversos países. Atualmente, empresas exportam para o Estados Unidos, Canadá, Portugal, Inglaterra, Chile, Peru, Uruguai e Emirados Árabes.
Tomate
Extrato e molho: qual a diferença? O tomate é uma das frutas mais versáteis. Em grande parte, é consumido pelos brasileiros na forma de molho ou extrato - facilmente achados prontos nos supermercados - e muito associados ao consumo de massas. Estes alimentos são usados no preparo de pratos típicos de diversos países, como no México com o tradicional chilli, em forma de molho, e na Itália, em forma de extrato, em caldos e cozidos. A principal diferença entre molho e extrato está na concentração da fruta no preparo de cada um deles. Por um lado, o molho de tomate natural é fresco e leve, sendo mais aguado. Por outro, o extrato é concentrado, parecendo até mesmo uma pasta. Apesar de mais concentrado, o extrato de tomate possui uma quantidade de nutrientes muito inferior ao molho. Isso se deve ao alto cozimento da fruta para o preparo. Quanto mais cozinhamos
RECEITA • 1 xícara de leite • ½ xícara de óleo • ½ colher (sopa) rasa de sal • 500g de polvilho doce • 2 ovos • 1 ½ xícara de queijo ralado MODO DE PREPARO Coloque o leite, o óleo e o sal numa leiteira. Leve ao fogo alto e, quando levantar fervura, despeje a mistura sobre o polvilho previamente colocado numa vasilha. Mexa bem com uma colher de pau, para que o polvilho fique impregnado de líquido. Em seguida, acrescente os ovos, um a um, sempre mexendo com a colher de pau. Junte o queijo ralado e misture com as mãos até que a massa não grude nas mãos. Sove a massa sobre uma superfície enfarinhada, até que ela fique homogênea e macia. Em seguida, enrole pequenas bolinhas na palma da mão, dispondo-as numa assadeira retangular untada e enfarinhada. Leve para assar em forno preaquecido a 200°C por 20 minutos.
Os pequenos blocos de anotações valem milhões de libras e incluem o esboço da ‘árvore da vida’ do cientista
Dois blocos de anotações de Charles Darwin “roubados” foram misteriosamente devolvidos à Universidade de Cambridge, no Reino Unido, 22 anos depois de terem sido vistos pela última vez. Os pequenos blocos com capa de couro valem milhões de libras e incluem o esboço da “árvore da vida” do cientista. Eles foram deixados anonimamente em uma sacola de presente rosa brilhante contendo a caixa azul original em que os cadernos estavam guardados e um envelope pardo simples. Nele, estava impressa uma breve mensagem: “Bibliotecária, Feliz Páscoa. Beijo”. “Eu me sinto feliz”, diz a bibliotecária da universidade, Jessica Gardner. Dentro, estavam os dois blocos, bem embrulhados em plástico filme. O pacote havia sido deixado no chão, em uma parte pública da biblioteca sem câmeras de circuito interno de segurança, do lado de fora do escritório de Gardner.
Apesar de mais concentrado, extrato possui menos nutrientes que o molho uma fruta ou legume, mais perda de nutrientes ele tem. Por isso, o molho de tomate natural acaba se tornando mais saudável neste sentido, sendo feito a partir do tomate fresco. Por outro lado, o extrato também tem seu benefício para saúde, pois apesar de reter menos vitaminas, o longo cozimento auxilia na alta redução de proliferação de bactérias. Esses dois itens, em suas formas industriais, normalmente contêm alto teor de açúcar, conservantes e acidulantes. O extrato de tomate foi uma técnica criada na Europa para auxiliar no armazenamento da fruta quando estivesse fora da época de colheita. A alta concentração permite não só guardar por mais tempo, como também no rendimento do produto, que passou a ser usado em pequena quantidade para temperar carnes, caldos e outros alimentos.
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Curiosidade
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Explicação
Bananeira se
desenvolve em família Sistema é usado porque o pé precisa manter um espaçamento ideal entre os demais para não ter competição entre as plantas, ficando próximas apenas desse núcleo Em família, é assim que a bananeira se desenvolve. O plantio acontece com mãe, filha e neta cultivadas na mesma cova. Esse sistema familiar é usado porque o pé precisa manter um espaçamento ideal entre os demais para não ter competição entre as plantas, ficando próximo apenas desse núcleo. ada bananeira dá apenas um cacho que chega a pesar até 70 kg. Assim que ele é colhido, a planta principal, que é a mãe, é cortada. Este corte deve ser feito o mais alto possível, pois os hormônios são passados para a filha. É importante, também, sempre eliminar as mudas laterais que podem competir com a banana em luminosidade e em nutrição, pois as raízes podem se entrelaçar. Para evitar pragas e doenças, assim que o cacho é lançado, os agricultores fazem uma pulverização preventiva e cortam o coração, que é onde os insetos costumam ficar concentrados.
