Stampa Abril 2017 - Ano 14 nº 11

Page 1

Ano 14 14 . Nº. Nº 11 11 . Abril| 2017 . R$. R$ 10,00 Ano . Abril| 2017 10,00

ENTREVISTA

OPINIÕES E AS AÇÕES DA PRIMEIRA-DAMA

JUSSARA HECK

DA SÉRIE DISTRITOS

LINHA 6 NORTE AEROPORTO de Ijuí tem uma escola que ensina a voar A boa vida de um ijuiense no mar de ANGRA

MODELO DA CAPA

JULIANO SCHEVINSKY

A��e��ntad� p��




Profissão: na escola que mantém no aeorporto de Ijuí, Diego Bohn ensina a voar

As aventuras do guia de montanha ijuiense Tiago Korb

Em ação esafios todos nós enfrentamos diariamente, em maior ou menor grau, D pessoal e profissionalmente. Mas tem gente que, pela profissão escolhida, vive em permanente estado de risco, de superação de limites, com adrenalina

a mil. Gente como o ijuiense Tiago Korb, que escolheu ser guia de montanha, e vive subindo nas alturas, enfrentando todo tipo de perigo. Esta é uma das matérias desta edição, que tem vários outros exemplos de gente em ação, se saindo muito bem: o piloto que ensina a voar no aeroporto de Ijuí, as mulheres distinguidas pela Câmara de Vereadores como cidadãs do ano, a primeira-dama e seus planos na função, o ex-ginasta ijuiense que abandonou a aposentadoria para voltar a formar jovens ginastas em Santa Catarina, o time ijuiense de futebol americano que começou o campeonato com duas empolgantes vitórias, o grupo que está renovando o CTG Laureano Medeiros, o ijuiense que mora e trabalha em um barco no paraíso de Angra dos Reis. Mostrar pessoas fazendo, conquistando, se superando, é nossa vocação, e a ela somos fiéis desde a primeira edição. Por isso, este nosso trabalho é gratificante, e nos dá muita satisfação em entregá-lo a você todos os meses. Abraço, Iara Soares

8 10 13

Profissão: aeroporto de Ijuí tem uma escola de piloto A“caderneta” de compras ainda sobrevive nos mercadinhos Esporte: vitórias empolgam os Drones e sua torcida

Na caderneta: método de compras ainda se mantém em bairros da cidade

15

Entrevista: o que pensa a primeira-dama Jussara Heck

27

Modelo da Capa: o ensaio de Juliano Schevinsky

22

Cidadãs do ano: quem são as escolhidas da Câmara

30

Gente: o ijuiense que mora em um barco em Angra dos Reis

23

Os desafios que encara o ijuiense guia de montanha

39

Pelo mundo: o ex-ginasta José Orestes Sczmanski

DIRETOR EDMUNDO HENRIQUE POCHMANN EDIÇÃO IARA SOARES iara@jornaldamanhaijui.com COLABORADORES CARLOS ALBERTO PADILHA, CLÁUDIA DE ALMEIDA, ELIANE CANCI, CECILIA MATHIONI

stampa@jornaldamanhaijui.com Ano 14 - Nº 11 | Abril | 2017 Assinatura semestral: R$ 55,00 - Ligue 3331-0300 4•STAMPA

PUBLICAÇÃO GRÁFICA E EDITORA JORNALÍSTICA SENTINELA LTDA CNPJ: 87.657.854/0001-23 | RUA ALBINO BRENDLER, 122 | (55) 3331-0300 IMPRESSÃO CIA DE ARTE (55) 3331-0318 | 98.700-000 IJUÍ/RS

Informações contidas em espaços comercializados são responsabilidade integral das empresas e/ou dos profissionais.


STAMPA•44


Projetos inovadores e marketing empresarial

A

MCW Arquitetura, Construções e Incorporações tem um amplo campo de trabalhos, atuando em obras residenciais, comerciais, institucionais entre outras. Faz projetos arquitetônicos, estruturais, elétricos, hidrossanitários, PPCI, paisagismo, arquitetura de interiores, administração e execução de obras. Um exemplo de trabalho no qual a MCW fez uma imersão total foi a construção da Farmácia Panvel da Av. David José Martins, esquina com Rua Dr. Pestana, sendo responsável por todos os projetos, execução, administração e fornecimento de mão de obra. O prédio foi entregue para inauguração em um prazo de somente quatro meses. A MCW vem buscando uma melhor divulgação de seus trabalhos, tanto em redes sociais quanto nas mídias tradicionais. O retorno tem sido extremante positivo, como pode ser percebido pela grande repercussão causada por publicação no Facebook de uma residência projetada pelo escritório e que está anunciada nesta edição. Inclusive podem-se ver mais fotos da casa acessando a fanpage “MCW Arquitetura”. As redes sociais são utilizadas como um meio de relacionamento com os clientes. O objetivo da MCW é publicar conteúdos de qualidade e direcionados para o público alvo. Para isso, a empresa tem contado com o apoio da Trixel Arte Digital (empresa especializada em marketing digital) para gerenciar estrategicamente suas redes sociais e para todos os trabalhos de divulgação e comunicação, assim como para trabalhos de fotografia e edição de imagens.

6•STAMPA

Sócios proprietários da MCW, arquiteto Maurício Weber e engenheira Paula Prediger e o proprietário da Trixel AD, Jean Ciechowicz; e uma das obras da MCW


STAMPA•7


|profissão|

professor dos ares Ijuí tem um aeroporto com toda estrutura, mas que não está em operação. Porém, tem uma escola, onde Diego Bohn ensina a voar Diego Bohn nasceu em meio a aviação e já acumula mais de cinco mil horas de voos: “Lá em cima é mais tranquilo que aqui embaixo”

A

escola de aviação instalada no aeroporto local está apta a formar pilotos nos mais diversos segmentos: desportivo, recreio, privado e comercial. A Escola de Aviação Biruta é comandada pelo piloto Diego Osório Bohn e surgiu há 14 anos em Cruz Alta com o pai de Diego, Paulo Bohn, experiente piloto e mecânico de aviões. Em Ijuí, a escola está há dois anos e atualmente possui 20 alunos participando das aulas práticas e teóricas. Alunos que vêm de Ijuí, de cidades do Estado e do Brasil. “Finalizamos a construção do Hangar aqui no Aeroporto Municipal João Batista Boss Filho e passamos a operacionalizar tudo daqui. Temos outra base em Santa Rosa e alguns aviões ainda voam em Cruz Alta, mas o plano é concentrar tudo aqui em Ijuí”, conta Diego. Diego começou a voar aos 15 anos, por influência do pai piloto, em Cruz Alta. Fez cursos desportivo e recreativo, privado e comercial. Já possui cinco mil horas de voos, principalmente na área de excursão. A escola dele possui quatro instrutores. Diego explica que há duas linhas na aviação: aulas para quem quer fazer o curso para si, para desporto e ter uma aeronave pequena; e o privadocomercial para aqueles que querem seguir carreira na aviação. “Então faz primeiro o curso de piloto privado e depois o comercial e se torna apto para o mercado de trabalho”. A idade mínima para fazer os cursos é de 16 anos. É preciso fazer um exame médico com médicos credenciados. A parte teórica é ministrada à noite. As aulas para piloto comercial, segundo Diego, têm 600 horas de teoria. A parte pratica é de 150 horas de voos. “São públicos diferentes que procuram pelos cursos. Temos hoje

8•STAMPA

metade de alunos para as aulas desportivas e para profissionais”. Ele explica que a aviação comercial torna o aluno apto a pilotar um monomotor, independente de número de passageiros. Quem faz o curso pode voar para um empresário que tenha aeronave, táxi aéreo, e para si mesmo. Acumulando hora pode ir para uma linha área. Um curso básico, de 35 horas, mais teoria e material didático, varia entre R$ 16 mil, e o comercial chega a R$ 70 mil. “O mercado de trabalho é sazonal. Hoje, pela economia retraída, o mercado está estagnado, não houve mais contratações. É uma coisa variável. O piloto não fica restrito a pilotar no Brasil. Se fizer um curso de proficiência inglesa, pode voar onde quiser. Tenho pilotos que se formaram aqui e estão na China”, conta. Diego diz que hoje, a aviação no Brasil está indo muito devagar em relação a outros países. No Brasil está na casa de 18% de nível de exploração. Segundo ele, ainda há muito a ser explorado. “O uso do avião não é elitizado, hoje eles são para vários públicos. Tem aviões que são mais baratos que uma caminhonete, por exemplo. O curso tem um custo elevado, manter uma escola não é barato, pois possui uma qualidade alta. Quem faz um curso está apto até a comprar um avião. Tenho alunos que fizeram curso e compraram aviões, que deixam aqui”. Diego nasceu na aviação e diz que voar está no sangue. “Voar para mim é algo único, fico mais pertinho de Deus. Lá em cima é mais tranquilo que aqui em baixo”, finaliza.


O engajamento e a produtividade de seus colaboradores A

ssim como a motivação e a satisfação no ambiente empresarial, o engajamento no trabalho também é fundamental para o sucesso e a boa produtividade de uma corporação. Tendo isso em vista, cabe aos líderes a tarefa de observar e identificar colaboradores que não estão completamente inseridos e ambientados no ambiente corporativo podendo, desta forma, elaborar as melhores formas para resolução de tal questão. Porém, não se trata somente de reter os talentos e profissionais de alto potencial e desempenho, também é preciso entender o cenário atual e as expectativas dos colaboradores, além de criar uma conexão com outros aspectos da organização, como cultura organizacional, qualidade de vida no trabalho, alinhamento com os valores e possibilidades de carreira. Esses fatores compõe a lista de desafios de todos, não somente da área de RH e devem ser tratados como prioridade estratégica. Estudos apontam que o engajamento de funcionários é um dos maiores desafios atuais dentro das organizações - apontado por 30% dos profissionais de RH e por 41% dos líderes. Além disso, existe um mundo novo, trazendo obstáculos também nunca vistos. Uma rotina exaustiva, formada por novas tendências, cenários em transformação constante, novas demandas chegando a uma velocidade jamais vista. Toda essa complexidade faz parte do dia a dia das organizações e das

pessoas e, manter o alto nível de engajamento tanto no momento de crise econômica quanto em um mercado aquecido é um fator incisivo para o sucesso dos negócios. Isso é uma vantagem competitiva que somada à estratégia, inovação, capacidade de comprometimento, motivação não vão acontecer por acaso. São atributos que precisam ser lapidados, implementados a partir de um discurso fortalecido por atitudes. Exige ética, transparência e trabalho árduo, mas o resultado pode ser a criação de um cenário fortalecido, único e intransferível. Empresas que conquistam este patamar desfrutam de um ambiente altamente produtivo, com líderes que inspiram e formam boa aliança com seus respectivos subordinados. Os resultados são mais elevados e a capacidade de atravessar os dias turbulentos também. A TRÍADE RH está preparada para auxiliar organizações em todos os processos pertinentes à assessoria e consultoria em psicologia organizacional e do trabalho. Nós nos atualizamos juntamente com os movimentos do mercado de trabalho e temos as ferramentas necessárias para prestar suporte adequado na área de recursos humanos. Uma organização alinhada nesses horizontes atrai talentos e, mais importante ainda: os desenvolvem e, comprometidos com o sucesso, eles permanecem por muito mais tempo.

STAMPA•9


|comportamento|

Na base da

confiança Apesar da facilidade proporcionada pelos cartões de débito e crédito, em Ijuí existem comerciantes que ainda anotam as vendas a prazo na caderneta de papel ou em fichas.

O

caderninho da mercearia, em alguns lugares conhecido apenas como “a caderneta”, em que as compras da família são anotadas e o pagamento é feito no final do mês, não só ainda existe como também concorre com os modernos cartões de débito e crédito. O segredo da sobrevivência dessa velha prática é a confiança entre comerciantes e fregueses, algo que só é possível naqueles lugares onde todo mundo se conhece. O comerciante anota as compras em uma caderneta de papel e a dívida é quitada na data combinada com o cliente. Atualmente, pelo menos 80 clientes são fiéis ao caderninho que registra a aquisição de alimentos, materiais de limpeza e padaria, no Mercado Dornelles, no bairro Elizabeth. Conforme o proprietário Cristiano Dornelles, o mercado já teve mais de 200 pessoas exercendo essa prática muito antiga, feita para a vizinhança e para aqueles clientes mais antigos, que optam em marcar e pagar as compras no final do mês. Tudo começou com seu pai há mais de 30 anos. “Se a pessoa não tem dinheiro na hora, não tem cartão, a gente anota. Mas isso está diminuindo aqui, já foi muito mais”, conta ele, que atualmente tem 20% de seu faturamento do mês registrado nas cadernetas. Bernardete e Inácio anotam as vendas em cadernetas desde que o mercado surgiu, há 22 anos

10•STAMPA

Cristiano - com Ubiratan, um dos clientes de confiança do mercado -, continuou a vender no “caderninho” ao assumir o negócio da família

Limite de créditos, segundo ele, é ter o cuidado para que a pessoa não gaste mais do que pode pagar. O cliente Ubiratan Pereira compra na caderneta há muito tempo. “Geralmente o dia de pagamento é no final do mês e aí venho aqui e pago as compras do mês. É mais fácil, mais cômodo. Às vezes saio do serviço e passo aqui e estou sem cartão ou dinheiro, e posso marcar”, diz Ubiratan, que mora no bairro Herval. Na Padaria Tia Lucinda, a prática também acontece há mais de 37 anos. Conforme o proprietário Nilson Rein, a venda também é feita para os clientes mais antigos, de confiança. São mais de 50. Ele anota em fichas. A clientela é selecionada. “Tem gente que se acostumou assim. Mas tem os caloteiros também. Agora selecionamos, mas já tive grandes perdas”, revela, acrescentando que a desvantagem é ter o dinheiro parado. “Mas por outro lado mantenho o cliente antigo. Tenho clientes de mais de 30 anos”. Nilson ressalta que o local de estabelecimento é o fluxo da Unijuí, e os primeiros a começar a anotar foram alunos e professores da universidade. No Mercado Itália, há mais de 22 anos, o casal Inácio e Bernardete Sangiogo permite que clientes mais antigos comprem e anotem suas compras. Antes em caderninhos, hoje

em fichas. Bernadete reitera que a prática existe desde quando o mercado surgiu. “Não tem como começar um estabelecimento comercial em uma potência como Ijuí, onde há grandes redes de supermercado, se não for na base da confiança para os primeiros clientes. Ao longo dos anos, construímos essa confiança, e aí nossa clientela se fez”. Segundo o casal, não é mais fácil vender assim, mas dessa forma uma grande parte da clientela volta. “A gente segura os clientes dessa forma. Já tivemos muitos calotes, mas se somar todos, dá menos que as taxas de cartão. A gente socorre os mais necessitados, que não têm crédito e eles pagam certinho. O cartão tem um custo, e se tem confiança no estabelecimento, a pessoa se sente em casa”, explica Inácio. “A gente conhece as pessoas no chegar, se é honesta ou não. A maioria são idosos aposentados, que saem do banco e vêm direto aqui para acertar. Acontece muito das pessoas, quando chega o dia 25 do mês, pedirem para virar o mês, isso também é um fato recorrente”, aponta Bernadete. Os três casos demonstram que essa prática tem uma peculiaridade para ser interessante tanto para o mercadinho como para o consumidor: tem que haver confiança mútua. Nilson mostra a gaveta onde guarda as fichas dos clientes da Padaria Tia Lucinda


Recreação e animação de festas infantis Q

uando uma criança brinca, ela explora, descobre, experimenta, inventa diversas situações. Mais do que isso, ela estimula a curiosidade, desenvolve habilidades motoras, equilíbrio, confiança, lealdade, força, atenção, agilidade em tomar decisões e principalmente adquirir bons hábitos na convivência social, que é de grande importância na fase infantil, já que ao criar as atividades é importante estar atento ao objetivo, respeitando cada etapa e interferindo quando necessário e ressaltando que as crianças façam observações e explorações para melhor descoberta, privilegiando com isso a aprendizagem. É importante que o tempo dedicado às atividades recreativas seja de qualidade. Isso quer dizer que é preciso escolher bem as brincadeiras e os jogos que possam estimular o desenvolvimento cognitivo e as habilidades sociais da criança. O professor Claudio Alfredo Persson, com comprovada experiência na área, vem organizando as recreações e animações nas festas de aniversário de crianças, onde elas têm um momento especial, rico em descobertas e inesquecível e, assim os seus pais, com comodidade usufruem de momentos de lazer.

