Revista Clube Esportivo e Recreativo Descalvadense

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CLUBE ESPORTIVO E RECREATIVO

DESCALVADENSE MIN NICA AMPO SIN NTÉTTIC CO NOVIDADE CONQUISTA OS SÓCIOS

PAU ULIS STA A 986 6 DEE 19 VITÓRIA DO CERD FEZ HISTÓRIA

SOC CIALL CLICKS DOS EVENTOS DO CLUBE

COM UM PLANEJAMENTO CUIDADOSO, O CLUBE ESPORTIVO E RECREATIVO DESCALVADENSE (CERD) GANHOU MELHORIAS E INVESTIMENTOS QUE FORTALECERAM A PAIXÃO DOS SÓCIOS




SUMÁRIO

CAPA

CAROS ASSOCIADOS,

Conheça as melhorias e investimentos que revitalizaram o patrimônio e conquistaram os associados

É com grande satisfação que lançamos o primeiro número da revista do Clube Esportivo e Recreativo Descalvadense (CERD), idealizada para mantê-los sempre atualizados em relação às novidades do clube e aos planos da diretoria.

A VISÃO DO PRESIDENTE Gestão quer primar pela redução dos gastos, aumento da receita e eficácia no uso das mensalidades

Nesta primeira edição, será possível conhecer, em nossa matéria de capa, algumas das principais benfeitorias que foram realizadas no patrimônio do clube ao longo deste biênio de 2017-2018. Para que essas melhorias pudessem ser realizadas, fez-se necessário muito estudo, planejamento e economia. Após diversas análises e negociações, duas obras já foram concluídas: o minicampo sintético e a tão sonhada academia. E, por falar no minicampo sintético, na seção “Clube” vocês poderão conhecer os detalhes por trás da idealização e implementação do espaço. Antiga reivindicação dos associados, o novo campo está contribuindo para o treino dos frequentadores, que passaram a utilizá-lo com mais regularidade. Além disso, ele possui um visual mais agradável e material de alta durabilidade, que não exige manutenção excessiva, resultando em mais economia.

CLUBE Econômico e bonito, novo campo sintético resiste a mudanças climáticas e exige pouca manutenção

INSPIRAÇÃO A volta por cima de Cristiano Ronaldo, que saiu de uma infância turbulenta para o topo do futebol

O esporte também marca presença na seção “História”, que nesta edição relembra a memorável vitória do CERD na terceira divisão do Campeonato Paulista de 1986. Em conversa com o presidente do clube à época, Sérgio Franco de Lima, conhecemos um pouco dos bastidores da caminhada do clube rumo à vitória. E, já que estamos falando de futebol, vale destacar que o craque português Cristiano Ronaldo figura na seção “Inspiração” do presente número. Após passar por uma infância sofrida, o jogador superou todas as dificuldades e foi considerado por cinco vezes o melhor do mundo pela FIFA. Aqui você poderá conhecer um pouco mais da trajetória dessa figura que se tornou um exemplo de superação.

HISTÓRIA

SOCIAL

Veja quem e o quê tornou possível a vitória do CERD na terceira divisão do Campeonato Paulista

Confira os clicks dos eventos Carnaval, Esquenta Rock – Pearl Jam Cover e Esquenta Sertão

Esta edição traz ainda uma matéria sobre os princípios que guiam a atual gestão do clube e alguns clicks dos eventos realizados pelo CERD. Boa leitura a todos!

A Revista CERD é uma publicação do Clube Esportivo e Recreativo Descalvadense - PRESIDENTE: Marcelo Figueiredo VICE-PRESIDENTE: Wladimir José Assoni, 1º TESOUREIRO: Sebastião Ricardo Traldi. 2º TESOUREIRO: Itamar de O. Parada. 1º SECRETÁRIO: Carlos Alberto P. de Lima 2º SECRETÁRIO: Cleverson Ferreira da Silva DIRETOR DE ESPORTE: Edenilson C. Bueno DIRETOR DE PATRIMÔNIO: José Edmir Valentim DIRETOR SOCIAL: Luis Antônio Bonani. A REVISTA CERD É UMA PUBLICAÇÃO DA EDITORA CMN - DIREÇÃO EXECUTIVA: Alexandre Serpentino, Edison Lopes Bernardo, Tiago Serpentino DIREÇÃO EDITORIAL: Tiago Serpentino EDIÇÃO E JORNALISTA RESPONSÁVEL: Rafael Guedes - MTB 0011210/PR REDAÇÃO: Carolina Prestes DIREÇÃO DE ARTE: Raphael Freire REVISÃO: Diogo Coelho ATENDIMENTO: Edison Lopes ADMINISTRAÇÃO: Fabiana Cruz e Julia Cassia COMERCIAL: Tiago Serpentino (19) 97117-7435 - tiago.serpentino@editoracmn.com.br IMPRESSÃO: Quatrocor Gráfica e Editora. CONTATO EDITORA CMN - (19) 3583-1251, www.editoracmn.com.br. RELAÇÕES COM A IMPRENSA: redacao@cmnrevistascustomizadas.com.br. O CERD não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados, bem como pelas informações ou conteúdo dos anúncios publicados. A reprodução total ou parcial do conteúdo desta obra é expressamente proibida sem prévia autorização.



