Livro para Colorir - Azulejo

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A Vida é a Cores

Azulejos Arte Nova da Figueira da Foz • livro para colorir •


Em 1895 abria em Paris a galeria de arte “La Maison de L’art Nouveau”. Estava lançada a denominação de uma nova corrente artística que anunciava a rutura com os estilos históricos e tradicionais e que iria ser assimilada por toda a produção artística e por toda a Europa, ganhando, em alguns casos, denominações e características locais. A Portugal chegou nas primeiras décadas do século XX, por via francesa, e foi maioritariamente aplicada na arquitetura em especial relação com a azulejaria. Contudo, no nosso país, a Arte Nova não conheceu a rutura estética que propunha e a nova gramática foi sendo timidamente assumida pelos arquitetos portugueses, que mais facilmente a faziam dialogar com linguagens arquitetónicas precedentes. A Arte Nova foi por isso, em Portugal, muito mais um fenómeno decorativo de superfície do que um estilo autónomo. À Figueira da Foz terá chegado por volta de 1910, provavelmente através do gosto renovado da burguesia endinheirada e culta que frequentava esta praia, mantendo-se como opção decorativa de muitas fachadas até cerca de 1924, para as quais contribuiu, decisivamente, a difusão dos catálogos das principais fábricas de cerâmica da época: Sacavém, Desterro, Devezas, Carvalhinho e Fonte Nova, que orientavam parte da sua produção para o azulejo de fachada de padrão Arte Nova. Quer na zona mais antiga da cidade, quer no Bairro Novo, observa-se a introdução da nova estética em edifícios preexistentes, em perfeito diálogo com a arquitetura oitocentista tradicional. Através da introdução de azulejos decorativos, fortemente estilizados e coloridos, em frontões, frisos, cimalhas, remates de janelas ou mais raramente em revestimentos completos, as fachadas oitocentistas da cidade foram como que “arte novizadas”. Lírios, amores-perfeitos, papoilas, nenúfares, girassóis e outros elementos da flora envolvidos em linhas sinuosas, cheias de ritmo e movimento, bem como peixes, conchas, búzios ou outros elementos marinhos em forte paleta cromática, são os motivos preferidos na Cidade. São estes apontamentos azulejares, conjugados com a serralharia em varandas, portas e janelas, que conferem uma característica local à Arte Nova da Figueira da Foz, dando um toque de modernidade, elegância e cor à sua arquitetura. Mas como a vida é a cores, e a cidade também, convidamos-te a colorir os desenhos dos padrões Arte Nova da nossa cidade de acordo com o teu gosto e a tua imaginação. Porque as cores são infinitas.


Rua Manuel Fernandes Tomaz, Figueira da Foz Fábrica não identificada

Rua de São Lourenço, Figueira da Foz Fábrica Cerâmica Lusitânia


Rua das Rosas, Figueira da Foz Fábrica não identificada

Rua Manuel Fernandes Tomaz, Figueira da Foz Fábrica de Louça de Sacavém


Rua Combatentes da Grande Guerra, Figueira da Foz Fรกbrica de Louรงa da Fonte Nova


Rua Dr. Calado, Figueira da Foz Fábrica Cerâmica e de Fundição das Devezas


Rua Alto do Viso, Figueira da Foz Fábrica Cerâmica e de Fundição das Devezas

Rua da Fonte, Figueira da Foz Fábrica não identificada


Rua Alto do Viso, Figueira da Foz Fábrica Cerâmica e de Fundição das Devezas

Rua da Liberdade, Figueira da Foz Fábrica de Louça da Fonte Nova


Rua dos Bombeiros Voluntários, Figueira da Foz Fábrica de Louça de Sacavém


Rua 9 de Julho, Figueira da Foz Fรกbrica nรฃo identificada


Rua da Vidreira, Fontela, Figueira da Foz Fábrica Cerâmica Lusitânia

Rua Vasco da Gama, Figueira da Foz Fábrica de Louça de Sacavém


Rua Cândido dos Reis, Figueira da Foz Fábrica não identificada


Sopa de Letras

Ficha Técnica Design Gráfico • Teresa Lopes Conteúdos • Departamento de Cultura e Turismo | Equipa Património Cultural 06 de Maio de 2020 • Dia Nacional do Azulejo


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