STAMPA•11


A diretoria

Gaúcho de Floresta faz 100 anos Festividades aconteceram em março com festa esportiva na abertura do Campeonato Distrital de Futebol de Ijuí

E

sporte Clube Gaúcho de Floresta comemorou no início de março os 100 anos de fundação. A agremiação realizou no dia 5 de março uma festa esportiva que teve início com a apresentação da Banda Municipal Carlos Gomes. Logo em seguida aconteceu a cerimônia de abertura do 4º Campeonato Distrital de Futebol de Ijuí com desfile das 10 equipes participantes da competição e pronunciamentos de autoridades. O presidente do Gaúcho Neldor Demamann (Tito) disse que muitos dirigentes contribuíram para o crescimento da agremiação, uma das mais tradicionais do amador ijuiense. “O nosso clube é um patrimônio da comunidade de Floresta. Não está atuando no futebol no momento, mas o departamento de bocha segue na ativa. Essa história bonita deve continuar por muitos anos, disse o presidente”, que fez questão de citar a imprensa que sempre teve um papel fundamental na divulgação do clube. Demamann lembrou que nestes 100 anos, o Gaúcho teve muitas histórias.” Quando íamos jogar em outras localidades, o meio de transporte utilizado era o caminhão.Eu acordava às 6 horas da manhã e ia até a casa do Ari Meincke (Pópe) que morava próximo ao Aeroporto João Batista Bóss Filho para ele vir de caminhão e fazer o frete”. O presidente recorda que o Gaúcho tinha naquela época um excelente time, participava de torneios onde com muita frequência ganhava troféus. Foi acumulando conquistas. “Em alguns destes torneios era necessário utilizar os faróis dos veículos para iluminar o campo. Somente assim os jogos eram concluídos. Temos também a história (lenda) do jogo de um gol e meio. Um atleta chutou a bola e ela estourou entrando para dentro da meta apenas

Painel mostra fotos históricas do Esporte Clube Gaúcho

12•STAMPA

a sua metade.O acidente dos cavalos com atletas do Gaúcho e muitas outras. Vivemos épocas ricas do nosso futebol do interior. A partir do Gaúcho surgiram outras equipes próximas daqui: Farroupilha, Ijuí da Linha 8 Leste, Guarani da Linha 5 Leste, Progresso da Linha 4 Leste e Progresso do Rincão dos Letos”, citou. Neldor Demamann disse que nasceu em Floresta e ali começou a jogar na agremiação aos 12 anos atuando como lateral, zagueiro e meia. Depois morou 10 anos em Giruá. Foi atleta do Grêmio Santo Ângelo, América de Giruá e Atlas do bairro São José. Fundado em 4 de março de 1917, o Gaúcho é mais antigo que a própria Vila Floresta, reconhecida como distrito do município de Ijuí apenas nos anos 30. O Centenário do Esporte Clube Gaúcho foi comemorado intensamente revivendo os anos dourados do futebol amador da localidade. O clube aniversariante recebeu uma placa do Poder Executivo entregue pelo prefeito Valdir Heck. O Gaúcho teve entre seus fundadores os desportistas Alberto Fuchs, Ítalo Bigolin, Roberto Eickhoff, Alf Thorstenberg, Eruz Rut Thorstenberg, Alfredo Kondorfer e Pedro Chierdong. O vovô do futebol amador ijuiense iniciou sua história esportiva jogando no potreiro de Alberto Fuchs. Teve várias sedes até chegar à atual. O domingo do futebol era uma grande festa e também a oportunidade para as moças e os moços arrumarem as suas namoradas(os). Colocavam as suas melhores roupas para esse dia.O almoço nos dias de jogos tinha espetos de madeira cravados ao chão e todos ao lado saboreando.


Time ijuiense mostra evolução a cada partida do Campeonato Gaúcho de Futebol Americano 2017

Ijuí Drones sonha com conquista inédita

O

Ijuí Drones está fazendo uma boa campanha no Campeonato Gaúcho de Futebol Americano 2017. Nas duas primeiras rodadas da competição, os Zangões venceram o São Leopoldo Mustangs por 39 a 7 no Estádio 19 de Outubro, no dia 4 de março na estreia e depois o Porto Alegre Gorillas por 21 a 20, no gramado do Grêmio Nacional em São Leopoldo em um jogo decidido apenas nos acréscimos, dia 18 de março. No dia 6 de maio os Drones vão a Santa Maria enfrentar o Santa Maria Soldiers, um dos favoritos da competição. A equipe fecha a participação na primeira fase jogando dia 20 de maio, em Ijuí contra o Santa Cruz Chacais, outro grande time do Campeonato. A base de 2016 foi mantida na equipe ijuiense, mas o grupo tem novidades casos de Maicon,que já atuou pelo Corupá Buffalos de Santa Catarina e Jardel Júnior, de Frederico Westphalen, com passagem por uma equipe dos Estados Unidos. “Fizemos uma ótima pré-temporada iniciando a preparação em 7 de janeiro no Complexo Poliesportivo. Intensificamos os trabalhos neste ano, ao contrário dos outros anos que começamos em um ritmo mais lento para não termos problemas com possíveis lesões. Este ano foi diferente. Deixamos os atletas incumbidos de se manter em forma nas férias e eles voltaram em um ritmo bem acelerado”, lembrou o presidente e atleta Renan Jung (Boka). Ele reconhece as dificuldades da competição, mas sonha em ver o Ijuí Drones em uma conquista inédita nesta temporada. O Campeonato é disputado por 12 times. A chave A tem estes times: Ijuí Drones, Porto Alegre Bulls, Porto Alegre Gorillas, Santa Cruz Chacais, Santa Maria Soldiers e São Leopoldo Mustangs. O grupo B é formada por estas equipes: Bento Gonçalves Snakes, Bulldogs FA, Carlos Barbosa Ximangos, Juventude FA, Porto Alegre Pumpkins e Restinga Redkskulls. Na primeira fase da competição, as equipes jogam em sistema todas contra todas (cinco jogos cada), classificando o primeiro colocado de cada grupo para a semifinal e os segundos e os terceiros para a rodada do wild card(espécie de repescagem). Os semifinalistas enfrentarão os vencedores do wild card, e os vencedores da semifinal farão a decisão. No ano passado a final foi disputada no Estádio Beira-Rio, assistida por mais de 12 mil pessoas. STAMPA•13


HCI

lança premIação às melHores equIpes avalIadas pela qualIdade

O

projeto “Nosso Bem Maior: um rodízio de pizza e receberam o Você !” é voltado ao público troféu de reconhecimento, em um interno do Hospital de Cariambiente festivo. Na área assistendade de Ijuí(HCI), prioritariamente, cial, as equipes ganhadoras foram a fim de atingir, através de seus a UTI Neonatal e o Banco de Leite resultados de motivação e engajae na área administrativa foram memento, a satisfação dos clientes. O lhores pontuadas as equipes da prêmio para quem for melhor avacozinha, lancheria, nutrição enteral liado é um jantar de confraternizae chácara. ção, subsidiado pela entidade dos “Com certeza serve de estímulo médicos, a Sepam, Corpo Clínico essa premiação, para que possae pelo próprio HCI. Concorrem as mos continuar exercendo nosso unidades assistenciais que se despapel com carinho e dedicação tacarem positivamente através dos aos nossos clientes”, destaca a indicadores de ouvidoria, auditoria coordenadora da nutrição Vanise e resíduos sólidos. “Esta ação de Prates. A enfermeira Cibele Thomé endomarketing visa tornar o colada Cruz, que coordena a UTI de reborador cada vez mais compromecém-nascidos, disse que a escolha tido com a missão e valores da Instraz mais responsabilidades, para Na confraternização: presidente do HCI Claudio Matte Marins, diretor executivo tituição e mais do que isto, premiar manter o mesmo padrão de atenGenésio Gomes, presidente da Sepan, médico Armindo Pydd, enfermeira Cibele as equipes melhores pontuadas”, dimento. “Nossa missão maior é Thomé da Cruz, médico Carlos Alberto Dias e nutricionista Vanise Prates disse um dos idealizadores do prosalvar vidas, e quando recebemos o retorno como agora, não há preço que pague”, jeto, médico Carlos Alberto Dias. formance de cada setor, de acordo com dados O diretor executivo do HCI, Genésio Gomes, da Auditoria de Enfermagem, Serviço de aten- resume. Estiveram prestigiando o encontro, o presidenressalta que se trata de um projeto-piloto, onde dimento ao Cliente-SAC, Gerência de Recursos estão programadas seis avaliações no ano das Humanos, Gerência de Enfermagem , Resíduos te do HCI Cláudio Matte Martins, o presidente da Sepam, médico Armindo Pydd, o diretor exeáreas assistenciais, as quais englobam os pro- Sólidos, Controladoria e Orçamento. fissionais da enfermagem, nutrição, higienização, O primeiro encontro com os melhores do bi- cutivo Genésio Gomes, a gerente de Recursos escriturária de posto e portaria, e as áreas admi- mestre, ocorreu na Pizzaria Estação da Mata, no Humanos Elisabete dos Santos, a gerente de Ennistrativas. A comissão avaliadora, formada pela dia 24 de março, onde as equipes melhores ava- fermagem Claudia Goergen e o gerente adminisequipe gerencial, tem a tarefa de analisar a per- liadas (assistencial e administrativo) saborearam trativo de operações Douglimar Radaelli.

14•STAMPA


Jussara Heck

A

primeira-dama Jussara Bonamigo Heck, natural de Ijuí, 64 anos, é casada há 46 anos com o prefeito Valdir Heck, 72 anos. Ela educou três filhos homens em meio a vida política e de negócios do marido. Leandro, Alessandro e Mateus são seu orgulho de vida e agora também o neto Lucas, 8 anos. Não é a sua primeira vez como primeira-dama. Ela estreou no cargo aos 23 anos, quando Valdir Heck foi prefeito pela primeira vez. Formada em Pedagogia pela Unijuí, Jussara atuou por anos como professora de Ensino Religioso, e também em outras áreas da Educação, como vice-diretora e supervisora. Ela diz que teve um crescimento pessoal dando aula para crianças. Em 1º de março de 1974, o marido a levou ao Colégio Sagrado Coração de Jesus para começar a trabalhar, e em 23 de agosto de 1998, ele foi buscá-la, quando saiu sua aposentadoria, depois de mandar um buquê de rosas. Naquela ocasião, Valdir Heck falou para os alunos dela que aquele era seu último dia, mas que eles ainda iam ouvir falar muito sobre Jussara Heck. | Por Cláudia de Almeida|

Como a senhora lida com a vida pública? A vida pública faz parte da minha vida e da minha família há 40 anos. Eu era jovem, professora, atuava e consegui manter minha família, meus filhos em um ambiente privado e, ao mesmo tempo, participando da vida pública, em trabalhos voluntários, entidades, igrejas. Sempre consegui administrar. Fui e sou muito parceira do Valdir nesses 46 anos de casados, e sempre fizemos nossas coisas juntos. Dividíamos as funções na educação dos nossos três filhos. Antigamente não tínhamos essa estrutura de hoje, de ter que ter mais segurança. Nossos filhos iam e vinham da escola a pé, tinham uma certa autonomia. Se íamos para uma festa no final de semana, eles iam junto. Eram pequenos. Nesse meio tempo, quando o Mateus, que hoje tem 35 anos, nasceu, nós já estávamos na vida pública. Então eu lidei e lido de forma bem tranquila. Me deu uma visão de mundo que nem uma faculdade dá. Sempre estou buscando parceiros para meus projetos. Sempre tenho esse olhar comprometido com a comunidade. Me questiono que sempre fui ausente em casa, isso é uma consequência da vida pública. Mas que nunca comprometeu meu relacionamento, amor, afeto e cuidado com meus filhos. Hoje colho frutos, pois eles estão muito comprometidos com a comunidade, e agora são eles que estão cuidando de nós. Que diferenças a senhora percebe entre ter sido primeira-dama há oito anos e hoje? As pessoas estão diferentes. O mundo está diferente e os desafios também. O que todo

mundo buscava há 40 anos é a mesma coisa que se busca hoje, mas de forma diferente, que é a felicidade, crescimento profissional, pessoal. Mas as ferramentas são diferentes, como o WhatsApp do grupo de mães, que facilita nossa comunicação, não tínhamos carro na nossa secretaria, nossas profissionais iam de ônibus. A forma de trabalhar, mudou, mas a marca da gente permaneceu, de seriedade. As pessoas conhecem como o Valdir faz a sua gestão. Temos um perfil, e as pessoas sabem que não vamos usar para conseguir outros benefícios ou poder. A gente faz pelo bem do coletivo. Quais os planos para esses quatro anos? Nós temos como principal foco o nosso programa Abrace a Vida. Primeiro pensando no que é básico para o cidadão, especialmente a mulher, que é a sua vida, alegria, família e cuidado com ela mesma. Buscamos isso, pois percebemos que a família também está doente. Tenho um

Fui e sou muito parceira do Valdir nesses 46 anos de casados, e sempre fizemos nossas coisas juntos.

