9 minute read

EMPREENDEDORISMO NA ESCOLA

Next Article
VAMOS TODOS LIVRAR

VAMOS TODOS LIVRAR

SEMINÁRIO DEBATEU SETE ANOS DE EMPREENDEDORISMO ESCOLAR EM ALENQUER

EMPREENDEDORISMO NA EDUCAÇÃO

Advertisement

O MUNICÍPIO DE ALENQUER, EM PARCERIA COM A BETWEIEN, ORGANIZOU A 18 DE MARÇO UM SEMINÁRIO SOB O TEMA “EMPREENDEDORISMO NA EDUCAÇÃO”, COM O OBJETIVO DE ANALISAR E DEBATER SETE ANOS DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA NAS ESCOLAS DO CONCELHO.

Na abertura do seminário, o presidente do Município de Alenquer, Pedro Folgado, destacou Alenquer como um dos concelhos pioneiros do empreendedorismo escolar, realçando que o objetivo não é que todos os jovens sejam empresários, mas antes que desenvolvam um conjunto de competências, que serão úteis em qualquer área profissional que venham a escolher no futuro. “Neste programa de empreendedorismo, desenvolve-se o trabalho em equipa, a confiança, a motivação e a abertura ao mundo e a problemáticas que muitas vezes passam despercebidas”, salientou. O presidente recordou ainda os projetos que foram desenvolvidos em contexto escolar e que passaram para a fase de produção e comercialização. “Graças aos esforços do município e das empresas do concelho, os jovens puderam ter a perceção de que os trabalhos que desenvolvem podem passar do campo teórico para o mercado e isto constitui um fator de motivação extra para os alunos”. O Secretário de Estado da Educação, João Costa, por seu turno, explicou que “o Governo tem vindo a desenvolver várias dimensões da política educativa em que aquelas que são mais centrais são a abordagem ao sucesso escolar, em que se destaca o perfil dos alunos ao sair da escolaridade obrigatória”. “Foram estabelecidos um conjunto de princípios de valores de áreas de competência a desenvolver, que visam entendermos o que é que se espera de um aluno que passou 15 anos em contexto escolar. E o que podemos esperar dele, o que é que entendemos que ele terá desenvolvido ao longo de mais de uma década na escola”, esclareceu. “Nesse sentido foi constituído um grupo de trabalho que produziu um perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória, tendo em conta as necessidades deste século em que vivemos e onde todas as disciplinas contribuam para que o aluno termine o 12.º ano motivado e apto para continuar a aprender ao longo da vida”, acrescentou. Entre as competências a desenvolver pelos alunos no seu percurso escolar, o Secretário de Estado elencou “a curiosidade, o saber perguntar, o conseguir olhar à sua volta e entender que há coisas que não dominamos e que nesse caso devemos questionar, procurar respostas às nossas perguntas”.

