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MÊS DA JUVENTUDE
Um tempo de muita energia e criatividade
Tarda mas não falha. O Mês da Juventude devia ter acontecido no início do ano, mas foi adiado por causa da pandemia. Mas já está a decorrer com um vasto calendário de atividades para os jovens.
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Era para ter sido em março, como em anos anteriores, mas a pandemia trocou as voltas à organização. Mas a palavra desistir não faz parte do dicionário dos mais jovens e por isso está aí o Mês da Juventude. De 29 de maio a 30 de junho, o evento vai trazer uma energia especial à cidade de Almada, com uma programação que inclui espetáculos, experimentação, atividades ao ar livre, cultura e arte, além de outras atrações.
As celebrações do Mês da Juventude já se tornaram uma tradição em Almada. O objetivo é chegar a um número cada vez maior de jovens e por isso o calendário de atividades aposta numa estratégia de duas frentes: a introdução de novas temáticas e a expansão das atividades para outros pontos do município. É preciso ir ao encontro dos jovens onde eles estão e levar propostas aliciantes.
As novas gerações cresceram dentro de um ambiente digital, num tempo em que tudo evolui muito rápido. Para estar a passo com esta tendência, a cada edição o Mês da Juventude incorpora inovações no plano dos recursos digitais. «Quando se trabalha com, e sobretudo, para os jovens, é necessário ter essa capacidade de adaptação», explicam os organizadores.
Todas as atividades são gratuitas e o programa pretende atender a todos os gostos. Tudo isto tendo como pano de fundo a valorização da cidadania. Em tempos de pandemia, todas as ações cumprem, com rigor, as normas da Direção Geral de Saúde.
M.A.C. – Missão a Cumprir
A arte e o talento dizem presente
O Mês da Juventude pretende dar visibilidade ao trabalho desenvolvido essencialmente por jovens e associações juvenis do concelho de Almada. O programa de atividades é muito vasto e destacamos três atrações:
• M.A.C. – Missão a Cumprir
M.A.C. é uma banda de hip-hop da margem sul, com uma trajetória de vários anos nos palcos de Portugal.
02/JUN/2021 21h30 | Auditório Osvaldo Azinheira
• MUDA
O Mercado Urbano de Almada é um evento que celebra a cultura urbana e oferece a oportunidade, aos jovens, de darem a conhecer os seus trabalhos.
05/JUN/21 11h00 às 18h00 | Mercado das Torcatas
• CASA AMARELA JAM SESSIONS
Primeira edição de um evento que abre o palco para o talento musical dos jovens.
Até 11/JUN/2021 19h00 | Centro Cultural Juvenil de Santo Amaro - Casa Amarela
Ser jovem é uma questão de idade e de estilo de vida
O que é ser jovem? Em termos etários, é mais usada a classificação da Unesco, que estabelece a faixa entre os 15 e os 29 anos. Mas não existe uma definição única em termos de idades. O Departamento de Desporto e Juventude da CMA, por exemplo, estabelece um critério mais inclusivo, que inclui as pessoas entre os 14 e os 35 anos.
Há quem insista na ideia de que a juventude não é apenas uma questão de idade, mas também de comportamento. O facto é que, por serem de uma geração que cresceu com a internet, os jovens de hoje têm visões de mundo diferentes das gerações anteriores. É um tempo em que as soft skills ganham protagonismo, com a valorização da criatividade, da empatia e da inteligência emocional.
É um quadro que exige uma evolução constante em termos de interação. «A intervenção das políticas municipais no âmbito da juventude deve ter como objetivos a capacitação e a inclusão social dos jovens, a sua emancipação, assim como, a valorização das potencialidades individuais e coletivas», explicam os organizadores do Mês da Juventude.
CONHEÇAMOS MELHOR ESTE TROÇO. MAS, ANTES, TOME BOA NOTA:
• Antes de iniciar a caminhada, informe sempre alguém de qual o percurso que irá fazer e quando pretende começar. • Certifique-se de que possui o equipamento adequado e os mantimentos necessários. • Siga apenas pelos trilhos sinalizados.
Não utilize atalhos. • Evite barulhos e atitudes que perturbem a paz do local. • Observe a fauna à distância e não danifique a flora. • Deposite o lixo nos locais apropriados. • Respeite a propriedade privada. • Atenção à aproximação a ravinas, já que o solo é instável e pode haver risco de queda. • Melhor e mais eficiente iluminação pública.
ALMADA E A GRANDE ROTA EUROPEIA
GR 11 – E9 «Caminho do Atlântico»
Conhecida por GR 11 – E9 «Caminho do Atlântico», a Grande Rota é um percurso pedestre transeuropeu, que se inicia em São Petersburgo, na Rússia. Percorre a costa norte da Europa, a Corunha e Santiago de Compostela e entra em Portugal por Valença, terminando no Cabo de São Vicente.