ditado que diz que a gente precisa voltar para a casa. Estamos nos distanciando dos nossos filhos. Vamos para o mercado de trabalho e nossos filhos, com quem ficam? Que profissionais estão cuidando deles? Temos vínculos que se constroem com o tempo e nós mulheres muitas vezes não criamos esses vínculos que têm um tempo para se construir, e depois não se consegue mais recuperar. Sabemos que 80% do caráter e identidade da criança se constrói até os 6 anos, depois a gente só faz consertos, vai para psicóloga, aula particular, etc. Nosso trabalho vai nessa linha. A mulher não quer só ficar pintando e fazendo crochê, ela quer viajar. Sonho com coisas novas para elas como um coral, um grupo de teatro de mulheres. Elas precisam expressar seu potencial. Incentivo elas a participar de diretorias de bairros, CPMs de escolas. Um eixo do nosso trabalho é esse. O eixo maior é o empreendedorismo. A mulher, se quer fazer um negócio, tem que aprender a fazer bem feito. Não pode fazer de qualquer jeito. Nosso trabalho é em parceira com o Sebrae e visa qualificar. Um produto que ela vai fazer, tem que ser bem feito. Tem que ter esses cuidados. E estamos investindo na parte de cidadania da mulher, porque o respeito também passa pelo poder aquisitivo. Se a mulher tem uma independência financeira, o companheiro irá respeitar e ter ela como um apoio de fazer mais pela família. Hoje, estamos com 70 grupos do Conviver, que é o da terceira idade, e do Vida Rural, que são as mulheres que moram no interior e as mulheres dos grupos aqui dos bairros. >> STAMPA•15


A senhora influencia na administração de seu marido? De que forma? A gente conversa muito e eu cobro muito, porque eu também sou responsável. Eu participei de uma campanha, eu levantei uma bandeira. Eu achei que a melhor opção para Ijuí era Valdir Heck e Valdir Zardin, então, tenho o compromisso, sim, primeiro como cidadã, depois como esposa e primeira-dama. Sempre conversamos, sou uma conselheira, pergunto como foi o dia dele, com quem ele fez reunião, eu opino sobre pessoas, como vejo projetos e falo de certas angústias que eu tenho. Não tenho o poder de fazer, mas tenho o poder de influenciar, e tem coisas que eu vejo que precisa dar andamento e fico angustiada. Ele me questiona sobre o que eu tenho, e digo abertamente que ele precisa dar solução para isso. Gosto da atividade pública. Sempre tem gente lá em casa. Não me afasto do relacionamento de marido e mulher, estamos sempre juntos, em parceria. A senhora se inspira em algum exemplo de primeira dama? Sim. Na primeira gestão do meu marido, quando eu tinha 23 anos, quando eu o questionava so-

tendo um comportamento ideal onde circulo, sendo cordial, amiga, mas me preservando. Vai muito da postura da mulher a maneira como se veste, posso estar bonita e arrumada, mas não posso ser vulgar nas atitudes. Não sei se sou exemplo, mas busco fazer com que as mulheres estudem, leem e busquem seus espaços. Sou uma pessoa que veio da colônia. O Valdir usa muito isso, o que difere uma pessoa da outra são as suas responsabilidades. Uma tem que cuidar da casa, a outra gerenciar uma escola, um banco. O que diferencia isso é a qualificação e aí entra a questão do empreendedorismo. É preciso se qualificar, sair de seu mundinho, buscar, estudar e ler. O que mais gosta em Ijuí e o que não gosta? Eu amo essa terra e sempre que viajo, até para fora do País, busco trazer coisas boas e penso em que posso trabalhar dentro de contexto semelhante em Ijuí. Gosto de tudo aqui, e sou feliz aqui. A cara da gente demonstra o que a gente é. Dificilmente, vão me ver emburrada, reclamando da vida. Meu filho sempre diz que temos apenas uma vida, mas a gente vive como se tivesse mais. Acabamos carregando as dores de outras pesso-

Procuro ser exemplo em postura, sempre me atualizando, sempre lendo, tendo um comportamento ideal onde circulo, sendo cordial, amiga, mas me preservando.

bre o que eu deveria fazer como primeira-dama e ele me dizia que eu deveria me inspirar na Ivone Burmann, uma mulher muito humilde, mas muito profunda. Ela sempre estava junto de seu marido. E eu procurei esse lado. Depois fui buscando meu espaço, fui ocupando, gostando e hoje já estamos voando no gabinete, com uma característica própria. A Rosane Toldo, que está lá comigo, é uma peça muito importante para o nosso trabalho social. Estamos em uma parceria há mais de 20 anos com ética, seriedade e respeito das pessoas. Quem vai até o poder público é porque não conseguiu resolver seus problemas sozinhos, que não consegue emprego, vai ali, conversamos, damos uma palavra de conforto, uma leitura bíblica. Disponibilizamos cestas básicas. Por quê? Porque somos humanos e não conseguimos dar conta de toda a demanda social que temos. Então, temos que trabalhar em todos os sentidos. A senhora acha que influencia na vida de outras mulheres? Nunca pensei nisso. Mas procuro ser exemplo em postura, sempre me atualizando, sempre lendo, 16•STAMPA

as. Temos que ter a capacidade de resiliência, de saber enfrentar e não assimilar. Tem coisas que eu não gosto, como a questão da urbanização. Temos que enfeitar mais a cidade, embelezar, mas para isso precisa de gente e de dinheiro. Temos que repaginar nossa cidade, se queremos que venham investidores para cá, temos que trazer a nossa Faculdade de Medicina, nosso aeroporto. O povo de Ijuí é muito trabalhador e se cada um cuidar a frente de sua casa, fazer um passeio legal, plantar uma flor, ajuda e muito. Ijuí está num processo que se diferencia. Temos as etnias, que eu amo. Todas têm um perfil de história de famílias. É bom trabalhar com essa questão étnica também. Como a senhora avalia a participação da mulher na política? Penso que é frágil e pequena. Eu me cobro com isso. Se fiz pouco, se não fiz, se consegui trabalhar. É muito difícil o papel da mulher na política. Temos as cotas, 30% para mulheres. Chega o ano de eleição, temos que procurar mulheres, muitas que nem pensaram em se candidatar, e temos que colocar para cumprir cotas. Acho que tam-

bém vai da disposição das mulheres em querer. Enfrentamos o poder econômico, a mulher tem certos limites de espaço, para sair e alçar voos. Para a mulher, o espaço ainda está limitado. Mas o cenário mudou, de certa forma. Há 30 anos, quando eu fazia faculdade e saia à noite, as pessoas diziam o que ela está fazendo essa hora na rua, está com segunda intenções ... Hoje, as pessoas olham para a mulher que saía da faculdade tarde da noite e dizem ‘coitada está na terceira jornada’. Mas na política, a mulher tem que querer, gostar, ter um perfil e construir uma carreira para depois se habilitar a uma candidatura. A senhora tem ou já teve vontade de concorrer a um cargo eletivo? Eu já pensei em concorrer. Há 20 anos, fizemos uma prévia para uma candidatura a deputada, fiz 68% dos votos. Era uma época antes do Gerson Burmann se candidatar. Eu ia para todos os municípios da região, fui construindo, pegando amor e quando precisei tomar a decisão eu sentei e avaliei com meu marido que cada um teria uma agenda diferente, eu como deputada e ele como prefeito, e questionamos como ia ficar a nossa vida, nossos filhos, negócios, casamento, família. Eu chorei. Quebrou uma asa minha e eu não podia voar com uma asa só. Renunciei e redimensionei minhas atividades como primeira-dama. Quando chegou na hora de decidir, eu tinha que estar convicta. Eu decidi só ser esposa de prefeito. Viajei muito e sempre busquei assimilar alguma aprendizagem para a cidade. Como define seu estilo? Eu tenho o meu estilo próprio. Gosto de coisas alegres, às vezes uma roupa mais clássica, um preto com branco, mas gosto de floral também. Gosto de me arrumar. Dificilmente você vai me ver sem batom. A mulher tem que se produzir, não para os outros, mas para si mesma. A gente tem que se olhar no espelho e ver o que precisa fazer para melhorar nossa autoestima. A idade vai chegando. Sou simples, mas às vezes estou bem produzida. Um vestido, um terninho também condiz. Não sou muito da moda indiana, hippie, adoro uma calça jeans, uma calça preta e uma camisa branca. A senhora é mãe de três filhos homens. Como foi a experiência de criá-los? Filho homem é bem tranquilo de se educar, nunca tive problemas com os três. Eles são iguais na essência, mas a forma de mostrar para a vida os difere. Eles adoram cinema, teatro. Um é mais reservado, outro mais comunicativo, outro mais durão, mais administrador, outro mais bonzinho, mas na essência são todos iguais em valores éticos, princípios. Eles curtem as mesmas músicas e filmes, atividades físicas. Isso nós passamos a eles, a questão da leituran e hoje eles ajudam muito o Valdir na administração, estão sempre se atualizando. Tiveram a fase da rebeldia, mas passamos bem por isso. Todos formados pela UFRGS, saíram de casa com 16 anos, nunca se envolveram com nada errado, se dão bem como todo mundo e amam Ijuí. Como a senhora encara o papel de vó? Tudo de bom é neto. É uma paixão, uma doçura. Quem não tem neto, não tem uma vida na sua plenitude. Eu pedi para o Lucas, que tem 8 anos, escrever uma carta para o Papai Noel e ele me perguntou se deveria escrever para o Papai Noel de fantasia ou o de 72 anos, o avô Valdir. Levo no futebol, no inglês, escola, as coisas que ele faz, faço questão de levar. Eu e o Valdir curtimos muito, jogamos cartas, vemos filmes infantil e adoro, pois, esses filmes têm bastante a questão educativa. Pena que só tenho um, mas estou apostando em mais netos pela frente.


Daikeline Pohl, Paula Feijó, Caroline Mello Vargas, Nadine Dubal, Maristela Souza Guidotti, Natália Christimann e Luna de Lima: perfis empreendedores escolhidos para participar do Outlet Fashion Show de Porto Alegre

InTERCâMBIO:

NadiNe dubal no Outlet Fashion Show De 22 a 25 de março Nadine Dubal, representando a boutique Nadine Dubal Scarpe & Accessori, participou como expositora no stand destinado ao primeiro Espaço Coletivo de Moda Empreendedor, organizado por Aline Zanchi. As marcas participantes foram selecionadas pelo seu perfil empreendedor, o que acabou por confirmar a ousada natureza empreendedora de Nadine Dubal, que acabou de lançar oficialmente a sua loja virtual. A iniciativa representou a oportunidade de unir no mesmo espaço, marcas e empreendedoras que desenvolvem seus negócios no ambiente fashion. O projeto obteve grande sucesso de público de interações e marcou a renovação da moda de forma acessível ao cliente. A iniciativa fez parte do evento beneficente RS Fashion Outlet.

Londres

Amsterdam

alunos do CCAA na Inglaterra E

m janeiro último, os alunos do CCAA, acompanhados pela diretora Amine Hatem, participaram de um intercâmbio de estudos através da Internationalschools, na fabulosa cidade de Oxford, na Inglaterra. Os alunos tiveram a oportunidade de colocar em prática o que aprenderam durante o tempo em sala de aula no CCAA, a experiência de conviver com famílias típicas inglesas e de vivenciar seus costumes e culturas. A escola organizou vários tours, entre eles passeio pela Universidade de Oxford, visitas a museus, ao centro histórico, e final de semana em Londres e arredores.O grupo, formado por alunos gaúchos, cariocas, mineiros e paulistas, permaneceram duas semanas estudando na escola Oxford English Centre, reconhecida pelo British Council. Após os estudos o grupo embarcou para um tourzão de uma semana pela França, Eurodisney, Bélgica e Holanda.

Escola em Oxford

STAMPA • 17


TalenTos nas escolas

Alunos afinados Cristian Weich Lemos, 14 anos, toca vários instrumentos musicais, mas se identifica mais com a guitarra. Emilly Raphaella Raimundo da Silva, 9 anos, canta e toca violão. Os dois sonham em seguir carreira musical Cristian faz aulas de música na Associação Cultural Novo Tom

C

om as mãos pequenas, Emilly Raphaella Raimundo da Silva, 9 anos, demonstra uma agilidade de gente grande ao tocar violão. Sentada no pátio da Escola Municipal Deolinda Barufaldi, onde frequenta a 4ª série, ela conta que teve seu primeiro contato com a música aos três anos de idade, por intermédio do pai, Jonatas Almeida. Mas foi na metade do ano passado que ela ganhou seu primeiro violão. “Eu gosto muito de tocar e cantar. Já me apresentei na escola, já cantei com minha turma da terceira séria no Show de Talentos aqui da escola e ganhamos. Foi muito divertido”, declara. Emilly diz que a música gospel é a sua preferida. Ela canta na igreja que a família frequenta desde os quatro anos. Sonha em gravar um CD, aprender mais. Diz que ainda há muito para aprender. O pai explica que ensinou apenas as notas principais a ela quando tinha três anos, e por si só e pelo seu interesse, ela passou a estudar e aprender sozinha. “A música vem de família. Tenho tios que têm até CD gravado e ela se inspira neles. Dei duas aulas básicas e ela se mostrou autodidata e aprendeu o resto sozinha, com sua própria vontade. É o nosso orgulho”, diz o pai Jonatas. 18•STAMPA

C

ristian Weich Lemos, 14 anos, é estudante da Escola Municipal João Goulart desde o pré. Hoje, no 9º ano, ele se prepara para enfrentar os desafios do Ensino Médio. Apaixonado pela música, o jovem toca há oito anos guitarra, baixo, violão e bateria. Tudo começou quando a mãe, Marise, viu no jornal a notícia sobre vagas para as Oficinas Culturais do Sesi. “Minha mãe me sugeriu participar dessas oficinas. Fui lá, me apaixonei pela música e seus instrumentos e não parei mais”, conta Cristian. Hoje ele faz aulas na Associação Cultural Novo Tom, que substituiu as Oficinas do Sesi, que deixaram de existir. Cristian diz que primeiro aprendeu a tocar flauta, mas hoje não lembra muito de como é tocar esse instrumento. “A flauta é a introdução em qualquer aula de música, e depois se aprende os demais instrumentos, para daí sim ir para a musicalização”, comenta o jovem que se apresenta na escola, quando há alguma atividade extraclasse. Ele diz que pretende seguir na música, se aprofundar no conhecimento e para isso não descarta fazer uma faculdade de música. “Nunca me senti desmotivado para fazer música. Pelo contrário, sempre tive o apoio da minha família”. A guitarra é o instrumento que mais gosta de tocar. Além de participar do grupo musical da Novo Tom, Cristian também integra a banda do projeto AABB Comunidade e a banda da igreja que a família frequenta. A diretora da escola de Cristian, Adriana Pereira da Silva, relata que há dois anos dois professores da escola participaram de uma capacitação para dar aula de música na escola. “Nossos alunos têm aula de Educação Musical. Todos participam e adoram. O Cristian tem esse talento e foi evoluindo também com as aulas de músicas que a escola oferece desde o Pré 1”, conta ela. Emilly teve o primeiro contato com o violão aos três anos e nunca mais parou


