insights. POWERED BY
ANO 4 | NÚMERO 13
Disponível para Android e iOS
DESEMPENHO
participação de medicamentos biológicos deverá crescer 28% até 2020
TENDÊNCIA
ENTREVISTA
Pius Hornstein, diretor-geral do Grupo Sanofi no Brasil
tecnologia como vantagem competitiva na indústria de biociências
MUNDO REAL em evidência
como dados difusos podem ser utilizados a favor de melhores decisões em saúde
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editorial.
Nilton Paletta Presidente América Latina e Gerente Geral Brasil do IMS Health
A influência nas decisões Quem está influenciando as decisões de prescrição no mercado farmacêutico? Há alguns anos essa questão poderia ser respondida em duas ou três linhas. Hoje, porém, a complexidade dos sistemas de saúde – público e privado – exige ponderação na resposta. Aspectos como diferenças regionais, fatores econômicos, estudos farmacoeconômicos, tratamentos preferenciais, organização estrutural da saúde, entre outros, são apenas algumas das variáveis que precisam ser levadas em conta para se chegar a uma resposta em cada um dos mercados. Para a reportagem de capa desta edição, vamos falar do peso das decisões econômicas na saúde e a importância de se alavancar o complexo e disperso ecossistema de dados, já muito importante nos mercados maduros e que também ganhou influência nos mercados farmacêuticos emergentes. Ainda nesta edição, vamos trazer alguns insights sobre Channel Dynamics™, a solução IMS Health para mensurar a performance do marketing promocional, e uma sinopse sobre os desafios da indústria de biociências na área de tecnologia da informação, tema do mais recente estudo do IMS Institute. Importante também mencionar que 19 laboratórios já aderiram às soluções de prescrição do IMS Health no Brasil (PBS) e assim, já têm acesso a uma nova realidade em termos de informações de prescrição que vão muito além do volume prescritivo. Grande parte desta nova realidade se torna possível através do Influence Mapping, que traz o nível de influência dos médicos, identificado através de uma parceria inovadora com a Serasa Experian e a coleta de dados via Big Data. Por fim, um agradecimento especial pela disponibilidade e valiosa contribuição do nosso entrevistado Pius Hornstein, diretor-geral do Grupo Sanofi no Brasil.
Um grande abraço e boa leitura!
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IMS NEWS
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ENTREVISTA
Por dentro do IMS Health
Pius Hornstein
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SETOR
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IMS INSTITUTE TITU UTEE
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CAPA
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ATUALIDADE DADE
Desmitificando o marketing multicanal
O futuro na a a tecnologia
Evidênciass de al mundo real
O potencial al dos medicamentos biológicos
IMS HEALTH - PRESIDENTE AMÉRICA LATINA E GERENTE GERAL BRASIL: Nilton Paletta DIRETOR DE MARKETING: Lucas Akkari GERENTE DE MARKETING IMS HEALTH SOLA: Catalina Fonseca COORDENAÇÃO GERAL DO PROJETO: Jimena López Berzosa EDIÇÃO, CONTEÚDO E PROJETO GRÁFICO CM&N - REVISTAS CUSTOMIZADAS - DIREÇÃO EXECUTIVA: Edison Lopes Bernardo, Evandro Rodrigues da Silva, Tiago Serpentino DIREÇÃO EDITORIAL: Glauco Piccirillo EDIÇÃO: Monise Centurion REDAÇÃO: Adriana Panzini, Kátia Carminatto, Renata Girodo e Mani Jardim JORNALISTA RESPONSÁVEL: Kátia Carminatto - MTB 23.255/SP REVISÃO: Larissa Marçal Silva DIREÇÃO DE ARTE: Danuza Yumi de Oliveira ARTE: Juliano Polotto, Maurício Ferreira, Raphael Freire ADMINISTRAÇÃO: Camila Silveira, Daniela Fernanda de Sena MARKETING: Leandro Nascimento IMPRESSÃO: Quatrocor Gráfica e Editora TIRAGEM: 1.000 exemplares. A REVISTA INSIGHTS não se responsabiliza pelos conceitos emitidos por terceiros. A reprodução total ou parcial do conteúdo desta obra é expressamente proibida sem prévia autorização. INSIGHTS é editada por CM&N - Revistas Customizadas (17) 3229-1940, cmnrevistascustomizadas.com.br/#contato Relacionamento com imprensa: redacao@cmnrevistascustomizadas.com.br IMSaINTELLIGENCE.APPLIED. | BRASIL #13
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insights.
AGENDA IMS HEALTH WORLD REVIEW Data: 5 de maio Local: São Paulo - Brasil Data: 17 de maio Local: Buenos Aires - Argentina Data: 19 de maio Local: Santiago - Chile Data: 24 de maio Local: Cidade do México - México
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GLOBAL NEWS Os últimos números e as novidades no setor
MERCADO Trabalho versus tecnologia
CONSUMO Canetas de luxo em forma de verdadeiras obras de arte
DESTINO A beleza e a arquitetura de Machu u Picchu
CULTURA A Vale a pena na conferir
FCE PHARMA Data: 10 a 12 de maio Local: São Paulo – Brasil www.fcepharma.com.br
HOPIPHARM Data: 17 a 20 de maio Local: La Rochelle – França www.hopipharm.fr
HOSPITALAR 2016 Data: 17 a 20 de maio Local: São Paulo – Brasil www.hospitalar.com
EYEFORPHARMA AMÉRICA LATIN Data: 19 a 20 de maio Local: Miami – Estados Unidos www.eyeforpharma.com/latinameric
CPHISTANBUL Data: 1 a 3 de junho Local: Istanbul – Turquia www.cphi.com/istanbul
EFORT CONGRESS Data: 1 a 3 de junho Local: Praga – República Checa www.efort.org Utilize um leitor QR code em seu celular ou tablet, escaneie o código e confira todas as edições da IMS Insights
EXPOFARMACIA 2016 Data: 3 e 4 de junho Local: Buenos Aires – Argentina www.expofarmacia.com.ar
ims news.
CHANNEL DYNAMICS™ mensurando performance promocional monitora a promoção médica fornecendo KPIs promocionais e estimando investimentos no mix de marketing.
COMPARATIVO
I
nvestir em relacionamento sempre foi a melhor solução para a efetividade das ações promocionais da indústria farmacêutica. Mas, diante da multiplicidade e especificidade dos canais, mensurar a eficácia dessas estratégias pode ser mais complexo do que se supõe. Questões sobre a eficácia das estratégias, avaliação dos médicos sobre a utilidade e o valor da visitação médica, eficiência das mensagens, grau de assertividade no target, cobertura e frequência da visitação são algumas das variáveis indispensáveis para a definição do melhor canal de marketing promocional. “Não existe uma fórmula pronta para o sucesso na promoção médica. Cada molécula tem um mercado próprio que requer uma estratégia diferenciada. O que funciona em um mercado pode não ter a mesma repercussão em outro, pois temos dinâmicas diferentes”, aponta Gabriela Spencer, diretora de Primary Intelligence do IMS Health na América Latina. “Por esse motivo, receber o feedback contínuo dos profissionais de saúde sobre o valor e a performance das diferentes abordagens promocionais é fundamental para embasar o planejamento da indústria”, completa. A boa notícia é que essas respostas podem ser encontradas em uma única plataforma. O Channel Dynamics™, solução de supervisão e avaliação da promoção, é uma referência global que
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Além do monitoramento das ações promocionais da força de vendas e marketing – tanto nas interações tradicionais, quanto digitais ou remotas – as informações da solução englobam resultados de investimentos em amostras, eventos médicos, canais digitais e ainda traz o recall espontâneo de mensagens dos médicos. “Os relatórios fazem um comparativo de desempenho das ações em todos os canais, incluindo ‘share of voice’ e ‘share of investment’ da concorrência”, diz Gabriela. Esses elementos, segundo ela, funcionam como benchmarks, já que apontam as práticas bem-sucedidas do mercado e dão subsídios para a tomada de decisão promocional com maior segurança. Os relatórios são desenvolvidos sob medida por produto/laboratório e contam com análise completa da equipe de Primary Intelligence do IMS Health com insights e recomendações de negócios. O painel médico também alimenta uma base de dados atualizada mensalmente. O novo formato do Channel Dynamics™, lançado no início do ano, segue uma metodologia própria cobrindo a promoção tradicional e também a cobertura da promoção digital, grande tendência das ações promocionais.
FLEXIBILIDADE O banco de dados do Channel Dynamics™ permite o cruzamento de dados de acordo com as necessidades dos clientes. Os indicadores de performance promocional revelam as melhores estratégias de investimentos do mix de marketing: amostras, eventos médicos, além de uma análise comparativa sobre a evolução do mercado e impacto sobre a prescrição. Em relação à força de vendas, as variáveis consideradas são o share of voice, cobertura, frequência, posição dos produtos na grade promocional, taxa de conversão das visitas, e interesse na visita. A solução conta, ainda, com métricas qualitativas relacionadas ao impacto da mensagem. Na América Latina, o Channel Dynamics™ já está disponível no Brasil, México, Colômbia e Argentina com um painel regional de mais de 2 mil médicos, oferecendo assim a possibilidade de avaliações e comparações regionais sob uma mesma metodologia e indicadores. “Em todos esses países temos uma ótima adesão dos médicos ao sistema, com excelente retorno dos questionários online após cada contato promocional. Com isso, o grau de detalhamento do painel permite monitorar a curva de adoção dos produtos em diversas especialidades médicas”, observa a diretora de Primary Intelligence do IMS Health.
insights.
