Diáconos 130 - abril de 2017

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Órgão Informativo da Comissão Nacional dos Diáconos - CND Ano XI - Nº 130 - Abril/2017

“Deixei o sepulcro vazio, a morte não me segurou, a pedra que então me prendia no terceiro dia rolou” Cristo ressuscitou aleluia! Verdadeiramente ressuscitou!

FELIZ PÁSCOA! ANUNCIAI O CRISTO RESSUSCITADO! Veja NESTA EDIÇÃO: * Artigo do presidente da CND (página 2); * Retiro de Ordenação dos candidatos ao Diaconado Permanente da Arquidiocese de Vitória (ES) (pg. 4); * Mensagem do papa Francisco (página 5); * Últimos preparativos para a Assembleia não Eletiva de Aparecida (página 2). Veja mais novidades em nosso site: www.cnd.org.br Facebook: https://www.facebook.com/Comissão-Nacional-dos-Diáconos


DIÁCONOS

Mensagem do Presidente

Diácono a serviço da Vida e da Esperança. Sejamos fiéis servidores e cristãos comprometidos Diácono Zeno Konzen, presidente da CND Dentro deste Ano Mariano, em tempo de celebração da Páscoa, lembremos que só é possível vivermos esse momento importante de nossa fé graças ao sim de Maria. Uma decisão difícil no seu tempo, dizer “sim”, sabendo do grande risco que iria enfrentar dali por diante, levando a missão que acabara de assumir. Assim como Maria, somos todos chamados, a dizer “sim” ao projeto salvífico, e caminhar firmes com olhar fixo em Jesus, sob a proteção de Maria. Há tanto por fazer, comunidades carentes precisando da escuta da Palavra de Deus, precisando de orientação, de um olhar mais afetuoso nas suas necessidades básicas e carências espirituais. Vivemos o Tempo Quaresmal, tempo de graça, tempo de conversão, em que refletimos nossas atitudes diante dos desafios e responsabi-

lidades. Será que estou contribuindo em minha família, comunidade e, sobretudo em relação aos meus irmãos e irmãs em Cristo? Estou sendo um verdadeiro discípulo Cristão? Sou colaborador do plano de Deus, ou estou atrapalhando o crescimento dos outros? Cabe neste tempo santo que busquemos respostas para essas indagações, e vivamos santamente não só a Semana Santa, mas todos os dias de nossa vida. Que possamos juntamente com as nossas famílias e comunidades, nutrir as nossas almas do puro amor que exala do Tríduo Pascal. Três dias de pura catequese, onde Jesus, sabendo de seu calvário não esmorece diante dos sofrimentos e atrocidades que teria que passar, mostrando a toda humanidade seu amor incondicional por todos. Glória a Deus, demos glória a todo o momento, ao chegar o dia que o Senhor fez para nós, o domingo de Páscoa, o domingo da Ressurreição. Que alegria, irmãos, está tudo concluído, Jesus ressuscitou, está vivo. Cumpriu tudo aquilo que era necessário para a salvação da humanidade. Agora é conosco, Ele espera em nós. Que sejamos bons e fiéis servidores da vinha do Senhor e Cristãos comprometidos. Feliz Páscoa!

CND apresentará o novo Estatuto Nacional na Assembleia Não Eletiva de maio em Aparecida A Comissão Nacional dos Diáconos (CND) realizará nos dias 18 a 21 de maio de 2017, no Centro de Espiritualidade Redentorista (Seminário Santo Afonso) de Aparecida, SP, a II Assembleia Geral Não Eletiva. O principal ítem da pauta é a leitura, votação e aprovação do novo Estatuto Nacional da CND, cujo texto base foi aprovado no Conselho Consultivo da CND, realizado em abril no Convento Monte Alverne de São Leopoldo, RS. Os participantes da Assembleia celebrarão o Ano Mariano no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida na manhã do dia 19. A Assembleia terá como tema “VOCAÇÃO DIACONAL NA FAMÍLIA, IGREJA E SOCIEDADE, À LUZ DE APARECIDA” e como lema: “Cuidai de confirmar a vossa vocação e eleição” (2Pd 1,10). Os assessores da Assembleia serão: dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre, RS e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, e diácono José Durán y Durán, ex-presdidente da CND. O presidente diácono Zeno Konzer e os membros da diretoria definiram também a equipe de colaboradores para a logística da Assembleia de Aparecida: * Inscrições: Diácono Antonio Héliton Alves, Secretário da CND; * Crachás: Diácono Antonio Héliton Alves, Secretario da CND; * Secretaria e Atas: Diácono Antonio Héliton Alves (Sul III) e Diácono João Lázaro Silva (CRD Sul 1); * Coordenador da Equipe de credenciamento e hospedagem: Diácono Valdeci Florentino dos Santos e esposa Luciane (Sul 1);

