Ano 8 • Edição 42
Eduardo Terra Desafios e oportunidades do varejo
Com ou sem Estado? Vias para o progresso econômico
Cultura As cores vibrantes de Rafael Shine
Completando duas décadas de existência, a Abradilan idealiza um setor de distribuição cada vez mais capacitado e atualizado
Disponível para Android e iOS
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ÍNDICE
42 08 ACONTECE
OS PRINCIPAIS EVENTOS S DO SETOR
12 ARTIGO
MARIA CRISTINA AMORIM IM
14 ENTREVISTA
EDUARDO TERRA
18 MERCADO
NOVIDADES DO MUNDO FARMA
24 CAPA
AN 20 ANOS DE ABRADILAN
34 38 48
54 32 ECONOMIA
48 NOSSA HISTÓRIA
36 ARTIGO
52 ARTIGO
38 CULTURA
54 TURISMO
42 NOSSA HISTÓRIA
58 ARTIGO
CAMINHOS PARA A RECUPERAÇÃO EMANUEL MACEDO A ARTE URBANA DE RAFAEL SHINE CENTROFARMA
46 ARTIGO
MARCUS VINICIUS DE ANDRADE
MAXIFARMA
ANDRÉ FARIA GOMES O CHARME DE CAMPOS DO JORDÃO RAMON ALECRIM
CAROS ASSOCIADOS, SÓCIOS-COLABORADORES E COLEGAS DO SETOR
Juliano Cunha Vinhal Presidente do Conselho Diretivo da Abradilan
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Presidir uma associação do porte e relevância da Abradilan é um enorme desafio, mas uma satisfação maior ainda. Sinto-me muito honrado com a confiança que os distribuidores associados, sócios-colaboradores e demais profissionais do setor colocaram no meu trabalho e tenho me esforçado para corresponder às expectativas. Durante todos esses anos, tive a oportunidade de perceber que a importância e o reconhecimento da associação no mercado de saúde, higiene, beleza e nutrição cresce a cada dia. Além disso, acompanhei de perto o amadurecimento e a evolução das ações institucionais e do relacionamento com os associados. A Abradilan nasceu do sonho de dez distribuidores farmacêuticos que perceberam a importância de somar esforços para buscar objetivos comuns. Logo nas primeiras reuniões, ficou estabelecido que seriam criadas comissões para negociar melhores condições comerciais com os laboratórios. Desde então, a entidade participa ativamente no desenvolvimento e aperfeiçoamento do setor. O mercado mudou muito nos últimos 20 anos. Os associados se reinventaram e a associação também, pois, quanto mais crescem as empresas associadas, maior é a necessidade de uma instituição representativa que dialogue com a sociedade, o governo e as demais instituições. A força da Abradilan está nas 142 distribuidoras associadas e 36 sócios-colaboradores. Essas empresas fazem parte da história da entidade e são as grandes responsáveis por torná-la sólida e respeitada. Esse é o momento de olhar para trás e comemorar as conquistas que obtivemos ao longo desses 20 anos de história, mas também de planejar o futuro. Nos próximos anos, a Abradilan investirá em atividades que incentivem o uso das melhores práticas de gestão e no fortalecimento das ações de responsabilidade social. Desse modo a entidade espera continuar contribuindo para o desenvolvimento do mercado, o reconhecimento do distribuidor e o progresso do país.
EXPEDIENTE
Boa leitura a todos.
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ABRADILAN (Gestão 2017/2019): Presidente do Conselho Diretivo: Juliano Cunha Vinhal(Meditem/MG); Vice-presidente: Vinicius Casimiro Carneiro Andrade (Orgafarma/MG); Diretor-financeiro: Jony Anderson Tavares de Sousa (Emefarma/RJ); Diretor de Relações Institucionais: João Orologio Marchiori (Elite/SP); Diretor-secretário: Teo Vargas de Machado (Baiana Medicamentos/BA); Diretor-secretário Adjunto: Aclair Machado (Medsul Medicamentos/SC). Conteúdo, Edição e Arte: Editora CMN (19) 3583-1251 Direção Executiva: Alexandre Serpentino e Tiago Serpentino Jornalista Responsável: Rafael Guedes - MTB 0011210/PR Redação: Daniel Sender e Michelle de Geus Direção de Arte: Raphael Freire Revisão: Diogo Coelho Administração: Fabiana Cruz Relacionamento: www.editoracmn.com.br IMPRESSÃO: Gráfica NywGraf Tiragem: 2 mil exemplares. Publicação produzida para a Abradilan direcionada para associados, fornecedores, clientes, profissionais e interessados no mercado farmacêutico. A Abradilan não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados ou opinião de terceiros. A reprodução total ou parcial do conteúdo desta obra é expressamente proibida sem prévia autorização. Para anunciar: Tiago Serpentino - tiago.serpentino@editoracmn.com.br, contato: (19) 97117-7435.
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ACONTECE
O SETOR FARMACÊUTICO
EM DEBATE Parte das ações de capacitação criadas pela entidade, a Assembleia Abradilan possibilitou atualizar conhecimentos e fazer contatos
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istribuidores associados e sócios-colaboradores passaram a manhã e o início da tarde de 20 de junho reunidos na Assembleia Abradilan. O evento aconteceu no Bourbon Convention Ibirapuera Hotel, em São Paulo (SP), e contou com a participação de diretores, presidentes e executivos do mercado farmacêutico. Iniciativa que faz parte das ações de capacitação profissional promovidas pela Abradilan, o encontro deu aos participantes a oportunidade de atualizar conhecimentos e expandir a rede de contatos. Os presentes puderam assistir a uma palestra de Paulo Paiva, vice-presidente da Close-up na América Latina, que abordou o tema ‘Desafios e Oportunidades da Distribuição Regional’. Paiva destacou que o Brasil pode ser dividido em diferentes mercados farmacêuticos, com dinâmicas e desafios próprios. Na sequência, Cláudio Leal, superintendente de Fomento de Negócios do BNDES, falou sobre as ‘Linhas de Crédito do BNDES’. Além das palestras, a programação incluiu uma mesa-redonda com o tema ‘Política Nacional e os Impostos no Negócio’, com os cientistas políticos André Singer, colunista do jornal Folha de São Paulo, e Carlos Melo, professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). Singer e Melo debateram sobre
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os impasses do sistema político brasileiro e as várias crises que resultaram na recessão econômica que o país vem enfrentando nos últimos anos.
ATUALIZAÇÃO Na opinião de Davilson de Almeida, Diretor de Relações Institucionais da Ativa Logística, os eventos realizados pela Abradilan são fundamentais para manter distribuidores e demais associados sempre atualizados com o setor farmacêutico. “Aproveitamos todo esse envolvimento com os distribuidores
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A ASSEMBLEIA ABRADILAN REÚNE OS PRINCIPAIS
PLAYERS DO SETOR FARMACÊUTICO, E ESSA TROCA DE KNOW-HOW É MUITO IMPORTANTE PARA NÓS DAVILSON DE ALMEIDA
”
Por Michelle de Geus
“
É PRECISO DESTACAR A APROXIMAÇÃO DO BNDES COM A ABRADILAN.
O BNDES DEU UM VIÉS MUITO FORTE PARA A INDÚSTRIA E POUCO PARA O ATACADO. QUE OLHEM PARA NÓS COM MAIS CARINHO IVANILSON DE BRITO GALINDO
durante a Assembleia Abradilan para discutir e conhecer as demandas e necessidades do mercado. O evento reúne os principais players do setor farmacêutico, e essa troca de know-how é muito importante para nós”, ressalta. A relevância da Assembleia Abradilan também foi destacada por Rodrigo Alves da Silva, Diretor da MG Medicamentos. Segundo ele, os eventos da entidade sempre apresentam novidades do setor farmacêutico e agregam conhecimentos de valor aos associados. “Os distribuidores regionais enfrentam novos desafios a cada dia, pois o mercado está cada vez mais competitivo e estamos em um período de incertezas na economia. Por isso, achei muito oportuna a apresentação das linhas de financiamento do BNDES”, exemplifica. Robson de Freitas Moreno, Gerente Nacional do Canal Farma da Iridium Labs, observa que, com eventos tais como a Assembleia Abradilan, a as-
”
sociação aproxima a indústria do distribuidor, facilitando as negociações entre ambas as partes. “Na Abradilan, podemos dialogar com 50% a 60% de toda a distribuição do canal farmacêutico. Tem sido uma parceria de extrema importância para a empresa”, afirma. Na visão de Ivanilson de Brito Galindo, Diretor da Brasil Distribuidora e Farmaum, a Assembleia Abradilan também é uma importante fonte de auxílio para a gestão empresarial. “A Abradilan tem sido um grande apoio da distribuição, funcionando também como um importante fórum de debate, onde podemos trocar ideias que nos ajudam bastante na gestão da empresa”, explica ele, acrescentando que a aproximação da entidade com o BNDES foi acertada. “É preciso destacar essa aproximação, pois o BNDES deu um viés muito forte para a indústria e pouco para o atacado. Que olhem para nós com mais carinho”, conclui.
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MARIA CRISTINA S. AMORIM
CORRUPÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES: É POSSÍVEL E NECESSÁRIO LUTAR CONTRA
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A EXISTÊNCIA DE UMA LIDERANÇA QUE CONHEÇA A VIDA
DOS FUNCIONÁRIOS, PERCEBA QUANDO ESTES PASSEM POR DIFICULDADES MATERIAIS E AJUDE A SUPERAR OS PROBLEMAS, PODE REDUZIR A CORRUPÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES A corrupção, infelizmente, é tema constante na mídia desde sempre. Quando descoberta, causa perdas de todo tipo: de reputação, de faturamento, etc. Segundo o jornal ‘Financial Times’, os escândalos de corrupção envolvendo a Fifa e a Copa do Mundo de 2018 levaram à queda de patrocínio de US$ 237 milhões. A McKinsey, até então renomada companhia multinacional de consultoria, terá que restituir R$ 10 bilhões ao governo da África do Sul R$ pelo envolvimento em contratos fraudulentos com ex-governantes do país. Segundo Kevin Sneader, presidente da empresa, além de devolver o dinheiro, haverá “uma longa jornada rumo à recuperação da reputação” da companhia, conforme citado pelo jornal ‘Valor Econômico’. No Brasil da operação Lava Jato, o envolvimento com a corrupção levou grandes empresários e setores econômicos inteiros à ruína. A corrupção não é simples de definir, é praticamente impossível de medir, mas é possível
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QUANTO A MEDIR A
CORRUPÇÃO, É MISSÃO QUASE IMPOSSÍVEL, POIS MUITOS ILÍCITOS NÃO SÃO REGISTRADOS, NÃO SÃO DESCOBERTOS OU A IMPRENSA NÃO É LIVRE PARA DENUNCIAR. DESCONFIE DE TODOS OS INDICADORES DE CORRUPÇÃO
”
reduzir. Vamos à primeira tarefa: afinal, o que é corrupção? É qualquer ato ilícito praticado com o objetivo de ganhar benefícios pessoais em instâncias públicas ou privadas. É útil dividir a corrupção em três tipos: a preta, a branca e a cinza. A preta está prevista na lei e a cultura local também a reconhece – por exemplo, o assassinato. A branca é aquela que a lei proíbe, mas os valores locais podem não condenar – por exemplo, não usar cinto de segurança ao dirigir veículos. A cinza, talvez a mais complicada, é quando a lei não consegue tipificar e os valores locais também não dão o seu veredicto – por exemplo, quando profissionais de compras aceitam presentes de vendedores. Os tipos branco e cinza mostram que muitas pessoas não têm clareza do que é certo ou errado, o que é compreensível, visto que os valores mudam de acordo com os contextos. A primeira lição a tirar desse fato é que as organizações devem ter códigos de conduta, discuti-los e divulgá-los intensamente, para que não paire dúvida sobre o que é certo e errado. No entanto, as situações em que os dilemas morais se apresentam são tantas que um código de conduta pode não dar conta de prever tudo. Daí a necessidade de um comitê ou um único profissional que possa avaliar a situação e ajudar a evitar o erro. Quanto a medir a corrupção, é missão quase impossível, pois muitos ilícitos não são registrados na polícia, não são descobertos ou a imprensa não é livre para denunciar. Desconfie de todos os indicadores de corrupção que andem por aí. Quase todos foram fabricados à conveniência de quem os publica. Sabe-se que o ato corrupto ocorre quando três condições se juntam: (1) racionalização do ato; (2) necessidade ou pressão; (3) percepção da oportunidade pelo corrupto. O filósofo espanhol José Ortega y Gasset disse que o homem é ele e suas circunstâncias, ou seja, que as nossas escolhas são influenciadas pelas nossas condições. Nas
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MESMO SEM TERMOS A
PRETENSÃO DE ELIMINAR A CORRUPÇÃO, TEMOS O DEVER DE LUTAR PARA MITIGÁ-LA. SISTEMAS DE CONTROLE SÃO FUNDAMENTAIS PARA ELIMINAR A PERCEPÇÃO DE QUE HÁ OPORTUNIDADES DE FRAUDAR A ORGANIZAÇÃO
”
organizações, a existência de uma liderança que conheça a vida dos funcionários, perceba quando estes passem por dificuldades materiais e ajude a superar os problemas, pode reduzir o impacto da pressão no cometimento do ilícito. Por fim, a existência de sistemas de controle é fundamental para eliminar a percepção de que há oportunidades de fraudar a organização. Sim, aqui vale o velho provérbio “A ocasião faz o ladrão”. Não há sistemas de segurança perfeitos e não temos a pretensão de eliminar a corrupção nas organizações. Mas temos o dever de lutar para mitigá-la. Para saber mais sobre o controle da corrupção no âmbito das organizações, recomenda-se a leitura da tese de doutorado de Renato de Almeida Santos, ‘Modelo Preditivo de Fraude Ocupacional nas Organizações’, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). MARIA CRISTINA S. AMORIM, diretora executiva da Abradilan, economista e professora titular da PUC/SP.
