Stampa Janeiro 2017 - Ano 14 nº 8

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Ano 14 . Nº 8 . Janeiro| 2017 . R$ 10,00

BARREIRO

O LUGAR ONDE IJUÍ COMEÇOU

MEMÓrIas dE sEu vIdaL, 98 anos, o construtor

RÉVEILLON

E AS FESTAS DE FIM DE ANO

Foto: Roger Vaz

Evandro Augusto Oss recebeu título de Cidadão Rio-Grandino das mãos do vice-prefeito Renatinho

Evandro augusto oss Médico ijuiense se destaca como cirurgião cardíaco em Rio Grande




Em Chapecó: Carlos Alberto Padilha (de guarda-chuva, com Ricardo, Diogo e Palharini, do Grupo JM), presenciou a comoção do velório coletivo na Arena Condá, e nesta edição escreve sobre a reconstrução do time

Jornalista Cláudia e Seu Vidal: visita emocionada ao que restou do Frigorífico Serrano que ele ajudou a construir

Tudo pode dar certo

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rimeira edição de 2017 chegando até você, e com ela vai nossa aposta de que tudo pode dar certo. É como podemos perceber, com olhar otimista, em cada matéria e história que compõe a edição. Alguns exemplos, partir da capa: a trajetória vitoriosa de um jovem mecânico que decide ser médico; a reconstrução da Chapecoense depois da tragédia; a fibra e a tenacidade que se vislumbra nas histórias de Barreiro, o lugar onde Ijuí começou; o artista autodidata ijuiense que está conseguindo projeção fora do País; Seu Vidal, o construtor de 98 anos que ergueu muitos prédios em Ijuí em tempos bem mais difíceis. E seguem-se, as celebrações e as comemorações que fecharam o ano, o grande momento das conquistas e superações. Há, portanto, sempre o que ver de bom e o que fazer para dar certo. Para nós, acertar é agradar você. Tomara que dê certo! Abraço, Iara Soares

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Tecnologia no HCI atrai profissionais em formação O processo de reconstrução da Chapecoense

Talento nas escolas: uma bailarina em ascenção

Pintura na parede preservada na casa dos pioneiros da família Hickenbick, em Barreiro

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Barreiro: o lugar onde Ijuí começou

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O construtor de 98 anos que levantou muitas obras em Ijuí

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Ijuiense Paulo Roberto Gobo expõe no exterior

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Festas de fim de ano e o Réveillon no Absoluto

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Médico ijuiense tem atuação destacada em Rio Grande

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Eurotrip: grupo de amigos em capitais europeias

DIRETOR EDMUNDO HENRIQUE POCHMANN EDIÇÃO IARA SOARES iara@jornaldamanhaijui.com COLABORADORES CARLOS ALBERTO PADILHA, CLÁUDIA DE ALMEIDA, ELIANE CANCI, CECILIA MATHIONI

stampa@jornaldamanhaijui.com Ano 14 - Nº 8 | Janeiro | 2017 Assinatura semestral: R$ 55,00 - Ligue 3331-0300 4•STAMPA

PUBLICAÇÃO GRÁFICA E EDITORA JORNALÍSTICA SENTINELA LTDA CNPJ: 87.657.854/0001-23 | RUA ALBINO BRENDLER, 122 | (55) 3331-0300 IMPRESSÃO CIA DE ARTE (55) 3331-0318 | 98.700-000 IJUÍ/RS

Informações contidas em espaços comercializados são responsabilidade integral das empresas e/ou dos profissionais.



Petshop Palharini

está com condições especiais

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ela 14ª vez, a Clínica Veterinária Palharini é a melhor do ano! É destaque empresarial e profissional no segmento pet 2016. “Agradecemos a Deus em primeiro lugar e a todos que nos indicaram. Dedicamos mais essa conquista aos nossos clientes e amigos”, diz a veterinária responsável Nelda Palharini. Em janeiro e fevereiro, a Clínica Veterinária Palharini está com condições de pagamentos incríveis para cuidar do seu animalzinho. Cirurgias e tratamentos podem ser parcelados nos mais diversos cartões de crédito, incluindo o Banricompras em até dez vezes. Entre os serviços prestados está a Dermatologia Veterinária, que é uma das especialidades de maior crescimento na Medicina Veterinária, pois as doenças da pele são cada vez mais comuns e responsáveis pelo maior motivo de atendimento veterinário em todo o mundo. Outro serviço de destaque é a unidade de clínica cirúrgica, que possui todos os equipamentos para um procedimento seguro, tendo destaque para a mais nova aquisição, o aparelho de anestesia inalatória, com ventilação e monitor multiparamétrico, possuindo ajustes digitais, que possibilita uma maior segurança para seu animalzinho durante qualquer procedimento cirúrgico. A Clínica Veterinária Palharini conta com profissionais capacitados para cuidar do seu animalzinho: a médica veterinária e proprietária Nelda Palharini, pós-graduanda em dermatologia veterinária, e o médico veterinário Ariel Victor Dalavia, pós-graduando em cirurgia e clínica médica de pequenos animais. As consultas podem ser agendadas pelos fones (55) 3332-6703; whatssap (55) 99175-4052. A Clínica Veterinária Palharini está localizada na Avenida Getúlio Vargas, 215, Sol Nascente.

Médico veterinário Ariel Victor Dalavia, Guilherme Palharini, Carolina Palharini, Laura de Castro, Nelda Palharini e Edmilson José Palharini

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Gema Moda Infantil e Juvenil muita moda em qualquer estação

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tendência na estação mais quente do ano para a garotada é estar confortável, sem perder o estilo. Vestir looks que valorizem a sua personalidade! Na Gema Moda Infantil e Juvenil você encontra opções para vestir na escola, em um passeio com os amigos, para a festinha de aniversário ou em uma ocasião mais formal. O look completo: roupas, calçados e acessórios! Para deixar os meninos e as meninas sempre atualizados no universo fashion. A Gema é superantenada nas tendências do mundo da moda infantil e juvenil. Pensando no estilo de cada cliente de maneira única, trabalha com as marcas queridinhas do momento! São grandes nomes nacionais e internacionais, como: Calvin Klein, Petit Cherie, Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre, Fruto da Imaginação, Animê Kids, Dudalina, Melissa, Momi, Mon Sucré, Dame Dos, Ogocchi Kids e muitas outras, que você só encontra lá na Gema. Para o seu filho(a) estar bem vestido sempre! A coleção primavera/verão 2017 da Gema promete roupas leves e confortáveis para a estação mais quente do ano, que proporcionem toda liberdade na hora de brincar e aprender! Cortes diferenciados, tecidos de qualidade, cores e estampas que são a cara do verão, todos os detalhes que os pequenos adoram e merecem na hora de vestir-se! E que tal conferir as novidades da coleção na Gema? São roupas, calçados e acessórios agradáveis, descolados, cheios estilo e personalidade! A loja fica na Rua do Comércio, 158, Centro de Ijuí, fone (55) 3332-4578. Acompanhe as novidades também pela página facebook.com/ gemainfantil.


Olivercon:

a marca da evolução constante

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Olivercon Contabilidade chega ao seu 16° aniversário consolidando a jornada de sucesso, marcada pela perseverança, competência e reconhecimento da classe empresarial. “Nosso negócio é fornecer Soluções Empresariais e nossa missão é gerar valor aos olhos do cliente. Os olhos traduzem a janela para o mundo, olhando as experiências, com atenção no presente, com vistas ao futuro”, diz a empresária Noemi Sturmer. Com vistas ao futuro, a Olivercon Contabilidade presta atenção ao

Noemi Sturmer presente, fazendo com que seus clientes e colaboradores sintamse seguros para avançar e responder os desafios propostos. Olivercon Contabilidade deseja um Feliz 2017 a todos clientes e amigos “Se você pode sonhar, você pode realizar, um sonho sem ação é só ilusão; ação sem um sonho é passatempo, agora um Sonho com ação, muda o mundo... Vamos encarar os desafios do novo ano com competência, dedicação e alegria. Lutem sempre, pois a luta é o caminho dos fortes”.

Através do constante aprimoramento de seus colaboradores, a Olivercon quer disponibilizar aos empresários um time competente, capaz de suprir as demandas, com uma atuação relevante nas atividades. As colaboradoras: Maria Debora, Tainá, Elisiane, Noemi, Cláudia, Cecilia e Maria Lima

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Modernização tecnológica do HCI atrai atenção de alunos da região

posição do Hospital de Caridade de Ijuí (HCI) como referência regional tem habilitado a instituição para receber serviços de alta complexidade, destaque para a oncologia e cardiologia. A diretoria do HCI sempre buscou parcerias importantes para conseguir atingir objetivos bem claros da instituição, em cima de um planejamento estratégico organizado. A ideia é oferecer novas tecnologias e serviços que os demais hospitais não possuam, evitando assim uma competição desnecessária e reforçando a condição de hospital macrorregional. A residência médica na área da radiologia e diagnóstico por imagem tem atraído muitos médicos recém-formados que buscam uma especialização, muito pela modernização tecnológica, que também tem chamado a atenção de escolas e alunos de cursos técnicos de toda a macrorregião. Uma delas é a Escola SEG de Santiago e Alegrete, que veio com alunos do curso técnico de radiologia, para conhecer o setor de imagenologia(HCI Imagem). A turma de visitantes recebeu noções de tudo que está implantado nesse importante setor. As profissionais do HCI explicaram o funcionamento e as tecnologias implantadas. Destaques para os equipamentos de última geração, como um tomógrafo de 128 canais, ou seja, onde é possível identificar uma doença fazendo 128 cortes de imagens de um único órgão como por exemplo, o fígado. Em 2016, mais um avanço, com o mais novo tomógrafo computadorizado da região Noroeste, trata-se do Alexion Advance Edition TSX-034A de 16 canais, incrementando ainda mais o parque tecnológico da instituição. O aparelho é capaz de realizar imagens em alta definição de todas as partes do corpo em poucos segundos, o que possibilita o diagnóstico rápido e preciso de muitas doenças nas áreas de oncologia, neurologia, vascular, medicina interna, traumatologia entre outras. Para o ano novo, a expectativa fica por conta da instalação do novo acelerador linear, que vai qualificar ainda mais o Centro de Alta Complexidade em Oncologia-Cacon, dobrando a capacidade de sessões de radioterapia e consequentemente diminuindo o tempo de espera dos pacientes que necessitam desse serviço. O serviço deve ficar pronto no primeiro trimestre de 2017. “Sem dúvida, uma bela caminhada, onde a diretoria estimula a transformar desafios em oportunidades, em consolidar competências em várias áreas de atendimento, contando com a força do quadro administrativo, do empenho da equipe de saúde e da equipe técnica”, resume o presidente do HCI Cláudio Matte Martins.

Novo tomógrafo TSX-034A de 16 canais e Tomógrafo de 128 canais: tecnologia de ponta no HCI


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Cultural Fotografias há 20 anos em Ijuí

GAMBOA

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Moda feminina, democrática e plural

a Gamboa Moda Feminina todas as mulheres encontram a sua moda com estilo e elegância. A numeração que a loja trabalha é do 36 ao 56 com especial atenção na moda plus size, afinal elegância é tudo na vida de uma mulher, valorizando cada curva do corpo. A Gamboa Moda Feminina trabalha com variedades em cores, estampas e modelos como capri e calças jeans, calças sociais, shorts jeans e social, blazer’s, blusas, camisas, vestidos sociais e dia-dia, saias, cintos e muito mais. Gamboa facilita a compra nos cartãos Visa, Master, Banricompras, Quero-Quero, Hipercard, Sicredi. Também possui convênio Conveynet, prefeitura ou cheque pré-datado e também oferece o cartão fidelidade que acumula pontos para descontos especias. A Gamboa Moda Feminina aguarda sua visita. Está situada na Rua 15 de Novembro,284, telefone 33322911. De propriedade de Darlene Rosinke Zardin, tem o excelente atendimento da gerente Litiane Beier e da colaboradora Daniele Mokan. Visite a página no Facebook Gamboa Gamboa, ou entre em contato também pelo Whatssap 99613-4517 ou 99158-5547.

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Cultural Fotografias encontra-se há mais de 20 anos no mercado, disponibilizando um serviço de qualidade e comprometimento com os seus clientes. Oferece books fotográficos em estúdio e ambiente externo, contando com profissionais capacitados para cobertura de eventos como aniversários, casamentos, formaturas e batizados. Oferece também a impressão de fotos digitais instantâneas. Os horários e orçamentos são realizados pelo WhatsApp (55) 98137-0509 ou (55) 3332-6767. A Cultural Fotografias é na Rua José Bonifácio, 344 ao lado do Shopping JB, Ijuí.