* Tesouraria: Diácono Antonio Oliveira dos Santos, Tesoureiro da CND; * Venda de mateiral da CND: Diácono Valdeci Florentino dos Santos e esposa Luciane (Sul 1); * Coordenador da Equipe de Liturgia: José Lino de Pinho (Sul 4); * Equipe Nacional de Assessoria de Comunicação: Diácono José Carlos Pascoal (Sul 1); Diácono Alberto Magno Carvalho de Melo (CO) e Diácono José Bezerra de Araújo (NE 2); * Assessoria para o Estatuto: Diácono José Durán y Durán (NE 2) e Diácono Lindalvo Alberto Monteiro Júnior (Sul 3); * Assessoria para o tema “Vocação Diaconal na família”: Dom Jaime Splengler, arcebispo de Porto Alegre (RS); * Assessoria para o tema “Igreja e Sociedade”; Diácono José Durán y Durán (NE 2).

DIÁCONOS Publicação mensal - Ano XI - Nº 130 - Abril de 2017

Órgão Informativo da Comissão Nacional dos Diáconos - CND www.cnd.org.br E-mail: enac@cnd.org.br

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ENAC - Equipe Nacional de Assessoria de Comunicação

DIRETORIA: * Presidente: Diác. Zeno Konzen * Vice-presidente: Diác. Francisco Salvador Pontes Filho * Secretario: Diác. Antonio Héliton Alves * Tesoureiro: Diác. Antonio Oliveira dos Santos

Equipe Nacional de Assessoria de Comunicação - ENAC * Diác. José Bezerra de Araújo - Reg. Prof. 1210 DRT/RN (84) 3208 5313 - jbez_araujo@hotmail.com * Diác. Alberto Magno Carvalho de Melo - albertomagno@ig.com.br * Diác. José Carlos Pascoal (11) 98512 4499 - diacpascoal@uol.com.br / enac@cnd.org.br

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DIÁCONOS

Artigo

O DIACONADO PERMANENTE * Diácono Antonio Heliton Alves

A existência do Diaconado na Igreja não é algo recente. Remonta aos primórdios da Igreja. As primeiras referências estão em Paulo na Carta aos Filipenses (Fl 1,1) e na Carta a Timóteo (1Tm 3,8-13). Nesses textos, ficam claro que os Diáconos são anteriores aos Presbíteros. O Magistério da Igreja situa na escolha dos sete homens “de boa reputação, repletos do Espírito e de sabedoria”, em Atos 6,1-6 como a instituição dos Diáconos, embora o texto não fale explicitamente de diáconos. O diaconado está presente em toda a história da Igreja. Em alguns momentos com maior destaque, em outros sem maior evidência, inclusive desaparecendo por mais de 1.500 anos, permanecendo apenas como uma passagem em vista do sacerdócio. Sua recuperação no Concílio Vaticano II como estado permanente de vida (AG 16f), como grau inferior da hierarquia, não em ordem ao sacerdócio, mas para o ministério (LG 29), em comunhão com o bispo e o seu presbitério, seguindo fórmula elaborada pelos santos padres séculos atrás. O texto de LG 29 reconhece o Diaconado como figura original. Sua identidade profunda é ser imagem, ícone, de Cristo Servo. Devem ser considerados muito mais pelo que são do que pelo que fazem. O Diaconado é sacramento. O Diácono é ordenado no primeiro grau do sacramento da Ordem, segundo se invoca o Espírito Santo na oração consecratória. Por ser um sacramento, é uma ação de Cristo e da Igreja. É sinal e instrumento da íntima união de Deus e da Aliança de Deus com seu povo. Pela imposição das mãos do Bispo, são habilitados a servir o povo de Deus na diaconia da caridade, da Palavra e da Liturgia; administrar solenemente o Batismo; conservar e distribuir a Eucaristia; assistir em nome da Igreja e abençoar os matrimônios; levar o viático aos moribundos; ler a Sagrada Escritura aos fiéis; instruir e administrar os sacramentais; presidir aos ritos dos funerais. Lhe é próprio também dedicar-se aos serviços da caridade e da administração (LG 29). O Código de Direito Canônico exime dos requisitos do celibato aos que forem ordenados ao Diaconado Permanente desde o estado matrimonial (CIC 1042,1). Para os célibes e para os Diáconos que vierem a se tornar viúvos permanece firme a exigência do celibato. Sua origem está na diaconia de Cristo, o Diácono do Pai, que manifesta com a sua vida, sua morte e ressurreição a diaconia do Pai em favor da humanidade. A diaconia não é um assunto que se reduz ao Diaconado. É uma dinâmica apostólica que passa pela totalidade da Igreja e que toca profundamente a existência cristã. Ao lavar os pés de seus discípulos, Jesus dá o maior exemplo de amor e estabelece o critério para quem quiser segui-lo. A parábola do bom samaritano (Lc 10, 25-37) é entendida como o paradigma do cuidado, em que o Diácono é chamado a realizar. Jesus, que veio ao mundo para servir e dar a vida em resgate de muitos (Mt 20,28; Mc 10,45), expressa na Cruz a sua maior diakonia. Nela, derramando o seu sangue até a última gota, Ele manifesta o supremo amor de Deus por nós, conquistandonos a salvação.

