Jornal
NOVO:
de
Ferreira
FESTIVAL GIACOMETTI TRAZ A FERREIRA UM REBULIÇO CULTURAL
p. 4-5
Director: Luís António Pita Ameixa | Ano XXIII | Número 81 | Julho 2018 | Distribuição Gratuita Boletim Informativo da Câmara Municipal | Fundado em Setembro de 1994
ECONOMIA
EDUCAÇÃO:
APOSTA NUM PROJETO DE EXCELÊNCIA. UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA VEM TRABALHAR PARA FERREIRA DO ALENTJO
p. 24
EMPRESÁRIOS UNEM-SE PELO DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO p. 3
CÂMARA MUNICIPAL:
NOVA EQUIPA EXECUTIVA PROJETA FUTURO PRESIDENTE DA REPÚBLICA:
PRESIDENTE DA REPÚBLICA APOIA CESTAS DE ODIVELAS p. 6
VALE D´OURO:
EM NOVA IORQUE, FERREIRA DO ALENTEJO ASSUME O PAPEL PRINCIPAL p. 6
2 JULHO 2018 | JORNAL DE FERREIRA
>> Entrevista à Presidente da Assembleia Municipal – Romana Martins Romão
(…)” A PARTICIPAÇÃO DOS MUNÍCIPES NÃO É DE TODO AQUELA QUE DEVERIA SER. TALVEZ PORQUE AO LONGO DOS TEMPOS NUNCA EXISTIU ESSA PRÁTICA” J.F. - E como pensa ser possível sensibilizar os Ferreirenses para uma cidadania mais ativa? R.R. - Fazemos todos os possíveis ao nosso alcance para apelar à participação. A afirmação do poder local democrático faz-se, em grande parte, graças à actividade e às discussões existentes nas sessões. Compete às Assembleias Municipais realizar cinco sessões ordinárias anuais, pois é essa a obrigação de lei. Contudo, podem ser convocadas sessões extraordinárias, ora por iniciativa do seu presidente ou da mesa, ou mediante requerimento do presidente da Câmara Municipal. Sempre que são agendadas as sessões da Assembleia, a sua publicação é feita através de editais colocados em diversos locais por todo o concelho, pela informação online no sítio do município, e ainda, contamos com a colaboração da rádio Singa, para que essa informação chegue mais facilmente à comunidade.
J.F. - O que a levou a candidatar-se à presidência da Assembleia Municipal? R.R. - Ao ser convidada a integrar uma lista de candidatura à Assembleia Municipal, ponderei seriamente sobre as responsabilidades que teria de assumir, se essa mesma lista fosse ganhadora, tal como veio a acontecer. Não foi de ânimo leve que tomei essa decisão. Fi-lo, com a determinação de ao longo do mandato dar o meu melhor contributo por forma a não decepcionar os eleitores que em mim depositaram o seu voto. Sou a primeira mulher a ser eleita como presidente da Assembleia Municipal em Ferreira do Alentejo, o que considero de uma enorme honra. J.F. - Como tem sido pautada a sua presidência ao longo destes primeiros seis meses? R.R. - Ao longo destes meses e, tal como será até ao final do mandato, tentarei desempenhar as minhas funções de acordo com o que são legalmente as minhas competências, sendo certo que, o farei, sempre com a maior das isenções políticas. Exerci funções de primeira secretária da Assembleia em dois mandatos anteriores, mais especificamente (2002/2009), o que me permitiu algum conhecimento do funcionamento deste órgão autárquico. Reconheço que o atual desempenho tem outras exigências e, para que o amanhã seja melhor, pauto o meu caminho, pela aprendizagem contínua, pelo entendimento dos factos, na determinação das atitudes a tomar e, muito especialmente, pelo respeito democrático. Compete-me como presidente da Assembleia Municipal, ter disponibilidade para acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos no dia a dia, coordenar as sessões
da assembleia, proporcionar a informação externa à população e, interna aos deputados municipais. Além disso, facilitar de acordo com o regimento uma nova dinâmica, salientando a necessidade da criação de grupos e de comissões de trabalho, conforme temáticas que se entendam preferenciais aprofundar, envolvendo sempre que possível, não só os eleitos como a sociedade civil em geral. Aproveito para informar que no passado dia 3 de Março, na qualidade de presidente desta Assembleia Municipal, tomei posse como elemento da direção da Associação Nacional das Assembleias Municipais. Foi para mim gratificante, ter sido escolhida entre muitos a nível nacional. Procurarei dar o meu melhor contributo e deixar o
nosso concelho como marca positiva. Representar condignamente este órgão quer a nível concelhio, distrital ou nacional é outra das exigências que devo cumprir. J.F. - Como vê a participação dos munícipes nestas sessões? R.R. - Em minha opinião, a participação dos munícipes não é de todo aquela que deveria ser. Talvez porque ao longo dos tempos, nunca existiu essa prática. É minha convicção que este desinteresse e o consequente distanciamento, se deve unicamente a uma acomodação da comunidade em geral e, na delegação dessas responsabilidades nos eleitos para os diversos órgãos municipais. A ausência de público não é
exclusivo das assembleias municipais, o mesmo se passa noutros órgãos autárquicos aonde a presença e participação ativa da população não é uma prática. Acredito mesmo, que há uma percentagem mínima da população que alguma vez tenha assistido e/ou participado cívicamente nas sessões, como é seu direito e obrigação como cidadão. Agrada-me verificar que atualmente há público e participação. Não é o ideal como já referi, mas diz o ditado popular que “ o caminho faz-se caminhando”. Há que continuar a desenvolver esforços nesse sentido, a opinião pública partilhada, discutida e aprofundada é extremamente importante para o desenvolvimento do bem estar da nossa comunidade.
J.F. -Pensa promover a descentralização das reuniões pelas freguesias? R.R. - É fundamental descentralizar, aproximarmo-nos das comunidades, conhecer de perto as suas realidades e ouvir quem melhor do que nós conhece os problemas locais, para encontrar as melhores soluções. É importantíssima a opinião de todas e todos, cujo contributo será para nós uma mais valia. Acrescento ainda que cada um de nós, deve ter a consciência de que os ideais de Abril têm de ser “cultivados”, não compete só aos governantes e aos eleitos locais zelar por isso. Todos nós, mulheres e homens, temos essa responsabilidade.
Carlos Viegas
JORNAL DE FERREIRA | JULHO 2018 3
ANTÓNIO SARAIVA PRESIDE AO CONSELHO ECONÓMICO E DO INVESTIMENTO DE FERREIRA DO ALENTEJO
E
m declarações ao "JF" sobre os principais pontos abordados, António Saraiva, adianta-nos que as ideias ali apresentadas, quer por pessoas da terra, quer por outras ligadas à terra, “vão permitir gerar mais atratividade suportadas por fatores como a cultura, o cante alentejano como um dos polos dessa grande cultura, a boa gente, a boa terra, o bom azeite...” Além disso, evidenciou o regadio e Ferreira do Alentejo como a Capital do Regadio, dizendo que há que publicitar o mais possível esses aspetos e partilhar todo o conhecimento, tentando assim, atrair mais iniciativas empresariais, sejam elas industriais, turísticas ou de serviços, que permitam aumentar o emprego e firmar o concelho à posição que ele tem que ter. Quanto ao futuro empresarial do Alentejo e em particular do concelho de Ferreira do Alen-
tejo, António Saraiva, mostra-se confiante, uma vez que o país em geral está com indicadores macro-económicos mais favoráveis e não é expectável que nos próximos três ou quatro anos existam fatores externos que possam perturbar estes bons indicadores. Acrescenta: “O país, como um todo, tem ele também que saber atrair investimento e, para isso, são necessárias reformas nomeadamente na área fiscal e da justiça económica, bem como a própria reforma da administração pública, pois há aqui caminho e trabalho de
casa para fazer. Antevejo o país com sinais positivos, assim a nossa classe política se entenda nas reformas que são necessárias.” Adianta ainda que, dentro desta evolução favorável que o país vive, o Alentejo e principalmente a nossa região com base no regadio, com base no Alqueva e nas infraestruturas que dispomos, infelizmente contamos com um o aeroporto mal explorado, um IP8 que tem de ser concluído, e uma rede ferroviária que nos ajude... Há aqui fatores que têm de contribuir positivamente para o desenvolvimento do Alentejo que tem capacidade, tem potencial e que há que aproveitar acompanhando este crescimento que se vem registando.” O Conselho Económico e do Investimento de Ferreira do Alentejo vai voltar a reunir no sentido de trabalhar para ajudar e contribuir para o desenvolvimento deste concelho.
Editorial
1. O jornal de ferreira, na atualidade, é talvez o principal meio de comunhão dos ferreirenses espalhados por todo o país e pelo mundo! Só por isso vale a pena a sua existência, ainda que ele também comporte muitos outros valores. Fica aqui o desafio para que, quem quiser, nos escreva e diga o que entender sobre a nossa terra, sobre a nossa gente, sobre acontecimentos, sobre pessoas, sobre história, sobre ideias, o que for... 2. Este número do jornal calha com o início de um novo mandato autárquico, por isso foi dada a palavra aos principais autarcas do município e das freguesias. Fica o convite para os ler. 3. Este novo ciclo, que agora se inicia, deve apostar mais em realizações imateriais do que em obras físicas, ainda que não descurando estas. Duas apostas essenciais são a educação e a economia. Desde logo, vai ser feito um grande esforço apontado à excelência do nosso sistema de educação e ensino formal e não formal. No capítulo da economia deve visar-se envolver o tecido empresarial na captação de investimento e na criação de emprego, respeitando o meio ambiente e cultura locais. 4. A participação dos cidadãos na vida da comunidade é outro ponto que deve nortear as nossas preocupações políticas mais nobres. Todos e todas, sem excepção, podem e devem dar o seu contributo cívico para o bem comum.
Luís Pita Ameixa Presidente
>> Uma das principais apostas do município para este ciclo passa pelo desenvolvimento sustentável da economia.
EMPRESÁRIOS UNEM-SE PELO DESENVOLVIMENTO DO CONCELHO
T
eve lugar no Ninho de Empresas, a primeira reunião do Conselho Económico para o Investimento, a qual contou com um significa-
tivo número de empresários, investidores no concelho de Ferreira do Alentejo. O objetivo da câmara municipal ao criar este Conselho Eco-
nómico é implicar mais as empresas na responsabilidade social pelo desenvolvimento do concelho, nomeadamente para atrair investimento, no-
vas empresas, e promover mais empregos. O desenvolvimento económico deve respeitar a defesa do ambiente e da qualidade de vida dos trabalhadores e de toda a população. Designadamente, é preocupação o caso da imigração, dos alojamentos, da integração social e cultural e o respeito
pelo meio ambiente. Uma reunião, convocada pelo Presidente da Câmara Municipal, Luís Pita Ameixa, que foi presidida pelo Presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) António Saraiva, que em declarações ao “JF” revelou um pouco do que foi tratado ao longo de duas horas e meia que durou a reunião.