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ENTREVISTA
NO COMPASSO DAS
MUDANÇAS E
duardo Terra é um dos mais requisitados consultores e palestrantes sobre temas relacionados ao varejo em todo o Brasil. Tendo entre suas áreas de expertise o mercado farmacêutico, Terra está há quatro anos na presidência da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), entidade independente que busca gerar informação estruturada por meio de números e dados para que seja possível discutir e avaliar o varejo como um todo no Brasil e, assim, promover as melhores práticas em vista de um posicionamento estratégico para todos os ramos da economia. Além disso, a entidade é responsável por elaborar o ranking das 300 maiores empresas do Brasil e também o estudo ‘O Papel do Varejo na Economia Brasileira’, que mostra em que medida o varejo influencia na geração de empregos e na participação no Produto Interno Bruto (PIB), além de trazer outros dados de importância para todos os setores da economia. Segundo o consultor, as ações da entidade têm impacto direto sobre o ramo farmacêutico, pois, por meio de informações claras e estruturadas fornecidas pela SBVC, o segmento têm subsídios para discutir pautas, pleitos e políticas que podem beneficiar a todos os elos da cadeia e ao varejo nacional em geral.
Nos últimos anos, o Brasil passou por um período de flutuação econômica, do qual parece estar se recuperando. Nesse contexto pós-crise, como o senhor vê o cenário econômico para o segmento farmacêutico neste ano de 2018 e nos próximos anos? É possível dizer que o segmento farmacêutico passou relativamente imune à crise, que em outros ramos da economia foi muito mais severa. Neste ano ainda enfrentamos algumas das consequências daquele período, como a
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deflação e aquilo que é conhecido como a ‘ressaca do desemprego’, pois as demissões passam se refletir na economia apenas no fim dos efeitos do aviso prévio, seguro-desemprego, etc. Além disso, temos os efeitos da turbulência política em que o país se encontra, fazendo com que as pessoas tenham medo de gastar. Por essas incertezas, considero o cenário econômico para a segunda metade deste ano e para o próximo como mediano, não só para o segmento farmacêutico, mas também para outros ramos da economia.
Por Daniel Sender
Presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, Eduardo Terra defende a reinvenção constante e a atenção ao mercado como formas de superar os desafios do varejo
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ENTREVISTA
“
O DIGITAL É UMA
AMEAÇA, MAS TAMBÉM UMA OPORTUNIDADE E UM DESAFIO PARA O SETOR
”
Em sua perspectiva, quais são os principais desafios que o segmento farmacêutico enfrenta atualmente no Brasil? Posso elencar diversos entraves que afetam diretamente o mercado farmacêutico em nosso país. O primeiro deles, com certeza, é o fato de termos uma profunda instabilidade regulatória, em que novas surpresas surgem a cada momento. Outros problemas são o desafio logístico, a burocracia e a falta de infraestrutura em um segmento que demanda agilidade. Isso me leva também à questão da produtividade, uma vez que o Brasil bate recordes negativos nesse quesito, tornando necessárias outras reformas, como a trabalhista, para mudar a cultura de trabalho em nosso país. Um último desafio que desejo pontuar é o da transformação digital, que tem mudado a forma como vemos o varejo. Um exemplo dessa transformação foi a aquisição por parte da Amazon de uma startup do segmento farma, a PillPack, que fez com que as ações das maiores empresas do varejo americano caíssem quase 10%, sacudindo o mercado. O digital é uma ameaça, mas também uma oportunidade e um desafio para o setor, não só no Brasil, como no mundo inteiro. Em suas palestras e workshops, o tema do engajamento do cliente é sempre tratado como uma questão central para a criação de um vínculo que resulte em bons negó-
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cios. Quais são os fundamentos e a importância desse relacionamento em uma farmácia? O engajamento é muito importante e relevante por se tratar de um aspecto de base em qualquer negócio que tenha contato direto com o cliente por meio do varejo. As modalidades de engajamento têm mudado bastante com a revolução tecnológica, que tornou mais fácil, mas, ao mesmo tempo, mais desafiador esse processo. Entre as que têm se mostrado mais efetivas, posso citar os programas de fidelização e também os aplicativos de reconhecimento e personalização de ofertas voltadas a clientes individuais. Várias redes têm adotado essas modalidades com alto grau de sucesso, ganhando um maior engajamento do cliente, pois a personalização gera um grau maior de satisfação com o estabelecimento, o que faz com que o cliente retorne a ele. Nesse contexto, como explicaria a essência do “varejo de proximidade” para com o cliente? A dinâmica de consumo mudou muito nas últimas décadas com o crescente papel da mulher no mercado de trabalho e também na economia do lar, e isso fez com que as famílias tivessem
“
A PERSONALIZAÇÃO
GERA UM GRAU MAIOR DE SATISFAÇÃO COM O ESTABELECIMENTO, O QUE FAZ COM QUE O CLIENTE RETORNE A ELE
”
pouco tempo para fazerem suas compras. Assim, o varejo de proximidade tem tudo a ver com estar perto do cliente no sentido de localização, interação e percepção de suas necessidades de consumo. Com isso é possível fornecer uma verdadeira conveniência ao cliente, pois se está atento ao que ele realmente precisa e deseja. Que mudanças essa perspectiva moderna de negócios tem causado nos PDVs? Independente de estarmos tratando de redes ou de farmácias individuais, o PDV representa a grande plataforma de relacionamento com o cliente, e ele tem se tornado cada vez mais técnico, no sentido de que não se faz mais nada aleatoriamente. Tudo tem sua explicação, motivo e lógica de estar lá. Hoje temos lojas inteligentes que são movidas por dados, que definem qual produto será exposto, qual será a sua quantidade e também a sua oferta. A loja também tem se tornado mais digital, mas sem perder o seu fator humano, em que o atendimento permanece de suma importância, pois ele é o rosto do negócio. Em sua opinião, o que é preciso para que as farmácias permaneçam modelos rentáveis de negócio? Hoje em dia, é possível dizer que ou as empresas aprendem a se reinventar ou morrem. Uma mudança de 180° é necessária em todas as empresas que pretendam sobreviver, e essa mudança precisa contemplar desde o próprio modelo de negócios, gestão e estrutura tecnológica, até questões fundamentais, como sua missão, visão e valores. Creio que o segmento farmacêutico precisa estar atento ao que se passa em todo o ‘ecossistema’, o que chamo de visão periférica de negócios, em que não basta entender como as farmácias estão se portando, mas como o próprio ambiente de negócios
“
O PONTO DE VENDA TEM
SE TORNADO CADA VEZ MAIS TÉCNICO, NO SENTIDO DE QUE NÃO SE FAZ MAIS NADA ALEATORIAMENTE
”
em geral se comporta. Cito novamente o caso da Amazon como exemplo, que, percebendo uma mudança no ambiente de negócios, adquiriu uma empresa que não é propriamente uma rede de farmácias, mas uma startup que presta serviços farmacêuticos de entrega de medicamentos de acordo com o dia e horário estipulados pela pessoa que vai tomá-los, substituindo em certo aspecto as farmácias. Qual é a importância de uma identidade bem definida para uma farmácia? É importante que as farmácias tenham um posicionamento consistente com o que pretendem em seus negócios. Nos Estados Unidos, existem redes que se posicionam como farmácias drugstores e outras como farmácias-saúde. Ambos são modelos interessantes de negócios, cuja diferença se encontra na modalidade de produtos e serviços oferecidos, aos quais é preciso ser fiel. O perigo é ficar no meio, não sendo nem um nem outro. Se o PDV ou a rede deseja caminhar para a saúde, serviços como vacinação, atendimentos de primeira necessidade e o sortimento condizente com a proposta tornam-se o foco principal do estabelecimento. O outro posicionamento será um varejo que dê maior atenção ao aspecto da conveniência.
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MERCADO
ANVISA APROVA NOVO GENÉRICO PARA HEPATITE C Uma opção inédita de medicamento genérico voltado ao tratamento de infecções causadas pela hepatite C crônica foi aprovada no último mês de maio pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O registro do Sofosbuvir é considerado de grande importância pela entidade, pois a droga será utilizada como componente no regime de tratamento antiviral da doença. A substância atua como agente inibidor da polimerase NS5B, uma enzima essencial no processo de replicação do vírus que provoca o quadro de hepatite C. Com a aprovação, os custos totais do coquetel destinado a combater os sintomas da doença devem cair, pois o genérico entrará no mercado com um preço pelo menos 35% menor do que o medicamento de referência registrado pela empresa Gilead Sciences Farmacêutica do Brasil Ltda sob o nome de Sovaldi. O registro do genérico foi concedido à Blanver Farmoquimica e Farmacêutica S.A.
NOVO MEDICAMENTO PARA O CONTROLE DO COLESTEROL A Biolab Farmacêutica apresentou uma nova opção de tratamento para controlar os níveis de colesterol. O medicamento Posicor® é composto pela substância Ezetimiba, responsável por reduzir e controlar os índices de colesterol no organismo, inibindo de forma seletiva sua absorção no intestino e regulando os índices de LDL-C e triglicérides no sangue. Quando o tratamento com o Posicor®, composto da substância Ezetimiba, é associado à Estatina, torna-se possível uma diminuição adicional nos níveis de colesterol no corpo humano. Além disso, a combinação entre as duas substâncias apresenta menos efeitos colaterais do que a monoterapia, que utiliza apenas a Estatina. O medicamento já está disponível para a comercialização em apresentação de 10 mg, em caixas com 30 comprimidos.