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As Conferências do Episcopado Latino-americano desde o Rio de Janeiro até Santo Domingo, situa a necessidade de atender às novas comunidades eclesiais, que podem ser confiadas à direção de um Diácono. Os Bispos reunidos em Aparecida (SP), na 5ª Conferência do Episcopado Latino-americano, afirmam que os diáconos têm uma particular responsabilidade de testemunhar o serviço humilde da Igreja, para o qual são reconhecidos como “discípulos missionários de Jesus servidor”. “Alguns discípulos e missionários do Senhor são chamados a servir a Igreja como diáconos permanentes, fortalecidos pela dupla sacramentalidade matrimônio e ordem. São ordenados para o serviço da Palavra, da caridade e da liturgia, especialmente para os sacramentos do Batismo e Matrimônio. Também podem acompanhar a formação de novas comunidades eclesiais, especialmente nas fronteiras geográficas e culturais, onde ordinariamente não chega a ação evangelizadora da Igreja” (DAp 205). “Devem receber uma adequada formação humana, espiritual, doutrinal e pastoral com os programas adequados, que tenham em conta – no caso dos que estão casados – a esposa e sua família. Sua formação os habilitará a exercer com fruto seu ministério nos campos da evangelização, da vida das comunidades, da liturgia e da ação social, especialmente com os mais necessitados...” (DAp 207). Espera-se dos diáconos um testemunho evangélico e um impulso missionário para que sejam apóstolos em suas famílias, em seus trabalhos, em suas comunidades e nas novas fronteiras da missão (DAp 208), especialmente nas pequenas comunidades, onde o Diácono pode exercer plenamente o tríplice múnus do seu ministério (Doc. 100 – CNBB). Concluindo, a recuperação do Diaconado no Concílio Vaticano II foi um grande presente para toda a Igreja e uma luz do Espírito para compreender os sinais dos tempos e os desafios para a Evangelização hoje. No imenso território brasileiro, os diáconos estão presentes nas mais diferentes realidades, reunindo comunidades distantes e que não contam com a existência de padres, fazendo chegar a Igreja onde apenas eles, com a sua presença podem fazê-lo. Que Maria, a mãe do Senhor, interceda sempre por esses seus filhos que se doam para cumprir a missão que lhes foi designada, muitas vezes com enorme dificuldade. * O autor é Diácono Permanente, Mestre em Teologia Sistemática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, com área de concentração e pesquisa em Doutrina Social da Igreja, pertence ao clero da Arquidiocese de Porto Alegre. * É secretário da Comissão Nacional dos Diáconos. * Artigo publicado originalmente na revista ROGATE, Revista de Animação Vocacional, nº 351 - abril de 2017