IMS HEALTH WORLD REVIEW Conference 2016
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econhecido como um dos mais tradicionais e importantes eventos da área da saúde, em sua 12ª edição, o IMS Health World Review Conference, realizado no último dia 5 de maio no Hotel Unique, em São Paulo, voltou a abordar as tendências do setor farmacêutico, seus possíveis impactos e as principais áreas de oportunidades a serem exploradas em mais um ano desafiador para o Brasil. As perspectivas globais, regionais e locais do setor também tiveram lugar de destaque no evento. Assim como na edição de 2015, após a confe-
rência principal, ministrada por Murray Aitken, diretor-executivo do IMS Institute for Health Care Informatics, e Sydney Clark, vice-presidente sênior de Tecnologia e Serviços da IMS Health para America Latina, foram realizadas sessões dinâmicas e simultâneas conduzidas pelos consultores e especialistas da companhia sobre alguns temas relevantes e interessantes para o momen-
to atual do mercado farmacêutico: Real World Evidence (RWE), Consumer Health, Multichannel, Distribuição & Varejo e Efetividade Comercial. Ainda no mês de maio, outros países da América Latina também sediarão o evento. Confira a agenda: Argentina – 17/5 Chile – 19/5 México – 24/5
PRESCRIPTION BASED SERVICES ABRADILAN FARMA 2016 Eduardo Rocha, diretor de Relacionamento com Parceiros Estratégicos do IMS Health América Latina, compôs o painel de palestrantes da 12ª edição da Abradilan Farma com o tema “Panorama do Mercado Farmacêutico no Brasil”. Durante a palestra, o executivo do IMS Health falou sobre o cenário atual do varejo farmacêutico no Brasil e as principais tendências e desafios deste ano. O evento, realizado entre os dias 16 e 18 de março, em Curitiba, contou com a participação de empresários da indústria farmacêutica, distribuidoras de medicamentos, proprietários de farmácias, além de representantes de segmentos afins, como higiene e beleza, empresas de tecnologia e automação de farmácias, fabricantes de produtos para saúde e demais profissionais do setor.
insights.
Algumas das principais indústrias farmacêuticas no Brasil já aderiram ao Prescription Based Services (PBS), solução de prescrição do IMS Health que, além de oferecer um cruzamento eficaz das informações de demanda e prescrição médica através uma base de dados estatisticamente balanceada, possibilita a geração de segmentações de médicos com muito mais valor estratégico, uma vez que reúne informações qualitativas e quantitativas dos prescritores, aliadas a um sistema diferenciado de captação de informações. Além das informações sobre o nível de influência dos médicos, identificadas por meio de uma parceria com a Serasa Experian e coleta de dados via Big Data, a base de dados inclui referências
sobre preços de consultas, perfil de atuação e diversas outras informações únicas que ampliam o potencial analítico dos clientes, levando-os para um universo de tomada de decisão que considera muito mais do que somente o volume prescritivo do médico. Atualmente no Brasil, 19 empresas farmacêuticas já estão trabalhando com dados de prescrição baseadas no PBS do IMS Health.
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com a palavra.
Pius Hornstein Assertividade, foco em resultado e o desenvolvimento de equipes mais diversas e rápidas é uma das características da gestão de Pius Hornstein, diretor-geral do Grupo Sanofi no Brasil. Há um ano e três meses à frente da filial brasileira, o farmacêutico formado pela Universidade da Basileia (Suíça) com PhD em pesquisa cardiovascular, já passou por importantes posições de liderança ao longo de sua carreira na Sanofi, na Alemanha, onde exerceu os cargos de Global Marketing Lead Plavix®, Head de Business Support & Excellence, e, na Suíça, como diretor-geral. Também foi Head de suporte às Operações e Iniciativas Estratégicas para a Região Intercontinental e vice-presidente da operação do grupo na Turquia e Oriente Médio, que inclui responsabilidade sobre vários países. Na entrevista para a IMS Insights, Hornstein revela um pouco das estratégias que trouxe de sua experiência internacional para manter a companhia entre as líderes do mercado farmacêutico nacional.
Quais são os principais desafios do Grupo Sanofi no Brasil? Nosso principal desafio é trazer para o mercado brasileiro os medicamentos inovadores que o Grupo Sanofi começou a lançar desde 2015. São tratamentos para necessidades médicas não atendidas que têm o potencial de revolucionar os cuidados de saúde dos pacientes. Entre eles estão Dengvaxia®, a primeira vacina contra a dengue em todo o mundo; Toujeo, uma nova geração de insulina, e alirocumabe, um tratamento inovador contra o colesterol LDL elevado. Tudo isso sem deixar de lado nosso vasto portfólio em Consumer Healthcare, que contempla marcas líderes de mercado como Dorflex® e Dermacyd®, além de nossos produtos estabelecidos, medicamentos genéricos com a Medley, e doenças raras com a Sanofi Genzyme. De que modo o Grupo Sanofi redefiniu as estratégias para adequá-las ao momento atual da economia brasileira? Nos últimos anos, o Grupo Sanofi se antecipou e investiu para ganhar eficiência e agilidade para trazer novos produtos ao mercado brasileiro. O exemplo mais recente desse posicionamento é nosso centro de distribuição inaugurado em novembro de 2015, em Guarulhos, que receberá € 200 milhões em investimentos até 2020. A estrutura trouxe racionalização de recursos, ganhos de eficiência e agilidade nas entregas dos produtos aos distribuidores e, consequentemente, aos pontos de venda ao consumidor final. Por isso, podemos dizer que estamos preparados para enfrentar o cenário desafiador atual. Nossa estratégia é manter a sustentabilidade dos nossos negócios trazendo medicamentos inovadores ao mesmo tempo em que mantemos um portfólio diversificado de produtos maduros.
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Quais são os focos de atuação da empresa no Brasil? Nosso foco no momento está nos dois lançamentos que chegam ao mercado no primeiro semestre deste ano. O primeiro é Dengvaxia®, primeira vacina contra a dengue em todo o mundo. A vacina já começou a ser vendida em 22 de fevereiro nas Filipinas e deve chegar ao Brasil no primeiro semestre de 2016. Também lançaremos Toujeo, insulina de ação estável e prolongada além de 24 horas, permitindo o controle glicêmico do paciente. Ambos foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro de 2015. Quais são hoje as moléculas do Sanofi em fase de estudo avançado ou com perspectiva de lançamento futuro? Além da vacina contra a dengue (Dengvaxia®) e da nova geração de insulina basal (Toujeo), estamos nos preparando para lançar em 2017 alirocumabe, tratamento para o colesterol LDL elevado já aprovado pela FDA nos Estados Unidos e pela EMA na Europa, em 2015. Outros três produtos devem chegar nos anos subsequentes: sarilumabe, para artrite reumatoide; dupilumabe, para a dermatite atópica; e um novo tratamento para diabetes. Todos os medicamentos têm em comum o fato de serem biológicos de alta complexidade. Quais produtos do portfólio da Sanofi Farma estão na iminência de vencimento de patente? A maior parte do portfólio do Grupo Sanofi é constituída de produtos maduros, cujas patentes já expiraram. A proteção por meio de patentes faz parte do negócio farmacêutico como forma de proteger todo o desenvolvimento científico que está por trás de um novo medicamento.
insights.
por Kátia Carminatto
Quais os maiores desafios do segmento de doenças raras? Um dos principais obstáculos para o tratamento das doenças raras é o diagnóstico. Na maioria das vezes, a baixa incidência da patologia e a falta de informação acabam retardando o diagnóstico, com impacto significativo sobre a qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias. Existem medicamentos para, apenas, 5% das doenças raras atualmente. Em que fase se encontra os estudos para a vacina contra o virus Zika recentemente anunciado pela divisão de vacinas do Grupo Sanofi? A Sanofi Pasteur, divisão de vacinas do Grupo Sanofi, lançou em fevereiro o projeto de pesquisa e desenvolvimento de uma vacina contra o Zika Vírus. A Sanofi Pasteur já desenvolveu com sucesso vacinas contra a Febre Amarela, a Encefalite Japonesa e, mais recentemente, contra os quatro vírus da Dengue, todos do gênero flavivirus, o mesmo do Zika. A esperança é que a partir da base de vacinas existentes e o avanço nas pesquisas sobre o Zika, novas vacinas possam estar disponíveis para o público o mais rápido possível. Quais são os desafios dos tratamentos das doenças raras? A Sanofi Genzyme é o braço de biotecnologia do Grupo Sanofi. No Brasil, atuamos em doenças genéticas raras, esclerose múltipla, endocrinologia e imunoterapia. Desenvolvemos terapias à base de proteínas, moléculas pequenas, biomateriais e terapias genéticas. Produzir esses tratamentos para doenças raras é um processo complexo e que demanda altos investimentos devido ao reduzido número de casos. Todas nossas terapias de reposição enzimática foram os primeiros tratamentos disponíveis para pacientes e, em alguns casos, são ainda os únicos. Considerando os produtos desenvolvidos pela Sanofi Genzyme, temos aproximadamente 60 mil pacientes beneficiados em todo mundo. Quais doenças raras estão em fase de estudo na Sanofi? Atualmente, há diversos estudos em andamento, inclusive no Brasil. Alguns, internacionais, abrangem a participação de mais de 1.500 voluntários de pesquisa em aproximadamente 200 centros de estudo na América do Norte, América do Sul, Europa e Austrália. Temos compostos em fase de pesquisa clínica para administração oral no tratamento das doenças de Guacher e Fabry, reposição enzimática em fase de pesquisa clínica para a doença de Niemann-Pick tipo B, e pesquisamos doença de Parkinson. As doenças raras são condições crônicas e debilitantes cuja incidência de casos na população é de 5/10.000 habitantes. Estima-se que existam de 5.000 a 8.000 doenças raras distintas, afetando de 6% a 8% da população mundial. A maioria das doenças raras, 80% delas, é de origem genética.
insights.