Novidade
Cientistas desenvolvem fórmula para sorvete não derreter A ciência sempre busca inovações para o ramo alimentício, uma das mais recentes são fórmulas para o sorvete não derreter rapidamente
O cérebro libera adrenalina e noradrenalina diante de uma situação de nervosismo, o que causa os tremores
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ocê já chegou a tremer de nervoso? O corpo tem esse tipo de reação quando submetido a emoções extremas, como medo, nervosismo ou ódio, por exemplo, e a resposta está nos neurotransmissores, a química produzida pelo cérebro. O que acontece é que, quando o ser humano se depara com uma situação ameaçadora, uma onda de adrenalina e noradrenalina prepara o corpo para lutar ou fugir rapidamente. É possível morrer de medo? Literalmente? Nessas condições, o sistema nervoso simpático dilata as pupilas, inicia a sudorese e estimula o fluxo de sangue para nossos músculos. A liberação de adrenalina no sangue é que traz à tona esses efeitos. Para entender o porquê, é preciso voltar aos primórdios da humanidade. Naquela época, essas reações do corpo permitiam capturar presas, escapar de predadores ou lutar. Isso porque o corpo faz o possível para ficar pronto para uma atividade física. Basicamente, o cérebro não consegue distinguir a urgência de um predador à vista de uma apresentação em público, por exemplo, e faz o corpo tremer da mesma maneira. Outro aspecto que proporciona o tremor é a tensão involuntária dos músculos, principalmente se acontece por um longo período. E essa tensão é justamente o que ocorre em situações de medo (em que a pessoa
se encolhe, por exemplo) ou raiva (em que a pessoa cerra os punhos). A adrenalina atua diretamente nas células receptoras dos músculos para acelerar a taxa de contração das fibras. A noradrenalina, por sua vez, está relacionada com a excitação física. A produção é centrada na área do cérebro chamada de locus coeruleus (uma região pequena e azulada do tronco cerebral). A falta de noradrenalina, aliás, costuma ser associada a transtornos depressivos.
No ano de 2017, um incrível acidente acabou criando uma fórmula de sorvete que demora para derreter. Neste ano, o Centro de Pesquisa de Desenvolvimento de Bioterapia, da Universidade de Kanazawa, no Japão, tentava ajudar os agricultores da região afetados pelo tsunami de 2011. Por isso, um chefe de cozinha foi desafiado pelos pesquisadores a criar uma sobremesa utilizando um polifenol extraído de morangos. Os polifenóis são compostos orgânicos encontrados em plantas e frutas, além disso, a função desse material é proteger as plantações de
insetos, radiação e doenças. No entanto, algo saiu do controle do cozinheiro quando ele adicionou o polifenol ao creme de leite: a mistura se “solidificou intensamente”. Com isso, os cientistas perceberam que tinham descoberto a fórmula para que os sorvetes não derretessem, mesmo no calor escaldante dos verões. O polifenol dificulta a separação da água e do óleo. De acordo com o professor Tomihisa Ota, responsável pelo desenvolvimento do sorvete, uma pitada de pó pode manter a forma original do creme por mais tempo do que o habitual, tornando mais difícil de derreter. O produto já é consumido no Japão. Nomeado como Kanazawa Ice, o alimento mantém seu formato intacto mesmo quando exposto a uma temperatura de 28ºC.
HUMOR
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PROVA ORAL
– O que você sabe sobre o Tiradentes? – Ah, professora, ele morreu enforcado. – Só isso? – Poxa, professora, ele foi enforcado e a senhora ainda acha pouco?
Brasileiro é premiado no Oscar da Fotografia
Pra variar, Joãozinho está boiando na aula de Língua Portuguesa. - Joãozinho, me diga dois pronomes. - Quem? Eu? - Muito bem, Joãozinho!
GÊMEOS - O caos está no ar e é melhor você se isolar o máximo possível para resolver suas pendências caso o foco seja algo necessário. Se você tiver tempo livre, a sua semana será bem livre e leve, cheia de conversa e trocas.