FIOCRUZ PRODUZIRÁ DROGAS PARA HEPATITE C, HIV E REJEIÇÃO DE ÓRGÃOS Recentemente, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), firmou algumas parcerias que o autorizaram a produzir medicamentos contra a hepatite C e o vírus HIV. A fabricação nacional dos medicamentos foi considerada estratégica para o Sistema Único de Saúde (SUS), pois facilita o acesso da população ao tratamento e à prevenção das doenças, além de atrair novas tecnologias medicamentosas para o país. De acordo com o diretor da Farmanguinhos, Jorge Mendonça, ao terem sua produção deslocada para o Brasil, os medicamentos terão um custo de produção aproximadamente 50% menor se comparados com os custos de importação. Entre as drogas que serão fabricadas pela Fiocruz, encontram-se três antivirais voltados ao combate da hepatite C: Simeprevir, Daclastavir, Sofosbuvir, e também uma pílula antirretroviral baseada nas substâncias Emtricitabina e Tenofovir, que será utilizada na profilaxia pré-exposição ao HIV. A Farmanguinhos também será a responsável pela produção do imunossupressor Everolimo, utilizado para evitar a rejeição de órgãos transplantados.
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MERCADO
QUATRO NOVOS GENÉRICOS TÊM VENDA AUTORIZADA PELA ANVISA No último mês de abril, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a comercialização de quatro novos medicamentos genéricos. O Entricitabina, combinado com o Fumarato de Tenofovir Desoproxila (cujo medicamento de referência é o Truvada), é utilizado no tratamento de pessoas que contraíram o vírus da AIDS e também para reduzir os riscos de infecção. O medicamento Perindopril Erbumina, combinado com Indapamida, é indicado para o tratamento da hipertensão arterial, doença que atinge um em cada quatro brasileiros adultos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH). Já o genérico Bilastina é indicado para o tratamento dos sintomas de rinoconjuntivite alérgica e urticária. E o Undecilato de Testosterona destina-se a terapias de reposição do hormônio testosterona em homens que apresentam hipogonadismo primário e secundário.
TRATAMENTO ESPECÍFICO PARA ENXAQUECAS É APROVADO NOS EUA O primeiro medicamento destinado especificamente à prevenção e tratamento de enxaquecas foi recentemente aprovado nos Estados Unidos pela agência regulatória Food and Drug Administration (FDA). O Aimovig (erenumab-aooe) é aplicado sob a forma de injeção mensal em um dispositivo semelhante ao de uma caneta de insulina. Nos Estados Unidos, o medicamento foi aprovado e já está disponível para os consumidores americanos sob o preço de US$ 6.900 por ano. A droga funciona no organismo humano bloqueando o CGRP, um fragmento proteico relacionado ao gene da calcitonina, que é uma molécula envolvida nos ataques de enxaquecas e sua permanência no paciente. A droga não é capaz de impedir todos os casos de enxaqueca, mas é capaz de tornar os episódios menos severos e reduzir sua frequência em 50% ou mais. Fabricado em conjunto pelos laboratórios Amgen e Novartis, o medicamento é o primeiro a agir diretamente sobre a causa e os sintomas da enxaqueca. De acordo com a agência americana, três outras empresas possuem drogas parecidas já em fase de testes e aguardam aprovação para o mercado americano.
CIENTISTAS DESENVOLVEM PÍLULA QUE DETECTA CÂNCER DE MAMA O câncer de mama é considerado a variante mais comum da doença em mulheres de todo o mundo. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil a variedade ocupa o terceiro lugar em incidência, representando 28% de todos os casos de câncer registrados anualmente. O método de detecção mais comum da doença é a mamografia, que pode fornecer informações sobre a localização dos nódulos, mas não consegue distinguir entre tecidos cancerosos e benignos. Um recente estudo publicado na revista Americana ‘Molecular Pharmaceutics’ promete um novo tipo de detecção por meio de pílulas, o que poderá revolucionar o combate à doença. De acordo com a publicação, pesquisadores desenvolveram uma pílula capaz de tornar luminescentes os tumores cancerígenos em camundongos quando expostos à luz infravermelha, sem a utilização de raios-X. Os testes mostraram que a formulação foi eficaz na detecção da variedade e, apesar de ainda serem necessários mais estudos, os cientistas disseram que o método pode levar a uma nova forma de detecção segura e não invasiva para o câncer de mama e, futuramente, para outras doenças.
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CAPA
DUAS DÉCADAS DE CRESCIMENTO MÚTUO
A Abradilan comemora 20 anos de dedicação aos distribuidores de medicamentos
E
m 2018, completou-se 20 anos que a Abradilan participa no desenvolvimento e aperfeiçoamento do setor de distribuição de medicamentos e artigos de higiene, perfumaria e cosméticos do Brasil. A entidade nasceu do sonho de dez empresários do ramo farmacêutico e hoje é uma associação consolidada e respeitada em todo o território nacional. Desde que surgiu, em 1997, a Abradilan é conduzida pelos mesmos princípios e valores éticos do início, sem deixar de lado a necessidade de perceber as novas dinâmicas do mercado e ter força de vontade para construir o futuro. Na opinião do atual presidente da entidade, Juliano Cunha Vinhal, quanto mais as empresas associadas crescem, mais elas necessitam de uma associação capaz de lidar com os interesses em comum e representá-las perante a sociedade, o governo e demais instituições. “As empresas dos associados vêm
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Júlio Maria Borba Peixoto (MedBras-DF)
2002-2005
Wilson Roberto Gonçalves (Prestofarma-SP)
2000-2002
João Paulo Oliveira Silva (Pharmax-BA) IN MEMORIAN
1998-2000
1997-1998
PRESIDENTES DA ABRADILAN Hélio Buarque de Lima (Buarque Distribuidora-CE)
Por Michelle de Geus
Sérgio Cláudio Tavares Sousa (Emefarma Rio-RJ)
“Quando assumi a presidência da Abradilan, o principal objetivo era fortalecer a representatividade da entidade junto aos órgãos de saúde e a vigilância sanitária. Era um período de muita turbulência, pois o governo estava implantando o sistema de genéricos. Além disso, trabalhei para fortalecer a segunda e a terceira edição da Abradilan Conexão Farma, que veio a se tornar o maior evento do setor farmacêutico”
EVOLUÇÃO Vinhal faz questão de assinalar o amadurecimento pelo qual a entidade passou ao longo de todos esses anos. Para ele, a evolução da entidade é visível e promete alcançar novos desafios e metas. “Pretendemos ampliar o nosso investimento em inovação e estimular a incorporação das melhores práticas de gestão para os nossos associados.” Entre outros planos da associação para os próximos anos, Amorim ressalta que a Abradilan deverá atender tanto aos associados quanto à sociedade em geral. “Queremos trazer os associados para perto da entidade, oferecendo atividades de capacitação para os negócios e análises estratégicas do mercado farmacêutico. Quanto à sociedade, temos projetos de responsabilidade social para a saúde de crianças”, aponta ela.
2007-2009
2005-2007
crescendo acima de dois dígitos há mais de uma década, o que faz o nosso trabalho institucional crescer também. Cada vez mais os distribuidores precisam da interlocução organizada em torno da Abradilan para que possam buscar, em conjunto, benefícios para todo o setor”, destaca. “O segmento de saúde é fortemente regulamentado e, assim como acontece com outras empresas do setor, os distribuidores precisam dialogar com o governo, com outras instituições e com a sociedade”, acrescenta Maria Cristina Amorim, diretora executiva da associação, observando ainda que, para ela, a importância da Abradilan reside justamente na sua capacidade de facilitar esse diálogo e fortalecer a representação dos distribuidores de medicamentos.
Ivanilton de Brito Galindo (Grupo Galindo)
“Dirigir uma associação não é uma tarefa fácil, pois é preciso ter sensibilidade para congregar empresas concorrentes em busca de objetivos em comum. Foi um período de amadurecimento. Tivemos sempre a preocupação em manter um nível elevado nas diretorias e gestores da entidade. O comprometimento de todos garantiu a existência de uma associação sólida, inovadora e atuante”
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CAPA
ABRADILAN EM NÚMEROS Atualmente, a Abradilan marca presença em:
23 Estados Brasileiros
142
Distribuidores Associados
Mais de
36 15.000
Sócios-Colaboradores
PRINCIPAIS REALIZAÇÕES Ao longo de seus 20 anos de atuação, a Abradilan contribuiu de maneira decisiva para o fortalecimento do setor. Logo nas primeiras reuniões da entidade, foram criadas comissões para que os distribuidores de medicamentos pudessem negociar melhores condições comerciais com os laboratórios farmacêuticos. Também foi criado a VTI - Viagem Técnica Internacional, evento anual que ocorre em países diferentes com o intuito de levar
Empregos diretos
conteúdo técnico aos associados, além de visitas às distribuidoras e farmácias locais que possibilita troca de experiências e conhecimento. Essa proximidade foi essencial para que a associação se consolidasse no mercado e incentivasse a criação de feiras, convenções, palestras e conferências. A grande virada da entidade aconteceu em 2005, com a criação da Abradilan Farma, atual Abradilan Conexão Farma considerada hoje, a maior feira do setor farmacêutico do Brasil.
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Aclair Ferreira de Machado (Grupo Machado)
“Durante o meu mandato assinamos o contrato com a IQVIA, alteramos o formato da Convenção para que a família também pudesse participar e ampliamos o número de associados. A Associação teve muitas conquistas nesses 20 anos, e a representatividade da Abradilan cresce ao longo do tempo. Esse é um fator importante para demonstrar a importância da entidade e de seus associados no mercado farmacêutico”
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2011-2013
2009-2011
PRESIDENTES DA ABRADILAN Juliano Cunha Vinhal (Meditem-MG)
“Presidir a Abradilan foi uma honra, entidade importante e muito relevante no segmento, uma experiência fantástica e desafiadora. Fui iluminado na escolha dos diretores que me acompanharam, e seguimos focados no objetivo de trazer conhecimento de gestão, união, representatividade e comprometimento. Foi maravilhoso acompanhar o crescimento dos associados.”
QUATRO METAS DA ABRADILAN PARA OS PRÓXIMOS ANOS
2
3
Oferecer ativi atividades de capacitação e análises estratégicas do d setor
Estimular stimular a incorporação as melhores práticas de das estão para os associados gestão
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Fortalecer as a ações de responsabilid responsabilidade social
Jony Anderson Tavares de Sousa (Emefarma Rio-RJ)
“Presidir a Abradilan foi uma experiência ímpar na minha vida. Naquela época, a entidade já era de grande relevância, e o mercado estava em crescimento acelerado. Era preciso manter aquele patamar e gerar cada vez mais força. Ter consolidado a feira não só como um produto nosso, mas como um evento do setor, foi muito gratificante”
2015-2017
2013-2015
Danilo Bertolletti, olletti, gerente-executivo da Abradilan, explica que, nos últimos três anos, a entidade apostou em uma nova estratégia para a realização de seus eventos, investindo em novas formas de comunicação, ação, estrutura e conteúdo. “Aderimos às novas vas tendências em tecnologia, com aplicativos para eventos e divulgação em mídias sociais. As parcerias com renomadas instituições de ensino também trouxeram um alto padrão de qualidade em termos de capacitação técnica aos
associados e parceiros”, afirma. durante o evento, Bertolletti observa ainda que, duran a associação tem a oportunidade de apresendesenvolvimento do tar os seus projetos para o desenvo debatendo assuntos setor. “A associação vem debaten importantes, como a rastreabilidade de medicamentos, sistemas tributários mais jjustos e normas regulatórias mais flexíveis. Várias conquistas já foram alcançadas e muitas outras ainda estão por vir”, comemora.