Quais são os investimentos do Grupo em medicamentos biológicos no Brasil? No Brasil temos atualmente mais de 50 estudos clínicos em andamento. Entre esses estudos, há 12 medicamentos biológicos com foco nas áreas de oncologia, esclerose múltipla, diabetes, hipercolesterolemia, asma, artrite reumatoide, doenças raras e vacinas; e mais 11 estudos planejados (em fase de aprovação) nas áreas de diabetes, hipercolesterolemia, asma, doenças raras e vacinas. Qual é a avaliação da empresa em relação aos biossimilares e sua produção no Brasil? O Grupo Sanofi é um importante fabricante de medicamentos biológicos inovadores e também possui habilidades e conhecimento para desenvolver e produzir medicamentos biossimilares. Enquanto fabricante de produtos biológicos de alta qualidade, segurança e eficácia, o Grupo Sanofi reconhece a importância de expandir o acesso dos pacientes a medicamentos por meio do desenvolvimento de produtos biossimilares que sejam comprovadamente tão seguros e eficazes quanto os produtos inovadores. Adicionalmente à questão da biossimilaridade, parâmetros como a intercambialidade e a imunogenicidade também devem receber especial atenção durante o desenvolvimento de produtos biossimilares, de modo a garantir a segurança dos pacientes. Além disso, é importante que o lançamento de tais produtos respeite os prazos de vencimentos das patentes dos medicamentos biológicos inovadores. Isso assegura que os pacientes tenham acesso às opções de tratamento, sejam elas medicamentos biológicos inovadores ou biossimilares.
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setor.
Desmitificando o
MARKETING MULTICANAL
O
marketing multicanal é um tema que há algum tempo está na pauta dos executivos da indústria farmacêutica e vem se materializando gradualmente em ações, porém ainda de forma tímida. “Incorporar o marketing multicanal em uma empresa implica em mudanças na área comercial que muitas vezes permeiam a estrutura organizacional e as prioridades orçamentárias”, avalia Elton Mendonça, gerente de Marketing e Estratégia do IMS Health. Mas o modelo comercial do futuro, acredita Mendonça, terá o multicanal em sua essência: “As interações com prescritores e com pacientes vêm demonstrando uma necessidade cada vez maior de segmentação e customização de atuação. É nesse sentido que os resultados da abordagem multicanal demonstram ser superiormente eficazes”, considera.
SEGMENTAÇÃO Entre os benefícios da utilização do marketing multicanal está a eficiência na exploração dos diferentes fluxos de informações dos clientes, obtidos através das interações dos múltiplos pontos de contato. Além disso, a flexibilidade do recurso atende às diversas preferências dos especialistas e garante que informações mais complexas cheguem aos grupos-alvos. Apesar dessas van-
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tagens, ainda existem alguns mitos que impedem – ou protelam – a adoção das estratégias do marketing multicanal em grande parte dos mercados farmacêuticos, sejam eles emergentes ou maduros.
REALIDADE GLOBAL O primeiro mito é o de que o multicanal só pode ser adotado em alguns países. “Essa é uma meia verdade que induz a um grande equívoco, já que a estratégia de marketing baseada em diversos canais depende da criação de um ambiente favorável e não de uma região específica”, diz o gerente do IMS Health. Sob esse aspecto, vale notar que o tempo que os médicos disponibilizam para os contatos tradicionais já vem migrando para os canais digitais gradativamente em sinais claros de que essa é uma realidade global. Em outras palavras, não é uma questão de o multicanal ser viável apenas em alguns países, mas sim da agilidade com que esses países estão amadurecendo para receber insights por meio desse recurso. O que as companhias podem fazer em resposta a essa percepção é ajustar o seu esforço à maturidade da resposta digital para essa tendência universal, lembrando que não se pode esperar o mesmo impacto de ações semelhantes em regiões distintas. O mesmo vale para as medições, que têm que ser ajustadas de acordo com o grau de aceitabilidade em cada país.
insights.
por Kátia Carminatto
também abrace a proposta. Essa etapa do processo exige conhecimento e persistência por meio da comunicação contínua dos novos processos. Nessa fase não cabe somente o modelo de medir o impacto das ações considerando apenas resultados financeiros diretos. Os quesitos cooperação e disseminação do conhecimento não se restringem apenas à fase de estabelecimento da cultura multicanal, mas devem acompanhar a nova estrutura de relacionamento da companhia em todas as esferas.
MENSURAÇÃO
REESTRUTURAÇÃO O segundo mito é o de que o marketing multicanal está limitado a uma pequena área da empresa. “A adoção da abordagem multicanal requer uma mudança dos aspectos organizacional e cultural. Ou seja, é necessário reconhecer que essa não pode ser percebida como uma estratégia isolada de uma área”, nota Mendonça. Para alcançar esse propósito, é preciso superar as barreiras institucionais, construir a aceitação do canal digital em todos os níveis e postos da empresa, e estabelecer um ambiente colaborativo entre as áreas, cargos e funções. Como acontece com qualquer mudança organizacional, o engajamento das lideranças é essencial para que e equipe
insights.
O terceiro mito, relacionado às métricas do marketing multicanal, diz respeito a uma preocupação das organizações em mensurar o resultado e o impacto de uma estratégia multicanal. Mas a verdade é que o mercado já está disponibilizando métricas que mensuram interações, atividades e impactos de determinada campanha. Um exemplo são as iniciativas em mídias sociais, que já trazem elementos como o share of voice, ou as pesquisas primárias que viabilizam a percepção das mudanças de comportamento de determinados grupos ao serem impactados por múltiplos canais. Importante entender que a medição de uma ação multicanal não avalia uma atividade individualmente, mas sim seu impacto de maneira integrada.
TENDÊNCIA O processo de mudança já começou e empresas que estão entrando primeiro neste novo universo estão obtendo mais acesso e maior alcance junto aos principais stakeholders. “É fundamental compreender que o marketing multicanal não é uma moda ou uma atividade isolada dentro do marketing tradicional, nem um fenômeno limitado a determinados países. Um modelo de marketing multicanal totalmente maduro é uma meta impulsionada pelas mudanças no comportamento dos prescritores, pacientes e também pelas inovações tecnológicas”, destaca o gerente do IMS Health.
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ims institute.
O futuro na
TECNOLOGIA
O
último estudo do IMS S Institute, “New Stratra ategic Information and d Technology Roless in n Life Sciences Comom mpanies” mostra que ue o atual desafio da indústria de biociociiências está na área de tecnologia a da da informação. Em total sinergia com m essa tendência, as empresas do setor eto or estão identificando a necessidade dad de de novas funções de liderança nas na as áreas digital e de inovação. A idenden ntificação desse movimento é recencen nte – em mais da metade das comom mpanhias os cargos relacionados os à
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área foram criados a menos de trêss anos – mas as mudanças que elee pode trazer para a indústria são o dee longa duração. A chave da mudança está nas soluolu uções mobile, nuvem, análise prepreeditiva e outras inovações digitais itaiis que abrem novas possibilidadess de de soluções terapêuticas. Também inin nfluencia esse panorama a velocidaida ade, a quantidade e a diversidade dos do os tratamentos lançados a cada ano, ano o, além dos orçamentos cada vez mais maiis enxutos. Isso porque os investimenmen ntos simultâneos em lançamentos os e pesquisas – particularidade das no--
vas substâncias ativas – requerem maior controle nos gastos.
USO DA INFORMAÇÃO O fato é que a necessidade da informação estratégica advinda da tecnologia mudou, consideravelmente, nos últimos anos. Hoje, o conjunto de dados armazenados, o Big Data, e a capacidade analítica dessas informações na indústria de biociências estão sendo cada vez mais utilizados para construir vantagem competitiva. Referências de planos de saúde, farmácias, consultórios médicos, hospitala-
insights.
HOJE, O CONJUNTO DE DADOS ARMAZENADOS, O BIG DATA, E A CAPACIDADE ANALÍTICA DESSAS INFORMAÇÕES NA INDÚSTRIA DE BIOCIÊNCIAS ESTÃO SENDO CADA VEZ MAIS UTILIZADOS PARA CONSTRUIR VANTAGEM COMPETITIVA
res, programas de governo, e até mesmo mídias sociais, dispositivos móveis e sensores portáteis alimentam um complexo sistema de dados que pode melhorar a comunicação com o paciente e otimizar a utilização dos canais adequados de relacionamento. Ainda assim, o estudo identificou
que na maior parte das empresas de biociências, os sistemas analíticos são mais operacionais do que estratégicos. “Menos de 10% das empresas têm sistemas que frequentemente orientam a ação do usuário por meio de análises preditiva e prescritiva”, nota Murray Aitken, diretor-executivo do IMS
SOBRE O IMS INSTITUTE O IMS Institute é uma entidade de pesquisa orientada com alcance mundial, que em parceria com especialistas de saúde da área acadêmica e setores público e privado, atua no levantamento de ativos analíticos aplicáveis à saúde. As pesquisas do IMS Institute são produzidas de forma independente, sem financiamento da indústria ou do governo. Os estudos completos estão disponíveis em www.theimsinstitute.org ou podem ser baixados como um aplicativo do iTunes, via App Store.
insights.
Institute. Ele acrescenta que as áreas de tecnologia de informação na maioria das empresas têm sido lentas para extrair o melhor da revolução digital. Para se ter uma ideia, as empresas que utilizam tecnologias baseadas em nuvem em mais de 25% de seu softwares superam as outras nos principais elementos de transformação da informação. Entretanto, apenas 30% das empresas que fizeram parte do estudo adotaram software em nuvem.
