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CULTURA
APÓS DOIS ANOS DE FESTEJOS MAIS COMEDIDOS, EM VIRTUDE DAS CONDICIONANTES PANDÉMICAS, AS FESTAS REGRESSAM AO CONCELHO COM CELEBRAÇÕES E ATIVIDADES PARA TODOS OS GOSTOS E IDADES. O PONTO ALTO ESTÁ RESERVADO PARA O FIM DE SEMANA DE 3 A 5 DE JUNHO, COM A FEIRA DO PÃO, O BODO TERCEIRENSE E A TRADICIONAL FESTA DA LUZ.
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De 17 de abril a 5 de junho, as Festas do Império do Divino Espírito Santo regressam em pleno a Alenquer, trazendo celebrações e atividades para todos os gostos e idades, sempre com o intuito de valorizar e preservar esta tradição secular, que partiu de Alenquer e atualmente é celebrada em diversos pontos do globo. As Festas do Império do Divino Espírito Santo, que foram instituídas em Alenquer pela Rainha Santa Isabel e por D. Dinis há 701 anos, são a maior manifestação de culto no concelho e são a celebração de tudo o que se faz pelo bem comum. As comemorações, que acontecem por todo o concelho de Alenquer, iniciam a 17 de abril com a Entronização das Insígnias do Espírito Santo, na Igreja do Convento de São Francisco. De 24 de abril a 29 de maio, em cada uma das freguesias, vão decorrer também missas, procissões, concertos e o tradicional bodo todos os domingos. Procura-se que estas festas sejam das pessoas da terra e que representem, na sua melhor dimensão, a capacidade de congregar as mais diversas forças vivas do concelho. Rui Costa, vereador da cultura da Câmara Municipal de Alenquer, realça que “se esta não for uma festa das pessoas que vivem no concelho, as Festas do Império do Divino Espírito Santo de Alenquer nunca poderão ter a sua sustentabilidade assegurada e nunca poderão ser, no futuro, festas de todo o país. Por isso, enquanto município, continuamos num caminho muito objetivo de, até 2025, consolidar a programação, mantendo as tradições dos séculos passados, mas dando-lhe um toque de frescura, inovação e criatividade.” O programa, embora seja muito centrado no cariz religioso, com missas e procissões, é bastante variado e conta com teatros, exposições, conferências, espetáculos de dança, concertos, arraiais e feiras. “Para além de toda a componente religiosa que está associada a estas celebrações, a diversão das pessoas também caracteriza muito bem estas festas”, salienta o vereador. O ponto alto do certame está reservado para o fim de semana de 3 a 5 de junho, com a Feira do pão, o Bodo terceirense, a tradicional Festa da Luz e muita animação musical. Tudo isto, envolto num ambiente único, com tetos e tapetes floridos a enfeitar as ruas, contribuindo ainda mais para uma experiência inesquecível. Rui Costa lembra que “estas festas tiveram até 2019 um reconhecimento nacional muito significativo, fruto da candidatura às Maravilhas do Património Imaterial Nacional, de vários protocolos de cooperação e do investimento feito pelo município na divulgação, nalguns eventos de turismo”. Quanto à edição de 2022, o vereador acredita que “será um sucesso, uma vez que poderá ser celebrada praticamente em pleno”. O autarca revelou ainda a intenção de “reforçar este ano os laços com diversas comunidades, fazendo desta festa verdadeiramente de índole nacional, dando uma nova oportunidade às pessoas de celebrar aquilo que estas festas representam melhor, que é simbolizar tudo o que se faz em prol do bem comum e da dignificação humana, nas artes ou na cultura, no desporto ou no lazer”.
ALENQUER DESTACOU-SE NA BTL COM FESTAS DO IMPÉRIO DO DIVINO ESPÍRITO SANTO
A TRADIÇÃO SECULAR ORIGINÁRIA DO CONCELHO FOI RECRIADA NO ESPAÇO DO MUNICÍPIO E CONCENTROU ATENÇÕES NA MAIOR FEIRA DE TURISMO NACIONAL, QUE DECORREU EM MARÇO, NA FIL. O OBJETIVO FOI DAR A CONHECER AS FESTAS E CONVIDAR À VISITA.
O município de Alenquer esteve em destaque na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), apostando numa abordagem totalmente diferenciada, que homenageou as Festas do Império do Divino Espírito Santo. Esta tradição originária de Alenquer, celebrada há sete séculos, serviu de mote à criação do espaço do município e concentrou muitas atenções na maior feira de turismo nacional, que decorreu de 16 a 20 de março, na Feira Internacional de Lisboa (FIL),, em Lisboa. Através de uma recriação viva das Festas, que incluiu os habituais elementos que as compõem, os visitantes foram convidados a conhecerem melhor a tradição, bem como as restantes atividades dinamizadas no território ao longo do ano. Os tetos e tapetes floridos, os adereços ou até os alimentos servidos no habitual Bodo das Festas, despertaram o interesse de quem passou junto ao espaço do município. Em 2022, as Festas do Império do Divino Espírito Santo vão regressar em pleno ao concelho.
