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MEIO AMBIENTE
Mineiro desconhece Rio%2b20 Difícil achar um mineiro que nunca ouviu falar em Cristo Redentor, Praia de Copacabana ou Maracanã. Quando o assunto é meio ambiente, porém, o Rio de Janeiro fica meio esquecido. Pesquisa recente investigou a familiaridade dos brasileiros com a Rio+20, numa tentativa de saber como anda a divulgação do evento que vai reunir ambientalistas e chefes de estado do mundo inteiro na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, ano que vem. O resultado, divulgado ontem, mostra que o belo-horizontino é o que menos sabe sobre a Rio+20, batizada desta forma porque ocorre 20 anos depois de outra conferência sobre o tema, a Rio 92. De acordo com a pesquisa, apenas 11% dos brasileiros estão informados sobre o assunto. A pesquisa foi realizada em nove capitais pela Market Analysis, empresa especializada em estudos sobre sustentabilidade. Durante o mês de agosto, 806 pessoas com idades entre 18 e 69 anos foram entrevistadas por telefone nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Goiânia e Brasília. Os moradores de Recife mostraram mais conhecimento sobre o tema. Eles lideram o ranking com sobra - 23,1% - mas, mesmo assim, três em cada quatro recifenses dizem que a divulgação do evento não é satisfatória. Em Belo Horizonte, apenas 7,9% disseram saber o que é o evento. Entre os próprios anfitriões, os cariocas, e paulistas, só 10% conhecem o assunto. Coordenador do Projeto Ambiental Manuelzão, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Marcus Vinícius Polignano diz que o evento tem perdido espaço para a Copa do Mundo e as Olimpíadas. “A Rio+20 ainda não entrou verdadeiramente na agenda. A mídia não tem dado a dimensão e a importância devida a este encontro, que tem perdido espaço para megaeventos. A pesquisa mostra a falta de conhecimento sobre o assunto, mas não quer dizer que não haja interesse na questão ambiental. Acho que só falta divulgação mesmo.” O evento acontece entre 4 e 6 de junho de 2012 e vai discutir a erradicação da pobreza, as condições climáticas, emissão de gases poluentes e a transição para a economia verde, uma conjunção dos dois setores. Esta é tida como a mais importante reunião desde a Eco-92, como também foi chamada a Rio 92, quando 179 governos assinaram a chamada Agenda 21, um programa de ações que cada país deveria implementar, unindo desenvolvimento econômico e conservação do meio ambiente. Desta vez, os participantes também deverão fazer um balanço dos avanços do encontro de 20 anos atrás