CHIEF INFORMATION OFFICER (CIO) Para o estudo, o IMS Institute, em parceria com a empresa de pesquisa Egon Zehnder, avaliou as cinco áreas de transformação das 50 principais indústrias de biociências: inovação, transformação organizacional, análise do Big Data, infraestrutura e futuro do trabalho. Apesar da identificação da função do CIO como sendo fundamental para a transformação do negócio, a efetiva participação desse profissional no processo decisivo é inexpressiva dentro do universo pesquisado. Por outro lado, com as novas “demandas digitais”, a procura por profissionais orientados para resultados, com foco e inovação e aptos para o desempenho das múltiplas funções que a área de tecnologia em biociências oferece, deve ganhar corpo nos próximos anos. O mercado, por sua vez, vai exigir desses líderes digitais foco no cliente, fluência digital, orientação de dados, facilidade de adaptação e liderança
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capa.
Evidências de
MUNDO REAL Od desafi fio de d um ecossistema it de informações difusas
A importância crescente dos pagadores e as pressões por custo A provisão de saúde é um setor cada vez mais dependente de pagadores. Esse fenômeno não é novo no mundo, mas no Brasil e em outros países da América Latina começa a ficar cada vez mais evidente. Isto porque, na medida em que a população se torna mais velha e mais exposta a fatores de risco, mais prevalentes se tornam doenças complexas. Para essas condições, seriam poucos os pacientes que poderiam arcar com os custos de seu próprio diagnóstico e tratamento. Aí se incluem cânceres e doenças autoimunes, por exemplo. Somem-se, ainda, doenças mais prevalentes em faixas mais velhas da população, como Alzheimer e Parkinson, para as quais as soluções atuais mais baratas ainda deixam muitas lacunas. Esses pagadores são tanto públicos quanto privados. Os públicos são dependentes de arrecadação e dis-
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ponibilidade orçamentária. Com a população mais velha, cria-se um déficit econômico-demográfico ao mesmo tempo em que se vê a escalada de doenças crônicas e/ ou custosas. Os privados, como seguradores, devem ter lucro contra sinistralidade crescente e regulação de seus prêmios. A pressão de custos é, portanto, evidente. Como então evitar o desperdício e manter o sistema de provisão de saúde viável? Essa é uma pergunta cuja resposta tem muitas vertentes. Aqui abordaremos o apoio que os dados de mundo real podem fornecer a pagadores e privilegiar os provedores de tecnologias racionalizadoras.
Os dados de mundo real como proteção orçamentária e incentivo às novas tecnologias Uma das formas de racionalizar o sistema é o uso de dados do mundo real. Ao contrário de estudos clínicos em que os dados são coletados em situações controladas, os dados de pacientes reais em situações reais fornecem a melhor ideia possível de desfechos versus cuidado. A vida real apresenta variáveis pouco exploradas em estudos clínicos, como não aderência, polimedicação, falhas de atenção de saúde e uma gama enorme de características demográficas. Com este tipo de dados em mãos, é possível se aplicar técnicas que possam auxiliar em decisões de pagamento. A predição de desfechos prováveis versus custos incorridos torna consciente e explícita a decisão de que tratamento empregar. Com o avanço das técnicas de ciência de dados e modelagem, a predição
insights.
por André Ferraz e Mauricio Cepeda
AO CONTRÁRIO DE ESTUDOS CLÍNICOS EM QUE OS DADOS SÃO COLETADOS EM SITUAÇÕES CONTROLADAS, OS DADOS DE PACIENTES REAIS EM SITUAÇÕES REAIS FORNECEM A MELHOR IDEIA POSSÍVEL DE DESFECHOS VERSUS CUIDADO
boa prática atuarial, ganhando tecnologias que criam possibilidades mais eficientes na gestão da saúde.
e a simulação se tornam cada vez melhores. Aí estão desde os clássicos modelos de Markov, até complexos modelos dinâmicos envolvendo equações diferenciais. Além das técnicas clássicas de agrupamento multivariado até modelos de redes neurais – tudo para entender faixas de variação e exposição a risco, essenciais para decidir os tratamentos que maximizam a utilidade do escasso dinheiro publico ou privado. Pagadores públicos e privados podem tomar decisões melhores com tais dados e modelos, assim como provedores de tecnologia podem melhor demonstrar seu valor, sejam em medicamentos, equipamentos ou mesmo serviços. Pagadores públicos podem, no limite, otimizar a aplicação do orçamento público maximizando o impacto social. Aos privados podem ser mais competitivos, adequando seus prêmios com menor sinistralidade. Fornecedores de tecnologia podem entender seus melhores argumentos e escolher seus nichos e campos de batalha.
insights.
O uso de dados de mundo real e as técnicas subsequentes que permitem a avaliação de tecnologias em saúde são inexoráveis. O mundo público já conhece o modelo de agências de avaliação de tecnologia em saúde. O NICE, no Reino Unido, é uma referência mundial na racionalização de recursos. A Conitec, no Brasil, amadureceu seu modelo de avaliação ao longo dos anos e hoje publica tanto seus requerimentos técnicos como seus pareceres de análise. O mundo privado tem, cada vez mais, usado gestão de grupos de risco com base em dados de mundo real, como
Os dados de mundo real são dispersos e não publicados Por um lado, as técnicas estão cada vez melhores no tratamento analítico e preditivo de grandes massas de dados. Por outro, estes nem sempre começam estruturados. Essa não é só uma realidade no Brasil ou América Latina, mas é agravado em países sem cultura de registro, manutenção e publicação de dados. Em termos de registro, a situação no Brasil é mediana. Temos majoritariamente registros de solicitações de pagamento, com alguns dados acessórios e de desfecho. No público, isso ocorre no DataSUS, no Siclon, no Farmácia Popular e no SDNC, por exemplo. No privado, operadoras como Orizon transacionam e registram autorizações. Apesar de existirem registros sobre a condição do paciente no modelo de EMR (Eletronical Medical Records) no país, estes ainda são exclusivos ao nível hospitalar com pouca ou nenhuma padronização e integração nos níveis municipais, estaduais e tampouco federais. O SUS criou
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capa. A CIÊNCIA DE DADOS ATUALMENTE VEM SE TORNANDO A MENINA DOS OLHOS NO SETOR DE SAÚDE COM O DESENVOLVIMENTO DE ALGORITMOS E FERRAMENTAS PARA ANÁLISE DE GRANDES VOLUMES DE DADOS
um protocolo na atenção básica, o e-SUS AB, que ainda é recente e cuja adesão e correção devem ser monitoradas. Pacientes reportam suas condições (PRO), como ocorre na Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia). Laboratórios privados de análises clínicas mantêm boas bases, muitas vezes longitudinais, mas dissociadas de outras informações sobre o mesmo paciente. Em termos de manutenção de bases, fica claro que os sistemas são independentes e não têm chaves comuns, o que pode ocorrer mesmo com pacientes anonimizados. O IMS Health, por exemplo, tem padrões fortes de anonimização que permitem acompanhamento longitudinal de pacientes de outros países. Mesmo assim, na ausência de cruzamentos diretos, técnicas de linkage podem ser empregadas. Para bases desestruturadas, como as coletadas por web crawlers, também é possível a transformação em dados relacionais. Para tudo isso, o IMS Health possui conhecimento e tem ferramentas. Não seria um problema no Brasil, mesmo com dados incompletos. A disponibilidade, como descrito adiante, é o limitador. A publicação das bases é o maior gargalo. Neste aspecto, o DataSUS é uma tido como uma referência
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entre países em desenvolvimento e por que não no âmbito global, no que tange à transparência de divulgação de dados, mesmo com suas limitações. Dentro do mesmo SUS, o Siclon (Sistema de Controle Logístico de Medicamentos) retrocede ao fechar informações de HIV. A ANS, agência reguladora da saúde suplementar, atualmente disponibiliza de maneira agregada uma parcela da informação referente as mais de 50 milhões de vidas cobertas pelo sistema de saúde suplementar no País. A agência ainda estuda divulgar dados mais granulares, em um momento oportuno, uma vez que nos últimos anos ela tem modernizado seus processos de avaliação de tecnologia em saúde (ATS), como fez o governo federal em 2011 com a criação da Conitec.
Inúmeras outras bases, públicas e privadas, permanecem fechadas. Tesouros para o estudo da saúde pública escondidos sob a areia. Embora haja receios de divulgação, problemas como anonimização de pacientes podem ser contornados pela tecnologia, como bem conhece o IMS Health. Resta retirar os conflitos de interesse da equação e pensar que a disponibilidade simétrica de dados traz mais ganhos do que perdas. Um exemplo curioso de outra área foi a disponibilização recente, pela Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, de 300 terabytes de dados do colisor de partículas LHC: cientistas de dados do mundo inteiro podem agora trabalhar juntos no avanço da física quântica. Na frente de batalha da saúde no Brasil, o IMS Health vem trabalhando ad hoc na incorpora-
insights.