LINHA SEIS NORTE

O mais novo distrito de Ijuí É

o mais novo de Ijuí, mas apenas em denominação. A Linha Seis Norte foi instituída distrito em 2011, na gestão do prefeito Fioravante Ballin. Nesta penúltima expedição da nossa série dos distritos, percorremos as estradas de chão da localidade em busca de histórias, acompanhada do morador Sandro Beck, que é agente de saúde do distrito e conhece todos os cantos. Ele nos levou até a sede da Sociedade Atiradores Tell, na pedreira de onde saíram todas as pedras usadas para asfaltar quase todas as rodovias da região, em dois dos maiores produtores de leite, na venda mais antiga da localidade e na casa de um ídolo do futebol brasileiro, o jogador Paulo Baier, um apaixonado convicto do time local, o Flamengo da Linha 11. A Linha 6 Norte foi desmembrada do distrito de Chorão, e abrange desde a Linha 1 Norte até a Linha 12 Norte. Para que a Linha Seis se tornasse distrito, Sandro nos conta, houve um movimento muito grande dos moradores que criaram uma comissão em 2011. Queriam que mais recursos fossem destinados à localidade. “As pessoas entenderam que deveríamos ser um distrito independente. As famílias daqui se uniram, demos início à criação do distrito e fomos aceitos”. Sandro se criou na localidade, mas passou muitos anos trabalhando fora de Ijuí. Voltou em 2010 e hoje é presidente do Conselho Distrital. “Hoje temos mais acesso à prefeitura e órgãos municipais, nas reinvindicações em melhorias, principalmente nas estradas”. Linha 6 Norte tem hoje mais de 700 moradores. Foto: MADP

Sociedade Atiradores Tell já foi a mais movimentada de Ijuí e promovia esporte de tiro, bailes e festas

união de austríacos

O

s imigrantes austríacos que chegaram à colônia Ijuí em 1893 totalizavam um grupo de 172 pessoas. Vieram da cidade de Steyer, da Alta Áustria. Os homens eram trabalhadores metalúrgicos demitidos de uma fábrica de armamento; nada conheciam sobre agricultura. Tomaram a decisão de permanecer unidos, e se fixaram nas terras da Linha 5 e Linha 8 Leste. A adaptação à essa nova vida foi muito difícil, em um ambiente precaríssimo e desconhecido, que enfrentaram juntos e venceram as dificuldades e obstáculos. Dessa união, surgiu um acentuado espírito comunitário de mútua ajuda e colaboração. Passados 5 anos, com suas casas já construídas e suas lavouras sendo cultivadas, preocupados com a educação e alfabetização de seus filhos, fundaram, em 12 de outubro de 1898, a 1ª Escola Particular, a Sociedade Escolar Austro-Húngara. Junto à escola também funcionou a Sociedade Esportiva e Recreativa 12 de Outubro, com sede na Linha 6 Leste, que passou a se chamar “Rincão dos Austríacos”. Em 10 de agosto de 1908, os imigrantes austríacos, juntamente com imigrantes alemães e holandeses, fundaram a Sociedade Atiradores Tell, na Linha 6 Norte. Ao passar dos anos, a Colônia Ijuí transformou-se em vila, e de vila em cidade. Nesse processo de mudanças, os austríacos da Linha 6 e arredores foram se transferindo para a cidade de Ijuí e municípios vizinhos, passando a se dedicar às mais diversas atividades. Permaneceram ainda no Rincão dos Austríacos algumas famílias de descendentes austríacos, que continuam a se dedicar à atividade agrícola. Sandro Beck conta que, além dos austríacos, os alemães e holandeses também foram responsáveis pela construção da Sociedade Atiradores Tell. O nome é uma homenagem a um famoso atirador da Áustria, que foi campeão olímpico no início dos anos 1900. Na Sociedade Atiradores Tell também havia a prática de tiro. As armas e escudos usados estão hoje no Museu Antropológico Diretor Pestana. Praticar tiro ao alvo era o lazer da época, e as senhoras se reuniam para conversar, matar a saudade do país de origem. Os austríacos gostavam muito de valsa, e entenderam que

também deveriam ter um salão de baile. Em 1908, a banda Eickoff animou o primeiro baile e a primeira música tocada foi “A jardineira”. Hoje, conforme Sandro, ainda acontecem bailes e festas. “Os tempos mudam, e as coisas aqui também mudaram. As pessoas mais velhas é que nos contam histórias. No auge da sociedade, muitas brincadeiras aconteciam, como alguns que trocavam as rodas das carroças, tiravam uma maior e colocavam uma menor. E teve também o caso de um casal que depois do baile foi pegar o filho, na sala especial feita para as crianças dormir, iluminada por lampião, e acabou pegando o filho errado. Perceberam no dia seguinte o erro, e levaram três dias para localizar o filho verdadeiro e a família do filho que pegaram por engano. São alguns causos que as pessoas contam por aqui”, relata Sandro.

Sandro Beck mostra a Sociedade Atiradores Tell que antes movimentava a localidade. Ainda em funcionamento, hoje promove bailes e festas, mas não mais com a frequência de antigamente STAMPA•19


bolicho centenário

L

Seu Arnoldo, ao lado da esposa Albertina, assumiu os negócios do pai e deu continuidade ao bolicho da família, que hoje tem mais de 100 anos

ogo na entrada, está o bolicho mais antigo do distrito Linha Seis Norte. Ele pertence a Arnoldo Irgang, 88 anos, um dos moradores mais antigos. Com uma memória que já não é tão afiada, ele conta que nasceu e se criou ali. “Era bastante serviço. Sempre lidei no comércio. O bolicho era do meu pai, Eduardo Irgang, e ficou para mim. Éramos seis irmãos e uma irmã e nos criamos aqui. Aos poucos, meus irmãos foram indo para outros rumos, e eu fiquei aqui, com meu pai”. Sua segunda esposa, Albertina Michalski, 74 anos, está ali há 44 anos. Conta que Arnoldo era responsável pelas compras do bolicho e muito ligado à comunidade. Ele tem dois filhos do primeiro casamento e dois filhos com Albertina. Quem cuida do bolicho agora é o filho dele, Odilar. Arnoldo é sócio de honra da Sociedade Atiradores Tell. O pai Eduardo foi presidente no começo da sociedade. “Era muito movimentado, divertido, muitos moradores frequentavam. Hoje as festas acontecem muito pouco. Nosso lazer era ir jogar bolão lá. Hoje está parado. Antes, a cada mês tinha festa e bailão todos os sábados. Muitos moradores de outras localidades vinham nos visitar e depois tínhamos que ir entregar a visita. Era muito movimentada a localidade. Hoje não reflete o que isso aqui já foi”, comenta Albertina. O mercado tem mais de 100 anos. Surgiu antes da Sociedade Atiradores Tell. O casal se conheceu quando Albertina ia com a mãe ao bolicho. Depois que ele se separou, resolveram se casar, e ali continuaram com os negócios da família de Arnoldo. “Uma época que deixa saudades. Quando tudo aqui era cheio de vida e de gente”, finaliza Albertina.

Produzindo leite

O

Distrito Linha Seis Norte é também é conhecido pela sua grande produção leiteira. Lá são produzidos cerca de 11 mil litros de leite por dia. Um dos produtores, Vilson Porazzi, que mora ali desde a década de 1980, nos conta que tem 110 vacas de leite, que produzem 2,4 mil litros de leite por dia. O dia começa cedo. Levanta às cinco da manhã para a primeira ordenha, e faz outra às 16h. De segunda a segunda. Ele tem a ajuda do filho e da nora. O primo dele, Mauro Porazzi, 50 anos, do outro lado da rua, conta que a produção leiteria de sua propriedade também é de cerca de 2,4 mil litros por dia. “O dia a dia que não é normal. Não tem domingo ou feriado, uma lida contínua”. Ele tem 115 vacas de ordenha. Mora ali desde que nasceu. Mauro diz que o que está diminuindo é a população do interior. “Não tem 10% da população que tinha. Os mais novos estão indo embora. O próprio governo incentiva a estudar e eles vão e não voltam”. Mauro avalia que tem épocas que se vivem bem e tem épocas que se vive mal no interior. “A ração sobe, diminui o preço do leite, e agora ainda tem essas adulterações no leite, e o colono acaba sempre pagando”, diz.

Vilson: produção leitera em sua propriedade chega a 2,4 mil litros por dia 20•STAMPA

Mauro: jovens não querem ficar no campo e mão de obra está escassa

A casa de 1943 onde nasceu o prefeito Valdir Heck está perservada; Vilma e Augusto Svick moram lá há 53 anos

lugar adotado

U

ma casa de 1943 chama a atenção. Ela pertencia à família Heck e foi vendida para o casal Vilma e Augusto Svick, há 53 anos. Ela, aos 73 aos, e ele, 76 anos, moram sozinhos. Os dois eram de Coronel Barros e compraram a casa da mãe do atual prefeito Valdir Heck, dona Frida Heck, em 1963, depois que ela ficou viúva. “Viemos morar aqui e estamos até hoje. A casa está bem velha, queremos colocar janelas novas, mas estamos vendo se é viável”, diz Vilma. Na casa, estão móveis da época em que eles casaram. O casal planta e vive bem. Tiveram uma filha, que mora ali em frente. Vilma conta que, da época do casamento, só a casa permanece a mesma; os galpões foram renovados. Quando jovem, ela conta, não eram muito de ir a bailes. “Não frequentávamos festas, fomos a algumas levar a nossa filha, quando ela era solteira. O tempo era pouco, sempre lidamos na roça, e depois vieram os problemas de saúde”. Vilma conta que um tempo atrás, o prefeito Valdir, que nasceu na casa, foi até lá e pediu para ver a velha cozinha, para matar a saudade. Ali estão o armário, a mesa e o fogão a lenha de Vilma, ainda da época em que ela casou. “A gente cuidava muito bem das nossas coisas. Tudo dura muito para nós, assim como essa casa, que está inteira”.


O FUTEBOL É A PAIXÃO DE TODOS

Orgulhoso da conquista do Flamengo da Linha 11, Paulo Baier exibe o troféu da conquista do distrital de 2015

F

Ouro Verde da Linha Seis foi o clube em que jogou o pai de Paulo Baier (primeiro agachado à direita). O clube não existe mais

oi no distrito Linha Seis Norte que nasceu Paulo Baier, 43 anos, um dos ídolos do futebol brasileiro. Hoje aposentado do futebol profissional, Paulo Baier nos recebe na casa de sua mãe Ida Baier, na Linha 11, uma das localidades do distrito. É ali, que está uma de suas maiores paixões: o Flamengo da Linha 11. Logo no começo da estrada que nos leva até a casa, o campo bem cuidado chama a atenção. É o orgulho do jogador. Ele mesmo, com a ajuda de alguns amigos, corta a grama, pinta as linhas e mantém a estrutura do lugar. O jogador se enche de orgulho ao contar das conquistas que teve na vida, em especial de ter voltado à sua terra e ajudar o Flamengo da Linha 11 a ser campeão distrital em 2015, invicto. Foi ali que ele começou a jogar, incentivado pelo pai Nani Baier, falecido no ano passado. Sua carreira emocionante e cheia de conquistas passou pelo São Luiz, Criciúma, Atlético – MG, Botafogo, Vasco, América MG, Pelotas, Goiás, Palmeiras, Sport, Atlético PR, Ypiranga e Juventude. Finalizou a carreira como profissional de volta ao São Luiz e à sua terra natal. O futebol na localidade começou nos proteiros, com amigos jogando na beira do rio, e depois formaram alguns times, como o Ouro Verde da Linha Seis, o Flamengo da Linha 11 e o 1º de Maio da Linha 4. Apenas o Flamengo da Linha 11 permanece em atividade. Em 2015, o time foi campeão distrital e teve cinco mil pessoas no campo assistindo. Um título importante dentro do cenário do futebol ijuiense. Paulo conta que o pai foi jogador do Ouro Verde da Linha Seis Norte e era seu principal incentivador. “Fui criado sempre ao lado do meu pai e da minha mãe e em meio ao futebol. Eu dormia com a bola, com a chuteira que meu pai me dava. Depois que saí daqui, eu sempre vinha passar os finais de ano aqui, mesmo sabendo que poderia viajar para qualquer lugar. É aqui que me sinto bem, curto muito isso e tento passar essa simplicidade para minhas filhas”, revela. Quando tinha 12 anos, havia os campeonatos primeiro e segundinho. Era no segundinho que o pai jogava. Faltando dez minutos para terminar o jogo, o pai tirava a camisa e dava para Paulo jogar. Todos os domingos havia jogos. Ele almoçava e ia para o campo. Saiu dali para o São Luiz, onde ficou seis anos, entre profissional e juniores, e depois rodou pelos times do Brasil. “Mas tudo girava em relação a Linha 11, que foi a minha identidade. Em 2013, quando voltei pela primeira vez, vi o campo abandonado e coloquei na minha cabeça que iria arrumar, e junto com a parceria que tenho aqui, começamos

a arrumar a sede. Começamos pelo campo e hoje temos um campo espetacular, um dos melhores do interior. Conseguimos arrumar o nosso Flamengo”. Esse processo, segundo ele, é para se sentir bem onde está, e na casa da mãe também tem um campo pequeno para jogar e um lugar para reunir família e amigos. “Sempre convivi e gosto de muita gente ao redor. Prefiro bastante gente e fico feliz de proporcionar coisas boas para todos daqui”. Paulo coloca a mão na massa e não para. Atualmente colhendo em suas terras, ele relembra das dificuldades do início. “Eu batalhei para chegar onde cheguei, sempre tive força de vontade, superação e nunca desisti. Sempre quis ser jogador e fui. Se não tivesse sacrifício, certamente não seria. Minha lembrança é de muito suor, sofrimento no início de carreira. Graças a Deus, mais para frente pude retribuir aos meus pais e poder dar a eles um lazer e uma situação melhor de vida”. Na parede, duas fotos chamam a atenção: em uma o pai Nani com o uniforme do Flamengo da Linha Seis, e na outra, com o do Grêmio. “Meu pai, como flamenguista e gremista, era apaixonado pelo Ouro Verde da Linha Seis. Dizem que ele era melhor que eu e meu irmão junto. O homem era bom de bola mesmo”, conta, acrescentando que Nani passou no teste para jogar o Clube Gaúcho, mas não foi jogar. Seu pai não deixou, pois precisava dele para o serviço na roça. “Faço de tudo pelo Flamengo. Sou artilheiro aqui”, conta, e ri. O time é composto por jogadores moradores da localidade, alguns de fora, mas todos com vínculo na comunidade. Paulo explica que as famílias foram fortemente inseridas na vida do futebol. “Levamos de 60 a 70 pessoas em cada jogo, somos muito unidos, a família se envolveu e credito a isso nosso campeonato de 2015. Não importa se ganhamos ou perdemos, estamos sempre juntos”. Paulo se revolta com aqueles que vão aos jogos para xingar. “Isso não pode acontecer dentro do nosso distrital, aqueles que, ao invés de incentivar, vão para xingar. É preciso cuidado, pois ali há crianças e mulheres, e as coisas que saem da arquibancada são lamentáveis. Isso não pode acontecer aqui, é o único campeonato que temos. As coisas estão acontecendo, mas ainda tem aqueles que querem fazer com que dê errado”, indigna-se Paulo Baier. O ilustre filho da Linha Seis Norte está entre os dez maiores artilheiros do Brasil. “Até o Pelé eu já passei, só para se ter uma ideia”, comenta divertido. STAMPA•21


