Cronologia Geral da Guerra Peninsular

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CRONOLOGIA GERAL DA GUERRA PENINSULAR

1789 14 de Julho – Tomada do Forte-Prisão da Bastilha (Paris), marcando o início da Revolução Francesa. 26 de Agosto – A Assembleia Nacional Constituinte Francesa aprova a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

1793 21 de Janeiro – Execução na guilhotina do rei francês Luís XVI. 1793 – 1795 – Guerra do Rossilhão. Primeira Coligação, liderada pela Grã-Bretanha, incluindo Portugal e Espanha, contra a França revolucionária.

1795 22 de Julho – Tratado de paz de Basileia, assinado entre a França e a Espanha, que põem termo à Guerra do Rossilhão. Portugal é excluído das negociações.

1796 18 de Agosto – Tratado de Santo Ildefonso. Acordo bilateral entre a França e a Espanha, com o objectivo de defesa e ataque mútuo contra a Grã-Bretanha.

1797 17 de Outubro – Tratado de Campo-Formio, celebrado entre franceses e austríacos, pondo termo à primeira coligação contra a França revolucionária.

1798 Maio – Inicio da expedição militar francesa rumo ao Egipto. Esta campanha durará até ao ano de 1801.

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1799 09 de Novembro – Golpe de Estado de Napoleão Bonaparte (designado de 18 de Brumário, no calendário republicano francês). 24 de Dezembro – Início do Consulado de Napoleão Bonaparte.

1801 20 de Maio – Início da Guerra das Laranjas. Conflito militar opondo Portugal a Espanha, com o apoio de Napoleão. 06 de Junho – Tratado de Badajoz. Acordo que colocou fim à Guerra das Laranjas. Portugal perde a praça de Olivença, mas mantém a sua soberania.

1802 27 de Março – Paz de Amiens, acordo que marca o fim da Segunda Coligação contra a França.

1803 Maio – Formação da Terceira Coligação contra a França revolucionária. Termina assim a curta trégua entre a Inglaterra e a França.

1804 02 de Dezembro – Coroação de Napoleão Bonaparte como Imperador de França. Está assim criado o Império frances.

1805 21 de Outubro – Batalha de Trafalgar. Vitória naval britânica sobre a frota francesa 02 de Dezembro – Batalha de Austerlitz. As tropas napoleónicas derrotam uma coligação militar austro-russa.

1806 14 de Outubro – Batalha de Iéna. Nova vitória francesa sobre o exército prussiano. Ocupação de Berlim.

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21 de Novembro – Decretos de Berlim. Napoleão ordena o fecho dos portos europeus que tenham relações comerciais com a Grã-Bretanha – início do chamado sistema do Bloqueio Continental.

1807 14 de Junho – Batalha de Friedland. Vitória decisiva das tropas de Napoleão sobre as forças russas. 07 a 09 de Julho – Tratados de Tilsit. Acordos celebrados entre a Rússia e a França pondo fim à quarta coligação contra a França revolucionária.

05 de Setembro - O general Jean Andoche Junot,, antigo embaixador da França em Portugal, nomeado para o comando do Corpo de Observação da Gironda, chega a Baiona para assumir o comando das tropas que se dirigem para a Portugal, para fazer cumprir o decreto imperial, de fechar os portos ao comércio inglês. 12 de Outubro - Napoleão Bonaparte dá ordem ao general Junot para entrar em Espanha. 17 de Outubro - O 1.º Corpo de Observação da Gironda, comandado por Junot, entra em Espanha, em direcção a Salamanca, preparando assim a invasão de Portugal. 27 de Outubro – Tratado de Fontainebleau. Acordo assinado entre a França e a Espanha, com o objectivo de dividir o território português entre eles, após a invasão do país pelas tropas napoleónicas. 17 de Novembro - As primeiras tropas francesas entram em Portugal, pela fronteira de Segura, na Beira Baixa. 20 de Novembro – Início da 1.ª Invasão a Portugal. Entrada das tropas francesas em território português, sob o comando do general Andoche Junot. 26 de Novembro – É designado pelo príncipe Regente, um Conselho de Regência, constituído pelos seguintes membros: D. Pedro de Lencastre da Silveira Castelo Branco Sá e Meneses, 3.º Marquês de Abrantes (Presidente); João António Salter de Mendonça, 1.º Visconde de Azurara (Desembargador do Paço e Procurador da Coroa); Francisco de Melo da Cunha de Mendonça e Meneses, 1.º Conde de Castro Marim (Tenente-General do Exército); D. Francisco de Noronha (Tenente-General e Presidente da Mesa da Consciência e Ordens); Principal Castro (Conselheiro e Regedor das Justiças); D. Pedro de Mello Breyner (Presidente do Real Erário); D. Manuel António de Sampaio Melo e Castro Moniz e Torres de Lusignano, 2.º Conde e 1.º Marquês de Sampaio (1.º Secretário) e Miguel Pereira Forjaz (Secretário substituto). 27 de Novembro – Embarque da Família Real Portuguesa para o Brasil. 30 de Novembro – As tropas francesas entram cidade de Lisboa. Página 3/20


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1808 28 de Janeiro – Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas. Ao chegar ao Brasil o Princípe Regente autoriza a abertura dos portos brasileiros ao comércio com as nações amigas de Portugal. 01 de Fevereiro – O Conselho de Regência é dissolvido pelo general Junot, declarando que a Casa de Bragança tinha deixado de governar, passando o território português a ser governado em nome do Imperador Napoleão Bonaparte.

09 de Fevereiro - Nove cidadãos portugueses são arbitrariamente executados nas Caldas da Rainha (no campo do Burlão), por ordem do general Loison. 10 de Fevereiro - O 2.º regimento de Infantaria do Porto é dissolvido, nas Caldas da Rainha. 15 de Fevereiro – O general Junot auto nomeia-se comandante-chefe do exército português e nomeia D. Pedro José de Almeida Portugal, Marquês de Alorna Inspector-Geral do mesmo exército. 07 de Março – A família Real Portuguesa chega à cidade de S. Sebastião do Rio de Janeiro. 17 de Março – Motim de Aranjuez. Revolta popular espanhola contra o rei Carlos IV, liderada pelo seu filho, D. Fernando VII. 02 de Maio – Início da Guerra da Independência Espanhola. Levantamento da população madrilena contra a ocupação francesa. 18 de Maio – O Exército Português reorganizado pelo Marquês de Alorna, é levado por este para França, e incorporado no exército francês, enquanto “Legião Portuguesa”. 30 de Maio - Proclamação da Junta Suprema do Governo de Espanha ao povo português, prometendo ajuda aos levantamentos contra o exército francês. Mas só em 25 de Setembro de 1808, em uma cerimónia celebrada na Capela do Real Palácio de Aranjuez, se constituiu oficialmente a chamada Junta Central Suprema y Gubernativa del Reino . Esta Junta era formada pelos deputados precedentes das Juntas Supremas das capitais dos antigos reinos espanhóis: Aragão, Astúrias, Canárias, Leão, Madrid, Maiorca, Múrcia, Navarra, Castilha “La Vieja”, Catalunha, Córdoba, Extremadura, Galiza, Granada, Sevilha, Toledo e Valência. 10 de Junho – No Brasil, D. João declara nulos todos os Tratados de Portugal com a França, declarando ao mesmo tempo, guerra aos Franceses e propondo amizade à Grã-Bretanha. 19 de Junho - Instituição da Junta Provisional do Governo Supremo do Reino no Paço Episcopal da Cidade do Porto, sendo constituído pelos seguintes elementos: Presidente Página 4/20


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Governador, Frei D. António de São José de Castro, Bispo do Porto, e os Deputados Manuel Lopes Loureiro, António da Silva Pinto, José de Mello Freire, Francisco Ozorio da Fonse, José Dias de Oliveira, Luis de Sequeira da Gama Ayala e António Mattheus Freire de Andrade Coutinho, fazendo “saber a todos os Vassallos do dito SENHOR [O Príncipe Regente D. João] que o Governo Francez se acha inteiramente abolido, e exterminado deste Paiz, e restituida nelle a Real Authoridade do Nosso Legitimo Soberano, a qual será exercitada plena, e independentemente pela sobredita Junta, em quanto não fôr restituído o Governo instituído neste Reino por SUA ALTEZA REAL”. 16 de Julho - Forças militares portuguesas, compostas de tropas regulares e de milicianos, comandadas pelo tenente-coronel Francisco de Magalhães Pizarro, bloqueiam a fortaleza da Vila de Almeida. 20 de Julho – José Bonaparte nomeado entretanto Rei de Espanha pelo irmão Napoleão, chega a Madrid. 29 de Julho - Combate de Évora, entre uma divisão francesa, comandada pelo general Loison, e forças portuguesas e espanholas. Os soldados aliados são dispersadas e o exército francês saqueia a cidade, provocando uma verdadeira chacina. 30 de Julho – José Bonaparte abandona a capital madrilena. 01 de Agosto – Desembarque de um corpo expedicionário britânico, comandado por Arthur Wellesley, na praia de Lavos, perto da Figueira da Foz. 05 de Agosto - Napoleão Bonaparte ordena a transferência de metade do exército francês acantonado na Alemanha, para a fronteira espanhola, para preparar o contra ataque. 13 de Agosto - O exército espanhol, comandado pelo general Castaños, entra em Madrid. 15 de Agosto – Primeiros combates entre forças francesas e britânicas, junto ao Moinho do Bairro da Senhora da Luz, perto da Vila de Óbidos. 17 de Agosto – É travado o primeiro confronto da Guerra Peninsular – a Batalha da Roliça, com uma vitória luso-britânica. 21 de Agosto – Batalha do Vimeiro. Nova vitória das forças aliadas, sob o comando de Sir Arthur Wellesley, sobre as tropas napoleónicas de Junot. Que se acantonam entretanto em Lisboa. 30 de Agosto – Convenção de Sintra. Acordo entre britânicos e franceses, que põem termo à primeira invasão francesa de Portugal. As tropas francesas retiram-se para França nos navios da Royal Navy. 18 de Setembro - Proclamação do general britânico Dalrymple, anunciando o restabelecimento da Regência, para que se possa fazer a transferência do poder em Lisboa do exército britânico para as autoridades portuguesas. Página 5/20


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26 de Setembro – A Junta Provisional do Governo Supremo do Reino suspende as suas funções, fazendo “saber, que tendo cessado o fim, e objecto da sua instituição, pela Restauração da Capital deste Reino, e restabelecimento do Conselho de Regência”. 30 de Setembro - O exército português é restabelecido oficialmente, por meio de uma portaria com um Edital anexo, onde se informam os oficiais, os sargentos e os soldados dos locais onde se estão a reorganizar os antigos corpos. 29 de Outubro - Napoleão Bonaparte sai de Paris, dirigindo-se para Espanha para comandar pessoalmente as operações na Península. 05 de Novembro - Napoleão Bonaparte chega à cidade basca de Vitória, tomando o comando do «Exército de Espanha». 11 de Novembro - Os batalhões de caçadores, cuja constituição já estava prevista na proposta de organização de 1803, e que já tinham sido organizados por ordem da Junta do Porto, são estabelecidos oficialmente no Exército português. Irão tornar-se, no decorrer da Guerra Peninsular, os corpos de elite do exército português. 30 de Novembro - Batalha de Somossiera. O exército francês, comandado por Napoleão Bonaparte, derrota o exército espanhol que defendia Madrid. 04 de Dezembro - Napoleão entra em Madrid, após a assinatura da capitulação da capital espanhola. 11 de Dezembro - Determinado o «Levantamento em Massa» da Nação portuguesa. Todos os indivíduos do sexo masculino, entre os 15 e os 60, são chamados ás fileiras dos regimentos de linha, milícia e ordenanças. 20 de Dezembro - Decreto aprovando o novo Regulamento das Milícias.

1809 03 de Janeiro –, Em Astorga (Espanha), Napoleão Bonaparte entrega o comando das suas tropas ao marechal Nicolas Jean-de-Dieu Soult e regressa a Paris, perante a ameaça iminente de uma nova guerra com a Austria 07 de Janeiro – Um corpo do exército português desembarca na Guiana Francesa, tomando os seus portos principais (Diamante e Desgrasdes-Cannes) 09 de Janeiro – Combate de Lugo, na Galiza, entre as forças britânicas do general John Moore e o exército francês do marechal Soult. A Grã-Bretanha assina com a Espanha, um tratado de amizade e ajuda militar. Página 6/20


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10 de Janeiro – A capital da Guiana Francesa, Caiena, é conquistada pela exército português, sendo assinada a sua capitulação no dia 12. 16 de Janeiro - Batalha da Corunha. As tropas britânicas são obrigadas, pelas forças francesas do marechal Soult, a uma retirada da peninsula, com o apoio dos navios da Royal Navy. 13 de Fevereiro – As forças francesas do marechal Soult tentam atravessar o rio Minho, em Vila Nova de Cerveira. 15 de Fevereiro – As forças portuguesas sob o comando do tenente-coronel José Joaquim Champalimaud, vindas de Valença do Minho, chegam a Caminha, para defender a fronteira portuguesa dos ataques franceses. 16 de Fevereiro – O exército de Soult tenta uma nova travessia, por Caminha, através da foz do rio Minho. 21 de Fevereiro – Depois de vários meses de assédio e mais de 50 mil mortos, a Junta de Saragoça capitula ante as forças francesas. 28 de Fevereiro – Assinatura do Tratado de Aliança e Comércio entre Portugal e GrãBretanha. 08 de Março – O general britânico William Carr Beresford é nomeado comandante em chefe do exército português, ficando com o posto de marechal. Assume o comando, a 15 de Março. 10 de Março – Começa a 2ª Invasão a Portugal. O marechal francês Soult invade o país, entrando pela fronteira portuguesa de Trás-os-Montes e Alto Douro. 12 de Março – As forças napoleónicas conquistam Chaves, dirigindo-se para a cidade do Porto, por Braga. 16 de Março – Combate de Salamonde (Concelho de Vieira do Minho). Tropas comandadas pelo general francês Franceschi, da guarda avançada de Cavalaria do corpo de exército de Soult, derrota o mal preparado exército português, constituída essencialmente por gente do povo, milicianos, ordenanças e alguns praças de artilharia.

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17 de Março – O general português Bernardim Freire de Andrade é morto por populares que o acusavam de traição, perante o caos geral que se instala na região que foge em pânico com a chegada dos franceses. 18 a 20 de Março – Combates em Carvalho d’Este (junto à nascente do rio Este). O corpo do exército de Soult derrota, novamente, as forças portuguesas, após uma resistência sangrenta de três dias. 21 de Março – O brigadeiro Francisco Silveira, comandante militar da província de Trás-osMontes, reconquista Chaves aos franceses.

25 de Março – O brigadeiro Silveira conquista o Forte de S. Francisco, em Chaves, aprisionando a guarnição francesa que aí se encontrava. 27 a 30 de Março – A cidade do Porto é atacada, conquistada e saqueada pelo exército francês de Soult. Morreram, nesses três dias, cerca de 10 mil portugueses. 31 de Março – Uma brigada de Cavalaria de Dragões do exército de Soult, comandada pelo general Caulaincourt, ocupa Penafiel. Ao tentar atravessar a ponte românica de Canaveses, sobre o rio Tâmega, foi impedido por forças militares portuguesas. 02 de Abril – Sir Arthur Wellesley é nomeado comandante em chefe do exército britânico, na Península Ibérica. 05 de Abril – O general português José António Botelho de Sousa, comandante das forças na região do Minho, reconquista Braga. 09 de Abril – O general Francisco Silveira instala as suas forças nas proximidades de Amarante. O marechal Beresford, comandante do exército português, chega a Tomar, tomando o comando das forças operacionais portuguesas que aí estavam instaladas. 12 de Abril – Tratado entre a Grã-Bretanha e a Áustria, dando origem à Quinta Guerra de Coligação contra a França revolucionária. 18 de Abril a 2 de Maio – O general Silveira e suas forças defendem a Ponte de Amarante de um ataque francês, comandado pelo general Loison. Contudo, em 2 de Maio, tropas francesas, sob o comando do general Henri-François Delaborde, conseguem atacar aquela Ponte, obrigando Silveira a retirar-se com os seus homens.

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22 de Abril – O general Wellesley desembarca na cidade de Lisboa com reforços militares e a 27 de Abril, toma o comando do exército britânico, substituindo Sir John Craddock. 02 de Maio – O mesmo Wellesley, incorporando no seu exército algumas unidades portuguesas, chega à cidade de Coimbra. 04 de Maio – Por Carta Régia, Sir Arthur Wellesley é nomeado marechal general do exército português.

08 de Maio – Forças portuguesas comandadas pelo general Francisco Silveira ocupam Vila Real, obrigando a cavalaria francesa, sob o comando de Caulaincourt, a retirar. 12 de Maio – Reconquista da cidade do Porto, pelas forças britânicas, sob as ordens de Sir Arthur Wellesley, obrigando as forças francesas de Soult a retirarem-se para Espanha, por Trásos-Montes. 13 de Maio – Capitulação de Viena de Áustria, sendo ocupada pelo exército francês. 18 de Maio – O exército francês abandona Portugal por Montalegre, terminando a 2.º Invasão Francesa. 05 e 06 de Julho – Batalha de Wagram. Vitória decisiva das forças francesas sobre as Austríacas.

28 de Julho – Batalha de Talavera de la Reina. Vitória anglo-espanhola, sob o comando de Sir Arthur Wellesley. Esta vitória valer-lhe-á o título de Visconde de Wellington. 14 de Outubro – Paz de Schönbrunn. Acordo assinado entre a França e Áustria, que pôs fim à Quinta coligação contra as forças napoleónicas. 18 de Novembro – Batalha de Ocaña. Os generais franceses, Soult e Mortier vencem o exército espanhol do general Aréizaga, ficando o sul de Espanha sob o controlo francês. 15 de Dezembro – O casamento de Napoleão Bonaparte com Josefina de Beauharnais é dissolvido, permitindo ao Imperador casar com a arquiduquesa austríaca Maria Luísa, filha do Imperador da Áustria, Francisco I, por razões de alianças político-militares.

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1810 01 de Fevereiro - Conquista de Sevilha pelo exército francês, sob o comando do marechal Soult. A Junta passa a governar a partir de Cádis. 05 de Fevereiro - O exército napoleónico, sob o comando do marechal Victor, começa a sitiar a cidade portuária espanhola de Cádis, ao mesmo tempo que o general Sebastiani conquista Málaga. 17 de Fevereiro - A cidade de Roma é anexada ao Império francês. O futuro primogénito e único herdeiro de Napoleão Bonaparte, que virá a ser o príncipe Francisco Carlos José Bonaparte, passará a ser conhecido por Rei de Roma. 01 e 02 de Abril - Casamentos civil e religioso de Napoleão Bonaparte com a arquiduquesa austríaca Maria Luísa. 17 de Abril - O marechal André Massena é nomeado comandante dos três corpos de exército franceses que formam o «Exército de Portugal», com ordens para conquistar Portugal e ocupar Lisboa. 24 de Maio - Remodelação do Conselho de Regência, passando os membros a ser, respectivamente, D. Francisco de Melo da Cunha Mendonça e Meneses, 1.º Conde de Castro Marim; D. José Luís Gonzaga de Sousa Coutinho Castelo Branco e Meneses, Conde de Redondo; Principal Sousa, Ricardo Raimundo Nogueira e D. Carlos da Cunha e Meneses, Patriarca de Lisboa. Charles Stuart, embaixador britânico em Lisboa, foi autorizado a assistir às reuniões e a votar nas questões militares e financeiras, sendo mais tarde substituído pelo marechal Beresford. 15 de Junho - O exército francês de André Massena sitia Ciudad Rodrigo, cidade espanhola perto da fronteira de Portugal, que acaba por se render em 10 de Junho. 17 de Junho - Nova lei do Recrutamento diminuindo as isenções.

30 de Junho - As Ordenanças passaram a estar abrangidas pelos regulamentos militares, até ao fim da Guerra Peninsular. Julho, 24 - Batalha do Rio Côa. As forças do general Craufurd são derrotadas pelo corpo comandado pelo marechal francês Michel Ney. Começando a partir desta data a 3.ª Invasão Francesa a Portugal. 01 de Agosto - Proclamação de Massena aos portugueses, redigida pelo Marquês de Alorna, comandante da Legião Portuguesa, declarando que o exército francês entrava em Portugal como amigo, não vindo para fazer a guerra aos portugueses, mas somente para combater os britânicos.

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15 a 28 de Agosto – Cerco e conquista francesa da Praça-Forte de Almeida, após a explosão do paiol de munições no dia 26. 05 de Setembro - Batalha de Cervera. O exército francês de Macdonald vence as forças espanholas na Catalunha. 10 a 13 de Setembro - Setembrisada: Prisão e exílio, na ilha Terceira, nos Açores, de cerca de 50 personalidades ligadas à magistratura, exército, comércio, clero e profissões liberais acusadas de colaboracionismo e ideias liberais, entre elas Jácome Ratton, José Sebastião de Saldanha, Domingos Vandelli e José Vicente Ferreira Cardoso da Costa. 18 de Setembro - O exército de Massena ocupa a cidade de Viseu. 27 de Setembro – Batalha do Buçaco. Vitória luso-britânica, sob o comando do general Wellesley. Apesar de derrotado, Massena consegue contornar a forte posição aliada e avançar para Sul. 01 de Outubro - O exército napoleónico ocupa e saqueia a cidade de Coimbra. 07 de Outubro - Milícias portuguesas comandadas pelo brigadeiro-general inglês Nicholas Trant reocupam Coimbra. 10 de Outubro - Combate de Alenquer. O exército francês chega em frente das Linhas de Torres Vedras, dois dias após a chegada do exército inglês. 11 a 13 de Outubro. Combates de Sobral de Monte Agraço. O 8.º corpo do exército francês, comandado pelo general Junot, ocupa a posição do Sobral, no dia 12, e desaloja os postos avançados aliados colocados na Caixaria. Os combates prosseguiram no interior da povoação, onde se lutou casa a casa, com vantagem para os franceses. As perdas são estimadas em cerca de centena e meia de homens para cada um dos lados. O general Clausel ocupou as posições que protegem o Sobral, mas não prolongou suficientemente a linha. Entretanto, o 9.º Corpo de Exército francês, sob o comando do general Drouet D'Erlon, saiu de Valladolid em direcção a Portugal. Combate de Dois Portos. No dia seguinte à ocupação da vila do Sobral pelas tropas francesas encontrava-se a divisão comandada pelo general Solignac que se instalou a dois quilómetros à direita, para ocupar a colina sobranceira à Caixaria. Ao tentarem ocupar o outeiro sobre a Caixaria, os franceses defrontaram um batalhão aliado. Procurando tomar a sua posição, a divisão do general Solignac foi atacada pela brigada portuguesa, sob o comando do Coronel inglês Collins, que integrava a Divisão do general Cole, composta pelos Regimentos de Infantaria n.º 11 e 23 conseguindo travar o ataque francês. 14 de Outubro - Combate de Seramena. A Divisão Spencer foi forçada a abandonar a posição avançada no Sobral retirando-se para sul da vila, em direcção à serra. O combate teve lugar na barricada construída pelo 71.º Regimento britânico. A artilharia francesa bombardeou a barricada apoiando o ataque do 19.º Regimento de Linha, apoiado pela Brigada Menard. Como a barricada foi atravessada, o 71.º Regimento britânico contra-atacou. O ataque francês não foi renovado. Página 11/20


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14 a 16 de Outubro - Combates de Alhandra. No dia 14, as tropas francesas procuravam avançar pela Estrada Real, ao longo do rio Tejo, até à vila de Alhandra. A vila estava barricada e a estrada bloqueada. A defendê-la estava a Divisão Portuguesa de Hamilton. O Regimento de Infantaria n.º 12 (de Chaves), chefiado pelo capitão Barbosa, repeliram o ataque francês. No dia 16, as tropas francesas procuravam novamente forçar a passagem. O Regimento de Infantaria n.º 12, apoiado pelo Regimento de Artilharia n.º 4, comandados pelo capitão Sousa Passos, venceram as tropas francesas num combate de maior dimensão do que o anterior. 28 de Outubro - Combate do Bulhaco. O Regimento de Infantaria n.º 2 (de Lagos), integrado na Divisão Portuguesa, repeliu uma nova tentativa de ataque contra as Linhas de Torres Vedras. 29 de Outubro - O general português Francisco da Silveira, Conde de Amarante e comandante das forças portuguesas a norte do Douro, atravessa o rio e sitia Almeida, em poder dos franceses. 01 de Novembro - Combate de Runa. As tropas francesas procuraram uma passagem para ultrapassar as Linhas de Torres Vedras. Pensaram que Runa não estava defendida, mas de facto aí encontravam-se estacionadas tropas da Leal Legião Lusitana sob o comando do capitão Veloso Horta, que defenderam a posição. 13 de Novembro - O general Silveira é obrigado a levantar o cerco de Almeida, devido à chegada de forças francesas comandadas pelo general Gardanne, parte do 9.º corpo de exército comandado por Drouet D'Erlon. 14 de Novembro - Combate do Cartaxo. No dia que iniciaram a retirada da frente das Linhas de Torres Vedras para a região de Santarém e Torres Novas, aproveitando o nevoeiro da noite de 14 para 15 de Novembro, as tropas francesas tiveram um novo confronto. 15 a 18 de Novembro – Retirada das tropas napoleónicas das Linhas de Torres Vedras, agrupando-se à volta de Santarém. 23 de Novembro - Napoleão Bonaparte recebe o general Foy, enviado pessoal de Massena ao Imperador para lhe explicar a situação em Portugal e pede-lhe reforços. Foy tinha saído do Carregado, perto de Santarém, em 29 de Outubro, tendo sido acompanhado até Ciudad Rodrigo por uma escolta de cerca de 3.000 homens. 21 de Dezembro - Soult dirige-se para a fronteira portuguesa, entregando o comando das forças franceses que sitiavam Cádis ao general Sebastiani. 26 de Dezembro - A divisão comandada pelo general Conroux, parte do 9.º corpo de exército francês comandado pelo general Drouet D'Erlon, reforça o exército de Massena. 30 de Dezembro - Combate da Ponte do Abade, a sul de Lamego, entre as forças portuguesas do general Silveira e a divisão francesa do general Clarapède.

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1811 11 a 13 de Janeiro - Começo do Cerco de Olivença (que acabará por cair, em poder dos franceses, em 22 de Janeiro), pelo exército francês de Soult, ao mesmo tempo que o general Claparède, comandante francês em Almeida, ataca as forças portuguesas comandadas pelo general Silveira, compostas por milícias, em Vila da Ponte, que se vê obrigado, dois dias depois, a atravessar o rio Douro, regressando a Trás-os-Montes. 19 de Janeiro - Combate de Rio Maior. A divisão Clausel do 8.º corpo de exército francês, apoiada pela brigada Gratien, da divisão Solignac e cavalaria ataca uma brigada portuguesa, comandada pelo general Campbell. O general Junot será ferido na cara. 26 de Janeiro - Começo do Cerco de Badajoz, pelo exército francês de Soult. 05 de Março – Batalha de Barrosa, perto de Cádis. O general escocês sir Thomas Graham vence o exército francês do marechal Victor, na qual participou o regimento de infantaria português n.º 20. 08 de Março - Começo do Cerco à fortaleza de Campo Maior pelo exército francês comandado pelo marechal Mortier. 10 de Março - Badajoz é conquistada pelas forças francesas do marechal Soult. 11 de Março - Combate de Pombal, entre forças aliadas comandadas por Wellesley (Duque de Wellington) e o 6.º corpo de exército francês, comandado pelo marechal Ney. 12 de Março - Combate de Redinha. Wellington continua a combater a retaguarda do exército francês, comandada pelo marechal Ney. 14 de Março - Combate do Casal Novo. Wellington ataca de novo o marechal francês Ney. 16 de Março - Combate da Foz de Arouce. Wellington consegue surpreender o exército francês que se mantem em retirada. 20 de Março - A fortaleza de Campo Maior tem uma brecha de mais de 25 metros nas muralhas, que pode permitir um assalto do exército francês com bastantes hipóteses de sucesso. 22 de Março – O marechal Massena decide concentrar o exército francês em redor da Guarda e Belmonte, afastando-se das fortalezas de Ciudad Rodrigo e de Almeida. 23 de Março - O marechal Michel Ney, tendo-se oposto ao plano de campanha de André Massena, é destituído do comando do 6.º corpo de exército e abandona Portugal. 03 de Abril - Combate de Sabugal. O Duque de Wellington derrota o general francês Reynier, e obriga Massena a abandonar o território português.

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05 de Abril - O exército napoleónico comandado por Massena atravessa a fronteira entre Portugal e Espanha em Aldeia do Bispo. Termina assim a 3.ª Invasão Francesa. 15 de Abril – A vila de Olivença é ocupada pelos britânicos, comandados pelo general Cole, e entregue às autoridades espanholas. 03 a 05 de Maio – Batalha de Fuentes de Onõro. Vitória das forças britânicas de Wellington sobre as tropas francesas de Massena, que vinham já em retirada de território português. Devido a esta derrota militar o marechal Massena é destituído do exército que comanda, sendo substituído pelo marechal Marmont. 16 de Maio – Batalha de Albuera. Confronto sangrento, entre as forças anglo-espanholas, comandadas desta vez por William Carr Beresford e as forças napoleónicas, comandadas pelo marechal Soult.

1812 08 a 19 de Janeiro - O exército britânico cerca e toma de assalto a cidade espanhola Ciudad Rodrigo defendida pelo general francês Berrié. 16 de Março a 09 de Abril – Assalto à Praça de Badajoz pelas tropas anglo-portuguesas. As forças portuguesas, no fim do cerco, serão as que servirão para repor a ordem na cidade. 19 de Março – Promulgação, em Cádiz, da Constituição Espanhola. 30 de Março - O exército francês, sob o comando do marechal Marmont cerca Ciudad Rodrigo. 03 a 24 de Abril - «O Exército de Portugal» comandado pelo marechal francês Marmont invade Portugal, dando início à chamada «4.ª Invasão francesa», que viria a durar 20 dias. 06 de Abril - A divisão francesa do general Clausel tenta tomar a Praça-Forte Almeida, mas sem sucesso. 12 de Abril - Ultimato de Alexandre I da Rússia a Napoleão Bonaparte para que este abandone a Prússia. 14 de Abril - Combate da Guarda. Confronto entre forças de cavalaria francesa e milícias portuguesas que são completamente desbaratadas, perdendo-se várias bandeiras regimentais. 21 de Maio - O Papa, preso por Napoleão Bonaparte, é transferido de Savona, em Itália, para Fointainebleau, perto de Paris. 24 de Junho – Início da Campanha da Rússia, por parte do exército francês.

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22 de Julho – Batalha de Salamanca. Vitória decisiva do Duque de Wellington e suas tropas, que teve como consequências o seu avanço e tomada da cidade de Madrid, onde foi aclamado pela população como um libertador, em 12 de Agosto. Agosto, 10 - José Bonaparte, o Rei de Espanha, nomeado por seu irmão Napoleão, foge de Madrid. 17 de Agosto – Campanha da Rússia. O exército francês ocupa Smolensk, na estrada para Moscovo. 22 de Agosto - Publicação de uma nova lei de recrutamento do Exército e das Milícias. 24 a 27 de Agosto - Fim do cerco do exército francês, sob o comando do marechal Soult a Cádis, abandonando logo de seguida a própria região andaluza. 14 de Setembro – Napoleão entra na cidade de Moscovo, depois de vitórias importantes sobre o exército russo. 15 a 18 de Setembro – Incêndio da cidade de Moscovo, obrigando à retirada do exército francês. 19 de Outubro – Napoleão Bonaparte abandona a cidade de Moscovo com a perspectiva da chagada do inverno. 23 de Outubro - Golpe de estado do general Malet em Paris. Este facto mostra a fragilidade do regime imperial napoleónico. Malet será fuzilado em 29 de Outubro. 02 de Novembro - O exército francês ocupa de novo Madrid, acompanhado de José Bonaparte. 13 de Novembro - Segunda Batalha de Salamanca, na qual o marechal Soult não consegue cercar o exército do Duque de Wellington. 19 de Novembro - O exército anglo-português chega a Ciudad Rodrigo. 26 a 28 de Novembro – Passagem da Ponte de Beresina. Retirada desastrosa do exército francês da Rússia.

1813 02 de Janeiro - D. Pedro de Almeida Portugal, Marquês de Alorna, morre em Konigsberg (actual Rússia), na Prússia Oriental, ao serviço da Legião Portuguesa, sob as ordens da França napoleónica. 30 de Janeiro - Convenção de Zeycz, que põe termo às hostilidades entre a Áustria e a Rússia.

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22 de Fevereiro - Tratado de Aliança entre a Rússia e a Prússia contra a França, que será consolidada pelo de Tratado de Breslau de 19 de Março. 03 de Março - A Grã-Bretanha e a Suécia assinam um tratado de aliança contra a França. 17 de Março - A Prússia declara a guerra à França. 23 de Março - José Bonaparte, novamente Rei de Espanha, instala-se na cidade de Valladolid. 24 de Março – O Papa Pio VII renega a assinatura da Concordata com a França, realizada em Fontainebleau. 25 de Abril - Napoleão Bonaparte assume, pessoalmente, o comando do exército, em Erfurt. 02 de Maio - Batalha de Lutzen. Início da Campanha Alemã com uma vitória francesa. 12 de Junho – O exército francês batido em toda a parte, abandona Madrid, definitivamente. 21 de Junho - Batalha de Vitória. A vitória aliada obriga à retirada definitiva do exército francês de território espanhol, com excepção da Catalunha. 02 de Julho – Uma grande parte do exército francês atravessa o rio Bidassoa, abandonando a Península Ibérica e preparando a defesa da França. 05 de Julho - O exército francês da Catalunha, sob o comando do marechal Suchet abandona Valência. 12 de Julho - O marechal Soult assume o comando do «Exército de Espanha. 25 de Julho - Batalha dos Pirinéus. 31 de Julho - As últimas tropas francesas em Espanha combatem em Irun e atravessam o Bidassoa. 12 de Agosto – Em consequência da vitória aliada em Vitória, a Áustria abandona a sua posição de neutralidade, na guerra entre a Prússia e a Rússia contra a França e declara a guerra a Napoleão, integrando a 6.ª coligação contra a França. 26 e 27 de Agosto - Batalha de Dresden (Campanha da Alemanha). Apesar da vitória, o exército de Napoleão Bonaparte é obrigado a recuar para a margem esquerda do Elba. 31 de Agosto – A cidade basca de San Sebastian é tomada pelas forças aliadas. 08 de Outubro - O exército aliado, comandado pelo Duque de Wellington, invade a França. 16 a 19 de Outubro - Batalha de Leipzig, ou das Nações (Campanha da Alemanha). O exército francês é derrotado decisivamente pelos exércitos conjuntos da Rússia, Áustria, Prússia Página 16/20


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e Suécia, perdendo 50.000 homens, sendo obrigado a abandonar todas as conquistas na Alemanha e regressar a França. 9 a 12 de Novembro - Batalhas do Nive e do Nivelle, no Sul de França. O exército aliado comandado por Wellington obriga o exército francês a recuar. 04 de Dezembro - Declaração dos aliados proclamada em Frankfurt (Alemanha), datada do dia 1 de Dezembro, com o título, «Paz para a França, Guerra a Napoleão». 11 de Dezembro - Tratado de Valencay, entre Napoleão Bonaparte e Fernando VII de Espanha, restituindo-lhe a liberdade e reconhecendo-o como rei de Espanha, com a condição de a Espanha não ceder nenhum território à Grã-Bretanha. Neste mesmo dia, os exércitos aliados atravessam o Reno e invadem o Norte de França.

1814 Janeiro a Março – O território francês é invadido pelas tropas aliadas. 03 a 08 de Fevereiro - Congresso de Châtillon. Negociações de paz entre a França e os Aliados, contudo, Napoleão recusa as propostas de paz feitas pelos Aliados. 23 de Fevereiro - Vitória de Napoleão sobre a guarda-avançada do exército prussiano comandado por Blucher. Os aliados tentam negociar uma suspensão de armas com Napoleão Bonaparte. 27 de Fevereiro - Batalha de Orthez. Vitória das tropas de Wellington sobre as de Soult. 08 de Março - Assinatura do Pacto de Chaumont, entre a Prússia, a Rússia, o Reino Unido e a Áustria, instituindo-se a Quádrupula Aliança, antedatado de 1 de Março. 12 de Março - Rendição de Bordéus sem combate ao exército aliado. Beresford que comanda uma divisão conjunta britânica, portuguesa e espanhola, entra na cidade acompanhado do duque de Angoulême, que proclama o seu tio Luís XVIII rei de França. 31 de Março – Capitulação de Paris. As tropas aliadas da 6.ª Coligação ocupam a capital francesa. 02 a 03 de Abril - O Senado e em seguida o Corpo Legislativo francês votam a deposição de Napoleão Bonaparte. 04 de Abril - Napoleão Bonaparte abdica do trono. 10 a 12 de Abril - Batalha de Toulouse. O exército aliado vence, na última batalha da Guerra Peninsular, o exército francês, comandado por Soult, sendo a 12 de Abril, a cidade de Toulouse ocupada pelo exército conjunto britânico, português e espanhol. Página 17/20


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13 de Abril – Tratado de Fontainebleau. Napoleão assina formalmente as condições de paz com as potências vencedoras (Áustria, Prússia e Rússia) 23 de Abril - Assinatura da Convenção de Paris, entre a França e as quatro potências aliadas. A França regressa às fronteiras de 1 de Janeiro de 1792. 03 de Maio – Napoleão chega ao seu exílio na ilha mediterrânica de Elba. Luis XVIII regressa a Paris e restaura a Monarquia em França. 04 de Maio - Fernando VII de Espanha repudia a Constituição de Cádis. 30 de Maio – Tratado de Paris. Termina a guerra entre a França e a Sexta Coligação, ficando acordado que as fronteiras francesas seriam restauradas às que existiam em 1792. 03 de Novembro – Início do Congresso de Viena, que se prolongará até Junho do ano seguinte com o objectivo de vencedores e vencidos redesenharem a carta politica da Europa.

1815 26 de Fevereiro – Fuga de Napoleão Bonaparte da ilha de Elba. 20 de Março – Napoleão regressa a Paris, tomando, novamente, o poder, que durará Cem Dias. 09 de Junho – Término do Congresso de Viena. A Europa tem um novo mapa político. 18 de Junho – Batalha de Waterloo. As forças britânicas e prussianas, comandadas respectivamente pelo Duque de Wellington e o general Gebhard Leberecht von Blücher, derrotam definitivamente o exército napoleónico. 22 de Junho – Segunda abdicação de Napoleão Bonaparte, levando-o novamente a ser desterrado, mas agora definitivamente, para a ilha de Santa Helena, uma possessão britânica no meio do Oceano Atlântico, local onde acabaria por falecer em 1821. 20 de Novembro – Tratado de Paris. Assinado entre a Grã-Bretanha, Áustria, Prússia e Rússia, na qual impôs que a França ficasse reduzida às fronteiras de 1790, além de ter perdido os territórios conquistados, entre aquela data e 1792.

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