CAPA

NOVOS MOTIVOS PARA IR AO

CLUBE FINANCEIRAMENTE SAUDÁVEL, O CERD RECEBEU MELHORIAS E INVESTIMENTOS QUE REVITALIZARAM O PATRIMÔNIO E CONQUISTARAM OS ASSOCIADOS

O

s sócios mais antigos do Clube Esportivo e Recreativo Descalvadense (CERD), sem dúvida alguma, perceberam que desde 2017 o clube já não é mais o mesmo. Ao longo deste biênio de 2017-2018, a atual gestão iniciou inúmeras melhorias que beneficiam os associados e também contribuiu para uma melhor administração do clube. O que talvez nem todo mundo saiba é que, para garantir que todas as mudanças e investimentos pudessem ser feitos, foi necessário bastante planejamento.


“Outra medida que contribuiu bastante para o financeiro foi a renegociação com todos os contratos de prestação de serviços fixos do clube” Marcelo Figueeireedo, presidentee

FINANCEIRO Assim que assumiu a presidência do CERD, Marcelo Figueiredo ddecidiu que o primeiro trabalho da direção seria fazer o mapeamento completo do aaspecto administrativo todos da agremiação em to dos os âmbitos: finanesportivo ceiro, patrimonial, es portivo e social. Como estavam havia obras que esta vam paradas há anos, foi preciso verificar quais eram os verdaclube. deiros impasses do cl ube. Feita a avaliação, entendeu-se que a rreceita eceita arrecadada por mensalidades meio das mensalidad des era muito baixa se comparada p com os ggastos. gaastos. Por essa razão, o âmbito financeiro do clube estava compro-

metido. Como subir o valor da mensalidade poderia ser mais um problema do que uma solução, novas estratégias foram criadas. “Quando percebemos isso, tivemos que refazer os planos. A primeira atitude foi reduzir os gastos. Muita coisa precisava ser modificada, mas não poderíamos ser radicais. Por isso, optamos por selecionar as prioridades. Começamos cortando alguns colaboradores da mesma classe que estavam com piso salarial superior ao da categoria – e já nessa primeira atitude pudemos ver os resultados”, conta Figueiredo. Em seguida, a diretoria dispensou outros colaboradores

que estavam em excesso e reduziu também a contratação de prestadores de serviços. As cotações para aquisição de produtos novos para o clube também passaram por modificações. Exigiu-se que os orçamentos fossem feitos de forma minuciosa, sempre visando as opções de menor custo. “Outra medida que contribuiu bastante para o financeiro foi a renegociação de todos os contratos de prestação de serviços fixos do clube. Conversamos com as empresas e baixamos o valor mensal pago para elas, reduzindo ainda mais os gastos”, acrescenta o presidente.


CAPA A

“Muita coisa precisava ser modificada, mas não poderíamos ser radicais. Por isso, optamos por selecionar as prioridades” Marcelo Figueirredo, presiden nte PATRIMÔNIO Em virtude do balanço conduzido no início da gestão, a diretoria também chegou ao entendimento de que o patrimônio do clube estava se deteriorando e perdendo valor. As reformas já não eram realizadas e as manutenções eram precárias. Com o financeiro ainda comprometido, a diretoria idealizou a instalação da grama sintética no minicampo e a construção da tão sonhada academia. “Ocorre que, diante da situação financeira do clube, não daria para fazer uma manutenção robusta na parte patrimonial, mesmo havendo a redução sensível dos gastos. Assim, a diretoria teria duas opções para resolver o problema. A primeira seria criar uma taxa de construção e mantê-la até os ajustes necessários serem feitos. A segunda seria vender novos títulos”, detalha Figueiredo. Junto a isso, a mesa diretiva precisou estudar a situação financeira do município e do

