05 Junho 2012

Page 1

Ano II

NĂşmero 90

Data 05/06/2012


HOJE EM DIA - p. 21 - 05.06.2012


ESTADO DE MINAS – 0n line – 05.06.2012

Poluição calculada

Criado método para medir carbono emitido com base em análise de dados e simulações no computador. Sistema pode ser adaptado a diferentes países Marcela Ulhoa Uma boa notícia no Dia Mundial de Meio Ambiente, celebrado hoje, vem dos Estados Unidos: é um método desenvolvido por cientistas das universidades de Utah e Harvard, que fornece dados mais precisos para medir emissões de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. A nove dias da Conferência da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), no Rio de Janeiro, e a possibilidade de um acordo entre diversos países para estabelecer metas de redução de emissão dos gases responsáveis pelo efeito estufa, nada mais oportuno do que uma forma de controle eficiente e, o melhor: que caiba no bolso, pois a metologia usada é barata. O biólogo Jim Ehleringer, um dos autores do estudo, explica que o grande avanço da pesquisa está na possibilidade de estimar a quantidade de gás emitida em uma cidade por meio da mensuração direta do nível de CO2 concentrado próximo ao solo. “O método é direto, pode ser repetido e replicado com o mesmo equipamento científico em todos os países do mundo”, garante Ehleringer. Atualmente, a ferramenta de medição usada mundialmente na identificação e gerenciamento de emissões dos gases de efeito estufa é o chamado Inventário de Carbono. Nele, cada setor produtivo responde a um formulário anual fornecendo os números referentes à sua emissão individual. Com isso, um cálculo de aproximação é feito cruzando as informações cedidas, por

exemplo, por indústrias, montadoras, agentes do setor agropecuário, grandes empresas e usinas termelétricas. O problema é que um retrato das emissões realizado por centenas de instituições, cada uma adotando métodos distintos para uma variedade de setores, dificilmente representa um panorama satisfatório da quantidade de gases emitidos por uma nação. O que os pesquisadores norte-americanos fizeram foi achar uma maneira mais simples de quantificar o carbono, sem precisar contar com a boa vontade de indústrias, empresas e mais uma infinita lista de colaboradores voluntários. É importante pontuar que, pelo menos no Brasil, nenhum setor é obrigado a fornecer os dados de suas emissões de gases de estufa (leia Saiba Mais). Os primeiros testes foram feitos Salt Lake Valley, capital do estado de Utah, nos Estados Unidos. O novo método quantifica as emissões de CO2 em centros urbanos a partir de uma simulação de computador capaz de cruzar três tipos de informação. A primeira vem da mensuração da concentração do gás próximo ao solo. Para isso, foram instaladas três estações de monitoramento com base terrestre: uma na Universidade de Utah, outra no centro de Salt Lake City e a última na cidade de Murray. A segunda medida é formada por dados provindos de estações meteorológicas, que fornecem, direção e a velocidade do vento, fatores que influenciam na concentração dos gases em cada localidade. Por último, são usados dados de satélite que mapeiam os locais

com probabilidade de maior emissão de carbono, como as áreas onde estão localizadas indústrias e termelétricas. O monitoramento foi iniciado em 2002, como parte de um estudo da National Science Foundation. Depois de 10 anos de coleta e análise de dados, Ehleringer acredita ser possível garantir a viabilidade do projeto, o que não significa a ausência de necessidade de ajustes e melhoras. No estágio atual da pesquisa, o método consegue mensurar variações de 15% em emissões de CO2 na atmosfera, entretanto, a margem de erro recomendada pela Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos encontra-se na faixa dos 5%. Útil ao Brasil Segundo Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, depois de aperfeiçoado, o método norteamericano pode ser um interessante instrumento de mensuração de carbono nos centros urbanos brasileiros, como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Nobre, no entanto, reforça a diferença entre o padrão de emissão do carbono do Brasil e do EUA. “O método foi pensado dentro da realidade norte-americana, de centros urbanos com indústrias, com uma matriz energética baseada em termelétricas. O Brasil é muito diferente: 80% da nossa energias vêm das hidrelétricas, localizadas fora das cidades”, explica. Mesmo assim, ele Nobre acredita que vale a pena o investimento, principalmente por se tratar de um método preciso e economicamente viável.


