Jornal
Boletim Informativo da Câmara Municipal • Fundado em Setembro de 1994 • Ano XXV • Número 85 • Dezembro 2020 • Distribuição Gratuita • Periodicidade Trimestral • Director: Luís António Pita Ameixa
de
Ferreira
Boas Festas
A câmara municipal, com a colaboração das freguesias do concelho, lança o programa "No Natal compre no Comércio Local", que visa incentivar a população a fazer as compras nos estabelecimentos comerciais do concelho. Por cada dez euros de compras nos estabelecimentos aderentes, os consumidores terão direito a receber cupões que os habilitam a ganhar vales de compras, com os seguintes valores: 1.º - 500 euros; 2.º – 300 euros; 3.º – 200 euros; 4.º a 13.º 100 euros cada.
NOVA ETAR EM FUNCIONAMENTO PARABÉNS AOS BOMBEIROS DE FERREIRA FOTO DOS PRIMEIROS BOMBEIROS DE FERREIRA p. 4
REQUALIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS ESCOLARES p. 2
p. 19
REQUALIFICAÇÃO DA ZONA ENVOLVENTE AO ANTIGO MERCADO E OUTRAS OBRAS p. 22
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>> Educação
Requalificação dos espaços escolares
O
s estabelecimentos de ensino do concelho Ferreira do Alentejo têm vindo a ser objeto de obras de melhoramento, modernização e requalificação, estando previstas, brevemente, outras intervenções muito significativas. Na Sede de concelho, mais precisamente na Escola Básica do Segundo e Terceiro Ciclos e Secundária, já estão concluídos arranjos de carpintaria em portas e janelas, assim como no ginásio, onde foram efetuadas obras de beneficiação, estando também perspetivadas obras no seu espaço exterior. Foi reposta uma nova cobertura zenital (clarabóia) e vai ser removida e substituída a cobertura em amianto, com uma área de cerca de três mil e cem
Recentemente também foi substituida a cobertura zenital em acrílico metros quadrados, num investimento na ordem dos 350 mil euros. Quanto às escolas do ensino básico (antigas escolas primárias), em Ferreira, vai ser repa-
rado e pintado o muro exterior. Em Canhestros, a intervenção nas escolas vai ser muito mais profunda, uma vez que esta se prende com problemas nas estruturas do edifício.
Outra significativa intervenção terá lugar nas escolas de Odivelas, integrando numa primeira fase, o melhoramento e a contenção do muro, bem como um novo parque infantil.
Um investimento de 140 mil euros. Igualmente, em Santa Margarida do Sado está prevista uma remodelação geral da escola (interior e exterior) com obras que serão efetuadas em períodos de pausas lectivas. Em Figueira dos Cavaleiros, a remodelação já foi concluída na parte exterior e frontal à escola, com a criação de uma Praceta e acessibilidades para pessoas com deficiência física, estando projetadas também obras de melhoramento no parque infantil do jardim de infância. A escola de Alfundão, foi igualmente motivo de grandes intervenções, estando previsto ainda obras de requalificação no parque infantil.
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Câmara conclui entrega de material didáctico
A
Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, concluiu o processo de entrega dos cadernos de
fichas a todos os alunos do 1º ao 9º ano de escolaridade, matriculados no Agrupamento de Escolas do concelho
“DE UM PARA MUITOS, E DE MUITOS PARA CADA UM” para o ano lectivo 2020/2021. Recordamos que os cadernos foram entregues gratuitamente a todos os alunos.
Mais cacifos para alunos
A
câmara Municipal reforçou o número de cacifos disponíveis aos alunos da Escola José Gomes Ferreira de Ferreira do Alentejo, sendo disponibilizados mais 60 cacifos com o objetivo de
aliviar o peso das mochilas escolares. Recorde-se que já no ano transato, a autarquia tinha disponibilizado outros 45 equipamentos no âmbito da campanha “Mochila Leve”.
Centro de artes tradicionais
A
câmara municipal tem em curso um novo projeto intitulado “ Centro de Artes Tradicionais”. O Centro de Artes Tradicionais vai ser instalado no rés do chão do antigo mercado municipal, um espaço que se encontrava sem qualquer utilização e que de ora em diante passará a exibir ao vivo, as artes tradicionais do concelho, bem como exposições artísticas ao longo do ano e venda de diversos produtos artesanais. Recorde-se que as tradicionais mobílias de pintura alentejana, tão admiradas em todo o mundo, não conseguiram a sustentabilidade necessária enquanto empresa. Porém, tratando-se de um importante património cultural do concelho, a câmara muni-
cipal pretende manter a salvaguarda deste artesanato no Centro de Artes Tradicionais. O ferro forjado e cestas de Odivelas, irão também ali ser expostos, tal como haverá espaço para os mais diversos artesãos do concelho poderem ali trabalhar ao vivo, exporem, e venderem os seus trabalhos. Por outro lado, a zona envolvente a este edifício contará também com um amplo parque de estacionamento com cobertura, e no qual passará
também a realizar-se o mercado mensal. Nesta localização reune-se um vasto leque de equipamentos públicos: centro cultural, universidade popular, piscina de ar livre, parque dos desportos, jardim público, salão de festas e multiusos, sedes de diversas associações. Também esta zona da vila é servida por vários estabelecimentos de restauração e bebidas, e outro comércio local de vários ramos.
Bolsas de estudo
E
ste ano, a câmara municipal, volta a atribuir uma bolsa de estudo, no valor de 200 euros, a todos os alunos do concelho que frequentam o ensino secundário
Editorial
(10.º, 11.º, e, 12.º anos), desde que se matriculem na escola de Ferreira.
A solidariedade social é um valor maior da sociedade humana. Desde logo releva o voluntariado, como dádiva individual, de um para muitos. Neste quadro o município aprovou um inovador Regulamento do Voluntariado, que, por causa da pandemia COVID19, não se consegue, para já, pôr em prática em toda sua abrangência. Ainda assim, ao seu abrigo, foi aprovada a isenção de 50% das tarifas de água, de esgotos e lixo, para o nosso pessoal bombeiro, em reconhecimento do seu voluntariado, no ano em que este corpo de salvação pública celebra seis décadas ao serviço dos ferreirenses. No sentido de muitos para quem precisa, sobrelevam as instituições de solidariedade social. No âmbito do apoio à terceira idade, o concelho conta com três importantes instituições: a Misericórdia, a Fundação São Barnabé, e, a Associação de Bem Estar Social de Canhestros, todas sem fins lucrativos. A cada uma delas, a câmara municipal, concedeu agora doações extraordinárias, que somam os 150 mil euros, para comparticipar nos seus investimentos. Para a Misericórdia, que se pretende abalançar à ampliação do Lar de Terceira Idade, a câmara reservou ainda outros 150 mil euros para ajudar nesse novo e tão importante empreendimento. Entretanto estamos a trabalhar em duas iniciativas novas para Ferreira: Um Lar Residencial e Um Centro Ocupacional para deficientes, em colaboração com uma cooperativa de solidariedade, também sem fins lucrativos, a Cercicoa. Para trazer esta nova resposta social para o concelho de Ferreira, a câmara já disponibilizou, gratuitamente, um terreno para a construção, e reservou, igualmente, uma avultada verba para comparticipar no investimento. Ao tomar estas ações, o município está a gerir os recursos coletivos de acordo comos valores de justiça social e a vontade de progresso da nossa população. Certos e unidos em torno de valores humanistas, tão bem expressos na afirmação lapidar,atribuída ao escritor checo, Franz Kafka: “A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana.”
Luís Pita Ameixa
Presidente
Biblioteca volta a "pôr os livros ao caminho"
E
m tempo de pandemia, a iniciativa foi reajustada. As histórias são agora contadas na rua, junto dos centros de convívio da várias localidades do concelho, mantendo as distâncias de segurança. Os livros viajam até às aldeias do concelho, dando assim oportunidade às populações de ouvir as “Histórias Tradicionais Portuguesas Contadas de Novo”.