país, afetados pela crise econômica. Analisando a possibilidade de vender mais títulos, ela constatou que em 2009 o clube possuía 2.045 sócios patrimoniais, mesmo com edificações menores se comparadas com os dias de hoje, ao passo que no início da atual gestão a agremiação tinha apenas 1.700 sócios patrimoniais. “Antes de qualquer coisa, fomos buscar informações técnicas no Corpo de Bombeiros, que concordou de imediato quanto ao espaço físico e edificações da agremiação para acolher os novos associados”, ressalta o presidente. Além disso, a diretoria vendeu títulos que estavam “encostados” na secretaria, os quais haviam sido tomados por falta de pagamento, como reza o Estatuto Social. Todo o dinheiro arrecadado com a venda de títulos foi depositado em uma conta separada, para garantir que as duas obras – o minicampo sintético e a academia – fossem co-

locadas em prática no momento oportuno e as demais necessidades do clube fossem atendidas. “Com essa postura, acabamos resolvendo os dois problemas da gestão – a saúde financeira do clube e a revitalização patrimonial. A primeira solução aumentou a receita mensal do clube, o que nos permitiu fazer as reformas emergenciais no patrimônio. A segunda custeou, finalmente, o minicampo sintético e a montagem da nova academia, sem gerar taxa de construção para os associados”, comemora Figueiredo.

GERENCIAMENTO Além da instalação do campo sintético e da academia, a diretoria também adotou diversas medidas administrativas que tornaram o gerenciamento do clube mais técnico e ágil. Ela desenvolveu um sistema para administração das receitas e despesas de todas as pastas da instituição, supervisionando de forma detalhada a saúde financeira do clube todos os meses; implantou o almoxarifado, que permite gerenciar os produtos e ferramentas; automatizou o estoque do bar do Esquenta; passou a gerir, em todas as pastas, a contratação de serviços e aquisição de novos produtos; e contratou um único pedreiro, visto que o clube necessita de serviços dessa ordem com frequência – e, com essa única contratação, o gasto mensal foi reduzido. Apoiada por todas essas escolhas, que foram analisadas com rigor e executadas com o devido cuidado, a direção do CERD segue buscando melhorar cada vez mais o clube, que já se tornou o ponto de encontro da família descalvadense.


A VIS SÃO DO PRESID DENTE

ATUAL GESTÃO DO CERD TEM COMO PRINCÍPIOS A REDUÇÃO DOS GASTOS, O AUMENTO DA RECEITA E A EFICÁCIA NA UTILIZAÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES DOS ASSOCIADOS

O CLUBE DA FAMÍLIA

DESCALVADENSE H

á 78 anos contribuindo para o lazer dos moradores de Descalvado, o Clube Esportivo e Recreativo Descalvadense (CERD), que conta com uma estrutura que inclui academia, piscinas e quadras, vem crescendo cada dia mais. Desenvolvimento, melhorias e adaptações são algumas das prioridades do atual presidente do clube, Marcelo Figueiredo. Na avaliação dele, o associado hoje dispõe de atrativos de “sobra” no CERD. “O associado busca a prática de esporte e lazer. Nessa linha, o leque de opções é grande em favor dos associados. Só na parte de esporte são 18 modalidades. Ou seja, há atrativo de sobra em favor do associado”, afirma. O futebol foi a primeira modalidade a ser praticada no clube. Com o tempo, vieram, entre outros, tênis, vôlei, natação, hidroginástica, judô e até yoga. De acordo com Figueiredo, os associados

se destacam pela constância. Eles são daqueles que frequentam o local diariamente, seja para relaxar ou para encontrar os amigos. “O CERD oferece uma estrutura completa, com muitos pontos positivos, mas acredito que a família seja o principal deles. Temos o ambiente perfeito para acolher a família”, explica.

ADMINISTRAÇÃO No âmbito administrativo, a atual gestão conta com um diretório formado por profissionais qualificados em cada campo de

atuação do clube. Além disso, a diretoria tem como princípio fazer bom uso da contribuição recebida pelos sócios. “Acredito que uma boa gestão é pautada na redução dos gastos, aumento de receita e na eficácia na utilização do dinheiro que o associado coloca na agremiação mensalmente”, aponta. Em se tratando daquilo que o inspira a gerir o clube, Figueiredo menciona os ex-presidentes do CERD. “Tenho muito amor pelo clube e me inspiro em todos os presidentes que passaram por aqui. Teve muita gente boa que liderou o clube”, elogia.