Composição do Conselho Económico e do Investimento Nome António Saraiva António Silvestre Ferreira Josué Santos Paulo Pereira António Serrano Ana Silvestre Ferreira Bicó Luís Folque André Baltazar David Justino Fernando Santos Mário Gemperle Nuno Aires José Manuel Martins Gonçalves Luis Vasconcelos e Sousa Daniel Proença de Carvalho Ricardo Costa Bernardo Roque António Sevinate Pinto Diana Passanha
Setor de Atividade Industria Agricultura Financeiro Turismo Agro-industria Agro-industria Agro-industria Comercio Universidade Agricultura Agricultura Comunicação e Multimédia Agricultura e Agro-industria Agro-industria Agricultura e Serviços Comércio Energia Comércio e Agro-industria Agricultura
4 JULHO 2018 | JORNAL DE FERREIRA
FESTIVAL GIACOMETTI CUIDAR RAÍZES, LANÇAR REBENTOS O
evento, decorreu nos dias 1, 2 e 3 de Junho, sob o título Cuidar Raízes, Lançar Rebentos, e reuniu no primeiro dia, cerca de 450 crianças do concelho que desfilaram pelas ruas da Vila, com esquilas de metal, fabricadas artesanalmente em Alcáçovas. Um elo de ligação à arte da fundição do metal, bem como aos rituais da transumância e a manifestações de património imaterial contemporâneas, como é o caso do Grupo Folclórico Os Chocalheiros de Vila Verde de Ficalho, que animaram o festival pelas ruas de Peroguarda e de Ferreira do Alentejo. Mais tarde, uma Viagem no Tempo, numa mostra de pintura de Ana Parreira, uma pintora que nos anos 70/80, em Cascais, fez parte da mesma tertúlia artística e intelectual a que pertencia Michel Giacometti. Ambos partilhavam uma intimidade extraordinária com o Alentejo, ele através da musicologia, ela através da expressão plástica. Cerca das 20 horas, a Taberna do Zé Lélito, agora Núcleo Museológico Casa do Vinho e do Cante, à volta do vinho e do petisco, recebeu o Grupo Coral Os Boinas e onde se cantou à alentejana, ao despique e o cante ladrão, enquanto no Largo Dr. Jacinto Manuel de Oliveira, uma hora depois, eram apresentadas, em filme, Recolhas de Michel Giacometti. Uma realização de Alfredo Tropa, em episódios realizados para a RTP pelo etno-musicólogo corso, Michel Giacometti, fruto de uma recolha e investigação em Portugal de valor incontornável na área da música e culturas populares. Graças a estes documentos televisivos podemos hoje apreciar e compreender de forma ampla uma cultura de expressão po-
Pauliteiros de Miranda
pular do mundo rural desaparecido. Entretanto, no Jardim Público da Sede de Concelho, um concerto de Rosalía Mowgli e a Escuela Encantada, dedicado aos mais pequenos. Um concerto fortemente didático,
Lovén, no Centro Cultural Manuel da Fonseca, levaram, através do cinema, a música africana, Kuduro, coupé-décalé e ndombolo estilos de música de dança, baseados em ritmos tradicionais, tal como na capela de Santo António
Chocaleiros de Vila Verde de Ficalho - Peroguarda
com diversas culturas musicais, ibérica, indiana, latino-americana, africana e flamenca, introduzindo a sonoridade de múltiplos instrumentos. Um envolvimento direto com o público infantil que ofereceu ainda o lado insólito de transformar objetos do quotidiano em instrumentos musicais. Seguidamente, Göran Olsson, Lamin Daniel Jadama & Lars
houve lugar para o cinema romeno. A noite encerrou no Jardim Público, com Dj Rita Só - Undoing Taboos, numa coleção e saber vibrantes e imponentes da música africana, com particular atenção aos ritmos de Angola e Cabo Verde. No dia seguinte, Despique da Popia - Mercado e Concurso animado pelas vizinhas Chi-
Cante Alentejano acompanhado com Viola Campaniça
ca e Rosa, (Teresa Jardinha e Rita Guerreiro, do grupo de teatro ritété) que deram alegria ao inicio da manhã no Jardim Público e onde a população das freguesias foi convidada a trazer as suas popias de receitas antigas. Receitas das avós
Cante Alentejano pelas ruas da Vila
e das madrinhas. Ali ao lado, no Centro Cultural, um workshop sobre o Cante Popular Religioso no Baixo Alentejo pelo Padre António Cartageno, diplomado em Canto Gregoriano e em Composição Sacra pelo Pontifício Instituto de Música Sacra de Roma, o qual partilhou a sua sensibilidade e conhecimento do cante po-
Músicas Ibéricas
pular religioso, enquanto contributo para a evangelização e para a cultura. Após o almoço, no auditório do Museu Municipal, Músicas Ibéricas, outro workshop por Rosalía Mowgli e Luis Gálvez, Punto, dirigido a músicos profissionais, amadores e a curiosos, numa tarde de aprendizagem musical e de cultura ibérica. Uma viagem através da beleza da música espanhola de raiz popular baseada numa recolha de músicas de várias partes de Espanha. No Jardim Publico, um convidado muito especial e uma enorme curiosidade sobre ele, um músico indígena, índio da Amazónia profunda que dá pelo nome de Káwá Huni Kuin, sob a orientação da antropóloga Verónica Castro, comentou imagens sobre a sua região, exibidas num ecrã gigante e falou sobre a vida nas aldeias indígenas do alto Jordão na floresta amazónica, revelando-nos o papel fundamental da música e da dança na cultura da etnia indígena, respondendo ainda a diversas perguntas do público presente. O Festival prosseguiu na Pra-
Dança dos Pauliteiros
JORNAL DE FERREIRA | JULHO 2018 5
>> Entrevista à Vereadora
MARIA JOSÉ DO Ó EFIGÉNIO
Músico Indígena - Índio da Amazónia
ça Comendador Infante Passanha, com apresentação e degustação de cerveja artesanal do Baixo Alentejo, onde “Subversões e Canções de Embalar Urbanas” de Rosalía Mowgli, cantora, guitarrista e compositora de conhecimento profundo de música tradicional ibérica, nos trouxe uma série alargada de canções populares. Mas também a dança dos Pauliteiros de Miranda, ali marcaram presença. Uma dança que pode bem ser de origem guerreira da época Celta, com uma coreografia considerada única no mundo,
Drum N Bass com samples de música tradicional gravada por Michel Giacometti. Seguiu-se ainda DJ KennyStones, um ferreirense, numa viagem através do tempo, percorrendo estilos Hip Hop, desde o Bombas ao Trap. O rebuliço continuou no dia seguinte com uma largada de pombos a meio da manhã em Peroguarda, seguida de Arte de Cortar Presunto por António González Cárdeno, na Casa do Povo da Localidade e concerto de acordeons com Luís Mira e João Romão. O terceiro dia de festival terminou no Centro Cultural da
Espetáculo musical no Anfiteatro do Jardim publico
"cante" em Peroguarda, Ferreira e Figueira dos Cavaleiros. Os laços profundos que estabeleceu com a comunidade local, principalmente com Peroguarda, onde criou diferentes amizades, levaram-no a escolher a pequena aldeia para sua última morada. Ferreira do Alentejo está assim de parabéns pela realização deste evento, não só pela relevância da homenagem, mas também pela riqueza cultural do conteúdo apresentado. Em nota de imprensa, a autarquia adiantou que pretende tornar este Festival “um
J.F. - Quais os grandes desafios que o executivo enfrenta? M.J.O. - Os desafios são vários e estão relacionados com o cumprimento dos objetivos que se pretendem atingir neste mandato. Tornar o concelho de Ferreira do Alentejo um território atrativo e que ofereça boas condições de vida aos seus habitantes é primordial. Neste âmbito requalificar os equipamentos e melhorar os serviços públicos é uma preocupação constante deste executivo e revela a primazia da reutilização/reconversão dos espaços com a intenção muito clara de melhorar as suas condições de utilização pelos munícipes e pelos visitantes. A estratégia tem decorrido com a intervenção pontual em alguns equipamentos, nomeadamente a melhoria de qualidade da água, das piscinas e de abastecimento público, e, ao mesmo tempo, a preparação de projetos que permitam concretizar esta ideia. Por outro lado o ambiente e a proteção dos recursos naturais exigem a nossa atenção encontrando-se em preparação a realização de estudos que possam sustentar as melhores decisões. Em simultâneo é nossa intenção reconhecer o mérito, a iniciativa e a competência profissional de todos os funcionários. J.F. - Que constrangimentos poderão impedir/condicionar a concretização dos objetivos traçados? M.J.O. - São sobretudo de ordem financeira mas não só. Há que desenvolver um trabalho permanente com os serviços municipais na identificação das necessidades e das fragilidades existentes privilegiando soluções que se revelem eficazes e exemplos de boas práticas. O resultado deste trabalho permitirá competir na obtenção de financiamentos com projetos credíveis que sejam sustentáveis e representativos de uma boa gestão financeira pública.
ODIVELAS CIDADE / ODIVELAS ALDEIA Teve lugar no dia 6 de Maio, a 9ª edição - “Odivelas Cidade / Odivelas Aldeia” . Uma ligação feita em bicicleta por inúmeros participantes que anualmente se deslocam desde a cidade de Odivelas, no distrito de Lisboa até à aldeia, do mesmo nome, do nosso concelho. O evento contou com a presença dos presidentes de Câmara e Vereadores dos dois municípios, bem como dos presidentes das duas freguesias. Após a chegada dos ciclistas houve lugar a um almoço/conví-
Noite de convívio na Taberna do Lélito
as danças “Lhaços”, retrataram temas de índole agrícola, com ênfase nos temas sociais, guerreiros, amorosos e religiosos, entre outros. Posteriormente, foi a vez da viola campaniça, por Pedro Mestre e o Rancho de Cantadores da Aldeia Nova de São Bento. Evocando o mais genuíno toque de viola campaniça, que desde sempre acompanhou os cantes de improviso no Alentejo, Pedro Mestre presenteou o público com temas inéditos, da sua autoria e modas do cancioneiro tradicional alentejano, as quais ganham novo fôlego, onde a tradição e inovação se fundem. A noite encerrou dedicada ao Hip Hop por DJ 4laquimista com música da sua autoria e uma viagem musical abrangente que cruza Hip Hop e
Crianças com esquilas pelas ruas da Vila
Sede de concelho, com palestra de Bernardo Moreira (DJ 4lquimista) sobre as influencias e o desenvolvimento ao longo da história do Hip Hop nos Estados Unidos e em Portugal. Três dias inesquecíveis com mais de vinte espetáculos numa Homenagem a Giacometti, figura que fez várias recolhas relacionadas com o
eixo importante no panorama cultural português e, em simultâneo, contribuir positivamente para o debate social e ambiental no mundo.” Segundo Helena Inverno, curadora artística do festival, é possível agora antever um crescimento muito rápido, já para o próximo ano, assim como uma maior envergadura e visibilidade.
vio na Barragem de Odivelas, durante o qual, Luís Pita Ameixa, em conversa com os autarcas visitantes, alvitrou a possibilidade de uma futura Geminação entre estas localidades, o que mereceu imediata concordância por parte dos dois autarcas da cidade homónima, ficando acordado, que a próxima edição será realizada em Odivelas cidade. Uma localidade com quatro freguesias e com uma população na ordem dos 170 mil habitantes. O objetivo desta geminação tem por finalidade cimentar as relações de amizade já existentes ao longo de nove anos, através de um intercâmbio cultural, partilha de conhecimento e outras atividades de interesse mútuo.
6 JULHO 2018 | JORNAL DE FERREIRA
>> Notícias
O MELHOR AZEITE DO MUNDO PRODUZ-SE EM FERREIRA DO ALENTEJO Em Nova Iorque Ferreira do Alentejo assume o papel principal O azeite produzido na categoria de frutado verde ligeiro, pela Sociedade Agrícola Vale do Ouro, em Ferreira do Alentejo, foi vencedor do galardão internacional mais prestigiado na fileira do azeite. Em idêntica categoria de azeite, a Sovena, igualmente produtora em Ferreira do Alentejo, foi contemplada com o 2.º prémio (empresa esta que também comercializa os produtos da Sociedade Agrícola Vale do Ouro e, entre
outras marcas, a Oliveira da Serra). Saliente-se que nesta edição de 2018 estiveram em concurso 189 marcas de azeites oriundas de vários países, concorrendo Portugal com 35 marcas e Espanha com 97. De realçar ainda que os respetivos galardões foram entregues no dia 29 de Junho em Nova Iorque. Segundo declarações proferidas por Otto Teixeira da Cruz, diretor de Marketing e Vendas da Sovena, “O
reconhecimento da qualidade do Azeite Oliveira da Serra no mais prestigiado concurso internacional de azeite – Mário Solinas – com a atribuição do primeiro e segundo prémios na categoria de Frutado Verde Ligeiro e o terceiro prémio na categoria Frutado Verde Maduro é o reflexo da dedicação da marca, na contínua aposta no olival e lagar em pleno coração do Alentejo”.
TURISMO Vai iniciar-se um novo mandato na Entidade Regional de Turismo do Alentejo, no qual o presidente da câmara de Ferreira do Alentejo ocupa o lugar de presidente da mesa da assembleia geral. A participação do município na Entidade Regional de Turismo é consentânea com o incremento desta atividade económica no concelho. Diversas empresas têm vindo a trabalhar cada vez mais neste setor. Destaca-se o aumento dos alojamentos
locais, conforme se pode ver do quadro anexo, sendo de salientar que o hotel “O Gato”, em Odivelas, está a preparar um aumento da sua capacidade de 35 para 47 camas. Também a empresa Vale da Rosa está a trazer muitos turistas a visitar as suas vinhas, com passagem por Ferreira e visita a locais históricos e turísticos da vila. A empresa Sovena, no lagar do marmelo, igualmente tem sido um forte polo de atração
de turistas. O presidente da câmara, em declarações ao nosso jornal, enfatizou que o turismo é visto pela autarquia como uma atividade
CESTAS DE ODIVELAS - PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL No âmbito das comemorações do Feriado Municipal, a autarquia realizou a apresentação formal da candidatura ao inventário nacional da produção de cestas de esteira como Património Cultural Imaterial de Relevância Municipal. A cerimónia teve lugar no dia 5 de março, no Centro Cultural de Odivelas e
contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que assistiu ao lançamento público da candidatura da cestaria tradicional a património cultural nacional. Recorde-se que a cestaria de Odivelas na década de 70, 80 e 90 era uma atividade bastante significativa na freguesia, e possibilitava
bastantes postos de trabalho, distribuídos por algumas pequenas empresas. A evolução dos tempos levou praticamente ao seu desaparecimento, sendo substituídas pelos agora, inconvenientes e prejudiciais, sacos de plástico. Contudo, embora as sentidas dificuldades na comercialização destas cestas, a persistência no seu fabrico, por parte de alguns produtores, Junta de Freguesia e Câmara Municipal, levam agora a um maior empenhamento na divulgação e promoção deste maravilhoso artesanato. Entretanto, está patente ao público, no museu municipal, em Ferreira do Alentejo, uma exposição alusiva à história e ao fabrico das cestas de Odivelas.
que pode contribuir muito, no futuro próximo, para o emprego e desenvolvimento local. Uma das primeiras decisões da câmara foi, justa-
mente, modificar a organização dos serviços camarários, retirando o setor do turismo dos serviços culturais para o âmbito da economia.
ÓRGÃOS SOCIAIS DA ENTIDADE REGIONAL TURISMO DO ALENTEJO E RIBATEJO Os novos órgãos sociais da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo tomaram posse no dia 19 de julho, no Núcleo Museológico-Adega do Zé Lelito em Ferreira do Alentejo. Os órgãos são presididos por Ceia da Silva na Comissão Executiva, Luís Pita Ameixa na Mesa da Assembleia Geral e Miguel Breyner no Concelho de Marketing. Também presente o presidente da Agência de Promoção Turística do Alentejo, Vitor Silva.
JORNAL DE FERREIRA | JULHO 2018 7
TERRAS SEM SOMBRA Realizou-se em Ferreira do Alentejo, mais uma edição do Festival Terras Sem Sombra. O evento teve inicio a meio da tarde, com uma visita à Quinta de São Vicente, dado o seu interesse patrimonial e arquitetónico, uma propriedade privada pertencente à família Passanha, que abriu as suas portas ao público, pela primeira vez, exclusivamente para o Terras sem Sombra.
>> Entrevista ao Vereador musical com a pianista Pauline Yang, uma importante pianista norte americana, que interpretou e encantou, com diversos compositores, estilos e épocas do século XVII até aos nossos dias.
Mais tarde, às 21,30 horas, já nas instalações do Lagar do Marmelo, onde se produz o azeite Oliveira da Serra em Figueira dos Cavaleiros, e com inúmero público presente, houve lugar a um concerto
PLANTA EM EXTINÇÃO O programa do Terras sem Sombra terminou na manhã de domingo, num passeio ao campo em busca de uma planta que só existe no Baixo Alentejo. A Linaria Ricardoi, um
endemismo lusitano muito raro, localizado na região. Os núcleos populacionais recenseados incluem usualmente algumas centenas de exemplares, sinal de que se encontra em perigo de extinção.
de
18 agosto 20
agosto
3_sexta 19h00- Abertura Oficial da Feira do
Melão 2018
19h30 - Abertura do Espaço Infantil
Animação | Insufláveis | Pinturas | Jogos
20h00 - Concurso do "Melhor Melão» 20h00 - Grupo Instrumental LOS TRÉS COLORES 21h00 - Baile com ANDRÉ GODINHO 22h30 - SEVILHANAS SIEMPRE A BAILAR 23h30 - Artista ANA RITA 00h00 - Continuação do Baile com ANDRÉ GODINHO
J.F. - Que colaboração oferece a câmara municipal para quem pretenda iniciar um projeto de investimento na área de turismo? J.R.G. - Devem ser os privados a desenvolver as iniciativas empresariais como a criação de unidades de alojamento, de espaços de restauração ou atividades de animação. A Câmara Municipal, através dos seus serviços técnicos, presta informação sobre as condições de licenciamento das atividades turísticas ou sobre os apoios financeiros disponíveis para a realização de investimentos no setor turístico. Mas, tão importante como este tipo de apoio, é ajudar a criar as condições para que as pessoas tenham vontade de visitar o concelho e permanecer vários dias. Para isso é fundamental que todos, Câmara Municipal e empresas turísticas, trabalhem em parceria e consigam implementar uma estratégia que ajude a potenciar o concelho como destino turístico. J.F. - O número de Unidades Turísticas e/ou camas existentes atualmente no concelho são suficientes? J.R.G. - Entendo que faz sentido a criação de mais unidades turísticas e de mais camas no nosso concelho. Se queremos aumentar o peso económico da atividade turística, precisamos de aumentar o número de camas e de serviços de apoio ao turismo.
EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA “MEMÓRIAS” O Arquivo Municipal de Ferreira do Alentejo levou a efeito uma exposição fotográfica intitulada "Memórias", na qual várias pessoas contribuíram com fotos que recordam tempos e acontecimentos antigos.
#FEIRADOMELÃO
3, 4 e5
JOSÉ VALENTE GUERRA
agosto
4_sabado
5_domingo
agosto
19h00 - Grupo Coral e Instrumental Infantil «OS RURAIS» de Figueira dos Cavaleiros 19h30 - Abertura do Espaço Infantil
Animação | Insufláveis | Pinturas | Jogos
19h30 - Concurso do "Melhor Doce de Melão" 20h00 - Grupo Coral Misto «OS RURAIS» de Figueira dos Cavaleiros 20h30 - Grupo Instrumental AMANTES DO ALENTEJO 22h00 - Atuação da Banda NAS HORAS 00h00 - Artista LUIZINHO DE PORTUGAL 1h30 - Continuação da atuação da Banda NAS HORAS
Grupo Coral e Instrumental Infantil «Os Rurais» de Figueira dos Cavaleiros
19h30 - Abertura do Espaço Infantil -
Animação | Insufláveis | Pinturas | Jogos
20h00 - Concurso do "Melhor Expositor" 20h00 - Grupo Coral Feminino «As Margaridas de Maio» de Santa Margarida do Sado 21h00 - Baile com EMANUEL MARTINS 22h30 - Entrega dos prémios: Melhor Melão; Melhor Doce de Melão e Melhor Expositor 23h00 - Artista CATHY (ex Tayti) 00h00 - Continuação do baile com EMANUEL MARTINS
Grupo Coral Misto «Os Rurais» de Figueira dos Cavaleiros
Grupo Coral Feminino «As Margridas de Maio» de Santa Margarida do Sado
André Godinho
Siempre a Bailar
Ana Rita Emanuel Martins
Uma Freguesia com FUTURO! Orgulhosamente Agrícola!
EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA DO PARLAMENTO PORTUGUÊS Na sala de exposições temporárias do Museu Municipal, foi mostrada a exposição fotográfica "Imagens Históricas do Parlamento Português" da autoria de Joshua Benoliel. Entre as imagens antigas, captadas por aquele fotógrafo, destaque para a figura do ferreirense Júlio de Vilhena, ao lado do rei D. Manuel II, em fotos tiradas em 1908. A inauguração contou, entre outras individualidades, com a presença de Jorge Lacão - Vice-Presidente da Assembleia da República.
8 JULHO 2018 | JORNAL DE FERREIRA
>> Entrevistas a Presidentes de Freguesia
Carlos Raposo
José João Cavaco
União das Freguesias de Alfundão e Peroguarda
União das Freguesias de Ferreira do Alentejo e Canhestros
J.F. - Que balanço faz destes primeiros meses de mandato? C.R. - Nestes primeiros meses de mandato, conseguimos projetar / executar as atividades e os projetos que inicialmente estavam agendados. Concluímos algumas obras que estavam a decorrer e empenhamo-nos diariamente pensando no futuro.
J.F. - Quais os setores de atividade com maior preponderância atualmente na freguesia? C. R. - Obviamente, como em todo o Concelho, a agricultura é predominante, estando inseridas na nossa freguesia algumas das maiores empresas nacionais. Temos o maior parque de empresas de transporte e prestação de serviços do Concelho, o melhor azeite nacional, a única queijaria homologada do concelho. A restauração, panificação e restante comércio da freguesia, são de uma extrema importância para a nossa sobrevivência e crescimento.
J.F. - Como vê este inicio de mandato decorridos que estão os primeiros meses sobre o acto eleitoral e como perspetiva o futuro? J.J.C. - Considerando a extensão territorial da União de Freguesias de Ferreira do Alentejo e Canhestros (cerca de 300 Km2), o elevado número de residentes (cerca de 65 por cento da popu-
lação do concelho) e, ainda, o número de aldeias e lugares que a integram, são compreensíveis, algumas dificuldades de gestão, acrescidas pelo processo (imposto) pela agregação de freguesias, feito sem qualquer rigor e respeito por autarcas e população. O presente e o futuro, dependem diretamente da dinâmica da nossa sociedade, do papel interventivo dos nossos empresários, instituições e associações. No nosso caso (freguesia) o êxito da nossa ação, depende de nós autarcas, da capacidade, ou não, de nos envolvermos e partilharmos coisas de interesse comum com a comunidade. Destaco, ainda, neste particular a importância dos nossos funcio-
Juvenália Salgado
Rodrigo Raposo
Freguesia de Figueira dos Cavaleiros
Freguesia de Odivelas
de Natal, Dia Internacional da Mulher, 25 de Abril e outras em parceria com as coletividades; Cante aos Reis, Cante ao Menino, Maratona de BTT e Festas da Comunidade Educativa.
J.F. - Que trabalho tem sido desenvolvido ao longo destes primeiros meses do mandato? J.S. - Neste novo mandato temos dado continuidade à nossa principal missão que é o apoio à população e melhoramento da nossa vida coletiva. Incutimos uma nova dinâmica à animação sénior da Freguesia, promovendo o projeto da Junta de Freguesia "Animação na Escolinha" nas duas localidades da Freguesia. Concluímos os arranjos no espaço interior das Escolas de Santa Margarida do Sado, que consistiram na melhoria das condições das salas de entrada, no reforço do isolamento térmico e remodelação das casas de banho. Foi possível, concluir a abertura de campas no cemitério de Figueira dos Cavaleiros. Mantivemos a tradição com as festividades
Por ordem prioritária, diga-nos quais as principais necessidades da Freguesia? J.S. - As principais necessidades identificadas no que diz respeito a obras são: a execução do projeto de redimensionamento das águas pluviais em Figueira dos Cavaleiros (que se prevê iniciar a 1.º fase no mês de julho); o melhoramento do espaço exterior das Escolas de Santa Margarida do Sado, a criação de Centro Sénior em Santa Margarida do Sado; a requalificação dos Balneários Públicos e dos Balneários do Salão de Festas; bem como a construção de Casa Mortuária em Figueira dos Cavaleiros. Identificamos também como necessidade prioritária o reforço de apoio às crianças e famílias no período não letivo, que vamos tentar superar em conjunto já no período de férias de verão.
J.F. - O que falta fazer na freguesia? R.R. - Ao longo destes anos foram muitas as obras/atividades que esta Junta de Freguesia tem vindo a fazer, mas existem sempre novos projetos, novas ideias e novas intenções. Um dos nossos objetivos e que nos falta fazer é valorizar a nossa História. Odivelas é uma freguesia com História, com Património, com Artesanato, uma freguesia que em tempos teve uma forte atividade no ramo da moagem, onde existiram vários moinhos de água e de vento, em Odivelas existiu a atividade de produção de cal, Odivelas está na rota dos Caminhos de Santiago, um Caminho Romano. Odivelas tem vestígios da existência de povoados históricos,
penso que nos falta reconhecer e valorizar a nossa Historia e as nossas origens. Temos a certeza que ao desenvolver este trabalho a localidade de Odivelas, vai, sem duvida, beneficiar com isso. Novas pessoas virão procurar a nossa história, conhecer a nossa localidade, e quem sabe, investir em Odivelas, pois temos já vários exemplos de pessoas que sem qualquer ligação, sem quaisquer raízes a esta localidade, investiram em Odivelas, adquirindo habitações recuperando, as mesmas e, algumas dessas pessoas, passaram a residir em Odivelas. Tudo isso se deve ao espaço da barragem de Odivelas, um dos melhores cartões de visita do concelho, um local que também nos falta valorizar e é nossa intenção requalificar toda a zona de Lazer da Barragem de Odivelas, de forma a potenciar esse espaço, para que todos possamos ter orgulho desse recurso existente na nossa Freguesia. Por outro lado, pretendemos requalificar o edifício Sede da Junta de Freguesia de forma a prestar melhores serviços e melhorar a sua qualidade,
nários pois, deles, depende, e muito, o sucesso de todos. J.F. - Qual o trabalho/obra que mais gostaria de ver concluído a curto prazo? J.J.C. - Todas as obras e realizações são importantes. Até as mais pequenas, que parecendo de menor importância, têm também um valor acrescido, dependendo sempre do motivo a que se destinam. Realço uma aposta que me parece sistematicamente adiada na nossa Vila, Sede de concelho, que tem a ver com a inexistência de um Espaço Multiusos e de um Centro Cultural à dimensão e pergaminhos do concelho de Ferreira do Alentejo.
bem como construir a zona de lazer entre o campo de futebol e a rua 25 de Abril, tornando esse espaço num espaço de lazer, atendendo a sua proximidade com o edifício do Centro Cultural de Odivelas e o Campo de Futebol. Muito mais haverá a fazer e este executivo está atento e próximo das pessoas de forma a concretizar novos desafios e novos projetos. J.F. - Como gostava que as pessoas avaliassem o seu mandato? R.R. - Nós temos vindo a comprovar que as pessoas avaliam diariamente todo o nosso trabalho, isto porque sentimos que estamos próximos das pessoas, transmitindo todas as nossas dificuldades, toda a nossa dedicação e empenho em trabalhar em prol desta população e desta localidade. Esta proximidade e transparência, faz com que as pessoas sejam conhecedoras da realidade, e essa é a melhor forma de nos avaliarem. Mas, acima de tudo, espero e tenho a certeza, que as pessoas avaliam o nosso mandato de forma positiva, pelos motivos atrás referidos: A proximidade com as pessoas.
JORNAL DE FERREIRA | JULHO 2018 9
SECRETÁRIO DE ESTADO DAS AUTARQUIAS VISITOU FERREIRA O Secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Soares Miguel, visitou Alfundão e Ferreira do Alentejo. A receção ao governante ocorreu, inicialmente, nas instalações da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo e contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal – Luís António Pita Ameixa, Vereadores, Maria José do Ó, José Rocha Guerra, Presidente e diretores da instituição bancária, respetivamente Josué Ferreira dos Santos, Alexandre Machado e António Conduto Revez. Numa curta reunião ali realizada, foram abordados temas relacionados com a agricultura e alguma poluição que se verifica por parte das estações de transformação de bagaço existentes no concelho, bem como a habitual colaboração prestada às Associações, por parte daquela instituição bancária. A anteceder o fim da visita, o presidente da caixa agrícola agraciou o Secretário de Estado com algumas lembranças alusivas à instituição. Seguiu-se uma visita às instalações da herdade Vale da Rosa, uma das maiores empresas nacionais de produção e comercialização de uva de mesa sem grainha e que possibilita uma média anual de cerca de 500 postos de trabalho. António Silvestre Ferreira, administrador e proprietário da empresa, fez questão de proceder a uma visita guiada, que culminou com a oferta de embalagens de vinagre de uva a todos os presentes. Um novo produto que passou a comercializar recentemente com a marca Paladim - Vinagre de Uvas Vale da Rosa, através da empresa Mendes Gonçalves (MG) um produto concebido a partir da produção excedente das uvas de Vale da Rosa. Com este projeto, a empresa detentora da Paladin pretende dar utilidade às uvas que não cumprem os rigorosos parâmetros de qualidade a que a marca obriga, mas que se encontram em perfeitas condições para a produção de um vinagre de qualidade. Refira-se que todos os anos,
a Vale da Rosa desperdiçava inúmeras toneladas de uvas, e após uma análise da MG à matéria, aliada à sua experiência na produção de vinagres, permitiu reunir as condições necessárias para avançar para a criação de um vinagre de excelência. Posteriormente, Alfundão acolheu toda a comitiva com a sua tradicional e excelente gastronomia e, mais tarde, em Ferreira do Alentejo, o Presidente da Câmara fez questão de proceder a uma visita guiada ao edifício dos Paços do Concelho, a fim do governante constatar o deficiente estado do edifício. Uma visita antecedida pela cerimónia de encerramento que teve lugar no Salão Nobre da Assembleia Municipal e
onde Luís Pita Ameixa, começou por referir que “Esta visita tem muito significado para nós porque temos algumas apostas para estes próximos anos que queremos concretizar. Primeiramente, uma aposta no desenvolvimento económico e no emprego e, por isso, é muito importante e agradeço muito à Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, na pessoa do seu Presidente, Josué Ferreira dos Santos, assim como à Herdade Vale da Rosa na pessoa do senhor Comendador António Sivestre Ferreira, terem aceitado participar nesta visita e serem anfitriões, porque eles significam e representam também o que são as atividades económicas do nosso concelho.” O autarca apelou à unidade dizendo que é obrigação da Câmara Municipal, Órgãos autárquicos e agentes económicos, “remarem” todos no mesmo sentido, pois só assim, será possível o desen-
volvimento económico e o emprego. Ainda a propósito das valências que a mesma possibilita, o autarca referiu-se a várias experiências pioneiras no Concelho, sendo uma delas a Unidade de Apoio Integrado, hoje chamada de Cuidados Continuados (tratamento de pessoas com dependência sem condições para estar num Lar ou Hospital). Uma realidade hoje com grande sucesso em Portugal, feita pela primeira vez em Ferreira do Alentejo. Mas também na área da educação e formação de adultos, adianta ainda, “além disso, também fomos pioneiros com o programa de Reconhecimento e Validação de Competências. Por isso, estamos uma vez mais disponíveis para sermos fatores de experiências de sucesso, e esperamos poder também fazê-lo no âmbito do processo de descentralização, pois a nossa aposta na qualidade da vida urbana prende-se também com a qualidade dos serviços públicos, sendo muito importante disponibilizar à nossa população, àqueles que nos visitam e empreendem, serviços públicos de qualidade”. Novos Paços do Concelho Luís Pita Ameixa, fez questão de evidenciar algumas modernas instalações construídas aquando dos seus anteriores mandatos, nomeadamente o novo edifício das Finanças, novo edifício do Tribunal, novas Juntas de Freguesia e outros, fazendo notar que chegou o momento de olhar agora para o carente edifício dos Paços do Concelho. Disse: “(...) querermos empreender um novo edifício dos Paços do Concelho que abrigue os diversos serviços que, como se sabe, estão espalhados por vários locais e sem condições, não respeitando sequer as regras de serviço público do século em que nos encontramos. O senhor Secretário de Estado já teve oportunidade de visitar e constatar o estado das nossas instalações, por isso, tanto quanto for possí-
>> Entrevista à Vereadora
ANA RUTE DE SOUSA J.F. - Existe em carteira um grande projeto na área da educação que a câmara municipal pretende implementar no concelho. Quer esclarecer-nos um pouco mais sobre o assunto? A.R.S - Com certeza. Devo dizer que as nossas crianças e jovens, têm direito a uma Educação de Excelência, pelo que consideramos, sem dúvida, a Educação a grande bandeira deste mandato. Queremos espaços e projetos educativos concebidos com o objetivo de oferecer uma educação de qualidade e um ensino de excelência aos nossos alunos, pelo que vamos continuar a investir no Parque Escolar, não só na requalificação dos edifícios, como também nos espaços exteriores, na jardinagem e nos equipamentos. Por outro lado, vamos valorizar os auxiliares da ação educativa, através da frequência de ações de formação e libertando-os de certas funções de limpeza dos espaços escolares. Vamos também reforçar, já no próximo ano letivo (2018/19) os apoios sociais aos alunos e famílias, nomeadamente através da oferta dos cadernos de fichas escolares à totalidade dos alunos dos três ciclos de ensino básico (1º ao 9º ano) e através da atribuição de bolsas de estudo, no valor de 200 euros, a todos os alunos, sem exceção, que frequentem o ensino secundário na escola de Ferreira do Alentejo (10º, 11º e 12º anos). J.F. - Sei que existe um projeto que inclui uma parceria com a Universidade Nova de Lisboa quer comentar? Sim, temos para breve, com a colaboração da Universidade Nova Lisboa, um projeto estruturante de desenvolvimento da educação e ensino no concelho, que se pretende que seja forte, inovador e participativo. Vamos efetuar o diagnóstico educativo com o objetivo de elaborarmos um Plano Estratégico Educativo Municipal para todo o nosso concelho, ou seja: a) Capacitar as escolas e as comunidades (alunos, professores, pais, cidadãos e decisores políticos) para a promoção da excelência educativa; b) Capacitar tecnicamente e garantir-nos uma assessoria para a adoção de planos e estratégias de desenvolvimento educativo local; c) Identificar, difundir e monitorizar as “boas práticas” escolares; d) Desenvolver modelos de monitorização do desempenho e autoavaliação das escolas; e) Produzir conhecimentos científicos sobre as dinâmicas educacionais, sociais e culturais do Município de Ferreira do Alentejo.