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>> Notícias
Parabéns aos Bombeiros de Ferreira pelo seu 60.º aniversário BOMBEIROS 1960 O ano de 1960, em Ferreira do Alentejo, ficou marcado por uma nova ambição da comunidade: - a formação de uma corporação de bombeiros. O ‘Jornal de Ferreira’, de então, fez-se eco desse fervilhar, que grassava na vila e no concelho, em diversas notícias que titulava “Uma Iniciativa em Marcha”, ou outras, na interrogativa, intituladas “Vamos ter Bombeiros?”. Na edição de 21 de agosto desse ano, o jornal lançava mesmo uma campanha nas suas páginas, e, ali, lia-se: “… urge finalmente trabalhar em prol da fundação duma Corporação de bombeiros. Temos a certeza de que connosco, irão colaborar todos os ferreirenses nesta cruzada, que a concretizar-se, seria uma gloriosa realidade.” De entre as pessoas empenhadas, cita a edição de 4 de setembro: “… Arnaldo Moreira, ex-chefe da Corporação dos Bombeiros Voluntário de Beja, Alberto Menezes Feio, Luís Raposo e José da Rocha Moreira…”. Nesta edição, como também na de 25 de setembro, é referenciada a colaboração de Manuel Soares Crameira, comandante dos bombeiros de Odemira, e, também, é referido que, pelos organizadores, foi pedida uma reunião com a câmara municipal de Ferreira do Alentejo para expor a pretensão, a qual “… prometeu conceder
todas as facilidades que estejam ao alcance do município.”. Nesta época era presidente da câmara, Fernando Vilhena Vasconcelos; Vice-Presidente, Armando Sevinate Pinto; e, vereadores: José Peres Santos, José da Rocha Guerreiro Raposo, Manuel Sevinate Sousa, Luís António Ameixa, e, António Arantes. O ‘Jornal de Ferreira’, que era dirigido por, José Trindade Simões, volta ao tema, na edição de 27 de novembro, com uma notícia intitulada “Vamos ter Bombeiros”, e que se inicia assim: “Já não é uma pergunta que se faz, mas uma notícia que se dá, e com a qual bastante nos congratulamos, por ter sido ouvida a nossa campanha.”. Anunciava-se, aí, que os estatutos da associação já tinham sido entregues oficialmente para aprovação, e que estava constituída a Comissão Executiva, constituída por: Fernando Vilhena Vasconcelos, José Nunes de Oliveira, José Vilhena Nunes, José Trindade Simões, Eugénio Francisco do Rosário, Arnaldo dos Santos Moreira, Alberto Menezes Feio, e, José da Rocha Moreira. Os estatutos da associação são datados de 22 de novembro de 1960, data fundadora, que perfaz, agora, 60 anos. Na edição de 16 de abril de 1961, o jornal, com evidente regozijo, divulga o seguinte: “Já estão inscritos os primeiros mancebos que constituirão os primeiros “Soldados da Paz” da nossa vila. Aqui ficam registados os seus nomes, porque bem merecem a nossa
Além do apoio corrente que a Câmara Municipal concede aos Bombeiros, na ordem dos 100.000 euros anuais, este ano do 60.º aniversário foram concedidos mais dois subsídios extraordinários, para a aquisição de um novo autotanque (63.400 euros) e para a execução de um furo artesiano dentro do quartel (4.500 euros). A Câmara também deliberou a isenção de 50% da fatura da água, esgotos e lixo, a favor do pessoal dos Bombeiros Voluntários estima e consideração. Será este o nosso primeiro corpo de bombeiros: Joaquim Baptista do Pereiro (Cabine), Augusto Termentina dos Santos, António J. Fialho da Silva, Manuel Cambado, João António Nisa, José Jacinto V. Santana, Mateus Augusto Mira, Sebastião Soeiro, Orlando Inverno, M. J. Bonito de Carvalho, Francisco M. Moreno, José M. Sousa Gulipa e Francisco Inácio Vieira.”. Posteriormente, uma notícia do ‘Jornal de Ferreira’, na edição de 14 de maio de 1961, dá conta que foram eleitos os corpos gerentes da associa-
ção, e que, tinha sido eleito para presidente da direção, Jaime Campaniço, o qual veio, porém, a não aceitar o cargo, e, assim, diz a notícia: “… ocupou este lugar o sr. José Nunes de Oliveira, que foi um dos elementos mais activos da Comissão Organizadora”. Esse primeiro ato eleitoral realizou-se nas instalações da Casa do Povo de Ferreira, que era presidida por, José Nunes, da qual foi também o grande impulsionador, e, só depois, os bombeiros vieram a ter sua sede social, na da rua Visconde de Ferreira, n.º 19, onde, até então funcionara a Socie-
dade Filarmónica Ferreirense (dita “A Falida”), e o seu quartel operacional na rua Fialho de Almeida, n.º 13, por oferta da benemérita Mónica Vilhena Vasconcelos. O jornal, em 10 de setembro de 1961, entrevista, José Nunes, o qual dá várias informações de diligências efetuadas nestes primeiros meses de vida dos bombeiros de Ferreira. Pela sua importância, e interesse histórico, esta entrevista é reproduzida na página seguinte do atual ‘Jornal de Ferreira’. Luís Pita Ameixa
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>> Notícias
Responsabilidade social das empresas
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uma nova iniciativa do município, passou a ser trabalhado o tema da responsabilidade social das empresas, no sentido de as estimular mais na sua colaboração com o território onde exercem a sua atividade e com a respetiva população. Mediante Regulamento Municipal, que foi aprovado pela assembleia municipal, são atribuídas distinções às empresas que mais contribuam para causas sociais no concelho. Os premiados foram a “Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo” - diploma de platina, e “Aggrária Lagar, Ldª”, - diploma de ouro, empresa fixada no Parque Agroindustrial do Penique, em Odivelas. Embora a distinção, promovida pelo município, respeite ao ano de 2019, é de referir que a Caixa de Crédito Agrícola, tem sido praticamente a que ao longo de anos participa ativamente na vida social do concelho, quer com a oferta de ambulâncias aos bombeiros voluntários, quer com apoios monetários de vária ordem a outras associações, bem como bolsas de estudo a alunos do ensino superior. Não menos importante foi também a participação da empresa “Aggrária” que fez questão de oferecer 1800 litros de azeite a lares e associações do concelho. Na cerimónia de entrega dos prémios, marcaram presença os autarcas do concelho e outros convidados, nomeadamente o presidente do Conselho Económico e do Investimento de Ferreira do Alentejo, António Saraiva, que
também preside à Associação Empresarial de Portugal, e, o presidente da Agência para o Investimento e o Comércio Externo de Portugal (AICEP), Luís Castro Henriques. A sessão foi aberta pelo presidente da câmara municipal – Luís Pita Ameixa, que após um breve historial sobre o desenvolvimento do concelho, apontou a realização desta primeira sessão como forma
dades deseja ver aumentada, realçando também que na área da energia fotovoltaica (ocupação na ordem dos 150 hectares e com perspetivas de um maior crescimento) até ao momento, incompreensivelmente, estas empresas continuam isentas de qualquer imposto autárquico. Um assunto já apresentado ao Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.
do Conselho Económico Municipal, salientou o significativo papel de responsabiliadade social que as empresas têm nas comunidades onde estão inseridas, apontando os dois sectores premiados na cerimónia como um exemplo a seguir. A intervenção seguinte coube ao presidente da AICEP, Luís Castro Henriques, que enalteceu as apostas apresentadas pelo presidente da câmara, ao
Da esquerda para a direita Luís Pita Ameixa; Josué Santos, António Saraiva, Alexandre Machado, Jeremias Távora, e, Luís Castro Henriques. de reconhecimento pela colaboração de âmbito social no concelho. O autarca referiu-se a também algumas empresas de nível nacional e internacional, existentes no concelho e a importância que as mesmas representam para a região, assim como a incidência ambiental que algumas das suas indústrias refletem e que são uma preocupação do município. Por outro lado, frisou ainda a responsabilidade social que cabe a cada uma das empresas, cuja participação e proximidade junto das comuni-
Outro dos aspetos abordado teve a ver com o aumento/duplicação do Parque de Empresas na Sede de concelho, um investimento na ordem dos dois milhões de euros, como forma de dar resposta às necessidades que se vêm constatando, permitindo assim a implantação de um maior número de empresas. O autarca terminou enaltecendo a participação das duas empresas ali premiadas, esperando que nos próximos anos outras mais se venham a juntar à atribuição deste prémio. Seguidamente, António Saraiva, na qualidade de presidente
nível de desenvolvimento económico para o concelho, assim como as potencialidades que este território oferece no concelho, acrecentando que é fundamental fazer as apostas certas para o futuro e que o concelho de Ferreira está nesse caminho. Por sua vez, em breve intervenção, o vereador José Guerra, revelou aspetos relacionados com o projeto de atribuição destes prémios, cujos objetivos passam por aproximar as forças vivas da comunidade, bem como, por parte do município, estimular iniciativas que contribuam
para a mesma finalidade. A anteceder o encerramento da cerimónia com a entrega dos Diplomas, os contemplados, no uso da palavra, agradeceram o reconhecimento, e dissertaram um pouco sobre o historial das suas empresas. Josué Santos, fez o relato cronológico dos apoios que a Caixa Agrícola vem praticando desde há vários anos, acrescentando que integrando o setor cooporativo, a solidariedade está bem presente. Por outro lado, refere que, além dos apoios financeiros, outros aspetos de solidadriedade social são tidos em conta pela instituição, inclusive com investimentos que não se justificam economicamente, como é “o caso das cinco ATM (caixas multibanco) colocadas nas várias localidades do concelho, ao serviço da população e, também, a atribuição de bolsas de estudo, que fazemos, em cada ano, a um aluno de Ferreira do Alentejo que vá frequentar o ensino superior, segundo critério de mérito e critério social. ” Teve a palavra, posteriormente, Jeremias Távora, representante da Aggrária, Ld.ª, que começa por referir que a sua empresa, ao colaborar com entidades e associações do concelho, não tinha em mente qualquer tipo de reconhecimento, e que apenas o fez por encarnar um sentimento de partilha e de apoio na responsabilidade social que lhe cabe. Carlos Viegas
Nota: Devido ao período de contingência, a cerimónia contou apenas com um número limitado de presenças.
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Entrevista <<
Ferreira tem novo Padre (…) “o acolhimento por parte da comunidade tem sido muito agradável, constatando inclusive uma disponibilidade da mesma para “um caminharmos juntos”. Adianta: “Talvez tenha a vantagem de ser alentejano, partilhando os mesmos hábitos e costumes...”
A
paróquia de Ferreira do Alentejo tem um novo Pároco, desde 6 de setembro passado. Trata-se do Padre Francisco da Encarnação de 47 anos de idade, natural de Sines, Ordenado no ano de 2004, cujo serviço pastoral vem desenvolvendo como pároco em Vila Nova de São Bento, e paróquias anexas, no período compreendido entre 2005 e 2016, reitor do seminário de Beja de 2016 a 2020, juntamente com com a paroquialidade de Alfundão, Peroguarda e Odivelas. Atual-
mente é membro do Colégio de Consultores, Arcipreste de Cuba, Tesoureiro da Direção da Fundação Pax da Diocese de Beja e, mais recentemente, Pároco de Ferreira do Alentejo, Canhestros, Figueira dos Cavaleiros e Santa Margarida do Sado.