Bem Nattural completa 4 anos A

Bem Nattural está completando 4 anos de existência. A proposta da empresa é levar um conceito diferenciado de saúde e longevidade a todos os clientes de Ijuí e região. Os produtos alimentícios da d’Oeste Natural, entre eles, castanhas, granolas, farináceos, azeites, grãos e óleos, estão sendo comercializados nas lojas Bem Nattural, proporcionando ao consumidor uma saúde integral com qualidade de vida e longevidade. A Bem Nattural oferece toda linha de produtos integrais, alimentos sem glúten, sem lactose, diet, light e alimentos para intolerantes a lactose, como enzyfor, e outros. Dispõe de vários chás, e também diversos produtos integrais para diabete e hipercolesterolemia. O importante é termos consciência da mudança do hábito alimentar, tendo como objetivo qualidade de vida com longevidade. A Bem Nattural sempre traz para seu consumidor novidades, produtos alternativos e informações para suprir as necessidades diárias. Nos dias 21, 22 e 23, promoveu a 1ª Blitz da Saúde, quando os clientes receberam orientações sobre a utilização de produtos para redução de peso e a utilização dos florais como forma de suporte ao combate dos processos de stress, cansaço e tensão. A equipe Bem Nattural agradece a todos os clientes que honraram a loja e seus produtos com sua presença e se coloca à disposição para atendê-los no decorrer do ano que se inicia. Deseja a todos um feliz Ano Novo, cheio de saúde e paz. Nossos endereços: Rua Praça da República, 33 - (55) 3333-1916; Rua 15 de Novembro, 189 - (55) 3332-9686; Rua 15 de Novembro, 89 Tanara Albrecht, gerente da Bem Nattural da15 de Novembro (55) 3333-2155.

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Velório coletivo na Arena Condá

A reconstrução dA Chape Em processo de remontagem da equipe após a tragédia na Colômbia, em que perdeu 19 atletas, a Chapecoense está encontrando uma solução para se reerguer

A Radialista Sérgio Badalotti: o trabalho de reconstrução não será fácil

Mascote Cleiton Dona disse que a Chapecoense vai se reerguer

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Chapecoense trabalha forte para a reconstrução após a tragédia que atingiu em cheio um clube em ascensão e que iria decidir a Copa Sul-Americana diante do Atlético Nacional-COL. Acostumado a superar desafios o simpático time do Oeste Catarinense está diante do seu maior obstáculo nos 43 anos de existência, mas promete se reerguer e voltar ainda mais firme para fazer a alegria dos seus torcedores que ainda não assimilaram a perda dos 19 jogadores, 21 funcionários ou dirigentes no maior desastre aéreo que atingiu o futebol mundial. No acidente de 29 de novembro em Medellín também morreram 21 jornalistas, sete tripulantes do avião da LaMia e três convidados. Em entrevista a Stampa, Cleiton Dona, mascote da Chapecoense disse que o clube perdeu um pedaço, mas nada acabou. Vai continuar guerreiro eternamente. “A ficha demorou a cair, mas o pesadelo chegou ao fim. A gente estava se segurando a semana inteira depois do acidente tentando enganar a si mesmo. A Chape é a minha segunda família. Amo este clube e de uma hora para outra a gente acorda e vê que aconteceu essa tragédia. A ferida vai cicatrizar e vamos continuar a vida. A nossa torcida vai ajudar. Somos uma família”. Claiton, o Índio Guerreiro lembrou que os torcedores abraçaram a Chapecoense desde o acesso da Série D até chegar à Série A do Brasileirão. “A pergunta era o que tem este time, qual é a magia deste clube que em pouco tempo cresceu muito e chegou à final de uma competição importante na América do Sul.” Disse que a família sempre esteve em primeiro plano e os jogadores eram muito unidos, identificados com a torcida. “O técnico Caio Júnior antes e depois dos jogos sempre me dava um abraço. Fará muita falta, era um ser humano incrível”, comentou. O radialista Sérgio Badalotti, da Rádio Chapecó prevê dificuldades no trabalho de renascimento da Chapecoense. Disse que não adianta as pessoas acharem que o elenco será reconstruído de uma hora para outra porque não é tão simples assim. Segundo ele, o trabalho da Chape durou seis, sete anos para montar a diretoria que colocou o clube entre os mais organizados no país. Badalotti afirmou que o grupo de jogadores de 2016 era muito unido com liderança forte do meia Cléber Santana, do goleiro Danilo e de outros jogadores. “Esses meninos deixaram uma mensagem, a lição de que existe Amor entre as pessoas. A gente somente se une na hora da dor, mas não precisa ser assim.O grande legado deste time é de que o ser humano tem salvação, bom coração, tem alma. O que aconteceu aqui transcende o mundo do futebol, onde a gente vê muita guerra, briga de torcida, rivalidade.Não tem sentido. Todo mundo é igual, tem uma hora que você está bem, na outra está mal. A vida é um sopro”. Declarada campeã da Copa Sul-Americana atedendendo a um pedido do próprio Atlético NacionalCOL, a Chapecoense disputará em 2017 a Primeira Liga, o Campeonato Catarinense, a Libertadores, Copa do Brasil, Recopa Sul-Americana, Série A do Campeonato Brasileiro, Copa Suruga Bank, Troféu Joan Gamper e a novamente a Sul-Americana, caso seja um dos 10 melhores eliminados da Libertadores. O novo presidente da Chape Plínio David de Nes Filho sabe que a missão de liderar o clube no recomeço não será fácil e foca o trabalho em três pilares, a família com o apoio às vítimas e à torcida, a reconstrução do futebol e a manutenção da estabilidade financeira. O técnico Levir Culpi, ex-Fluminense se ofereceu para trabalhar gratuitamente até a metade do ano, mas o clube optou pela contratação de Vagner Mancini, ex-Grêmio, Paulista de Jundiaí, Atlético-PR e Vitória-BA. O diretor-executivo é Rui Costa, que trabalhou no Grêmio nas últimas temporadas. A reestruturação das categorias de base iniciada em 2009 não vai parar e o pensamento é fortalecer ainda mais a formação de atletas, trabalho desenvolvido pelo diretor das categorias de base Cezar Dal Piva (Mano). Um dos jogadores que possui grande identificação com a Chapecoense e que atuou na base do clube é o lateral-direito Fabiano Leismann, que surgiu no juvenis do São Luiz e posteriormente jogou na equipe catarinense antes de se transferir para o Cruzeiro e Palmeiras.


Ex-Juniores do São Luiz se reencontram Eles jogaram futebol no campo da Sociedade Recreativa e rememoraram muitas histórias

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x-Juniores do Esporte Clube São Luiz que atuaram no clube entre os anos de 1991 e 1995 se reencontraram em dezembro na Sociedade Recreativa Ijuí para um jogo de futebol seguido de um almoço de confraternização. Foram muitas histórias lembradas em uma resenha que não teve hora para terminar. O placar foi 6 a 5 para o time do meia Paulo Baier, que venceu a equipe do goleiro Silmar Prestes. O ex-zagueiro Fábio Fernandes, que reside em São Valério do Sul atuando como professor de Educação Física disse que foi maravilhoso o reencontro. “ Fazia praticamente 21 anos que a gente não via a maioria dos colegas. A nossa convivência foi muito intensa no Estádio 19 de Outubro e o futebol marca. Você cria vínculos não só profissionais, mas também familiares”. Fábio encerrou a carreira prematuramente por causa de uma lesão. Ele jogou ainda no Brasil-Pel, Criciúma e Goiás. O seu colega de zaga no Rubro, Luciano Vieira, que mora em Veranópolis onde trabalha na Área de Segurança Privada, elogiou quem teve a iniciativa de organizar o encontro. “Há muito tempo não víamos alguns amigos. Tenho acompanhado o São Luiz nos últimos anos e torço muito que volte à Série A do Campeonato Gaúcho. Jogamos no clube em um bom momento dentro de campo, mesmo com as dificuldades financeiras da época”. O atacante Evandro Brito, um dos maiores artilheiros do Gauchão e que já vestiu camisetas tradicionais como por exemplo, o Brasil-Pel, Pelotas e Novo Hamburgo, disse que estes encontros devem acontecer com maior frequência. “Lembramos de muitas histórias bacanas que vivemos no concorrido mundo da bola. Isso não tem preço”, finalizou.

Tiago Possobon destacou que o convívio com árbitros de outros Estados e países foi incrível. “Conhecemos as culturas, trocamos experiências, compartilhamos ideias, em uma convivência diária e muito intensa. Trabalhar nos jogos com grandes atletas do voleibol mundial, com certeza irá engrandecer a minha carreira, porque a cada partida era uma nova experiência, um novo aprendizado. Quando a competição afunilou, os jogos ficaram cada vez mais difíceis”, comentou. No dia 3 de setembro, Tiago participou do Desafio de Ouro em Curitiba. A Seleção Masculina enfrentou Portugal na comemoração da medalha de Ouro. Nessa partida foi o segundo árbitro. A partir da segunda quinzena de outubro começa a Superliga e ele estará atuando com frequência. O árbitro salientou que viu na Olimpíada a torcida contagiada pelo espírito olímpico, aproveitando o máximo possível os Jogos. “Quanto à estrutura, elogiou a segurança e a mobilidade urbana que funcionaram sem maiores problemas. Os ginásios e arenas estavam impecáveis, tudo funcionando com uma eficiência gigantesca. Tiago Possobon começou a carreira esportiva na região, morou em Catuípe e estudou na Unijuí. Disse que é um sentimento de satisfação e gratidão ter chegado a esse estágio na arbitragem de voleibol, porque tanto sua família, seus amigos, e colegas de faculdade, todos sem exceção, têm parte nesta conquista. “Busquei meu espaço com muito trabalho, sem precisar derrubar ninguém, sendo correto e honesto em tudo aquilo que fiz. Sempre falo que aquele que luta com dignidade por seu espaço será recompensado, pois alguém sempre estará vendo”.

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VENCENDO O CIGARRO Lei Antifumo completa 5 anos no Brasil e tem eficiência comprovada

Dra. Cristiane Lüdtke Dermatologista

Dano solar e sua progressão para o câncer de pele

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eratoses actínicas são lesões avermelhadas e escamosas que surgem pela exposição crônica à radiação solar. Elas aparecem com maior freqüência em áreas fotoexpostas da pele, como face, couro cabeludo, orelhas, colo, mãos, antebraços e pescoço. São mais comuns no sexo masculino e em pessoas com pele, cabelo e olhos claros. Indivíduos que se expõem mais ao sol diariamente e transplantados/imunossuprimidos também são mais suscetíveis a este tipo de patologia. Como os efeitos da radiação ultravioleta são cumulativos, pessoas mais velhas acabam sendo mais propensas a desenvolver ceratoses actínicas. Porém, há casos de pessoas entre 20 e 30 anos que desenvolvem o problema. São lesões consideradas pré-câncer pois cerca de 10% podem evoluir para carcinoma escamocelular, um tipo de câncer de pele não-melanoma, em torno de 10 anos. O diagnóstico das lesões é clínico, feito durante a consulta médica com o dermatologista. Eventualmente, principalmente quando a lesão encontra-se mais espessada, necessita-se de exame anatomopatológico (biópsia) para comprovação diagnóstica. As modalidades terapêuticas são variadas e a escolha dela irá depender muitas vezes do local e da quantidade de lesões que o paciente apresenta. Podem ser usados medicamentos tópicos que o paciente mesmo aplica em seu domicílio ou ser realizada curetagem/excisão, peeling químico, criocirurgia e terapia fotodinâmica, estas em consultório médico pelo dermatologista assistente. A prevenção é feita, em geral, a partir da fotoproteção. Esta se baseia no uso de filtro solar com fator de proteção (FPS) no mínimo 30, com PPD no mínimo um terço do valor do FPS, devendo a aplicação ser realizada diariamente de 4 em 4 horas no rosto e nas áreas expostas ao sol. Além disso, o uso de barreiras físicas, como chapéu, óculos escuros, roupas compridas, e a não exposição ao sol entre as 10h/16 horas deve ser encorajado. É importante que o paciente observe regularmente a própria pele, à procura de lesões suspeitas e consulte um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo. Assim pode-se evitar progressão das lesões actínicas e, consequentemente, o surgimento do câncer de pele.

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lei que proibiu o ato de fumar em locais totalmente fechados, completou cinco anos em 15 de dezembro, e desde então, o número de fumantes passivos no trabalho teve queda de 34,4% entre os adultos nas capitais brasileiras. A redução é constatada no comparativo entre os levantamentos realizados em 2011 e 2015 pela pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Para o ministro da Saúde, Ricardo Barros, os números compravam que as ações promovidas pelo governo federal têm surtido efeito, e “por isso, não podemos parar de promover e articular ações para reduzirmos os malefícios causados pelo tabagismo na população”, ressaltou. Em 2011, a média era de 12,2% de pessoas expostas a fumaça de cigarros e outros produtos derivados do tabaco no trabalho. Segundo a Vigitel 2015, o número caiu para 8% nestes ambientes. Entre os não fumantes, a proporção de homens que se expõem ao tabagismo passivo é 12%, enquanto entre as mulheres é de 4,6%. Entre as capitais, Palmas (50,3%), Belo Horizonte (49%), Porto Velho (48,9%) e Goiânia (47,6%) apresentaram o maior percentual de queda no número de fumantes passivos dentro dos locais de trabalho. As que apresentaram os menores percentuais foram: Florianópolis (7%), São Paulo (17,1%) e Teresina (20,5%). O estudo foi realizado com mais de 54 mil pessoas, maiores de 18 anos, nas 27 capitais do país em 2015. Tabagismo passivo - O levantamento também apontou redução de 22,8% no número de fumantes passivos em casa, entre a população adulta das capitais brasileiras. O tabagismo passivo é causa de doenças e morte. Ser fumante passivo significa inalar fumaça de cigarros (ou outros produtos derivados do tabaco) por pessoas que não fumam. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2013, o tabagismo passivo foi a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, perdendo apenas para o tabagismo ativo e para o consumo excessivo de álcool. Preço x consumo - A redução no consumo do tabaco no Brasil é resultado de uma série de ações desenvolvidas pelo governo federal para combater o uso. A política de preços mínimos é um exemplo, pois está diretamente ligada à redução do consumo do cigarro em todas as faixas etárias. Considerando que a experimentação de cigarro entre os jovens é alta e que cerca de 80% dos fumantes iniciam o hábito antes dos 18 anos, o preço é um inibidor. Outra ação importante foi a proibição do consumo de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilés e outros produtos fumígenos, derivados ou não do tabaco, em locais de uso coletivo, públicos ou privados – mesmo que o ambiente esteja só parcialmente fechado por uma parede, divisória, teto ou até toldo. Também foram extintos os fumódromos e a publicidade passou a ser ainda mais restrita. O Ministério da Saúde também ampliou ações de prevenção com atenção especial aos grupos mais vulneráveis (jovens, mulheres, população de menor renda e escolaridade, indígenas, quilombolas), assim como contribuiu para o fortalecimento da implementação da política de preços e de aumento de impostos dos produtos derivados do tabaco e álcool. Houve também o fortalecimento, no Programa Saúde na Escola (PSE), das ações educativas voltadas à prevenção e à redução do uso de álcool e do tabaco. (Por Victor Maciel, da Agência Saúde)


Óptica Wolff: laboratório óptico de qualidade que o cliente vê!