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DIÁCONOS Retiro de ordenação de candidatos de Vitória, ES Encerrou se no Domingo de Ramos o Retiro Canônico dos Aspirantes ao Diaconato Permanente da Arquidiocese de Vitória, ES. Serão ordenados no próximo dia 21 de abril, às 19h, na Catedral Me-tropolitana de Vitória. Os Aspirantes foram orientados pelo diácono Jeremias Messias Diniz, coordenador dos Diáconos Permanentes da Arquidiocese de Vitória, a partir do trecho do Evangelho de São Marcos: "Vinde em meu seguimento" (Mc 1, 17). A missa de Encerramento foi presidida pelo padre Arlindo Moura de Mello, Diretor da Escola Diaconal “São Lourenço”. A eles sucesso e bom fruto na missão. Serão ordenados pela imposição das mãos de dom Luiz Mancilha Vilela (SSCC), arcebispo de Vitória: Aldair Fortunato Rebuli (Vila Velha); Alexandre Cesar Marioza (Cariacica); Emilio Alexandre Scabelo (Cariacica); José Natal Costa (Serra); Olímpio Marques (Afonso Claudio); Pedro Crisóstomo da Trindade (Vitória); Paulo César de Andrade (Cariacica); Paulo Rogério Radaelli (Serra); Robson Mendes Soares (Vitória) e Rogério Arpini Loureiro (Vitória). Colaboração: diácono Jeremias Messias Diniz.

Candidatos ao Diaconado recebem Leitorado em Rio Branco (AC) O bispo diocesano de Rio Branco (AC), dom Joaquim Pertiñez Fernandez, OAR, conferiu a 14 candidatos ao Diaconado Permanente da Diocese o Ministério do Leitorado. A solene celebração ocorreu no sábado, 1º de abril, na Catedral Nossa Senhora de Nazaré. Colaboração: Diácono Marcio Damião Almeida

Notícias CRD Nordeste 2 oferece Retiro Regional para diáconos, aspirantes e esposas A Comissão Regional dos Diáconos, do Nordeste 2 (CRD NE 2), oferecerá Retiro Regional para Diáconos, Aspirantes ao Diaconado e esposas, de 28 a 30 de julho deste ano, no Convento dos Frades Carmelitas, em Camocim de São Félix, Pernambuco. O custo por pessoa é de R$ 250,00, no período. Com o objetivo de cobrir as despesas com o assessor e o deslocamento dele, a CRD cobrará uma taxa de R$ 30,00 dos diáconos e aspirantes. Não será cobrada essa taxa das esposas. As inscrições poderão ser feitas até o dia 10 de julho. Quem quiser mais detalhes, pode entrar em contato com o Presidente da CRD NE 2, Diác. João Gomes, pelo telefone (81) 99706-7394 ou pelo whatsapp 55 81 97067394, ou enviar e-mail para: diaconojoão@hotmail.com. O pregador será o padre Valter Maurício Goedert, um catarinense que por vários anos acompanhou e colaborou com a Comissão Nacional dos Diáconos. Ele é pesquisador, professor, escritor, teólogo e filósofo. A tese de doutorado do Pe. Valter foi “A Restauração do Diaconato Permanente”.

Números do Diaconado do Regional Nordeste 2

O Regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) compreende os estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. A CRD - Comissão Regional dos Diáconos apresenta grande crescimento da Vocação Diaconal Permanente. Compreende 21 dioceses, e conta com 341 diáconos permanentes e 166 aspirantes nas Escolas Diaconais. * Pernambuco: Arquidiocese de Olinda e Recife - 43 diáconos e 29 aspirantes; Diocese de Afogados da Ingazeira - 06 diáconos e 05 aspirantes; Diocese de Caruaru - 10 diáconos e 02 aspirantes; Diocese de Garanhuns - 19 diáconos. Não há aspirantes. Diocese de Nazaré - 09 diáconos e 16 aspirantes; Diocese de Palmares - 07 diáconos. Não há aspirantes. Diocese de Pesqueira - 09 diáconos. Não há aspirantes. As dioceses de Salgueiro, Petrolina e Floresta não contam com diáconos permanentes. * Paraíba: Arquidiocese da Paraíba - 44 diáconos e 12 aspirantes; Diocese de Campina Grande - 03 diáconos e 28 aspirantes; Diocese de Guarabira - 26 diáconos. Não há aspirantes; Diocese de Patos - 07 diáconos e 28 aspirantes. A diocese de Cajazeiras não conta com diácono permanente.