Numa curta entrevista pudemos apurar a sua satisfação pelo novo cargo que desempenha, referindo que apesar do contexto em que nos encontramos - não permissão alargada do número de fiéis durante as celebrações religiosas, bem como impedimento de visitas às diversas a instituições do concelho, - o acolhimento por parte da comunidade tem sido muito agradável, constatando inclusive uma disponibilidade da mesma para “um caminharmos juntos”. Adianta: “Talvez tenha a vantagem de
ser alentejano, partilhando os mesmos hábitos e costumes... Um projeto que pretende concluir em breve, é a igreja de Gasparões. Refere que o projeto dura há vários anos e que tem tido o envolvimento da população, apoios da câmara e junta de freguesia. Acrescen-
ta: “Logo após a minha chegada deparei-me com aspetos que necessitavam ser imediatamente resolvidos, nomeadamente a colocação de iluminação na igreja e a aquisição do sino. Este último, embora já tivessemos verba disponível desde há algum tempo (oferta da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo) só poderia ser adquirido depois da parte electrica resolvida, o que já se verificou nestes últimos três meses que aqui estou.” À parte destas intervenções, refere o Padre Francisco, outras obras têm sido necessárias, pois como sabemos, a não utilização dos equipamentos durante muito tempo, contribui para a sua deterioração, como foi o caso das madeiras, portas e pinturas. Despesas, informa, suportadas pela comunidade dos centros paróquios. Adianta: “ A paróquia de Ferreira tem mais três lu-
gares de culto, ou seja, Olhas, Aldeia de Ruins e Gasparões, no entanto, estas localidades, embora ligadas à Sede de concelho, têm a sua autonomia, o que leva a que os investimentos realizados, sejam, na sua maioria, suportados pelas respetivas comunidades. No caso de Gasparões, atualmente, as obras de carpintaria estão em curso, temos as alfaias litúrgicas, isto é, temos aquilo que é necessário para a celebração da eucaristia mas, falta a parte que envolve uma maior despesa e que se prende com a aquisição dos bancos. Além disso, no que toca ao adro da igreja – zona envolvente ao edifício - há um compromisso da câmara municipal em o preparar convenientemente.” Quanto à previsão para a inauguração e realização da primeira eucaristia na igreja, o pároco prefere não adiantar qualquer data, pois envolve
não só aspetos de empreitada, como também a disponibilidade presencial do Bispo de Beja nesse dia a acordar. No que respeita às eventuais carências da paróquia, em geral, o Padre Francisco lamenta, por exemplo, o atual e reduzido número de pessoas, permitidas poe causa da COVID-19: 50, num total de 150 anteriormente possibilitado, lembrando que as despesas continuam a ser as mesmas, e que a subsistência da paróquia se baseia no ofertório realizado durante as celebrações religiosas. A terminar a nossa agradável conversa o pároco recordou a importância da Loja Social e do Centro de Apoio ao Imigrante e aproveitou para endereçar votos de Boas Festas e um Feliz Ano Novo a todos os Ferreirenses, em particular aos leitores do “JF”. Carlos Viegas
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>> Entrevista
Ação Social no Concelho Com o intuito de saber um pouco mais sobre a ação social no concelho, o Jornal de Ferreira falou com o Vereador José Guerra sobre o seu pelouro nesta área... JF: Que balanço faz do trabalho dos últimos três anos na ação social? Na nossa ação uma das prioridades que definimos foi reforçar o trabalho de parceria entre a Câmara Municipal e as diversas entidades com intervenção social no concelho. A Rede Social, que congrega todas as entidades relevantes nesta área, não reunia, os instrumentos de planeamento social estavam todos desatualizados e isso não ajudava no trabalho de parceria que é fundamental assegurar entre todas as entidades. JF: Esse problema foi ultrapassado? Sim, a Rede Social de Ferreira passou a funcionar como é sua obrigação, foram revistos o diagnóstico social e o plano de desenvolvimento social, que estavam muito desatualizados, e, neste momento, temos um plano de ação que está a ser concretizado e acompanhado por todas as entidades, com relatórios de monitorização que são apresentados em todas as reuniões que se realizam com uma periodicidade trimestral. Do que conheço, em nenhum outro concelho da região se faz este trabalho. JF: É fundamental o trabalho de parceria entre a Câmara Municipal e as outras entidades? Sem dúvida, em todas as áreas mas sobretudo na área social. A Câmara Municipal não tem que chamar a si todos os serviços ou intervenções. Muitas vezes o seu papel é apoiar as outras instituições e criar condições para que elas prestem um bom serviço às pessoas da comunidade.
JF: A Câmara Municipal tem apoiado as outras instituições? Sim, a Câmara tem disponibilizado apoio financeiro, sobretudo para o investimento, às instituições de solidariedade social e aos Bombeiros. Mas, mais importante do que isso, a Câmara Municipal, desde que assumimos funções, tem tido um diálogo permanente com as IPSS do concelho, para conhecer e ajudar a ultrapassar alguns problemas
da Misericórdia que estava parada há anos, sem perspetiva de ser terminada, e que, se tudo correr bem, dentro de poucos meses estará concluída e a funcionar.
que possam ser um constrangimento à sua ação a favor das pessoas mais carenciadas da nossa comunidade. Essa ligação tem sido muito importante nesta fase complicada que vivemos da COVID 19. Mas foi também fundamental para ajudar a ultrapassar um problema enorme que tinhamos no concelho e que está em vias de ser resolvido.
dos Continuados, em substituição do serviço que funciona numa das alas do centro de saúde e que tem, em termos de instalações, bastantes limitações. Acontece que, num dos governos de Passos Coelho, esse financiamento foi bloqueado e a Santa Casa da Misericórdia ficou sem condições financeiras para terminar uma obra que já estava iniciada mas que se estava a degradar. Desde que tomámos posse, iniciámos um trabalho com a Mesa Administrativa da Santa Casa junto
JF: Que problema é esse? Refiro-me concretamente à obra da Unidade de Cuidados Continuados da Santa Casa
JF: Que papel teve a Câmara Municipal para ajudar a resolver esse problema? A Santa Casa da Misericórdia teve em 2011 um financiamento aprovado de 750 mil euros para a construção de uma nova Unidade de Cuida-
das autoridades estatais, que permitiu desbloquear o financiamento para a conclusão da obra. Graças a este trabalho conjunto, a Santa Casa irá receber não os 750.000 euros inicialmente previstos, mas 1.800.000 euros de fundos comunitários. JF: Há outras áreas em que esse trabalho em parceria tem dado frutos? Há sim, por exemplo na intervenção que está a ser feita
com os jovens do concelho através da implementação de um Contrato Local de Desenvolvimento Social, que decorrre de um financiamento de quase 400 mil euros que a Câmara Municipal garantiu, junto da Segurança Social, para um período de três anos. Este projeto está a ser executado pela Associação de Desenvolvimento Terras do Regadio, em parceria com a Câmara Municipal, com as Freguesias, com o Agrupamento de Escolas e com um conjunto de outras entidades
do concelho. Inclui diversas atividades de inclusão social e escolar, de promoção dos direitos das crianças e jovens e de participação cívica e em atividades de cariz cultural, científico e desportivo, que decorrem sobretudo nos períodos de pausa escolar, quando a oferta de atividades para os jovens é menor. É um projeto que iniciou este ano e que está a proporcionar experiências muito interessantes aos nossos jovens, apesar de todos os constrangimentos que a COVID 19 tem colocado. Mas permita-me que refira também o trabalho que estamos a fazer com uma entidade da área da deficiência e da saúde mental. O concelho não tem quaisquer respostas nestas áreas mas gostaríamos de ter no futuro. Existe um projeto técnico aprovado, que vai ser candidatado a programas de financiamento, para construção de um lar residencial, com capacidade para 24 camas, e de um centro de atividades ocupacionais, com capacidade para 30 lugares. É um investimento relevante, na ordem dos dois milhões de euros, que será importante para a comunidade, não só pela resposta social, mas também pelos empregos que pode criar. JF: E na área dos idosos, o que tem sido feito? Os idosos são igualmente uma prioridade do nosso plano de desenvolvimento social. É importante reforçar a capacidade de resposta no nosso concelho. Faz sentido que esse investimento seja feito pelas IPSS, recorrendo a financiamentos nacionais ou comunitários. E neste caso,
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Entrevista << a Câmara tem dado apoio aos investimentos. Quero destacar aqui o projeto de alargamento da estrutura residencial para idosos, com o acréscimo de mais 41 camas, que a Santa Casa da Misericórdia pretende candidatar a programas de financiamento. Há um compromisso assumido pela Câmara Municipal no sentido de apoiar uma percentagem da verba não comparticipada pelo Programa. Mas quero também destacar o investimento que tem sido feito pela Fundação de São Barnabé, que permitiu aumentar a capacidade em mais 20 camas e qualificar os equipamentos existentes. JF: Além dos Lares, existem outros apoios a destacar? Nos últimos anos foram criados vários serviços para os idosos que nós mantemos, em estreita articulação com as Juntas de Freguesia. Só com o apoio das Freguesias é possível manter esse nível de serviços. Mas para além dos serviços de animação, de desporto e de transportes – o serviço de transportes nos últimos meses tem sido muito afetado por causa da COVID 19 -, teremos em funcionamento um novo apoio para os idosos mais carenciados. Este apoio, que aprovámos há muito pouco tempo, permitirá assegurar a comparticipação nos custos com os medicamentos. Mas gostaria também de referir que a Câmara tem dois projetos com financiamento garantido para construir dois centros seniores: um em Alfundão e outro em Santa Margarida do Sado. São dois equipamentos que irão melhorar substancialmente a resposta à população nestas duas localidades. Esperamos que as obras possam iniciar-se durante o ano de 2021. JF: E em relação aos jovens? Além do projeto que falei há pouco, que está a ser desenvolvido com financiamento
por particulares que estejam disponíveis para aderir a esta medida. Isto já para não falar de outros apoios enquanto estudantes, que não irei aqui abordar por ser matéria do pelouro da educação.
Santa Casa da Misericórdia
Fundação S. Barnabé
Associação de bem-estar social de Canhestros A Câmara Municipal fez entrega de subsídios de 50.000 euros a cada IPSS do concelho do contrato local de desenvolvimento social, é importante destacar o importante papel que a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens tem na promoção dos seus direitos. Uma intervenção discreta, como convém, mas absolutamente essencial, que tem todo o empenho da Câmara Municipal. Mas
gostaria de referir que pretendemos aprovar uma nova medida para os jovens, o Cartão Jovem Municipal, que vai possibilitar a concessão a todos os jovens, que residem no concelho, de benefícios económicos, que se traduzem na redução dos preços de um conjunto de serviços prestados pelo Município ou
JF: Como é que vê a presença de um número cada vez maior de imigrantes no concelho? É a consequência natural daquilo que tem sido a evolução da atividade económica no concelho. Não existindo no concelho e na região pessoas suficientes para responder às necessidades de recursos humanos das empresas agrícolas, não há outra alternativa senão recorrer a trabalhadores estrangeiros. Isto não é uma realidade apenas de Ferreira, é comum a todos os municípios onde existe agricultura como aquela que temos. JF: Mas a presença de imigrantes tem impactos sociais? Sem dúvida. Nos últimos anos o número de migrantes aumentou de forma significativa no nosso concelho e essa tendência deverá manter-se. Temos hoje a viver connosco pessoas oriundas das mais diversas origens, com línguas e culturas diferentes. Teremos que ter a capacidade de promover políticas que promovam uma boa integração social de boa parte destas pessoas. A imigração representa um grande desafio que vamos ter que saber gerir nos próximos anos. JF: O que é que a Câmara Municipal está a fazer nesta matéria? A Câmara conseguiu obter um financiamento junto do Alto Comissariado para as Migrações para a implementação do Plano Municipal para a Integração dos Migrantes, que aprovámos já este ano na Assembleia Municipal. Estão envolvidos nesta intervenção, para além da Câmara Municipal e das Juntas de Freguesia,
o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, a Autoridade para as Condições do Trabalho, a Guarda Nacional Republicana, o Agrupamento de Escolas, o Centro de Saúde, a Segurança Social, o Instituto do Emprego e Formação Profissional, a Cáritas, a ESDIME e as empresas. Este é uma missão dificil que não dispensa a mobilização e o contributo de todos. JF: Existem outras áreas de que não falámos que gostaria de destacar? Sim, gostaria de destacar duas. A primeira é a habitação, que terá que merecer uma atenção prioritária da Câmara Muncipal nos próximos anos. Se queremos atrair ou fixar pessoas, precisamos aumentar a oferta de habitação no nosso concelho. A Câmara Municipal já aprovou a ORU (Operação de Reabilitação Urbana) para a vila de Ferreira e está também a elaborar a estratégia local de habitação. É fundamental ter estes instrumentos de planeamento aprovados para poder vir a beneficiar de apoios do Estado nos investimentos que há a fazer nesta matéria. Contamos, nos próximos meses, avançar com algumas iniciativas para disponibilizar lotes de terreno para construção. Outra área em que queremos apostar é o voluntariado. Aprovámos em 2019 o regulamento que enquadra a atividade do voluntariado no concelho e estávamos a dar os primeiros passos com o lançamento de algumas iniciativas. Houve inclusivamente uma ação, da Liga Portuguesa Contra o Cancro, a que a Câmara Municipal se associou, que estava a ter uma grande mobilização na comunidade ferreirense, mas que infelizmente foi suspensa pela COVID 19. Logo que a situação volte à normalidade, queremos retomar o trabalho iniciado na promoção do voluntariado.