Segundo a Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP), a designação – Grande Rota – exige que estas tenham mais de 30 quilómetros. O registo e a atribuição da numeração das grandes rotas são feitos a nível nacional, constituindo o Plano Nacional de Percursos Pedestres.
Este caminho que se percorre, sempre que possível, pela faixa costeira, atravessa o concelho de Almada, sendo ele parte desta Grande Rota Europeia. A FCMP entregou à Câmara Municipal de Almada, no dia 16 de novembro de 2020, a Carta de Homologação do «Caminho do Atlântico», um troço que se estende por 17 km.
INICIEMOS A CAMINHADA
Este é um percurso pedestre, linear, que liga o extremo norte do concelho de Almada ao ponto mais a sul. Poderá seguir pelo trajeto, sentido Norte – Sul, correspondente a duas variantes: Porto Brandão – Base Militar NATO Fonte da Telha ou Trafaria – Base Militar NATO Fonte da Telha. Terá também a opção de seguir pelo trajeto, sentido Sul – Norte, correspondente ao percurso Base militar NATO Fonte da Telha – Porto Brandão/Trafaria.
O caminho que tem a duração aproximada de 5 horas, com desníveis acentuados, tem uma altitude máxima de 110 m, mínima de 5 m e é de grau de dificuldade média. Apesar deste ser um passeio aconselhado durante todo o ano, junho é um excelente mês para trilhá-lo.
Estamos no extremo norte, o que significa que a vila da Trafaria e a localidade de Porto Brandão aguardam por si, porque, aqui, há a simpatia das suas gentes e o bom acolher. Gosta do que é pitoresco, de ser bem recebido e é «bom garfo»? Então, venha conhecer ou redescobrir estas duas vilas ribeirinhas. Parem por estas bandas senhoras e senhores comensais e deliciem-se com a sua gastronomia, com as famosas e fumegantes «carvoadas», com os seus pátios típicos e o melhor da tradição.
Sentido a sul, a rota acompanha o topo da Arriba Fóssil da Costa da Caparica. Uma formação geológica protegida desde 1984 pelo seu interesse científico e paisagístico. Aqui pode observar e apreciar as extensas linhas de praias, desde as mais naturais e isoladas, a sul, às mais urbanas, a norte. Tire partido dos diversos miradouros e desfrute de amplas vistas. Que tal a vista?
Falando de vistas, não perca de vista o Convento dos Capuchos, pois está na rota certa para o visitar. Contemple este antigo convento franciscano, património histórico do século XVI, totalmente recuperado e que hoje acolhe diversos eventos culturais.
Se sente falta do bulício da cidade, a Costa da Caparica, mais cosmopolita, oferece zonas comerciais, espaços de lazer e restauração diversos. As suas belas praias de amplo areal, onde durante o ano inteiro é possível a prática de «desportos de ondas», com particular destaque para o surf, são um convite irrecusável.
Digna também de fruição é a Reserva Botânica da Mata dos Medos. Uma verdadeira incursão botânica de fauna e floras únicas no país. Com cerca de 380 hectares, a cada passo, ser-lhe-á revelada a sua biodiversidade ímpar. Nas áreas florestais predominam o pinheiro-bravo, o pinheiro-manso, o carrasco ou o medronheiro. Nesta Mata, ocorrem espécies, que só se encontram na Península Ibérica ou mesmo só em Portugal, como o tomilho-carnudo. Pelos pinhais, matagais e clareiras poderá deparar-se com o ouriço-cacheiro, com raposas e coelhos-bravos esquivos, borboletas, abelhas e libélulas. Aqui, o tempo é seu. Respire fundo, olhe à sua volta, aguce os sentidos e deixe-se inspirar pela natureza.
Complete esta enérgica caminhada, sabendo que neste troço deparar-se-á com três antigas fortificações militares – Forte da Raposeira, Forte de Alpena e Forte da Raposa. Elas são testemunhas da história da defesa desta nossa surpreendente costa.
TIPO DE PERCURSO
Pedestre, linear, podendo ser feito em ambos os sentidos, por ruas, caminhos rurais, caminhos florestais e trilhos arenosos, com uma derivação de partida/chegada (Porto Brandão). EXTENSÃO 17Km DURAÇÃO APROXIMADA 5 horas GRAU DE DIFICULDADE Média
ALTITUDE MÁXIMA 110m ALTITUDE MÍNIMA 5m
DESNÍVEIS Acentuados
ÉPOCA ACONSELHADA
Todo o ano, principalmente na primavera, outono e inverno
COSTA DA CAPARICA
A minha freguesia
A Costa da Caparica é uma freguesia com muitas facetas. Se o verão é muito movimentado, os meses fora da época balnear permitem que os moradores desfrutem os lugares com mais calma.