João Costa recordou ainda as circunstâncias inéditas da pandemia, uma realidade que ninguém esperava e para a qual ninguém estava preparado. “Fomos apanhados de surpresa e tornámo-nos conscientes de que há uma avalanche de problemas para resolver agora que nunca surgiram antes na nossa história recente e que implicam olhar para elas com a complexidade que têm, pondo o nosso melhor raciocínio na tomada de decisão quer a nível individual, quer a nível do Governo”, salientou. “Um empreendedor é alguém que é curioso, que é inquieto e mesmo irrequieto, porque não se contenta com aquilo que tem, quer saber mais, quer produzir mais, quer criar mais, quer imaginar outros possíveis”, disse. “Não é possível alcançar desenvolvimento e progresso se nos limitarmos a reproduzir soluções que já foram encontradas, porque os problemas são novos”, afirmou o governante. Consciência ambiental, sentido de cidadania e comunidade e empreendedorismo são outros dos pilares da política educativa. “O empreendedorismo significa que há uma comunidade que trabalha para a criação de algo melhor do que aquilo que tinha. Ser empreendedor significa também ser capaz de criar. Criar arte, criar valor através da arte, criar pensamento, iniciativas, criar projetos e empresas e criar um bem maior que é o bem comum”, afirmou o secretário de Estado. “E por isso é um grande exemplo nós termos um município que assume uma liderança essencial, para podermos estar em conjunto a formar crianças e jovens para esse mundo melhor”, concluiu. O vereador com a tutela da Educação, Rui Costa, começou por recordar que o município de Alenquer estabeleceu, desde 2014, a educação como prioridade no seu plano estratégico para os anos seguintes. Sob o epíteto de cidade educadora, o executivo assumiu que a melhor forma de tomar decisões seria trabalhar em estreita articulação com as escolas, partindo do pressuposto de que “as necessidades das escolas derivam das necessidades dos alunos”. Perante as respostas recolhidas junto dos quatro agrupamentos de escolas, entendeu o município trabalhar no desenvolvimento das novas competências das crianças e jovens para o século XXI. “Nesse sentido criámos as salas de aula do futuro para desenvolver as suas competências digitais, projetos educativos culturais para desenvolver a sensibilidade e expressão cultural, o projeto Delfos para desenvolver a comunicação em língua estrangeira, e este projeto de educação para o empreendedorismo, com o objetivo de desenvolver projetos de iniciativa empresarial”, explicou. “O empreendedorismo permite ainda trabalhar áreas como a resolução de problemas, a avaliação de riscos, a autonomia, a iniciativa, as tomadas de decisão e a criatividade, aprendizagens essenciais em qualquer área profissional”. O vereador salientou ainda a importância da flexibilidade dos programas, que devem ser ajustados à realidade de cada Agrupamento de Escolas. O seminário, que foi transmitido em direto na página de Facebook do município, contou com a apresentação de um documentário que recolhe o testemunho de alguns dos intervenientes do empreendedorismo escolar em Alenquer e que serviu de base ao primeiro painel sob o tema “A Educação Empreendedora no município de Alenquer”. Participaram neste primeiro painel João Carlos Sousa da Direção-Geral da Educação, Jorge Ascensão da Confap e o vereador Rui Costa. No segundo painel “A importância da educação empreendedora”, o professor Jacques Fernandes da Silva da Universidade Católica Portuguesa e da Universidade Nova de Lisboa e Elisabete Sá, da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho. No terceiro e último painel, “a importância das competências empreendedoras no mercado de trabalho”, participaram o empresário Bruno Parracho e Inês Santos Costa, diretora nacional da Associação de Jovens Empresários”. A encerrar o seminário, o vereador das atividades económicas e empreendedorismo, Paulo Franco, salientou o papel essencial dos diretores dos quatro agrupamentos de escolas, sem os quais “não seria possível de todo estarmos aqui a falar de empreendedorismo nas escolas”, sustentou. “E falar dos diretores é falar dos professores, dos alunos, dos pais, enfim de toda uma comunidade escolar que acreditou e se envolveu ativamente neste projeto, contribuindo para que hoje o empreendedorismo seja uma realidade muito vivenciada nas nossas escolas”, afirmou. Paulo Franco salientou ainda o papel da comunidade empresarial do concelho, que permitiu criar uma proximidade entre as escolas e empresas. “É muito gratificante observar como as crianças desenvolvem a partir do zero as suas ideias, as passam para o papel e depois por vezes para o próprio mercado. E isso aconteceu graças ao apoio de empresas do concelho que acreditaram nos projetos dos alunos, como a multinacional Europastry que produziu o “Pão Alão”, o Intermarché do Carregado que apoiou a produção do jogo “Além Vou” ou a Associação Cultural Alenculta que publicou o livro “Carregado… Carregadinho de História”, exemplificou. O programa de empreendedorismo escolar em Alenquer tem diferentes abordagens, de acordo com o grau de ensino. No 1.º ciclo trabalha-se a vertente ambiental, com os alunos a refletirem sobre as questões relacionadas com o desenvolvimento sustentável e de redução da pegada de carbono. No 2.º ciclo a temática é o empreendedorismo social, despertando-se os alunos para as causas sociais nas suas mais diversas vertentes, como o apoio às famílias desfavorecidas, aos cidadãos portadores de deficiência e aos mais idosos. No 3º ciclo é feita uma abordagem mais empresarial, sendo uma antecâmara para o desenvolvimento de projetos na incubadora “Alen + quer Inovar”. No ensino secundário essa vertente empresarial é reforçada, sendo agora possível dar continuidade aos projetos com o apoio de mentores, com reconhecida capacidade de desenvolver projetos. “Mais do que formar empresários, pretendemos formar jovens com competências para enfrentar os novos desafios do mercado de trabalho, e um dos aspetos mais gratificantes deste projeto é precisamente receber comentários de professores que afirmam que alunos seus se evidenciaram em determinadas disciplinas graças ao empreendedorismo”, concluiu. O empreendedorismo escolar foi implementado em Alenquer a título experimental no ano letivo de 2014/2015 com três turmas, 66 alunos e três professores da escola Damião de Góis. Atualmente, envolve os quatro agrupamentos de escolas do concelho, com 95 turmas, 1795 alunos e 61 docentes. Os trabalhos desenvolvidos pelos alunos ao longo do ano letivo, são apresentados nas “Jornadas Empreendedoras” uma iniciativa do município de Alenquer em parceria com os agrupamentos de escolas, que recebem ainda oficinas dedicadas à temática. O seminário “Empreendedorismo na Educação” teve moderação e apresentação de Narciso Moreira da Betweien, empresa que se dedica à conceção, desenvolvimento, e implementação de projetos educativos e que é desde a primeira hora parceira do município na implementação do empreendedorismo escolar no concelho.