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>> Notícias
O que é que Ferreira tem a ver com a "Grândola Vila Morena"?
J
osé Mário Branco, falecido em 11 de novembro de 2019, foi um importante artista musical português, que se destacou nas músicas de intervenção, integrando a geração que se exilou durante o regime do Estado Novo e regressou a Portugal com o 25 de Abril. Acontece que, José Mário Branco, tinha uma profunda ligação com o concelho de Ferreira do Alentejo, mais precisamente com Peroguarda, onde criou fortes laços pessoais ancorados na cultura popular desta localidade. É no prefácio, que, pouco antes de morrer, escreveu para o livro de poesia de Virginia Dias (“Como um Pedaço de Terra Virgem”), que José Mário Branco, revela essa ligação e aponta duas interessantes referências a Peroguarda. Uma, é que foi ali que colheu a ideia do som dos passos ritmados, em grupo, que veio a colocar na música da “Grândola Vila Morena”, de José Afonso,
que foi gravada no ano de 1971, em França, no famoso estúdio Chateau d’Hérouville, como parte integrante do álbum “Cantigas do Maio” que contou com a produção de José Mário Branco e a musicalidade de Francisco Fanhais, Carlos Correia e que, mais tarde, viria a ser a senha do 25 de abril de 1974. A outra referência é que a “A Morte Nunca Existiu”, gravada por José Mário Branco, pela primeira vez, no seu album “Margem de Certa Maneira”, em 1972, tem por letra um poema do poeta popular de
Peroguarda, António Joaquim Lança, que ele ouviu numa das suas estadias nesta aldeia. O “JF”, com devida vénia, transcreve um excerto do texto escrito pelo próprio José Mário Branco, onde recorda “as viagens de formação” que fez a Peroguarda nas férias da Páscoa, e nas quais “quase não falava”.
“Nesses dias eu ouvia, ouvia, ouvia --- as conversas, os cantos, a poesia natural, rústica e dura daquelas vidas. (...) Ouvi o passo arrastado e pendular dos homens cantando de regresso a casa, ao fim da tarde --- passos que depois iriam aparecer na ‘Grândola Vila Morena’ do Zeca Afonso”, recordou. “Não precisaria de ler os versos da Virgínia para vos dizer o que digo, porque tudo aquilo --as férias em Peroguarda --- era poesia total, que me alimentou para toda a vida. Ao ler estes poemas da Virgínia, encontrei neles a alma e o corpo de Peroguarda, de todo o Baixo Alentejo e de todo o universo que dali vislumbrei.” A poesia de Virgina Dias foi editada em livro (com CD), uma edição do projeto editorial Boca, com prefácio de José Mário Branco. O livro patenteia toda a veia artistica e poética da autora, figura conhecida da nossa aldeia de Peroguarda. Fica assim, mais uma vez, bem vincada a herança cultural de Peroguarda, ancorada nos
seus poetas populares, nas tradições ancestrais, no cante alentejano, na tradiçao da sua ruralidade, que, como se sabe, inclusivamente, levou a que fosse atribuído a esta localidade a classificação de aldeia mais portuguesa do Baixo-Alentejo. A poesia popular em Peroguarda, tem, na realidade, um lugar cimeiro, tendo já sido objeto de outras publicações, nomedamente por parte da câmara municipal, de que é exemplo “Peroguarda – Aspetos Culturais de Uma Freguesia do Baixo Alentejo”, ou, “Poetas de Peroguarda” uma coletânea de poetas populares, nos quais, justamente, consta, Virginia Dias. Neste, “Como um Pedaço de Terra Virgem”, Virginia Dias, expõe a sua sensibilidade poética e a sua ligação à terra. “Eu, Virgínia, a louca,/ Perante vós me apresento/ Com palavras a tiracolo/ E uma papoila na boca/ Colhida numa seara de vento.” Assim começa um dos seus poemas mais emblemáticos.
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WEBINAR - A ciência, a tecnologia e o desenvolvimento do concelho
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ecentemente, realizou-se um interessante seminário por via da Internet (webinar) dedicada ao tema “A ciência, a tecnologia e o desenvolvimento do concelho”, que juntou online, cerca de duas dezenas de participantes, de diferentes gerações, com funções ligadas à ciência e ao conhecimento, com raízes ou ligação a Ferreira do Alentejo. Não deixa de ser significativo o número e gabarito de ferreirenses que, nos dias de hoje, desenvolvem ação proeminente no domínio da ciência. Neste evento foi possível conhecer o que está a ser feito no
concelho nesta matéria, através de um protocolo celebrado entre a Câmara Municipal e o Centro de Biotecnologia Agrícola e Agro-Alimentar do Alentejo (CEBAL) e a opinião dos diversos participantes sobre o papel que a ciência e a tecnologia pode ter no desenvolvimento sustentável do nosso concelho. Recorde-se que, através do referido protocolo, Ferreira passou a contar com um centro de ciência, virado para a relação com as empresas – O Centro de Transferência de Tecnologia, que se encontra instalado no Parque das Empresas.
CONVIDADOS PARA WEBINAR - A ciência, a tecnologia e o desenvolvimento do concelho Nome Albertina Raposo Albertina Rocha Ângela Relógio Antónia Nobre Macedo António Calado Bruno Raposo Beatriz Lotra Elisabeth Duarte Fátima Duarte Ivone Torrado João Lopes Batista José Barros José Salgado José Bilau Margarida Jordão Margarida Pataco Conceição Ruivo Mafalda Afonso Nuno Alves Olga Ameixa Rita Brito Rita Martins Rita Valério Rui Salgado Susana Direito Teresa Santos
Qualificação • Doutorada em Ciências do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Évora • Licenciada em Geologia • Doutorada em Cièncias Biomédicas, Universidade de Lisboa / Heidelberg (Alemanha) • Doutorada em Engenharia Alimentar, Universidade de Lisboa • Doutorado em Química, Universidade de Lisboa • Doutorado em Imunologia, Universidade de Karolinska (Suécia) • Mestranda Microbiologia Médica • Doutorada em Engenharia do Ambiente, Universidade de Lisboa • Doutorada em Ciências da Saúde, Universidade do Minho e Maine Medical • Doutoranda em Engenharia Florestal, Universidade de Lisboa • Doutorado em Química, Universidade de Manchester • Doutorado em Engenharia Agrícola, Universidade de Évora • Doutorado em Física, Universidade de Karlsruhe (Alemanha) • Doutorado em Gestão, Universidade de Lisboa • Licenciada em Biologia e Geologia • Mestre em Biotecnologia • Doutorada em Física, Universidade de Coimbra • Mestre em Biologia Marinha • Doutorando em Química Medicinal, Universidade de Coimbra • Doutorada em Biologia, Universidade South Bohemia (República Checa) • Doutorada em Engenharia Civil, Universidade de Lisboa • Doutorada em Bioquímica, Universidade da Beira Interior • Licenciada em Biologia e Geologia • Doutorado em Física, Universidade de Évora • Doutorada em Geomicrobiologia, Universidade de Amesterdão • Doutorada em Microbiologia dos Alimentos, Universidade Extremadura
Funções • Professora Coordenadora no Instituto Politécnico de Beja • Professora Biologia e Geologia AEFA Ferreira do Alentejo • Investigadora na Universidade de Medicina de Berlim, Alemanha • Professora Coordenadora no Instituto Politécnico de Beja • Professor Catedrático Universidade de Lisboa • Investigador no Centro de Medicina Molecular de Karolinska • Estudante • Professora Catedrática na Universidade de Lisboa • Diretora Executiva do CEBAL • Bolseira de Doutoramento no CEBAL • Fundador do CEBAL • Professor Auxiliar Universidade de Évora • Investigador no Instituto Tecnológico Nuclear • Professor Coordenador no Instituto Politécnico de Beja • Professora Biologia e Geologia AEFA Ferreira do Alentejo • Estudante • Professora Catedrática Universidade Coimbra • Especialista de produto na empresa Thermo Fisher • Bolseiro de Doutoramento na Universidade de Coimbra • Investigadora no Centro de Estudos do Ambiento e do Mar, Universidade de Aveiro • Investigadora Auxiliar no Laboratório Nacional de Engenharia Civil • Investigadora no CEBAL – CTT de Ferreira do Alentejo • Professora Biologia e Geologia AEFA Ferreira do Alentejo • Professor Auxiliar na Universidade de Évora • Investigadora na National Biofilms Innovation Centre (UK) • Professora Adjunta no Instituto Politécnico de Beja
12 • jornal de ferreira • DEZEMBRO 2020
O b r a s
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A c o
>> Todos os dias as equipas de operacionais trabalham para manter a higiene urbana do concelho. Parte deste trabalho está, também, nas suas mãos! Ajude-nos a manter o concelho limpo!