A Diaconia é uma dinâmica apostólica que toca profundamente a existência cristã. 04

* Rio Grande do Norte: Arquidiocese de Natal - 84 diáconos e 22 aspirantes; Diocese de Caicó - 40 diáconos e 08 aspirantes; Diocese de Mossoró - 03 diáconos e 05 aspirantes. * Alagoas: Arquidiocese de Maceió - 22 diáconos e 06 aspirantes; Diocese de Penedo - 09 diáconos e 05 aspirantes. A diocese de Palmeira dos Índios não conta com diácono permanente.

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DIÁCONOS

Mensagem do Papa

Homilia da manhã do Papa: Crucifixo agradável que você usa, mas é sincero? https://zenit.org/ É lindo se alguém usa um Crucifixo, mas o que importa é que um usa-o para o direito, razões sinceras ... Segundo a Rádio Vaticana, o Papa Francisco pronunciou estas palavras no dia 4 de abril de 2017, durante sua missa diária na Casa Santa Marta, enquanto reflete sobre a leitura em que Jesus diz aos fariseus: "Você morrerá em seus pecados". "Morrer em seus pecados", lembrou Francisco, é uma coisa ruim, notando que Jesus foi obrigado a usar as palavras fortes "porque seus corações estavam fechados e não entendiam o mistério do Senhor". Refletindo sobre a Primeira Leitura em que o Senhor diz a Moisés para fazer uma serpente de bronze e montá-la em um poste, o Papa disse que a serpente é "o símbolo do diabo", que causou a humanidade a pecar. Então Jesus, o Papa continuou se lembrando, disse: "Quando você levantar o Filho do Homem, então você perceberá que 'EU SOU', e que eu não faço nada sozinho." Isto, disse Francisco, é o mistério da Cruz. Não é um símbolo O pontífice jesuíta destacou que a serpente de bronze era o sinal de duas coisas: "o sinal do pecado e do poder sedutor do pecado", e era uma profecia da Cruz. A cruz, ele continuou, não é apenas um símbolo de pertença,

mas é a memória de Deus que foi feito pecado por amor. Como diz São Paulo: "Por amor de nós o fez ser pecado, que não conheceu o pecado". "Tomando sobre si toda a imundície da humanidade", o Papa declarou: "Ele foi levantado para que todos os homens feridos pelo pecado pudessem vê-Lo". "A salvação vem somente da cruz, desta cruz que é Deus feito carne", disse ele. Ressaltando que não há salvação nas idéias, na boa vontade ou no desejo de ser bom, ele distingue mais que a salvação é "no Cristo crucificado, porque, como a serpente de bronze, Ele foi capaz de tomar todo o veneno do pecado e nos curar. " O que é a Cruz para você? "O que é a Cruz para você?", Perguntou Francis aos presentes. "Sim, é o símbolo cristão. Nós fazemos o sinal da Cruz, mas muitas vezes não o fazemos bem ... " Ele criticou que, para alguns, a Cruz é como um "distintivo de pertencimento", que eles usam "para mostrar que eles são cristãos, ou mesmo em busca de visibilidade, eles usá-lo como um ornamento decorado com gemas preciosas". No entanto, o Papa recordou, quem não olha para a Cruz com fé morrerá em seus pecados, não receberá a salvação. "Hoje", disse o Papa Francisco, a Igreja propõe "um diálogo com o Mistério da Cruz, com Deus que se tornou pecado por nós". "Cada um de nós - ele continuou - pode dizer que Ele se tornou pecado por amor a mim". Convidando todos os fiéis a pensar como usam a Cruz e como estão conscientes ao fazer o Sinal da Cruz, o Papa Francisco concluiu pedindo a cada um de nós "que olhemos para este Deus que se tornou pecado para que não morramos em nossos pecados, "E para refletir sobre as perguntas que ele acabou de colocar.

CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL NOTA DA CNBB PELA VIDA, CONTRA O ABORTO “Não matarás, mediante o aborto, o fruto do seu seio” (Didaquê, século I) A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, através da sua Presidência, reitera sua posição em defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural . Condena, assim, todas e quaisquer iniciativas que pretendam legalizar o aborto no Brasil. O direito à vida é incondicional. Deve ser respeitado e defendido, em qualquer etapa ou condição em que se encontre a pessoa humana. O direito à vida permanece, na sua totalidade, para o idoso fragilizado, para o doente em fase terminal, para a pessoa com deficiência, para a criança que acaba de nascer e também para aquela que ainda não nasceu. Na realidade, desde quando o óvulo é fecundado, encontra-se inaugurada uma nova vida, que não é nem a do pai, nem a da mãe, mas a de um novo ser humano. Contém em si a singularidade e o dinamismo da pessoa humana: um ser que recebe a tarefa de vir-a-ser. Ele não viria jamais a tornar-se humano, se não o fosse desde início . Esta verdade é de caráter antropológico, ético e científico. Não se restringe à argumentação de cunho teológico ou religioso. A defesa incondicional da vida, fundamentada na razão e na natureza da pessoa humana, encontra o seu sentido mais profundo e a sua comprovação à luz da fé. A tradição judaico-cristã defende incondicionalmente a vida humana. A sapiência e o arcabouço moral do Povo Eleito, com relação à vida, encontram sua plenitude em Jesus Cristo . As primeiras comunidades cristãs e a Tradição da Igreja consolidaram esses valores . O Concílio Vaticano II assim sintetiza a postura cristã, transmitida pela Igreja, ao longo dos séculos, e proclamada ao nosso tempo: “A vida deve ser defendida com extremos cuidados, desde a concepção: o aborto e o infanticídio são crimes abomináveis” . O respeito à vida e à dignidade das mulheres deve ser promovido, para superar a violência e a discriminação por elas sofridas. A Igreja quer acolher com misericórdia e prestar assistência pastoral às mulheres que sofreram a triste experiência do aborto. O aborto jamais pode ser considerado um direito da mulher ou do homem, sobre a vida do nascituro. A ninguém pode ser dado o direito de eliminar outra pessoa. A sociedade é devedora da mulher, particularmente quando ela exerce a maternidade. O Papa Francisco afirma que “as mães são o antídoto mais forte para a propagação do individualismo egoísta. ‘Indivíduo’ quer dizer ‘que não se pode dividir’. As mães, em vez disso, se ‘dividem’ a partir de quando hospedam um filho para dá-lo ao mundo e fazê-lo crescer” . Neste tempo de grave crise política e econômica, a CNBB tem se empenhado na defesa dos mais vulneráveis da sociedade, particularmente dos em-

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pobrecidos. A vida do nascituro está entre as mais indefesas e necessitadas de proteção. Com o mesmo ímpeto e compromisso ético-cristão, repudiamos atitudes antidemocráticas que, atropelando o Congresso Nacional, exigem do Supremo Tribunal Federal-STF uma função que não lhe cabe, que é legislar. O direito à vida é o mais fundamental dos direitos e, por isso, mais do que qualquer outro, deve ser protegido. Ele é um direito intrínseco à condição humana e não uma concessão do Estado. Os Poderes da República têm obrigação de garanti-lo e defendê-lo. O Projeto de Lei 478/2007 - “Estatuto do Nascituro”, em tramitação no Congresso Nacional, que garante o direito à vida desde a concepção, deve ser urgentemente apreciado, aprovado e aplicado. Não compete a nenhuma autoridade pública reconhecer seletivamente o direito à vida, assegurando-o a alguns e negando-o a outros. Essa discriminação é iníqua e excludente; “causa horror só o pensar que haja crianças que não poderão jamais ver a luz, vítimas do aborto” . São imorais leis que imponham aos profissionais da saúde a obrigação de agir contra a sua consciência, cooperando, direta ou indiretamente, na prática do aborto. É um grave equívoco pretender resolver problemas, como o das precárias condições sanitárias, através da descriminalização do aborto. Urge combater as causas do aborto, através da implementação e do aprimoramento de políticas públicas que atendam eficazmente as mulheres, nos campos da saúde, segurança, educação sexual, entre outros, especialmente nas localidades mais pobres do Brasil. Espera-se do Estado maior investimento e atuação eficaz no cuidado das gestantes e das crianças. É preciso assegurar às mulheres pobres o direito de ter seus filhos. Ao invés de aborto seguro, o Sistema Público de Saúde deve garantir o direito ao parto seguro e à saúde das mães e de seus filhos. Conclamamos nossas comunidades a unirem-se em oração e a se mobilizarem, promovendo atividades pelo respeito da dignidade integral da vida humana. Neste Ano Mariano Nacional, confiamos a Maria, Mãe de Jesus, o povo brasileiro, pedindo as bênçãos de Deus para as nossas famílias, especialmente para as mães e os nascituros. Brasília-DF, 11 de abril de 2017. Cardeal Sergio da Rocha, Arcebispo de Brasília - Presidente da CNBB Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ, Arcebispo de São Salvador - Vice-Presidente da CNBB Dom Leonardo U. Steiner, OFM, Bispo Auxiliar de Brasília - Secretário-Geral da CNBB