ção progressiva de bases, cruzando com coletas de estudos observacionais e auxiliando seus clientes. O poder de fundir a ciência de dados com metodologias de consultoria A ciência de dados atualmente vem se tornando a menina dos olhos no setor de saúde com o desenvolvimento de algoritmos e ferramentas para análise de grandes volumes de dados. Podemos citar a crescente utilização de linguagens, não tão novas, como o [R] e Python para a análise estatísticas desses dados em saúde. No Brasil, existem diversos exemplos da fusão entre ciência de dados e metodologias de consultoria. Uma delas é a alavancagem
insights.
de métodos de linkage às bases do DataSUS. O sistema de informações em saúde do governo é composto por uma série de bases de dados publicadas de maneira desagregada. Algumas delas possuem campos com identificações anonizadas do paciente, outras contêm apenas informações demográficas como sexo e idade, entre outras. A existência de um algoritmo que torna possível comparar informações demográficas que possibilitam identificar, ainda no nível anônimo, o mesmo paciente em bases de dados diferentes, multiplica o potencial de análise desses ativos de dados. Entretanto, a informação em seu estado mais cru carrega consigo pouco valor, e assim nos vem a pergunta: como adicionar valor a esses dados? Ao fundir as competências de consultoria e expertise de acesso ao mercado, podemos tornar esses dados substrato para modelos econômicos como, um componente importante no universo da ATS. Um exemplo disso é a submissão de um dossiê à Conitec utilizando o máximo do potencial que a integração de dados do DataSUS pode proporcionar, evitando a utilização de estudos internacionais com pouca aderência à realidade do sistema de saúde do País. Ademais, aplicando métodos preditivos às bases de dados longitudinais históricas é possível criar estratégias de longo prazo considerando um ambiente de múltiplas variáveis, proporcionando o desenvolvimento e implementação de modelos inovadores de acesso e de compartilhamento de risco, não só no curto prazo como também no médio e longo. Outro exemplo que se pode trazer
à tona é a utilização da tecnologia para a criação de evidências de mundo real. Atualmente, o modelo frequente de criação de evidências é por meio de estudos clínicos observacionais. Esses estudos necessitam percorrer um longo processo regulatório e ético para então serem iniciados, podendo levar meses e até anos com longos períodos de análise de órgãos como a Conep. Por outro lado, a coleta de dados de pesquisa primária é uma atividade estabelecida entre diversos institutos de pesquisa no País que possuem plataformas e metodologias robustas para tal. Essa conjuntura traz consigo um novo desafio: como produzir evidências de mundo real de maneira mais ágil mantendo os mesmo padrões éticos de estudo observacionais in loco? Certamente, a tecnologia é uma boa pista para esta resposta ao alavancar plataformas digitais de pesquisas primárias, somadas a algoritmos de anonimização de dados, com o intuito de reduzir ao máximo o fator humano na coleta e consolidação de dados, desta forma, preservando a privacidade do paciente. Obviamente que para tal, todo o rigor regulatório e fluxo de aprovações éticas devem se manter presentes. Diversos outros exemplos recentes em evidências de mundo real podem ser citados, porém o que é certo é que a revolução da tecnologia e da ciência de dados está dando seus primeiros passos no setor de saúde no Brasil. Por outro lado, sem a robustez metodológica de uma consultorias de gestão e o profundo conhecimento do ambiente de acesso ao mercado local, a tecnologia e os dados se resumem apenas a mais alguns milhões de bytes dispersos no ecossistema das evidências do mundo real.
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atualidade.
O POTENCIAL dos medicamentos biológicos
A
participação dos medicamentos biológicos no mercado global deverá ultrapassar US$ 390 bilhões em 2020, com uma presença estimada em 28%. Nesse panorama, os medicamentos biológicos similares terão um papel cada vez mais importante a desempenhar. Isso porque, ao competirem com medicamentos biológicos originais com uma crescente gama de áreas terapêuticas, os biossimilares oferecem aos pagadores institucionais, prescritores e pacientes mais opções de tratamento a um custo menor. Sim, o mundo dos medicamentos biológicos está mudando. Para se ter uma ideia, na última década, mais de 80 moléculas biológicas foram lançadas globalmente, trazendo novas opções de tratamento em diversas áreas terapêuticas. Some-se a isso o fato de que atualmente quase 50 biossimilares diferentes estão em desenvolvimento, instigando a competitividade do mercado nos próximos cinco anos. Estamos falando de um importante potencial inexplorado e cheio de oportunidades, mas que exige uma abordagem diferenciada para que
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possa efetivamente trazer bons resultados. Os mercados mais preparados para capitalizar os benefícios de biossimilares são aqueles em que a competitividade das indústrias é movida por projetos de longo prazo e os médicos estão no centro do processo de tomada de decisão. Ou seja, a concorrência está no cerne da proposta de valor dos biossimilares e é ela que possivelmente vai conduzir o processo de inovação farmacêutica e a sustentabilidade do sistema.
biológicos definido pela perda de exclusividade de patentes de pelo menos oito produtos campeões de venda em países da Europa e nos Estados Unidos. São produtos de áreas terapêuticas relevantes como inflamação – que também incluem indicações para artrite reumatoide, doença de Crohn, psoríase, artrite psoriática, espondilite anquilosante, e idiopática juvenil – e diabetes tipo I e tipo II.
CÍRCULO VIRTUOSO
Considerando as pressões orçamentárias na saúde proveniente da desaceleração da economia mundial tanto nos mercados maduros quanto nos emergentes, a ascensão dos biossimilares se apresenta como uma grande oportunidade aos pagadores institucionais de reorientar as despesas para ampliar o acesso aos tratamentos. O potencial é claro. Levantamento do IMS Institute indica que, ao abrir os mercados para os medicamentos biológicos desenvolvidos a partir da biossimilaridade, os sistemas de saúde europeus teriam economias altamente significativas, levando em conta a concorrência direta para
Uma década depois da aprovação do primeiro medicamento biossimilar na Europa – somatropina, o hormônio do crescimento desenvolvido pela Sandoz – o mercado vive um círculo virtuoso de inovação farmacêutica. Há indicativos de que o surgimento de uma variedade ainda maior de medicamentos biológicos similares altamente competitivos vai gerar uma economia substancial a ser reinvestida na prestação de cuidados de saúde, na inovação e, consequentemente, nos resultados globais da saúde. Muitos desses indicadores positivos estão relacionados ao momento atual do mercado de produtos
IMPACTO NA SAÚDE
insights.
por Kátia Carminatto
a molécula de origem e excluindo qualquer competição indireta. Uma redução de 30% no preço diário de tratamento considerando apenas as oito moléculas biológicas originais que perderão a exclusividade nos próximos cinco anos, poderia resultar em economias acumuladas da ordem de € 15 bilhões. Além dos benefícios para os pagadores institucionais e sistemas de saúde, a abertura do mercado aos medicamentos biológicos similares favorece os médicos, que passam a contar com mais opções de terapias, e os pacientes, que podem se beneficiar de um tratamento mais acessível e adequado às suas necessidades.
POTENCIAL INEXPLORADO Com novas ondas de medicamentos biológicos similares prontos
disso, o estudo do IMS Institute sugere que o uso de medicamentos biológicos similares não pode ser otimizado para todos os produtos em todos os mercados.
EDUCAÇÃO Há também um outro aspecto a ser considerado. A adoção dos medicamentos biológicos similares entre pagadores institucionais, médicos e pacientes ainda encontra o obstáculo da desconfiança em alguns mercados. Na Europa, por exemplo, cada país possui uma política e uma abordagem diferente para incentivar a adoção dos biossimilares. O que já se sabe é que em países onde os médicos são só decisores em relação à adoção dos medicamentos biológicos similares, a absorção costuma ser mais rápida e sustentada. O processo de conscientização
incentivar adoção dos medicamentos biológicos similares. A variedade de abordagens adotadas está embasada, na maioria das vezes, nas evidências médicas e nos aspectos regulatórios. Isso porque há um reconhecimento de que, em todo o continente europeu, os médicos não estão plenamente conscientes da regulamentação dos biossimilares. Principais envolvidos nesse processo, pacientes e médicos precisam estar convencidos de que os medicamentos biológicos similares são, de fato, uma alternativa segura e eficaz. Os médicos, esperam que os principais líderes de opinião, bem como os pagadores institucionais, farmacêuticos, autoridades reguladoras e indústria sejam capazes de fornecer evidências sobre a segurança e eficácia dos
PARA SE TER UMA IDEIA, NA ÚLTIMA DÉCADA, MAIS DE 80 MOLÉCULAS BIOLÓGICAS FORAM LANÇADAS GLOBALMENTE, TRAZENDO NOVAS OPÇÕES DE TRATAMENTO EM DIVERSAS ÁREAS TERAPÊUTICAS para chegar ao mercado europeu nos próximos anos, os pagadores institucionais e decisores políticos precisam estabelecer políticas que viabilizem a otimização do potencial oferecidos por esses tratamentos e incentive a concorrência sustentável. Mas é fato que nem todos os mercados estão prontos para se beneficiar do potencial oferecido pela próxima geração de biossimilar, haja vista a variação considerável nas abordagens adotadas pelos diferentes países. Na grande parte deles, as decisões giram em torno das alterações de preços, em especial, após a introdução da concorrência biossimilar. Diante
insights.
começa pela educação dos stakeholders. Médicos, pacientes e pagadores institucionais precisam ter amplo conhecimento do papel dos medicamentos biológicos similares para conduzir a absorção desses produtos de forma orgânica e sustentável. Concentrar esforços apenas na questão do preço restringe as oportunidades de longo prazo por tornar o mercado menos atraente para a indústria e reduzir os incentivos de desenvolvimento e comercialização das novas ondas de produtos.
SEGURANÇA Existem inúmeros exemplos de mercados que têm procurado
biossimilares em relação aos biológicos originais. Daí a importância em estabelecer um canal contínuo de conscientização junto aos principais tomadores de decisão. Nesse sentido, cabe à indústria uma parcela significativa nessas ações, seja na garantia do suprimento de medicamentos em volume adequado ao número de pacientes, seja na estabilidade e previsibilidade do mercado ou, ainda, na entrega de conteúdo que reporte confiança e segurança nas evidências clínicas. Sempre, é claro, amparado nos códigos de conduta estabelecido pelas associações nacionais dos fabricantes.
