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EM FOCO
Festival de Música dos Capuchos: ontem e hoje
Durante as 21 edições do Festival, entre 1981 e 2001, sob a direção artística de José Adelino Tacanho, muitos foram os solistas e agrupamentos, nacionais e internacionais, que o abrilhantaram e a sua programação era aguardada, ano após ano, com grande expectativa.
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Duas décadas depois, «renasceu» o Festival de Música dos Capuchos, no local que lhe dá o nome, o Convento dos Capuchos, na Caparica, e que inspira o seu conceito programático: «Cinco Séculos de História e Cinco Séculos de Música», refletindo assim a extraordinária criação musical ao longo destes quase 500 anos, do Renascimento à música contemporânea.
A edição 2021 teve o seu início a 11 de junho e terminou a 3 de julho, sob a direção artística do pianista Filipe Pinto-Ribeiro. De assinalar a homenagem ao centenário do nascimento de Astor Piazzolla e a presença e homenagem a Alfred Brendel, figura maior incontestável da arte interpretativa musical do pós-Segunda Guerra Mundial, o último «monstro sagrado» do piano. Festival de Música dos Capuchos, 2021
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Concerto de Maria de Buenos Aires.
Concerto de Schubertíada, homenagem ao pianista Alfred Brendel.
Concerto de Abertura Vozes Divinas: Bach e Polifonia Renascentista Portuguesa.
Concerto Piazzolla 100, homenagem ao centenário do compositor argentino.
Conversas dos Capuchos.
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Festival de Música dos Capuchos
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Inauguração de exposição, julho de 1992.
O compositor de bandas sonoras de filmes e pianista Michael Nyman, sem data.
Concerto Capricho cigano, 1995.
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COVA DA PIEDADE
A minha freguesia
A Cova da Piedade é uma das freguesias urbanas da cidade de Almada. É possível encontrar referências ao lugar desde a Idade Média. A 7 de fevereiro de 1928, adquire autonomia administrativa com a elevação à categoria de freguesia. Ao longo dos anos, a instalação de fábricas de transformação de cortiça e estaleiros de construção naval atraíram pessoas de todo o País.
Carlos Fonseca 64 anos, natural da Cova da Piedade. João Rodrigues 73 anos, natural da Cova da Piedade. Rafael Rodrigues Trabalha num restaurante da Cova da Piedade.
Sempre viveu na Cova da Piedade, apesar de ter trabalhado muitos anos em Lisboa e na Rua dos Pescadores, na Costa de Caparica.
Não esconde que «é aqui que me sinto bem» e destaca o espírito de vizinhança porque «conhecemos quase toda a gente». Recorda, «com saudade», os tempos em que as coletividades e clubes da freguesia organizavam várias iniciativas e onde se «divertia muito com os amigos».
Das muitas histórias que tem para contar, lembra «os jogos de bola na Romeira» e de ter aprendido «a nadar no rio Tejo, ali na zona da Margueira».
Enaltece as requalificações do Jardim da Cova da Piedade, «onde se encontra muitas vezes com os amigos», e dos espaços exteriores da zona da Romeira. Durante 41 anos, foi «motorista de táxi em Almada, cinco dos quais, à porta da Lisnave». Lembra-se de ter «acompanhado muitos casamentos», especialmente ao Jardim da Cova da Piedade, durante muitos anos «o melhor do concelho», era «paragem obrigatória para as fotografias».
Começa por dizer que «a Cova da Piedade, ao longo dos anos, mudou muito». Com o aparecimento das fábricas ligadas à cortiça e depois, mais tarde, com a Lisnave, a freguesia passou a ter «mais pessoas do Alentejo e do Algarve». Os trabalhadores da Lisnave «enchiam, à hora de almoço, os restaurantes aqui à volta». A Cova da Piedade «evoluiu, no bom sentido» e dá como exemplo o «agora mais limpo e agradável Largo 5 de Outubro», bem como as diversas iniciativas que ali se realizam, que «atraem novos clientes».
Ligado à área da restauração, há mais de duas décadas, onde trabalha «mais de 12 horas por dia», não esconde que a pandemia «foi terrível porque estiveram fechados seis meses», mas, «felizmente, a nossa casa está, novamente, a trabalhar muito».
«Nos tempos de miúdo passava os dias no Caramujo, junto à fábrica da farinha». Os banhos de rio, junto ao cais que ali existia, «eram quase diários, mas só depois da escola». As fragatas que ali acostavam, «carregavam fardos VOXPOP de cortiça e descarregavam melões». Recorda, com uma sonora gargalhada, de «comer, à borla, alguns melões».
Esta é uma freguesia «muito familiar» e isso nota-se nos clientes que frequentam o restaurante. «São muitos os que conhecemos desde bebés, afirma, lembrando que, antes da pandemia, era natural «juntarem-se, à mesma mesa, famílias inteiras, dos avós, aos netos, dos pais aos filhos». Acredita que a Cova da Piedade «pode melhorar» e deixa um conselho: «é preciso mais locais de estacionamento, desde que devidamente organizados, à entrada da freguesia e da cidade de Almada, desde que complementados com meios de transportes eficazes».
SEMANA DA PROTEÇÃO CIVIL
Operação Floresta Segura, Floresta Verde
Almada dedicou, entre maio e junho, uma semana à Proteção Civil. Destaque para a apresentação da «Operação Floresta Segura, Floresta Verde», o dispositivo associado ao combate a incêndios florestais no concelho, entre 1 de julho e 30 de setembro.
Almada recebeu ainda a 21.ª edição do Curso Medical Response to Major Incident, uma iniciativa, de âmbito nacional. No dia 1 de junho, Dia Mundial da Criança, o Parque da Paz, foi palco de exposição e demonstração de meios de Proteção Civil.