Francisco Chagas Almeida Gomes (Total Comercio-CE)
“Durante o meu mandato, tive excelentes experiências e pude constatar a importância da Abradilan junto ao mercado farmacêutico. Foi possível observar claramente a evolução da entidade e como ela contribuiu para que os associados pudessem melhorar a gestão de seus negócios”
2017-2019
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Ampliar mpliar o investimento m inovação em
Juliano Cunha Vinhal (Meditem-MG)
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CAPA
Ex-presidentes da Abradilan recebendo o troféu como homenagem a seu mandato (da esq. para direita: Juliano Vinhal, Sérgio Sousa, Aclair Machado, Jony Sousa e Francisco Chagas)
UMA NOITE PARA CELEBRAR A noite de 20 de junho último foi especial para os sócios-colaboradores e distribuidores associados da Abradilan. A diretoria reuniu os principais líderes do setor farmacêutico para comemorar os 20 anos da entidade em grande estilo. O evento aconteceu no Clube Sírio, em São Paulo, onde reuniu mais de 400 executivos. Após a abertura oficial do jantar, o presidente Juliano Cunha Vinhal chamou ao palco alguns dos ex-presidentes da Abradilan para homenageá-los com um troféu. Estiverem presentes no evento Sérgio Sousa (gestão 2005/2007), Aclair Macha-
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Eduardo Rocha - Diretor de relacionamento com parceiros estratégicos da IQVIA na América Latina
do (gestão 2009-2011), Jony Sousa (gestão 20132015) e Francisco Chagas (gestão 2015-2017). Após a condecoração, o diretor de relacionamento com parceiros estratégicos da IQVIA na América Latina, Eduardo Rocha subiu ao palco para apresentar dados atualizados e fazer uma análise do mercado farmacêutico brasileiro. Um dos momentos mais marcantes da noite foi uma verdadeira demonstração de responsabilidade social. A tradicional distribuição de brindes foi substituída pela entrega de um cheque no valor de R$ 30 mil para o Centro de Valorização da Mulher Consuelo Nasser (Cevam), que acolhe de mulheres e meni-
Fotos: alefotografo
Diretoria entregando a doação ao CEVAM (da esq. para direita: João Marchiori, Cristina Amorim, Aclair Machado, Juliano Vinhal, Maria Cecilia Machado do Vale, Teo Machado, Jony Sousa e Vinicius Andrade)
nas vítimas de violência doméstica, abuso sexual ou abandono. Responsável pela indicação do Cevam, o associado Pedro Henrique Tavares, da JC Medicamentos, foi chamado ao palco para entregar o prêmio à Maria Cecilia Machado do Vale, presidente do Centro. Esta foi a primeira ação social da Abradilan.
NO EMBALO DE BOAS MÚSICAS A animação da noite ficou por conta da ban-
da “Os Filhos dos Caras”, formada por Luciana Mello, Léo Maia e Wilson Simoninha. O repertório é uma homenagem musical dos artistas a seus respectivos pais: Jair Rodrigues, Tim Maia e Wilson Simonal. Além disso, durante o jantar foi realizada uma pintura pelo artista urbano Rafael Shine, que produziu um quadro de uma arara-azul como forma de representar e enfatizar a importância da brasilidade para a Abradilan.
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CAPA DEPOIMENTOS DE ASSOCIADOS QUE FAZEM PARTE DA HISTÓRIA DA ABRADILAN “Vejo que a associação teve um grande crescimento, sendo reconhecida e respeitada em todo o território nacional pelas entidades governamentais. Penso que a notoriedade da Abradilan pode ser percebida nas feiras, que apresentaram um grande crescimento e respeitabilidade. Penso que é a associação mais forte do Brasil no segmento” Rômulo Silva – Comercial VC (MG) - Filiado desde: 12/03/1999
“Sempre achei muito importante como empresário, estarmos juntos em uma associação que tratasse das necessidades em comum do setor. Quando entramos na Abradilan, sentimos o quanto a entidade nos atendeu nesse aspecto. Com o passar do tempo, vimos ainda a forma como a associação se profissionalizou e evoluiu. A diretoria da Abradilan está sempre promovendo palestras, cursos, fóruns e demais eventos que acrescentam conhecimento e capacidade técnica a nós, associados” José Antenor Costa – Distribuidora Piauiense (PI) - Filiado desde: 14/02/2007
“A Abradilan exerce cada vez mais importância como ordenadora do pensamento estratégico, oferecendo condições de alto nível a todos nós, associados e empresários do setor. As nossas assembleias são marcadas por palestras variadas, desde o cenário econômico e político até questões sucessórias. O ambiente é sempre cordial, e as confraternizações são marcadas pela participação dos associados de todo o país, propiciando grande troca de experiências. Orgulha-nos fazer parte desses 20 anos de Abradilan” Nikita Sigiani - Medway Log (MG) - Filiado desde: 23/01/2012
“Vejo na Abradilan uma associação de grande credibilidade, o que também se reflete na qualidade dos distribuidores, que têm uma linha ética e de prestação de serviços muito parecidas. A entidade me aprimorou com os conteúdos apresentados em eventos e outros. Vale frisar ainda que somos vistos pelos fornecedores de forma diferenciada pelo fato de sermos um associado Abradilan” Marcelo Amorim – Comercial Laborsil (ES) - Filiado desde: 03/12/2015
“Gosto muito da Abradilan e acho que a entidade está de parabéns. A minha única sugestão é que a associação buscasse mais fornecedores na área de cosméticos, alimentos e bebidas vendidos em farmácias. Esse segmento já representa metade do faturamento do varejo farmacêutico, e uma aproximação com ele poderia ser muito interessante” Roberto Fortes – Fortes Distribuidora (CE) - Filiado desde: 06/02/2014
“A Abradilan foi como um novo horizonte. Ao mudarmos de uma distribuidora exclusiva para uma multimarcas, a Gildrogas teve dificuldade para se adaptar ao novo mercado, e a Abradilan, com os seus eventos e ferramentas, contribuiu muito para nos adequarmos à nova dinâmica comercial. Temos que elogiar o trabalho feito pela associação na defesa dos nossos interesses perante os órgãos reguladores” Gilson Terra – Gildrogas (MG) - Filiado desde: 04/08/2009
30
“A cada ano, a Abradilan proporciona uma integração incrível do setor farma, gerando uma troca de experiências que amplia a nossa visão como empresários. Tivemos momentos muito marcantes, como o treinamento sobre sucessão, que nos fez refletir a respeito da continuação sadia de uma empresa. Tenho certeza de que a filiação a essa importante entidade foi um marco divisor para a nossa empresa, pois adquirimos competências para reagir diante de um mercado tão competitivo e de constantes transformações” Carla Zambenedetti – Distribuidora
“Participo da Abradilan desde 1999, tendo sido Diretor Financeiro por um mandato. No início, a Abradilan foi fundamental, principalmente nas grandes mudanças relativas aos similares e genéricos no início dos anos 2000. Posso ressaltar também que a integração proporcionada pela associação na realização dos encontros trimestrais, fóruns, viagens técnicas internacionais e feiras nos prepara para enfrentar um mercado cada vez mais competitivo e nos ajuda a projetar o nosso futuro empresarial” Angelo Stirma – Distribui-
Kampa – Data de filiação: 14/09/2012
dora Neobras – Data de filiação: 26/10/2010
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DOIS LADOS DA ECONOMIA
DESENVOLVIMENTO ^ ECONOMICO-SOCIAL QUAL É O MELHOR CAMINHO?
A
economia não é uma ciência exata, e por isso não há necessariamente análises e recomendações certas ou erradas, verdades ou mentiras. O melhor a se fazer é conhecer todos os argumentos e formar a própria opinião.
O QUE É É o processo de aumento contínuo da produção, renda e condições de vida da população. No início do século XX, o economista austríaco Joseph A. Schumpeter, “pai” das teorias sobre inovação, foi mais radical: o simples aumento da produção e renda não deve ser considerado desenvolvimento, que só ocorre quando há inovação relevante (ou radical) nos produtos, processos de produção, fontes das matérias-primas ou nos mercados.
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Amartya Sem, indiano radicado na Inglaterra, prêmio Nobel de economia em 1998, foi mais além: definiu desenvolvimento econômico-social como a “eliminação das privações de liberdade que limitam as escolhas e oportunidades”, ou seja, acrescentou a democracia como um dos componentes do desenvolvimento. O agravamento dos problemas ambientais acrescentou ao tema a expressão “sustentável”, mostrando que não é mais possível tratar de desenvolvimento sem a responsabilidade na utilização dos recursos naturais não renováveis e danos causados ao meio ambiente. Em síntese, o desenvolvimento econômico-social é o processo que promove três movimentos simultâneos: (1) crescimento econômico; (2) bem-estar da maioria da população; e (3) uso responsável dos recursos naturais.
DIMENSÃO ECONÔMICA
DIMENSÃO DO BEM-ESTAR
Como medir:
Como medir: O indicador mais comum é o índice de desenvolvimento humano (IDH), composto por saúde (expectativa de vida), educação (escolaridade da população) e renda (renda per capita).
variação do produto interno bruto (PIB), do volume dos lucros e salários, nível de emprego e desemprego, entre outros.
Brasil: Uma economia bem-sucedida. Segundo
dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), o país ocupa a 9ª posição no ranking mundial. Não é pouca coisa: abaixo estão economias como as do Canadá (10ª), México (15ª) e Argentina (21ª). O Brasil é, indiscutivelmente, a maior potência econômica na América Latina. No ranking do Banco Mundial, ele ocupa uma posição ainda mais importante: a 7ª. Posição
1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9° 10°
PIB (Milhões de US$)
Brasil:
O índice varia de 0 a 1. Quanto mais próximo do número um, mais desenvolvido é o país. O Brasil apresenta IDH de 0,754. A posição é muito ruim: a 79ª. Próximos ao Brasil, estão São Cristóvão e Nevis (74ª), Albânia (75ª), Líbano (76ª) e Arzeibaijão (78ª), segundo o Relatório do Desenvolvimento Humano da ONU de 2017.
17.947,000 10.982,829 4.123,258 3.357,614 2.849,345 2.421,560 2.090,706
1° 2° 3° 4° 5° .. .
1.815,757 1.772,589 1.552,386
79°
Flávio Ferreira, idealizador e realizador dos infográficos.
Por Maria Cristina S. Amorim
Noruega Austrália Suíça Alemanha Dinamarca
Brasil
Os cinco maiores vilões
DIMENSÃO DA SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL Como medir:
é mais recente. Por isso, ainda não há indicadores consolidados. Há, por exemplo, a pegada ecológica (do inglês ecological footprint), a quantidade de terra e água necessárias para sustentar as gerações atuais, tendo em conta os recursos materiais e energéticos gastos pela população.
Emirados Árabes
Catar
Dinamarca
Brasil: O ranking da pegada ecológica é oposto aos anteriores. Os países no topo da lista são os que mais consomem recursos não renováveis. Nessa lista, o Brasil está bem, com um indicador de 2,9 hectares per capita, pouco acima da média mundial de 2,7.
Bélgica
Estados Unidos
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DOIS LADOS DA ECONOMIA
A POLÊMICA Não há discussão relevante sobre a definição e não há quem seja contra o desenvolvimento econômico-social. Os debates giram em torno de como atingi-lo, discussão que está na base, ainda que não explicitamente, de todos os programas partidários e das decisões de política econômica. A polêmica é interminável porque, além dos valores, expressa os interesses dos diversos agentes sociais na distribuição dos custos e benefícios econômicos. O debate sobre o caminho para o desenvolvimento é complexo e admite muitas nuances. Fazendo um esforço de simplificação, é possível organizá-lo em dois conjuntos de argumentos.
BASE NEOLIBERAL B 11 O
desenvolvimento econômico só pode ser obtido pelo aumento da produtividade das empresas, isto é, mais produção (de bens e serviços) para as mesmas quantidades de capital investido e horas trabalhadas. 22 Para ampliar o investimento, é preciso aumento prévio do lucro, da qualificação do trabalhador e da concorrência entre empresas, inclusive com o mercado externo. 33 As decisões de investimento são da alçada do empresário. Quanto mais interferência do Estado na economia, piores as condições de investimento. O melhor que o Estado pode fazer é não atrapalhar e, quando muito, zelar pelas condições de concorrência no mercado. 44 Quando a economia cresce, aumenta o emprego, a massa salarial expande e as pessoas têm níveis maiores de bem-estar ao consumir mais. 55 Não faz sentido que o Estado adote políticas de desenvolvimento econômico-social. Este é apenas uma decorrência do crescimento das empresas operando em regime de concorrência no mercado. 66 A sustentabilidade ambiental também é consequência do desenvolvimento econômico. Quando um bem se torna escasso por intensificação de sua utilização, torna-se mais caro e é usado com mais parcimônia. Por exemplo, a escassez do petróleo aumenta seu preço, os consumidores tendem a usar menos e a indústria automobilística passa a produzir carros que consomem menos combustível fóssil e investe em energias alternativas.