“O CERD oferece uma estrutura completa, mas acredito que a família seja o principal. Temos o ambiente perfeito para acolher a família”


CLUBE

ECONÔMICO Q

uem frequenta o Clube Esportivo Recreativo Descalvadense (CERD) diariamente conta agora com um novo incentivo para bater uma bola. Com a instalação do minicampo sintético, os associados estão se organizando cada vez mais para a prática de esportes sobre a grama. De acordo com o diretor esportivo do clube, Ednilson César Bueno, mais conhecido como Biro, a proposta de substituir a grama natural pela sintética foi bem acolhida por aqueles que frequentam o local. “A reação do associado está sendo bem gratificante, dado o aumento da frequência do pessoal que joga futebol. Antigamente, o campo era usado, no máximo, duas vezes

NOVO CAMPO SINTÉTICO DO CERD É RESIISTTENTE A MUDANÇAS CLLIMÁTICAS E PO ODE SER USA ADO O POR LONGOS S PERÍODOS DE TEMPO SEM PR RECISAR DE MA ANUTENÇÃO na semana. Hoje ele é usado todos os dias.” Trata-se de uma reivindicação antiga, pois o campo de grama natural possui uma durabilidade baixa, enquanto a grama sintética precisa apenas de cuidados para levantamento das cerdas artificiais uma vez ao mês e da reposição de borrachinhas a cada seis

meses. A resistência a mudanças climáticas, o baixo impacto ecológico e a desnecessidade de irrigamento constante fazem com que o campo sintético esteja se consolidando como uma das melhores opções para quem trabalha com esportes. A prática do futebol no CERD é antiga e a


“Com o campo sintético, poderemos atender melhor à demanda do clube e realizar campeonatos e treinos para os adultos e para as categorias de base” Ednilson César Bueno, diretor esportivo do CERD D

cada dia cresce o número de associados que faz uso dos campos. Segundo a diretoria do clube, com as modificações, espera-se que o crescimento seja em torno de 60%. “Com o campo sintético, poderemos atender melhor à demanda do clube e realizar campeonatos e treinos para os adultos e para as categorias de base”, explica Biro.

ECONOMIA A instalação da grama sintética vai além de apenas atrair associados ao campo. Para o clube, é uma forma de gerar mais economia, pois o retorno de tais investimentos é muito superior ao proporcionado pela grama natural. Segundo o tesoureiro do clube, Sebastião Ricardo Traldi, para a manutenção de um campo de grama natural são desembolsados

anualmente quase R$ 17 mil. Nesse valor está incluído adubo, reagentes para controle de pragas, tinta para demarcar o campo, a reforma onde é realizada a reposição da grama, poda, sacos de lixo, mão de obra, entre outros. Na avaliação de Traldi, um campo de grama sintética tem durabilidade de aproximadamente 15 anos. “Se multiplicarmos por quinze o valor da manutenção feita ano a ano no campo natural, temos o equivalente a R$ 254.250,00. Com esse valor, subtraído do valor de investimento para a grama sintética, é possível fazer uma economia estimada de R$65.250,00.” No final das contas, substituir o gramado natural pelo sintético acaba sendo uma escolha prática e econômica, sem contar que visualmente agrada muito mais a quem frequenta o local.

PLANEJAMENTO Para que o projeto saísse do papel, foram necessárias algumas negociações quanto ao pagamento do novo campo. Foi realizado um financiamento com a Desenvolve SP, agência de desenvolvimento responsável por promover o crescimento sustentável de pequenas e médias empresas de São Paulo. O financiamento foi no valor de R$ 150.000,00 e a diferença foi paga pelos caixas do próprio clube. “O planejamento financeiro foi feito em cima de juros de 0,68% ao mês, dividido em 60 parcelas, ainda com carência de três meses para o início do pagamento. Essa foi uma proposta bem acessível que encontramos para atender à nossa necessidade”, conta Traldi.