ALENQUER E AÇORES REFORÇAM LAÇOS NA BTL
O município de Alenquer aproveitou a presença na Bolsa de Turismo de Lisboa para continuar a reforçar as relações bilaterais com os Açores, no âmbito das Festas do Império do Divino Espírito Santo. Alenquer está a recriar e homenagear estas Festas na maior feira de turismo nacional e o espaço criado pelo município serviu de palco a um encontro simbólico, envolvendo autarcas alenquerenses e açorianos. Rui Costa e Tiago Pedro, vereadores da Câmara Municipal de Alenquer, encontraram-se com Pedro Nascimento Cabral e Pedro Furtado, respetivamente presidente e vice-presidente da autarquia de Ponta Delgada, e com Fátima Amorim, vereadora da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo. De recordar que Alenquer está a trabalhar com Ponta Delgada e Angra do Heroísmo no sentido de preparar uma candidatura das Festas do Império do Divino Espírito Santo a património mundial imaterial da UNESCO.
FECHAM-SE AS CORTINAS DO MÊS DO TEATRO EM ALENQUER
DE 18 DE FEVEREIRO A 3 DE ABRIL, O TEATRO VOLTOU A ALENQUER, COM ESPETÁCULOS PARA TODOS OS GOSTOS E IDADES, GRATUITOS OU A PREÇOS ACESSÍVEIS, QUE PERMITIRAM LEVAR A CULTURA A TODA A POPULAÇÃO. O MUNICÍPIO TRAÇA UM BALANÇO POSITIVO DA EDIÇÃO DESTE ANO E PROJETA MUDANÇAS NO FUTURO.
Entre 18 de fevereiro e 3 de abril decorreu em Alenquer mais uma edição do ciclo temático “Vamos ao Teatro”. Diogo Batáguas, Pedro Giestas e Carlos Cunha foram alguns dos artistas em destaque no programa deste ano. Este ciclo anual tem como objetivo levar o teatro a todos os munícipes do concelho, com espetáculos de entrada livre ou a preços acessíveis. A abertura desta edição contou com a peça, encenada por Álvaro Gomes, “Banquete no Palheiro”. Nos dias 3, 10, 17 e 24 de março houve espaço para debater a cultura em Alenquer, em quatro sessões transmitidas em live streaming, que contaram com a presença de Simão Biernat, Álvaro Gomes, Tânia Camilo, Eugénia Baltazar, Alberto Santos, Rosário Costa, Ricardo Nascimento e o vereador da cultura da Câmara Municipal de Alenquer, Rui Costa. O programa, pensado para miúdos e graúdos, teve vários momentos destinados à franja mais jovem da população. Para isso, o ciclo contou com a peça de teatro “Capuchinho”, direcionado para bebés, a peça “Perdidos, mas pouco”, que tinha como público-alvo as crianças do concelho, o workshop e espetáculo de fantoches “O morcego bibliotecário – Coronavírus contigo não brinco”, a atividade “Entre Livros” para celebrar o dia do pai e a peça “História de Portugal – Capítulo I”, que permitiu que as famílias conhecessem, de uma forma divertida, a história do nosso país. Mais direcionado para o público adulto, Diogo Batáguas abrilhantou a noite de 19 de março com um espetáculo de Stand
Up Comedy. A 9 e a 23 de março, alguns atores bem conhecidos do público juntaram-se numa tertúlia para falar sobre as suas histórias. Pedro Giestas apresentou o monólogo, “A Visita”, no dia 20 de março e a 26 desse mesmo mês deu um workshop de teatro para todos os alenquerenses que quiseram saber mais sobre esta temática. O Grupo de Teatro da Universidade da
Terceira Idade também marcou presença neste ciclo, com a peça
“Viagens na Nossa Terra”, e Carlos Cunha arrancou gargalhadas, no auditório Damião de Góis, com a peça “Ai a minha Filha!”.
Além disso, entre 5 e 30 de março, a biblioteca municipal de
Alenquer esteve de portas abertas para que todos visitassem a exposição “O Teatro em Alenquer”.
De acordo com o vereador Rui Costa, o objetivo principal desta iniciativa foi amplamente atingido:
“
conseguimos salas cheias, excelente organização, público ávido de boas energias, um cartaz muito diversificado, com espetáculos para todos os escalões etários. Conseguimos dar cumprimento aos desígnios e provámos que a aposta feita pelo município na contratação da ALENPALCO [associação local que faz do teatro a sua missão principal] para a coorganização deste evento, foi uma aposta ganha.” O vereador destaca ainda que, ao longo dos anos, o projeto “Vamos ao Teatro” tem criado e fidelizado públicos e despertado a atenção dos munícipes para a importância da cultura. Com os olhos postos no futuro, Rui Costa afirma que é desafio da autarquia proporcionar cada vez mais espetáculos aos munícipes e de maior qualidade: “o município tem assumido o seu papel de promotor cultural, mas queremos ir mais longe e dar mais à nossa comunidade por isso, é fundamental que a população possa vir a contribuir nos custos desta produção cultural. Não queremos retroceder. Queremos mais e melhor para Alenquer porque a cultura é fundamental para todos.” O ciclo temático regressa no próximo ano, numa iniciativa que promete levar o teatro às famílias de Alenquer e elevar a cultura no concelho.