vel, gostaríamos de contar com a colaboração do Governo para empreender este projeto dos Paços do Concelho, assim como o governo poderá contar connosco.” A terminar, o autarca apelou uma vez mais à unidade de todos e a uma maior democracia participativa em tomadas de decisão nas questões públicas, encerrando com a entrega ao membro do Governo, de uma alcofa do artesanato de Odivelas e uma réplica da Capela do Calvário – ex-libris da Vila de Ferreira. Por sua vez, o Secretário de Estado, agradeceu a afetuosidade com que foi recebido nos vários locais que visitou,
quer na referida instituição bancária, na pessoa do seu Presidente – Josué Ferreira dos Santos, na Herdade Vale da Rosa, na pessoa do seu Administrador – Comendador António Silvestre Ferreira, fazendo questão de recordar a forte relação de amizade que mantém com Luís Pita Ameixa. Relativamente à intervenção do Presidente da Câmara, e mais precisamente sobre o Projeto para os Paços do Concelho, o governante mostrou-se recetivo a colaborar, reconhecendo as insuficiências do edifício, e revelando que duContinua na pág. 11>>
10 JULHO 2018 | JORNAL DE FERREIRA
GRANDES OPÇÕES DO PLANO E ORÇAMENTO DO MUNICÍPIO DE FERREIRA DO ALENTEJO Opções programáticas
N
o que respeita a opções programáticas, as Grandes Opções do Plano 2018-2021 contemplam 71 Novas Ações, o que mostra bem o inicio de uma nova fase política. Destas Novas Ações 37 traduzem-se em investimentos (PPI) e 34 Ações relevantes a levar a cabo pelo município (AMR) em 2018. De entre estas novas ações destacamos algumas como: - Investimento nos Paços do Concelho; - Investimento nas escolas (edifícios, espaços exteriores, jardinagem e equipamentos); - Investimento, em novos moldes, na higiene e limpeza das escolas; - Valorização dos auxiliares de ação educativa; - Fortes e inovadores apoios sociais aos alunos e famílias, nomeadamente: Oferta dos cadernos de fichas escolares à totalidade dos alunos dos três ciclos do ensino básico (1.º ao 9.º ano) que ate agora só abrangia o 1.º ciclo; Concessão de bolsas de estudo, no valor de 200 euros, a todos os alunos que frequen-
tem o ensino secundário na Escola de Ferreira do Alentejo (10.º, 11.º e 12.º anos) - Lançamento de um projeto estruturante de desenvolvimento da educação e ensino no concelho, que se pretende que seja forte, inovador e participativo; - Lançamento da Universidade Popular, no domínio da promoção cultural participativa; - Inicio de um plano para dotar todas as localidades de centros seniores; - Redinamização do parque de lazer da barragem de Odivelas; - Requalificação geral dos equipamentos municipais que servem o público (casa mortuária, terminal rodoviário, jardim público, fonte nova, canil, etc.); - Lançamento do Festival Giacometti, no domínio das culturas e músicas de raiz popular; - Apoio à criação dos serviços sociais dos trabalhadores do município e, investimento em mais formação profissional para os mesmos; - Regulamento de apoio social; - Rede de voluntariado; - Revisão do PDM (Plano Diretor Municipal); - Lançamento de estudos e ações de estratégia, plane-
amento e desenvolvimento económico; - Dinamização empresarial e aposta na ligação da tecnologia com empresas e, bem assim, na formação profissional; - Lançamento de iniciativa visando a diáspora ferreirense espalhada pelo mundo; - Lançamento de iniciativa visando as comunidades imigrantes instaladas no concelho; - Lançamento dos programas Erasmus Ferreira, e, Nossa Identidade-Nossos Valores, para a juventude; - Promoção do turismo como atividade económica relevante; - Programa de Requalificação Urbana; - Incremento da limpeza urbana e higiene de contentores; - Programa de médio/longo prazo para abastecimento de água de qualidade; - Outras ações de continuidade da atividade da Câmara Municipal deverão ser reforçadas como sejam, o apoio à ação das coletividades e das instituições sociais; - Será lançada uma ação nova de sensibilização da população com o dia da segurança e proteção civil; - Haverá também uma forte disponibilidade para a coo-
peração com as freguesias, bem como com o Estado. - Será dado cumprimento à delegação e competências nas freguesias, com os acordos de execução, legalmente previstos, e serão revistos os protocolos de colaboração; - O município deverá exercer uma forte ação de colaboração com entidades exteriores, nomeadamente ao nível do Governo, e outras. Em especial, a ação do município deverá estar focada no desenvolvimento económico e no emprego. Importa pugnar pela instalação de empresas que criem desenvolvimento e emprego, com respeito pelo meio ambiente, devendo, neste aspe-
to, haver uma especial cautela e exigência. De igual modo, o desenvolvimento no setor agrícola e agro-industrial deve ser acarinhado pela Câmara na sua ação, devendo considerar-se o interesse na diversificação das culturas no território concelhio. ORÇAMENTO: O orçamento municipal, para 2018, importa, tanto na receita como na despesa em 13,9 milhões de euros. Numa lógica de contenção e realismo, o orçamento para 2018 desce 19 por cento face ao ano transato, no qual a execução demonstrou ser à volta deste valor a capacidade de realização atual do município.
ESTATUTO DO DIREITO DE OPOSIÇÃO - RELATÓRIO 2017/18 1. O Estatuto de Direito de Oposição está estabelecido na Lei 24/98, de 26 de Maio. Este direito de oposição consiste na atividade de acompanhamento, fiscalização e crítica das orientações políticas do executivo municipal. 2. Os titulares do Direito de Oposição são os Partidos Políticos com assento na Assembleia Municipal que não estejam representados no órgão executivo e ainda aqueles que, estando representados na Câmara Municipal, nenhum dos seus representantes assuma pelouros, poderes delegados ou outras formas de responsabilidade direta e imediata pelo exercício de funções executivas. 3. Os Partidos Políticos a que seja aplicável, nos termos anteriormente expostos, o Estatuto do Direito de Oposição têm o direito de ser ouvidos, previamente, sobre as propos-
tas de Orçamento e das Grandes Opções do Plano. A consulta prévia decorre perante os órgãos ou estruturas representativas desses Partidos Políticos. 4. O órgão executivo, até final do mês de março do ano subsequente àquele a que se refira, aprova um relatório de avaliação do grau de observância do respeito pelos direitos e garantias do Estatuto de Oposição, que é enviado aos titulares desse direito a fim de sobre eles se pronunciarem, caso o entendam. Estes podem ainda suscitar a discussão pública, na Assembleia Municipal, do relatório e da resposta que tenham elaborado ao mesmo. O relatório é também publicado no Boletim Municipal e no Site Internet do Município. 5. Excecionalmente, e dado que ocorreram eleições em 1 de outubro de 2017, os documentos previsionais
do município podem ser aprovados até três meses a contar da tomada de posse do novo órgão executivo, nos termos do n.º 2 do artigo 45.º da lei n.º 73/2013 de 3/9. Considerando que a referida tomada de posse teve lugar em 23 de outubro de 2017, os documentos previsionais foram aprovados em reunião da câmara de 15 de janeiro de 2018 e na sessão da assembleia municipal de 19 de janeiro de 2018. Em face disso, a audição dos titulares do direito de oposição, referente às Grandes Opções do Plano e ao Orçamento de 2018, só ocorreu já no ano de 2018, razão pela qual o presente Relatório é referenciado a 2017/2018. 6. Nestes termos, a Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, no cumprimento do Estatuto do Direito de Oposição, observa o seguinte: a) Estão representados na Assembleia
Municipal: a)) O Partido Socialista (PS) a))) A Coligação Democrática Unitária (CDU – PCP/PEV) a)))) A Coligação PPD/PSD-CDS/PP b) O PS é o único Partido representado na Câmara Municipal com pelouros e poderes delegados pelo que não se lhe aplica o Estatuto do Direito de Oposição. A CDU está representada na Assembleia Municipal e na Câmara Municipal, mas, nesta, sem pelouros ou poderes delegados. A Coligação PPD/PSD-CDS/PP está representada apenas na Assembleia Municipal. c) Assim, tendo em conta a atual composição dos órgãos autárquicos e titularidade de pelouros, foi oficiado à CDU e à Coligação PPD/PSD-CDS/ PP para audição acerca da revisão das Grandes Opções do Plano 2018 – 2021 e Orçamento 2018.
JORNAL DE FERREIRA | JULHO 2018 11
rante a visita às instalações da Câmara Municipal, o assunto não se limitou apenas ao referido projeto, mas também sobre o que se pode fazer para trazer mais investimento para o Concelho, como forma de criar um maior número de empregos
e melhores condições para o Concelho. Referiu: “Presentemente, o trabalho de um presidente de câmara ou presidente de freguesia, não passa apenas por fazer obras, mas sim por criar condições que permitam uma maior qualidade de vida às suas populações, tornando o território atraente e atrativo,
para que haja mais fixação das pessoas. Assim, é importante termos uma Câmara Municipal em parceria com os Empresários, com as Associações, com a Banca, porque é por aí que também passa o investimento, permitindo o crescimento de uma maior riqueza”.
d) Em 9 de janeiro de 2018, compareceram representações da coligação CDU – PCP/PEV e da coligação PPD/PSD – CDS-PP. e) Nas duas reuniões foram manifestadas várias observações sobre o conteúdo dos documentos em discussão, e propostas para poderem ser integradas nas Grandes Opções do Plano e no Orçamento do
Município. Foram ainda focados outros assuntos de interesse referentes à atividade municipal. f) A câmara municipal manifestou abertura para considerar as propostas apresentadas. g) As Grandes Opções do Plano e Orçamento em referência foram aprovados, por unanimidade, na reunião da câmara e na ses-
são da assembleia municipal, acima identificadas. Na sua declaração de voto na assembleia municipal a CDU expressou que os documentos previsionais contemplam “… as propostas apresentadas pela CDU indicadas na reunião do direito da oposição …” (cfr. ata da assembleia municipal n.º 1/2018, de 19 de janeiro de 2018).
>> Continuação da pág. 9
Carlos Viegas
CÂMARA REDUZ IMI O município de Ferreira do Alentejo, atendendo ao esforço fiscal que recai sobre as famílias e empresas, decidiu rever em baixa a taxa de IMI a aplicar ao valor patrimonial dos prédios urbanos, reduzindo a mesma para 0,375 por cento. Mantém-se a redução do pagamento em benefício das famílias com filhos e outros dependentes, sendo a mesma de 20 euros, de 40 euros e de 70 euros, conforme o número de dependentes do agregado fa-
PAULO FERNANDO CONDE J.F. - Como analisa o trabalho desenvolvido pela câmara municipal enquanto Vereador da oposição eleito pela CDU? P.F.C. - A avaliação que podemos fazer destes primeiros meses da gestão do atual executivo camarário, é de expectativa do cumprimento daquilo a que nas grandes Opções do Plano se comprometeu a realizar. Conscientes, que muitas das iniciativas consideradas neste documento, as GOP’S, foram apresentadas no programa eleitoral da CDU, nas eleições de outubro de 2017, e embora tenhamos votado favoravelmente este documento, este não é o documento que se a CDU fosse maioritária na Câmara apresentaria, pois fica muito aquém das expectativas que os Ferreirenses anseiam. J.F. - O que pode a população ferreirense esperar do seu mandato? P.F.C. - O papel dos eleitos da CDU, não se confina aos órgãos para os quais os seus candidatos foram eleitos, nem para o período dessa eleição. A população sempre contou e pode contar com uma posição interventiva dos elementos da CDU. Relembro uma das grandes questões que preocupa, não só a população da localidade das Fortes, mas como toda a população do Concelho. Há mais de 10 anos que o problema da poluição da fabrica do bagaço do caroço de azeitona afeta as populações, e os eleitos da CDU têm intervindo, quer nos órgãos do poder local, quer na assembleia da republica, para que os interesses das populações sejam acautelados. Pese embora pouco ou nada se tenha feito, na resolução deste problema, vamos continuar, em defesa dos interesses das populações, a defender um melhor desenvolvimento e um maior bem estar para todos os cidadãos deste concelho de Ferreira do Alentejo bem como para aquelas pessoas que escolham esta terra para poder cá viver e desenvolver a sua atividade profissional.
miliar seja de um, dois, três ou mais. Por outro lado, mantém-se um agravamento de 25 por cento sobre os prédios degradados.