Lúcio Abrunhosa vive na Costa há 20 anos. Rhana Rodrigues vive na Costa há 3 anos. Miguel Santos vive na Costa há 4 anos.
A NATUREZA
«A costa tem muita luz, na verdade acho que o sol mora aqui, intensifica as cores, os verdes das matas ficam vivos, a falésia fica mais tórrida, o mar mais cristalino, as ondas mais brilhantes, o peixe mais reluzente, e todos os dias o sol despede-se de nós pintando o céu de diferentes cores, o pôr do sol na costa é mágico».
MARGEM COOL
«Viver na margem cool e na Costa de Caparica é fabuloso. Temos a sensação que estamos de férias todo o ano, temos 10 meses de praia privativa, peixe fresco na mesa todos os dias, e é o paraíso para quem gosta de natureza e desporto ao ar livre como o surf, btt, trekking, corrida, paddle, parepente, golf e o meu footgolf».
LUGAR ACOLHEDOR
«Eu gosto de viver aqui pelo facto de ser um lugar acolhedor, que não tem muita confusão. E valorizo a segurança. Aqui nunca me ocorreu nada de estranho, alguma coisa que me desse medo. Gosto muito dessa sensação».
VERÃO E INVERNO
«Eu gosto do verão, mas prefiro o inverno porque é bem calmo e tranquilo. No verão é muito movimentado, mas não é o ano inteiro. É algo que você vive aquele momento, depois volta a calma novamente. É bem gostoso».
MUDAR A VILA
«Eu gostei bastante de ver a rua dos Pescadores. Era mesmo preciso, por ser O FOOTGOLF «Numa paisagem idílica, no Golf Aldeia dos Capuchos, o footgolf só tem 12 anos, mas é o desporto que mais cresce a nível mundial e é muito fácil de jogar. É uma mistura de golf e futebol, onde o taco dá lugar ao pé, a bola de golf dá lugar a uma a rua principal. É uma rua onde passam milhares de pessoas, de vários lugares. Se tivesse que escolher um lugar para indicar a um amigo, escolhia o Miradouro dos Capuchos. Se eu pudesse mudar alguma coisa, tiraria os prédios, para ficar com mais ar de vila». bola de futebol oficial e o buraco aumenta MAIS LAZER de diâmetro para receber a bola de «A Costa precisa de mais coisas em futebol. Joga-se num campo de golf, com termos de lazer, de lugares para ir. VOXPOP Aqui temos mais cafés. Se você quer sair, acaba por ir a um café. Ou andar na praia. Eu acho que devia haver mais coisas atrativas para os jovens, para que eles fiquem aqui». as regras de golf, mas não é golf, joga-se com o pé e uma bola mas não é futebol. E poder jogar footgolf ao pé de casa com uma vista maravilhosa para o Atlântico é a cereja no topo do bolo».
EM DESTAQUE
«A localização privilegiada, com uma vasta extensão de praia e a proximidade com Lisboa. Uma das razões para ter vindo morar aqui foi poder incluir as atividades ao ar livre no meu quotidiano. Tornar normal estar na praia e zonas verdes e não reservar esse hábito para férias ou fins de semana. O pôr do sol a partir da Arriba Fóssil é imperdível».
ESTAÇÕES E TURISMO
«Todas as épocas têm os seus encantos. Eu sou daqueles que também gosta de frio e a maresia da praia no inverno é tão especial como o bafo duma noite de verão. É claramente percetível a presença de turistas, o que traz outro colorido, variedade e progresso à Costa da Caparica, mas também o fenómeno da gentrificação e a consequente subida do preço das casas, mas que acredito ainda estar a tempo de ser controlado, se assim houver vontade política».
O QUE MUDARIA
«Basicamente ao nível de infra-estruturas. Corrigia os transportes públicos, que são francamente insuficientes. Por exemplo, com o prolongamento do metro de superfície desde a estação do comboio no Pragal até à Costa. Corrigia também a estrada das praias que, além de estrangular o trânsito, durante a época balnear é um perigo para bicicletas e peões. E já agora mais multibancos».
© CMA – Museu de Almada - Casa da Cidade. Cedência: Carlos Machado dos Santos
ARQUIVO
Entre a Cova do Vapor e a Trafaria, décadas de 1940/1950
No mês em que começa a época balnear, recordamos a zona conhecida em meados do século XX como Praia do Alerta, na Trafaria.
Este nome provém do restaurante “Alerta” que possuía um estabelecimento de banhos para apoio aos banhistas. Atualmente, esta área é conhecida por 2.º Torrão.