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PARA PENSAR Entre os argumentos de matiz neoliberal e desenvolvimentista não existiriam alternativas híbridas adaptadas às particularidades de diferentes mercados, objetivos e circunstâncias?
BASE DESENVOLVIMENTISTA 11 – A dimensão econômica do desenvolvimento é dada pelo aumento da produtividade das empresas, mas a decisão pelo investimento (tanto em capital quanto em maior qualificação da mão de obra) depende de condições favoráveis, isto é, do custo do investimento e da expectativa de retorno do empresário. 2 – O Estado pode e deve promover condições adequadas ao investimento, tais como taxa de câmbio que iniba importações e incentive exportação (para proteger as empresas e os empregos locais), taxa de juros baixa ou mesmo crédito subsidiado para o investimento, incentivos à qualificação da mão de
obra e à inovação, e tributos adequados ao desenvolvimento. Esse conjunto de medidas econômicas chama-se políticas industriais. 33 – Desde a emergência da economia chinesa na segunda metade do século XX, que a transformou em “fábrica do mundo”, a inovação é vital ao desenvolvimento com vistas à competição internacional. Em todos as economias com elevada taxa de inovação, os governos organizaram um ecossistema de inovação formado por empresas, instituições de ensino e pesquisa, e Estado. Empresas inovadoras têm por trás regulamentação adequada, parcerias com universidades, condições privilegiadas de crédito, tributos, produção e demanda. Operam em um sistema de indução da inovação coordenado por política industrial. 4 – O PIB de um país pode crescer, mas o nível de bem-estar da população pode não aumentar na mesma proporção. Assim, são necessárias medidas para promover a distribuição da renda, tanto no campo da renda destinada à remuneração do trabalho, como no acesso à justiça, educação, serviços de saúde, moradia e segurança. 55 – No âmbito da sustentabilidade, quando um recurso não renovável se torna expressivamente escasso, pode ser tarde demais. Os processos naturais de oferta de bens não renováveis podem ser irreversíveis – biodiversidade perdida pode não ser recuperada – ou reversíveis a custos altíssimos e com resultados apenas no longuíssimo prazo. Imagine-se, por exemplo, o custo e o prazo para reverter o desmatamento da Amazônia a ponto de interromper a seca no sudeste do Brasil. 6 – A depredação ambiental, além da dimensão econômica e social, tem também um aspecto ético: qual é o direito da geração atual de destruir recursos que também pertencem às gerações futuras?
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EMANUEL MACEDO
A RASTREABILIDADE
VEIO PARA FICAR! “
COM UM MAIOR CONTROLE SOBRE A CADEIA DE MOVIMENTAÇÃO,
A ANVISA DEFENDE QUE A RASTREABILIDADE BENEFICIA A TODOS,
MINIMIZANDO FRAUDES DE DESVIOS E EVITANDO FALSIFICAÇÕES A discussão sobre a rastreabilidade de medicamentos no Brasil iniciou-se há quase 10 anos, em 2009, com a publicação da Lei 11.903. Desde então, o tema tem sido constantemente avaliado e debatido. Porém, devido à falta de entendimento entre as partes envolvidas com a proposta inicial, a lei acabou sofrendo diversas alterações e adiamentos. Somente em 2015, outro projeto de Lei (13.410/16) começaria a viabilizar a criação de um sistema nacional contendo as informações de movimentação de medicamentos dentro da cadeia de distribuição. A RDC 157/57, publicada no início de 2017, estabeleceu as bases tecnológicas e regras de negócio para a rastreabilidade de medicamentos. Desde outubro de 2017, cinco empresas participam do projeto-piloto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para a implementação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM). Com um maior controle sobre a cadeia de movimentação, ao conhecer as alterações de status e mudanças de custódia, a ANVISA defende que a rastreabilidade beneficia a todos, minimizando fraudes de desvios e evitando falsificações. A rastreabilidade vai muito além da implementação de um novo sistema, pois afeta todo o processo produtivo, logístico e de dispensação. Entre os
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”
desafios presentes no planejamento do projeto de rastreabilidade, podemos citar: • Espaço físico para processamento de embalagens e instalação dos equipamentos de serialização e agregação • Fornecedor de hardware de marcação e agregação • Fornecedor de software de serialização e agregação • Registro de movimentação dos produtos, tanto na fábrica quanto no Centro de Distribuição • Leitura de vários itens simultaneamente • Sistema de rastreabilidade nível 4 responsável pelos registros de eventos e comunicação com a ANVISA Com um prazo de implementação de 36 meses, contando a partir de abril de 2019, é importante começar a adequar-se à lei o quanto antes. Não existe uma solução pronta no mercado em função das particularidades de cada fabricante e distribuidor. Portanto, o amadurecimento e consolidação dos processos logísticos e superação dos desafios encontrados leva tempo e planejamento. EMANUEL MACEDO, Gerente de Tecnologia (TI) da SeaVisionLixis – Sistemas de Controle e Rastreabilidade.
CULTURA
Misturando técnicas e estilos, o artista urbano Rafael Shine leva cores vibrantes para um mundo cada vez mais cinza
CORES PARA A
SELVA DE PEDRA
H
á quem diga que os interesses, gostos e sonhos que surgem na infância permanecem durante toda a vida adulta. Com o artista urbano Rafael Shine Veiga foi assim. Ele nasceu em 1986, na cidade de São Paulo (SP), e ainda criança começou a dar mostras de talento artístico, criatividade e senso estético. Embora não venha de uma família de artistas, os seus pais sempre incentivaram o seu interesse pelas cores, presenteando-o com materiais de pintura, pincéis e tinta. Shine revela que tudo começou com a pichação, que chamou a sua atenção durante a infância. Em seguida surgiu o interesse pelo grafite e outras formas de intervenção urbana. Tanto a pichação quanto o grafite são intervenções feitas com tintas spray que nasceram no século XX no contexto da cultura urbana. A diferença entre elas é que a pichação está mais ligada à escrita, enquanto o grafite se caracteriza pelas imagens.
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“Desde que tive o primeiro contato [com a arte urbana], comecei a praticar em todo lugar, sempre que tinha oportunidade. O gosto por essa manifestação artística foi ficando cada vez maior e permanece até hoje”, conta ele, observando ainda que aprendeu tudo na prática e desenvolveu sozinho a metodologia que utiliza até os dias atuais. “Todas essas técnicas que eu uso foram aperfeiçoadas ao longo do tempo de acordo com o local e o tipo trabalho que eu estava realizando”, explica.
VERSATILIDADE Na juventude, Shine chegou a estudar Arquitetura e Urbanismo na Universidade Anhembi Morumbi, mas a paixão pelas cores foi mais forte. Hoje o artista autodidata é reconhecido pela variedade de trabalhos relacionados ao grafite e à street art. Ele desenvolve atividades de muralismo, que são as pinturas executadas diretamente na superfície de uma parede ou muro, e
Por Michelle de Geus
lettering, que é a arte de desenhar com letras. A versatilidade permite que Shine transite entre imagens realistas e abstratas, figuras humanas e animais. O artista também já realizou trabalhos diversificados, que incluem live painting (pintura ao vivo), pintura corporal, personalização de pranchas de surfe e skates. A recompensa pelo esforço e dedicação veio na oportunidade de mostrar a sua arte em diversas cidades do Brasil e no exterior, em países como os Estados Unidos, Chile e Argentina. A versatilidade está presente também na própria lin-
“
NÃO TENHO UM ESTILO
DEFINIDO, POIS SEMPRE ME INTERESSEI POR TODO TIPO DE ARTE. PROCUREI APRENDER SOBRE REALISMO, LETTERING ,
Fotos: alefotografo
PRODUÇÕES TEMÁTICAS E IMAGENS ABSTRATAS
”
guagem do artista. “Eu não tenho um estilo definido, pois sempre me dediquei e me interessei por todo tipo de arte. Procurei aprender o máximo possível sobre realismo, lettering, produções temáticas, imagens abstratas…”, exemplifica ele, apontando também que as suas principais influências são Os Gêmeos, dupla de grafiteiros formada pelos irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo. “Existem vários artistas que admiro bastante, seja pela técnica ou pelo estilo, do Brasil e do exterior. Mas acredito que a maior aproximação é com Os Gêmeos mesmo”, complementa. Para produzir os seus trabalhos, Shine também utiliza diferentes técnicas e materiais. As ferramentas empregadas são igualmente variadas e incluem pincel, rolo e spray. “A parte mais fascinante no grafite é a técnica utilizada para pintar com tintas em spray. É o que mais me atrai nessa arte”, indica. Mesmo quando está trabalhando com telas, ele não dispensa tintas acrílicas e sprays.
EXTERIOR Em 2012, Shine passou seis meses nos Estados Unidos, produzindo trabalhos nas cidades de San Diego e Los Angeles. “Tenho uma enorme admiração por vários artistas da Califórnia. Foi um grande aprendizado poder ver essas intervenções urbanas pessoalmen-
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te”, lembra ele, destacando também que foi uma realização pessoal. “A música que eu escuto e as roupas que eu visto são inspirados na Califórnia. Pratico surfe e skate, esportes que tiveram origem naquela região. Além disso, eu me identifico bastante com a contracultura e a cena do grafite que existe por lá”, reflete. Após a temporada americana, Shine ainda passou um mês no Havaí, onde também produziu alguns trabalhos. “Eu juntei a realização de um sonho antigo com a oportunidade de mostrar a minha arte”, resume. Em dezembro de 2017, surgiu uma nova oportunidade de viajar. Aquele foi um mês de muito trabalho pelas ruas de Buenos Aires e Córdoba, na Argentina; e de Santiago e Valparaíso, no Chile. “Foi um privilégio pode levar um pouco da nossa arte e da nossa cultura para outros países. Cada trabalho é único e tem um valor diferente, mas o que mais me cativou foi em Valparaíso”, admite. No Chile, Shine produziu um mural de uma arara-azul inserida em um lettering vermelho. “Gosto muito de pintar aves. As cores desses animais transmitem uma vibração e uma paz muito grandes”, filosofa ele, destacando que escolheu a arara-azul por ser um pássaro brasileiro em extinção. “É uma forma de representar o meu país, mas também de conscientizar a população. Algumas pessoas nunca tinham ouvido falar da arara-azul, mas se apaixonam depois que a conhecem. Outras não sabem que se trata de animal ameaçado de extinção e que precisa ser preservado”, alerta.
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Fotos: arquivo pessoal
CULTURA
TRABALHOS RECENTES Este ano, Shine foi um dos cinco artistas convidados para colorir e revitalizar diversos pontos de Poços de Caldas (MG), durante a 1ª Semana Urbana do município. Para dar mais vida à fachada de um depósito de embalagens, Shine reproduziu um mural com uma arara-azul. O artista também foi convidado pela Abradilan para fazer uma live painting durante a comemoração dos 20 anos da entidade. O evento aconteceu na noite de 20 de junho, no Salão Nobre do Esporte Clube Sírio, em São Paulo (SP). Shine produziu ao vivo um quadro da ave que já se tornou um símbolo de seu trabalho.