O

Lúcia Otonelli Crescente

Idolécia Coimbra

Marli Gaspar da Silva

AS CIDADÃS DO ANO Lúcia Otonelli Crescente, Idolécia Coimbra e Marli Gaspar da Silva foram homenageadas pelo Poder Legislativo por suas atuações na comunidade

Poder Legislativo fez a entrega, em 24 de março, do Troféu Mulher Cidadã a três nomes que se destacaram por sua vida profissional e também pelo trabalho voluntário. O troféu é entregue todos os anos, assinalando o Mês da Mulher. Criado em 2004 pela ex-vereadora Helena Stumm Marder, tem como objetivo prestar uma homenagem às mulheres que foram destaques no ano, indicadas pelas entidades do Município. Uma comissão criada pelo Legislativo define quais serão as escolhidas da edição. As agraciadas de 2017 são Marli Gaspar da Silva, Idolécia Coimbra e Lúcia Ottonelli Crescente. “Pena que são apenas três nomes selecionados”, lamentou a vereadora Alexandra Lentz, única mulher na Câmara Municipal. “Mas são elas, as nossas homenageadas, representantes dessa luta que nós, mulheres, travamos por mais direitos e melhorias”, destacou. Marli Gapsar da Silva é graduada em Ciências Contábeis e especialista em Gestão de Pessoas, é presidente da Rede de Integração Social (Argis) e vice-presidente do Comdica (Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente). A homenageada participa do Conselho Municipal de Assistência Social (Comas), é diretora do Lar Bom Abrigo e voluntária em ações promovidas pelos conselhos municipais, a exemplo de eleições do Conselho Tutelar. Idolécia Coimbra é formada em Pedagogia e dedicou sua vida ao ensino e ao voluntariado. A homenageada trabalhou por 18 anos na rede estadual, fez parte da rede pedagógica da 36ª CRE, foi professora na rede privada e atuou como coordenadora pedagógica e administrativa na Secretaria de Ação Social. Somente à Educação de Jovens e Adultos, foram 42 anos dedicados. Hoje, já aposentada, Idolécia é voluntária na Liga de Combate ao Câncer e atua como palestrante. Lúcia Otonelli Crescente é enfermeira e possui especialização em Saúde Pública e Saúde Mental Coletiva, além de mestrado em Desenvolvimento, Gestão e Cidadania. A homenageada teve forte atuação na área da saúde e, nos municípios em que trabalhou integrou os conselhos de saúde. Foi uma das fundadoras do Fórum Permanente da Mulher, atua como coordenadora da Casa AMA e contribuiu na criação e aprovação da primeira Lei Municipal de Saúde Mental.

Palharini: centro veterinário de cirurgia e dermatologia A Clínica Veterinária Palharini é referência em Ijuí e região no atendimento a cães e gatos. Na clínica você encontra os melhores cuidados para o seu animalzinho. Entre os serviços prestados, está a Dermatologia Veterinária que é uma das especialidades de maior crescimento na Medicina Veterinária, pois as doenças da pele são cada vez mais comuns e responsáveis pelo maior motivo de atendimento veterinário em todo o mundo. Outro serviço oferecido é o atendimento clínico cirúrgico o qual somente pode ser realizado por uma

22•STAMPA

clínica veterinária, pois possui todos os equipamentos possibilitando maior segurança durante qualquer procedimento. A Clínica Veterinária Palharini conta com profissionais capacitados para cuidar do seu animalzinho. Agende a sua consulta e faça o seu orçamento, pois oferecemos condições especiais através de parcelamento nos cartões visa, banri, master, hipercard. Fones: 55 3332-6703; whatsap: 55 99175-4052. A Clinica está situada na Avenida Getúlio Vargas, 215, Sol Nascente/Centro.

Médica veterinária Nelda Palharini


Desafio nas montanhas

Superar os limites do corpo e desafiar a natureza foi o desafio do ijuiense Tiago De Pellegrini Korb, ao escalar duas das maiores montanhas dos Andes

O Luciana Moro e Tiago na descida do Cerro Plata, Argentina

Luciana Moro e Fábio Carminati no acampamento Veguitas no Cerro Plata

Luciana Moro e Tiago Korb no cume do Cerro Plata na Argentina

Tiago em um exercício de trânsito em glaciar no Cerro Mercedário, Argentina

ijuiense Tiago Korb, empresário e guia de montanha, atualmente morando em Santa Maria, escalou em janeiro o Cerro Plata, na Argentina. Foram sete dias para escalar os 5.943 metros da montanha. Com ele foi a esposa Luciana Moro e o amigo Fábio Carminati. Em março, entre os dias 3 e 14, eles fizeram outra escalada na Argentina, a do Cerro Mercedário, a oitava maior montanha dos Andes, com 6.770 metros. Além dos três, o amigo Juliano Iust, de Balneário Camboriú, se juntou ao grupo. Tiago explica que a ideia é fazer todos os anos essas aventuras nas montanhas, até chegar às dez maiores dos Andes, que ficam na Argentina, Chile e Peru. Ele é guia de montanha e empresário. Tem uma agência, o Clube Trekking Santa Maria, que organiza trilhas na região de Santa Maria e no Brasil, que são as mais longas, de dois a 18 dias caminhando. Ele já fez 808 trilhas, em dez anos de agência. Sobre as duas experiências desse ano, ele, que esteve em Ijuí em março visitando familiares, conta que nas montanhas, a pressão atmosférica é menor e o ar é mais espalhado, o que exige uma aclimatação prévia, para evitar edemas pulmonar e cerebral. Ele diz que é normal sentir dor de cabeça, falta de apetite, insônia que são os males leves de montanha. “A alta montanha é uma coisa nova para nós. Nada mais é que um Monte Everest em menor escala. O Aconcágua, para se ter uma ideia, é a maior montanha fora do Himalaia, com 6.962 metros de altitude. O Everest tem 8.848 metros, e já é outra realidade”. Para subir, ele explica que é preciso levar carga, fazer um esforço em altitudes superiores e dormir baixo. Normalmente o processo de aclimatação tem 700 metros de desnível. A cada um ou dois dias sobe-se 700 metros e se inicia um novo processo de aclimatação subindo mais 700 metros e voltando par dormir mais baixo. “Fazendo isso, não há problemas de efeitos de montanhas, como dor de cabeça, insônia, falta de apetite, e os mais graves como desorientação, edemas”, explica. Nos Andes não é preciso usar garrafas de oxigênio, é possível subir de maneira tranquila. Nas duas escaladas do grupo, eles enfrentaram muito frio, pois a cada 150 metros de altitude é um grau a menos na temperatura. A partir dos cinco mil metros já começam as temperaturas de 20 graus negativos, e dependendo dos ventos, pode chegar a 40 graus negativos de sensação térmica. Foram essas temperaturas que Tiago enfrentou na subida de março, somadas a rajadas de ventos de 80 a 120 quilômetros por hora. Foram dez dias para subir e um para descer. “É mais fácil descer, pois não envolve a aclimatação, e também a distância da base até o cume é de 13 quilômetros subindo com uma mochila que pode chegar a mais de 30 quilos. Para descer, todo santo ajuda”. Tiago ressalta, no entanto, que todo cuidado é pouco, pois estavam em um lugar isolado, onde a cidade mais próxima estava a 80 quilômetros. “É preciso se cuidar até para não caminhar sozinho na montanha”. Tiago conta que no Cerro Plata duas pessoas já morreram este ano tentando fazer a escalada. “São pessoas que vão para a montanha sozinhos, sem GPS. Inclusive ajudamos alguns argentinos que não tinham GPS, o tempo virou, com nevoeiro e neblina, eles se desorientam e desceram pelo lado errado. Se vem uma nevasca e a pessoa não tem barraca, morre congelado. E é isso que normalmente acontece quando há mortes nas montanhas.” Eles encontraram muitas cruzes nas duas experiências. Tiago explica que é uma maneira histórica de louvar a Deus e homenagear pessoas que faleceram nas montanhas. Entre os equipamentos, além da mochila que chega a pesar mais de 30 quilos, estão botas duplas, uma dentro da outra que protege o pé de congelamento, piolet e crampons para o gelo, para atravessar em segurança e evitar escorregar montanha abaixo, além dos alimentos. A alimentação, segundo ele, em alta montanha é bem complicada. “À medida que vai subindo e chega a 5 mil metros, o corpo fica seletivo e tem falta de apetite. E é preciso comer carboidratos leves, como sopas e massas. A única comida que conseguimos comer em toda a montanha de forma normal foi amendoim”. A próxima grande experiência do grupo será em agosto, quando irão fazer a travessia da Serra da Mantiqueira, na divisa entre São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Serão 630 quilômetros a pé, para fazer seis das 11 maiores montanhas do país e chegar até 2.798 metros de altitude na Pedra da Mina. Tiago calcula que serão 18 dias de caminhada. STAMPA•23


Carla Toso, Marian Costa Beber e Ana Maria Dalla Nora no evento do Dia da Mulher promovido pelo Gabinete da Primeira-dama, na Sogi

A reitora da Unijui Cátia Nehring, o prefeito Valdir Heck e o coordenador do Sesc Ijuí Ronaldo Soares no ato de assinatura da parceria que promoverá a vinda a Ijuí da Orquestra da Geórgia, dos Estados Unidos, em maio

Leda Zollner e Eliana Kroth no evento do Dia da Mulher promovido pelo Gabinete da Primeira-dama

Taiara Vendruscolo e Marcelo Ferraz no CTG Laureano Medeiros

Jordana e Jaíne no Absoluto

Maiquel Toledo e Karen Scopel no aniversário do Grupo de Folclore Chaleira Preta

Ângela e Cargnelu

Sandro e Juliane Viecili na Pizzaria Estação da Mata 24•STAMPA


Paty, Aline, Felipe, Fabiano e Gustavo se divertindo junto no Absoluto

A ex-diretora Monica Brandt e a pesquisadora Márcia Krug, voluntárias responsáveis pelo Museu do Ceap, cuja reestruturação completa um ano este mês, dedicam-se agora ao trabalho de informatização de seu rico acervo

Helena Stumm Marder e Maria da Graça Nunes em evento de mulheres, na Sogi

e Douglas utti na Glasnost

o e a a a a

Primeira-dama Jussara Heck e a odontóloga Luciana Bottega, no lançamento do 48º Baile do Chopp

O primeiro encontro do ano da BPW Ijuí foi no Cerveja &Vinho, espaço de degustação da Indupropil STAMPA•25


26•STAMPA


MODELO DA CAPA

Juliano Schevinsky Schevinsky venceu o concurso Modelo da Capa 2016, realizado Jpelauliano em setembro do ano passado no Clube Ijuí. Anualmente promovido Stampa e Jornal da Manhã, o concurso escolhe um rosto masculino

e um feminino para protagonizar um ensaio fotográfico e ser nossa capa. Nas próximas páginas está o resultado da performance de Juliano, registrada pelo habilidoso fotógrafo Mateus Mittsuo nos deslumbrantes cenários da loja Mobiliário 21, que contemplaram escritórios, cozinhas, salas de estar e jantar, escolhidos pelo consagrado bom gosto dos proprietários Gisele Barbi e Fabrício Wild. Nosso Modelo da Capa exibiu looks escolhidos por Elaine Pochmann entre as novas coleções outono/inverno de sua loja For Men - trajes Raffer, camisas e calças jeans Dudalina, blusões e cintos Ogochi e calçados Fasolo, combinados com os lançamentos em óculos, armações e solares, Prada, Armani Exchange, Empório Armani e Ray Ban, e relógios Diesel e Empório Armani, da Óptica Wolff. Filho de Maria Elaine Schevinsky e Vilson Luis Schevinsky, Juliano tem 25 anos, 1.89 m, 78 kg e usa manequim 40. Ele é modelo e ator, formado pela Agência de Atores Sagarana, em São Paulo, e tem como empresário o renomado Luis Froes. De volta a Ijuí, atua como modelo e é representante comercial. Ótica Wolff

Com o fotógrafo Mateus Mitsuo

Com Gisele e Fabricio

Gisele e equipe Mobiliário 21 oferecem brinde ao fim do trabalho, com Mateus, Juliano, Claudia e Eliane, da Stampa, e Simone, da Wolff

Elaine, da For Men, e Gisele

STAMPA•27


28•STAMPA


STAMPA•29


30•STAMPA


STAMPA•31


Inauguração da Galeria de Ex-patrões, com a participação dos retratados e familiares Músicos prata da casa foram homenageados e se apresentaram; e Érlon Péricles encerrou a noite com show-baile

Vida nova ao CTG Laureano Medeiros A

Paulo, Taísa, Isabella e Caetano Oppermann

O ex-patrão Reinaldo Pukall com o neto Felipe

conclusão da primeira etapa do projeto Reestruturar do CTG Laureano Medeiros foi assinalada por uma noitada especial em 18 de março, ocasião em que os quatro associados que encabeçam o projeto - o casal Márcio Moraes e Graciele Pereira, Erno e sua fiha Bianca Schuh, exibiram os resultados de seu trabalho minucioso de recuperação histórica e de melhorias na estrutura física. As novidades incluíram a nova Galeria de ExPatrões, com quadros e fotos novas, entregue na presença de muitos dos ex-patrões e familiares, que foram homenageados, e a inauguração de um grande quadro em cima do palco, com a foto do primeiro desfile a cavalo que aconteceu em Ijuí, em 1947, com o cavalariano Laureano Medeiros em primeiro plano. Homenagem a vários músicos prata da casa, que também se apresentaram, foi outro momento marcante. Um jantar típico e show-baile do cantor nativista Érlon Péricles completaram a programação da noite que pretende ser um marco na revitalização do Laureano.