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Notícias Candidatos recebem o Ministério de Acólito no Rio de Janeiro

O Cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta presidiu solene celebração Eucarística na qual receberam o Ministério de Acólito 13 candidatos ao Diaconado Permanente, preparados na Escola Diaconal “Santo Efrém”, do Rio de Janeiro. A celebração ocorreu no sábado, 1º de abril, às 09h, na Paróquia Divino Espírito Santo e São João Batista, em Vila Isabel. Colaboração: Josilmar Andrade, candidato ao Diaconado Permanente

Dom Celso pregou o Retiro Espiritual dos diáconos da diocese de Apucarana, PR Aconteceu no dia 26 de março, na Capela do Santuário São José de Apucarana, PR, o Retiro Espiritual dos Diáconos Permanentes daquela diocese. O pregador do retiro foi o bispo diocesano dom Celso Antonio Marchiori. Participaram 72 diáconos (a diocese conta com 109 diáconos permanentes) e 16 candidatos ao diaconado que, na Missa de Abertura do Retiro receberam o Ministério do Leitorado. A Escola Diaconal “São Francisco de Assis” de Apucarana conta com 85 alunos. Colaboração: Diácono Dirceu Pereira da Silva

Retiro anual de Diáconos Permanentes acontece em clima de muita oração e confraternização https://arquidiocesedemanaus.org.br Cerca de 45 diáconos permanentes e 21 esposas participaram durante este domingo (2/4) do Retiro Anual do Diáconos, realizado no Seminário Arquidiocesano São José, das 7h30 às 17h. O evento foi organizado pela Comissão Arquidiocesana dos Diáconos (CAD), tendo à frente o diácono Gilson Mota e o bispo auxiliar Dom José Albuquerque, que foi um dos formadores. O retiro contou com uma programação bem vasta que incluiu: momentos de meditação; adoração ao Santíssimo Sacramento, trabalhos em grupos; partilhas e celebração eucarística, tudo feito em um clima de muita alegria, oração e confraternização. Segundo o diácono Gilson, o retiro faz parte de um processo de formação permanente que junto ao encontro mensal, realizado no “Ramal do Brasileirinho”, compõe o momento de crescimento e comunhão diaconal, visando o espírito da unidade não só entre os diáconos, como também entre as famílias e, o fato do retiro ser rea-lizado no tempo da quaresma é bem mais proveitoso, pois ainda gera um sentimento de mudança e conversão. “O retiro anual é uma proposta do nosso calendário que visa a união, por isso, nada melhor do que vivenciar esse encontrão no tempo da Quaresma no qual nós somos chamados a vivenciar de forma mais plena, a questão do jejum, oração e penitência, pois o diácono tem que sempre se policiar para buscar o perdão de Deus em nossas vidas. Foi realmente um encontro muito proveitoso, com a presença de nossos formadores (padre Vanthuy e dom José) que geraram um momento de celebração e confraternização muito interessante e positivo entre a família diaconal“, disse Gilson Para a dona Elcimildes Saraiva, do Setor de Relações Públicas do CAD, o encontro foi maravilhoso e correspondeu às expectativas em todas as etapas da programação que foi estabelecida. “Os temas abordados foram importantes para o fortalecimento espiritual do grupo e, principalmente foi um momento muito proveitoso de partilha, interação e socialização”, completou Elci (como é mais conhecida) a esposa do diácono Gilberto Saraiva. “Foi excelente, um dia dedicado realmente ao Senhor. A metodologia e o texto utilizada pelo Pe. Vanthuy. O texto impresso foi providencial. A Adoração ao Santíssimo em total silêncio; conduzida por Dom José foi reconfortante. Enfim tudo foi estupendo, principalmente a conversa franca e fraterna nos grupos. E que assim possamos nos deixar ser conduzidos pelo Espirito Santo e, com toda certeza reescreveremos uma nova página no Diaconato de Manaus”, comentou o diácono José Tôrres.

“Podemos dizer que, no ministério, os diáconos vivem a espiritualidade que nasce da missão de serem samaritanos, profetas e levitas”. (Dom José Gislon, bispo de Erexim, RS) 06

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