RÚSSIA

COPA DO MUNDO 2018 FAS SE DE GRUP POS S

FAS SE DAS FIN NAIS S



INSPIRAÇÃO

COM INFÂNCIA DIFÍCIL, O CRAQUE CRISTIANO RONALDO CONQUISTOU SEU ESPAÇO NO FUTEBOL E AOS 33 ANOS É O JOGADOR COM UMA DAS CONTRATAÇÕES MAIS CARAS DO MUNDO

SUPERAÇÃO P

ara muitos, ele é só um rostinho bonito. Para outros, é o craque mundial do futebol. Mas o que poucos sabem é que Cristiano Ronaldo, típico menino pobre que virou mito, é um exemplo de superação. Nascido em Funchal, na Ilha da Madeira (Portugal), em 5 de fevereiro de 1985, o jogador é filho da cozinheira Dolores e do jardineiro Dinis. Com uma infância difícil, Cristiano vivia em uma casa de

madeira onde precisava tapar os buracos para que a chuva não entrasse. Tinha poucos brinquedos, mas, entre eles, uma bola de futebol. O gosto pelo esporte começou cedo, com o incentivo do pai, que colocou Ronaldo no clube local Andorinha desde pequeno. A prática veio com o tempo, depois de quebrar muitos vidros e sujar as paredes dos vizinhos. Passado um tempo, Cristiano entrou para o

Nacional da Madeira, que se preocupou com sua saúde precária e seu físico mirrado, chegando a alimentar o menino antes de mandá-lo de volta para casa. Observado por um olheiro do Sporting, o craque foi aceito pelo time e então mudou-se para Lisboa aos 11 anos. Precisou de roupas novas e muito apoio da família, que, mesmo em situação difícil, esforçava-se para apoiar o atleta.


FOCO Ronaldo nunca fora um aluno dedicado. Por esse motivo, e também por seu sotaque madeirense, ele sofria preconceito por parte dos demais jogadores, tendo sido humilhado inúmeras vezes. Ele declarou em entrevistas que uma de suas mais tristes

lembranças é de quando precisava carregar o lixo do time em um carrinho de mão e os colegas falavam que ele estava “dirigindo seu carro”. Ele teria respondido que poderiam tirar sarro o quanto quisessem, pois um dia ele teria sua própria Ferrari. Hoje, são mais de 20 na garagem.

Momentos como esse foram fundamentais para fazer com que Cristiano Ronaldo focasse na carreira e no próprio crescimento. Sofrendo com a falta da família e dos amigos, ele ficou obcecado pelo futebol e aproveitava todas as horas vagas para se exercitar e treinar. Mesmo se destacando no esporte, os dramas familiares de Ronaldo continuaram. Descobriu que o pai era alcoólatra e o irmão era viciado em drogas. Ainda se estruturando, ele bancou a internação do irmão, mas não pôde ajudar o pai, que faleceu em 2005.

AUGE

Quanto ao sucesso, ele afirma que “talento sem trabalho não é nada”

O jogador começou a brilhar de verdade em 2003, depois que chamou a atenção do técnico do Manchester United, da Inglaterra. Ele foi contratado para substituir David Beckham, que havia sido negociado com o Real Madrid. A partir daí, o jogador se destacou inúmeras vezes, ganhando vários títulos, como o tricampeonato da Premier League entre 2006-07 e 2008-09, a Liga dos Campeões da Europa 2007-2008, o Campeonato Mundial de Clubes da FIFA 2008, bem como várias taças da Inglaterra. Em 2008, foi considerado o melhor jogador do mundo pela FIFA e ganhou a Chuteira de Ouro da revista France Football. Cristiano Ronaldo foi contratado pelo Real Madrid em 2009 e se tornou a transferência mais cara da história do futebol (hoje ocupa a sétima posição nesta lista). Em 2010-2011 marcou 53 gols, número nunca antes alcançado por um jogador madrilenho em uma única temporada (ele ainda quebraria o próprio recorde na temporada 2014-2015, quando anotou 61 gols). Hoje, o artilheiro português já contabiliza mais de 650 gols em toda a carreira, totalizando 924 partidas. Não por acaso, ele já foi eleito cinco vezes o melhor jogador de futebol do mundo pela FIFA. Hoje, Cristiano Ronaldo é mais do que um jogador de futebol. Pai de quatro filhos, três deles vindos de barrigas de aluguel, namora com a espanhola Gerogina Rodríguez, mãe de sua única filha biológica e com quem compartilha a criação das outras crianças. Ele ainda é considerado símbolo sexual, estampando capas de revistas do mundo inteiro, e é garoto-propaganda de marcas importantes como Armani e Nike. Quanto ao sucesso, ele afirma que “talento sem trabalho não é nada”.