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global news.
P&D
Psoríase O laboratório Vitae Pharmaceuticals apresentou dados de fase IIa da molécula VTP 43742 para o tratamento da psoríase. Nos testes clínicos, os portadores da doença tiveram uma redução entre 24% e 30% nas áreas afetadas pela psoríase. O princípio ativo foi bem tolerado em todas as doses e não apresentou eventos adversos graves.
Hipercolesterolemia familiar homozigógica A CymaBay Therapeutics divulgou dados de um ensaio piloto de fase II para avaliar o MBX 8025 em 13 pesssoas com hipercolesterolemia familiar homozigótica. Três dos 12 pacientes avaliáveis que receberam doses do medicamento tiveram uma diminuição de 30% nos níveis de colesterol de lipoproteína; dois atingiram uma redução de 20 a 30%; e outros dois alcançaram uma diminuição de 15-20%. Os outros cinco pacientes apresentaram diminuição nos níveis de LDL-C de menos de 15%.
Zika 1 O laboratório Vaxart anunciou que deu início à avaliação pré-clínica de uma vacina oral para o tratamento da infecção pelo vírus Zika.
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Fonte: IMS Global News
setor Para aumentar o acesso às terapias, o laboratório GlaxoSmithKline vai reduzir os preços dos seus medicamentos em países pobres como Afeganistão, Ruanda e Camboja. A medida contempla, inclusive, a dispensa de proteção de patentes para novos medicamentos permitindo, assim, que versões genéricas mais baratas possam ser comercializadas nesses mercados sem a ameaça de ações judiciais. Nos países de rendimentos médios baixos, como o Kosovo, Paquistão, Marrocos e Ucrânia, a farmacêutica vai oferecer licenças aos fabricantes de medicamentos genéricos por 10 anos, em troca de um pequeno royalty sobre as vendas. Integrarão o programa 85 países, beneficiando mais de dois bilhões de pessoas. Uma das subsidiárias da Sun Pharmaceutical Industries vai adquirir 14 marcas da Novartis no Japão. Com a negociaçãoo, a farmacêutica indiana marca sua incursão no mercado de prescrição japonês, cuja representatividade é de 7% do faturamento global do setor, já que a transação, avaliada em US$ 293 milhões, vai apoiar a construção de um portfólio representativo de produtos no país. Pelo acordo, a Novatis vai continuar a distribuir essas marcas por um determinado período até que as transferências das autorizações de comercialização estejam concluídas. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a compra dos medicamentos para o trato respiratório da farmacêutica Takeda pela AstraZeneca, no Brasil. A transação inclui a compra dos ativos tangíveis e intangíveis e comercialização de vários produtos do laboratório japonês no mercado brasileiro. Com a transação, a AstraZeneca vai ampliar seu portfólio de produtos para o tratamento de asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e rinite alérgica. A farmacêutica alemã Merck vai investir € 500 mil nos próximos dois anos num projeto de cooperação com o Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (IBET) de Portugal para testar soluções para o combate à malária. A iniciativa prevê estudos para a cura da doença na fase hepática da malária, quando a infeção ainda não se espalhou no sangue. O laboratório Teva vai ampliar suas instalações na Hungia, dando sequência ao projeto de ampliar a capacidade de produção no país. A farmacêutica israelense investiu US$ 1,3 bilhões na expansão da unidade de Sajóbábony, uma das três no país do leste europeu, responsável pela produção de ingredientes ativos farmacêuticos. Na unidade de Debrecen, a companhia fabrica produtos-tablet, e em Gödöllő são produzidos medicamentos injetáveis estéreis.
insights.
anĂşncio
global news.
Fonte: IMS Global News
TOP 10
O GeoVax também anunciou que está trabalhando em um programa para desenvolver uma vacina para a prevenção de infecções por vírus Zika, usando a sua nova plataforma de vacina MVA-VLP em parceria com pesquisadores da Universidade da Georgia.
Fonte: IMS Health Knowledge Link
129.264
135.061
Transtorno depressivo maior
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30.721
A Zealand Pharma relatou que seu ensaio clínico de fase II com a molécula danegaptide em pacientes acometidos por infarto e submetidos à intervenção coronária percutânea não cumpriu seu objetivo primário de eficácia e redução das lesões de isquemia e reperfusão. Diante desse resultado, a companhia vai realocar os recursos em outros programas.
36.634
Lesão de isquemia e reperfusão
40.775
47.988
65.256
90.283
A farmacêutica Minerva Neurosciences anunciou resultados de um ensaio da fase Ib fase do MIN 202, destinado ao tratamento do transtorno depressivo maior. A molécula foi bem tolerada e demonstrou melhorias nos quadros depressivos, sem indicação de eventos adversos graves.
125.669
Vendas por classes terapêuticas (Vendas mundiais US$ milhões - Q4 2015)
149.240
P&D
Zika 2
1
Antineoplásicos e agentes imunomoduladores
6
Sistema respiratório
2
Trato alimentar e metabolismo
7
Sangue e órgãos hematopoiéticos
3
Sistema nervoso
8
Sistema geniturinário e hormônios sexuais
4
Anti-infecciosos gerais
9
Sistema musculoesquelético
5
Sistema cardiovascular
10
Vários
insights.
anĂşncio
global news. LANÇAMENTOS Taltz ® A Eli Lilly está comercializando no mercado norte-americano o Taltz® (ixekizumab), utilizado no tratamento de adultos com psoríase, em placas, moderada à grave. A segurança do medicamento foi estabelecida em três ensaios clínicos randomizados e controlados com placebo, com um total de 3.866 participantes com psoríase em placas, que eram candidatos à terapia sistêmica ou fototerapia.
TOP 10 Fonte: IMS Health Knowledge Link
Principais companhias mundiais (participação vendas mundiais em %, Q4 2015/2014)
Vraylar ® Desde março deste ano a farmacêutica Allergan está disponibilizando nos Estados Unidos o Vraylar ® (Cariprazine), indicado para o tratamento de episódios de mania e transtornos mistos de doença bipolar I e esquizofrenia em adultos.
1
Novartis (5,1)
2
Pfizer (4,9)
3
Sanofi (4,1)
4
Gilead Sciences (4,1)
5
Johnson & Johnson (3,9)
6
Merck & Co (3,8)
7
Roche (3,7)
8
AstraZeneca (3,3)
9
GlaxoSmithKline (3,1)
10
Praxbind® O laboratório Boehringer Ingelheim anunciou a comercialização no mercado norte-americano da molécula idarucizumab, sob o nome comercial Praxbind®. O fármaco é indicado como terapia de reversão do efeito anticoagulante do dabigatrano etexilato em cirurgia de emergência, procedimentos urgentes ou em hemorragia com risco de vida ou não controlada. Lenvima® A Eisai Pharmaceuticals informou que seu medicamento Lenvima® (lenvatinib) foi aprovado em Israel para o tratamento de adultos com Carcinoma diferenciado da tiroide em estágio progressivo ou metastático.
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Teva (2,8)
Produtos líderes (Vendas mundiais - US$ milhões - Q4 2015/2014)
18.103
Harvoni
14.940
Humira
11.449
Lantus
9.462
Enbrel
8.607
Crestor Remicade
8.181
Seretide
7.996
Sovaldi Mabthera Lyrica
6.573 6.165 6.024
insights.
Fonte: IMS Global News
A indústria de biotecnologia Genmab informou ao mercado que a a avaliação de fase III de ofatumumab para o tratamento do pênfigo vulgar será descontinuada. O laboratório dinamarquês reportou a decisão aos planos da companhia de iniciar a avaliação de fase III da molécula para o tratamento de esclerose múltipla a partir do segundo semestre de 2016.
LANÇAMENTOS
1
Horizon Pharma (176)
6
Bristol-Myers Squibb (28)
2
Gilead Sciences (62)
7
Valeant (27)
3
Prasco Labs (58)
8
AbbVie (20)
4
Leti (53)
9
C. T-Tianqing Group (19)
5
Akorn (47)
10
Celgene (16)
Países líderes (Vendas mundiais em US$ milhões, Q4 2015/2014) 423.002
Estados Unidos
78.857
China
73.064
Japão Alemanha França
39.187 32.066
Itália
26.946
Reino Unido
25.563
Espanha
20.286
Brasil
19.465
Canadá
19.191
insights.
P&D
Pênfigo vulgar Indústrias farmacêuticas que mais crescem em %, Q4 2015/2014
Defitelio® O FDA (Food and Drug Administration) aprovou hoje Defitelio® (defibrotida de sódio) para o tratamento de adultos e crianças que desenvolvem doença hepática veno-oclusiva após transplante de células-tronco de sangue ou medula óssea. Antes de ser apresentada ao FDA, a eficácia da nova droga foi investigada pela Jazz Pharmaceuticals em 528 pacientes tratados em três estudos: dois ensaios clínicos prospectivos e um estudo de acesso expandido. Cinquain® A Teva Pharmaceuticals obteve autorização para comercialização do Cinquain® (reslizumab), indicado para o tratamento de asma grave em pacientes com 18 anos ou mais. O uso da droga é indicado para pacientes com histórico de crise de asma, mesmo após o uso de outros medicamentos.
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carreira.
Trabalho X Tecnologia E-mails, redes sociais e outras ferramentas do mundo contemporâneo criam novos comportamentos e posturas profissionais. Como lidar com isso?