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Óptica Wolff oferece soluções em diferentes níveis, atendendo a todas as necessidades em óculos de grau, óculos solares, joias, prata e relógios, com a presença das principais marcas e grifes nacionais e internacionais do mercado. Reconhecida pelos melhores fornecedores das lentes Varilux, Hoyalux e Zeiss, pelo excelente laboratório e qualidade dos seus técnicos em Óptica, com ótimos prazos de entrega e garantia de conformidade à receita do Oftalmologista. Conta com lensômetro digital, que é a ferramenta perfeita para aferição perfeita de seus óculos. A Óptica Wolff foi a primeira na região a adquirir o Visioffice, aparelho da Essilor, para tomada de medidas de forma digital. Hoje não é mais concebível permitir que os clientes estejam sujeitos a erro humano no momento da retirada das medidas. Para lentes digitais as necessidades são tantas que somente o computador do Visioffice pode, de maneira correta, interpretar

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Conceito Color Dalmóbile

alegria das cores ganha vida com o Conceito Color da Dalmóbile. São mais de 140 possibilidades a partir dos novos padrões em lacas e vidros, que representam um novo universo de cor e brilho para consumidores apaixonados pelos acabamentos refinados que esses dois materiais são capazes de proporcionar. O Conceito Color foi desenvolvido a partir das novas demandas de mercado pesquisadas pela Dalmóbile, a marca oferece tons que mesclam alegria e sobriedade para agradar a uma infinita gama de clientes. Para a Dalmóbile, versatilidade e qualidade são valores que andam sempre juntos. “Com designs exclusivos e peças versáteis, conseguimos atender a diversos públicos diferentes com o mesmo padrão que nos torna referência em qualidade no setor moveleiro”, destaca Norberto Faccin, gerente comercial. Os acabamentos em Laca da Dalmóbile são frutos de alta tecnologia e um carinho muito especial em cada detalhe. Tudo garantido por rigorosa análise de qualidade em todo o processo produtivo.

todas as diferenças entre as pessoas. Hoje a Óptica Wolff trabalha com o Visoffice 2 ainda mais evoluído que o primeiro presente em apenas 5% das ópticas do Brasil. Na Óptica Wolff, o Laboratório é aberto aos clientes: caso você queira, pode assistir ao corte da lente, a aferição e montagem dos seus óculos. Esse é um diferencial de quem tem confiança nos seus equipamentos e colaboradores, e, é claro, a tomada de medidas no que há de mais moderno no setor. Venha nos conhecer e fazer suas lentes de alta qualidade com a confiança a seu completo dispor, na Benjamin Constant, 385, em frente a praça, fone 3332-8961; e Óptica Wolfstreet, na 15 de Novembro, ao lado d’ O Boticário, fone 3333-8293. www.opticawolff.com.br | www.opticawolfstreet.com.br facebook.com/optica.wolff | facebook.com/Wolfstreet.Optica whatsapp 55 999492010 e 55 999846464


TalenTos nas escolas Escolas com propostas pedagógicas de incentivar as artes criam oportunidades para a descoberta e a valorização de estudantes com dons para as diferentes manifestações artísticas. Stampa abriu este espaço para apoiar estas ações e seus artistas. professores que incentivam as artes e conhecem talentos das salas de aula podem entrar em contato conosco para que sejam mostrados aqui.

Uma bailarina em ascensão S ofia Borin Busnello, 15 anos, acabou de completar o Ensino Fundamental no Centro de Educação Básica Francisco-EFA. Quando tinha 10 anos, começou a fazer aulas de balé na academia Baillare, de Alessandra Azambuja, e não parou mais. Tomou gosto pela dança, especialmente o balé. “Sempre gostei de dançar, por influência de minha professora Franciele Goltz, mas sempre fiz balé por hobbie”. Aos 13 anos passou a frequentar as aulas da Academia Movimento, da professora Lorena Cossetin, e teve aulas com o professor Douglas Ravadielli, que tem formação em dança clássica e contemporânea pela Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, sediado em Joinville, Santa Catarina, e também pelo Conservatório Brasileiro de Dança. Foi Douglas que fez Sofia olhar o balé com outros olhos. “E é ele que faz com que cada dia seja um aprendizado e um novo desafio”, comenta Sofia. As aulas na Academia Movimento, dinâmicas e bem puxadas, sempre exige seu melhor. “E também sempre tentando introduzir passos novos aos exercícios que já conhecemos. É um desafio a cada aula, a cada passo”. Ela foi premiada pela primeira vez em 2015 no Festival Panambi em Dança, com o 2º lugar Solo Feminino Juvenil. Em 2016, com a coreografia Flora, repetiu a premiação no mesmo festival, e também conquistou o 2º lugar na categoria Solo Juvenil no 12º Santa Rosa em Dança. Nesse, Sofia também foi indicada ao prêmio de Melhor Bailarina do Festival. “Para o futuro, eu quero aperfeiçoar minha técnica, aprender novos ritmos e dançar em palcos do mundo todo e ser muito feliz com a profissão que escolhi, que é ser bailarina”, afirma. Sofia diz que tem vários ídolos no balé como, por exemplo, Ana Botafogo. “Ela é uma influência para todos os bailarinos brasileiros, não só por ter sido a primeira bailarina do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, mas por ter uma entrega imensa à dança quando está dentro e também fora do palco. Outra bailarina que admiro é a Marianela Nuñez por seu lindo físico, por ter grande técnica e dançar perfeitamente qualquer balé de repertório”. A jovem conta que seus maiores incentivadores são a família, amigos e o professor. “São eles que sempre estão ao meu lado, me ensinando o certo e o errado da vida e também da dança, me ensinando os valores e a ser uma pessoa e uma bailarina melhor”.

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Sofia Busnello se dedica ao balé desde os dez anos. Hoje, aos 15 anos, seu talento para a dança é atestado pelos prêmios queconquista a cada festival ou concurso que participa

Durante apresentação no Festival Panambi em Dança


BARREIRO

A picada do começo

Picada Conceição 1949 Arquivo MADP

N

a metade do século 19, Cruz Alta e Santo Ângelo eram duas vilas cercadas de mato por todos os lados. Ir de um lugar a outro exigia paciência e tempo, uma vez que não existia estrada que os ligassem em linha reta. Para cumprir este papel e encurtar a distância em cerca de 60 quilômetros, o governo da Província decidiu construir uma picada com 12 quilômetros de extensão. Surgia a Picada Conceição, o primeiro núcleo populacional de Ijuí. Hoje é Barreiro, o quinto distrito que Stampa visita, depois de Alto da União, Floresta, Santo Antônio e Mauá. >>

O oratório de Nossa Senhora do Rosário, na entrada do Barreiro segue firme, cuidado pela comunidade

Barreiro, 2016 STAMPA • 17


Antônio mostra os livros-registros de seu pai

A casa construída por Agostinho Hickenbick tem mais de cem anos e guarda muitos objetos históricos. Ali, os homens de Prestes se instalaram

A

A cadeira do primeiro morador, Simão Hickenbick

história de Barreiro está detalhada em livro do professor emérito Argemiro Jacob Brum, ele mesmo oriundo de família fundadora da localidade. A tarefa de abrir a Picada Conceição, entre Cruz Alta e Santo Ângelo, coube a José Gabriel da Silva Lima, que iniciou o trabalho por volta de 1848. Como pagamento pelas obras e manutenção da “via expressa”, por onde só passavam cavalos, recebeu duas léguas de terra. Demarcado ao longo da picada, o lote de Silva Lima não poderia estar em melhor lugar. Percebendo esta vantagem, o agrimensor tratou de fundar uma colônia particular. Em 1887, o primeiro morador da Picada Conceição instalava-se com a mulher e cinco filhos em dois lotes - Simão Hickenbick. Natural da AlsáciaLorena (região da França anexada à Alemanha e depois devolvida à França), a família Hickenbick permaneceu isolada por cerca de três anos, quando outras famílias começaram a chegar. Entre as tantas famílias que se estabeleceram em Picada Conceição estão Brum, Protti, Vione, Cerezer, Silvello, Dezordi, Ceratti, Dalmás, Coracini, Fiorin. Europeus na maioria, os colonos enfrentavam as dificuldades normais de uma ocupação isolada do mundo, no meio do mato. Hoje, no Barreiro, vive o bisneto de Simão Hickenbick, Antônio Severino Hickenbick, 85 anos. Sentado em sua cadeira de rodas, ele observa a casa antiga, ao lado da sua, que foi construída há mais de cem anos pelo pai, Agostinho Hickenbick, e lembra de muitos causos. Antônio nasceu e nunca saiu do Barreiro. Ali casou com Nadir Hickenbick, 83 anos, e teve três filhos. É a filha Glaci Hickenbick que cuida dos pais. Ele recorda: “Eu vi muitas coisas acontecerem aqui e também ouvi muitas coisas dos nossos antepassados. O time de futebol aqui do nosso Barreiro, por exemplo, vai completar cem anos em 2017. Sou o único jogador vivo, do time mais novo. O time era muito forte no futebol do interior.” Outro fato marcante na história da localidade foi a passagem da Coluna Prestes. Os homens de Prestes se esconderam na casa da família. “Os homens do Luís Carlos Prestes disparavam para o mato. Os colonos não tinham armas. Eles roubavam tudo que viam pela frente, tudo que tinha valor. Se apropriavam do que não era deles. Inclusive da casa do meu pai”,

conta Antônio, que há 30 anos se mudou da casa do pai, para uma casa construída ao lado. Antônio mostra os livros-caixa, que eram do pai e do tio Carlos Hickenbick. A família tinha uma sociedade chamada Bos e Hickenbick, uma cooperativa de cachaça. O tio de Antônio, Simão Hickenbick era um dos sócios. Eram mais de 20 produtos feitos de cachaça. A família, ao longo das gerações, teve vários outros negócios, além da cachaça, como soque de erva, moinho, marcenaria, carpintaria, serraria, fábrica de vassouras, olaria de tijolos. Antônio tinha um pequeno bolicho. “Hoje não tem mais nada disso. Para fazer compras, é preciso ir para Ijuí”, diz a filha Glaci. Antônio conta que o desejo do pai era montar um museu na localidade. “Ele até estava guardando coisas velhas e antigas para este museu, mas com o passar dos anos, desistiu. Houve muitos roubos”. Dentro da casa antiga, entretanto, muitas coisas permanecem guaradas. O pai de Antônio, Agostinho Hickenbick, fez uma pintura a mão, na parede, que está lá até hoje. Uma tulha (móvel de madeira com repartições para guardar farinha, arroz, açúcar e feijão), ainda está na casa. Uma cadeira, ou o que sobrou dela, tem seu lugar na sala. Ela pertencia ao primeiro morador do Barreiro, Simão Hickenbick. “Aqui, se comprava apenas sal e açúcar. O resto era produzido por nós”, conta Antônio. Adentrando a localidade de Barreiro, encontramos outra das casas antigas do lugar. Foi a primeira casa de alvenaria construída em Picada Conceição, em 1907. Pertencia a Pedro Cereser. É de tijolos feitos de barro amassado com os pés. Depois de amassado, o barro era colocado manualmente em caixinhas de madeira. A argamassa também era de barro. Hoje, a casa abriga a família de seu quarto proprietário. Trata-se de Siegfrid Kraemer, 79 anos. Morando sozinho na casa, ele conta que veio para a localidade em 1959, ano que a comprou para morar com a esposa Olga Maria Dezordi, falecida em 2014. A família Dezordi foi outra pioneira de Picada Conceição. Se conheceram em uma festa da localidade. Siegfried morava no interior de Linha Base. O amor o trouxe para a Picada Conceição e dali não saiu mais. Comprou a casa de Valentin Hickenbick. Ali teve seus quatro filhos.