NOSSA HISTÓRIA
UM SUCESSO CONSTRUÍDO
PASSO A PASSO Referência em distribuição no Tocantins e Pará, a Centrofarma projeta crescer 100% nos próximos anos
N
o início da década de 90, Omar Balbino Queiroz era proprietário de uma pequena farmácia no interior de Goiás, mas não estava satisfeito com os rumos dos negócios. Os produtos demoravam a chegar e nem sempre eram suficientes para atender à população. Entendendo que precisava buscar o crescimento da empresa, ele resolveu arregaçar as mangas. Cansado de esperar o consumidor no balcão, o empresário começou a buscar novos clientes e fornecedores. Queiroz decidiu que era hora de arriscar e passou a viajar para comprar e entregar medicamentos e outros produtos farmacêuticos pessoalmente. Não demorou para que se tornasse o distribuidor exclusivo de um dos laboratórios da região e, aos poucos, agregasse novas marcas. Foi assim que, em 1993, surgiu a Distribuidora Nacional. A empresa estava localizada no município de Uruaçu (GO), a 280 km da capital Goiânia, e conseguia atender ao norte de Goiás e ao sul de Tocantins. Com esforço, dedicação e trabalho, a empresa cresceu e se consolidou no mercado. Para ampliar ainda mais a sua área de atuação, Queiroz decidiu abrir uma nova distribuidora, já de nome Centrofar-
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ma, em Palmas (TO), motivado pela localização estratégica da cidade. “Decidimos trazer a empresa para a capital do Tocantins para fortalecer a nossa atuação na região e entrarmos nos demais municípios do estado”, aponta o empresário. Foi assim que, absorvendo a Distribuidora Nacional, surgiu em 2001 a Centrofarma como a conhecemos hoje. À luz dessa trajetória, é possível dizer que a companhia começou muito antes e que já está há 25 anos no mercado. Hoje, além de enviar medicamentos para todas as cidades do Tocantins, ela distribui ainda para os estados vizinhos, como Pará e Maranhão.
ABASTECIMENTO A Centrofarma tem como foco principal abastecer farmácias e drogarias com medicamentos e produtos relacionados, cumprindo todas as normas e exigências dos órgãos reguladores. Para isso, ela conta com uma equipe de televendas e mais de 50 representantes comerciais altamente capacitados para atender com excelência aos 1,5 mil clientes ativos nos três estados. Ao todo, a distribuidora gera cerca de 100 empregos diretos na região. Atualmente, ela conta com dois centros de distri-
“
NÃO ADIANTA TER DINHEIRO, PLANEJAMENTO, E NÃO TER EQUIPE.
TAMBÉM NÃO ADIANTA TER DINHEIRO, EQUIPE, E NÃO TER PLANEJAMENTO. ESSE É O TRIPÉ QUE SUSTENTA QUALQUER EMPRESA OMAR BALBINO QUEIROZ
buição, a matriz localizada em Palmas (TO) e a filial sediada em Castanhal (PA). Cada uma delas possui 1.200 m² de armazenamento, que são abastecidos com produtos de mais de 50 fornecedores.
PROXIMIDADE Entre as maiores conquistas da Centrofarma, Queiroz destaca a proximidade com a indústria e os laboratórios farmacêuticos. “Isso é fruto de um trabalho desenvolvido com seriedade, honestidade e responsabilidade. Com certeza esse é o grande diferencial da empresa, e foi o que nos trouxe até aqui. É algo de que não podemos abrir mão se quisermos continuar crescendo”, acredita. Hoje, a empresa trabalha com indústrias e labora-
”
tórios farmacêuticos de credibilidade para oferecer produtos de primeira linha aos seus clientes. O bom relacionamento com os clientes, aliás, também é um dos diferenciais da empresa. A Centrofarma tem buscado constantemente propor soluções inovadoras junto aos seus parceiros para ir além da distribuição, armazenagem e transporte das melhores linhas de produtos. A companhia promove ações de capacitação voltadas aos atendentes e demais colaboradores que atuam nas farmácias.
QUALIDADE DE VIDA Queiroz acredita que, dentro de toda grande empresa, a qualidade de vida dos colaboradores é um
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NOSSA HISTÓRIA
“
ACREDITO QUE, NOS PRÓXIMOS CINCO ANOS, O NOSSO
CRESCIMENTO SERÁ PERTO DE 100% GRAÇAS AO ATENDIMENTO DE TODO O PARÁ E À ENTRADA NO AMAPÁ OMAR BALBINO QUEIROZ
dos fatores mais importantes para o crescimento dos negócios. “Não adianta ter dinheiro, planejamento, e não ter equipe. Também não adianta ter dinheiro, equipe, e não ter planejamento. Esse é o tripé que sustenta qualquer empresa”, explica. Com o objetivo de estreitar relações com os colaboradores, a distribuidora promove regularmente capacitação profissional, atividades esportivas e ações solidárias. Exemplo disso foi a realização de um ‘Futebol Solidário’ que, além de proporcionar a prática esportiva e um almoço entre amigos, arrecadou 270 litros de leite que foram doados para instituições de caridade. O investimento em desenvolvimento humano e social é uma constante desde que a empresa foi fundada.
UM ANO DECISIVO O ano de 2018 está sendo um divisor de águas na história da Centrofarma. Foi neste ano que a empresa abriu a sua filial em Castanhal (PA), com a missão de expandir os seus horizontes, garantir uma logística de qualidade, melhorar os serviços e atender bem. O município foi escolhi-
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”
do estrategicamente, pois está localizado a apenas 73 km da capital, Belém, e permite que todo o estado seja abastecido com medicamentos, saneantes, descartáveis, controlados e produtos infantis. A empresa já atendia a alguns municípios do sul do estado, mas agora deu um passo importante para firmar a sua atuação na região.
EXPANSÃO Na avaliação de Queiroz, os próximos anos da Centrofarma deverão ser promissores. O planejamento estratégico da empresa prevê o atendimento de todas as cidades do Pará e início das atividades no Amapá. Ele destaca que, com a abertura da filial no Pará, a empresa conseguiu aumentar o seu faturamento em 20%. “Mas há espaço para crescer ainda mais, pois no momento não somos capazes de atender ao estado por completo. Acredito que, nos próximos cinco anos, o nosso crescimento será perto de 100% graças ao atendimento de todo o Pará e à entrada no Amapá”, prevê ele, observando ainda que 80% da equipe já está formada e engajada na expansão.
MARCUS VINICIUS DE ANDRADE
COMO A TECNOLOGIA REVOLUCIONA O SEGMENTO
^
FARMACEUTICO “
OS AVANÇOS TECNOLÓGICOS MOSTRAM QUE AS HABILIDADES
EXIGIDAS DOS PROFISSIONAIS DO SETOR DAQUI PARA A FRENTE
MUDARÃO. A PALAVRA DE ORDEM, PORTANTO, É QUALIFICAÇÃO
Sabe aquele artigo que você acabou de ler sobre a mais avançada tecnologia usada no segmento farmacêutico? Esqueça tudo… O conteúdo já pode estar defasado! A distribuição, a indústria e o varejo farmacêuticos nunca receberam um impacto tecnológico como nos anos recentes. Tudo o que você conhece até o momento, se não mudou, já deve estar mudando nos próximos minutos. Vamos citar alguns exemplos que, em pouco tempo, mudaram as bases do segmento e obrigaram empresários e profissionais a se reestruturarem. Um deles é a Indústria 4.0, que visa a incorporação em alta velocidade da digitalização e automatização de tarefas e serviços, baseando-se no uso de sensores e equipamentos conectados em rede e com o uso de sistemas. Já a rastreabilidade de medicamentos, em implementação no Brasil, é uma realidade conectada com a Indústria 4.0. A conectividade da cadeia certamente trará benefícios a todos. No caso dos processos de distribuição, eles seguem a tendência de automatizar tarefas repetitivas, que demandam pouco do ser humano. Acredita-se que o conhecimento vai ser concentrado em
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atividades que dependem de características cognitivas, e não mais de mão de obra intensiva. Vale lembrar ainda que a logística das empresas está sendo automatizada por meio códigos de rastreabilidade, que fornecem a rotação dirigida de estoques, diretivas inteligentes de picking e consolidação automática cross-docking para maximizar o uso do valioso espaço dos armazéns. Em viagem a Portugal, pude pesquisar um sistema robotizado que armazena os medicamentos, faz a gestão do estoque, entrega o item solicitado ao farmacêutico e faz os registros sem a manipulação humana. Apesar de não ter seu quadro de profissionais reduzido, houve uma mudança real de perfil dos contratados, já que também são necessárias habilidades específicas para a operação do sistema. Como podemos perceber, esses avanços tecnológicos mostram que as habilidades exigidas daqui para frente dos profissionais do setor mudarão. A palavra de ordem, portanto, é qualificação.
MARCUS VINICIUS DE ANDRADE, fundador do Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico (ICQT).
NOSSA HISTÓRIA
TRADIÇÃO E INOVAÇÃO DE
MÃOS DADAS Com 18 anos de experiência em distribuição de medicamentos, a Maxifarma investe em tecnologia de ponta para dar agilidade e eficiência às suas operações
A
distribuidora Maxifarma nasceu do sonho do representante comercial Marcelo Borgonovi de se tornar empreendedor no setor de distribuição de medicamentos. Ele começou a trabalhar ainda jovem e, após atuar durante alguns anos como vendedor, decidiu mudar-se para São José do Rio Preto (SP) com o objetivo de montar a própria empresa. Com empenho e dedicação, em 2000 surgia a Maxifarma. A princípio, a empresa atuava apenas em uma pequena parte do interior do estado de São Paulo e representava exclusivamente o laboratório EMS, a maior farmacêutica no Brasil.
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VALORES “O apoio da minha família foi fundamental para enfrentar os desafios de um setor extremamente competitivo e consolidar a empresa no mercado”, recorda Borgonovi, irmão de Francine e Fabrícia, que trabalharam ao seu lado para que a Maxifarma crescesse e conquistasse a confiança de clientes e fornecedores. A importância do respeito e da responsabilidade – valores transmitidos pela mãe, Maria Borgonovi – hoje são os pilares da Maxifarma e a base do relacionamento da empresa com os seus colaboradores e parceiros.
Por Michelle de Geus
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O APOIO DA FAMÍLIA FOI FUNDAMENTAL PARA ENFRENTAR OS DESAFIOS
DE UM SETOR EXTREMAMENTE COMPETITIVO E CONSOLIDAR A EMPRESA MARCELO BORGONOVI
VIRADA A primeira virada na história da distribuidora aconteceu já em 2001, com a aprovação da Lei dos Medicamentos Genéricos (nº 9.787). “O laboratório EMS foi o primeiro a aproveitar essa oportunidade e lançar genéricos com base no mesmo princípio ativo de outros medicamentos. Como éramos seus representantes exclusivos até 2006, isso colocou a Maxifarma em posição destaque no estado”, explica o empresário. Em 2011, um desafio foi proposto e surgiu uma nova empresa, a Riopretana. Ela atuava no mesmo segmento, mas atendendo a outros laboratórios. Com o passar do tempo, as duas empresas se fundiram em uma só, gerando o grupo Maxifarma como o conhecemos hoje. Atualmente, a Maxifarma ampliou o seu leque de produtos e especializou-se na distribuição de medicamentos, cosméticos, correlatos e suplementos, tendo como diferencial maior aliar tradição e inovação. Com 18 anos de experiência no mercado farmacêutico, a empresa conta com soluções de ponta e estratégias de distribuição e logística únicas. Além disso, a sua localização privilegiada permite atender a todas as cidades do estado.
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que são empilhados em estruturas de metal. Esses cuidados deixam o ambiente amplo e organizado, e permitem que o controle do estoque seja realizado com muito mais eficiência. Hoje, a empresa trabalha com grandes marcas do setor farmacêutico e conta com um portfólio diversificado. São mais de 5 mil produtos gerenciados por meio de SKU (sigla em inglês para “Stock Keeping Unit”; em português, Unidade de Manutenção de Estoque). Com esse código, é possível identificar exatamente qual produto foi vendido, entregue ou trocado. “O sistema torna a nossa logística ágil e eficaz, fazendo com que os nossos produtos cheguem ao cliente em perfeitas condições, e com margem de erro reduzida”, aponta Borgonovi. O setor de Expedição de Cargas é composto por sete docas, facilitando o carregamento e descarregamento de produtos, e tornando o trabalho mais eficiente.