ESPLANADAS ISENTAS DE TAXA Esplanadas no concelho de Ferreira do Alentejo vão deixar de pagar taxas. A Câmara Municipal aprovou, em reunião realizada no dia 2 de maio, a isenção total de taxas sobre esplanadas, toldos e similares, em todo o concelho. A autarquia pretende, desta forma, trazer as pessoas à rua e estimular a vivência das localidades.
ação. Foi anulada a abertura e funcionamento da estação de transferência de lixo em Ferreira do Alentejo. Assim, todo o lixo comum recolhido no concelho será depositado diretamente no aterro sanitário, situado na freguesia de
CÂMARA MUNICIPAL CONSEGUE FUNDOS COMUNITÁRIOS PARA OBRA DE MOBILIDADE URBANA Foi aprovada a candidatura, apresentada pela Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo para financiamento de diversas obras, por fundos da União Europeia. A candidatura inclui intervenções já realizadas, mas que não tinham sido candi-
datadas a fundos comunitários, assim como novas obras a concretizar, que visam melhorar a mobilidade e a segurança nas vias urbanas. O investimento é de 236.711,65 € e terá uma comparticipação comunitária de 201.201,90 €.
FESTA DO RIO SADO 2018
LIXO - SITUAÇÃO CORRIGIDA A instalação de uma estação de recolha de resíduos sólidos urbanos nas imediações de zona habitacional motivou o desagrado e a tomada de posição dos moradores apelando a uma revisão da situação. A câmara municipal deu razão às queixas apresentadas e conseguiu inverter a situ-
>> Entrevista ao Vereador
Decorreu em Santa Margarida do Sado nos dias 20, 21 e 22 de Julho.
Ermidas-Sado (Santiago do Cacém) e o concelho de Ferreira do Alentejo continuará a estar totalmente livre de lixeiras.
12 JULHO 2018 | JORNAL DE FERREIRA
ACONTECIMENTOS Grupo Coral Os Reformados realizou, em 9 de Junho o XXI encontro
14.º Aniversário do Grupo Coral Alma Alentejana
Passeio T.T. ão - Peroguarda em Freguesia Alfund
Marchas Populares em Alfundão
Ferreira do Alentejo recebeu, no último fim de semana do mês de Junho, o Festival Artes à Solta. Durante três dias a música, pintura, fotografia, dança, literatura, artesanato e teatro animaram a Vila. A iniciativa contou com a organização da Associação Baú dos Talentos de Ferreira do Alentejo.
BANDA ANIMA
Atletismo para crianças na Sede de Concelho
Em Olhas teve lugar a VIª Edição BTT
Misto Desfrutar 8.º Aniversário do grupo Coral Destinos 30 de Junho
O jornal de Ferreira, destaca as excelentes atuações da banda de música da Sociedade Filarmónica e Recreativa que têm brindado os ferreirenses, em diversas ocasiões, de que aqui se mostram alguns exemplos, incluindo a atuação conjunta com a banda da Associação Humanitária dos Bombeiros de Vidigueira. Entretanto, por ocasião da feira do talego e do avental, foi apresentada a tradicional bandeira da Sociedade Filarmónica, que foi objeto de nova confecção, em bordado, da autoria de Ana Santos.
JORNAL DE FERREIRA | JULHO 2018 13
Colocação de novas tabelas de basket no Pavilhão de Desportos
Torneio de Ténis Senior Ferreira do Alentejo Novo pavimento e arranjo de passeios na Rua das Piscinas Municipais Colocação de aquecimento no Terminal Rodoviário O Museu de Arte Sacra recebeu concerto de violino e guitarra
ES Grupo Coral OS TRABALHADOR de maio 26 dia u bro cele jo de Ferreira do Alente o 55º Aniversário
Festa Anual de Odivelas
Marchas Populares em Odivelas Encontro ao Serão, em Figueira dos Cavaleiros
Festa anual das Margaridas de Santa Margarida do Sado
Torneio da Malha em Santa Margarida do Sado
Festa anual dos Rurais em Figueira dos Cavaleiros
Prova T.T. em Freguesia de Odivelas
14 JULHO 2018 | JORNAL DE FERREIRA
CONSELHO MUNICIPAL CONSULTIVO ”Nós somos livres de nos expressar. É um direito que está previsto na nossa Constituição. As pessoas podem e devem discutir os assuntos da sua terra, do seu concelho, dar as suas opiniões” (...) Um Órgão de reflexão e consulta do Presidente da Câmara Municipal, criado com o intuito de promover, cada vez mais, uma interação com os diversos elementos representativos da sociedade civil, num diálogo com os atores sociais mais relevantes, permitindo o estímulo e desenvolvendo a participação pública, individual e coletiva, imbuída de espírito de cidadania ativa e responsável. A primeira reunião deste Conselho Municipal Consultivo, presidida por José Luís Cara Nova Ameixa, (ex- Presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo) a quem compete convocar e dirigir os trabalhos do mesmo, teve lugar no auditório do Museu Municipal no passado dia 20 de Abril e contou com a presença do Presidente da Câmara – Luís António Pita Ameixa, Vice-Presidente da Assembleia da República – Jorge Lacão e outras individualidades.
De salientar que o Conselho Municipal Consultivo reúne semestralmente ou sempre que o Presidente do Município o solicite, e é composto por representantes das organizações cívicas, económicas, sociais, culturais, desportivas e profissionais, bem como, por personalidades de reconhecido mérito nas suas áreas de atuação, sendo os mesmos convidados pelo Presidente da Câmara Municipal. Sublinhe-se também que nenhum dos membros aufere
quaisquer abonos ou senhas de presenças e, as suas opiniões, pareceres ou recomendações, não têm caráter vinculativo. A reunião teve inicio com a intervenção do Presidente da Câmara – Luís Pita Ameixa, que começou por evidenciar o papel da democracia, referindo que a mesma não deve ser apenas representativa, mas sim participativa e que não nos devemos contentar e conformar com o facto de termos escolhido apenas os nossos representantes. Adianta: “Nós somos livres de nos expressar também. É um direito que está previsto na nossa Constituição. As pessoas, podem e devem discutir os assuntos da sua terra, do seu concelho, dar as suas opiniões, para que aqueles que têm a responsabilidade de decidir e governar, tenham em conta as opiniões de toda a gente. E é para isso que este Conselho Municipal Consultivo vai
servir. Devo dizer que esta iniciativa partiu do José Luís Ameixa, que foi o primeiro Presidente da Câmara a ser eleito democraticamente”. Um discurso de apelo à participação de todos, sobre os destinos do concelho, no sentido de encontrar mais e melhor qualidade de vida social, através de reuniões que irão ter lugar duas ou mais vezes por ano. O mapa cor-de-rosa Seguidamente, a convite do Presidente da Câmara, Jorge
Lacão, recordou um pouco da história de Portugal, por ocasião da I Guerra Mundial, onde na célebre batalha de La Lys, morreram centenas e centenas de portugueses. O recurso a esta parte da história serviu-lhe para demonstrar efeitos de participação ou não, sob pena do país ser afastado de grandes decisões. Acrescenta: “Nessa altura, Portugal e outros países europeus estavam confrontados com um problema ou seja, quem ficasse com a capacidade de decidir os destinos políticos a seguir ao final da I Grande Guerra, poderia ter vantagens ou ficar de fora dos acordos, resultantes do rescaldo dessa guerra, que poderia trazer consequências muito graves para os seus exércitos. Igualmente, no final da monarquia, Portugal teve um problema enorme que ficou conhecido como o mapa cor-de-rosa. Quando as potências europeias decidiram que um lado do território entre Angola e Moçambique deixaria de ser português para poder haver uma ligação vertical da África do Sul até ao Cairo, até ao Norte de África, não interrompido por uma outra potência, que neste caso seria a portuguesa. E, portanto, o
mapa cor-de-rosa, criou uma rotura territorial entre o Ocidente e o Oriente Africano. Portugal sentiu-se vexado e a política portuguesa nessa altura foi profundamente criticada em Portugal, por não ter sabido defender os seus interesses nacionais”. Parte de uma alongada intervenção, que aqui transcrevemos, essencialmente sobre política europeia, mas também mundial, que Jorge Lacão trouxe a lume como forma de reforçar a necessidade de uma política participativa e não apenas representativa. Orgulho em poder colaborar para o melhoramento da nossa terra Por sua vez, José Luís Ameixa, começou por salientar que todos não são demais para velar pelo nosso concelho, pois todos, ao longo das suas vidas, colhem ensinamentos que podem ser úteis se forem partilhados em prol do crescimento e do bem estar social. Neste sentido, haverá, por consequência, um melhor e maior esclarecimento sobre os temas coletivos que a todos dizem respeito, permitindo ao executivo municipal e de freguesias, uma visão mais exata sobre o trabalho a desenvolver. Acrescenta: “É sempre um orgulho quando vejo ou oiço falar de um ferreirense que se destaca por este ou aquele motivo. E penso que este
sentimento que tenho, é também extensivo a toda a gente. Por isso, independentemente dos ideais políticos, devemos todos dar as mãos, devemos estar em sintonia para um maior desenvolvimento económico e social, tendo orgulho em poder colaborar para o melhoramento da nossa terra.” Um dos temas abordados posteriormente na sua intervenção, passou pela realização de eventos, nomeadamente Feira de Setembro, Feira Nacional da Água e do Regadio, e uma outra já desaparecida, conhecida por Feira Nova, realizada então no mês de Junho. Uma lacuna que em seu entender deveria ser preenchida com a realização de outro evento ou eventos, bem como, no caso das duas primeiras, discutir-se-se a sua junção ou não, tornando assim uma feira muito mais enriquecida e apetecida. Aspetos, entre outros, que irão com toda a certeza merecer uma conveniente atenção e participação ativa por parte dos elementos do Conselho Municipal Consultivo, em futuras reuniões. Um «rebuliço» e uma verdadeira Festa na nossa Vila Integrado neste espírito e uma das grandes surpresas para a maioria dos presentes passou pela intervenção da cineasta e realizadora ferreirense, Helena Inverno, uma das responsáveis pelo novo
JORNAL DE FERREIRA | JULHO 2018 15
Festival Giacometti, diversificado e realizado em vários locais da Vila. Um evento desenhado para um grande envolvimento da comunidade, diz-nos a responsável. “Neste arranque estamos a desenhar o festival para que possamos criar conteúdos de raiz popular, mas não só, pois entendemos que a nossa Vila tem um perfil muito dinâmico, não é aquela vila do rústico, pois não estamos todos ligados ao campo. Portanto, queremos
um festival com uma vertente contemporânea, cuja programação esteja ligada à música, às artes e ofícios, ao cinema, à gastronomia, à antropologia, passando também pela área educacional, litúrgica e religiosa. Aspetos culturais de uma história do nosso concelho, da região e do mundo. Temos que criar aqui um «rebuliço» e uma verdadeira Festa na nossa Vila”.
PRIMEIRO JURAMENTO DE BANDEIRA EM FERREIRA DO ALENTEJO Cerca de 53 Soldados Recrutas do Curso de Formação Geral de Praças do Exército Juraram Bandeira em Ferreira do Alentejo. Uma cerimónia realizada pela primeira vez no nosso concelho e que contou com a presença de
muito público, altas individualidades militares, Presidente da Câmara Municipal - Luís António Pita Ameixa, Secretário de Estado da Defesa Nacional - Marcos Perestrelo, bem como outras altas individualidades civis do distrito.
Carlos Viegas
Maior motivação da comunidade
Após o encerramento da reunião do Conselho Municipal Consultivo, numa curta entrevista ao Presidente do mesmo, sobre as primeiras impressões colhidas, José Luís Ameixa, mostrou-se satisfeito pelo elevado número de presentes interessados em participar, bem como pelo o conjunto de ideias que surgiram ao longo da mesma. Questionado sobre uma maior abrangência do projeto poder passar pela criação de grupos de trabalho dedicados a áreas específicas, considerou ser uma forte possibilidade, pois será uma forma de uma maior eficácia sobre as áreas de interesse a desenvolver. No que respeita a programas ou projetos a praticar, para uma maior motivação da comunidade, tornando-a mais participativa, José Luís Ameixa, adianta que a forma de incentivo passa pela mobilização de pessoas e instituições e, principalmente, através dos resultados positivos que irão surgir destas reuniões.
Descentralização ou Regionalização
Igualmente em curta entrevista, o Vice-Presidente da Assembleia da República, enalteceu o convite, sublinhando a forte amizade que tem com Luís Pita Ameixa, e que foi com muito gosto que veio a Ferreira do Alentejo, para inaugurar uma exposição fotográfica alusiva à História do Parlamento Português, como também ter a honra de participar na primeira reunião do Conselho Municipal Consultivo. Adianta: “Uma presença que me possibilitou uma reflexão mais alargada sobre os desafios do nosso tempo e que o nosso país está envolvido, cujas decisões futuras, nomeadamente no quadro da União Europeia, acabarão por ter muitas consequências para as possibilidades dos investimentos em Portugal. Naturalmente, com tradução na concretização dos projetos dos próprios concelhos”. Sobre o que podemos esperar - Descentralização ou Regionalização? Jorge Lacão, refere que estão neste momento, numa aposta fortíssima na descentralização e que felizmente houve um largo consenso dos Partidos com assento parlamentar para que esta matéria tenha muito apoio, significando isso a valorização do trabalho dos municípios.
Composição do Conselho Municipal Consultivo, pode ser algo variável em cada reunião em função das temáticas em discussão. A composição nesta sessão inaugural foi a seguinte: José Luís Cara Nova Ameixa; Alexandre Maria Sobral Machado; Ana Rita Abel Guerreiro; António Espadinha do Monte; António Manuel Morais; Fernando Jorge Espinho Candeias; Francisco José da Cruz Toscano; Francisco José Palma Gonçalves Lopes; Helder da Conceição Esteves Carraça; João Inácio Amaro Fralda; João Miguel Gonilho Correia; Jorge Manuel Fernandes Salgado Colaço; José Inácio Rosa Damas; José Iria Revez; José Francisco Dias Mira; José Manuel Capelo Pereira; Josué Vicente Mamede; Luís Miguel Pirocas Ricardo; Manuel Belchior de Sousa; Maria Fernanda do Coito Lota Guia; Maria José Guerreiro Alfeirão Duarte; Maria Margarida Neves Maurício; Mariana Rosa Rocha Casado; Olímpio José Fialho Raposo; Vitor Camacho; Vitoriano Santinhos Manguito Guerreiro
II SEMINÁRIO DE FORMAÇÃO DE JOVENS BOMBEIROS Teve lugar no Centro Cultural Manuel da Fonseca em Ferreira do Alentejo, o II Seminário de Formação de Jovens Bombeiros. Uma iniciativa organizada pela JuveBombeiro, que contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal – Luís Pita Ameixa, do Secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, bem como cerca de 120 bombeiros de 20 corporações vindas de todo o país. Em curtas declarações ao “JF” o elemento do Governo, afirma ser muito difícil acabar com os fogos postos, pois temos hoje uma floresta desordenada, que impossibi-
lita uma intervenção eficaz e, em grande parte, a proliferação do eucalipto que se verifica por todos os campos do território nacional, invadindo inclusivamente áreas habitacionais. Acrescenta: “ Com estas circunstâncias, a juntar às alte-
rações climáticas, secas extremas que temos tido, com algum minifúndio abandonado, o combate aos incêndios torna-se muito difícil, e só com uma reforma florestal que já está em curso, poderemos ter a médio/longo prazo efeitos significativos.”