A Além da Ilusão – Globo – 17h30 Violeta decide se afastar de Eugênio. Após saltar de paraquedas, Lorenzo se esconde em dos inimigos em uma mata. Joaquim conhece Shirley, que lhe conta sobre Rafael. Matias briga com Violeta e Heloísa ajuda a irmã. Joaquim tenta conquistar Margô e Iolanda. Violeta procura Eugênio e os dois se amam. Davi apresenta Romana a Isadora. Quanto mais vida melhor– Globo – 18h40 Paula/Neném convida Rose para ir a um coquetel, e Carmem fica enciumada. Neném/Paula foge do treino com a ajuda de Guilherme/Flávia. Cora descobre que a padaria está no nome de Flávia/Guilherme e tem uma ideia para se vingar de Pink. Teca descobre o local da despedida de solteiro e avisa a Celina. Paula/Neném se encanta ao ver Rose com as crianças na clínica. T Pantanal – Globo – 21h Irma tenta se explicar para Joventino e incentiva o rapaz a escrever para o pai. Tibério e Tadeu desconfiam da história de Lúcio. Madeleine descobre que Joventino escreveu para o pai. Juma ouve uma onça perto da casa e acredita ser sua mãe. Lúcio aparece na casa de Juma e Muda manda ele ir embora. Madeleine confronta Joventino. Guta chega à casa de Tenório e tem um embate com Alcides. Tibério questiona Lúcio, que fica intimidado.
ÁRIES - Se você não tiver uma ação corajosa e direcionada, vai se perder e se tornar irritado e nervoso. Existe intensidade emocional nesta semana, bem como a necessidade de se esforçar ao máximo para dar o seu melhor. TOURO - Podem acontecer aborrecimentos ou você pode receber algumas notícias desagradáveis, que mexem com sua estrutura. Saiba ultrapassar os obstáculos com segurança e, fé. Não entre numa crise maior do que o necessário.
PRONOMES
RESUMO DAS NOVELAS
HORÓSCOPO
série fotográfica “Distopia Amazônica”, do brasileiro Lalo de Almeida, fotojornalista do jornal Folha de S. Paulo, venceu na categoria ‘Longa Duração’ do World Press Photo (WPP), a mais prestigiada premiação de fotojornalismo do mundo. As imagens, feitas para Folha de São Paulo e Panos Pictures, documentam a ameaça à floresta amazônica pelo desmatamento, mineração, desenvolvimento de infraestrutura e exploração de recursos naturais. Parte delas foi publicada na série “Amazônia sob Bolsonaro”. Este projeto retrata algo que não tem apenas efeitos
negativos na comunidade local, mas também globalmente, pois gera uma reação em cadeia”, disse a presidente do júri do WPP, Rena Effendi. Já o registro da canadense Amber Bracken, intitulado Kamloops Residential School (“Escola Residencial Kamloops”), foi o grande vencedor da premiação, conquistando a categoria ‘Foto do Ano’. Bracken estava a serviço do jornal americano The New York Times quando tirou a foto premiada. Os vencedores de 2022 foram escolhidos entre 64.823 inscrições feitas por 4.066 fotógrafos de 130 países.
Chalana, canção de Pantanal, existe há 70 anos Quando os versos melancólicos de Chalana ecoam na trilha sonora do remake da novela Pantanal pela TV Globo, ouvidos nas vozes dos cantadores da trama e também em gravação da cantora paraibana Roberta Miranda, a música carrega história que completa 70 anos em 2022, pois a composição surgiu em disco em 1952 em gravação do Duo Brasil Moreno, dupla sertaneja formada pelas irmãs paulistas Dora de Paula (1917 ) e Antônia Glória de Paula (1924), a Didi. Uma das mais belas e conhecidas canções pantaneiras, Chalana versa sobre as embarcações de madeira que transitam pelos rios do Pantanal, transportando a população da região. A música nasceu da inspiração do compositor e acordeonista italiano Mario Giovanni Zandomeneghi (9 de outubro de 1920 – 9 de novembro de 1906), conhecido como Mario Zan. Presente na versão original da novela Pantanal na voz de Almir Sater, em gravação feita para a produção pelo ator e cantor que em 2022 dá voz e vida ao chalaneiro Eugênio no remake da trama de Benedito Ruy Barbosa atualizada por Bruno Luperi, Chalana é música presente nos repertórios de vários artistas associados à música folk ruralista e à música sertaneja.