Siegfrid em frente a casa centenária, e o galpão que já estava ali quando comprou a casa, em 1959, e com a medalha do pai, Rei do Tiro em 1913, uma peça de valor sentimental inestimável 18•STAMPA

Na parede, pintura de Agostinho


Primeira construção de Simão Hickenbick

O pai de Antônio, Agostinho Hickenbick com a esposa Leonilda Silvello, na década de 1980, e ele, ao lado, quando serviu no Exército A casa que foi da família Silvello

Madalena e Marlene: muitos causos das gêmeas apaixonadas por Barreiro

A casa centenária tem muitas peças originais, como o porão. Aliás, a maioria das casas era feita com um porão muito grande, onde guardava-se vinho, banha, salame, presunto (copa), queijo, além de mantimentos para o consumo da família. Agricultor, Siegfrid Kraemer sempre trabalhou na terra. Ele lembra que junto com José Vione, outro morador da localidade, foram os primeiros a trazer tecnologia para Barreiro, na década de 1960. “Quando Rubens Hilgenfritz [que foi presidente da Cotrijuí] se formou agrônomo, ele veio aqui e fez um levantamento na lavoura para desviar a água e irrigar a terra. Fez seu estágio aqui, e com convênio com o Ministério da Agricultura, buscavam uma draga de três metros para fazer os terraços, puxados a boi. Foi a primeira tecnologia usada na terra”, lembra Siegfrid Kraemer, que já havia inventado uma semeadeira puxado a cavalo para plantar milho e soja. Siegfrid mostra uma peça que guarda com muito zelo, uma espécie de medalha que seu pai Pedro ganhou como campeão de atiradores. Em 1913, ele foi o Rei do Tiro, com três tiros, a 300 metros de distância, com um mosquetão, ele acertou o alvo. “Essa competição juntava a comunidade, bem como os bailes e festas. Era um tempo muito bom”, rememora. Sobre a Coluna Prestes, ele também guarda muitas lembranças dos relatos de seu pai, que pertenceu à guarda da Linha Base. Eram os próprios colonos que se juntavam e montavam guarda para defender suas famílias e terras contra os homens de Prestes. O pai faleceu quando Siegfrid tinha 21 anos, mas deixou muitos causos. “Lembro que ele tinha uma Winchester 44. Aliás, todos os colonos tinham. Na época, contou meu pai, era preciso estar sempre preparado. Se alguma coisa acontecia em qualquer lugar do mundo, nós ficávamos sabendo um mês depois”. Os avós de sua esposa tinham um bolicho na entrada de Picada Conceição. Quando os homens de Prestes entraram na localidade, a avó atou muitas fitas vermelhas, como uma forma de defesa. Teve resultado. Prestes ordenou que tudo que ali fosse pego, era para pagar. O bolicho ficava na frente da casa dos Hickenbick, que teve muitos prejuízos com a passagem da Coluna Prestes. Na casa de Siegfrid Kraemer, muita coisa tem mais de 60 anos. O quarto, um armário na sala, as portas e janelas ainda são originais da época que foi construída. Na parte de fora, um galpão tem mais de cem anos. As gêmeas Marlene e Madalena Protti, 70 anos, também nasceram em Barreiro. Elas não sabem precisar, mas podem ter sido o primeiro caso de gêmeos da localidade. O pai Ricardo Bazan faleceu aos 25 anos quando elas tinham nove meses, deixando a mãe Irene Protti Bazan viúva aos 19 anos. Teve um parto em casa, sem saber que teria duas meninas. Madalena nunca saiu dali, mora ao lado de outra casa muito antiga, que pertencia a Máximo Albino Silvello. Foi o primeiro homem a ter carroça na Picada Conceição, uma novidade na época, trazendo diversos mantimentos de Cruz Alta, para seu pequeno bolicho. Foi Máximo Albino Silvello, o proprietário do primeiro alambique de aguardente instalado em Picada Conceição, em 1903, que durou até 1923. Marlene e Madalena foram criadas pelos tios, visto que a mãe, viúva muito nova, não tinha condições. Marlene casou e saiu de Barreiro. Madalena seguiu na localidade. A casa antiga que pertenceu a família Silvello foi comprada pelos sogros de Madelena, José Vione e Augusta Dezordi. As irmãs lembram da juventude em Barreiro. “Nós fazíamos muitas coisas legais. Os jogos de prendas eram a nossa diversão. Fazíamos rodas de casais de namorados, chamávamos um por um para ler versos. O jogo de anel também era muito divertido. Havia as famosas festas surpresas. Quando uma pessoa fazia aniversário, a gente se reunia para fazer uma surpresa. Levávamos comida e música para a casa da pessoa. A festa começava cedo da tarde e ia até tarde da noite. Era a nossa distração”, relembra Marlene. Madalena conta que trabalhou por três meses em uma olaria da localidade para poder comprar o enxoval. Casou com Alerante Vione e teve três filhos. Já Marlene casou com Álvaro Hickenbick e também teve três filhos. Hoje é viúva e mora em Ijuí. Sempre que pode vai visitar a irmã em Barreiro. “Não conseguimos ficar longe uma da outra. A gente sente muitas coisas iguais, mesmo estando longe”, revela Marlene. A antiga Picada Conceição, hoje Barreiro, é uma localidade que viu escassear seus habitantes, mas os que ficaram têm sabido transmitir e manter vivas as histórias dos tempos passados, que eram diferentes, talvez mais difíceis, mas que tinham muito de aventura e encanto. STAMPA•19


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Abrindo caminhos O artista plástico ijuiense, autodidata Paulo Roberto Gobo, em que pese as dificuldades de conseguir mostrar sua obra em seu próprio Estado, segue abrindo caminhos mundo afora. A convite de galeria finlandesa, participa de projeto de exposição de obras inspiradas no café, que ocupa espaços nos Estados Unidos e Europa, e apoiará iniciativas sociais

Café para quem sabe ...apreciar 20•STAMPA

m outubro último, um novo desafio surgiu para o ijuiense Paulo Roberto Gobo, quando recebeu, via website, um convite da AVA Galleria, de Helsinque, Finlândia, para participar do Projeto Café e Arte. A proposta era apresentar três obras com o tema café para sucessivas exposições coletivas, no Condomínio Corinthian, em Nova Iorque, Estados Unidos, que começou no dia 8 de dezembro e segue até o dia 8 de fevereiro de 2017; na AVA Galleria, em Helsinque, Finlândia, que começou no dia 2 e segue até o dia 20 deste mês; na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, EUA, de 13 a 24 de fevereiro próximo; e na Bela Bienal, no Rio de Janeiro, durante o próximo mês de julho. Paulo conta que efetivou sua inscrição no projeto Café e Arte no dia 4 de novembro, e depois de muito pesquisar sobre a temática proposta, já a cultura dos cafezais não existe por aqui, resolveu prestar uma homenagem ao Café Jacu, um tipo de café gourmet brasileiro. Trata-se de uma especiaria peculiar dos cafezais do Espírito Santo, onde uma ave, tida como praga desses cafezais, acabou por ser descoberta como o melhor e mais natural classificador e qualificador de café brasileiro.“O Jacu come os melhores frutos do cafezal e deles aproveita somente a polpa, eliminando em suas fezes os grãos, naturalmente classificados e qualificados do café que comeu. Estes grãos são manualmente recolhidos durante a colheita do café e, separadamente, preparados, torrados, moídos e apreciados por um pequeno grupo de pessoas”, explica Paulo. Sabendo isso, e com o prazo reduzido para executar suas ideias, Paulo interrompeu a produção da série “Pessoas Trabalhando” a que estava se dedciando, e concluiu, às vésperas do vencimento dos prazos, em novembro, a série “Café para quem sabe”, respectivamente, “...comer”, “...preparar” e “...apreciar”. E entregou-as, pessoalmente, no Rio de Janeiro, para que de lá fossem despachadas para as coletivas programadas. A AVA Galleria e o espaço Corinthian abriram, como programado, em dia 8 de dezembro, a exposição “Café com Arte”. São 29 artistas, entre brasileiros, finlandeses e uma portuguesa, que compõem a mostra, realizada com o propósito de mostrar que a bebida mais consumida do mundo, pode também ser inspiração para o tema de uma grande exposição. Foi lançada também a revista AVA Magazine, edição especial da mostra “Café com

Café para quem sabe ...comer

Arte”. Além do ijuiense Paulo Gobo, os artistas brasileiros e portugueses estão representados nessa mostra por: Ana Martins, Arão Pinto, Avilmar Maia, Carlos Gomes, Celene Brant, Gustavo Kuklinski, Marilda Mattos, Neumi Crepel, Patrícia Figueiredo, Siomara Almeida, Tereza Vianna e a portuguesa, Mariaujo1. Parte dos recursos obtidos na venda, será destinado ao projeto “Arte Vida Arte”, que a AVA Galleria mantém na Cidade de Deus, Rio de Janeiro, com um trabalho de arteterapia para crianças da comunidade. Paulo conta que buscou, por várias vezes, espaço público em Porto Alegre, que é um dos centros culturais do País, para mostrar sua arte. Entre os lugares por ele visitados com esta finalidade estão a Casa de Cultura Mário Quintana, a Galeria da Vera e o Museu de Artes do Rio Grande do Sul, e recebeu como respostas, várias negativas. Mais recentemente, por dois anos consecutivos, ele buscou, sempre em resposta a editais, expor em espaço público de um próspero centro econômico e cultural do Rio Grande do Sul, oferecendo sua já catalogada série “Roda de Chimarrão” para exposição, mas ainda não foi selecionado. “Não sei se meu currículo é insuficiente para o apurado gosto acadêmico, ou se o que tenho feito não é considerado arte pela academia, ou pelos entendidos da arte. Mas sei que o edital está aberto novamente, e eu, autodidata que sou, neste ano, não vou participar. Quem sabe não estão precisando de uma folga de mim?”, questiona Paulo. Na Casa de Cultura Mário Quintana de Porto Alegre, por exemplo, desde 1999 até hoje, Paulo ainda não conseguiu ter acesso a nenhum dos prometidos editais, nem via website. “Parafraseando Vinicius, assim como o poeta, o artista também só é artista se sofrer”, diz ele, acrescentando: “E, em que pese os múltiplos sentimentos causados pelas respostas recebidas, o que, aliás, me fizeram ir além, me sinto feliz. É mais um sonho realizado. É uma conquista que talvez faça a academia e/ou sociedades gaúcha e brasileira fazerem pelo menos uma crítica qualificada não só ao meu trabalho, mas a sua própria práxis enquanto fomentadores, incentivadores e avaliadores da arte, o que também agregaria valor ao que faço. Tudo que vivo agrega valor ao que faço. A cada tela que concluo, olho agradecido para o que produzi, bato no peito e digo para mim mesmo: fui eu que fiz. Este sou eu. Esta é minha obra. Isto é bom”, finaliza.

Café para quem sabe ...preparar


Médico ijuiense recebe título de Cidadão Rio-Grandino Ex-mecânico em Ijuí, Evandro Augusto Oss conquistou o sonho de tornar-se médico em 1999, e hoje já fez mais de quatro mil cirurgias de alta complexidade na cidade que o adotou Evandro é especialista em cirurgia cardíaca de alta complexidade

“Quando falamos em Teoria do Caos, não imaginamos o quanto ela está presente nas nossas vidas. O simples bater de asas de uma borboleta pode influenciar no curso natural das coisas e provocar um tufão no outro lado do mundo. Um simples pedaço de lenha mais difícil de cortar ou, talvez, um machado sem fio pode ter mudado a vida de milhares de famílias.”

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oi cortando lenha com seu pai, no início dos anos 1990, que o mecânico de 21 anos, o ijuiense Evandro Augusto Oss, cansado de ter suas mãos calejadas pelo trabalho braçal, tomou a decisão de largar tudo, mergulhar nos estudos e rumar para Santa Maria e cursar Medicina. Mal sabia ele que o esforço seria bem maior do que cortar lenha ou reparar os motores a diesel na oficina da família. O esforço seria intelectual, de incontáveis noites sem dormir, enfrentando um mundo totalmente novo, mas com ótimos frutos a colher no futuro. Evandro concluiu o curso de Medicina na Universidade Federal de Santa Maria, em setembro de 1999. Como se não bastasse, ainda perseguindo seus sonhos, anos mais tarde, concluiu a Residência Médica em Cirurgia Geral e especializou-se em Cirurgia Cardiovascular. Após atuar nos hospitais Nossa Senhora da Conceição, Moinhos de Vento e no Instituto de Cardiologia, em Porto Alegre, em 2005, mudou-se para Rio Grande e assumiu o serviço de Cirurgia Cardíaca no Hospital Santa Casa, sendo Primeiro Cirurgião em 98% dos procedimentos. Com um trabalho competente e, principalmente, com a formação e gestão de uma ótima equipe, o índice de mortalidade das cirurgias cardíacas em Rio Grande caiu significativamente. Atualmente, Evandro acumula as seguintes funções no Hospital de Cardiologia da Santa Casa de Rio Grande: • Coordenador do Serviço de Cirurgia Cardíaca • Preceptor de Residência Médica em Cardiologia • Médico Internista • Médico Plantonista da UTI de Pós-Operatório • Diretor Clínico do Hospital Há mais de dez anos em Rio Grande, como reconhecimento do seu trabalho, foi indicado e teve aprovação unânime na Câmara de Vereadores da cidade, para receber o Título de Cidadão Rio-grandino, o que ocorreu no dia 7 de dezembro de 2016, em uma solenidade no Teatro Municipal. Filho de Helena e José Oss, Evandro gerou duas vidas, seus filhos, Vitória Siminovski Oss e João Vitor Vaz Oss, mas, com certeza, contribuiu com outras tantas, pois havendo realizado mais de quatro mil cirurgias de alta complexidade, muitas pessoas renasceram em suas mãos.