HOMENAGEM A CÉSAR LUÍS O Velo Clube "Os Leões" de Ferreira do Alentejo homenageou César Luís, vencedor da 6.ª edição da Volta da Portugal em Bicicleta, pelo Velo Clube "Os Leões" de Ferreira do
Alentejo, com um Passeio de Cicloturismo. O passeio teve lugar no dia 22 de julho (domingo), e iniciou-se junto à Sede da Associação.
16 JULHO 2018 | JORNAL DE FERREIRA
>> Notícias
HERÓIS DA FRUTA O Hino dos Heróis da Fruta, dos alunos da turma “J” da Escola Básica do 1º ciclo de Ferreira do Alentejo, foi um dos sete vencedores do país. O júri, composto por diversos nomes de referência no panorama artístico português, premiou a criatividade e a originalidade das letras e dos videoclipes. Depois de avaliados todos os hinos, foram escolhidas cinco escolas vencedoras da 7ª edição do projeto He-
róis da Fruta - Lanche Escolar Saudável no ano letivo 2017/2018, entre as quais está a Escola Básica do 1º ciclo de Ferreira do Alentejo. Os alunos vencedores vão receber na sua escola, até ao final do corrente ano letivo, uma peça de teatro interativa. Todas as escolas participantes recebem também um exemplar do livro "O Misterioso Aumento dos Superpoderes".
VAMOS ADOTAR UM CARDO CAMINHADA E CORRIDA "ROTA DAS ALDEIAS" O Centro de Biotecnologia Agrícola e Agro-Alimentar do Alentejo (CEBAL), no contexto das comemorações do seu 10º aniversário, convidou a Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, enquanto parceiro desta instituição, a participar numa atividade dirigida aos alunos do pré-escolar e 1º ano do Ensino Básico, da União de Freguesias de Ferreira do Alentejo e Canhestros. A iniciativa contou com o apoio do Intermarché e do Crédito Agrícola de Ferreira do Alentejo. O projeto intitulado "VAMOS ADOTAR UM CARDO" insere-se no conceito da “Biodiversidade e Sustentabilidade dos Jardins Públicos” com o objetivo de vincular o conceito da biodi-
versidade, através da explicação da importância do cardo. Em termos práticos foi realizada a transplantação dos cardos do tabuleiro de germinação para um recipiente maior, que permitiu às crianças acompanhar o seu desenvolvimento até à plantação. Cada planta tem o nome da criança que a transplantou. O evento teve lugar na Sede de concelho, no "jardim de autóctones", no parque de Lazer da Fonte Nova.
A Caminhada e Corrida "Rota das Aldeias" juntou cerca de 200 atletas vindos de todo o país. A iniciativa organizada pela União de Freguesias de Ferreira do Alentejo e Canhestros contou com o apoio de várias associações e instituições do concelho.
ZUMBA SOLIDÁRIA
A aula de Zumba Solidária teve lugar no Pavilhão de Desportos, em Ferreira do Alentejo. Uma iniciativa das monitoras Liliana Filipa e Ana Vieira, que contou com o apoio da Câmara Municipal, revertendo a receita apurada a favor da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ferreira do Alentejo.
JOGOS DO AMBIENTE 2018 30ª EDIÇÃO DOS JOGOS DESPORTIVOS Com inúmeros jogos criativos e educacionais, teve lugar mais uma edição dos Jogos do Ambiente. Uma iniciativa anual da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo, destinada a todas as crianças do concelho.
CAMINHADA LAÇO AZUL HUMANO Evento realizado na Sede de concelho, reuniu cerca de 300 miúdos e graúdos, que participaram na caminhada e construção do laço azul humano. A iniciativa foi promovida pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Ferreira do Alentejo, no âmbi-
to do mês da prevenção dos maus tratos na infância.
À semelhança de anos anteriores, decorreu por todo o concelho, mais uma edição dos Jogos Desportivos de Ferreira do Alentejo, a 30.ª Edição. O evento abriu com
jogo de xadrez no passado dia 22 de Abril e contou com a participação de 700 atletas que disputaram as 15 modalidades destes Jogos Desportivos 2018.
FIM DE SEMANA ALTERNATIVO A Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo levou a efeito mais um Fim de Semana Alternativo, integrado nas comemorações do Dia Internacional dos Museus. Através deste evento, a comunidade teve oportunidade de conhecer e experimentar, novas técnicas, novas terapias, novos sabores e novas sonoridades, contribuindo assim, para o bem estar físico e emocional dos participantes.
JORNAL DE FERREIRA | JULHO 2018 17
UMA MINA NOS GASPARÕES
É
Luís Pita Ameixa
um caso esquecido na atualidade mas a verdade é que o concelho de Ferreira do Alentejo já teve em laboração uma exploração mineira com alguma importância – a mina de Lagoas do Paço, nos Gasparões. E atenção: no passado recente, e no passado remoto! Nos séculos XIX e XX nesta mina extraía-se manganês, que é um minério com propriedades de dureza, muito usado na siderurgia para a confeção de ligas metálicas, desde logo o aço, mas também o alumínio. Outros usos incluem a indústria do vidro. A mina de manganês foi descoberta no século XIX e a primeira concessão de
estrada pavimentada de Ferreira para além de Abegoaria, e, por outro, porque o escoamento do minério se fazia por caminho-de-ferro a partir do ramal de Aljustrel. Assim, a estrada que, ainda hoje, liga Gasparões a Montes Velhos, foi inicialmente construída, privativamente, pela empresa mineira, e era em Aljustrel que se encontravam os armazéns e escritórios principais da mina. A mina, com dois filões de minério, começou por escavações em cortas a céu aberto, mas, depois, veio a ser explorada em galerias subterrâneas. Um poço vertical, atingindo a profundidade acentuada de 45 metros, era depois servido por galerias laterais de exploração em várias cotas. Estas galerias laterais chegaram a 150 metros de comprimento e foram estabelecidos carris de ferro para circulação de vagonetas que carregavam o material que era depois subido pelo poço vertical, munido com cavalete para o efeito. Um difícil problema desta mina era uma forte nascente de água, a qual tinha de ser retirada constantemente, atingindo uns impressionantes 600 mil litros por dia, o que era um factor de carestia da operação da mina. Nos anos quarenta do século XX ainda foi colocada a hipótese de conduzir essa água até Aljustrel (cerca de 15 Km), como forma de resolver o grave problema de escassez do precioso líquido com que esta vila sempre bateu. No exterior existiam instalaFotos: José Maria Costa Almeida, e Adalberto Barbosa Dias ções industriais para um priCarvalho, 1946. meiro tratamento do minério exploração foi dada nos anos de 1867 consistente em escolha, crivagem, bri(provisória) e 1868 (definitiva), ao em- tagem, em que trabalhavam também presário James Lloyd, como consta mulheres. no Diário do Governo, de 12 de abril de Chegaram a trabalhar na mina perto 1869, que pudemos consultar. de 100 pessoas. A exploração esteve sempre depen- Para o fornecimento de energia havia dente da procura comercial deste uma central própria de produção de minério, pelo que conheceu sucessi- eletricidade, alimentada de carvão, vamente períodos de atividade inter- consumindo-se 650 Kg a cada oito hocalados com períodos de paragem. ras. Um dos momentos mais prósperos da Havia também oficinas de serralharia e mina ocorreu em meados do século carpintaria, um armazém, e um escriXX, sendo que em 1946 era detida pela tório. firma “Aboim Inglêz, Ltd”. Um pequeno conjunto de casas em taiApesar de se situar no concelho de pa e telha vã albergava a moradia dos Ferreira, e perto da vila, em terrenos capatazes e de alguns mineiros. da herdade da Pedra Alva, nos Gaspa- A mina encerrou no princípio dos anos rões, o principal movimento da mina de 1960. era feito com Aljustrel. Homens dos Gasparões que lá trabaIsto porque, por um lado não havia lharam, ouvidos pelo jornal de Ferreira
Um exemplar de jaspe de Lagoas do Paço (crédito fotográfico: Rui Nunes 2012, in mindat.org)
inda em 2006, numa interessante indagação então feita por Carlos Viegas, e, José João Cavaco, sublinhavam as difíceis condições laborais daqueles tempos, em que o trabalho braçal predominava.
Uma casa de apoio, não muito antiga, apresenta boas condições pelo exterior. Na galeria da mina vive uma comunidade de quirópteros (morcegos).
UM IMPORTANTE ESTUDO CANADIANO Suplementarmente, refira-se ainda a informação que neste local da mina de Lagoas do Paço há também a ocorrência de jaspe, um mineral particularmente rijo que ao quebrar deixa umas superfícies lisas, servindo assim bem para ser talhado para se obter utensílios. Um estudo arqueológico recente, publicado em 2011, financiado e realizado no Canadá, identificou vestígios pré-históricos significativos de uso humano de Lagoas Foto: Luís Pita Ameixa 2017.03.12 (Entrada para a mina) do Paço como local de talhe lítico, isto é de construção de ferra- Fontes mentas de pedra lascada, justamente Almeida, J. M., & Carvalho, A. B. (1946). na era chamada da pedra lascada, no Jazigos de Manganés do Alentejo - Breve período do paleolítico médio, datável estudo da mina de Lagoas do Paço. Lisboa: de entre 200 mil a 30 mil anos antes Serviço de Fomento Mineiro. de Cristo. Bisson, M. S., Burke, A., Meignen, L., & Os instrumentos aqui fabricados Burke, A. (2011). Moinhos and Mina do eram disseminados pelo território, Paço: Middle Paleolithic lithic chipping stapor esses povos antigos, nómadas, e tions in the Sado Basin, Alentejo, Portugal. serviam para ser usados na caça, na O Arqueólogo Português, pp. 359 - 394. pesca e em atividades domésticas e EDM - Empresa de Desenvolvimento Mineiartesanais. ro, S. (s.d.). Lisboa.
ATUALIDADE Hoje em dia o local está quase todo tomado por um vasto e moderno olival, mas ainda é possível observar uma parte da escavação da corta, já com não muita profundidade, e na qual se pode ver uma galeria aberta para mina subterrânea. Não há escombreiras aparentes, pois as que existiram terão sido aterradas na corta e usadas na pavimentação de estradas locais. O poço vertical, de descida à mina, tem tampa, e montados tubos para extração de água.
Nunes, R. (12 de março de 2017). Lagoas do Paço Mine, Ferreira do Alentejo, Ferreira do Alentejo, Beja District, Portugal. Obtido de Mindat.org: https://www.mindat.org/ loc-245307.html Silva, F. J., & Moura, J. E. (1958). Jazigo de Manganés de Lagoas do Paço. Lisboa: Serviço de Fomento Mineiro. Viegas, C. (Março de 2006). A (des)connhecida mina das lagoas do Paço - No tempo em que se "Picava a sangue". Jornal de Ferreira, 14, 15. Worldpress. (março de 2017). Minéralogie au Portugal. Obtido de mineralogie. wordpress.com: https://mineralogie.wordpress.com/2012/11/08/pdf-n9-jazigos-de-manganes-do-alentejo-breve-estdo-da-mina-de-lagoas-do-paco/
18 JULHO 2018 | JORNAL DE FERREIRA
>> Notícias
DIABETES: MAIS SABER PARA MELHOR VIVER O Centro de Saúde de Ferreira do Alentejo promoveu, um conjunto de Sessões de Educação para a Saúde sobre a Diabetes. O projeto, contou com o apoio da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo e das Juntas de Freguesia do concelho.
ALDEIA CULTURAL A União de Freguesias de Ferreira do Alentejo e Canhestros, voltou a promover o programa de verão “Aldeia Cultural”. Com esta iniciativa a junta de freguesia leva a todas as localidades do seu vasto território um programa de
animação cultural que, neste ano de 2018, contou com a
participação do grupo musical “Ronda da Alegria”.
EXPOSIÇÃO "HISTÓRIA DA ESCRITA NO BAIXO ALENTEJO"
FEIRA DO LIVRO E DA LIBERDADE
FESTA ANUAL DE VERÃO EM ALFUNDÃO
A Feira do Livro e da Liberdade teve lugar na Biblioteca Municipal de Ferreira do Alentejo. O evento contou com a realização de várias atividades de promoção do livro e da leitura.
Organizadas pela junta de Freguesia de Allfundão, decorrem nesta localidade, entre os dias 24, 25 e 26 de Agosto, as tradicionais Festas de Verão, em honra de N.ª Sr.ª da Conceição.
A RESOLVER PROBLEMAS DAS POPULAÇÕES O executivo municipal tem vindo a reunir com todas as juntas de freguesia no sentido de calendarizar as várias intervenções a realizar nas várias localidades, conforme estabelecido nos planos de atividades. Há também o propósito de ouvir diretamente as populações e dialogar com estas sobre as intervenções
Decorreu no Auditório da Biblioteca Municipal desde 8 de Junho e 8 de Julho uma exposição intitulada: Exposição "História da Escrita
no Baixo Alentejo”. Trata-se de uma exposição promovida pela Rede de Museus do Baixo Alentejo, à qual também pertence o Museu Municipal de Ferreira do Alentejo, onde se pretende mostrar a evolução da escrita ao longo da história, nesse território, através de várias peças e documentos das coleções dos museus integrantes. O Museu de Ferreira do Alentejo participa nesta exposição com o Foral Manuelino, com o seu singular termo de abertura de El.Rei D. Sebastião.
a realizar. Foi já o caso de Aldeia de Ruins. Na sessão, a população residente falou sobre as carências e os problemas da aldeia. Depois de ouvir as pessoas, o executivo prometeu, em breve, avançar para uma intervenção de melhoria das condições existentes com o intuito de tentar resolver os problemas relatados.
Para além de bailes, espetáculos de Música Tradicional Portuguesa, uma procissão no último dia, pelas ruas da aldeia, encerra todo este evento.