HISTÓRIA A

A TAÇA CONTRATAÇÕES, FOCO E ENTUSIASMO FIZERAM O CERD ERGUER O TROFÉU DE CAMPEÃO

É NOSSA

DA TERCEIRA DIVISÃO DO CAMPEONATO PAULISTA EM 1986

O

ano de 1986 está marcado na memória de todos os descalvadenses. Foi naquele ano que o Clube Esportivo e Recreativo Descalvadense (CERD) consagrou-se Campeão Paulista da Terceira Divisão após a final disputada contra o Santacruzense. Depois desse título, a primeira e única conquista profissional do clube até hoje, o time se afastaria do profissionalismo e nunca mais voltaria a jogar, totalizando 28 jogos, 14 vitórias, 11 empates, três derrotas e 54 gols marcados na campanha vitoriosa.

TRAJETÓRIA A trajetória do time até o título não foi fácil. Uma das dificuldades estava no fato de ser um time de clube e não do município de Descalvado. Também havia o receio de que o CERD fosse afetado por causa do foco no futebol. No entanto, graças à excelente gestão do então presidente Sérgio Franco de Lima, tanto o time quanto o clube conseguiram caminhar sincronizados, e a vitória só foi possível por conta do apoio dos associados e moradores. “Por muito tempo nós disputamos os campeonatos, mas nunca passávamos da fase de classificação. Em 86, resolvemos entrar e fazer um papel bonito. Deixamos de ser um time participativo para nos tornarmos

“A cidade inteira vestiu a camisa. Nós não sabíamos se levaríamos o título, mas o time se preparou para desempenhar um bom papel” Wilson Scatolin ni, ex-tesooureiroo


“Por muito tempo nós disputamos os campeonatos, mas nunca passávamos da fase de classificação. Em 86, resolvemos entrar e fazer bonito” Sérgio Francoo de Liima, ex-pressidentee

sável pelas mudanças que fizeram o time avançar. “Graças ao Tiri, fizemos excelentes negociações e compras de jogadores. Foi uma união de esforços que contribuiu para chegarmos lá, mas o Tiri foi fundamental nessa caminhada”, reconhece Lima.

ENTUSIASMO

competitivos”, relembra Lima. Cerca de 140 times estavam disputando a divisão do Campeonato Paulista naquele ano. Trazer o troféu para Descalvado mexeu não somente com os sócios do clube, mas com toda a cidade. “Era uma febre na cidade. Todo mundo só falava disso. Não precisava frequentar o CERD para torcer por nós. A conquista do título acabou sendo um marco histórico do município”, relata o então presidente do clube.

MODIFICAÇÕES Para garantir que o time se destacasse, Lima conversou com o diretor esportivo da época, Lázaro Delgado, também conhecido

como Curruíra, e fez diversas modificações, desde a compra de jogadores até a troca de técnico. “Quando nos classificamos, eu percebi que o time não estava preparado para seguir em frente. Foi aí que eu precisei correr atrás de quem realmente estivesse empenhado em levar o título. Consegui o contato do técnico do campeão de 85 e então chegamos ao Bonora [Roberto Bonora, técnico do Mauaense, campeão de 1985, que também levaria o CERD à vitória no ano seguinte]”, conta Lima. Entre as personalidades que se destacaram nos bastidores, o ex-presidente aponta a participação de Tiri, que foi o principal respon-

Mesmo em meio à corrida pelo título, o CERD conseguiu continuar fazendo seu trabalho sem que os associados fossem prejudicados. A venda de dois jogadores, por exemplo, possibilitou que todo o tempo dedicado ao futebol fosse reembolsado ao clube. “Nós tínhamos muita colaboração, e o valor dos jogadores não era alto. Além disso, o Brasil vivia uma boa época. O fator financeiro foi fundamental para a conquista do título, mas em nenhum momento foi preciso mexer na estrutura e planejamento do clube”, observa Wilson Scatolini, tesoureiro da época. Scatolini também se lembra da empolgação que dominou Descalvado aquele ano, como se os jogadores estivessem representando o próprio município. “A cidade inteira vestiu a camisa. Nós não sabíamos se levaríamos o título, mas o time se preparou para desempenhar um bom papel. E, com o entusiasmo da cidade, tudo foi caminhando de forma tranquila, trazendo o que mais esperávamos: a conquista do título”, recorda.


SOCIAL




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