A família, seu porto seguro: a esposa Elisete Kruger Vaz, a filha Vitória Siminovski Oss e o filho João Vitor Vaz Oss STAMPA•21


Mateus Mitsuo Asada agora atende em seu estúdio próprio em Ijuí

Mittsuo Fotografia agora com estúdio fotográfico

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fotógrafo Mateus Mitsuo Asada, da Mittsuo Fotografia, lançou no mês de dezembro seu estúdio fotográfico em Ijuí. Ele, que já atua desde 2009 em fotografia de eventos e sessões fotográficas externas, agora conta também com espaço físico para atender seus clientes disponibilizando fotos em estúdio e produtos personalizados para presente. O estúdio fica na Rua 13 de Maio, 739, próximo ao Supermercado Zaffari e Shirmann Home Center. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira das 9h às 12h e 13h30 às 18h30 e aos sábados das 9h às 12h. Conheça mais no site www.mittsuofotografia.com. Mais informações ou agendar sua sessão fotográfica pelos telefones (55) 91395680 e (55) 9195-1267.

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Chiquinho Sorvetes chega a Ijuí C

om um dia festivo e cheio de atrações, no dia 17 de dezembro, Ijuí ganhou uma excelente opção para os dias quentes. A Chiquinho Sorvetes. A Chiquinho Sorvetes, maior rede de sorveterias do Brasil, oferece diversas opções, como Casquinha, Sundae, Cascão, Tortilha, Novo Mix, Mix Fruit e o produto mais solicitado pelos clientes: o exclusivo Shake Mix. Ao todo, são mais de 100 itens diferentes. Um dos segredos do sucesso da marca está na receita exclusiva da base do sorvete, o que garante o sabor único e inconfundível dos produtos. A Chiquinho Sorvetes nasceu em 1980, quando Francisco Olímpio de Oliveira inaugurou uma pequena sorveteria na cidade de Frutal, Minas Gerais. O empreendimento prosperou nas mãos de seu filho Isaías Bernardes de Oliveira, que em 1984, assumiu o comando da sorveteria e expandiu o sonho de família. Anos depois a rede alcançou 80 unidades entre os familiares e entrou para o segmento de franchising. A proprietária da unidade, Adriane Chiquinho Sorvetes oferece um ambiente Cristina ressalta que a experiência da agradável para tomar o melhor sorvete da cidade marca e o diferencial dos produtos foram os

Proprietária Adriane Cristina, no dia da inauguração, com os animadores

pontos que prevaleceram na hora de optar pelo negócio. “Escolhemos a Chiquinho Sorvetes por ser uma marca que vem crescendo constantemente e que apresenta excelente qualidade nos produtos e atendimento especial aos clientes”, diz. Em Ijuí, a Chiquinho Sorvetes está instalada na Rua do Comércio, 171, Centro. O horário de funcionamento é de segunda a sábado das 11h às 23h, e domingo das 14h à meianoite.

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Em 2 de dezembro o Colégio Sagrado Coração de Jesus realizou a solenidade de formatura dos 57 alunos do Ensino Médio, no seu belo Auditório Teresa Verzeri. Foto de Schmalz O hair stylist Renan Diniz e Alessandra Bottega na festa fashion de abertura do verão na loja Nadine Dubal

Carla Stads e Giovani Lima aproveitando o verão na AABB

Fábio G Mel BPW Lisandra e Daniela na Noite da Beleza, na loja Le Mond

José Valmor Brites, que ajudou no preparo, e Rosemeri Santiago, saboreando o Costelão do Rotary, no Valle Verde

Sônia Cassel e Neila Andriollo na reinauguração da loja Unnica, de Rosane Nekel

Jordana Dumke e Vitor Mohr na abertura da temporada na Sociedade Recreativa 24•STAMPA

Elenise Carneiro e Luis Fabio Faccin na Pizzaria Estação da Mata


Jussara Teixeira e Arsênio Nyland em noite festiva do Clube Ijuí

Rosane Nekel (centro) recebe Rosângela Mallmann (à direita) e Daniela Mäger na reinauguração de sua loja Unnica

Gruhn e Carmen Rita llo no aniversário da W Ijuí, na Casa Árabe

Luis, Patrícia Andrielle e Fabiele no Bira’s

Katia Maia, Lú de Almeida, Regiane Schwanke, Claudia Patias, Mariela e Taciana Schwanke na badalada festa que abriu o verão da moda na loja Nadine Dubal

Catiusa e Jorge no Natal do Absoluto

Leonardo Prauchner e Maria Constanza Cé Erig no lançamento da Festa da Uva da Paróquia São Geraldo

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Muitos prédios marcantes da história de Ijuí foram erguidos por ele, legítimo representante do tempo em que um construtor dominava

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todo o processo de “levantar uma obra”, significando a multiplicidade de tarefas hoje dividida entre vários profissionais

Seu Vidal ajudou a construir Ijuí

osé dos Santos Barbosa Vidal nasceu em 1º de novembro de 1917. Assim consta na sua carteira de identidade, mas ele esclarece que nasceu um ano depois, em 1918. Afirma ter 98 anos e não 99, como dá conta o documento. Em sua pequena casa próxima ao Posto de Saúde Central, ele gosta de relembrar, com pausa para rebuscar nos escaninhos da memória que, apesar dos anos, ainda responde ao seus apelos, os acontecimentos de sua vida, desde que saiu do lugar onde nasceu, no interior, entre Pejuçara e Vista Alegre. Filho dos agricultores Francisco Barbosa Oliveira e Petronilha Vidal, ele se criou em Rincão dos Meggiollaro, numa família de 11 filhos - cinco meninos e seis meninas. Seu Vidal, como se tornou conhecido, queria muito servir no quartel, uma oportunidade de crescer e aprender naqueles tempos difíceis. Ele lembra que, aos 15 anos, queria servir voluntariamente, o que, naquela época, era permitido. Porém, o irmão mais velho decidiu servir, e o pai não quis que Vidal também saísse da colônia. Iria ficar desfalcado em mão-de-obra para ajudar a lavrar a terra. “Mesmo assim, um ano depois eu me alistei. Quis o destino que uma doença me tirasse dali. Um sargento me levou ao médico e lá descobriram que eu tinha uma catapora severa e que poderia pegar nos outros soldados. Saí chorando e frustrado, pois queria muito servir”, recorda. Ficar no interior não estava nos seus planos. “Queria ir para a cidade grande e ter uma profissão”. Assim, rumou para Cruz Alta em busca de seu sonho de ser “alguém importante”. Lá foi trabalhar como servente de pedreiro. Aprendeu muito. “Para ir pra lá, tive que vender meu único cavalo. Tinha 19 anos. Passei por muitas firmas de construção”, conta. Em Cruz Alta, ele se casou

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com Elza da Rocha Vidal. Já se conheciam em Pejuçara, pois os pais dos dois eram vizinhos. Tiveram dois filhos adotivos: Dione Terezinha Vidal, que mora em Ijuí, e Marcos Vinicius Vidal, que mora em Gramado. A esposa Elza foi sua companheira em muitas viagens a trabalho. Ela faleceu em 1982. Em 1950 Seu Vidal veio passear em Ijuí e decidiu ficar. O primeiro emprego como construtor foi no Frigorífico Serrano, fundado em 1934 e fechado em 1983. Fez alguns dos principais pavilhões. “Fiz os pavilhões da frente, a expedição, telhados e a funilaria. Tratei direto com o Rosalvo Scherer, fundador e idealizador do frigorífico. Depois, tudo passou a ser controlado por um grupo alemão e eu não fiz mais nada por lá”. Nesse período, ele também participou da construção da primeira sede dos Correios. Lembra que certa vez escondeu duas garrafas de cachaça em uma das vigas do prédio dos Correios, da qual ele era encarregado das obras, e que até hoje está concretada no forro da estrutura. “Lembro que eu estava concretando cimento e passou um carro de som anunciando que Getúlio Vargas estaria em Santo Ângelo para um comício. Foi naquele ano, em 1951, que Getúlio Vargas retornou ao posto de presidente da República. Lembro como se fosse hoje”, conta. Com a memória que ainda o serve em detalhes, ele comenta que muitos dos prédios em Ijuí perderam as características originais, que ele fez. Um deles é o do Colégio Sinodal, que hoje é o Colégio Evangélico Augusto Pestana, o prédio da atual agência do Banrisul, o pavilhão do São Luiz, o Edifício Novo Hamburgo. “Ao mesmo tempo que trabalhei em todas essas obras, eu também era solicitado em outras cidades da região. Aí colocava meus capatazes para coordenar. Não perdia nenhuma obra”.


Em uma das construções, na década de 1970, Seu Vidal ladeado pelo sobrinho José Mariano da Silva e pelo irmão Antônio Vidal

Acompanhado da Stampa, caminhando devagar e com a ajuda de suas bengalas, Seu Vidal voltou ao primeiro lugar que ajudou a construir em Ijuí, o Frigorífico Serrano, que fechou suas portas em 1983. Emocionado e percorrendo os lugares que fez, tijolo por tijolo, ele lembra de cada detalhe e se emociona. Há mais de 40 anos não entrava ali, onde construiu dois pavilhões, a expedição, telhados e a funilaria. Lembrou de agosto de 1954, quando os funcionários souberam da morte do presidente Getúlio Vargas. Todos pararam de trabalhar na hora. “Uma satisfação estar aqui. Não acredito que estou aqui”, disse emocionado O prédio que ele destaca é onde hoje está localizado a Gerência Executiva do INSS. Esse prédio, conta ele, foi feito em tempo recorde: quatro meses. “Foi o prazo que recebi do engenheiro da obra na época. Eu tinha quatro meses para fazer tudo, desde o terreno até o teto”. Se passasse um dia do prazo, haveria uma multa de 5% do valor total da obra. “Iria passar o resto da vida pagando. Mas não queria abrir mão desse desafio”, lembra Seu Vidal, que colocou 28 homens se revezando para trabalhar dia e noite - na época era permitido construir à noite -, comprou o dobro de equipamentos. “Ali naquela região ninguém dormia. Todos que passavam ficavam espantados com a grandeza da obra de noite. Eu pagava meus homens direitinho, hora extra, participação na metragem. Empolgava meus funcionários. Terminei cinco dias antes do prazo. Subi lá em cima e joguei meu chapéu pro alto. Foi um alívio. Não tinha como não comemorar com meus homens”, conta ele acrescentando que todos ganharam, e ainda lhe sobrou muito dinheiro. São muitos os prédios feitos por ele em Ijuí. Até o quartel ele ajudou a construir alguns pavilhões, na década de 1970. Mas uma das obras que mais se orgulha é de construir o CTG Farroupilha. Muito amigo do patrão na época, Laureano de Medeiros, ele foi incumbido de fazer a primeira sede do CTG Farroupilha, em 1960. Seu Vidal lembra que naquela época o CTG Farroupilha promovia bailes em lugares alugados, como o Clube Ijuí. Naquele ano a prefeitura doou, por intermédio do prefeito Lothar Friedrich, uma área de terra às margens do Rio Potiribu, onde Seu Vidal construiu a primeira sede com costaneiras e capim. Laureano de Medeiros solicitou a Vidal que construísse um galpão crioulo todo feito de

capim santa-fé, difícil de ser encontrada. Acompanhado de um motorista, Vidal pegou a estrada até Campo Novo, onde encontrou pouca quantidade. Seguiu até Braga, onde a quantidade também era insuficiente, mas lá lhe indicaram um lugarejo perto de Braga. E foi em Capinzal que eles encontraram o material necessário. “Só o motorista e eu arrancamos os capins, e conseguimos uma parte em Ramada. Fizemos todo o galpão em madeira roliça, coisa crioula de verdade”, conta comprovando com uma reportagem antiga que atesta Ijuí como cidade que construiu o primeiro galpão crioulo do Rio Grande do Sul. Ele acentua que a prefeitura contribuiu realizando a terraplanagem da área. Mais tarde, um incêndio destruiu a sede com vários documentos e objetos. “O 35 de Porto Alegre também construiu um no mesmo ano, mas perdeu em idade. Fiz esse galpão em três meses. Em 1973, eu fui patrão do CTG e construí o novo pavilhão, menos a cobertura, onde está até hoje. É a obra que mais me orgulho”, conta. Seu Vidal se aposentou em 1987. Revela que na sua juventude, era muito namorador e gostava de bailes, bocha, baralho e mulheres. Teve muitas namoradas. Até pouco tempo, tinha uma companheira. Por ciúmes de outra mulher, em um baile da terceira idade na sede do bairro Herval, ela terminou com ele. “As mulheres gostam de dançar comigo. O que eu posso fazer?” Há pouco tempo parou de frequentar os bailes devido a uma cirurgia na perna. Agora, sob os cuidados da irmã Ana Vidal, 87 anos, ele passa os dias sentado em seu pequeno sofá. “Às vezes eu saio, acompanhado de minhas bengalas. Não digo nem para onde vou. Gosto de sair por aí e ver como essa cidade cresceu. Para cima e para os lados”, finaliza Seu Vidal. STAMPA•27


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Charles & Aline N

o dia 26 de novembro, na Matriz da Natividade, foi celebrado o casamento do administrador Charles Lucchese e da representante comercial Aline Bilibio. A cerimônia foi pontuada pela música instrumental de Oséias Machado. Vestida pela Maison Boufleur e com produção de cabelos/maquiagem de Ópera do Cabelo, a noiva chegou à cerimônia em um carro antigo e foi recebida no altar pelo elegante e emocionado Charles, com o testemunho de dez casais padrinhos. Charles, filho de Carmem Lucchese e Dirson Lucchese (in memoriam) e Aline, filha de Antoninho Bilibio e Maria Bilibio, recepcionaram os convidados em uma linda festa na Sociedade Ginástica Ijuí, impecavelmente decorada por Camila Marin. Depois dos brindes, o jantar foi servido pelo Confraria Restaurante e a festa começou com uma apresentação dos noivos, com a participação de seus padrinhos, com coreografia de Carolina Gehrke, que empolgou a plateia de convidados. A animação seguiu sob o comando da banda Agito Capilar e da Fuel Entretenimento, ambas de Santa Maria. Fotos: Mittsuo Fotografia

À saída da igreja

Com os pais dela, Antoninho e Maria Bilibio Com os padrinhos

Com a mãe do noivo, Carmem Lucchese O brinde de união das famílias Lucchese e Bilibio

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Zé Ramalho em Ijuí Na noite de 17 de dezembro, o cantor Zé Ramalho se apresentou em Ijuí, no Centro de Eventos São Geraldo. O artista, ícone da MPB, foi ovacionado pelo público, em um show histórico na cidade, em que cantou os grandes sucessos da carreira na turnê “Zé Ramalho 40 anos de música”.