FESTA ANUAL DE PEROGUARDA EM HONRA DE STA. MARGARIDA A aldeia de Peroguarda vai estar decorada para a Festa anual em honra de Sta. Margarida, que se realiza de 17 a 19 de agosto. No primeiro dia, sexta-feira, tem lugar um baile com André Godinho, com início às 22 horas. No
sábado, a partir das 18 horas, o habitual desfile e atuação de grupos corais com “As Margaridas de Maio de St.ª Margarida do Sado, Grupo de Cantadeiras do Barreiro e “Margaridas” de Peroguarda. Mais tarde, às 22 horas, con-
APOIO À SELEÇÃO NACIONAL DE FUTEBOL A Autarquia, em colaboração com a Federação Portuguesa de Futebol, levou cerca de 50 alunos da Escola Básica e Secundária José Gomes Ferreira, a assistir ao Jogo da Seleção, antes da partida para o Mundial da Rússia.
certo com a “Duo Paulo Jorge e Susana”, seguindo-se a atuação da artista Nikita. No domingo, pelas 18 horas, realiza-se a habitual missa e procissão ao som da Banda Filarmónica de Ferreirense.
JORNAL DE FERREIRA | JULHO 2018 19
FEIRA DO TALEGO E DO AVENTAL A União de Freguesias de Ferreira do Alentejo e Canhestros, levou a efeito no passado dia 25 de Maio, mais uma edição da já tradicional Feira do Talego e do Avental. O talego, um saco de pano, multicolor, de vários tamanhos, era utilizado na nossa região em tempos não muito distantes, para transportar alimentos durante a ceifa, a monda e outros trabalhos no campo. O avental, peça de proteção de quem cozinha, feito de retalhos de panos de várias cores, é outro dos produtos igualmente ligados à nossa região, que o certame, realizado na Praça Comendador Infante Passanha, promove anualmente. Duas peças relacionadas com a cultura alentejana que nos transmitem vivências
de outros tempos, e que mereceram desfile em passerelle, com a participação dos mais e menos jovens, não com a estética que de quando em vez presenciamos em modelos profissionais, mas com um brilho necessário para elevar o conceito e mensagem que nos souberam transmitir. A Feira abriu ao som da Banda da Sociedade Filarmónica Recreativa, seguindo-se o Grupo de Teatro “Ritété”; “Os Ronda da Alegria”; Grupo Coral “Os Boinas”; Grupo Coral e Instrumental “Ventos Alentejanos”; Moda Solidária, no âmbito da Liga Portuguesa Contra o Cancro; Edna Pimenta e Bailarinas e Baile com Emanuel Martins. Também as tasquinhas, a gastronomia e o muito público presente, que nem a chuva
Margarida Mauricio - presidente da Soc. Filarmónica Recreativa de F.ª do Alentejo e Ana Santos, que confecionou a nova bandeira da coletividade.
conseguiu afastar, animaram o certame até bem tarde, como se pode constatar nas fotos a seguir publicadas. José João Cavaco, Presidente da Freguesia, em declarações ao nosso jornal, disse que uma
vez mais o evento subiu o nível de qualidade oferecendo uma maior atratividade, pois a qualidade e diversidade dos espetáculos, tem vindo, ano-apósano, a enriquecer o certame. Esta edição, a oitava, além de
manter a originalidade baseada no saber dos menos jovens e na preservação da nossa cultura tradicional, virada essencialmente para os agentes locais, é uma feira intimista e de proximidade, concluiu.
de conteúdo proporcionado aos inúmeros visitantes que ali se deslocaram. Acrescenta: “É para mim um grande orgulho ser presidente desta freguesia, onde todos
se empenham e dão de si, sempre que é necessário. Esta Feira, só é possível porque a nossa gente é gente de grande vontade e dedicação. Um grande agradecimento a toda a população de Alfundão e aos que nos visitaram. Para o ano, cá estaremos com a mesma vontade e empenhamento para fazer desta Feira, se possível, uma Feira ainda maior, e que todos os Alfundanenses se orgulhem."
FEIRA QUINHENTISTA EM ALFUNDÃO A União de Freguesia de Alfundão / Peroguarda levou a efeito mais uma edição da Feira Quinhentista, em parceria com a Associação Fundana.
Desfiles, com trajes de épocas remotas, tiveram lugar na Praça da aldeia, bem como artesanato, música, gastronomia, ofícios e muita animação, in-
tegraram no passado dia 7 de julho, pelo terceiro ano consecutivo, este evento. Em entrevista ao nosso jornal, o presidente da freguesia – Carlos Raposo, mostrou-se muito satisfeito pela forma como decorreu todo o evento, assim como pela diversidade
20 JULHO 2018 | JORNAL DE FERREIRA
CULTURA Maria Manuela de Gusmão
Cultura não é, não deve ser, uma série de conhecimentos dispersos e pouco sustentados. Cultura é tudo o que concorre para a formação do “ser integral”, que todos, homens, mulheres, jovens, menos jovens deviam, de pequeninos e ao longo do seu crescimento, aspirar a ser. Cultura não se adquire só com a formação académica. Exige mais: curiosidade, capacidade criativa, o não contentar-se apenas com o que se aprende na escola, na universidade, ou, de forma empírica, na vida. Isso ajuda, com certeza. Mas não pode ficar por aqui. CURIOSIDADE... É ela sempre a centelha que ateia a viagem do olhar, do ouvir, do que se lê, do que a cabeça nos “puxa”para fazer.
O interesse pela pintura, pela fotografia, pela música pela escultura, pela dança, pelo teatro, pela escrita, até às artes decorativas. Mas... tão fundamental, LER. O gosto pela leitura também se educa, logo a partir da pré-escola, logo a partir do “colinho” da mãe. E a curiosidade? Claro que também se educa. E aqui vemos o “ser integral” em formação virado para múltiplos espelhos. O que se passou, o que se passa, o que poderá vir a passar-se e que é, de certeza, muito importante, no dia-a-dia do seu pequeno/grande mundo? O que há de novo nas áreas da ciência e da investigação, nas mais desenvolvidas tecnologias, nas ciências da Terra, ou, ainda, no evoluir das sociedades? Sabendo mais e mais, o “ser integral” torna-se também um homem do mundo. E, assim sendo, fica mais interativo, interventivo, um homem de causas, mais consciente de que todos, mas todos os povos têm direito à sua cor, à sua religião, ao seu espaço geográfico, aos seus hábitos, à sua liberdade de serem como e quem são. O “ser integral” percebe agora o que é o multiculturalismo.
A cultura deve então pôr todos a pensar. E, no nosso caso, pôr a pensar os da escola, os das freguesias e até, incentivado o turismo, aqueles que nos visitam. Todos. Qualquer que seja a idade. E porquê? Porque a cultura pode ajudar-nos em coisas tão importantes e essenciais como a PAZ. Poderão os céticos, neste mundo caótico em que vivemos, sorrir com ironia... Mas se for culto, poderá vir a perceber que ainda não é tarde demais para se participar na construção de pontes, em direção ao entendimento entre os povos, dizendo NÃO às terríveis e sangrentas guerras movidas pelo ódio, pela intolerância, pelo mesquinho desejo do poder. E agora, em jeito de aligeirar um pouco a amargura e o peso deste final, proponho que recordemos Luísa Ducla Soares, grande poeta para a infância, que, “ Poema do P”, dizia muito sabiamente: “O planeta pede a paz. Políticos, não ponham na panela a pomba da paz”.
MUNDOS
“E depois, a maioria deles cortou relações com as palavras escritas, com os mundos e com as emoções que habitavam dentro dos livros.”
Luís Miguel Ricardo
Havia um dia no mês que a carrimpana Citroen acastanhada entrava pela aldeia afora carregada de letras, de palavras, de parágrafos, de livros e de autores que narravam emoções. Era o dia da biblioteca itinerante da fundação Calouste Gulbenkian visitar o lugarejo. Os mais atentos às leituras sabiam a data de côr e quando se aproximava a altura já lá estavam especados em pleno largo a aguardar pela chegada da carrinha carregada de mundos e de vidas. Os outros eram informados poucos instantes depois, ou porque se cruzavam com a azáfama que se criava em redor do veículo, ou porque se cruzavam com os sorrisos daqueles que já tinham requisitado os seus mundos para o mês. Quase toda a moçada da aldeia ia esbarrar à carrimpana dos livros, quase todos tinham o cartão de leitor, uma espécie de cartão de sócio para aceder aos universos que a biblioteca com rodas guardava dentro de si, ainda que a maioria fosse lá só mesmo porque aquilo fazia parte das escassas rotinas culturais da aldeia. E esta maioria, subia os degraus e punha-se a cirandar dentro do espaço, mais atenta às moças que por lá andavam e à oportunidade de uma façanha exibicionista, do que propriamente aos livros que se amontoavam nas estantes. E quando chegava a hora de escolher os seus mundos, os seus companheiros para o mês, escolhia pela exuberância das capas, ou pela ousadia dos bonecos, ou
Ilustração de Flávio Horta
escolhia ao calha. Mas quando descia os degraus do mundo das letras móveis, trazia cinco livros debaixo dos braços, como se naquele momento, essa maioria fosse constituída por fiéis devotos da literatura. Claro que aquele efeito era sol de pouca dura e, muitas das vezes, ainda a carrimpana não tinha levantado âncora do largo, e já os livros requisitados tinham sido dei-
tados ao abandono num qualquer recanto da casa, porque as bicicletas, o jogo da bola, do berlinde, do pião e tantas outras ocupações, revelavam-se quase sempre mais apelativas do que o despertar dos mundos que vinham fechados nos livros. Houve um dia que um moço, em pleno despertar para as agruras da adolescência, meteu na cabeça que no meio de tantos livros algum havia de ter as emoções que ele procurava. E viu, e reviu, e buscou pelas capas mais apelativas, mas nenhum deles parecia ir ao encontro das suas motivações. E quando a resignação já lhe estava a tomar conta das vontades, eis que um título lhe reavivou o desejo. E foi com um semblante avergonhado e sem coragem para o folhear que o tirou da estante e o levou ao registo. Mas quando desceu os degraus e se viu em pleno largo coberto de pedra calçada, o sorriso avelhacado abriu-se e seguiu que nem um foguete, para casa, com o Diário de Anne Frank aconchegado no sovaco. Houve outro dia, pelas marés do carnaval, que um outro moço, ou até talvez o mesmo, como represália pela desilusão do diário requisitado, decidiu sabotar os mundos que viajavam na carrimpana, e bem no meio de dois deles, com a discrição de um sabotador experimentado, fez estilhaçar uma garrafinha de mau cheiro. Nesse dia, os mundos passaram um mau bocado e foram poucos os que se conseguiram libertar das estantes e ficar a viver um mês no lugarejo. E depois, passou a haver outros dias, em que a rapaziada macha da aldeia era escoltada pelo bibliotecário Bigodes durante todos os movimentos feitos em pleno território de letras hostis. E depois, a maioria deles cortou relações com as palavras escritas, com os mundos e com as emoções que habitavam dentro dos livros.
JORNAL DE FERREIRA | JULHO 2018 21
COMO FUNCIONAM AS CENTRAIS FOTOVOLTAICAS Joaquim Pinheiro: – Perguntaram-me outro dia o que era a energia fotovoltaica. Neste momento é uma das fontes de energia eléctrica que abastece Ferreira. Ainda se lembram como era fornecida a electricidade quando éramos moços?
para o Município, por um anterior Presidente da Câmara, accionista da Aliança. Dizia-se pelos cafés que a Câmara já devia cerca de 300 contos, quantia enorme, nesses tempos, e que, por isso, a AES decidiu exercer represálias, recusando-se a fornecer reforço para a iluminação pública! E as represálias ocorreram em duas alturas que afectaram grandemente a população: Visita das Relíquias de Nuno Álvares Pereira, apenas veneradas à luz da Fé e do Patriotismo e durante a Feira Nova!