Erno e Maria Schuh 32•STAMPA

As prendas do CTG Laureano Medeiros circularam entre os presentes com simpatia

Os patrões Silviani Reck e Jamil Eder de Souza, com o filho Bruno

Vanessa e Mateus Trevisol

Jacson e Aurea Lemos


Sogi escolhe M

Adriane, Kaoanne e Márcia abriram o desfie com moda praia

sua Musa

arcia Mews, 24 anos, 1,79 m, foi eleita Musa da Sogi 2017 em uma noite festiva no Salão Vip do clube. Ela concorreu com outras duas candidatas - Adriane Thomas e Kaoanne Wolf Krawczak. As três desfilaram com biquinis de Kika Moda Íntima, traje social da loja Mulher Bonitta e calçados da loja Maria Canela. Os jurados Eliane Canci, Ana Louíse Diel, Vantuir Vione e Karine de Bem julgaram as concorrentess nos quesitos graça, beleza, desenvoltura corporal e plástica. Marcia será a representante do clube em suas atividades sociais, e também no concurso Musa dos Clubes Sociais do Brasil 2017, promovido pela Federação Nacional dos Clubes do Brasil - Fenaclubes, que acontece em abril, em Campinas, São Paulo. O desfile foi organizado pelo produtor Luiz Carlos Leindecker. A noite reuniu associados, imprensa e familiares das concorrentes e teve animação musical de Roberto Bones. A Musa com a diretoria: casal vice-presidente Paulo e Tida Girardi, vice-diretor financeiro Dianor e Nilsa Szareski, e diretor social Ricardo Samersla e Daiane Bandeira As concorrentes com o organizador do desfile Luiz Carlos Leindecker

STAMPA•33


Um boi inteiro deliciou os convidados do Velho na comemoração de seu aniversário

Com a esposa Stela Nonnenmacher com quem comanda o Valle Verde Centro de Eventos

1ª The BesT FesT

do Velho

Em 18 de março, o sócio proprietário do Valle Verde Centro de Eventos Clóvis Schmidt, o conhecido Velho, mudou de lado: de promotor de festas alheias para anfitrião. E com a mulher Stela Nonnenmacher, fez acontecer a 1ª The Best Fest do Velho para comemorar seu aniversário, transcorrido em 7 de março. A casal recepcionou mais de 200 pessoas e ofereceu no cardápio um boi assado inteiro, além de ovelha, porco e acompanhamentos. Na madrugada, deliciosos cachorros-quentes aplacaram a vontade de “quero mais”. Os músicos Élvio Schneider e Valter Golmann animaram a festa, que teve decoração de Líbera Marin, e sonorização Som e Luz e Juliano da CD Lândia. A fotógrafa Aniela fez as fotos.

A turma que se envolveu na preparação do boi no espeto, tarefa que durou o dia todo 34•STAMPA


SobreNomes A BORBOLETA Na noite comemorativa ao Dia da Mulher promovida pelo Gabinete da Primeira-Dama, na Sogi, causou sensação a performance de Elisa dos Santos Cabral. Sobre pernas de pau, sua caracterização de borboleta, significando a libertação da mulher, foi um momento impactante. A criação foi de Fábio Novello, o performático professor de teatro e técnicas circenses.

DNA TRADICIONALISTA O amor às tradições de Erno Schuh foi integralmente herdado pela filha, a odontóloga Bianca, e praticado sempre e especialmente sob o telhado do CTG Laureano Medeiros. No casal Marcio Moraes e Graciele Pereira, que há 20 anos veio de São Borja para Ijuí, pai e filha encontraram as mesmas afinidades e, principalmente, a mesma disposição em atuar a favor da promoção das nossas raízes. Foi assim que idealizaram o Estruturar, com propósito de dar nova vida ao CTG Laureano, que atravessava uma fase de ostracismo. Depois de seis meses de trabalho, o grupo apresentou suas primeiras ações em uma noite especialíssima em 18 de março, combinando a estreia de novidades na estrutura com homenagens aos que atuam ou atuaram na promoção do tradicionalismo. Iniciativas assim, amparadas por patrocínios desvinculados do oficialismo, é no que podemos contar para manter e revitalizar nossos patrimônios culturais. São dignas de notabilidade e cumprimentos.

BEM-VINDA, EMBAIXADORA A embaixadora da Letônia Alda Zanaga (de azul) visitou Ijuí no início de março. Ela veio conhecer especialmente o Centro Cultural Leto, um dos núcleos letos mais antigos e organizados do Estado. Na Casa Leta do Parque Municipal, ela foi recepcionada pelas lideranças da etnia e encontrou-se com o prefeito Valdir Heck e a reitora Cátia Nehring. Os anfitriões deram uma amostra de seu culto às tradições com seu grupo de danças e ofereceram um jantar. A embaixadora manifestou sua vontade de reforçar os laços da Unijui com a Universidade da Letônia. Do prefeito, ela recebeu a sugestão de criação do cargo de côncul honorário no Brasil, que viria a fortalecer ainda mais as relações entre os dois países.

TOUR FAMÍLIA Em Ijuí para um momento especial de comemoração familiar, as irmãs Fabiana e Francesca Perondi aproveitaram para fazer um “tour volta às origens” e apresentar às filhas alguns lugares marcantes da história pessoal e familiar na terra natal. Estiveram na casa onde nasceram - elas e os outros dois filhos, Marcelo e Marco, de Emidio e Helianita, e na Fidene, onde estudaram na infância. As filhas Isabela (de Francesca) e Sofia (de Fabiana), entraram no clima e fizeram uma foto pra lá de criativa, clicada por Elisa, a primogênita de Fabiana. Na legenda, Francesca escreveu: “Capuchinhos... nossa primeira escola!! Primeiro contato com a arte... eles eram demais...”

STAMPA•35


Mulheres festejando O

evento de todos os anos para assinalar o Mês da Mulher, promovido pela BPW Ijuí - Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais, e a Associação de Lojistas do Shopping JB, com coordenação de Anelise Erig, aconteceu em 11 de março, com uma progra-

mação que reuniu moda, sabores, música e performance de dança. Atuaram na noite as lojas, com amostra de suas novidades outono/inverno, as grifes de sabores Carolina’s, Baruk, chef Jefferson e Gasteiz Victoria, a dançarina Alessandra Azambuja e a banda Vó Gringa.

Um dos sabores da noite: Carolina’s, com Daniela Vargas e Elen Vogt

Desfile das lojas, a performance temática japonesa de O Boticário e Alessandra Azambuja expressando na dança a mulher ancestral

Arlete Boff e Elisa Azambuja

Celita e Cheila Porazzi e Angela Stahler

Mulheres BPW: Eliana Anelise, Ana, Clarice, Sonia, Maria e Julieta 36•STAMPA

Dulce, Vera e Vanessa Irgang

Marlise Glitzenheirn, Adriana Miron, Marinei Heldt e Loriza Correa

Juliana Garzella, Maria Luiza Pinto, Jane Dei Ricardi e Kelly Knack


Sabor & Arte

Ijuí há muito é (re)conhecido como um lugar onde se come muito bem. São inúmeras as opções que a cidade oferece, capazes não apenas de saciar a fome, mas especialmente de agradar ao paladar, e até mesmo de encantar aqueles que se dedicam aos prazeres de uma boa mesa. Neste espaço honramos esta fama e valorizamos quem trabalha para isso.

Sabor da Serra Pizzaria ���e��nt�

PIZZA VENEZA

U

m ambiente rústico e ao mesmo tempo aconchegante. Assim se pode definir a Sabor da Serra Pizzaria, localizada na Rua 19 de Outubro, bairro São José, em Ijuí. O local, bastante concorrido pela comunidade de Ijuí e região, serve pizzas tradicionais e também as diferenciadas, como pizzas com massa sem glúten e queijo sem lactose. Uma novidade de cardápio é a pizza Veneza, especialmente escolhida para combinar com o novo ambiente da pizzaria: o espaço Veneza, que chegou para dar mais conforto aos clientes de bom gosto que buscam um lugar especial para saborear uma deliciosa pizza em momentos marcantes. A pizza Veneza foi elaborada pensando no bom gosto dos clientes. É elaborada com molho especial de tomate, queijo mussarela, rúcula, lombo tipo canadense, figo, creme de leite e orégano. Um agridoce de dar água na boca! E ainda tem a borda recheada de catupiry, cheddar ou doce de leite. No Espaço Veneza, são 40 novos lugares em um ambiente diferenciado, onde uma paisagem de Veneza, na Itália, recebe os clientes. A Sabor da Serra Pizzaria existe há sete anos e ao longo desse tempo vem sempre se adequando para dar mais comodidade aos apaixonados e apreciadores de uma boa pizza. “As pizzas têm realmente o sabor da Serra, pois foi na Serra gaúcha que eu e minha esposa aprendemos a fazê-las”, explica o proprietário Vinicios Rodrigues da Rosa que, junto da esposa Luciane Crestani da Rosa, administra a Sabor da Serra Pizzaria. A pizzaria oferece 60 tipos de pizza e entre as mais pedidas estão a de calabresa, estrogonofe de carne, portuguesa, quatro queijos e frango. A Sabor da Serra Pizzaria atende de quarta-feira a segunda-feira, das 19h às 23h30, com tele-entrega pelo telefone 3333-2082. Também é possível fazer pedido pelo site www.sabordaserraijui. com.br, onde se encontra o cardápio completo com as delícias da Sabor da Serra.

Rua 19 de Outubro, 1429 - São José - Ijuí - www. sabordaserraijui.com.br. Tele-entrega 3333-2082 STAMPA•37


autorretrat

A

Rosane Nekel

empresária Rosane Nekel, 41 anos, atua na sua empresa Únnica Moda Mulher há mais de seis anos e se dedica a ajudar suas clientes a escolher seu estilo com a habilidade de quem entende de moda. Natural de Coronel Bicaco, Rosane é mãe de Ana Laura Reis, 23 anos. Solteira, ela diz que o importante é ter amigos e rir com eles. 38•STAMPA

Um lugar: Aconchego do meu lar Uma conquista: Minha empresa Únnica Moda Mulher Um sonho: Viver um grande amor Uma alegria: Poder estar com meus irmãos que moram no Paraná Uma tristeza: Injustiça Uma saudade: Minha infância Quem é chato: Pessoas donas da razão O que me tira do sério: Falta de comprometimento Uma mania: Perfeccionista Marca pessoal: Fidelidade O melhor presente: Minha filha Quero ir para: Itália Não vivo sem: Comida Se pudesse compraria: Um sítio para receber amigos Gasto muito com: Cuidados pessoais Melhor hora do dia: O amanhecer Prazer à mesa: Trocar ideias Livro marcante: Semente da Vitória, Nuno Cobra Som preferido: House Lounge Filme inesquecível: A procura da felicidade Lazer: Rir com amigos É lixo: Mentira É luxo: Ter paz nos dias de hoje Homem bonito: Meu pai Mulher bonita: Minha mãe Se não fosse o que sou, seria: Arquiteta Ijuí é: Um bom lugar para se viver.


|gente|

L

uis Cesar Tassinari abandonou a rotina de escritório há 18 anos para se aventurar em um barco em alto mar. Hoje se dedica a promover passeios turísticos em seu veleiro Reencontro, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. A ideia de começar uma vida nova, e totalmente diferente, começou ao lado do filho Kaue Tassinari, quando juntos compraram um barquinho no final dos anos 1990. “Meu filho se formou em novembro de 1999, vendi tudo e fui me aventurar no mar”, conta. Tassinari é filho de Cezar e Tereza Tassinari, ele falecido e ela morando na capital gaúcha. Em Ijuí, mora a irmã Sônia Tassinari Bonfada. O filho Kaue mora em Curitiba, no Paraná, onde trabalha com personal trainer. Quando morava em Ijuí, Tassinari trabalhou na lavoura com o pai. Depois, rumou para Curitiba onde adquiriu o direito de se tornar professor em Publicidade e Propaganda pela PUC do Paraná. “Naquela época, há cerca de 30 anos, não existia a faculdade de Publicidade no Brasil e quem já exercia, como era o meu caso, tinha o direito de adquirir o diploma”. Depois, se aventurou em diversos ramos. Fundou a Escola de Modelo Famme, ao lado da sócia, a modelo ijuiense Liane Toebbe Capsa. “Uma escola onde também produzíamos desfiles por vários Estados do Brasil, o que existiu por muito tempo em Ijuí”. Tassinari também teve indústria de roupa e criou o Grupo TA. “Esse grupo consistia em várias empresas de diferentes segmentos, nada mais era que uma empresa que administra outras”, explica. Quando decidiu mudar de vida, ele e o filho compraram um pequeno barco, para juntos, aos finais de semana, velejar pelo litoral do Paraná. “Peguei gosto pela coisa e falei para mim mesmo que o dia que o Kaue se formasse eu iria para o mar.” Quando comprou um barco maior, ele se dispôs a aprender sobre os mistérios do mar. “Vendi tudo em 1999 e fui me aventurar junto de minha companheira na época, a Laila”. Já se vão 18 anos viajando pelos oceanos. Nem tudo é passeio e lazer em suas vivências marítimas. Tassinari já fez algumas expedições cientificas, como rotas migratórias da baleia franca, e fez parte do projeto Canal do Varadouro. Depois de morar em muitos lugares diferentes, ele se Morar em um barco em meio a uma estabeleceu em Angra dos Reis, que para ele, é um dos paisagem paradisíaca é o sonho de muita lugares mais bonitos do mundo, com suas águas limpas e deslumbrantes ilhas e montanhas. “Um lugar onde a begente. Há 18 anos, essa é vida - e o trabalho, leza toda está no mar mesmo, pois não existe praia. Por do ijuiense Luis Cesar Tassinari isso, quando se vem para cá tem que ter um barco ou alugar um”. E é aí que a veia empreendedora de Tassinari entrou novamente em ação. Seu veleiro Reencontro é muito disputado pelos turistas, que podem alugar e ficar dias em alto mar, sendo servidos do bom e do melhor. “É a primeira vez que abro as portas do meu veleiro para essa atividade. É uma experiência indescritível dormir na sota de uma ilha tomando um vinho, vendo um pôr do sol deslumbrante e viver esta experiência de algo inusitado, conhecendo de perto a aventura de viver a bordo”. As pessoas podem se hospedar no veleiro por alguns dias, dormir, comer e conhecer os lugares. Ele também oferece a opção de passeios de um dia só. O veleiro possui duas suítes de casal e uma de solteiro, cozinha completa, sala para sete pessoas, banheiro com box, gerador de energia, ar condicionado e autonomia para travessia oceânica. E toda a parte de navegação é via satélite, com equipamentos supermodernos. “Morar em um veleiro é um estilo de vida. Você abre mão de coisas e vai ganhar o mundo todo. A gente mora onde quiser. E se não gostar, basta levantar a âncora e ir embora. Sua casa está com você. Quando me perguntam onde eu estou, sempre digo que estou em casa, não importa o lugar, pode ser nas Ilhas Malvinas ou Ilha Grande. Onde estou é o meu lar”, declara. “A vida foi feita para ser vivida e eu aproveito cada minuto disso tudo”, finaliza. Tassinari recebe turistas em seu veleiro Reencontro para passeio pelas ilhas de Angra dos Reis

A vida no mar

STAMPA•39


|mulheres|

10 anos de luta Em noite festiva, o Forum Permanente da Mulher comemorou 10 anos prestando homenagens à mulheres públicas

Homenageadas: ex-vereadoras Rosane Simon, Rosana Tenroller e Helena Stumm Marder, vereadora Alexandra Lenz, ex-primeira-dama Gessy Ballin e primeira-dama Jussara Reck

H

entrou em vigor, precisava ser implementada, e hoje se á dez anos foi criada a Lei Maria da Penha, percebe o quanto avançou e o muito que ainda é preciso com intuito de combater a violência doméstica mudar. “Não se trata apenas de uma lei, mas sim de e familiar, garantindo punição com maior rigor uma cultura que precisa ser mudada. Nós caminhamos dos agressores e criando mecanismos para prevenir muito, mas ainda temos muito a caminhar”, ressaltou. a violência e proteger a mulher. Nessa mesma época surgia o Fórum Permanente da Mulher de Ijuí, uma união Atualmente fazem parte do Fórum Permanente de diferentes setores que desenvolvem ações em favor da Mulher representantes da OAB, Ministério Públide uma sociedade mais justa e igualitária. co, Delegacia da Mulher, Unijuí, 17ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), UBM, 36ª Coordenadoria Na noite de 29 de março, no Confraria Restaurante, Regional de Educação (CRE), Brigada Militar, Câmara como parte das atividades comemorativas ao Mês da de Vereadores, HCI, Conselho Tutelar, poder Executivo, Mulher, e entidade homenageou as mulheres que fizeSusepe, Casa Ama, movimentos feministas e pessoas ram parte desse período e que lutam pela igualdade de independentes da comunidade que têm esse engajagêneros. “Um momento para destacar a atuação política mento com as políticas públicas para as mulheres. “É dessas cidadãs”, comenta a presidente do Fórum, a Adriane Hanke por uma sociedade mais justa, mais humana que nós advogada Adriane Hanke. Receberam a homenagem, as ex-vereadoras Rosane Simon, Rosana Tenroller e Helena Stumm nos reunimos”, definiu Adriane Hanke. Marder, a vereadora Alexandra Lentz, a ex-primeira-dama Gessy Os encontros do Fórum ocorrem uma vez ao mês, na Câmara Ballin e a primeira-dama Jussara Heck. de Vereadores, sempre na primeira terça-feira de cada mês. As De acordo com a presidente, quando a Lei Maria da Penha reuniões têm a finalidade de fomentar ações em prol da sociedade.