Gladis Berno e Carmem Comerlatto

Jaciela Visioli e Odélio Palharini

Marlise Morais, Solange Diel e Vânia Diel 30•STAMPA

Neli e Cesar dos Santos

Fernando e Sonia Franco

Diogo e Kátia Maroski

Solange e Noli Schorn

Maristela, Maria Elena e João Antônio Maronez


P

SobreNomes

| Especial

Gente de talento, que constrói suas conquistas com trabalho e dedicação, brilhou em 2016 e fechou o ano com saldo positivo em realização. E sempre com o olhar e o aplauso da STAMPA

Líbera e Camila Marin seguem ditando conceitos no que se refere a comemorações. Na empresa de festas e eventos sob o comando de mãe e filha, os horizontes se ampliaram para muito além de Ijuí, numa expansão que iniciou há algum tempo e consolidou-se em 2016. O nome Líbera Marin hoje é referência no Estado.

O ortodontista Mauricio Souto realizou o sonho de lançar seu livro - e o fez em grande estilo, na Bienal de São Paulo. Ouse Ser Grande é resultado de sua experiência de vida e de suas leituras em busca de conceitos e fórmulas para ajudar as pessoas a alcançar seus objetivos e ser mais felizes.

Nadine Dubal tornou-se referência em moda no Estado desde que foi escolhida Garota Verão em 1995. Hoje, como empresária em Ijuí, demonstra todo seu talento no segmento, com uma loja de calçados, bolsas e acessórios voltados ao público feminino. Sempre buscando um posicionamento diferenciado no mercado, oferece um ponto de encontro de bom gosto, elegância, exclusividade, qualidade e sofisticação.

Vantuir Patrik Vione e Aline Minosso produziram e dirigiram, com apoio de empresas locais, o espetáculo “Alb: Memórias de um coração árabe”, em comemoração aos 20 anos do Grupo de Danças Hayat, da etnia árabe, em julho. Com 56 dançarinos no palco, de crianças a adultos, o espetáculo combinou teatro e dança, e emocionou a plateia.

Empresária de moda, dona de duas lojas, de família produtora rural, Darlene Zardin representa a diversidade e a pluralidade da beleza e da elegância plus feminina, atestada pela conquista do título de ViceMiss Rio Grande do Sul. A cantora nativista Mariana Marques abriu ano ousando. Em março lançou oficialmente por meio da STAMPA a sua linha de alpargatas e foi anfitriã de uma noitada superconcorrida no Chopp Ijuí, quando apresentou a novidade e brindou seus convidados com um pocket show. No decorrer do ano, subiu outras vezes ao palco para mostrar seu talento de cantora, conquistando mais e mais fãs.

2016 foi um ano de intenso trabalho e muitos frutos para Gabrieli Lima, um exemplo perfeito da profissional multitarefa. Ela se divide no gerenciamento de três negócios - a Lima e Freitas Serviços Médicos Hospitalares, a loja Camarim - Venda e Aluguel de Roupas para Eventos, e o Espaço Bella Vita - Saúde Estética e Beleza. Formada em Processos Gerenciais, está concluindo Administração de Empresas, possui MBA em Gestão Hospitlar e pós-graduação em estética Facil e Corporal.

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Fim de ano do Clube Ijuí Em 3 de dezembro, o Clube Ijuí promoveu sua noite festiva de encerramento do ano, que teve, na abertura, a apresentação do CTG Piazito Carreteiro mostrando a dança que apresentou na última edição do Enart, em Santa Cruz do Sul. Para animar a dança dos casais que foram brindar o fim de 2016, o Clube Ijuí recebeu a apreciada banda Etna, de Erechim.

Piazito Carreteiro prestou homenagem ao Clube Ijuí com dança que apresentou no Enart

Presidente Gutemberg do Prado agradeceu o apoio de sua diretoria e a participação do quadro social em 2016 Carlos e Márcia Mastella

Marta e Vilmar Gehm

Castelo Branco e Hilda Y Castro

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Edevir e Elsita Weber

Ingrid e Vilmar Viecili

Valdir e Leila Moura

Carlos e Esther Oppermann, Chelca e Edson Bassi

Valmir e Shirley Bohn


Temporada na Sogi Na noite de 9 de dezembro, a Sociedade Ginástica promoveu um momento festivo, no Salão Nobre, para marcar a abertura da temporada verão. A atração da noite foi desfile de lançamentos de Óptica Wolff, Mulher Bonita, Cia da Criança, Kika Moda Íntima e Maria Canela.

Mário Jung e Jussara Pinto

Casal presidente da Sogi Clóvis e Maria Joice de Jesus

Marisa e Cléber Guimarães

Marcelo, Isabel e Matheus Nunes

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Franciele e Rafael Donato

Simone e Elvis Dortzbacher

Vicente, Maide e Marlana Rasia

Tendências em buffets infantis para 2017

Aquarella Kids Buffet começa 2017 com muita energia para acompanhar as novidades que surgem a cada ano no ramo de festas infantis. Uma destas se refere aos novos e diferentes temas de decoração que surgem em função de desenhos animados, as crianças não querem repetir o tema da festa no ano seguinte e isto faz com que as empresas de decoração estejam em sintonia com a criançada e com o que elas assistem na televisão e cinema para oferecer novos temas conforme a idade do aniversariante. No mundo dos brinquedos e jogos eletrônicos, as empresas que produzem estes brinquedos no Brasil também oferecem novidades que são apresentadas na Expo Parques e Festas que acontece em São Paulo no mês de junho. A Aquarella Kids possui dois de seus brinquedos que foram destaques na Expo Parques e Festas, o Labamba e o Carrossel de Cupcakes. Ainda, brinquedos que incentivam a prática esportiva das crianças também são uma tendência. Foi pensando nisso, e atento aos

pedidos de nossos clientes, que a Aquarella Kids trouxe a Parede de Escalada para Ijuí recentemente. Outra tendência é incluir no buffet pratos quentes e finger foods servidos individualmente, complementando os tradicionais salgadinhos. O Crepe quentinho, doce ou salgado, e a Batata Frita na hora, servidos em nosso buffet, são exemplos. Também estamos trabalhando para sempre aprimorar nosso atendimento e o cardápio que ofertamos nas diversas opções de pacotes, desde o kit escola até a inesquecível festa de 1 ano, com preços diferenciados conforme o perfil de cada festa e família. Para este ano de 2017 estamos programando novidades e em breve estaremos divulgando as novas atrações. Venha conhecer o mais completo buffet infantil da região e fazer um orçamento para realizar o sonho de seu filho com uma festa em um local completo de magia e diversão, onde os pais não precisam se preocupar com nada, pois a organização é todo nossa!!

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Fim de ano Ouro Verde Na noite do dia 10 de dezembro, a Sociedade Esportiva Ouro Verde promoveu um jantar festivo em sua sede, no bairro Assis Brasil, em parceria com a Vinícola Garibaldi. O jantar oportunizou uma degustação de vinhos e espumantes Garibaldi e contou com a presença maciça de associados. Integrar a associação à comunidade e comemorar as ações positivas do ano, que não se resumem apenas ao esporte, foram as motivações da diretoria encabeçada por Vanderlei Bombardieri.

Melina, Paulo, Joaquim e Yasmin Juswiak

Andressa Carvalho e Andrei Cossetin

Brinde: presidente do Ouro Verde Vanderlei Bombardieri, gerente de marketing da Vinícola Garibaldi Maiquel Vignatti e um dos fundadores do Ouro Verde Bertil Hammarstron

Vanderléia, Bruna e Sandro Giacomeli

Deni e Francine Boratti

Cristina e Gabriel Martins

Leila e Efrain Sausen


Natal da Liga As integrantes da Liga Feminina de Combate ao Câncer se reuniram na noite de 17 de dezembro para confraternizar, agradecer e renovar a disposição de seguir com o trabalho de apoio e conscientização a que se dedicam. O encontro foi no Restaurante A Grelha e teve momentos de reflexão, de música com o Coral da Liga, e troca de presentes.

Iglê Michel e a presidente da Liga, Ivone Burtet Franzen

Inge Rieger, Guilhermina Schacht e Lori Heuser

Inês Ceretta e Idolécia Coimbra

Teca Brum Miron e Maria Coradini

Leda Zollner, Eliza da Silva, Girlei Burmann e Neiva Weiler

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Réveillon IJUIENSES BRINDARAM 2017 NO ABSOLUTO

Dahana, Izabel e Camila

Eduarda Bueno e Ricardo Korb

Aila e Giomar

Bruno, Giovana, Carolina, Andrei, Guilherme e Gabriela

Andre Gonzalves e Camila Dorneles

Anna Schreiber e Laura Bibiana 36•STAMPA

Guilherme e Paloma

Artur Poffo e Rafaella Ghislene

Felipe e Tamires


Alessandro e Juliana

Laura e Litiane

Gabriel e Camila Fernando, Juliano, Carol e Douglas

Jamile, Gabriela, Daniele, Diulia e Alessandra

Luis Gustavo, Juliana, Joice e Rodrigo

Liliane Taborda e Jaqueline Mass

Katiele Casarin, Janine Ribas e Eduardo

Leandro, Cassio e Guilherme

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autorretrat

Adriano Pimentel Natural de Cruz Alta, com familiares em Ijuí, Adriano Pimentel diz que voltou para casa ao assumir a direção da Escola Adventista de Ijuí, em julho de 2016, após 15 anos fora do Rio Grande do Sul. Sempre na área educacional, atuou como monitor de alunos, professor de História, coordenador de Disciplina, coordenador Pedagógico, vice-diretor, e gestor desde o final de 2014. Casado e pai de duas filhas em idade escolar, considerase privilegiado por ter a família perto em período integral. 38•STAMPA

Um lugar: Minha Casa Uma conquista: Família estruturada Um sonho: Ver minhas filhas com seus sonhos realizados Uma alegria: Trabalhar na Escola Adventista de Ijuí Uma tristeza: Desigualdade social Uma saudade: Encontros de família na minha infância Quem é chato: O intolerante O que me tira do sério: Desrespeito Uma mania: Youtube Marca pessoal: Amizade O melhor presente: Minha esposa Não vivo sem: Minha família Se pudesse compraria: Um motorhome Gasto muito com: Gastronomia Melhor hora do dia: Pôr-do-sol Prazer à mesa: Sopa da minha mãe Livro marcante: Bíblia Sagrada Som preferido: Musica sacra e tradicional gaúcha Filme inesquecível: Minha Amada Imortal Lazer: Jogar badminton com a família É lixo: Corrupção É luxo: Longas viagens de motorhome Homem bonito: Meu pai Mulher bonita: Minha esposa, Acatiane Matos Pimentel Se não fosse o que sou, seria: Técnico esportivo Ijuí é: Uma cidade querida e acolhedora que eu amo muito!


Sabor & Arte

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Ijuí há muito é (re)conhecido como um lugar onde se come muito bem. São inúmeras as opções que a cidade oferece, capazes não apenas de saciar a fome, mas especialmente de agradar ao paladar, e até mesmo de encantar aqueles que se dedicam aos prazeres de uma boa mesa. Neste espaço honramos esta fama e valorizamos quem trabalha para isso.

Glasnost ���e��nt�

ntre os 59 sabores de pizzas oferecidas pela Glasnost Restaurante e Pizzaria Forno a Lenha, está a pizza de Rúcula com Tomate Seco, uma das mais pedidas. Além de saborosa, traz muitos benefícios à saúde. O tomate seco, apesar de ser desidratado em altas temperaturas, mantém as propriedades do tomate e continua fazendo bem à saúde, além de ter um sabor mais realçado e peculiar do que o tomate convencional. Combinado com a rúcula, que é levemente picante, a pizza se torna muito saborosa. Todas as pizzas da Glasnost são preparadas na hora por dois pizzaiolos e três montadores, com produtos fresquinhos. E são assadas na hora. Servidas todas as noites, a partir das 18h30, as pizzas podem ser escolhidas no cardápio, à la carte, saboreadas no rodízio e em casa, pelo serviço eficiente de tele-entrega. Entre as pizzas mais procuradas também estão a Calabresa e a Quatro Queijos. Entre as doces, o destaque é para a de sorvete, muito pedida nesta época de calor intenso. A Glasnost também serve deliciosas receitas com camarões, peixes, frangos, filés, lombos e calzones. O Sushi tem seu espaço reservado no centro do restaurante, com as peças preparadas na hora. É servido de terça a domingo, à la carte ou tele-entrega. A Glasnost Restaurante e Pizzaria Forno a Lenha também faz locação de espaços para festas, como casamentos, formaturas, 15 anos, aniversários e outras comemorações especiais, em salão para 200 pessoas ou menor, para até 50 pessoas.