ar o antigo Jornal de Ferreira é um bom exercício de recordações. Vocês sabem que há muitas maneiras de produzir electricidade. Numa central eléctrica há transformação de outra forma de energia em energia eléctrica. Assim, nas centrais térmicas convencionais, a carvão, gás ou fuel, a energia química obtida na queima destes combustíveis, evapora a água e é a energia cinética do vapor que movimenta as pás de uma turbina que, por sua vez, acciona o rotor do
retida nas barragens. Joaquim Pinheiro: – Isso mesmo. Inácio Pereira: – E qual é o combustível duma central fotovoltaica? Joaquim Pinheiro: – Nas centrais fotovoltaicas não há turbinas nem geradores eléctricos e há uma transformação directa da energia luminosa em energia eléctrica, através do chamado efeito fotoeléctrico. Este efeito foi descoberto nos anos 30 do século XIX, mas só foi explicado em 1905 por Einstein. Consis-
electrões. Diz-se que o material é dopado. A célula fotovoltaica é composta por duas camadas muito finas de material semicondutor dopadas de forma diferente criando-se na zona de contacto uma diferença de potencial. Os electrões periféricos da camada com excesso de electrões ao captarem a energia luminosa, saltam a barreira de potencial, criando assim uma corrente contínua. Para a condução desta corrente, existem dois eléctrodos nas superfícies exteriores dos
Inácio Pereira: – Nessa altura poucas casas tinham iluminação eléctrica. Só as ruas e as casas das pessoas remediadas e abastadas. João Oliveira: – Penso que quem fornecia a energia era a fábrica de moagem do Sr. Manuel dos Santos, (o Manel do Rio Seco), o avô do Tim - vocalista dos "Xutos e Pontapés". Aproveitava muitos domingos para fazer a manutenção e lá se iam os relatos de futebol! Muitas vezes pensávamos que fazia isso de propósito porque não gostava de bola. Joaquim Pinheiro: – A Câmara de então firmou um contrato com a Aliança Eléctrica do Sul. João Oliveira: – É verdade! Se bem me lembro, lá pelo ano de 1961 houve uma grande polémica com o fornecedor de energia eléctrica, a que o velho Jornal de Ferreira(1) deu publicidade. Segundo este Jornal o contrato tinha sido assinado, em condições desvantajosas
Inácio Pereira: – O que são as Relíquias de Nuno Álvares Pereira? João Oliveira: – Nuno Álvares Pereira faleceu e foi sepultado no Convento do Carmo, que ele tinha mandado construir quando abraçou a vida religiosa. O terramoto de 1755 fez ruir o convento, destruindo o seu túmulo. Posteriormente, foram recuperados alguns dos seus ossos que constituem as relíquias. Estas foram passando por várias igrejas, até que foram depositadas na Igreja de Santo Condestável, entretanto edificada em Campo de Ourique, Lisboa. Em 1961 andaram em peregrinação pelo país e passaram por Ferreira, em cerimónia muito concorrida, como o afirmou o Jornal de Ferreira. A escolha do ano, não deve ter sido mero acaso! Joaquim Pinheiro: – Como te lembras disso tudo! Folhe-
gerador eléctrico produzindo a corrente eléctrica. Se a central térmica for nuclear, é a energia nuclear libertada na cisão, isto é, na fragmentação dos núcleos de urânio que vai
te na libertação de electrões (que constituem a corrente eléctrica) quando a luz incide num material. A sua interpretação deu uma contribuição importante para o desenvolvimento da Física moderna, mas a sua aplicação como fonte de energia só surgiu muitos anos depois, com o desenvolvimento de materiais semicondutores. Os semicondutores são materiais que não são bons condutores da electricidade, como o cobre e outros metais, nem isoladores como o diamante e a borracha. Um exemplo é o silício que é um dos elementos mais abundantes na crosta terrestre, sendo um constituinte da areia que é óxido de silício. No silício podem ser introduzidas impurezas, tais como boro e fósforo, que lhe comunicam propriedades diferentes, actuando como materiais com deficiência ou excesso de
semicondutores. Cada célula produz uma pequena energia e, por isso, um painel solar é constituído por um conjunto de células ligadas em série. A energia pode ser armazenada em baterias ou ser transformada num inversor em corrente alternada que é a normalmente utilizada em nossas casas e é a mais conveniente para transmissão. A central fotovoltaica de Ferreira tem uma capacidade instalada de 10 Megawatts (MW – milhão de watt) distribuídos por 45 500 painéis solares e situa-se num terreno de 40 hectares. Com uma produção anual estimada de 19 GWh (gigawatt hora – um milhão de kilowatt hora) é suficiente para abastecer 7300 habitações. A central permite evitar anualmente a emissão de cerca de 32 mil toneladas de emissões de dióxido de carbono. ____________
José Salgado
(j.salgado@sapo.pt)
vaporizar a água e o processo progride como explicado anteriormente. João Oliveira: – Então, isso significa que numa central eólica é a energia cinética do vento que actua nas pás da turbina e nas centrais hídricas é a energia cinética da água
(1)
Jornais de Ferreira de 11 e 25 de Ju-
nho de 1961
22 JULHO 2018 | JORNAL DE FERREIRA
ÓBITOS 88 anos
Natural: Ferreira e Villas
Viegas
Natural: Ferreira do Alen-
Boas
89 anos
tejo
Faleceu em 02 de junho de
Natural: Ferreira do
Faleceu em 29 de abril de
2018
Alentejo
2018
- Idalina das Dores
- António Francisco
Faleceu em 01 de abril de - Inácia Barrancos
Godinho
Palma de Jesus
82 anos
75 anos
Natural: Ferreira do Alentejo
83 anos de idade
Barrancos
Natural: Figueira dos Cava-
Faleceu em 07 de junho de
Faleceu no dia 30 de Junho
78 anos
leiros
2018
de 2017
Natural: Figueira dos
Faleceu em 30 de abril de
Cavaleiros
2018
2018 - Ezequiel Simões
- António Francisco Broa
Natural de Ferreira do - José dos Santos Alves
Alentejo
91 anos
Residente na Amadora
Natural: Ferreira do Alen-
Mulher e Filho participam
Júnior
tejo
com grande saudade o seu
89 anos
Faleceu em 8 de junho de
falecimento
92 anos
Natural: Ferreira e Villas
2018
Natural: Ferreira do
Boas
Alentejo
Faleceu em 01 de maio de
Faleceu em 6 de abril de
2018
Faleceu em 05 de Abril de 2018 - Joana Catarina Gonilho
- Abílio José Vicente
- Amélia Augusta Fragoso
- Francisco Guerreiro da Silva Natural: Figueira dos Cava-
93 anos
leiros
Résio
Natural: Ferreira do Alen-
Faleceu em 20 de junho de
84 anos
tejo
2018
Natural: Ferreira e Villas
Faleceu em 11 de maio de
Boas
2018
- Bernardino Alfredo
- Francisco José - Maria Odete da Silva
da Encarnação Gingado
Rosa Leitão
48 anos de idade
91 anos
Faleceu no dia 18 de Março
92 anos
Natural: Viana do Alentejo
de 2018
Natural: Figueira dos Cava-
Faleceu em 19 de junho de
Natural de Ferreira do
79 anos
leiros
2018
Alentejo
Natural: Ferreira do
Faleceu em 18 de maio de
Alentejo
2018
Faleceu em 06 de abril de 218 - Fernando José Godinho
- António Ezequiel Martins
Era funcionário da Câmara - Diogo Francisco
Municipal de Ferreira do
Franganito
Alentejo.
79 anos
Irmãs e restante família,
85 anos
Natural: Figueira dos Cava-
amigos e colegas recor-
Natural: Ferreira do Alen-
leiros
tejo
Faleceu em 21 de junho de
dam-no com ETERNA
Beringel Jones Palma 76 anos
Faleceu em 19 de maio de
2018
Natural: Ferreira do
2018
Faleceu em 7 de abril de 2018 - Isabel do Carmo
- João Gomes
- Mariana Perpétua Rosa
Alentejo Faleceu em 18 de abril de
- José António Rocha
81 anos
Conduto
Natural: Ferreira do Alen-
68 anos
tejo
Natural: Ferreira do Alen-
Faleceu em 25 de junho de
Gonçalves Aníbal
tejo
2018
81 anos
Faleceu em 20 de maio de
Natural: Ferreira do
2018
2018 - Emília da Conceição
Trindade
Alentejo Faleceu em 25 de abril de 2018 - Inácio Emídio Baião
- Aníbal Caneiras
Natural: Grândola
73 anos
Faleceu em 22 de junho de
Natural: Ferreira do Alen-
2018
tejo
Natural: Figueira dos
Faleceu em 31 de maio de
Cavaleiros
2018
- Odete Fernandes Colaço 88 anos de idade Faleceu no dia 17 de Julho
Faleceu em 27 de abril de
- Jacinta Maria Martins
95 anos
dos Santos
92 anos
2018
- Graciete Ermelinda
- Rosa Maria Zambujo
de 2017
Rodrigues
Natural de Ferreira do
91 anos
Alentejo
- António Francisco Gomes 86 anos Natural: Figueira dos Cavaleiros Faleceu em 02 de julho de 2018
93 anos
2018
ligada ao ensino, dedica-se novamente ao jornalismo, passando pelos jornais República (1965-1968), O Século (1972-1977) ou A Capital (1982-1996), onde assinou a "Crónica do Planeta". Foi ainda fundador do Movimento Ecológico Português, onde criou e dirigiu o jornal Frente Ecológica. Como poeta, publicou obras como Espaço Mortal (1960) ou O Nariz (1961).
SAUDADE. - Afonso Cautela O jornalista e poeta Afonso Cautela, foi colaborador do Jornal de Ferreira por várias ocasiões, desempenhou funções em jornais como O Século e A Capital, faleceu no passado dia 29 de junho em Lisboa, aos 85 anos de idade. Era natural de Ferreira do Alentejo, contribuiu, nos anos 1950, para a publicação dos jornais A Escola Nova e O Pintassilgo, bem como o suplemento cultural Ângulo das Artes e das Letras, integrado no quinzenário A Planície. Em 1965, já em Lisboa e depois de uma carreira
- Maria da Piedade Pereira Serra Olho Azul 61 anos Natural: Ferreira do Alentejo Faleceu em 03 julho de 2018 Era funcionária da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo. Marido, Filho, Pai e irmã agradecem a todos que de uma forma ou de outra manifestaram o seu pesar. Amigos e colegas recordam-na com ETERNA SAUDADE. - José António Duarte Baltazar 80 anos Natural: Figueira dos Cavaleiros Faleceu em 07 de julho de 2018 - Maria Catarina Coelho 84 anos Natural: Torrão Faleceu em 08 de julho de 2018
JORNAL DE FERREIRA | JULHO 2018 23
>> Notícias
FÁBRICAS DE BAGAÇO A Câmara Municipal tem vindo a acompanhar de perto os problemas ambientais gerados pelas fábricas de bagaço. Problemas que se prendem principalmente com a emissão de fumos, cheiros, fuligens e pó. No concelho de Ferreira do Alentejo, existem fábricas de bagaço em Fortes, Penique (Odivelas) e nas imediações
do concelho, em Alvito. É sabido que estas unidades industriais são necessárias para tratamento dos resíduos dos lagares de azeite e que têm um lado positivo também na criação de emprego. As duas unidades existentes no concelho empregam cerca de 50 pessoas. Contudo, o incómodo ambiental que geram, principalmente nos
aglomerados populacionais, é inaceitável. Consequentemente, a Câmara Municipal chamou as entidades competentes e as empresas envolvidas para analisar o problema, e transmitiu, a todas as entidades envolvidas e às empresas, a exigência de ser encontrada uma solução adequada que defenda o bem-estar da população.
COMPROMISSO DE RISCO
>> Livros
FERREIRA 5000 ANOS DE HISTÓRIA A câmara municipal de Ferreira do Alentejo promoveu a edição do livro “Ferreira – 5000 anos de história” Uma importante obra que reúne estudos de elevado interesse sobre vários períodos da pré-história e da história do território de Ferreira.
(Maria Ana Ameixa) Dois excertos que elucidam um pouco mais sobre este interessante livro: «Joana, pediatra por vocação, a exercer no Hospital de Santa Maria, mulher capaz de ler a mente de alguns dos seus semelhantes, aguarda o encontro com o amor. Uma circunstância insólita leva-la-à aos braços da sua paixão, mas Joana nunca imaginou que se tratasse de um israelita profundamente misterioso. (…) (...) A decorrer entre Lisboa, Lagos, Jerusalém e Telavive, esta história permitirá ao leitor conhecer personagens fascinantes e com objetivos de vida capazes de nos fazerem pensar.»
VINTE GALINHAS DE BIGODE
(António Espadinha) Dois excertos que elucidam um pouco mais sobre este interessante livro: «Joana, pediatra por vocação, a exercer no Hospital de Santa Maria, mulher capaz de ler a mente de alguns dos seus semelhantes, aguarda o encontro com o amor. Uma circunstância insólita leva-la-à aos braços da sua paixão, mas Joana nunca imaginou que se tratasse de um israelita profundamente misterioso. (…) A decorrer entre Lisboa, Lagos, Jerusalém e Telavive, esta história permitirá ao leitor conhecer personagens fascinantes e com objetivos de vida capazes de nos fazerem pensar.»
ANGOLA 2018 Um verdadeiro sucesso têm sido as camisolas alusivas ao município de Ferreira do Alentejo que a ferreirense, Silvia Lança Casadinho, levou para distribuir a crianças angolanas, país irmão onde aquela nossa conterrânea atualmente trabalha.
LIMPEZA DE CONTENTORES A Câmara Municipal passou a proceder à limpeza e desinfeção de todos os contentores de resíduos sólidos urbanos no concelho.
NOVOS ASSINANTES • Maria do Nascimento Gomes Rocha Salvador Vila Nova de Santo André • António José Rosa Sales Parede • Rosalina Conceição Torres Alfeizerão • Luís Alberto Coelho Loição Apelação • José João Canudo Setúbal • Alice Pombinho Mendes Alemanha • António Manuel Martins do Cabo Pita Vidigueira • Maria do Nascimento Costa Alcadideche
• Tiago Manuel Rodrigues Cubeiro Entroncamento • António Joaquim Rego Patrício Amadora • Álvaro José Gomes Ferreira Vila Nova de Gaia • António Mateus Costa Moscavide • Maria José Cautela Leite Amadora • Pedro Sevinate Pinto Lisboa • Carlos Rebelo Lopes Lisboa • Inácio Joaquim Esteves Azeitão • José Francisco Neves Pilha Amadora
24 JULHO 2018 | JORNAL DE FERREIRA
EDUCAÇÃO UMA PRIORIDADE NO CONCELHO A Câmara Municipal acordou com a Universidade Nova de Lisboa, a realização de um projeto de Excelência educativa, através do qual será definido e aplicado um plano de ação para o sucesso educativo que pretende inovador e eficaz. Além disso, vão ser disponibilizados novos e importantes apoios sociais aos alunos e famílias que irão abranger a totalidade do ensino básico (1.º ao 9.º ano de escolaridade), onde todos os alunos terão acesso gratuito aos cadernos de fichas escolares. Quanto ao ensino secundário (10.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade) todos os alunos que procedam à sua matrícula na escola de Ferreira, usufruem de uma bolsa de estudo no valor de 200 euros. Por outro lado, as refeições escolares, as atividades de enriquecimento e os prolongamentos de horários para apoio às famílias, serão objeto de melhorias ao nível das instalações e da qualidade, passando a evitar-se, tanto quanto possível, as deslocações das crianças, nomeadamente no pré-escolar. No que respeita à função dos auxiliares de ação educativa, haverá uma valorização de modo a investir a sua dedicação na qualidade dos apoios prestados ao processo educativo e aos alunos na escola. Também a limpeza e higiene das escolas será desenvolvida em novos moldes, através da contratação de empresa externa. A limpeza exterior e a jardinagem, passarão a ser asseguradas com permanência e qualidade, bem como edifícios, espaços escolares, equipamentos e material didático, continuarão a ser objeto de investimentos de qualificação e modernização. Um plano de desenvolvimento educativo, que conta com o envolvimento do agrupamento de escolas e, em particular, dos seus órgãos de direção, cabendo igualmente aos professores e ao pessoal administrativo e auxiliar, parte fundamental do trabalho que vai ser levado por diante. Outra parte fundamental passa pelos pais e encarregados de educação e alunos, e que a sua participação e vontade são essenciais para proporcionar às crianças e jovens do concelho as melhores oportunidades educativas. Sem dúvida, uma sério desafio para todos.
ENCONTRO DOS ANTIGOS ALUNOS DO COLÉGIO NUN'ÁLVARES
Jornal
de
Ferreira JULHO 2018
Ficha Técnica
Aproxima-se mais uma edição da tradicional Feira de Ferreira e, com ela, a realização anual do respetivo almoço-convívio dos Antigos Alunos do Colégio Nuno Álvares.
Diretor: Luís António Pita Ameixa, Presidente da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo | Coordenador: Carlos Viegas | Redação e Colaboradores nesta edição: José Salgado, Luís Miguel Ricardo, Maria Manuela Gusmão | Fotografia: SIPE – Serviço de Informação e Promoção Externa da Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo | Propriedade: Câmara Municipal de Ferreira do Alentejo | Redação Administração e Sede do Jornal de Ferreira: Praça Comendador Infante Passanha, 5 - 7900-571 Ferreira do Alentejo | Telf. 284738700 | Fax: 284739250 | jornaldeferreira@cm-ferreira-alentejo. pt | Depósito Legal: 81278/94 | Tiragem: 8.000 exemplares | Paginação e Impressão: Mx3 – Artes Gráficas, Lda.