O tempo – ON LINE – 05.06.2012

MEIO AMBIENTE

Buraco sem fundo e sem prazo para acabar Vale diz que futuro da região da mina de Águas Claras está “em análise” ANDRÉA JUSTE a MBR, em Nova recuperar a região. Comemorado Lima, e a estatal Ferhoje, o Dia Mundial ro Belo Horizonte “O projeto prevê do Meio Ambiente é S/A (Ferrobel) atu- ocupar 9% da área um momento de des- aram na mineração. com um baita centro taque para a preser- “Uma tirava minério de convenções e sisvação da natureza. de lá (Nova Lima) tema de hotelaria, e Em Belo Horizonte, e outra de cá (Belo o restante seria desentretanto, a situa- Horizonte), e perce- tinado à preservação ção do cartão-postal beu-se que a serra ia ambiental”, diz. da cidade, a serra acabar. A Prefeitura do Curral, permane- de Belo Horizonte Contudo, a assesce alvo de discussão acabou desistindo de soria de comunicação entre ambientalistas, minerar”, conta, so- da Secretaria de Estaempresas e morado- bre a iniciativa nos do de Meio Ambiente res. anos de 1970 que deu e Desenvolvimento origem ao parque das Sustentável de MiPelas redes so- Mangabeiras. Porém, nas Gerais (Semad) ciais, circula a ima- a atividade da MBR explica que o procesgem da mina de continuou e, assim, so de licenciamento Águas Claras, em produziu-se a cava. para a reabilitação da Nova Lima, na reárea está arquivado gião metropolitana Segundo o espe- a pedido da própria de Belo Horizon- cialista, a legislação Vale. A assessoria da te, que mostra uma atual exige que toda Semad informou que grande cava cheia de empresa que inicia a mineradora pediu água - proveniente uma mineração apre- o arquivamento para do lençol subterrâneo sente um plano para o modificar o processo e contaminada pela fechamento da mina e que entraria com acidez da área mine- e para a restauração novo pedido de lirada por cerca de 30 da região. cença em breve. anos. Do outro lado do buraco, na capital, Vale. A área da Por meio da asestá o que restou da mina de Águas Cla- sessoria de comuniserra do Curral, que é ras desativada abran- cação, a Vale afirmou patrimônio tombado ge cerca de 2.200 que “está trabalhanem âmbito federal. hectares, segundo a do nas ações de recusuperintendente exe- peração ambiental da A exploração do cutiva da Associação mina de Águas Claminério de ferro no Mineira de Defesa do ras, em Nova Lima, local teve início entre Ambiente (Amda), conforme previsto no as décadas de 1960 e Maria Dalce Ricas. plano de fechamento 1970, diz o engenhei- Ela afirma que a Vale protocolado no órgão ro civil e professor - mineradora que ambiental. O uso fude gestão ambiental comprou a MBR - turo da área está em José Cláudio Jun- tem um projeto ainda análise pela emprequeira. Segundo ele, não implantado para sa”.


DIÁRIO COMÉRCIO - P. 27 - 05.06.2012


BRASIL ECONÔMICO SP - P. 45 - 05.06.2012


O ESTADO DE SP - P. A2 - 05.06.2012


HOJE EM DIA - P. 07 - 05.06.2012


CONT... HOJE EM DIA - P. 07 - 05.06.2012


HOJE EM DIA - P. 24 - 05.06.2012


CONT... HOJE EM DIA - P. 24 - 05.06.2012


HOJE EM DIA - P. 21 - 05.06.2012


O TEMPO - P. 08 E 09 - 05.06.2012


CONT... O TEMPo - P. 08 E 09 - 05.06.2012


CONT... O TEMPO - P. 08 E 09 - 05.06.2012


CONT... O TEMPO - P. 08 E 09 - 05.06.2012


CONT... O TEMPO - P. 08 E 09 - 05.06.2012


CONT... O TEMPO - P. 08 E 09 - 05.06.2012


O TEMPo - P. 12 E 13 - 05.06.2012


CONT... O TEMPO - P. 12 E 13 - 05.06.2012


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.