>> Campanha de desratização e desbaratização em todo o concelho
>> Trabalhos de limpeza no Parque de Empresas de Ferreira do Alentejo
>> Obra de ligação do esgoto para a nova Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Misericórdia
>> Após conclusão da obra de substituição do telhado no espaço Ruralidades, o mesmo recebeu projeto de parentalidade positiva. Uma ação dedicada às crianças do concelho
>> Câmara Municipal adquiriu 50 novos contentores para o lixo a fim de melhorar a resposta do serviço de higiene urbana
>> Limpeza da zona ribeirinha em Santa Margarida do Sado
jornal de ferreira • DEZEMBRO 2020 • 13
n t e c i m e n t o s
>> Arranjos em Figuera dos Cavaleiros
>> Realizou-se no dia 31 de outubro passado uma ação de voluntariado no âmbito do Peditório Nacional 2020 da Liga Portuguesa Contra o Cancro
>> Painel electrónico para resultados no estádio municipal
>> Caixas de correio destruídas em Aldeia de Ruins. O vandalismo prendeu-se com o roubo de máscaras enviadas pelo correio pela CMFA aos munícipes
>> Limpeza de bermas e valetas em todas as estradas e valetas do concelho, sempre que as condições climatéricas o permitirem
>> Município coloca flores de Natal em várias artérias da vila
>> A câmara municipal tem vindo a proceder à renovação e melhoramento da sinalização nas estradas e caminhos municipais
>> Conto Contigo é um programa da biblioteca municipal que procura fomentar práticas de literacia familiar com impacto no desenvolvimento de crianças em idade pré-escolar
14 • jornal de ferreira • DEZEMBRO 2020
>> Notícias
No âmbito da COVID-19
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té ao momento, não foram registados grandes surtos de COVID-19 no concelho de Ferreira do Alentejo. Ainda assim, ocorreram já vários casos de infeção, que, totalizados, desde março, estão próximo da meia centena, porém, praticamente, todos já curados.
reira todas as providências necessárias, nomeadamente de confinamento e de apoio sanitário e social. Estas medidas passaram por um seguimento apertado por parte da autoridade de saúde e das forças de segurança, assim como acompanhamento constante e ativo do serviço municipal de proteção civil e
no sentido de se procurar melhorar as condições de atendimento, relevando a reunião com a direção do Centro de Saúde, o diálogo com a Administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, que deu origem à visita de trabalho de responsáveis da mesma ao concelho. Além disso, foram definidas várias
âmbito da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, assegurado o funcionamento de serviços mínimos entre as várias localidades e a sede de concelho. Esta situação, foi grandemente revertida com o início do ano escolar, devido aos transportes escolares, que asseguram sustentabilidade
público nos serviços municipais continua a ser feito com restrições no número de admissões, sendo obrigatório o uso de máscara. No que respeita ao âmbito cultural, foram realizados espetáculos de cinema, fado, e música popular com artistas locais, em sistema de “drive in”, no parque de exposições
O pavilhão de desportos de Ferreira é uma das estruturas preparadas pela câmara municipal, para, se necessário, constituir-se como centro de acolhimento em quarentena O maior foco ocorreu em Santa Margarida do Sado, com 20 trabalhadores imigrantes, mas que não teve qualquer propagação. Também a escola do primeiro ciclo de Ferreira, foi mandada encerrar, pela Autoridade de Saúde, por breves dias, como medida de precaução, estando já a situação normalizada. Dentro do contexto de incerteza em que se vive, têm sido tomadas no concelho de Fer-
juntas de freguesia. Esta ação, e a colaboração das pessoas, permitiu que não se espalhasse a contaminação pela comunidade, salvo alguns casos isolados. Por outro lado, as restrições, impostas pelos serviços do ministério da saúde, no atendimento do Centro de Saúde de Ferreira e Postos Médicos das Aldeias, motivou ações da câmara municipal, junto daqueles serviços do Estado,
intervenções e obras de adaptação, nos equipamentos em causa, no sentido de reatarem o seu atendimento ao público. As obras de adaptação nos Postos Médicos foram realizadas pelas juntas de freguesia, com o apoio da câmara municipal, o que permitiu a sua abertura ao público. Quanto ao setor dos transportes públicos, a falta de passageiros levou à paragem de carreiras, tendo a câmara, no
no funcionamento da rede de autocarros. Refira-se ainda que as precauções e medidas de segurança na comunidade continuam a ser prosseguidas, continuando encerrados ou com restrições de funcionamento, vários equipamentos de utilização coletiva, como, por exemplo, parques infantis, recintos desportivos, recintos culturais, etc.. Igualmente, o atendimento
e feiras, com os espetadores confinados nos veículos automóveis. Neste contexto, não se realizaram, este ano, diversas atividades, como o festival Giacometti, as festas das freguesias, os encontros de grupos corais, os jogos desportivos, e muitas outras. Em séculos, talvez tenha sido a primeira vez que não se realizou a tradicional ‘Feira de Ferreira’!
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Marco turístico da estrada nacional 2 E stá concluído, desde agosto passado, o marco turístico da Estrada Nacional 2, em Ferreira do Alentejo. Este monumento, situado no pequeno largo junto à rotunda da fonte luminosa, é uma réplica do marco do quilómetro 595 da EN2. A iniciativa tem por objetivo
a integração no projeto de revalorização e promoção da rota da mítica estrada que atravessa Portugal de Norte a Sul. Ferreira do Alentejo viveu sempre muito ligada a esta estrada, que liga, para Norte, ao Torrão, Alcácer, Setúbal, e Lisboa, e, para Sul a Aljustrel,
Castro Verde, Almodôvar, e Algarve. O marco de Ferreira, assinala a distância de 595 Km a Chaves, no estremo norte de Portugal, onde a estrada começa, e 144 Km a Faro, onde a mesma termina.
Um exemplo excursionista
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Clube Honda S2000 Portugal, fez a estrada Nacional 2, no fim de semana de 5 de outubro, passando por Odivelas e Ferreira do Alentejo, detendo-se
para as habituais fotografias. Na aldeia de Odivelas o grupo foi recebido em ambiente festivo ao som da música de acordeão de João Ladislau, do Café Abelha, nesta localidade.
Odivelas Por outro lado, na Sede do concelho, começa a ser tradição as inúmeras fotografias junto do enorme marco Km 595, construido recentemente pelo município.
A
outra povoação do concelho atravessada pela EN2, é Odivelas. Nesta localidade, ao Km 582, foi também implantado um marco assinalando o facto e alusivo ao 75º aniversário desta estrada, instituída pelo Plano Rodoviário de 1945. A Estrada Nacional 2 é a mais extensa estrada portuguesa, somando 739,26 quilómetros, e a única na Europa que atravessa um país em toda a sua extensão (há apenas mais duas no mundo: Route 66, nos Estados Unidos da América, e Ruta 40, na Argentina), como informa a associação de municípios da rota da EN2, de que Ferreira faz parte. Os dados relativos ao número de visitantes no posto de turismo em Ferreira do Alentejo, no corrente ano,
comparativamente ao ano de 2019, são os seguintes: Mês 2019 2020 Junho 163 336 Julho 138 202 Agosto 272 934 Setembro 218 553 Outubro 151 314 Números nunca antes atingidos, sendo que a maior parte proveio de roteiristas da EN2.
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>> Notícias
Novo parque infantil
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Bairro da Colina em Ferreira do Alentejo, já tem um novo espaço de recreio com parque infantil. A intervenção, agora concluída, veio satisfazer uma vontade dos moradores manifestada em reunião com a câmara municipal. No entanto, importa referir que, neste momento, face à situação de pandemia, este espaço não pode ser utiliza-
do. Tal como todos os equipamentos do género que vão continuar, para já, encerrados. Entretanto a câmara municipal vai proceder, através de entidade especializada, a uma vistoria a todos os parques infantis, e de jogo e recreio, a fim de serem efetuadas as intervenções que sejam identificadas para melhoria da sua qualidade e segurança.
O problema dos alojamentos temporários
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forte necessidade de mão de obra, que o concelho, só por si, não consegue assegurar, leva a que cheguem às nossas terras centenas de pessoas para trabalhar nas diversas atividades económicas, principalmente na agricultura, para as quais não há resposta preparada em termos habitacionais. Em face disso, verifica-se o alojamento de pessoas, por vezes, em condições muito precárias. Em declarações ao nosso jornal, o presidente da câma-
ra – Luís Pita Ameixa, afirma que se trata de uma situação indesejável, principalmente em tempo de pandemia do covid-19. Adianta: “É preciso disciplinar, tanto quanto possível, esta situação habitacional. A câmara municipal tem desenvolvido ações para sensibilizar os empregadores, de modo a que estes estejam envolvidos na responsabilidade de alojar condignamente os seus empregados e, por outro lado, sensibilizar também os próprios senhorios, os quais não podem arrendar
todo e qualquer espaço para fins habitacionais.” O autarca, refere ainda que existem regras, e que os imóveis onde se encontrem alojadas pessoas têm de possuir licença de utilização para fins habitacionais, pois se tal não se verificar, serão tomadas, através dos serviços de fiscalização, as respetivas providências que poderão envolver as penalizações previstas por lei. Uma atuação conjunta com as juntas de freguesia do concelho.
Obras públicas Obras de requalificação em Odivelas
A
Câmara Municipal avança com obras de requalificação em Odivelas. O arranjo do talude da Rua 25 de abril, em Odivelas, junto ao campo de futebol, inclui a criação de caminhos pedonais com zonas de descanso e a colocação de uma pérgola de ensombramento que vão permitir a contem-
plação da paisagem. O espaço vai ainda ser dotado de mobiliário urbano e plantadas 12 árvores de grande porte e vários arbustos. A requalificação tem por objetivo qualificar e dinamizar esta zona da aldeia de Odivelas.
E
m matéria de obras públicas, destaque-se o desenvolvimento das fases prévias necessárias dos projetos técnicos e dos procedimentos de contratação, para se dar posterior execução às obras. Assinalam-se as seguintes obras executadas, em curso, ou a iniciar em breve:
• Requalificação do Parque de Lazer da Barragem de Odivelas; • Arranjo urbanístico e estacionamento junto à igreja matriz de Ferreira; • Abastecimento de água a Gasparões, com entrada em funcionamento da nova captação; • Cemitério de Ferreira, nova estrutura de gavetões e ossários, e respetivo arranjo urbanístico e pintura de muros; • Universidade Popular; • Melhoramentos no campo de futebol de Figueira dos Cavaleiros; • Parque Infantil no Bairro da Colina; • Arranjo de bermas e valetas das estradas e caminhos municipais (aprox. 200 Km); • Parque de estacionamento junto ao jardim público e zona envolvente; • Praceta exterior da escola, e acesso para pessoas de mobilidade reduzida, em Figueira dos Cavaleiros; • Marco simbólico da EN 2 em Ferreira; • Limpeza da baixa da zona ribeirinha de Santa Margarida do Sado. • Arranjos interiores nas escolas;
• Grande reparação e pintura da capela do calvário; • Substituição da iluminação patrimonial do centro histórico da Vila, com novos projetores LED, em Praça Infante Passanha, e Rua Júlio de Vilhena, e Largo José de Vilhena. • Arranjo urbanístico do talude da rua 25 de Abril e do campo de futebol de Odivelas; • Remodelação da zona histórica da rua Miguel Bombarda e adjacentes, em Ferreira; • Ampliação do Parque das Empresas; • Arranjo urbanístico da entrada de Santa Margarida do Sado; • Enchimento das bermas e arranjos do caminho municipal 1025 (Figueira dos Cavaleiros – M. Outeiro/EN121); • Crematório cemiterial; • Requalificação do Terminal Rodoviário; • Arranjo do muro da escola primária de Ferreira; • Arranjos da escola de Santa Margarida do Sado; • Arranjo do Depósito de Água de Olhas.
