Boletim Municipal setembro 2017

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VEREADOR RUI JORGE MARTINS

«ALMADA SERÁ UM CONCELHO AINDA MAIS LIMPO COM O EMPENHO DE TODOS» A limpeza do espaço público e o plano de repavimentações até 2018 são alguns dos temas desta entrevista. O vereador Rui Jorge Martins aborda ainda a importância das soluções de mobilidade no concelho. Almada (A) – Nos últimos anos houve um grande esforço municipal ao nível da limpeza do espaço público. O que foi feito ou está a ser feito para melhorar ainda mais? Rui Jorge Martins (RJM) A limpeza pública, ou a recolha do lixo, é um trabalho de 24 horas por dia, em permanência. Só para a recolha de contentores de resíduos domésticos, temos 16 circuitos de recolha, o que implica um esforço muito grande de organização, de trabalho e de empenho dos próprios trabalhadores, tão importante para a manutenção da saúde pública. Ao nível da limpeza pública temos vindo a trabalhar na organização dos serviços porque estamos a falar de dezenas de milhar de contentores, com diferentes tipologias, o que nos obriga a um esforço de planeamento muito grande. Temos estado a investir em ferramentas informáticas que possibilitem que o trabalho esteja o mais organizado possível. A – Isso passa também por um investimento em novas viaturas? RJM – Sim, em viaturas mais modernas, com melhores condições, com maior capacidade, que façam menos barulho, que avariem menos, ou seja, viaturas que nos coloquem menos problemas devido ao esforço a que estão sujeitas. Está em processo de concurso a aquisição de oito viaturas para a recolha dos resíduos sólidos urbanos. É um investimento de dois milhões de euros, mas que vai permitir melhorar o serviço que realizamos e sermos ainda mais eficientes.

A – Ao nível da limpeza urbana existe ainda a vertente limpeza do espaço público. RJM – Sim, para além da recolha dos resíduos sólidos urbanos, temos a varredura, o corte de ervas, a recolha de monos, as desinfestações, os entulhos, os resíduos clínicos e muitos outros. Sabe, há mais de 50 tipos de resíduos e cada um precisa de um tipo de recolha, encaminhamento e tratamento específico adequado. Esse procedimento tem em vista a salvaguarda da saúde pública, a sustentabilidade ambiental e também a valorização económica dos resíduos. Foi a compreensão da complexidade e dimensão deste desafio que se coloca ao desenvolvimento urbano que levou os municípios a acompanhar a criação de entidades como a Amarsul. A privatização da maioria do capital da EGF/Amarsul efetuada pelo anterior governo e mantida por este fez-nos perder pelo menos seis anos na indispensável adaptação às novas realidades. Primeiro o governo deixou de investir no projeto e depois o novo accionista maioritário privado, em vez de, como sempre aconteceu com o público, integrar os dividendos do ano em novos e necessários investimentos na Amarsul, assumiu como primeira tarefa sacá-los e distribuí-los como remuneração aos accionistas. A – Como estamos a reagir a isso? RJM – Continuamos a lutar pela reversão da privatização, mas não só. Estamos a exigir que a Amarsul cumpra as suas obrigações, mas também a procurar otimizar

os nossos serviços, para que eles se adaptem às necessidades. Neste último aspeto é preciso lembrar que estamos a trabalhar com contingências que foram impostas às autarquias do ponto de vista da contratação pública, mas mesmo assim contratámos trabalhadores e estamos a adquirir novos equipamentos, apesar de estarmos aquém do necessário. No plano da organização estão a decorrer alguns projetos-piloto e que já se traduzem numa melhoria do trabalho realizado. No Laranjeiro, Feijó e Pragal, onde varríamos com regularidade 474 ruas, estamos agora a varrer 1409 ruas. Os próprios trabalhadores têm agora áreas destinadas e procuram, com enorme brio, manter as ruas que lhes estão atribuídas nas melhores condições. Os resultados têm sido bons. Onde é necessário temos também em curso um conjunto de prestações de serviços que complementam as intervenções diárias das equipas municipais. Mas temos de ir mais longe. Já avançamos muito na criação das condições para que assim seja. A – A colaboração dos munícipes é muito importante. É por isso que foi lançada uma campanha de sensibilização? RJM – Esta campanha foi lançada para, de uma forma muito positiva, sensibilizar as pessoas para a importância da sua contribuição. São pequenos gestos, desde utilizarem corretamente os caixotes, os contentores do lixo e as papeleiras, apanhar os dejetos dos cães e fazerem a separação de resíduos entre outros comportamentos. Nesse sentido, adotámos uma imagem, que


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