14.03.2020 — 22.08.2020
SARA BICHÃO X
CASA DA CERCA
— Centro de Arte Contemporânea Contemporary Art Centre
CURADORIA CURATOR Filipa Oliveira
SARA BICHÃO
SARA BICHÃO
Sara Bichão (Lisboa, 1986), vive e trabalha em Lisboa. Completou a licenciatura e o mestrado em Pintura na Faculdade das Belas Artes de Lisboa (2008, 2011). Integrou várias residências artísticas, Residency Unlimited, USA (2012), PIRA ADM, MX (2016), Artistes en Résidence, MX (2017), e no Centro de Artes Arquipélago, PT (2018). Expõe desde 2009, destacando-se as exposições individuais mais recentes: Qual é a coisa, qual é ela, Galeria Filomena Soares, Lisboa (2020); Encontra-me, mato-te, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (2018); Coastal, Barbara Davis Gallery, Houston (2017); O meu sol chora, Fundação das Comunicações, Lisboa; Somebody’s Address, Rooster Gallery, Nova Iorque (2016). Das coletivas destacam-se: Storytelling, MAC Lyon (2019); Quando somos 2 somos três (com Manon Harrois), Fundação das Comunicações, Lisboa (2018); Geometria Sónica, Centro de Artes Arquipélago, São Miguel (2018); Chama, Atelier-Museu Júlio Pomar, Lisboa (2018); Extática Esfinge, CIAJG, Guimarães (2017); Curar e Reparar, Bienal Anozero, Coimbra (2017); O Que Eu Sou, MAAT, Lisboa (2017); Now, this is fucking too hot (com Manon Harrois), Les Ateliers, Clermont-Ferrand (2017); Puras Cosas Nuevas, Pantalla Blanca, Cidade do México (2017).
A peça integrou uma exposição cujas obras originaram de uma forte experiência pessoal e que conduziram Sara Bichão a questionar-se sobre si mesma: a sua identidade singular, o seu corpo, e sobre a nossa união com a natureza. Essa experiência levou-a simultaneamente a repensar algumas certezas existenciais em que acreditava, bem como a examinar as particularidades de um corpo humano numa situação de descontexto e de vulnerabilidade. A artista relata a sensação de pânico que viveu num lago, uma cratera vulcânica na zona de Auvergne, quando, a meio da travessia que fazia sozinha a nado, se apercebeu que estava no centro da mesma. “A vontade de percorrer o diâmetro a nado, porque necessitava de concretizar um esforço ou porque a escala do perímetro me parecia relativamente pequena, despoletou a experiência. A certa altura desorientei-me. Eram águas paradas, a profundidade da cratera incerta, mas decerto imensa. O meu pensamento ficou tomado por todas as variáveis que tornavam o corpo muito frágil naquela situação“.
X é um corpo etéreo, feito de uma luz azul forte que invade e satura o espaço onde está depositado. Átomos e moléculas desmaterializados em partículas de luz que apesar de manterem uma aparência de corpo físico, entram em comunhão com o ambiente que as circundam, como a experiência do corpo da artista com a água do lago e toda a sua envolvência. A Cisterna transforma-se numa espécie de gruta ou num lago onde este corpo se afunda.
Bio — graphy
Bio — grafia
Na Cisterna apresentamos X de Sara Bichão (Lisboa, 1986). X é uma escultura que se situa entre uma natureza morta e um autorretrato da artista enquanto luz.
X
X
Sara Bichão (Lisbon, 1986), lives and works in Lisbon. She completed her master’s degree in Painting at the Faculdade das Belas Artes de Lisboa (2011). She was invited to several artist’s residencies, Residency Unlimited, USA (2012), PIRA ADM, MX (2016), Artistes en Résidence, MX (2017), and at the Arquipélago Arts Center, PT (2018). She has been exhibiting her work regularly since 2009. Among her most recent solo shows, the following stand out: Qual é a coisa, qual é ela, Galeria Filomena Soares, Lisbon (2020); Encontra-me, mato-te, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisbon (2018); Coastal, Barbara Davis Gallery, Houston (2017); O meu sol chora, Fundação das Comunicações, Lisbon; Somebody’s Address, Rooster Gallery, New York (2016). Group exhibitions: Storytelling, MAC Lyon (2019); Quando somos 2 somos três (with Manon Harrois), Fundação das Comunicações, Lisbon (2018); Geometria Sónica, Arquipélago – Contemporary Art Centre Arts Center, São Miguel (2018); Chama, Atelier-Museu Júlio Pomar, Lisbon (2018); Extática Esfinge, CIAJG, Guimarães (2017); Curar e Reparar, Bienal Anozero, Coimbra (2017); O Que Eu Sou, MAAT, Lisbon (2017); Now, this is fucking too hot (with Manon Harrois), Les Ateliers, Clermont-Ferrand (2017); Puras Cosas Nuevas, Pantalla Blanca, Mexico City (2017).
In the Cistern, we present X by Sara Bichão (Lisbon, 1986). X is a sculpture that lies somewhere between a still life and a self-portrait of the artist as light. The piece was part of an exhibition with works that emanated from a strong personal experience that led Sara Bichão to question herself: her singular identity, her body, and our union with nature. This experience shook some of her existential beliefs and led her to consider the particularities of a human body in an unfamiliar and vulnerable situation. The artist describes the panic she experienced in a volcanic lake in the region of Auvergne, when, while swimming across the lake, she realized she was at the centre of the body of water. “The experience was triggered by the desire to swim across the lake, either because I needed to exert some effort or because the distance seemed smaller from the shore. At a certain point I became disoriented. I was on still waters, the depth of the crater was uncertain, but surely immense. My mind was overrun by all the variables pointing out that, in that situation, my body was very fragile.“
X is an ethereal body made of a strong blue light that permeates and saturates the space where it is deposited. Atoms and molecules dematerialized into particles of light that, despite maintaining the appearance of a physical body, create a unity with the environment that surrounds them; much like the artist’s body experiencing the lake and its surroundings. The Cistern is transformed into a cave or a lake where this body negotiates its continual dive.
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JARDIM BOTÂNICO — O Chão Das Artes BOTANIC GARDEN Segunda a sábado Monday to Saturday 14:00 > 19:00h 2pm to 7pm Última entrada 18:30h Last entry 6:30pm Encerra domingos e feriados Closed on Sundays and public holidays Número máximo de pessoas em simultâneo com restrições diárias em função da evolução da pandemia COVID19 e orientações da DGS. 100 pessoas Maximum number of people at the same time with daily restrictions in function of the COVID 19 Pandemic evolution and DGS Guidelines. 100 people
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E INVESTIGAÇÃO — Mestre Rogério Ribeiro Research and Documentation Centre Segunda a sexta, mediante marcação prévia através do mail marcar.cac@cma.m-almada.pt Grupos limitados a um máximo de 5 pessoas Monday to Friday, only by prior appointment through the email marca.cac@cma.m-almada.pt Groups limited to a maximum of 5 people
CAFETARIA — Coisas Degostar CAFETERIA Segunda a sábado Monday to Saturday 14:00 > 19:00h 2pm to 7pm Última entrada 18:30h Last entry 6:30pm Encerra domingos e feriados Closed on Sundays and public holidays
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