HOJE EM DIA - p. 24 - 18.10.2011 ASSEMBLEIA LEGISLATIVA - ON LINE - 18.10.2011
Meio Ambiente
Mineração Comissão debate impacto da extração do minério na Lagoa Seca
Debater a situação da jazida de minério de ferro da Lagoa Seca, localizada entre os bairros Belvedere e Mangabeiras, em Belo Horizonte, bem como as consequências da extração para o meio ambiente e os moradores da região. Esse é o objetivo da audiência pública conjunta que as comissões de Minas e Energia e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais realizam, na próxima terça-feira (18/10/11), às 10h30, no auditório. A área é explorada, há mais de 50 anos, pela Mineração Lagoa Seca e as atividades da empresa, que deveriam ter sido encerradas em 2005, foram prorrogadas até abril do próximo ano. Um dos condicionantes para a extensão do prazo é o de que, após a desativação da mina, a região seja recuperada e destinada ao uso coletivo e público. No entanto, segundo o autor do requerimento, deputado Délio Malheiros (PV), até hoje não foi apresentada a documentação para a recuperação do local. Além disso, há denúncias de que a mineradora teria apresentado um pedido para que a condicionante fosse revista, diante da impossibilidade de cumpri-la, informação que foi negada pelos representantes da empresa. O parlamentar ressaltou ainda, em sua justificativa, que a exploração do local afeta diretamente a Serra do Curral, patrimônio natural e símbolo da Capital, e resulta na redução do lençol freático que alimenta as nascentes da região, repercutindo no sistema de abastecimento de água. “A simples cessação das atividades minerárias, sem qualquer tipo de compensação ambiental, poderá causar danos ao meio ambiente maiores que a própria exploração”, afirmou. Convidados - Foram convidados para a audiência o superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis de Minas Gerais, Alison José Coutinho; o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Adriano Magalhães Chaves; o diretor-Geral da Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG), Antônio Abrahão Caram Filho; o secretário de Meio Ambiente de Belo Horizonte, Antônio Sérgio Lima Braga; o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Júnior; o presidente da Mineração Lagoa Seca Ltda., Leonardo Teixeira; o presidente da Associação dos Moradores do Bairro Belvedere, Ricardo Michel Jeha; e o presidente da Associação dos Moradores do Bairro Mangabeiras, José Diogo Braga Pimentel.
O TEMPO - on line
Suape.Fronhas e lençóis descartados de hospitais são usados por indústria têxtil no agreste de Pernambuco
EUA devem mandar ao Brasil mais 14 contêineres com lixo
Mais 14 contêineres contendo lixo hospitalar proveniente dos Estados Unidos devem chegar ao Porto de Suape, litoral sul de Pernambuco. O produto seria irregularmente utilizado por uma indústria do polo de confecções da região agreste do Estado, onde mais de 70 milhões de peças de roupas são fabricadas por mês. A informação foi repassada à Receita Federal pela Transportadora Marítima Hamburg Sud, responsável pelos contêineres que vieram dos EUA com a carga suspeita. De acordo com as declarações de carga, os contêineres continham tecidos com defeitos, mas, na realidade, eram lençóis, fronhas e outros materiais provenientes de hospitais norte-americanos. O material chegou ao Recife com manchas que parecem ser de secreções humanas, como sangue.
Amostras dos tecidos irregularmente importados foram enviadas para o Instituto de Criminalística de Pernambuco, onde serão examinadas. No fim de semana, dois galpões do Império do Forro de Bolso foram interditados pelas agências nacional e pernambucana de Vigilância Sanitária. Isso porque ficou constatado que o material contaminado era usado para fabricação de forros de bolso para abastecer o polo de confecções. O dono da empresa está desaparecido. O abuso não era novo. Há pelo menos dois anos, os produtos contaminados vinham sendo importados. Mas a fraude só foi descoberta neste ano pela Receita Federal, porque o valor declarado da carga - no caso 23 toneladas de tecidos - não batia com o praticado para esse tipo de mercadoria.
O TEMPO - p. 13 - 18.10.2011
Saúde.Sem cuidado, equipamentos liberam metais tóxicos no solo e na água
Não jogue produto eletrônico no lixo: ele tem destino certo Campanha recolhe artigos velhos para reciclagem ou descarte até dia 26 ISIS MOTA É só procurar em um canto de armário ou gaveta: toda casa tem algum lixo eletroeletrônico esperando um destino melhor. Quem não sabe o que fazer com fita cassete, mouse, teclado, bateria, pilha, TV, monitor e outras tralhas deixadas de lado pode descartá-las corretamente, até o dia 26 de outubro, em um coletor instalado na estação de metrô Eldorado, em Contagem. O aposentado Vilmar dos Passos, que trabalhava com eletrônica e telecomunicações, tinha tanta bateria velha em casa que vai precisar fazer duas viagens. Ontem, ele levou a primeira parte do seu lixo eletrônico. “Tinha peças antigas, desde a década de 80, estava guardando para descartar porque tem produto que não pode ir para o meio ambiente”, diz. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, pelo menos 500 milhões de produtos estão “largados” nas casas dos brasileiros. “Antigamente as pessoas não sabiam que isso podia contaminar”, observa Passos. “Quando eu saí do trabalho, deixei um armário lotado de baterias velhas, imagino que joga-
ram no lixo”, lamenta. Artigos eletroeletrônicos jogados no lixo comum liberam na natureza elementos como cádmio, mercúrio, chumbo e fósforo, que contaminam o solo e as águas. Estações de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília também fazem parte da iniciativa do ministério, que estima recolher 50 toneladas de material nas quatro cidades. A diretora do departamento de Produção e Consumo Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Laura Valente, explica que o processo de recolhimento do lixo eletrônico deve englobar todos os agentes da cadeia produtiva. “O produtor e o consumidor final devem estar conscientes das ações ecológicas, adotando práticas de reciclagem ou readequação desses materiais”. Segundo Laura, a campanha também é um teste para mensurar a demanda da população pelo serviço. “Há planos para que a ação se torne fixa”, conta. Flash
Serviço. Segundo a CBTUMetrô BH, a coleta acontece das 6h às 18h, na estação Eldorado, em Contagem, inclusive aos sábados e domingos.