O forno a lenha garante o máximo de sabor às pizzas

PIZZA DE RÚCULA COM TOMATE SECO

Pizzas da Glasnost são preparadas na hora com produtos fresquinhos

Rua Dr. Pestana, 238. (55) 3332-2444 e 3332-4958 Centro - Ijuí

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|Livro|

Os jornalistas de Erico Verissimo Eduardo Ritter, formado em Jornalismo pela Unijuí em 2006 e ex-colaborador do Jornal da Manhã, lançou livro “A tribo jornalística de Erico Verissimo”, baseado em sua dissertação de mestrado

E

duardo Ritter conta que a ideia de escrever sobre Érico Veríssimo nasceu a partir de sua dissertação de mestrado, realizada na Pontifícia Universidade Católica (PUCRS), com orientação do professor doutor Antonio Hohlfeldt. “Eu agreguei ao que já vinha pesquisando sobre o Erico desde a graduação, totalizando aí quase uma década de pesquisa. Para publicar o livro, no entanto, eu tive que mexer bastante no texto, para tornálo mais acessível ao público em geral. Depois de pronto, creio que qualquer um possa ler e entender mais sobre literatura e Erico Verissimo, mesmo sem nunca ter lido algo do escritor gaúcho, aliás, creio que é uma boa alternativa para se iniciar na literatura dele”. Em 2015 ele terminou o doutorado pela PUCRS, com estágio doutoral de um ano na New York University. Profissionalmente, trabalhou na Rádio Jornal da Manhã e no Jornal da Manhã entre 2002 e 2005. Em 2006 fez estágio na então Assessoria de Comunicação da Unijuí, em 2007 fez estágio na Rádio Gaúcha em Porto Alegre. Em 2011 e 2012, foi professor substituto da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) e em 2015 professor substituto na Unipampa, câmpus São Borja. Desde março de 2016 está atuando como professor adjunto do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), câmpus Frederico Westphalen. Ao longo de toda sua carreira, ele diz que começou a gostar de escrever desde o primeiro semestre do curso de Jornalismo. “Com o meu ingresso no Jornal da Manhã e na Rádio JM pude praticar e aprender muito. Mas, academicamente, passei a gostar da pesquisa e a escrever artigos a partir de 2005”. Foi nesse ano que ele ganhou o Prêmio Nacional de Iniciação Científica em Comunicação (Iniciacom), na categoria Comunicação, Foto-

Jornalista se dedica há anos à obra de Verissimo

grafia e Cultura, durante o Congresso da Intercom realizado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). “Era um artigo sobre o Erico Verissimo, pois aquele era o ano do centenário de nascimento do escritor gaúcho. Depois desse início no jornal e na academia, nunca mais parei”. A razão de escrever sobre Erico Verissimo, Eduardo Ritter explica pelo fato de o considerar o maior escritor gaúcho da história. “E, na minha opinião, é igualmente o melhor escritor brasileiro, e porque ele teve uma trajetória pouco conhecida do grande público no jornalismo, e isso fez com que ele acabasse criando mais de 20 personagens jornalistas em seus romances de ficção. Ou seja, há uma influência do jornalismo na sua literatura, e isso eu apresento, tanto quando falo da biografia de Erico - que foi o presidente-fundador da Associação Riograndense de Imprensa, como quando apresento os personagens jornalistas, que eu dividi em tipos de jornalistas que, na sua totalidade, formam essa grande tribo jornalística de Verissimo”. Como epígrafe do livro, está um texto inédito que Luis Fernando Verissimo escreveu para ele, comentando a vida e obra de seu pai. Depois desta estreia, Eduardo tem planos de escrever outros livros. No momento, ele se dedica a uma ficção baseada em sua passagem pelos Estados Unidos. Também quer voltar a trabalhar no texto de sua tese de doutorado para publicá-la em breve. É sobre o jornalista norte-americano Hunter Thompson, criador do jornalismo gonzo (em que o narrador abandona qualquer pretensão de objetividade e se mistura profundamente com a ação), e autor de Medo e Delírio em Las Vegas, Hell’s Angels entre outros. O livro “A tribo jornalística de Erico Verissimo” pode ser adquirido na Editora da Unijuí.

Livro: Manias, pânicos e crises: a história das catástrofes econômicas mundiais De Charles Kindleberger e Robert Aliber

Para quem está interessado em compreender de forma objetiva e clara, sem grandes dificuldades em torno de termos econômicos, como a história do capitalismo, e da humanidade, tem ocorrido em sucessões de crises. As mesmas são cíclicas e o livro explica seus motivos. Nesta última edição foi incluído um capítulo final sobre a atual grande crise de 2007/08 que ainda nos assola. Nos tempos atuais da economia brasileira e mundial, é uma obra fundamental para o leitor que deseja sair do lugar comum a respeito de tão importante assunto. Ao lê-lo é de se perguntar como o homem não consegue aprender com as lições do passado, acabando por incorrer nos mesmos erros no tratamento das questões de política econômica. Nesse ponto, intrinsecamente, percebe-se o quanto de mal faz radicalismos ideológicos, ignorância no trato da economia e ingenuidade política, além de interesses políticos que se colocam acima dos interesses do conjunto da sociedade.

Filme: Interestelar

Por Argemiro Luís Brum Professor doutor de Economia e analista de mercado

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De Christopher Nolan Esse filme, para mim, no que diz respeito a sua proposta está na atualidade ao mesmo nível de 2001: Uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubric, divulgado em 1969, guardadas as proporções de tempo em que cada um foi realizado. Interestelar foi considerado uma obra-prima pela imprensa internacional e trata de questões que deverão ser o problema central da humanidade nas próximas décadas e séculos: o Planeta Terra está se esgotando, pelo uso desproporcional da natureza que o ser humano realizou nos séculos passados e a humanidade se vê obrigada a procurar outro Planeta habitável para migrar ou iniciar uma nova colonização. É obra de extrema atualidade no que tange às questões ambientais, científicas e dramas existenciais. O filme é tão intenso e instigante que merece ser visto mais de uma vez, pois a cada releitura tomamos conhecimento de fatos e detalhes que escaparam nas vezes anteriores e a proposta fica cada vez mais clara. A filmagem é exuberante e a música sensacional. É uma ficção científica que já começa a se desenhar como obra de premonição do que deverá ocorrer com a humanidade, considerando a forma que ela vem evoluindo nos dias de hoje. Imperdível!


O circo da dança C

erca de mil pessoas prestigiaram, na noite de 4 de dezembro, o espetáculo “O mundo mágico do circo”, na Sogi. Esse foi mais uma produção da Academia Movimento, que a cada fim de ano leva ao palco seus alunos e professores, lhes dando oportunidade de exibir para familiares, amigos e público, o que aprenderam e aperfeiçoaram em mais um ano de dedicação à dança. A temática circense foi encenada com muitas luzes e cores e encantou os presentes, que aplaudiram com entusiasmo as apresentações. A Cia circence Burzum, de Santo Ângelo, foi a convidada especial e fez intervenções com malabarismos e contorcionismos, contribuindo para o clima mágico do circo. Ao final das apresentações, a diretora geral Lorena Cossetin fez uma homenagem aos seus professores, agradeceu aos pais dos alunos e à plateia. Seus professores e alunos retribuíram sua dedicação lhe oferecendo flores.

Homenagens ao final: diretora cultural Lorena Cossetin com professores e alunos

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O ijuiense está há dois anos em Telêmaco Borba, no Paraná

Lazer: volêi na areia

Gabriel Vargas

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Em Ijuí, com os pais Gladimir e Suzana

Time de Gabriel está na divisião especial do voleibol paranaense 42•STAMPA

ijuiense Gabriel Vargas, 19 anos, está se destacando no vôlei. Atualmente, vive em Telêmaco Borba, cidade do Paraná, para onde se mudou aos 17 anos. Ele é filho de Suzana e Gladimir Vargas e irmão de Diego Vargas. Aqui em Ijuí, estudou na Escola São Geraldo e na Escola 25 de Julho. Conta que sua paixão pelo esporte começou ainda pequeno, no projeto Pró-Vôlei. Teve que parar um período, pois estudava em turno integral. A paixão e o talento o fizeram voltar. Está jogando na Associação de Voleibol de Telêmaco Borba - AVTB, para onde foi a convite do treinador Aldori, que esteve em Ijuí para observar alguns jogos, percebeu suas habilidades e o levou para a cidade paranaense. “Eu nunca tinha saído de perto dos meus pais. Quando cheguei, aos 17 anos, de carona com um amigo do meu pai que é caminhoneiro, fiquei um pouco assustado. Ele me deixou em frente a um conjunto habitacional, onde pessoas de fora moram. Fiquei sozinho e tive que me virar”. O jovem conta que sua rotina é academia de manhã e à tarde, com muitos treinos. Ele mora com mais 21 atletas em uma casa mantida pela AVTB. Há dias livres. De segunda a quinta, ele participa de um projeto social, onde os atletas maiores de 18 anos treinam crianças na escola. A cidade, segundo ele, é bastante violenta. “Tem pouco menos de cem mil habitantes, com uma fábrica grande de celulose que traz trabalhadores de vários lugares do mundo. A cidade me assustou bastante, pois tem até toque de recolher. Difícil sair à noite. Há muitos acertos de contas por conta de droga”, conta. Seus horários de lazer se resumem a pescar e visitar a fábrica e a cidade por meio de um bondinho que percorre boa parte da cidade. Gabriel diz que seu futuro está voltado para o vôlei. “Estou dois anos fora e quero continuar”. Ele está no terceiro ano do projeto. “Em 2013, subimos para a divisão especial, o auge do voleibol paranaense, que é a categoria Sub 19. Em 2014, ficamos em quatro lugar e em 2015 ficamos campeões paranaenses de voleibol Sub 19. Participamos da seletiva da Superliga no Rio de Janeiro. Foi por causa dessas oportunidades, de jogar em campeonatos importantes, que saí de Ijuí”. Gabriel diz que sente falta da tranquilidade de Ijuí e, especialmente, dos pais. “Aqui, o convívio é diferente, as pessoas também. Tem dias que a saudade aperta”.


Silvana Beutinger Marchioro

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médica veterinária e professora adjunta na Faculdade de Ciências da Saúde e da Universidade Federal da Grande Dourados, Silvana Beutinger Marchioro nasceu em Ijuí e foi criada no interior do município, em Vila Mauá, junto com a família e avós paternos e maternos. Quando concluiu o Ensino Fundamental, na Escola Joaquim Nabuco, veio estudar na cidade, onde ficava durante a semana, e aos fins de semana, voltava para a casa dos pais Delacir e Ivone, em Mauá. Fez o Ensino Médio no Ceap e, após a conclusão, ingressou na faculdade de Veterinária na Universidade Federal de Santa Maria, através do Peies. Durante a graduação, sua formação foi voltada para a área acadêmica. Foi na faculdade que Silvana teve oportunidade de desenvolver atividades de pesquisa e extensão, como bolsista de iniciação científica. Foram estas atividades extracurriculares que influenciaram e determinaram a escolha da atividade profissional que exerce hoje. Após a conclusão da faculdade, Silvana ingressou em um Programa de Mestrado em Biotecnologia na Universidade Federal de Pelotas. Concluiu o Mestrado, após um ano e oito meses e fez o ingresso direto ao doutorado no mesmo programa de Pós-Graduação da UFPel, trabalhando na mesma Comemorando aniversário em Dourados, com os pais Delacir e Ivone linha de pesquisa. “Durante esse período, tive oportunidade de participar de cursos e congressos na área, e foi em um destes congressos que conheci um pesquisador de uma Universidade da Bélgica, onde tive oportunidade de fazer dois dos meu quatro anos de doutorado, desenvolvendo atividades do projeto de doutorado na Universidade de Ghent, em Ghent, na Bélgica. E foi nessa Universidade que eu desenvolvi um programa de doutorado de cotutela, o qual me possibilitou receber o título de doutora pelas duas universidades: a Universidade de Pelotas e a Universidade de Ghent”, explica. Após retornar ao Brasil, Silvana voltou a Pelotas para dar continuidade às suas atividades acadêmicas com uma bolsa de pós- doutorado. Permaneceu por um ano em Pelotas, até passar no concurso na Universidade Federal da Grande Dourados, em Dourados, Mato Grsso do Sul, onde exerce atividades de Ensino e Pesquisa, atualmente na Faculdade de Ciências da Saúde. Silvana conta que a principal razão de morar fora de Ijuí foi buscar novas oportunidades, estudar em instituições públicas, com tradição e renome nas áreas que escolheu para sua Realizando as atividades do doutorado no laboratório da Universidade formação. “E, agora, para trabalhar, uma das razões, é dar continuidade às atividades de pesquisa. No Brasil, uma das únicas formas é através do ingresso em universidades, principalmente nas instituições de Ensino Superior públicas, onde as oportunidades para desenvolver atividades de pesquisa, orientando alunos de mestrados e doutorado, são maiores.” Silvana experimentou muitas diferenças nas mudanças de País e de Estado, diferenças que vão desde questões culturais, até de princípios e valores. “As diferenças são inúmeras, mas acho que o mais importante é saber identificá-las e respeitá-las, buscando sempre uma convivência harmônica, independente das diferenças encontradas”. Silvana diz que é sempre muito bom ouvir coisas, ou até mesmo encontrar pessoas de Ijuí. “Sempre me remete a boas lembranças, e a pessoas queridas. Tem um pensamento de Victor Hugo que gosto e que me identifico muito: ‘Mude suas opiniões, mantenha seus princípios. Troque suas folhas, mas não perca suas raízes’. Ou seja, independente da sua forma de pensar e de onde você esteja, você nunca pode esquecer de suas origens, são elas que norteiam a sua formação. Voltar a Ijuí, sempre volto, para passar bons momentos, rever família, amigos e pessoas queridas.” Com seus orientadores de doutorado na Universidade de Gent STAMPA•43