ESTRUTURA Desde 2016, a Maxifarma ocupa uma nova sede própria, um espaço de mais de 6 mil m² que concentra todas as suas operações, “A nossa preocupação e atenção com os produtos começa desde o recebimento, passando por uma linha operacional com tecnologia de ponta”, destaca Borgonovi. O Centro de Distribuição (CD) da empresa tem à sua disposição um espaço de 30 mil m³ de armazenagem e comporta mais de 3 mil posições de paletes,
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NOSSA HISTÓRIA
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A NOSSA PREOCUPAÇÃO E ATENÇÃO COM OS PRODUTOS COMEÇA DESDE O RECEBIMENTO, PASSANDO POR UMA LINHA OPERACIONAL COM TECNOLOGIA DE PONTA MARCELO BORGONOVI
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INSTALAÇÃO DO PRIMEIRO ROBÔ ROWA NA AMÉRICA LATINA
EVOLUÇÃO Por estar em evolução constante, a Maxifarma investe continuamente em aprimoramento e capacitação profissional. Para isso, a companhia conta com um auditório exclusivo com capacidade para 150 lugares, onde são realizadas convenções e treinamentos. O call center da empresa é composto por 38 operadores e uma equipe exclusiva para o portal de vendas virtuais e Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC).
DIVERSIFICAÇÃO Para os próximos anos, a Maxifarma pretende diversificar ainda mais o seu mix de produtos e começar a trabalhar com o segmento pet. Com relações baseadas na ética e no profissionalismo, a empresa espera se consolidar no mercado oferecendo produtos de qualidade e soluções inovadoras.
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Para atender aos seus projetos de expansão e preparar-se para os próximos dez anos, a Maxifarma decidiu automatizar as suas operações logísticas. Hoje, a empresa conta com o primeiro sistema misto do país, composto por uma linha automática de separação de pedidos trabalhando conjuntamente com um robô ROWA. Marcelo Borgonovi é entusiasta da automação e teve contato com a novidade durante uma visita à empresa alemã Celesio, uma das maiores distribuidoras de medicamentos do mundo. “Eu vi o robô em funcionamento e, imediatamente, percebi o potencial dessa tecnologia. A partir daí, comecei as negociações, que não foram fáceis, para instalar um ROWA no Brasil”, relembra. O ROWA é um robô de última geração que auxilia na separação de medicamentos controlados e produtos de alto custo, o primeiro instalado na América Latina. Ele desempenha as mesmas funções dos armazenadores e separadores de produtos, automatizando o processo e aumentando a efetividade na separação. “Com o ROWA, todo o trabalho é integrado pelo sistema informatizado, sendo 100% mecânico, eliminando erros na hora de separar”, ressalado ta o empresário. O robô é equipado tura com câmeras e sensores de leitura be e de códigos de barras. Ele recebe processa as ordens enviadas pelo software, sem contato direto com seres humanos e sem a necessidade ade de conferência dos produtos.
ANÚNCIO
ANDRÉ FARIA GOMES
CINCO MOTIVOS PARA ADOTAR UM SISTEMA DE GESTÃO EM NUVEM
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INFORMAÇÕES EXATAS E EM TEMPO REAL SOBRE O SEU
NEGÓCIO VÃO AJUDAR-LHE A TOMAR AS MELHORES DECISÕES E REDUZIR CUSTOS PARA NÃO PERDER OPORTUNIDADES De acordo com a Federação Brasileira das Redes Associativistas e Independentes de Farmácias (Febrafar), o setor farmacêutico cresceu cerca de 13% em 2017. As farmácias filiadas à entidade registraram um aumento ainda maior – cerca de 22%. No entanto, ainda que o cenário seja otimista, o clima político é imprevisível e se mostra desafiador para o mercado de modo geral. Para o varejista do setor farmacêutico, a situação não é diferente. Ele enfrenta situações delicadas, como o abastecimento de insumos e a dependência de repasses do governo, como aqueles que contam com Farmácia Popular. Por isso, as empresas do setor não podem negligenciar a sua gestão. Existem oportunidades de crescimento, mas é preciso estar vigilante para mitigar riscos à operação. Uma alternativa para isso é a adoção de um sistema de gestão empresarial, conhecido como ERP (Enterprise Resource Planning ou Planejamento dos Recursos da Empresa). O software concentra as funcionalidades essenciais para a operação de qualquer negócio, como administração do fluxo de caixa, gestão de compras e vendas, controle de estoque, além de obrigatoriedades fiscais e contábeis. A maior vantagem nos dias de hoje é a adoção dessa ferramenta em nuvem. Para isso, aponto
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cinco motivos pelos quais a sua empresa deve adotar um ERP e fazer uma gestão mais eficiente: 1. Menor investimento, pois o sistema não requer a instalação e manutenção de servidores locais na empresa; 2. Comodidade, pois os dados da empresa podem ser consultados de qualquer lugar e a qualquer hora, inclusive pelo seu celular; 3. Facilidade para ter atualizações, o que ajuda a manter a empresa a ficar em dia com as frequentes mudanças tributárias do país; 4. Maior segurança, uma vez que seus dados não estão restritos a um lugar e não correm certos riscos, como dano ao servidor; 5. Otimização de processos e aumento de produtividade. É fundamental que a sua empresa tenha bons resultados. Independente do cenário, essa é uma realidade para todos. Para isso, é importante fazer uma boa gestão. Informações exatas e em tempo real sobre o seu negócio vão ajudar-lhe a tomar as melhores decisões e reduzir custos para não perder oportunidades. ANDRÉ FARIA GOMES, CEO da Bluesoft, empresa de tecnologia especializada em softwares de gestão em nuvem.
T URISMO
NO ACONCHEGO DAS
MONTANHAS Considerada a “Suíça brasileira”, Campos do Jordão é a maior referência do turismo de inverno no Brasil, com cultura e gastronomia de alto padrão
O
inverno pede um bom vinho, comidas saborosas e ambientes acolhedores. Para muitas pessoas, a sensação aconchegante dos dias mais frios é um atrativo à parte. É exatamente isso que Campos do Jordão (SP) oferece. O município está localizado no alto da Serra da Mantiqueira, a 1.628 metros de altitude, um dos fatores que colaboram para que lá o clima seja mais frio do que a média brasileira – de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a temperatura registrada na cidade é de 8,1 º C em geral. Campos do Jordão é, frequentemente, visitada por turistas de todo o Brasil e até mesmo do exterior, que vão aproveitar as baixas temperaturas e as belezas da serra.
CHARME O apelido de “Suíça Brasileira” não é por acaso. O charme de Campos do Jordão fica por conta da arquitetura inspirada nas construções europeias. Lá
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LOCALIZAÇÃO Campos do Jordão está a apenas 173 km da capital paulista. A sua principal via de acesso é a Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro (SP-123), que percorre as belíssimas paisagens da região serrana. A viagem dura cerca de duas horas e passa por três praças de pedágio. Para quem mora em outras regiões do Brasil, o aeroporto mais próximo é o de Guarulhos – não é vantajoso comprar passagem por Congonhas. Vale a pena alugar um carro no aeroporto e conhecer no trajeto alguns pontos turísticos que são mais afastados e mais difíceis de chegar usando transporte público.
Por Michelle de Geus
DA TUBERCULOSE AO TURISMO
são comuns as charmosas casas em enxaimel, que dão um ar bucólico à cidade. A principal característica desse estilo arquitetônico são os tirantes de madeira, aquelas vigas reforçadas que ficam aparentes e dão beleza e sustentação às construções. Além disso, os telhados são bem inclinados e quase chegam a tocar o chão. Passeando por Campos do Jordão, o turista realmente tem a sensação de estar na Europa.
VOCAÇÃO Com apenas 289 km² e pouco mais de 50 mil habitantes, Campos do Jordão soube explorar como ninguém a sua vocação turística. Além das belíssimas paisagens da cidade, o visitante conta com diferentes opções de cultura e gastronomia de alto padrão. A
O clima de Campos do Jordão sempre foi uma das principais atrações da região. Nas primeiras décadas do século XX, o local era até procurado por pacientes em busca de tratamento para doenças pulmonares, como a tuberculose. Naquela época, acreditava-se que as temperaturas mais baixas ajudavam a melhorar as condições de saúde, e era comum que os doentes se isolassem em cidades de clima frio. Percebendo o potencial do município, os médicos sanitaristas Emilio Ribas e Victor Godinho se empenharam na construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão, para facilitar o acesso ao alto da Serra da Mantiqueira. Ela foi inaugurada em 1914 e não demorou para que os primeiros sanatórios surgissem no local. A história começou a mudar na década de 50, com a invenção da penicilina. O avanço da medicina facilitou o tratamento da tuberculose e permitiu que Campos do Jordão investisse naquela que seria a sua vocação natural: o turismo. A construção do Palácio Boa Vista, em 1964, e o surgimento do Festival de Inverno, em 1970, colocaram a cidade em posição de destaque no cenário nacional. Hoje, Campos do Jordão é um dos principais destinos turísticos de inverno do Brasil.
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T URISMO
FESTIVAL DE INVERNO A principal atração cultural de Campos do Jordão é o Festival de Inverno, considerado o maior e mais importante festival de música clássica da América Latina. A programação inclui apresentações, em sua maioria gratuitas, de orquestras sinfônicas e concertos de música erudita de grandes artistas nacionais e internacionais. O festival também oferece programação pedagógica, com bolsas de estudo e aulas ministradas por mais de uma centena de músicos de prestígio internacional. A cada edição, mais de 3 mil artistas sobem aos palcos para encantar os milhares de visitantes que comparecem ao evento.
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programação cultural é extensa e variada, incluindo mostras e exposições de dança, artes plásticas, música, teatro e cinema. A culinária também rica é diversificada, capaz satisfazer os paladares mais exigentes. As melhores opções de restaurantes e hotéis estão em Capivari, no centro da cidade. É também a região mais agitada e onde se concentra a maior parte da vida noturna. Se você prefere sossego, considere se hospedar nos arredores.
PARA TODOS OS ESTILOS O Parque Estadual de Campos do Jordão, também conhecido como Horto Florestal, é a atração turística obrigatória em Campos do Jordão. O parque ocupa um terço da área do município e preserva áreas remanescentes da Mata Atlântica. Em seus mais de 8.300 hectares, é possível encontrar florestas de araucárias e pinheiros, e uma riquíssima fauna, que abriga aves e animais ameaçados de extinção, como pumas e jaguatiricas. O parque conta com trilhas de diferentes intensidades, e espaços para piqueniques. Na mesma pegada, o Parque Amantikir oferece um passeio entre mais de 700 espécies de plantas e jardins inspirados em diversos países. O Palácio Boa Vista era a residência oficial de inverno do governador do estado de São Paulo e chama a atenção pela sua arquitetura inspirada nos castelos europeus. Desde 1970, o imóvel está aberto ao público e se tornou um importante museu e centro cultural
CULINÁRIA
QUANDO IR A alta temporada em Campos do Jordão ocorre durante o inverno, começando em maio e terminando em agosto. É nesse período que acontecem os grandes festivais e a maioria das atrações culturais. Isso significa que, nessa época, você poderá encontrar a cidade lotada de turistas e preços mais altos no comércio. Vale lembrar que o município está localizado a poucos quilômetros de São Paulo e costuma ficar lotado nos feriados e finais de semana.
Um dos pontos fortes de Campos do Jordão é a sua rica gastronomia. Não deixe de provar a truta, o chocolate e a cerveja locais. O grande destaque são as sequências ou rodízios de fondues, oferecidos em vários restaurantes. O prato é servido em três rodadas, uma de queijo, outra de carne e a última de chocolate. Se você visitar a cidade no inverno, experimente os pratos feitos com pinhão. Além disso, também é possível encontrar casas especializadas em culinária italiana e portuguesa.