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Campo de basquetebol 3X3 / Street Basket
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esmo em tempo de restrições, devido à pandemia, a câmara municipal tem continuado a desenvolver a sua atividade e a realizar diversas intervenções por todo o concelho. Foi criado, no Parque dos Desportos, um campo de basket 3x3 / street basket, colmatando uma lacuna até agora existente neste espaço.
Assim, quando for possível reabrir, em segurança, o Parque dos Desportos contará com uma nova valência.
Peroguarda novo acesso ao cemitério
A
câmara municipal, em consonância com a junta de freguesia, vai levar a efeito a execução de um novo acesso ao cemitério de Peroguarda. Esta obra visa melhorar a se-
gurança rodoviária, retirando os funerais, como as visitas ao cemitério, para fora da estrada nacional 387. Esta intervenção vai também melhorar muito a entrada na aldeia com uma nova imagem mais qualificada.
Obras no cemitério
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o longo do último ano têm decorrido diversos trabalhos de conservação e melhoramento no cemitério e crematório de Ferreira do Alentejo. As intervenções passaram pela pintura dos muros, construção de novas estruturas cemiteriais, nomeadamente 138 espaços de inumação em gavetões e 96 ossários, requalificação do cendrário com a criação de um espaço ajardinado. Uma solução mais eco-
lógica que confere poupança, uniformização e organização ao espaço cemiterial. No crematório foram também
Reforço da capacidade de transporte de água
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fim de melhorar a capacidade de acorrer a necessidades de transporte de água, e servir as populações, a câmara municipal adquiriu um novo autotanque, que muito vem valorizar o parque de viaturas e máquinas da autarquia.
Resolvido o abastecimento de água a Gasparões
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Ligação do furo ao reservatório dos Gasparões
stá em funcionamento pleno o novo furo que abastece o reservatório de Gasparões. Esta intervenção, reforça assim a qualidade e quantidade de água do sistema de abastecimento público, permi-
Campanha de desinfestação Terminal rodoviário no concelho
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ecorreu a terceira campanha de 2020, de desratização e desbaratização, em todo o concelho. Esta intervenção tem como objetivo a desinfestação das redes de saneamento de to-
dos os aglomerados urbanos, edifícios e equipamentos municipais. Trata-se de uma ação fundamental para manter as condições necessárias de higiene e salubridade pública.
concluídos os trabalhos de reparação mecânica, pinturas e remodelação da cobertura do edifício.
C
umprindo a sua intenção de requalificar todos os espaços municipais que servem o público, a autarquia vai avançar com a obra de requalificação do Terminal Rodoviário. Esta intervenção prevê arranjos em todo o espaço interior do Terminal, com o objetivo de garantir melhores condições na sala de espera e, em geral, aos utilizadores deste equipamento.
tindo resolver a situação do abastecimento de água à população de Gasparões. Recordamos que os resultados das análises feitas à água do respetivo furo, demonstram que a mesma tem qualidade para ser utilizada no consumo humano.
18 • jornal de ferreira • DEZEMBRO 2020
>> Notícias
Água potável
Estradas nacionais
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câmara municipal e a entidade responsável pelas estradas nacionais (empresa pública Infaestrutras de Portugal), firmaram acordos para várias intervenções muito relevantes dentro do concelho. - No cruzamento da estrada nacional 2 com a estrada municipal 525, onde também se situa o parque agroindustrial do Penique, na freguesia de Odivelas, vai ser construída uma rotunda para melhorar a circulação e cruzamento do trânsito. Esta obra será executada sob a responsabilidade da câmara municipal, com financiamento da Infraestruturas de Portugal, estimando-se um investimento na ordem dos 400 mil euros. A empresa Casa Alta colaborou também nesta iniciativa, na fase de elaboração e custos do projeto técnico. No âmbito do acordo entre a câmara municipal de Ferreira
do Alentejo e a Infraestruturas de Portugal, foi calendarizada uma outra grande intervenção de remodelação da rede viária, estimada em 28 milhões de euros. Estas obras, após a conclusão dos projetos técnicos, deverão ser concursadas a
partir de 2021, com obras a partir de 2022, e consistem no seguinte: • Remodelação do troço da EN 259 entre Santa Margarida do Sado, e, Ferreira do Alentejo, incluindo correção das curvas mais acentuadas;
• Variante a Figueira dos Cavaleiros, em perfil de autoestrada, aproveitando os canais já abertos; • Remodelação da EN 121 entre Ferreira do Alentejo em direção a Beja. Recorda-se que a Infraestruturas de Portugal, ultimamente, já
realizou duas importantes obras, abrangendo o concelho de Ferreira, que foram grandes reparações, na EN 257 de Alvito às proximidades de Odivelas, e, na EN 383 entre Santa Margarida do Sado, e, Canhestros.
Alteração dos semáforos em Figueira dos Cavaleiros e em S. Margarida do Sado
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or proposta da câmara municipal, vai ser levada a efeito, no concelho de Ferreira, uma alteração experimental no funcionamento dos semáforos de atravessamento das localidades. Atualmente, os semáforos mantêm-se em verde, e caem para amarelo e vermelho apenas quando se circula a velocidade superior à permitida. A nova forma de funcionamento será precisamente ao contrário: o semáforo mantém-se sempre em vermelho e, só se o veículo circular a velocidade inferior à permitida é que passará a verde. A razão de ser desta altera-
ção tem a ver com questões de segurança e ambientais, nomeadamente para redução do ruído e das emissões de carbono.
Como funciona atualmente, o verde induz os condutores na ideia de que se pode passar, logo a acelerar para o tentar fazer. Se conseguem, passam a grande velocidade! Se não conseguem, farão uma travagem brusca, param completamente, e terão depois de arrancar produzindo mais aceleração, com ruído e maiores emissões pelo tubo de escape. Na hipótese nova, o vermeho visivel dará a indicação de que não se pode passar, logo induzindo a uma redução da velocidade. Assim, em geral, não haverá tantas paragens bruscas nem arranques em aceleração.
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Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) garante que é seguro beber água da torneira. Os dados apresentados por esta Entidade, que regula o serviço de abastecimento de água prestado em todo o país, mostram que a água fornecida em Ferreira do Alentejo é de qualidade. Estes dados estão disponíveis em: http://www.ersar.pt/pt/ consumidor/qualidade-da-agua/pesquisa-por-concelho Relembra-se que todos os
sistemas de abastecimento de água do concelho de Ferreira são sujeitos a análises de qualidade, e que a câmara as torna públicas na página eletrónica do município em: https://ferreiradoalentejo. pt/viver/ambiente/agua-consumo-humano/editais/
Reparação de estradas municipais
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êm vindo a decorrer intervenções de reparação e melhoramento em caminhos municipais no concelho de Ferreira do Alentejo. No verão foi efetuada a limpeza de bermas e o reperfilamento de valetas, em toda a rede de estradas e caminhos muni-
as localidades de Aldeia de Ruins e Fortes (CM 1043), tem decorrido uma ação de eliminação de buracos no pavimento. A situação de degradação de muitos quilómetros de estradas e caminhos municipais, foi apresentada pela câmara municipal como uma preocu-
cipais, numa extensão de cerca de 100 km, o que equivale, aproximadamente, a 200 km de intervenção contando as duas bermas. Mais recentemente foi iniciado o melhoramento de bermas, passagens e partes do pavimento do caminho (CM 1025) que liga Figueira dos Cavaleiros ao Monte Outeiro, nas proximidades de Canhestros e Aldeia de Ruíns. Também no caminho que liga
pação prioritária, que não tem sido possível atacar, em toda a sua necessidade, por causa da inêxistência de verbas destinadas a este tipo de investimento. A câmara municipal de Ferreira do Alentejo, em conjunto com outras câmaras municipais, tem vindo a reclamar, em relação aos fundos de apoio, a abertura urgente de financiamento para este tipo de obras, que são muito necessárias.
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Nova Etar em funcionamento
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erminada a fase de testes, deu-se início ao funcionamento pleno da nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), uma nova instalação, dotada da mais recente tecnologia, que irá receber os efluentes de esgotos da população da vila de Ferreira do Alentejo. Este equipamento tem como principal objetivo a solução de problemas de defi-
ciente funcionamento que a antiga ETAR já apresentava, representando um investimento superior a 900 mil euros, que contou com financiamento comunitário. Esta é uma das maiores obras recentemente realizadas no concelho, e representa um passo muito importante para a qualidade ambiental do nosso território.
Reparação de arruamentos
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oi contratada, com uma empresa local, uma empreitada de conservação e melhoramento de pavimentos em calçada, nas ruas das diversas localidades, que se encontra em execução. Para reparação de pavimen-
tos em alcatrão a câmara informa que já se deparou com o incumprimento parcial de um contrato, tendo realizado novo concurso. Nesta segunda empreitada, a empresa concorrente acabou por surpreender a câmara,
desistindo do contrato, pelo que foi lançado um terceiro concurso, que se encontra a decorrer. Está em conclusão uma grande remodelação das passagens para peões na vila de Ferreira, com a execução de
cerca de 60 passadeiras em calçada e respetiva sinalização, de modo a conferir mais segurança para os peões e mais qualidade ao espaço urbano. Esta intervenção, foi financiada por fundos comunitários, e terá também o efeito de criar poupanças futuras nos consumos e aplicação de tinta nas passadeiras. A zona de prioridade para peões, frente à igreja matriz, e a remodelação do estacionamento e zona envolvente, também está em conclusão, qualificando significativamente o centro da Vila. Estão a ser projetadas mais duas zonas (chamadas zo-
nas 30) de preferência para peões, na rua Zeca Afonso, e, no Ferrinho de Engomar, lado Sul, que deverão vir a ser executadas em breve, em calçada. Na Sede de concelho, vai entrar em obra de grande remodelação a rua Miguel Bombarda e ruas adjacentes. Trata-se de uma remodelação das canalizações enterradas e substituição dos pavimentos em alcatrão por calçada. Esta intervenção visa também devolver qualidade e dignidade a ruas históricas do centro da Vila, como é o caso da antiga rua dos Frades, hoje Miguel Bombarda.