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Em paisagens canadenses Grupo de amigos ijuienses foi conhecer o famoso roteiro do leste do Canadá Marli em visita à Cidade Antiga, Montreal

Erna Andrigheto em Montreal: ao fundo, a ponte Jacques Cartier

O grupo em frente ao St. Joseph Oratory, Monte Royal, em Montreal

Herma Tybush em frente ao famoso Colégio Notre Dame

e 13 a 22 de junho, um grupo de amigos, integrado por Erna Andrighetto, Eronita Arais, Maiga Arais, Marli Meiger Siekierski, Rudy e Herma Tybusch, de Ijuí, e Celia Hocevar Parisotto, de Porto Alegre, e Cirlei Lunkes, Cleni Sonego e Ivani Silva, de Caibaté, foram conhecer um pouco do Canadá. O roteiro denominado “Viagem Capitais e Paisagens Canadenses” oportunizou ao grupo visitar algumas das cidades do país que tem o mapa em forma de croissant: Montreal, Québec, Ottawa e Toronto. Marli Siekierski é quem relata as experiências mais marcantes da viagem, que começou por Montreal. Ela se encantou com a cidade multicultural, onde convivem diversas etnias e tem a maior concentração de estudantes da América do Norte. “O que chama a atenção do turista é a educação do povo, o que confirma ser a população mais educada do mundo”. Uma visita pela Velha Montreal permitiu ao grupo conhecer o bairro histórico da cidade, com prédios dos séculos 18 e 19, inclusive a Basílica de Notre Dame, além de conferir arte, artesanato e gastronomia. A cidade tem um clima influenciado pela corrente da Groelândia e Golfo do México, em 2008, chegou a registrar a espessura de oito metros de neve. “Vimos o Rio São Lourenço quase definhando, resultado do desvio da água para funcionamento de hidrelétrica, e depois ele ressurgindo forte novamente. O vale que circunda o rio possui as terras mais férteis da província”, observou Marli. Em Quebéc, uma das atrações que mereceu referência de Marli:“Belíssimo cartão postal de Quebéc é o Le Chateau Frontenac, hotel-castelo inaugurado em 1893, onde se hospedaram diversos personagens da história, entre eles, o presidente americano Franklin Roosevelt, os primeiros-ministros Winston Churchill, do Reino Unido, e Willian Mackenzie King, do Canadá, que estiveram reunidos na cidade para discutir os rumos da Segunda Guerra”. A alguns quilômetros de Quebec, o grupo visitou a Cabane Sucre ou Sugar Shack, um local acolhedor em meio às árvores Maple, árvore símbolo do Canadá, onde conheceram a extração artesanal da seiva que resulta em acuçar. A coleta é feita realizando dois furos no troco da árvore, onde é introduzido um caninho por onde goteja a seiva. Do processo de evaporação, resulta o caramelo ou açúcar. À caminho de capital Ottawa, próxima parada, o grupo pôde ver muitas planícies, bosques, pequenas montanhas e lagos, ao longo do trajeto de 480 km. “Atravessamos os Montes Laurentinos e almoçamos em Sainte Agathe dos Monts. Depois rumamos ao Mont Tremblant, cidade com sua mundialmente famosa estação de esqui”. Seguiram dali para o Cruzeiro das Mil Ilhas no Rio São Lourenço. Marli comenta: “Um passeio encantador no Gananoque Boat Line, permitiu apreciar a beleza da natureza e as edificações do homem em ilhas pequenininhas, onde cabe uma casinha, ou em outra muito maior, com um majestoso castelo. Um cenário para elevar uma prece ao Criador para agradecer pela criação e pelo privilégio de vivenciar o momento de encher os olhos com esse magnífico espetáculo”. A próxima parada foi Toronto, onde experimentaram a sensação de subir os 342m da CN Tower, torre de 553,33 m de altura, a terceira maior do mundo, de onde se visualiza toda a cidade. Visitaram também Eaton Center e a Cidade Subterrânea, com seus 25 quilômetros de galerias comerciais. Outro espetáculo da natureza estava à espera do grupo, em outra atração do roteiro, as Cataratas Niágara. Atração dividida entre os Estados Unidos e o Canadá, pode ser apreciada de ambos os lados - barcos de cada país fazem passeio nas águas do rio, levando os turistas até bem próximo à queda d’água. “Os canadenses entregam capas de chuvas vermelhas e os americanos, capas azuis. Nossa turma embarcou no Hornblower Niagara Cruises, que nos conduziu à base das Cataratas, onde tinha uma forte neblina criada pela força da água, mas tudo funciona bem”, relata Marli. Rideau Hall - Residência do governador-geral do Canadá, em Ottawa

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A turma em Paris, no tradicional cenário da Torre Eiffel: Marcelo, George, Thiago, Ciro, Guto, Leandro, Fábio e Victor

De bicicleta, como grande parte dos habitantes e visitantes, eles conheceram Amesterdã, e também se locomoveram pelas ruas de Londres

Marcelo com a estátua de Amy Winehouse, em Londres

Eurotrip entre amigos Holanda, Bélgica, França e Inglaterra foram os lugares percorridos por oito amigos no fim do ano passado

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ntre 18 de novembro e 4 de dezembro, um grupo de amigos formado por Marcelo Trombetta Ballin, George Gavioli, Fabio Itturriet, Ciro Froncek Eder, Leandro Hermanns, Carlos Augusto da Silveira de Jesus, Vitor Marques eThiago da Cunha Araujo passou viajando pela Europa. A proposta era conhecer a parte ocidental do Velho Continente. A turma aproveitou uma promoção de passagens aéreas e visitaram quatro países próximos, nos 15 dias de férias que tinham. Como porta-voz do grupo, Marcelo Ballin relata que visitaram quatro cidades - Amsterdã (Holanda), Bruxelas (Bélgica), Paris (França) e Londres (Inglaterra). “Apesar de próximas umas das outras, os fatores históricos as fazem bastante singulares. No geral, o povo é bastante educado e solícito, e com um bom inglês é possível se virar bem por lá”, comenta Marcelo. Era fim de outono por lá e as temperaturas variaram de 0 a 12 graus. “O intuito da viagem era, além de conhecer os principais pontos turísticos, ter uma vivência do dia-a-dia das cidades”. Optaram por hospedagens em hostels para reduzir as despesas e utilizaram o transporte público ao máximo. “E esse funciona muito bem em todos os lugares que visitamos. Os atentados terroristas recentes geraram um certo clima de insegurança, inclusive com a presença do exército nas ruas, especialmente em Bruxelas e Paris”, notou Marcelo. Após uma escala em Madrid, chegaram a Amsterdã. Segundo ele, de cara a cidade encanta com seus canais e construções, que chamou especialmente a atenção de Marcelo, que é engenheiro, pela complexidade, por estar abaixo do nível do mar. Considerada uma das melhores cidades para se viver na Europa, a capital da Holanda recebe muitos

turistas e além da paisagem exuberante, tem diversos locais para se divertir. “Pessoas bonitas pelas ruas e um mar de bicicletas por todos os lados. Percorremos de bicletas alugadas boa parte da cidade. Há muitos parques, locais turísticos e cervejarias... Vivemos um dia como cidadãos holandeses. A energia da turma era muito boa e à noite aproveitamos para conferir os pubs e atrações da vida noturna sempre agitada de Amsterdã. Poucas horas de sono e muita alegria”, conta. De Amsterdã partiram para Bruxelas em um confortável ônibus, por econômicos nove euros, admirando belas paisagens. “Acredito que Bruxelas surpreendeu a todos positivamente... Fizemos um city tour – caminhada - pela parte central de Bruxelas, que nos fez entender a história desse lugar fantástico, com um sistema político complexo”. O hostel da turma ficava ao lado da Grand Palace, uma das praças mais bonitas do mundo e muito próximo aos pubs mais famosos. E era lá que à noite a turma degustava diversos rótulos de boas cervejas.” A próxima parada foi Paris onde visitaram os principais pontos turísticos e se encantaram com a magnífica Torre Eiffel iluminada à noite. “A sensação de insegurança em Paris foi o ponto negativo”, ressaltou Marcelo. De Paris, seguiram de trem para Londres, cidade muito organizada e metódica. “Um modelo de organização para ser seguido pelas grandes cidades brasileiras. Muito fácil de se locomover de metrô para visitar os principais pontos turísticos. Os pubs londrinos sempre eram a principal atração das noites. Sempre com boa música e cervejas saborosas”. Tin-tin ao grupo! STAMPA•45


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Visita de italiano

NO HOSPÍCIO O louco chega para o diretor do hospício e diz: - Preciso que você me troque de quarto agora! - Mas por quê? - questiona o diretor. - É que meu companheiro de quarto está ficando louco! Cada dia ele acha que é um animal diferente. Um dia era um leão. No outro um jacaré. No outro uma cobra... Mas hoje, estou morrendo de medo dele. Hoje ele é um galo! O diretor sorri e pergunta: - Mas por que você esta com medo, se ele é apenas um galo? E o louco responde: - Você não está vendo que eu sou uma galinha?!!

Aula de química Na aula de Química o professor pergunta: - Quais as principais reações do álcool? O aluno responde: - Chorar pela ex, achar que é rico, ficar valente e pegar mulher feia... Professor: - Tirou 10!

TÓIM!!!

Mensagem para o ex A garota manda uma mensagem para seu ex-namorado: - E aí tudo bem com você? O ex responde: - Não, estou com frio, com fome e sem dinheiro. Só falta você aqui... - Pra te fazer companhia? - Não, pra completar a tragédia Como está a gripe por aí? Um homem pergunta ao outro: - Ei, como está essa questão da gripe aí na sua região? - Está empate - respondeu o outro. O primeiro questiona: - Mas, como assim, empate? E o outro explica: - H1 N1.

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ENTRE ASPAS

Una nonna italiana ao telefone indica sua moradia ao neto, que quer visitá-la com sua nova mulher: - Quando vocês chegarem no prédio, na porta da frente tem um grande painel. Io moro no apartamento 301. Apertem o botón do interfone com o cotovelo, que io abro a porta. Entrem, o elevadore é à direita. Aperta o trê com o cotovelo. Quando ocês saírem do elevadore, mio apartamento é nas esquerda. Com o cotovelo, apertem a campainha. Tcherto? - Vó, parece fácil, mas... por que tenho que apertar todos esses botões com o cotovelo? - Máaaaah que? Dio mio! Tão vindo de mão vazia, enton?

Loiras na aula Três loiras lindas estavam fazendo teste oral.O professor pediu para a primeira loira que falasse um verbo. A loira respondeu: - Bicicreta. O professor advertiu-a: - Não é bicicreta, é bicicleta, e além do mais, não é verbo, é substantivo. O professor então faz a mesma pergunta para a segunda loira. Ela responde: - Prástico. Nova advertência: - Não é prástico, é plástico, e também não é verbo. O professor quase desistindo, repete a pergunta para a terceira loira: Ela prontamente responde: - Hospedar! Surge um brilho nos olhos do professor, que prossegue entusiasmado: - Agora construa uma frase com este verbo. E a loira toda fogosa: - Hospedar da bicicreta é de prástico.

Duas loiras conversando: - Amiga, você sabia que as caixas-pretas dos aviões... são laranjas?! A outra: - O quê??? Não são caixas???

O CHEFE O cliente entra numa loja especializada em pássaros, fala ao vendedor que está interessado em comprar para sua mãe, porque ela gosta muito deste tipo de bicho. O vendedor lhe mostra três papagaios muito parecidos e ele pergunta os preços. -O primeiro sai por quinhentos reais - diz o vendedor. -Barbaridade! Que caro! Por que esse preço todo? -Esse papagaio é muito esperto – explica o vendedor. - Sabe operar microcomputadores. -Puxa! Que interessante. E o segundo, quanto vale? -É um pouquinho mais caro, esse custa mil reais. -Nossa, mas por que custa tão caro? -Ah, porque além de saber operar vários computadores, também domina Windows 2000, XP, Vista e Linux. -Muito esperto ele! E o papagaio do poleiro de cima? - 5 mil Reais! - Meu Deus. Caramba! O que ele sabe fazer de tão especial, para valer tudo isso? -Bem, pra falar a verdade - diz o vendedor, nunca vi esse aí fazer p#rra nenhuma, mas os outros dois chamam ele de chefe.

“A liberdade é a possibilidade do isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo.” Fernando Pessoa (1888-1935), poeta e escritor português


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