CÂNCER - Viagens ou novos cursos podem acontecer. Existe algum início que traz motivação e paz interior, ou seja, sua vida começa a ter um novo direcionamento, e isso pode ser extremamente interessante. LEÃO - A sua capacidade de proteger e levar soluções vai trazer mais admiração para seu par, bem como mais respeito e conexão. As relações novas tendem a ganhar profundidade, mas é preciso se dedicar e manter a autoconfiança. VIRGEM - As relações pode trazer a necessidade de doação e generosidade. Você pode perder um pouco a sua liberdade nesta semana, inclusive se doando mais até do que gostaria. Tome cuidado com radicalismos. LIBRA - Tome cuidado com medos ou preocupações excessivas, que podem acarretar mais problemas. Acalmar a mente e as emoções é muito importante. Tenha paciência, pois as coisas vão começar a melhorar no final da semana. ESCORPIÃO - Sua capacidade de se divertir e buscar lazer é grande, mas você não deve deixar de se responsabilizar pelos compromissos assumidos, inclusive pode ficar meio nostálgico de uma época em que tinha mais tempo livre. SAGITÁRIO - As relações podem ser bem aproveitadas se houver dedicação da sua parte, fidelidade e muita entrega, além de confiança. Senão prepare-se para receber cobranças. Suas promessas não cumpridas poderão vir à tona. CAPRICÓRNIO - Você realmente conseguirá realizar o que pretende usando sua força, sua disciplina e sua dedicação. Sua comunicação será ativada por meio da sua popularidade, que vai atrair muitas oportunidades e pessoas.
Almir Sater, intérprete de ‘Chalana’ na novela de 1990, está presenta no remake da trama
AQUÁRIO - Você realmente conseguirá realizar o que pretende usando sua força, sua disciplina e sua dedicação. Sua comunicação será ativada por meio da sua popularidade, que vai atrair muitas oportunidades e pessoas. PEIXES - Tome cuidado com a tendência a querer controlar a vida alheia ou a tentar ajudar demais. Busque o equilíbrio e desapegue um pouco para não criar uma tensão ou sufocar seu par amoroso. Se estiver solteiro, novos encontros podem trazer alegria e motivação.
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Casa
Adapte a decoração para o outono
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uitas pessoas ficam com vontade de dar aquela mudada na decoração da casa. Itens que trazem conforto e aconchego, por exemplo, são ainda mais necessários com a chegada das temperaturas mais amenas. Por isso, um décor versátil, que funcione para qualquer época do ano e precise apenas de pequenas mudanças, é sempre a melhor opção. Confira dicas para adaptar a decoração para que ela fique versátil e, ao mesmo tempo, a cara do outono:
Brinque com as texturas
Adicione pontos de cor
Uma das formas mais simples de deixar a casa perfeita para o outono é apostar nas cores da estação, como tons de laranja ou uma cor de argila. Com elas, o ambiente vai ficar com aquela sensação de conforto ideal para os dias mais friozinhos. E nem é preciso pensar em pinturas demoradas dos ambientes. Afinal, dá para adicionar as cores do outono na casa a partir de pequenos itens de decoração, como vasos ou almofadas.
Fique de olho nos tapetes
Os tapetes são um item de decoração que fazem toda a diferença, especialmente nas estações mais frias, já que são ótimos isolantes térmicos. Então, se você tem um tapete guardado em casa, mas não tem usado ele, pode ser uma boa adicioná-lo à decoração de outono, pelo menos durante esse período mais frio.
Invista em acabamentos atemporais
Uma dica bem interessante para deixar a casa perfeita para o ano todo é apostar em acabamentos atemporais. Nesse sentido, os acabamentos amadeirados são uma ótima opção já que eles conseguem aquecer os ambientes no frio, porém também trazer mais frescor e relaxamento no calor.
Aposte em um mobiliário versátil
E o mobiliário da casa também merece a sua atenção. Afinal, modelos mais neutros são ótimos para deixar a decoração mais versátil. Com eles, você vai conseguir uma decoração que serve para todo o ano e permite que você faça pequenas adaptações para cada estação com os objetos menores, sem precisar mexer nos móveis.
As texturas são grandes aliadas para deixar a casa mais aconchegante. E, assim como no verão costumamos buscar palhas e pedras naturais, no outono a dica é usar e abusar de mantas, almofadas e outros objetos desse tipo. Com eles, o ambiente vai ficar bem quentinho, do jeitinho que o outono pede. Além disso, esses objetos podem ser retirados facilmente em outras estações, o que deixa muito mais fácil adaptar a decoração ao clima. Mantas e almofadas são alguns dos itens mais importante na hora de dar a cara do outono para a casa.