A
tenção constante aos e-mails e redes sociais é comum, hoje em dia, em diversas situações cotidianas. Ficou para trás o tempo em que funcionários se despediam do trabalho no minuto em que colocavam os pés para fora da empresa. Nos últimos 20 anos, a tecnologia se desenvolveu de maneira extremamente acelerada. Não é à toa que, atualmente, 60% da população está conectada à internet. Isso impactou diretamente nas relações de trabalho e na vida pessoal de quem está no mercado de trabalho. Hoje em dia, a dinâmica das empresas e o posicionamento destas sobre as cobranças sobre suas equipes mudaram. Nesse panorama, temos
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o funcionário que está sendo pressionado por parte do empregador a estender suas horas de serviço. E também o trabalhador com compulsão pelo trabalho. De acordo com o gestor em Redes e Internet e especialista em carreira, Renato Lopes: “No ambiente corporativo, a tecnologia ajuda a ter informações, resultados e tomadas de decisões mais rápidas, justamente, para que possamos em nossas oito horas de trabalho, resolver as pendências e cumprir todas as ações necessárias”. Mas, para ele, essa questão deve ser gerida com bom senso, de ambos os lados. Segundo o especialista, muitas vezes o “não desligar” faz com que as pessoas levem o ambiente corporativo para casa. E embora muitos colabo-
radores coloquem a culpa nas empresas por essa situação, geralmente, é a própria permissividade deles que favorece esse comportamento. Nesse contexto, Heloísa Capelas, especialista em Autoconhecimento e Inteligência Comportamental, também defende o comportamento equilibrado: “A força da Internet em nossas vidas, pessoais e profissionais, é inegável. No ambiente organizacional, aproveitamos todas as ferramentas que nos estão disponíveis para encurtar processos. No entanto, como sempre digo, é preciso adotar esses hábitos de forma balanceada”.
OLHO NO OLHO Heloísa, que também é autora do best-seller “O Mapa da Felicidade” e coautora de outros sete livros so-
insights.
por Mani Jardim
O EMPREGADOR
bre gestão de pessoas, liderança, coach e inteligência feminina, reforça que, apesar de todas as mudanças de hábitos e posturas profissionais, é importante o contato físico entre os profissionais ser preservado. Ela explica que a comunicação via e-mail ou mensagens de celular é muito eficiente, mas, nem sempre, pode substituir o olho no olho. A qualidade nas relações interpessoais no ambiente de trabalho é extremamente importante e contribui para uma maior sinergia entre a equipe e, consequentemente, para um clima organizacional favorável, que gere bons resultados e aumento da produtividade. “Já mantive contato com líderes que dão seus feedbacks, positivos ou ne-
insights.
gativos, por meio das ferramentas virtuais. Ignorando que, muitas vezes, o bate-papo presencial amigável tem resultados muito mais efetivos, em termos de engajamento e motivação dos colaboradores”, sintetiza.
COM OU SEM WHATSAPP? Cada vez mais comuns, os grupos de trabalho no aplicativo de mensagens instantâneas para smartphones, WhatsApp, vêm sendo constantemente discutidos. Para o consultor, neuropsicólogo e professor de Novas Mídias, Ari Brito, esses grupos proporcionam mais agilidade e transparência na comunicação, além de contribuírem com a redução de custos, como os gerados por telefonia e reuniões.
A especialista em gestão de carreiras e coach, Andrea Deis, recomenda às empresas criar critérios claros, objetivos e realísticos sobre o uso das novas tecnologias. A especialista destaca que, atualmente, a demanda é muito maior do que o tempo, e a cobrança coage o profissional a não parar. No entanto, os prazos devem ser coerentes com a capacidade da equipe e as horas contratadas de cada colaborador. Então ela orienta que a empresa: • Faça um planejamento estratégico em longo e curto prazo, mensurando as entregas e prazos esperados de cada área; • Crie metas individuais transparentes, alinhadas com a capacidade de entrega de cada um; • Preze pelo equilíbrio pessoal e profissional dos seus colaboradores e forneça recursos para que eles atinjam suas metas.
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carreira. Porém, o professor apresenta o ponto negativo do WhatsApp: “Muitos consideram cansativo acompanhar todas as mensagens e a saturação é muito rápida. Além disso, geram ruídos, que seriam evitados, caso o contato fosse presencial”. No entanto, Brito avalia que, no geral, a tendência é que todos migrem para ferramentas como essa, já que a inclusão tecnológica é inevitável.
UMA QUESTÃO LEGAL A psicóloga, especialista em pessoas e carreira, Gisélia Curry, reconhece que deixou de haver uma separação entre o horário de trabalho e o de lazer. E, segundo ela, o abuso desse comportamento já tem refletido em ações trabalhistas. “Fui gerente de uma empresa que atendia clientes fora do Brasil e, por conta do fuso horário, alguns profissionais faziam reuniões por Skype no período noturno. Tivemos que refazer toda a logística de atendimento após um funcionário sair da empresa e pedir na justiça as horas extras dessas reuniões, que foram ainda acrescidas de adicional noturno pelo juiz do trabalho”, recorda. O advogado Fabricio Sicchierolli Posocco explica que, no Brasil, a questão sobre ferramentas tecnológicas já é algo conhecido e discutido nos tribunais. O profissional explica que no novo Código de Processo Civil (em vigor desde de 18 de março desse ano), as ferramentas tecnológicas passaram a ser admitidas como provas absolutas. Portanto, podem configurar horas extras de trabalho. Já países como a Venezuela, entre outros da América Latina, ainda não possuem uma legislação que permita análises e questionamentos de alta indagação, como ocorre na legislação brasileira, no que tange à
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O EMPREGADO
análise dos tribunais sobre a utilização de ferramentas tecnológicas. Segundo o diretor de recursos humanos, Victor Hugo Freitas de Oliveira, no Brasil, a conduta do empregado de ler e-mails ou mensagens enviadas através de aplicativos eletrônicos, fora do horário de trabalho, por si só, não gera riscos trabalhistas ao empregador. Mas, se o empregador exigir a leitura ou a resposta da mensagem neste período, a atividade realizada será caracterizada como hora extraordinária. Para que o empregador não corra o risco de ser onerado, Oliveira orienta que o melhor é adotar uma política interna que proíba o trabalho fora do expediente normal. Inclusive mediante bloqueio do acesso ao e-mail corporativo e restrições a ligações direcionadas ao celular do empregado.
Andrea recorda que, muitas vezes, o rótulo da ineficiência do empregado vem pelo seu próprio excesso de aceitação e dificuldade para dizer não. Por isso, ela recomenda que o empregado mantenha o aproveitamento de seu tempo, harmonizando vida pessoal e profissional. Aqui vão algumas dicas: • Posicione-se e demonstre com clareza o engajamento com as obrigações; • Estabeleça critérios à capacidade de entrega e aceitações; • Crie um gráfico que alinhe: projetos versus tempo. O ideal é apresentá-lo aos superiores e posicioná-los periodicamente quanto às entregas.
insights.
consumo.
por Mani Jardim
Poder nas
MÃOS
Canetas de luxo em forma de verdadeiras obras de arte são objetos mais que desejados. Veja por quê.
UMA OBRA DE ARTE
NOVOS ARES SOBRE O CLÁSSICO
A famosa caneta Montegrappa Chaos – resultado de uma parceria entra a marca italiana Montegrappa e o ator Sylvester Stallone – veio para agradar aqueles que vão além do requinte e apostam na personalidade. O modelo se exibe como uma surpreendente obra de arte, inspirado nos traços de artistas do século 16 como Battista Franco, Albrecht Durer, Hans Sebald Beham e Antonia Pollaiolo. Sua produção foi limitada a mil canetas de bico de pena e 912 esferográficas em prata, além de outras cem bico de pena e cem esferográficas em ouro 18 quilates. Outras dez, de cada tipo, também foram feitas em ouro e adornadas com pedras preciosas. Um tinteiro de cristal com ouro ou prata acompanha a linha. Informações www.montegrappa.com
“HORA AZU AZUL”: PARA MOMENTOS MÁGICOS Um instrumen instrumento de escrita esferográfica, com mecanismo de torção, que é sinôn sinônimo de adoração e desejo. A Meisterstück Solitaire Doué Blue Hour Clas Classique se classifica como um produto Solitaire azul laqueado que traz aca acabamentos revestidos em platina. A inspiração para o design é o mome momento mágico entre a luz do dia e a noite – período chamado de “Hora Azu Azul” – que manifesta um suave contraste de tons e uma atmosfera de a apaixonar. O padrão hexagonal do corpo reflete a refração das luzes e do ttráfego noturno nas cidades. Mais informações em www.montblanc.com
Seu design celebra a primeira peça Esqueletizada da Montblanc de 1999, concebida para o 75º aniversário da célebre caneta Meisterstück. A caneta-tinteiro com pistão, conhecida como Meistersn tück 90 Years Skeleton m ouro 149, tem pena em ro rosa 18 quiAu750 e ouro lates. A peça arrojada tem m toque contemporâneo um m perfeita sintonia com em seuss detalhes sofisticados dos. O acabamento e ousados. o a rutênio e a revestido pena com design especial o “90” são comemorativo a seu susuficientes para cesso. O valor de mercado res. está em 9,6 mil dólares. www.montblanc.com
ELEGÂNCIA ÂN ACIMA DE TUDO A caneta-tinteiro Visconti Homo Sapiens Bronze Age é perfeitamente ponderada em seu design. O modelo une traços clássicos e sofisticados com certa robustez ousada, mas que não extrapola aos olhos. A peça traz acabamento em bronze contrastado com seu corpo cinza-escuro. Seu tamanho, peso e diâmetro agradam. O produto é substancial, mas não excessivamente pesado. Sua ponta é relativamente grande e atende às proporções da caneta, além do detalhe especial de marca no bico. Veja mais em www.visconti.it
insights.
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destino.
ENIGMA
nos Andes
A beleza natural e a arquitetura intrigante de Machu Picchu fazem deste um dos destinos mais procurados do mundo
N
ão é por acaso que Machu Picchu – que significa “montanha velha” na língua quíchua – foi denominada como uma das sete maravilhas do mundo moderno e considerada Patrimônio Mundial pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). O lugar mágico impressiona pelas paisagens naturais e construções de pedras históricas. Rodeada por cenários exuberantes e uma arquitetura que intriga estudiosos do mundo todo, Machu Picchu mexe com a
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imaginação das pessoas e proporciona momentos únicos de reflexão, autoconhecimento e contato um universo místico.
“CIDADE PERDIDA” Descoberta no início do século passado, após 1911, pelo historiador e explorador norte-americano Hiram Bingham, Machu Picchu, no coração do Peru, foi encontrada em meio a uma vegetação densa e fechada, escondida no cume da Cordilheira dos Andes, espaço que, até então, era habitado por milhares de serpentes. Nos primórdios, esse local havia
sido considerado sede do Império Inca, com construções de pedras a 2,4 mil metros de altitude, acima do nível do mar. A dúvida que paira no ar, até hoje, é como a cidade foi erguida com pedras tão pesadas, em uma época que a roda e as ferramentas modernas ainda não existiam. Além disso, as subidas íngremes da montanha dificultavam ainda mais o carregamento manual desses blocos gigantescos. Várias lendas existem a esse respeito. Cientistas tentam explicar o fenômeno, mas, de concreto, só temos mesmo as construções.
insights.
por Renata Girodo
MISTERIOSO PASSADO Machu Picchu era habitada pelo povo inca, uma sociedade organizada. Eles dominavam vários tipos de técnicas de engenharia e agricultura e, sobreviviam, basicamente, do cultivo do milho e cereais. Não se sabe ao certo, como os habitantes daquele lugar sumiram; se abandonaram suas moradias após a invasão espanhola ou se foram dizimados em guerrilha. A história conta que, naquela época, os colonizadores espanhóis atacaram a cidade e, com mãos de ferro, tomaram posse das terras em busca do ouro e
CHECKIN • Melhor época para visitar: de maio a setembro, para fugir das chuvas. • Idioma: espanhol • Temperatura média anual: em torno dos 16 graus • Vacina recomendada: febre amarela • Moeda: Nuevo sol (Novo Sol) • Tickets para Machu Picchu: comprar em Cusco, Águas Calientes ou pelo site oficial.
Templo do sol
da prata abundantes no local. Após um passado de guerras e perdas, hoje, alguns nativos da região ainda sobrevivem da extração da argila, matéria-prima da cerâmica. A cultura ancestral, proveniente da tribo Marajoara, passou de pai para filho e continua sendo fonte de renda para os caboclos. A argila que é negociada com as olarias e ceramistas transforma-se em jarros, pratos, vasos e outros itens de decoração. A economia do lugar sobrevive também da agricultura, da extração de minérios, do turismo e da pesca.
CAMINHOS Os aventureiros de plantão podem chegar a Machu Pichu pela trilha
Templo do Condor
insights.
Inca. Mas alcançar o topo da montanha a pé não é tão simples assim. Existem vários caminhos que levam até o local. Um dos que ganhou a preferência dos turistas é o que demora quatro dias. A maratona se inicia no povoado “Piscacucho”, localizado no quilômetro 82 da ferrovia que liga Cusco à Águas Calientes. Outra maneira mais popular de chegar ao destino é de trem. As operadoras oferecem desde serviços mais comuns, até os mais diferenciados, com janelas e tetos panorâmicos – uma viagem luxuosa, com direito à refeição, transporte até à cidade e um guia turístico para acompanhar os passageiros durante o passeio.
BONS SONHOS Os visitantes que passam por Machu Picchu têm opções de hospedagem para todos os gostos e bolsos. Entre elas estão os hotéis e pousadas no vilarejo Águas Calientes, mais próximo do sítio arqueológico de Machu Picchu, a cerca de 20 minutos de ônibus ou van; Ollantaytambo, distante duas horas de trem; e Cusco, entre três e quatro horas de trem. Muitos turistas preferem optar por Cusco, considerada capital da cultura Inca, por conta da infinidade de opções de lazer que o lugar oferece: baladas noturnas e lojinhas que vendem o artesanato local.
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destino. DICAS VALIOSAS • Beba muita água durante a caminhada; • Utilize boné, chapéu e óculos de sol; • Não abra mão do protetor solar e do repelente de insetos. • Escolha roupas confortáveis; • Escolha tênis ou bota recomendada para trekking (caminhada em contato com a natureza).
Montanha Putucusi
COMIDAS TÍPICAS Com uma culinária rica e exótica, a gastronomia peruana testa os paladares mais apurados e exigentes do mundo, com pratos à base de carnes de alpaca, “cuy” (denominação Inca ao porquinho-da-índia), e truta. Entre as diversas delícias também estão: ceviche, um peixe cru marinado no suco de limão, sopa de milho; e pratos com rocoto, uma pimenta típica do Peru. Para acompanhar as receitas, a bebida local é o pisco sour, uma espécie de caipirinha preparada com pisco (que procede da fermentação da uva), limão, clara de ovo e gelo. Já para a sobremesa, a escolha certa são os doces com a fruta chirimoya. Elas podem aparecer em musses, flans, ou servidas acompanhadas de doce de leite.
PASSEIOS IMPERDÍVEIS Templo do sol: única construção circular da cidade, anexa a um complexo que abriga a principal fonte de água da região, as três paredes de “Culto ao Vento” e o templo dedicado à Mãe Terra (Pachamama). Montanha Putucusi: para quem quer ver a cidade de um angulo único, o caminho a seguir é até a chamada “Montanha Feliz”, em Quéchua. É um verdadeiro desafio, que exige, além de boa vontade, muito fôlego, pois, para chegar ao destino, a 2,4 mil metros sobre o nível do mar, são necessárias três horas de caminhada. Para esse passeio é obrigatório o acompanhamento de um guia turístico.
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Templo do Condor: essa pedra fincada no solo faz alusão a uma ave. As paredes laterais lembram asas de condor, animal considerado sagrado pelos incas e que, segundo a cultura andina, tem a função de levar os mortos até o céu e fazer uma ponte imaginária dos deuses com os mortais. Relógio solar: instalado no ponto mais alto da cidade, o relógio foi esculpido com detalhes milimétricos, e era utilizado pelos ancestrais da região para fazer a medição do tempo e auxiliar na agricultura. Diz a lenda que o relógio emana boas
energias, por isso, é comum os turistas estenderem às mãos sobre a construção, porém, sem tocá-lo. Setor Nobre: como o próprio nome sugere, a porta de pedra dá passagem para os pontos importantes da cidade, onde estão as residências dos governantes. Três Ventanas: esses gigantescos blocos de pedra possuem janelas que simbolizam o céu (vida do espírito), a terra (vida no mundo) e o subterrâneo (vida superior). A construção faz parte do espaço onde o “Templo Principal” – local para realização de cultos incas – também foi erguido.
Relógio solar
insights.
anĂşncio
cult.
por Mani Jardim
TENOR CANTA E ENCANTA EM SÃO PAULO No dia 12 de outubro, São Paulo será palco de um dos shows mais aclamados do ano! O tenor italiano Andrea Bocelli se apresentará no Allianz Parque, trazendo clássicos do seu mais recente disco, “Cinema”, lançado em outubro de 2015, em 75 países. O álbum homenageia as mais famosas canções da sétima arte de todos os tempos que não devem faltar na setlist do show, como “Don’t Cry For Me Argentina”, de “Evita”, e outras canções de clássicos como “Doutor Jivago” e a “A Vida é Bela”.
Universo Marinho CARICATURAS EM EVIDÊNCIA Até o dia 31 de julho quem for até o Museu Nacional de História Natural, em Santiago, no Chile, poderá visitar a exposição temporária “Cetáceos, de terra para o mar”. A mostra permite ao público uma instigante viagem através das características ancestrais e atuais das baleias e sua evolução a partir de pequenos animais terrestres, semelhantes a um roedor. O visitante mergulhará no universo destes mamíferos que hoje percorrem os mares. A mostra é aberta ao público, das 12h às 17h. Mais informações em www.mnhn.cl
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FOTOGRAFIA NA CAPITAL DA ARGENTINA Cenário de grandes celebrações artísticas, o Malba (Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires), apresenta a exposição “Claudia Andejar – Marcados”, até 27 de junho. A exposição oferece ao público uma perspectiva e uma série surpreendente através de mâmis de retratos de tribos ianomâmis registrados no início dos anos 80. A seleção consiste em maiss de 80 fotografias preto e branco.. Parte do na do trabalho foi apresentado 27ª Bienal de Arte de São Paulo, scida na em 2006. A fotógrafa é nascida ngria e nos Suíça, porém, viveu na Hungria ar ao Brasil Estados Unidos, até chegar em meados da década de 1950.
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Quem passar pelo Museo del Estanquillo, na Cidade do México, até o dia 3 de julho, terá a oportunidade de conhecer o trabalho de Santiago Hernández. A exposição “Santiago Fernandez. Menino Herói. Artista Romântico. Caricaturista Fundamental” revela as convicções políticas do cartunista e caricaturista, nascido em 1832. Embora pouco estudado, o trabalho de Hernandez possui uma visão crítica sobre o desenvolvimento político, além de uma capacidade incrível de síntese dos eventos sociais através de desenhos e caricaturas. Veja mais em www.museodelestanquillo.com
insights.
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