20 • jornal de ferreira • DEZEMBRO 2020
A Língua Portuguesa António Espadinha
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s portugueses são possuidores de um verdadeiro tesouro a que, de certo modo, permanecem pouco atentos. Esse tesouro é a nossa Língua. Na verdade, a Língua Portuguesa, associada ao território que nos legaram os nossos antepassados, é a verdadeira expressão da identidade Lusitana. A Língua Portuguesa teve origem no Latim vulgar, trazido para a Península Ibérica, após a sua conquista pelo Império Romano. Sofreu, contudo, a influência de outros povos que passaram pelo nosso território: suevos, visigodos, árabes. Adquiriu também inúmeras palavras gregas, que nos chegaram através do Latim e que hoje fazem parte do nosso dicionário. Com as chamadas invasões bárbaras dos povos do norte da Europa, e a consequente queda do Império Romano do Ocidente, o Latim começou a ser influenciado pelas linguagens locais, dando origem a línguas diversificadas que se foram transformando nas chamadas línguas româ-
nicas. É o caso do francês, do castelhano, do romeno e do italiano, entre outras. É assim que surge, também, na região da atual Galiza e do Condado Portucalense, o galego-português. Claro que este processo ocorreu muito lentamente, ao longo de séculos. Com a independência do Condado Portucalense, a língua da Galiza, e do novo reino de Portugal, seguiu caminhos diferentes. Em 1290, o galego-português foi decretado língua oficial do reino, por D. Diniz, passando a chamar-se “português”. A sua modernização veio a verificar-se na época do Renascimento. Essa mudança surge particularmente com a publicação do Cancioneiro Geral, de Garcia de Resende, mais de duzentos anos depois. Vieram então as grandes navegações dos portugueses, a partir do Século XV, e a nossa Língua embarcou nas naus e nas caravelas e foi levada pelos marinheiros, pelos missionários, por aventureiros e comerciantes, para terras distantes em África, na América e na Ásia. Chegou mesmo à China e ao Japão. Assim, levámos para
paragens longínquas a língua e, através dela, transmitimos também a outros povos, que fomos conhecendo, os conhecimentos da cultura ocidental dessa época. E foi no contacto com eles que adquirimos novas palavras, que integrámos no nosso idioma. Curiosamente temos alguns vocábulos japoneses na língua que hoje falamos e estes têm no seu dicionário várias palavras portuguesas. Noutros distantes países do Oriente, há, igualmente, línguas que conservam vocábulos nossos, e até nomes próprios, que se foram mantendo ao longo das suas gerações. O português é, pois, uma língua que influenciou as de outras regiões do mundo e que, de igual modo, é permeável a várias influências externas, onde não faltam palavras do castelhano, do francês, do inglês, e até do basco, povos geograficamente mais próximos de nós. É hoje falado por mais de 230 milhões de pessoas e reconhecido como uma das mais importantes línguas mundiais. Ganhou, por isso, muito recentemente, o direito à sua comemoração universal,
celebrada a 5 de maio. Esse extraordinário património, na mão dos nossos escritores, foi, ao longo das épocas, enriquecendo a literatura portuguesa. Como esquecer Camões, Almeida Garret, Eça de Queirós, Fernando Pessoa, Sophia de Mello Bryner, Florbela Espanca, Aquilino Ribeiro, Natália Correia, José Saramago e tantos outros que criaram obras literárias de grande valor e in-
discutível beleza? E quantos escritores do Brasil, de Angola, de Cabo Verde, de Moçambique não produziram admiráveis obras em Língua Portuguesa, neste caso embelezadas pelos dialetos e pela cultura locais? Como exemplo, transcrevemos para os nossos leitores um dos mais belos sonetos de Florbela Espanca que existirá enquanto existir a Língua Portuguesa!
ALMA PERDIDA Toda esta noite o rouxinol chorou, Gemeu, rezou, gritou perdidamente! Alma de rouxinol, alma da gente, Tu és, talvez, alguém que se finou!
Tu és, talvez, um sonho que passou, Que se fundiu na Dor, suavemente… Talvez sejas a alma, a alma doente, Dalguém que quis amar e nunca amou! Toda a noite choraste…e eu chorei Talvez porque, ao ouvir-te, adivinhei Que ninguém é mais triste do que nós! Contaste tanta coisa à noite calma, Que eu pensei que tu eras a minh’alma Que chorasse perdida em tua voz!... In “Livro de Mágoas”
jornal de ferreira • DEZEMBRO 2020 • 21
Desafios
Obras no campo de futebol das amarelas
Marcela Candeias
A
tendendo à actual conjuntura, este artigo não poderia ter outra temática senão aquela que salta de boca em boca, que ocupa os horários nobres dos ecrãs, nas redes sociais e faz correr litros de tinta nos jornais (aqueles que ainda têm a audácia de subsistirem em versão impressa). A pandemia é tema de conversa desde Março nos bancos de jardim – ainda que com o exigido distanciamento – nos cafés, na praça, na cabeleira e nos restaurantes… Aliás, por causa do tsunami Covid19 fomos, inesperadamente, enviados para casa durante mais de dois meses e as palavras de ordem (e da moda) passaram a ser: “fique em casa, confinamento/desconfinamento, teletrabalho, telescola, achatar a curva, álcool gel, lavar, desinfectar, luvas, máscaras”…. Deixámos de nos abraçar, de nos beijar, em suma de conviver; O medo instalou-se; Fugimos das ruas e dos encontros com amigos e familiares…. Deixámos de nos visitar e aprisionámos aqueles que tanto queremos proteger porque, segundo os especialistas, o vírus é implacável com eles. De repente….ficou o silêncio nas ruas….e nos nossos corações…. Este artigo poderia ficar por aqui porque o seu desfecho já todos adivinhariam, pois, afinal, continuamos a viver de acordo com os caprichos do ataque do vírus. Porém, confinamento não é sinónimo de isolamento. Confinamento não é sinónimo de exclusão social em razão
da idade, do credo, da etnia ou do extracto. Mais do nunca, exige-se que pratiquemos a inclusão, a bem da saúde mental e do equilíbrio social. Não podemos permitir que o vírus mine as almas e os afectos e que os idosos se sintam prisioneiros sem terem sido condenados por qualquer tribunal ou sentença. É exactamente sobre os idosos que forçosamente tem que versar este artigo. Se é verdade que eles são mais vulneráveis ao ataque do vírus, também não é menos verdade que não temos o direito de os encarcerar sem que eles tivessem dado o seu consentimento. É aqui que reside a grande questão: Podemos coarctar os direitos dos idosos, apenas porque vivem em Lares? Podemos impedi-los de receber visitas (ainda que com as medidas de segurança impostas pela DGS)? Podemos impedi-los de circular ou de receber prendas dos seus familiares? Temos o direito de devotá-los ao cárcere no fim da sua vida? Quando se fala tanto de saúde mental, não é o momento para perguntar se não estamos a contribuir para o agravamento dos problemas mentais dos idosos, agudizando os quadros de demência e depressão desta faixa etária? Onde fica o direito à inclusão, o direito ao envelhecimento com qualidade e dignidade? E os outros idosos que vivem nas suas casas? Não estão eles também expostos ao vírus? Não são também vulneráveis? Esses, porque são autónomos ou porque teimaram
não trocar a sua casa pelo Lar, continuam a fazer a sua rotina, alguns com imensas dificuldades, mas procurando driblar o vírus com as manhas aprendidas ao longo da sua vida. De acordo com os especialistas, já percebemos que ter idade avançada não significa, necessariamente, “ser presa fácil para o vírus”, pelo que é urgente encontrar medidas coerentes e exequíveis, a fim de evitar a segregação dos nossos avós e dos nossos pais. Eles merecem o respeito e a dignidade por parte de todos nós e, sobretudo, por parte daqueles que estão ao leme deste barco e que estão incumbidos de colocar em prática as medidas inclusivas tão propaladas nos mais variados quadrantes. A pandemia só veio colocar a descoberto as inúmeras assimetrias e fragilidades que já existiam, mas que se escondiam atrás de uma dissimulada vergonha ou de chavões como “igualdade e inclusão”. É em tempos de dificuldades que somos colocados à prova e é nesses momentos que poderemos aferir da qualidade e do adequado funcionamento das instituições. Porém, este é um momento de reflexão para compreender e aceitar que nada é tido como adquirido e que nada é imutável e, sobretudo, é o momento para procurarmos soluções perante as incertezas diárias. Hoje, vivemos um novo mundo, com novos desafios, que não deixa de ser admirável e que se deve reinventar perante cada obstáculo pois, como diz o poeta, só assim “o mundo pula e avança.”
O
Campo de Futebol das Amarelas em Figueira dos Cavaleiros foi alvo de obras de requalificação. A empreitada contemplou trabalhos de substituição de canalizações, instalações elétricas, pintura de balneários e muro
envolvente do campo. Após estas intervenções, os serviços municipais asseguraram os vários trabalhos de serralharia, reforço da iluminação do campo de futebol, bem como limpeza e desmatação de todo o recinto.
Obras de reparação na piscina coberta
E
sta infraestrutura vai também ser motivo de obras de reparação, nomeadamente rebocos, pintura de paredes, arranjo
de elementos degradados como azuleijos e outros, estando previsto o inicio desta intervenção durante o mês de janeiro do próximo ano.
Abastecimento de água a Odivelas
A
povoação de Odivelas vem conhecendo dificuldades na origem de água para o abastecimento público, pelo que tem estado a ser auxiliada com água transportada da Sede do concelho. Entretanto já foi identifiacada uma nova origem de água, na Herda-
de das Caneiras, estando, agora, a ser preparado o projeto de condução da água até Odivelas. Com este empreendimento espera-se ver resolvido, de uma vez por todas, o crónico problema da escassez de água em Odivelas.
22 • jornal de ferreira • DEZEMBRO 2020
>> Noticias
Requalificação da zona envolvente ao antigo mercado e outras obras
N
os últimos meses foram lançadas várias obras em todo o concelho, tendo em vista melhorar a qualidade de vida da população: Na zona envolvente ao antigo mercado e jardim estão a ser colocadas coberturas metálicas, inspiradas nas do velho mercado de 1929, onde hoje está o centro cultural. Assim, o parque de estacionamento passa de 40 para 72 lugares, com coberturas. No local, passará a realizar-se o mercado mensal de Ferreira. O Centro Cultural Manuel da Fonseca foi intervencionado com obras de melhoramento das salas, pinturas de todo o
edifício e do gradeamento. Está também em preparação uma remodelação do auditório e cinema, visando melhorar a inclinação da plateia a fim de melhorar a visibilidade. Uma parte do edifício, irá receber a Universidade Popular, uma nova iniciativa no âmbito cultural e educacional. Por causa da pandemia COVID-19, está ainda incerta a abertura das atividades da Universidade Popular. No talude da rua 25 de abril, em Odivelas, foram plantadas várias árvores, bem como trabalhos de beneficiação daquela zona que permitem um agradável espaço de
lazer, mesmo em frente ao campo de futebol. O depósito de água da aldeia de Olhas, que serve esta localidade, bem como Aldeia de Ruíns,
e, Fortes, foi alvo de obras de beneficiação. A intervenção passou pela impermeabilização, pintura e substituição de diversos
equipamentos. Uma obra importante para garantir o fornecimento de água com a qualidade necessária para o consumo humano.