Look
A volta do No inverno, ele combina com looks para todas as ocasiões O poá, também conhecido apenas como estampa de bolinhas, volta e meia aparece nas tendências. Ela é feminina e ao mesmo tempo estilosa, escolha perfeita para quem busca delicadeza mas não quer ir para o lado das estampas florais e outros efeitos que o romantismo traz. Ele combina com tecidos mais fluidos mas pode aparecer em diversas propostas, já que a única regra é vestir algo e se sentir bem. Uma maneira de fugir da sobriedade
e não cair no sem graça em looks de inverno é apostar nas estampas. Usar poá no inverno é uma maneira de quebrar o preto dos looks e deixar o visual mais leve. A calça preta clássica, por exemplo, fica mais divertida com a estampa de bolinhas e pode ser usada até no escritório. Uma camisa de poá também traz um toque fashion à produção séria. A padronagem fica linda em vestidos e combina muito bem em um look com casaco e meia-calça escura.
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Os s insetos mais perigosos do mundo
Triatominae: popularmente conhecido no Brasil como “barbeiro”, esse inseto atua como transmissor da doença de Chagas e é responsável por cerca de 12.000 mortes a cada ano, não só de humanos, mas de outras espécies de animais também. Uma única picada desse inseto gera mudanças imediatas no corpo, além disso causa vergões e erupções cutâneas;
A população mundial atualmente está em torno de 7,7 bilhões de pessoas, porém não existem apenas humanos por aí. Estima-se que existam entre cinco e 10 milhões de espécies de insetos no mundo, e alguns são extremamente perigosos. Formiga Dorylus: essa espécie de formiga possui a maior colônia quando comparada a de outros insetos. Cada colônia possui cerca de até 22 milhões de membros que em grupos atacam até mesmo elefantes. Elas são encontradas principalmente na África e é considerada a maior formiga do mundo. Uma única picada desse inseto causa feridas consideravelmente grandes e doloridas, isso porque elas possuem mandíbulas bastante fortes. A Dorylus não chega a matar um humano, mas pode matar outras espécies de animais; Abelha Assassina: somente pelo nome dá para se ter uma ideia do quão perigoso o “insetinho” é. A abelha africanizada ficou popularmente conhecida como abelha assassina porque reagem muito rapidamente a perturbações. As abelhas assassinas andam sempre em grupos e são capazes de seguir uma pessoa por mais de 400 metros atacando diversas vezes com várias picadas principalmente na região facial. A morte é praticamente inevitável na maioria dos ataques;
Mosca Tsé-tsé: essa espécie nativa da África, possui a picada mais mortal da região e se alimentam principalmente do sangue de vertebrados. Esse inseto é responsável pela transmissão do Trypanosoma brucei, o tripanossoma causador da doença do sono que nos casos mais graves e sem o tratamento adequado pode levar à morte. Somente em 2015, cerca de 3.500 mortes foram registradas.
Vespa Japonesa Gigante: a maior espécie de vespa do mundo pode chegar a medir até duas polegadas e todos os anos é responsável por cerca de 40 mortes. O veneno do inseto gera uma reação alérgica e dissolve os tecidos dentro de pouco tempo. Picadas repetidas de um grupo dessas vespas japonesas resultam na morte de animais de qualquer espécie;
O salto do canguru Cientistas descobriram quando os cangurus aprenderam a saltar — e foi muito antes do que se pensava
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ósseis encontrados em Riversleigh, no estado de Queensland, na Austrália, indicam que um marsupial antigo, parente dos cangurus atuais, já era capaz de saltar há 20 milhões de anos. A origem da habilidade de salto dos cangurus intriga os cientistas há muito tempo. E um dos motivos é que não se conhecia até agora fósseis de cangurus com mais de dois milhões de anos. Os cangurus são atualmente o único grande mamífero a usar o salto sobre duas pernas como principal forma de locomoção. Eles são capazes de percorrer rapidamente grandes distâncias usando seu andar característico, que é mais eficaz em habitats abertos, como desertos e pradarias. Uma das teorias há muito tempo difundida é de que os animais desenvolveram a habilidade de saltar para
tirar proveito de uma mudança no clima, que levou a condições mais secas e à disseminação de pradarias na Austrália — deixando para trás o clima mais úmido e as florestas abundantes que predominavam no passado. Os cangurus teriam evoluído então de animais que caminhavam para marsupiais que começaram a se manter erguidos e se locomover saltando. Nesta nova paisagem, esta técnica teria se tornado bem-sucedida, conforme esta interpretação. Pesquisadores do Museu Sueco de História Natural e da Universidade de Uppsala, na Suécia, analisaram os fósseis e encontraram indícios de que o salto teria começado muito antes de as pradarias terem coberto grande parte da Austrália. Os fósseis descobertos em Riversleigh pertenciam a uma espécie de marsupial que se extinguiu entre 10 e 15 milhões de anos atrás.