1| Seminário - Empreendedorismo na Educação 2| Projetos: Uma Viagem Empreendedora, Pão Alão, Além Vou 3| Bolachas Miminhos dos Reis 4| Jornadas Empreendedoras 5| “Carregado… Carregadinho de História”

2

3

4

5

PLANO DE DESCONFINAMENTO COVID-19

ESPAÇOS MUSEOLÓGICOS MUNICIPAIS REABERTOS

Reabriram ao público a 5 de abril os espaços museológicos municipais, no cumprimento do plano de desconfinamento apresentado pelo governo, com os seguintes horários: Posto de Turismo de segunda a sábado, das 10h às 13h e das 14h às 18h; Museu João Mário de terça a sábado, das 10h às 18h, (domingo sob marcação ou atividade agendada); Museu do Vinho – de terça a sábado, das 10h às 13h e das 14h às 18h (domingo sob marcação ou atividade agendada);

Museu Damião de Góis e das Vítimas da Inquisição

de terça a sábado, das das 10h às 13h e das 14h às 18h (domingo sob marcação ou atividade agendada).

Estes horários vão manter-se pelo menos até 3 de maio, dependendo das decisões do Governo. O acesso aos equipamentos será condicionado à lotação dos espaços, sendo obrigatório uso de máscara e desinfeção das mãos na entrada dos edifícios. Ainda de acordo com o plano de desconfinamento, reabriram a 5 de abril as escolas dos 2.º e 3.º ciclos (e ATL para as mesmas idades) e equipamentos sociais na área da deficiência e a 19 de abril o ensino secundário. Desde 19 de abril reabriram ainda salas de espetáculos, todas as lojas e centros comerciais, restaurantes, cafés e pastelarias (máximo 4 pessoas ou 6, por mesa, em esplanadas) até às 22h ou 13h aos fins de semana e feriados. Modalidades desportivas de médio risco, atividade física ao ar livre até 6 pessoas e ginásios sem aulas de grupo, eventos exteriores com diminuição de lotação e casamentos e batizados com 25% de lotação, são outras das atividades permitidas desde 19 de abril. A partir de 3 maio os restaurantes, cafés e pastelarias podem receber seis pessoas por mesa ou 10 em esplanadas e sem limite de horários. Passam também a ser permitidas todas as modalidades desportivas, atividade física ao ar livre e ginásios, grandes eventos exteriores e eventos interiores com diminuição de lotação e casamentos e batizados com 50% de lotação.

This article is from: