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SALVADOR MALHEIRO: PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE OVAR
“O nosso plano municipal é o nosso guião para cada um dos dias” DINIS AMARAL DINISAMARAL@PRACAPUBLICA.COM
O regresso do PSD à liderança da Câmara Municipal de Ovar começou a desenhar-se em junho de 2013, na apresentação da sua candidatura, onde deixou promessas e garantias de que o Hospital de Ovar não iria encerrar, nem sofrer alterações, que reduziria o IMI, a derrama, que colocaria sintéticos em várias freguesias, que disponibilizaria mais verba para as freguesias, entre outras. Um ano após a vitória, está tudo cumprido? Vamos por partes. Sobre o hospital, as declarações surgiram num determinado contexto que importa lembrar. Nessa altura ventilavam-se o encerramento do Hospital de Ovar, o despedimento coletivo de funcionários e a passagem da gestão do hospital para a Santa Casa ou para a União das Misericórdias. Aquilo que eu garanti, depois de ter falado diretamente com o ministro da Saúde, foi que nada disso iria acontecer. Depois surgiu uma nova administração e, mesmo assim, os percursores da desgraça continuaram a afirmar que isso seria uma situação passageira, que se tratava de uma mera questão eleitoral e que, a curto prazo, nada do que eu tinha dado como seguro se iria confirmar.
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DESTAQUE
Quarta-feira, 22 de outubro de 2014
Passou-se um ano. Passou, e temos o hospital com uma vitalidade impressionante e estamos, inclusivamente, a discutir com o ministério da Saúde um novo modelo de gestão, que garanta o futuro do funcionamento do Hospital de Ovar. Para além disso, lembro que, em matéria de Saúde, ainda recentemente inaugurámos a USF Laços, que tem três pólos, e que também já fechámos negócio para a aquisição de um edifício, em Maceda, para funcionar o seu Posto Médico em condições dignas. Portanto, em matéria de Saúde sim, estamos a cumprir com o que eu disse, e queremos avançar ainda com a construção de um edifício novo onde passará a funcionar a USF de Válega, que está na lista de prioridades do ministério da Saúde. A redução do IMI foi outra promessa. Foi, e já vamos na segunda redução em apenas um ano. No último trimestre de 2013 procedemos à redução de 0,4 para 0,39 e, neste momento, vamos passar para 0,38. Nesta matéria, custa-me ver alguns defender que estamos a ser pouco ambiciosos e que poderíamos ter ido mais longe. São precisamente aqueles que votaram sempre a favor e que estiveram sempre ao lado de quem tomou a decisão consecutiva, durante cinco anos, de manter a taxa de IMI inalterada. Portanto, se há redução do IMI nos últimos sete anos, ela deve-se ao trabalho deste executivo. O aumento da receita do
que criaram mais de dez postos de trabalho e este ano iremos fazer a mesma coisa. Relativamente aos sintéticos arrancámos com o nosso plano para o mandato. Em São Vicente de Pereira está, praticamente, concluído, o segundo está para avançar em Arada, e depois teremos de ver como vamos cumprir com todas as restantes freguesias.
Em outubro de 2013, depois da vitória eleitoral, numa entrevista que concedeu ao PRAÇA PÚBLICA, disse que iria colocar a ação social como uma das prioridades para este ano. Como estava Ovar e como está agora? O diagnóstico que foi feito no início deste mandato, que eu já conhecia, fruto do mandato de vereação em regime de não permanência, apontava para a existência de medidas avulsas de ação social e de apoio aos mais vulneráveis. Aquilo que nós fizemos este ano deixa-me extremamente orgulhoso. Nós conseguimos sistematizar, num IMI, com as atualizações mesmo documento, todas as medidas avaliações dos imó- das que já existiam, e que em boa veis, também contribuiu hora foram criadas, uniformizámos os critérios de todas as medidas, e para a decisão. É evidente que se pode pen- criámos uma série de medidas sar que o efeito das reavaliações dos adicionais, sobretudo para fazer face à situação imóveis concaótica em que se duz a uma reencontram, ainda, ceita adicional. muitas famílias no “Nós somos Mas nós temos nosso município. de ter bom sensíveis às senso e alguma difi culdades dificuldades Que medidas adicalma, porque que as pessoas cionais? não queremos estão a pas sar passar Criámos do descurar uma e estamos Fundo de Emeroutra prioridadeterminados a gência Social, o de, que já tinha Apoio às Famílias cum prir com cumprir sido do anteNumerosas, o Apoio rior executivo, aquilo que nos à Vacinação, que é que passa pela propu semos” propusemos” algo que eu gostava sustentabilidade realçar, pois fode económicomos muito para além financeira do do Plano Nacional de Vacinação município. (PNV). Com o Apoio à Vacinação Esta é também uma for- estamos preparados para comparma de tentar ajudar os ticipar em 50% as vacinas que não munícipes a ultrapassar fazem parte do PNV, mas apenas e os agravamentos dos só, às famílias que, de facto, precisam impostos que se espe- e que conseguem demonstrar a sua vulnerabilidade. Para além disso, ram, uma vez mais? Nós somos sensíveis às difi- criámos o Apoio em Géneros Aliculdades que as pessoas estão a pas- mentícios, destinado a pessoas isosar e estamos determinados a cum- ladas ou famílias em dificuldade. prir com aquilo a que nos propu- Portanto, a ação social é, para nós, semos. O nosso plano municipal é uma prioridade, e esperamos que o nosso guião para cada um dos este Regulamento tenha concredias, portanto, foi quase uma obri- tização no terreno. gação nós procedermos à redução Com pessoas no terreno? da taxa do IMI. A indicação que aqui (na A derrama, os sintéticos... Câmara Municipal) deixei dentro é No ano passado já isentá- a de que os nossos técnicos de ação mos de derrama todas as empresas social têm de estar no terreno e não