CLIMA Campos do Jordão é um dos 15 municípios considerados como estâncias climáticas pelo governo paulista, ou seja, regiões perfeitas para se curtir o clima das montanhas. Nas noites de inverno, as temperaturas costumam ficar abaixo dos 5ºC. Mesmo no verão, o clima é ameno e os termômetros não passam de 23 ºC, o que torna a cidade uma opção interessante para quem quer fugir do calor. A desvantagem de programar a sua viagem para essa época é a grande probabilidade de pegar chuva.
de Campos do Jordão. Em seu acervo, estão obras de artistas como Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Di Cavalcanti, além de móveis e peças de época. Outra opção de passeio é o Parque do Capivari, no Morro do Elefante. Lá se encontra o primeiro teleférico construído no Brasil, um dos cartões-postais de Campos do Jordão. Ele sobe a 160 metros do chão e oferece uma vista privilegiada da cidade. Para encerrar a viagem, recomenda-se embarcar no bonde turístico que viaja pela Estrada de Ferro. O passeio, que dura 30 minutos, começa no centro de Capivari e vai até o portal da cidade.
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RAMON ALECRIM
PLANO DE CARREIRA NA INDÚSTRIA
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FARMACEUTICA “
O PLANEJAMENTO DE CARREIRA DEVE SER CONSTANTE.
PRECISA SER REVISADO, REANALISADO E REORGANIZADO, PARA QUE SEJA POSSÍVEL CONQUISTAR O CARGO QUE MELHOR SE ENCAIXA EM NOSSAS APTIDÕES E QUALIFICAÇÕES Houve grande retrocesso em diversos setores do país nos últimos anos, sejam eles de produtos ou serviços. Entretanto, alguns setores se mantiveram estáveis ou em crescimento. Jogos, agronegócio, marketing e farmacêutico são alguns dos ramos que não entraram na curva decrescente e continuam crescendo. Quem quer se iniciar na indústria farmacêutica, normalmente, tem indicação de algum colega ou parente que já atua no ramo, o que mostra que é um mercado de grandes oportunidades. Contudo, dificilmente há um aprofundamento ou direção de rota para orientar o sujeito a crescer e chegar a determinado cargo de acordo com a sua competência. Nos cursos de formação para propagandistas médicos, pouco se fala em plano de carreira na indústria farmacêutica, deixando a pessoa sem saber aonde pode chegar. Em algumas regiões do país, onde há menos oportunidades para iniciar a carreira como propagandista médico, um bom networking é imprescindível para facilitar a entrada. Também há a opção de começar como promotor de vendas, vendedor ou telemarketing, e posteriormente migrar para o setor da propaganda médica. Iniciar em outro cargo dentro do ramo já lhe permite criar uma rede de
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relacionamentos, gerando campo favorável para o crescimento na carreira. O tempo que passará no cargo inicial é variante, pois todos estamos sujeitos a situações incontroláveis. Entre outras coisas, é importante fazer cursos ou workshops para se capacitar à carreira ou cargo pretendido, e demonstrar crescimento e motivação na atividade em que se encontra. Somados, esses quesitos influenciarão no seu desenvolvimento. Um alerta importante: ao falarmos de propaganda médica, pensamos, muitas vezes, em empresas de medicamentos com prescrição médica, e que o cargo está restrito a esse setor. Mas engana-se quem vê por esse aspecto, pois também há espaço para a atividade nas indústrias alimentícia, dental, cosmética, de equipamentos, entre outras. O planejamento de carreira deve ser constante. Precisa ser revisado, reanalisado e reorganizado para conquistarmos o cargo que melhor se encaixa em nossas aptidões e qualificações. É fundamental persistir, enfrentar conflitos e saber abrir espaço com estudo, orientação e reflexão. RAMON ALECRIM, orientador de carreira e especialista em Marketing.
NOTAS
MAIS POTÊNCIA NAS VENDAS O maxFarma é um potencializador de vendas específico para o segmento farma, que entende e respeita a emissão de pedidos de acordo com a legislação e a tributação do setor. Com ele, é possível ter a visualização dos lotes de produtos, evitando a venda de lotes suspensos e outros problemas junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O programa ainda possibilita aplicar regras personalizadas e flexíveis para validação de alvarás de substâncias controladas, além de realizar promoções específicas considerando PF (por cliente, laboratório, rede, etc). O maxFarma pode aumentar o número de pedidos emitidos em 21% e proporcionar um crescimento de 15% nas vendas. Para saber mais, acesse: www.maximasistemas.com.br.
MAIS FORÇA E POTÊNCIA A UMA FÓRMULA CONSAGRADA Desde que foi criado, o Kimera tornou-se um dos suplementos termogênicos mais vendidos do país, esgotando estoques e faturando prêmios, como o do site Corpo Ideal, que o elegeu como o melhor termogênico do Brasil. Agora, o produto ganhou a companhia do Kimera Extreme, com um poder termogênico ainda mais potente, especial para pessoas que buscam mais energia, emagrecimento e definição muscular. Com exclusiva tecnologia time-release, o Kimera Extreme contém TCM e 420 mg de cafeína por dose para a melhora do desempenho físico, o aumento da termogênese e da queima de gordura corporal. Para o seu consumo, é indicado ingerir uma ou duas cápsulas de Kimera Extreme ao dia ou de acordo com a orientação de um médico ou nutricionista.
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UNILIFE LANÇA PRODUTO CONTRA A LACTOSE Atendendo à necessidade do consumidor, a Unilife Vitamins, que tem uma linha com mais de 400 produtos, acaba de lançar mais uma novidade. Chegou ao mercado o Lactapod, um produto feito à base de lactase, enzima que ajuda a quebrar o açúcar do leite, conhecido como lactose. O produto vem em cápsulas que devem ser tomadas 15 minutos antes da ingestão de leites e derivados, reduzindo assim o mal-estar e a indigestão daqueles que possuem intolerância à lactose. A Unilife Vitamins atende a todo território nacional por meio das linhas de suplementos alimentares, fitness, vitaminas, minerais e veganos. Para mais informações, acesse o site: www.unilife.com.br.
RESPIRAR COM LIBERDADE
PREVENÇÃO, INOVAÇÃO E RENTABILIDADE Para prevenir doenças como resfriado e gripe, chegou ao mercado brasileiro o Imunofort, suplemento alimentar que reforça o sistema imunológico e auxilia no aumento da resistência do organismo. Desenvolvido pela Maxinutri, o produto tem em sua formulação a wellmune®, uma beta-glucana proveniente da parede celular da levedura (Saccharomyces ceriviseae). Estudos clínicos demonstram que a substância aumenta o percentual das células imunes ativas disponíveis para defesa do organismo. Imunofort garante lucratividade nas vendas e proteção aos clientes. Para saber mais, acesse: www.maxinutri.com.br.
Uma das causas mais comuns do ronco é a respiração bucal. O desvio de septo, a falta de sustentação do nariz e a congestão nasal (normalmente ocasionada por rinites e sinusites) impedem o fluxo de ar pelo nariz. Pensando nisso, médicos desenvolveram o Dilatador Nasal Interno Flux Air, da Stra Medical. Projetado para desobstruir as vias aéreas nasais facilitando a respiração, o produto é fabricado com silicone médico e pode ser usado dentro do nariz com total segurança. Com o Flux Air, é possível desfrutar dos benefícios de respirar livremente pelo nariz sem ação ou efeitos colaterais dos medicamentos. Além de facilitar a respiração, ele é indicado para ra melhorar o sono, reio duzir o ronco, alívio al, da congestão nasal, desvio de septo e s. prática de esportes. aPara mais informate ções, acesse o site w. do produto: www. fluxair.com.br.
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NOTAS
GOMA DA PEPPA PIG TEM ALTO GIRO NO CHECK-OUT As gominhas Nesh C + Zinco Peppa Pig vêm ganhando destaque nos PDVs. Disponíveis em embalagens sob medida para garantir a dose diária de Vitamina C e Zinco para as crianças, as gominhas sabor morango conquistam pais e filhos no ato do check-out e garantem alta rentabilidade aos varejistas. O pacotinho é ideal para ser levado a qualquer lugar e substituir as guloseimas de um jeito saboroso e saudável, fortalecendo a imunidade dos pequenos e afastando gripes e resfriados. Para as distribuidoras que buscam bons resultados com um produto que combina prevenção, inovação e rentabilidade, a Nesh C + Zinco Peppa Pig pode ser uma boa indicação.
NOVA LINHA DA FITOWAY SE DESTACA PELA CREDIBILIDADE Contando com uma ótima aceitação por parte do consumidor final, a Linha Pharma, nova linha de suplementos alimentares da Fitoway, vem conquistando seu espaço nas prateleiras por se destacar em sua proposta de passar credibilidade e gerar confiança, especialmente em novos consumidores. Se você deseja oferecer o produto a seus clientes, contate a fabricante pelo e-mail: viviane. metta@fitoway.com.br.
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ALIADO DAS DIETAS E DA PERFORMANCE A linha Thermogenize foi projetada para levar o máximo de desempenho físico aos atletas amadores das mais variadas modalidades esportivas, ou seja, toda comunicação para o sell out do produto terá foco no público consumidor do canal farma. Diferente das principais marcas de termogênicos do mercado, a linha Thermogenize direciona suas forças de marketing para dentro das farmácias e drogarias de todo o Brasil, potencializando esse “novo consumidor”.
TRATAMENTO DAS LESÕES DE ENDOMETRIOSE Produzido pela Melcon, o Meluren é um medicamento que contém hormônio (dienogeste) para o tratamento dos sintomas dolorosos das lesões da endometriose (migração e crescimento do tecido da parede interna do útero fora da cavidade uterina). A ingestão de um comprimido por dia de dienogeste leva à redução do tecido afetado (endométrio) e diminui os sintomas associados, como, por exemplo, dor pélvica e sangramentos menstruais dolorosos. A substância ativa do medicamento, o dienogeste, é um hormônio que age diminuindo a produção e a ação de um outro hormônio do organismo – o estradiol – no endométrio (camada de tecido que reveste a parede interna do útero), levando à redução da produção de células do tecido afetado (endométrio). Para saber mais, acesse: www.melcon.com.br/site/meluren.
CONTATO
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www.fitoway.com.br comercial@fitoway.com.br (18) 3329 1630
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Tiago Serpentino (19) 97117 7435 www.isco-consultoria.com Paulo Avila Jr. Gerente Comercial Nacional paulo.avila@photongroup.com (11) 94597 1807 Robson Moreno Gerente Comercial Farma robson.moreno@photongroup.com (11) 97084 3786 Duda Silva • Executiva de Negócios duda.silva@maximasistemas.com.br (62) 99995 6622 | (17) 98114 8357 Luciana Moura • Gestora Mercado Farma luciana.moura@maximasistemas.com.br (62) 99601 8183 | 99949 5279
Daniel Carvalho lh • Gerente G t Nacional N Farma daniel.carvalho@finiguloseimas.com.br (11) 4589 6450 | (11) 94595 1229 Claudia B. Varani Gerente Regional de Vendas SP e Sul claudia.varani@finiguloseimas.com.br (11) 94502 6768 Vinicius Rocha Gerente Regional de Vendas RJ, MG, ES e CO (Centro-Oeste) vinicius.rocha@finiguloseimas.com.br (11) 99235 4398 Cleber de Jesus Gerente Regional Farma NO e NE cleber.santos@finiguloseimas.com.br (11) 94589 6723 | (71) 98778 0001
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Julio Nascimento Gerente Nacional de Vendas (21) 99878 3952 julionascimento@valda.com.br Alexandre Alves Gerente Regional de Vendas (SP/Sul) (11) 98441 1314 • alexandrealves@valda.com.br Adriana Viola Gerente de Contas (SPI/CO) (16) 99616 5633 • adrianaviola@valda.com.br Alexandre Scuvero Gerente de Contas (RJ/MG/ES/DF/GO) • (21) 97218 6047 alexandre.scuvero@valda.com.br Rômulo Santos • Gerente Regional de Vendas (NO/NE) (85) 9756 9853 • (85) 98186 8978 romulo.santos@valda.com.br