Livro: O menino do pijama listrado De Neil Peart

O filme se passa na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. Bruno tem 8 anos e é filho de um oficial do exército alemão que assume um posto de extrema importância no interior da Alemanha nos anos 40. A família foi obrigada a deixar a cidade de Berlim e se mudar para uma região desolada. Bruno não sabe nada sobre o Holocausto, não faz ideia que seu país está em guerra com boa parte da Europa e muito menos que sua família está envolvida no conflito. Em um de seus passeios pelos arredores da nova casa, Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca, que sempre está com um pijama listrado. O menino do pijama listrado é uma história sobre a amizade em tempos de guerra e a perda da inocência com a descoberta de uma realidade terrível e inimaginável. É envolvente do início ao fim, retratando uma parte da História contada de maneira simples e pura pelo olhar de uma criança, e com um final inesperado.

Filme: Como evitar preocupações e começar a viver

Por Cláudia Legonde Arquiteta e urbanista

40•STAMPA

De Dale Carnegie Todos experimentamos preocupações e ansiedade. A preocupação esgota nossa energia, corrompe nossos sentimentos e nos enfraquece emocionalmente. Mas o que causa a preocupação? Como deixar de se preocupar? O livro ensina o leitor a se livrar de preocupações desnecessárias da vida, e no nosso dia a dia, que acabam nos soterrando e causando ainda mais problemas. É um guia prático de comportamento que oferece um conjunto de fórmulas práticas, mostrando casos reais de pessoas que sofreram com preocupações e de alguma forma mudaram de pensamento e atitude, e passaram a ter uma vida melhor. Este livro contém profundas verdades que são de fácil aplicação e nos inspiram a sermos pessoas melhores.


I

José Orestes Sczmanski

Com os filhos Alícia e Andrei

Encontro de ex-ginastas, no ginásio da Unijuí, organizado pelo professor Dari Goller, em 2012: José Orestes, Jacaré, José Luis Contri, João Oginski e Ilson Romano Pizzutti

ijuí viveu diferentes fases de glória esportiva - no tênis, no futebol, no atletismo. E na ginástica. Nessa seara, José Orestes Szmanski é um nome intimamente relacionado à sua prática e promoção. Ele começou a praticar aos 11 anos, pelo incentivo e entusiasmo de dois dedicados ginastas ijuienses - Alfredo e Manoel Matte, os “sapateiros”, como eram referidos, por causa da profissão que assumiram. Eles inspiravam, mas teve também quem ia além do incentivo, e financiava, como Otto Schneider. Foi em um tempo que ainda se honrava a definição de Sociedade “Ginástica”, que tantos clubes, Ijuí entre eles, exibem em seu nome, e que devem a este esporte a sua criação. José Orestes, 65 anos, vive hoje em Florianópolis, e segue dedicado à ginástica. É professor da modalidade de Ginástica Artística, no Instituto Estadual de Educação, e responsável pelas equipes femininas de Ginástica Artística do Município de Florianópolis, desde 2001. Em 2014,assumiu o Projeto Centro de Excelência da Caixa – Jovens Promessas da Ginástica, da Caixa Economia Federal, em parceria com a Confederação Brasileira de Ginástica e Federação de Ginástica de Santa Catarina, na cidade de Antônio Carlos, da região metropolitana de Florianópolis. Nascido e criado em Ijuí, José Orestes é pai do vereador Andrei Cossetin, filho de seu casamento com Lorena Cossetin. Mudou-se daqui em 1994 para Petrolina, onde foi docente da Escola Agrotécnica Federal Dom Avelar Brandão Vilela e coordenador do internato da escola, que acolhia 350 alunos. Em Petrolina conheceu sua atual mulher, a pernambucana Sandra, técnica administrativa, hoje atuando na Universidade Federal de Santa Catarina. Com o casamento, tornou-se pai de Alex, hoje com 26 anos, filho de Sandra, e de Alícia, filha de ambos, que tem 18 anos. Aposentado em Petrolina, a família mudou-se para Florianópolis, onde José Orestes curtiu a aposentadoria de 1998 até 2001, quando sua paixão e seu currículo de ginasta o desacomodaram e fizeram com que voltasse à ativa. Formado em Educação Física pela Aprocruz - atual Unicruz, em 1977, foi professor da rede municipal de 1978 a 1982. De 1980

a 1986 foi professor de ginástica olímpica e natação na Faculdade de Educação Física da Unicruz. De 1990 a 1992, foi professor de atletismo do curso de Educação Física da Unijuí. Bem antes e durante as suas atividades acadêmicas, atuou na Sociedade Ginástica Ijuí. Foram 29 anos, dedicado ao Departamento de Ginástica, primeiramente como atleta, depois como instrutor e responsável pela formação e treinamento de ginastas, trabalho que se encerrou em 1992. Dos tempos de ginasta, José Orestes exibe um currículo de muitas glórias. Sua especialidade eram os aparelhos, barra e paralelas. Integrou um grupo de elite do esporte, que como ele, se destacou em campeonatos estaduais e nacionais, nomes como os de Ilson Romano Pizzutti, José Luis Contri, Jairo Tadeu Pereira e Inge Lorenz. Em sua primeira competição, em 1964, foi campeão estadual infantil, e a partir daí, as conquistas se multiplicaram, exigindo mais dedicação e treinamento. Era uma época em que os atletas faziam malabarismos para permanecer atuando e buscando a excelência física e técnica. Para seguir treinando e competindo, era preciso também trabalhar, e aí se sobressai a atuação de Otto Schneider, proprietário de uma casa de comércio, que lhe deu emprego condicionado a que se dedicasse também aos treinamentos e à instrução de ginastas na Sogi. José Orestes trabalhava de dia, estudava à noite e só depois ia treinar. Em 1975, como o 5º ginasta do Rio Grande do Sul, José Orestes fez parte da Seleção Gaúcha que disputou o Campeonato Brasileiro de Ginástica Olímpica, sagrandose, no individual, o 11º ginasta do Brasil, e 3° lugar por equipe. Foi nesse ano que encerrou a sua carreira como atleta, mas não as conquistas, que se seguiram com as equipes que treinava na Sogi, em várias competições estaduais e nacionais. Hoje, esta é novamente a realidade do trabalho que José Orestes assumiu em Santa Catarina - tem conseguido excelentes resultados com seus atletas “barrigasverde”, fato que comprova o quanto de acerto há em sua escolha profissional, inspirada pelo talento nato.

Em 1982, na Sogi, e atualmente, em Antonio Carlos/SC: rotina de treinos e conquistas

STAMPA•41


Cíntia Raquel Bombardieri C

íntia Raquel Bombardieri é filha de Claudete Bombardieri - que atualmente mora com ela em São Paulo - e Jair Joberto Bombardieri - o único da família que ainda está em Ijuí; e irmã de Charlene Andréia Bombardieri, que é programadora e também criadora de gatos da raça Sphinx, e André Joberto Bombardieri, comissário de bordo da Avianca, ambos residentes em Brasília. É casada com o pernambucano Ricardo Alexandre Leite, que conheceu em São Paulo. Eles oficializaram o casamento logo antes de se mudarem para Roterdã, na Holanda, onde ambos fizeram pós-doutorado. Em Ijuí, Cíntia começou os estudos na Escola Adventista, mas a partir da quarta série passou a estudar na rede pública, inicialmente na Escola Municipal Soares de Barros, e posteriormente no Ruizão. Cursou Farmácia na Unijuí, onde foi bolsista do Fundo de Gratuidade da Universidade. Durante o curso foi monitora das disciplinas de Anatomia e Bioquímica e também devido a bolsa, trabalhou em projetos de iniciação científica em Farmacocinética e Farmacologia. No quinto semestre da faculdade se apaixonou pelos erros inatos do metabolismo, e com a ajuda da professora Maria de Lourdes Belinaso, foi estagiar nas férias com o professor Moacir Wajner, no Serviço de Genética Médica do Hospital das Clínicas de Porto Alegre. Ao final do curso de Farmácia, em 2003, o professor Volnei Teixeira sugeriu que ela fizesse mestrado na USP. “Após convencer meus pais que a cidade não era tão perigosa assim, e que isso era o que eu realmente gostaria de fazer, em agosto de 2003 me mudei para São Paulo para fazer um estágio no Laboratório de Imunorregulação da professora Maristela Martins de Camargo. No final daquele ano prestei prova para o mestrado,

Cíntia e Ricardo em Roterdã, curtindo a neve, quando moraram lá

42•STAMPA

mas fui selecionada para doutorado direto devido ao meu desempenho, e também ao projeto de pesquisa. Fiz o doutorado com bolsa Fapesp e defendi minha tese em dezembro de 2007.” Após o doutorado, Cíntia ganhou bolsa Fapesp para fazer o pós-doutorado, também na USP, ganhou bolsa do CNPq para fazer pós-doutorado em Londres. Após uma entrevista no Departamento de Genética do Erasmus Medical Center – em Roterdã, Holanda, recebeu uma proposta de emprego para fazer dois anos de pós-doutorado. Escolheu mudar-se para Roterdã para trabalhar com reparo de DNA com o professor Jan Hoeijmakers, que é um dos maiores pesquisadores nesta área. “O contrato inicial de dois anos foi sendo renovado, e como eu adorava o que eu fazia, não queria mais voltar”. Roterdã, segundo ela, é uma cidade linda, a única holandesa que foi destruída durante a Segunda Guerra Mundial, e assim, tem uma arquitetura bastante peculiar e completamente diferente do restante do país. Possui muitos imigrantes, e o ambiente no Erasmus era bastante multicultural. “As pessoas são muito educadas e a qualidade de vida é excelente. No período que moramos lá não precisamos de carro, pois fazíamos tudo de bicicleta. Para as distâncias mais longas, o transporte público é a melhor opção. De trem era possível chegar em Paris em 90 minutos. Aproveitamos para viajar pela Holanda e os países vizinhos”, lembra. Após pouco mais de cinco anos na Holanda, sua filha Alice estava para nascer e o marido sentia muitas saudades da família (ele é o mais novo de 14 filhos). Assim, decidiram voltar para o Brasil em fevereiro de 2014, quando a pequena Alice tinha apenas 25 dias. “Decidimos nos estabelecer em São Paulo, cidade onde a maioria da família do meu marido mora, e também a cidade onde nos conhecemos. São Paulo é uma cidade enorme, com muitas opções de entretenimento. Tem tantas coisas, além do trânsito e da poluição, que não tem como não se apaixonar”. Após passar um tempo com a filha e curtir bastante a maternidade, Cintia decidiu voltar a trabalhar. Passou a fazer parte do time de suCom a filha Alice no Museu do Ipiranga, em São Paulo

Com o marido Ricardo, em Berlin, Alemanha

porte científico na Illumina, uma empresa de biotecnologia americana, com sede em San Diego, EUA, que vende equipamentos para sequenciar o DNA. Neste período viajou muito pelo Brasil e América Latina, pois universidades e os principais hospitais já estão utilizando o sequenciamento não apenas em pesquisa, mas também no diagnóstico, especialmente no câncer. “As viagens constantes a trabalho só foram possíveis pois minha mãe está morando comigo e cuida da Alice quando me ausento”. No final de 2016, seu marido recebeu uma proposta para ser transferido pela Novartis para Toronto, no Canadá. “Assim, estamos nos preparando para mudar novamente, desta vez em definitivo. Este mês, vamos de mala e cuia para lá! Estamos bastante felizes e ansiosos com a mudança, especialmente a Alice, que espera mudar para a terra da Frozen”.