Óbitos de 22 de julho a 9 de dezembro de 2020 - Mariana Francisca de Jesus 84 anos Residente: Ferreira do Alentejo Faleceu em 22 de julho de 2020 - Antónia Rocha Tampinhos 88 anos Residente: Ferreira do Alentejo Faleceu em 31 de julho de 2020 - Graciete Martins Alves Ricardo 70 anos Residentel: Ferreira do Alentejo Faleceu em 01 de agosto de 2020 - Francisco Páscoa Niza 77 anos Residente: Ferreira do Alentejo Faleceu em 07 de agosto de 2020 - Raquel Cortes Pereira Belchior de Sousa 32 anos Residente: Ferreira do Alentejo Faleceu em 22 de agosto de 2020 - António Francisco Guerreiro da Silva 54 anos Residente: Canhestros Faleceu em 22 de agosto de 2020 - Tânia Isabel Chaiça Marques 25 anos Residente: Alfundão Faleceu em 07 de setembro de 2020 - Irene Nunes
95 anos Residente: Ferreira do Alentejo Faleceu em 10 de setembro de 2020 - Antónia Rosa Godinho Charouco 79 anos Residente: Ferreira do Alentejo Faleceu em 15 de setembro de 2020 - Maria Antónia Morgado Agostinho 83 anos Residente: Canhestros Faleceu em 21 de setembro de 2020
Faleceu em 21 de outubro de 2020
Faleceu em 29 de outubro de 2020
- I dalina Rosa Fralda 87 anos Residente: Ferreira do Alentejo Faleceu em 26 de outubro de 2020
-M aria José do Rosário 92 anos Natural de Ferreira do Alentejo Faleceu em 01 de novembro de 2020
-M anuel Bento Gatinho 67 anos Residente: Canhestros Faleceu em 27 de outubro de 2020
-S idónio Francisco Cavaco Lúcio 83 anos Natural de Ferreira do Alentejo Faleceu em 10 de novembro de 2020
-M adalena da Conceição Rodrigues Rosa - Odília Maria Filhó Viegas 68 anos 67 anos Residente: Ferreira do Alentejo Residente: FerFaleceu em 25 de setembro de 2020 reira do Alentejo Faleceu em 28 de - Salvador António Badalinho outubro de 2020 86 anos A sua família Residente: Ferreira do Alentejo agradece a todos Faleceu em 25 de setembro de 2020 que se fizeram presentes na celebração das exéquias, - Aurélia Maria da Luz Merendão Lopes e as palavras de conforto recebidas, 85 anos ajudando a ultrepassar este tão difícil Residente: Ferreira do Alentejo período. Um particular agradecimento à Faleceu em 02 de outubro de 2020 enfermeira Sandra do Centro de Saúde de Ferreira do Alentejo, pela sua ajuda, - Angelina Augusta da Mina prontidão, profissionalismo e pela sua 92 anos amizade. De coração, a todos deixamos Residente: Ferreira do Alentejo a nossa eterna gratidão. Faleceu em 05 de outubro de 2020 - Juvenal dos Santos Rego Fialho 82 anos Residente: Ferreira do Alentejo
-A ntónia Brites Fralda 80 anos Residente: Ferreira do Alentejo
-B eatriz Maria Espada 92 anos Residente: Ferreira do Alentejo Faleceu em 14 de novembro de 2020 -J oão António Dores Sobral 78 anos Residente: Figueira dos Cavaleiros Faleceu em 14 de novembro de 2020 -B ernardina Zulmira Ferreira Mourão 81 anos Residente: Ferreira do Alentejo Faleceu em 16 de novembro de 2020 -A ntónio Francisco Caneiras Bate 66 anos Residente: Odivelas Faleceu em 23 de novembro de 2020 -J oão António Serrinha 83 anos Residente: Odivelas Faleceu em 26 de novembro de 2020
jornal de ferreira • DEZEMBRO 2020 • 23
Curiosidades << 1935/1937
Palavras Cruzadas em Branco
Termina reinado da dupla Nicolau-Trindade
A
famosa dupla Nicolau-Trindade, que a história da “Volta” e do ciclismo jamais poderá esquecer, não só pelas suas extraordinárias proezas, pela vibração que imprimiram às lutas que travaram e que tanto apaixonaram o público, sobretudo o público afecto aos dois grandes clubes que representaram, mas também pelo muito que contribuíram para a popularidade que o ciclismo alcançou em Portugal,
César Luís
apresentou-se nesta edição, mas nenhum deles chegou
Aqui fica um novo jogo de Palavras Cruzadas em Branco. Neste passatempo o desafio é mesmo encontrar a posição das quadriculas pretas. Divirta-se!.. Por: Carlos Viegas
ao fim. Na 6ª Volta, em 1935, Trindade já não envergava a camisola do Sporting, que substituiu pela de ‘Os Leões’ de Ferreira do Alentejo, tendo por companheiro o campeão nacional da temporada, César Luís, o qual, mercê do seu espírito combativo e capacidade atlética, veio a sagrar-se vencedor da prova, abrindo, assim, uma nova era e uma nova dinastia de campeões.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 1 2 3 4 5 6 7 8 9
In: Site da Federação Portuguesa de Ciclismo
Foto tirada por Alzira, na Praça em Ferreira, à chegada de Lisboa, onde este Grupo Coral Ferreirense, atuou junto ao Parlamento Nacional com outros grupos.
1 - Chico Luís Ameixa; 2 - Padre Alcobia; 3 - (?); 4 - (?); 5 - (?); 6 - Zé Quico; 7 - Eugénio Termentina; 8 - Chico Mira; 9 - João Lota (Carnau); 10 - (?); 11 - Joaquim Piedade; 12 - (?); 13 - (?); 14 - Terrinha; 15 -António Luís Baizinho; 16 - Luís Brôa; 17 - Zé Rabela; 18 - António Sabino; 19 - Zé Guerreiro; 20 - Américo A. lnácio (pai do cantor Luís Manuel); 21 - Manuel Baldeira Foto oferecida por Américo A. lnácio (pai do cantor Luís Manuel) Ano 1960
10 11 (Grelha com 23 casas pintadas)
Horizontais: 1 - Evento anual de âmbito nacional em Ferreira do Alentejo; deslocar-se; também se chama às Marias (Inv.). 2 - Espaço plano com um chão duro, de dimensões variáveis, onde malham e peneiram; finda. 3 - Duas consoantes e uma vogal; rio existente na freguesia de Figueira dos Cavaleiros. 4 - Identifica o sangue; código; fica bem nos romances amorosos. 5 - Perturbações dos glóbulos brancos(nãoéumadoença,maspodeserumarespostaaumadoença).6-Nãoéamigo(menosuma). 7 - Artérea; nome de letra. 8 - Bonita; que não é boa (Inv.). 9 - É um país asiático do Médio Oriente que limita a norte com a Arménia e o Azerbaijão (menos uma); duas vogais e uma consoante. 10 - Segundo várias religiões e tradições esotéricas, é um elemento etéreo, imaterial, que emana e envolve seres ou objectos; concordância; Caixa onde se guardam coisas (Inv.). 11 - Doce tradicional de Ferreira do Alentejo. Verticais: 1 - Capital do azeite; nota musical (Inv.). 2 - Infra-estrutura criada recentemente no Parque de Empresas em Ferreira do Alentejo; muito (calão). 3 - Lavra; recente serviço de informação e apoio ao consumidor criado no Parque de Empresas em Ferreira do Alentejo; duas consoantes. 4 - Batráquio; Código; ofender (menos uma). 5 - Acidente (menos uma). 6 - Também se chama à cabeça (Inv.); Nome dado ao desporto que envolve barcos movidos exclusivamente por propulsão à vela, onde se emprega somente a força do vento (menos três). 7 - Oferecer (Inv.); engana (menos uma); respira-se. 8 -União de pessoas, partidos, nações, para um objectivo comum (menos quatro); dor. 9 - Duas vogais; vogal e consoante; despida (Inv.). 10 Duas vezes (Inv.) Duas vogais; para transportar coisas. 11 -Freguesia de Odivelas no concelho de Ferreira do Alentejo tem lugar muito aprazível; consoante e vogal.
No mesmo local três edifícios diferentes
anos 1900 a 1930 ferreira do alentejo - praça
Antigo edifício do grémio da lavoura, hoje assembleia municipal - décadas 1940-1970
Anos 2020 - edifício da assembleia municipal
24 • jornal de ferreira • DEZEMBRO 2020
OUTROS TEMPOS
F E L I Z Jornal
2 Fonte Velha - Ferreira do Alentejo
Mercado Municipal - Ferreira do Alentejo
Ferrinho de Engomar
0 Estalagem EVA - Ferreira do Alentejo
Cortejo de Oferendas - Ferreira do Alentejo
2
Igreja Matriz - Ferreira do Alentejo
Estrada Internacional - Ferreira do Alentejo - Lisboa
de
Ferreira DEZEMBRO 2020
Cozinha Alentejana - Ferreira do Alentejo
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Ficha Técnica Diretor: Luís António Pita Ameixa, Presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo | Coordenador: Carlos Viegas | Fotografia: SCA - Serviço de Comunicação e Audiovisuais da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo | Colaboradores nesta edição: António Espadinha, Marcela Candeias, Luís Pita Ameixa | Propriedade: Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo | NIPC: 501 227 490 | Redação Administração e Sede do Jornal de Ferreira: Praça Comendador Infante Passanha, 5 - 7900-571 Ferreira do Alentejo Telf. 284738700 | jornaldeferreira@cm-ferreira-alentejo.pt | Depósito Legal: 81278/94 | Esta publicação periódica está anotada na ERC | Estatuto Editorial: Encontra-se em www.ferreiradoalentejo.pt | Tiragem: 8.000 exemplares | Paginação e Impressão: MX3 – Artes Gráficas, Lda. Parque Indus. Alto da Bela Vista, Sulim Park, Pav. 50 | 2735-192 Agualva-Cacém | NIPC: 503 015 385