E

O pedido de casamento a bordo do navio Celebrity Reflection

Noivado em alto mar A médica veterinária Jordana Spier e o empresário Felipe Cossetin embarcaram em um cruzeiro de sete dias pelas ilhas do Caribe. A bordo, ficaram noivos Interagindo com os golfinhos em Cozumel

m fevereiro, o casal embarcou na aventura romântica e paradisíaca, começando o roteiro por Miami. Com carro alugado, passearam pelos shoppings e em Miami Beach. “Dirigir em Miami e Miami Beach é ótimo, o trânsito é organizado, há um pouco de congestionamento, mas nada caótico como aqui no Brasil. Miami é de uma organização que não existe comparação com o nosso país, os americanos são muito éticos e educados, parece que tudo funciona por lá, inclusive em muitos lugares você mesmo se atende no caixa”, comenta Felipe Cossetin. No porto de Miami embarcaram para o cruzeiro no navio Reflection, da Celebrity Cruises. O embarque foi muito organizado, fácil e rápido, apesar dos mais de 3 mil passageiros, fora a tripulação. “Simplesmente magnífico!”, diz Jordana sobre o navio, com 16 andares, 13 restaurantes e 12 bares, além de piscinas externas e internas, teatro, shows de música, cassino, shopping, área de jogos, quadra de basquete, academia, biblioteca e um gramado em pleno navio. O cruzeiro teve como destino as ilhas do Caribe, percorrendo Flórida, Jamaica, Ilhas Cayman e México, durante 7 dias. O primeiro destino foi Key West, ilha ao sul da Flórida. “Pequena, mas muito charmosa, boêmia e com uma história cultural muito rica. As casinhas são muito fofas, há muitos bares divertidos na rua principal e as praias são lindas. Os habitantes mais inusitados são os galos que estão soltos por toda a cidade”, relata Jordana. Em Ochos Rios, na Jamaica, o casal se encantou com os lugares lindos, mas a cidade ainda é muito pobre e caótica, apesar do intenso turismo. Os jamaicanos, segundo eles, são muito receptivos, com o lema “no problem” (sem problemas). Foram até a Dunn’s River Falls and Park, para escalar uma cascata muito bonita que desagua no mar, em uma praia ótima para banho. Na capital das Ilhas Cayman, Georgetown, eles se encantaram pela organização e limpeza. “Lá o paraíso não é só fiscal, o mar é uma mistura de um transparente com um azul que não vimos igual”. Conheceram a cidade das arraias, Stingray City, um banco de areia no meio do mar, que tem no máximo um metro de profundidade. As arraias dóceis vêm ao encontro dos turistas para interagir e ganhar comida. Eles se viram cercados de arraias passeando por entre suas pernas. Visitaram também Seven Mile Beach (Praia das Sete Milhas), que mede 5,5 milhas (9 km) de comprimento, “mas não deixa de ser um paraíso, com grandes extensões de areia, corais e vida marinha”, diz Felipe. “O México, sem dúvida foi o destino que mais gostamos e nos surpreendeu”, diz Jordana. “As praias de Cozumel são como clubes particulares, onde se tem acesso aos bares, piscinas, recreação e às praias”. Passaram por Paradaise Beach e foram até o parque Chankanaab, uma reserva natural, onde nadaram com os golfinhos. “Uma experiência extraordinária, assistimos às apresentações de leões-marinhos, percorremos a rota das tequilas e visitamos as esculturas maias e incas. A praia do parque é a verdadeira praia caribenha, com um pôr-do-sol encantador”, descreve Felipe. Foi em meio ao percurso pelas ilhas que o momento especial do pedido de casamento de Felipe, com a entrega de uma linda aliança a Jordana, tornou a viagem inesquecível. O casamento será em novembro. Na volta, ficaram em Miami por mais três dias, onde fizeram compras, assistiram a um jogo de basquete da NBA na American Airlines Arena, do residente Miami Heat contra o Cleveland Cavalier, visitaram o zoológico e passearam pela famosa Lincoln Road e no Bayside Marketplace.

Na piscinas naturais no Parque Chankanaab, em Cozumel, no México; e Felipe tentando a sorte no cassino do navio

Em um dos cenários paradisíacos: Seven Mile Beach, Georgetown, Ilhas Cayman

STAMPA•43


Vista no topo do palácio de Schönbrunn, durante um passeio em Viena

Aprendendo na Polônia C

O estudante da Unijuí Matias Berwig está na Polônia para estudar na Universidade Marie Curie Sklodowska

Final de tarde na Old Town

Em frente ao Parlamento Austríaco

omo boa parte dos estudantes de graduação, um dos desejos do estudante da Unijuí Matias Berwig era fazer um intercâmbio. No primeiro semestre do curso de Ciência da Computação, ele já começou a buscar informações sobre as possibilidades de estudo no exterior com o Escritório de Relações Internacionais da Unijuí, além de consultar sites de viagem e turismo na internet. No segundo semestre de 2016, após ouvir relatos de colegas que estudaram na Polônia e comparar todas as possíveis alternativas, decidiu que iria se inscrever para o próximo período na Universidade Marie Curie Sklodowska (UMCS). A resposta da universidade polonesa veio na segunda semana de dezembro, apenas dois meses antes da viagem. Ele embarcou em dia 17 de fevereiro. “Saí de um Brasil de 25°C pra chegar em uma Polônia de temperaturas negativas. Dei de cara com a neve. A viagem da capital polonesa até a cidade de Lublin foi um pouco conturbada. Peguei o trem errado e acabei em uma estação onde nenhum dos atendentes falava inglês”. Chegando em Lublin, seu destino final, pôde finalmente tomar um banho e descansar. No dia seguinte conheceu alguns lugares da Old Town, uma região histórica da cidade. “Minha atenção foi tomada pela riqueza de detalhes presente em todos os cantos daquele local. Edificações com arquitetura admirável erguidas em pedra, esculturas dos mais variados tamanhos e formatos, castelos e um conjunto de túneis subterrâneos ligando algumas construções. Um lugar memorável com atmosfera clássica”. As primeiras semanas foram preenchidas com eventos de orientação e integração. Após se inteirar do funcionamento da universidade, transporte público e alguns modos poloneses, seguiu os mentores a caminho dos pubs universitários. “Ao final de cada dia conhecíamos um tipo diferente de entretenimento local, o que inclui visitas a museus, esportes como patinação no gelo e trampolim, noites de dança, preparo de comida local, partidas de boliche, e claro, algumas festas”. Sua rotina atual é completamente diferente da que estava acostumado no Brasil. “Provavelmente devido ao fato de haver poucos intercambistas para o curso de Ciência da Computação na UMCS, não há aulas regulares em inglês para as disciplinas em que ele se matriculou. Apesar da grande quantidade de tarefas, estou encontrando formas de cumprir minhas metas e me desenvolver intelectualmente”, finaliza.

Aprendendo em Portugal A estudante Vitória Cazzali está se formando em Direito pela Unijuí, mas antes foi aprender mais na cidade de Leiria

V

itória Cazalli sempre teve curiosidade em fazer um intercâmbio e como está se formando em Direito pela Unijuí, resolveu não adiar mais a realização desse sonho. Por intermédio dos convênios que possui a universidade, ela poderia escolher entre Portugal e Polônia. Decidiu por Portugal, pois lá tem familiares em Lisboa e um casal de amigos ijuiense em Leiria, cidade onde está atualmente. Embarcou no início do mês fevereiro e lá cursa as disciplinas de Direito por um semestre em uma instituição que acolhe muitos intercambistas de diversos locais do mundo. Leiria, uma cidade que se desenvolveu entre o rio Lis e o castelo, é pequena para o parâmetro brasileiro. “É segura e oferece muitas atrações, além de ser bela e se localizar próximo ao mar. Também abriga inúmeros jovens de toda a região que vêm para cá estudar, o que faz de Leiria uma cidade alegre com muitas festas e eventos culturais e acadêmicos”, explica ela. “Resido com três simpáticas e solidárias portuguesas que muito bem me acolheram”. Vitória diz que a cidade estimula a prática de esportes, fornecendo qua44•STAMPA

No Castelo e em rua do centro histórico de Leiria dras de tênis, piscinas, organizando corridas, como também cede o estádio para atletismo. Lá há muitos cafés, vários deles localizados numa bela, grande e antiga praça, denominada Rodrigues Lobo, ponto de encontro de muitas pessoas. “A cidade é bastante florida e limpa e se localiza entre Lisboa e Porto. O fato de o país ser pequeno permite que façamos viagens a vários locais próximos, muito bonitos e históricos, que encantam por suas particularidades”, finaliza.


Um brinde à amizade no Caribe As amigas Vera Daltrozo, de Ijuí, Naia Correa e Agueda Correa, de Porto Alegre, e Vanda Schroeder, do Rio de Janiero, na companhia de alguns familiares, curtiram dez dias em um cruzeiro pelo mar do Caribe para colocar o papo em dia e relembrar a época em que todas moravam em Ijuí

U

m grupo de amigas decidiu celebrar a amizade a bordo do navio Monarch. “Somos amigas desde a infância, na verdade, essa convivência teve início com nossos pais, e nós a preservamos. Atualmente moramos em cidades diferentes, mas mesmo assim, sempre que podemos, nos encontramos”, conta a professora Vera Daltrozo. Nas últimas férias fizeram o cruzeiro pelo mar do Caribe. Foram dias de muita diversão e lembranças do tempo em que moravam todas em Ijuí. Segundo Vera, que reside aqui, o navio Monarch possui uma estrutura que favoreceu a vivência de momentos muito prazerosos. Bons restaurantes, danceterias, cafeterias, cassino e um teatro que, todas as noites, oferecia excelentes espetáculos. Dia 5 de fevereiro embarcaram em Cartagena das Índias, na Colômbia. Segundo o relato das amigas, Cartagena possui um Centro Histórico que reverenda um passado de muitas lutas contra os invasores e piratas, prédios que abrigam museus e famosos monumentos turísticos. O Castillo San Felipe “se parece mesmo com um castelo, sua construção sólida esconde túneis e labirintos usados para se proteger dos invasores, em cada detalhe fica evidente o passado de lutas e o árduo trabalho dos escravos”, explica Naia Correa. Outros aspectos que encantaram as amigas, em Cartagena, foram a beleza do artesanato e a cordialidade do povo. Montego Bay, na Jamaica, foi outro lugar onde o grupo ancorou. Suas praias de areias brancas e águas límpidas são um convite para a diversão. Não pudemos nos furtar de andar de wave runners, banana boat e jet sky, e

saborear o adocicado gosto das frutas jamaicanas. A banana, por exemplo, chega a ter gosto de canela”, relata Vanda Schroeder . Também ancoraram em Puerto Limón, na Costa Rica, um lugar afrodisíaco para quem curte a natureza. “A Costa Rica possui lindos cenários verdes, um quarto do país é de preservação ambiental e o que chamou nossa atenção foi que o cumprimento em Puerto Limón. Não é ‘oi, tudo bem’, como aqui, as pessoas se saúdam dizendo “pura vida”, conta Agueda Correa. Ilhas Cayman também encantaram a todas. Vanda diz que este país, por ser um paraíso fiscal, esbanja dinheiro e beleza. Lindas mansões e praias particulares contornam as Ilhas Cayman, mas o que mais impressionou foram os shoppings que, muito além do comércio de confecções, possuem inúmeras lojas que vendem joias, diamantes e os famosos cristais Swarovski. O último país visitado foi o Panamá. “Lá, optamos por conhecer o famoso Canal do Panamá – uma visita que enriqueceu nossa viagem e nos mostrou que a inteligência humana não tem limites. São 81 km de engenharia que ligam o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico. Fomos privilegiadas em poder acompanhar a travessia de um navio japonês, na eclusa onde estávamos. Um verdadeiro espetáculo”, conta Vera. Depois de dez dias de muita animação, diversão e cultura, as amigas retornaram com planos para, no próximo ano, repetirem a dose na Europa. “Dessa vez queremos ver se nos reunimos todas”, ressalta Vera, pois neste cruzeiro, três das amigas que compõem o grupo não puderam ir.

João Pedro, Pedro Henrique, Naia, Vera e Agueda voltando das compras, no Panamá

Vera e Paola em Las Bovedas, centro de artesanato em Cartagena

Momento de diversão em um dos bares do navio: Vanda, Vera, Águeda e Naia

Vera na área de circulação interna do navio

Hora de ir embora, trazendo o legitimo chapéu Panamá STAMPA•45


Colabore com este espaço. Mande temas divertidos para: stampa@jornaldamanhaijui.com

Guerra dos sexos

Sete horas da manhã. O marido entra em casa. A mulher espera de pé, perto da porta. - Chegando a esta hora, Superman? - Desculpe, eu estava com clientes. - E vocês discutiram a noite toda até às sete da manhã, Superman? - Tá certo. Nós fomos a um bar, até as três horas, para bebericar. - Até as três, Superman? E o que aconteceu que você só chegou agora, às sete, Superman? - Eu... Bem, é que depois nós fomos a um bar de strip-tease, mas eu só fiquei olhando. Eu não percebi o tempo passar. - Tá bem, Superman. Você só olhou. No que mais você quer que eu acredite, Superman? - Nada, eu... Espera aí... Por que é que você está me chamando o tempo todo de Superman? - Porque só ele usa a cueca por cima da calça.

TÓIM!!!

E a filha disse para o pai depois do vestibular: - Sabe da última? Sou eu!!! Homem falar de sexo com mulher é assedio sexual. Mulher falar de sexo com homem são R$ 3,90 por minuto!!

46•STAMPA

‘‘

ENTRE ASPAS

Dinheiro X bebida - Quanto paga pela dose de whisky ? Homem: - Cerca de R$10,00. Mulher: - Há quanto tempo você bebe? Homem: - 20 anos Mulher: - Uma dose de whisky custa R$10,00 e você bebe 3 por dia = R$900,00 por mês = R$10.800,00 por ano, certo? Homem: - Correto. Mulher: - Se em um ano você gasta R$10.800,00, sem contar a inflação em 20 anos você gastou R$216.000,00, certo? Homem: - Sim, correto!

O ESNOBE Ao chegar a uma festa, numa limousine branca, o boçal encontra um amigo, cumprimenta-o e comenta para esnobar: - Tô mal de carro, não estou? Durante a festa, apresenta uma loira fenomenal para o amigo, como sendo sua namorada. - Tô mal de mulher, não estou? O amigo, já de saco cheio de tanta provocação, pergunta: - E aquela sua irmã, a Isadora, que dava pra todo mundo, que fim levou? - Ah! Ela converteu-se e entrou para um convento! - responde o boçal sem se alterar. - Agora é esposa de Jesus Cristo. Tô mal de cunhado, não estou? MULHER QUE É MULHER,

Mulher: - Você sabia que com esse dinheiro aplicado e corrigido com juros compostos durante 20 anos você poderia comprar uma Ferrari?

GOSTA DE CARINHO

Homem: - Você bebe?

CARINHO ...

Mulher: - Não!!! Homem: - Então, cadê a bendita da sua Ferrari????

- VESTIDO CARINHO, SAPATO CARINHO, RESTAURANTE

E TEM MEDO DE BARATA - ROUPA BARATA, VIAGEM BARATA E JOIA BARATA ...

“Quer conhecer o caráter de uma pessoa? Dê a ela poder.”

Abraham Lincoln (1809- 1865), político americano, 16º presidente dos EUA


EXPÕE

POCHMANN Brincos em prata e zircôneas, a partir de R$ 159,00

NADINE DUBAL Bota Ana Capri - 4X de R$ 84,90; cinto Loucos e Santos - R$ 109,50

LE MOND Vestido Dimy - 8X de R$ 46,10

THYERS Bolsa com taxas John John - 8 X de R$ 62,35

O BOTICÁRIO Glamour Love Me R$ 124,90

MOBILIÁRIO 21 Minivaso Água de Coco - R$ 129,00

NOVA ERA Sapato Carrano 4X de R$ 105,20; bota Carrano 4X de R$ 112,90 FÊNIX INFORMÁTICA Memória Corsair Dominator Platinum, 16 GB (2x8GB) DDR4 - R$ 1.350,00

CLIP SANTO ANTÔNIO Conjunto com seis copos Bon Gourmet - R$ 39,90

SIMONY MALHAS Pijama Cirúrgico - a partir de R$ 85,90

PET SHOP PALHARINI Cama de luxo para gato - R$ 185,00 STAMPA•47



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.