Órgão Informativo da Comissão Nacional dos Diáconos - CND Ano XI - Nº 136 - Outubro/2017
Diácono Alberto Magno é Delegado da América do Sul junto ao CID
O diácono Alberto Magno Carvalho de Melo, do Clero da Arquidiocese de Brasília, DF e integrante da ENAC - Equipe Nacional de Assessoria de Comunicação da CND - Comissão Nacional dos Diáconos foi convidado pela diretoria do CID – Centro Internacional do Diaconado para ser Delegado Regional representando a América do Sul junto ao órgão. Esse convite aconteceu em Lourdes, França, onde foi realizado encontro. O CID possui cinco membros na diretoria, um deles nomeado pelo bispo de Rotemburg, Alemanha. São dez delegados, sendo 8 eleitos pela assembleia e 2 convidados pela diretoria. Alberto Magno teve 42 votos na Assembleia (o último eleito teve 44 votos). “Fiquei contente, não esperava receber tantos votos, pois há gente na América Latina que participa do CID há mais tempo que eu”, disse o
diácono neo delegado. “Em julho de 2018 teremos nossa primeira reunião e deverei levar propostas de trabalho para a diretoria. Conto com a ajuda de todos. O delegado é um representante dos diáconos de uma região e deve levar os anseios dos irmãos de sua área e não os desejos pessoais. Vou precisar muito da ajuda de cada um para construir pontes entre os diáconos dos diferentes países da AL e entre AL e CID. Gostaria que minha atuação no CID contasse com o apoio da CND. Não quero ser um franco atirador, mas realmente atuar como integrador”, completou Alberto. A diretoria da CND já ofereceu todo apoio ao diácono Alberto Magno para sua nova missão. Deve contar também com o apoio e as orações do Diáconos do Brasil.
Leia a mensagem do papa Francisco para o Dia Mundial das Missões de 2017 na página 05 Veja mais novidades em nosso site: www.cnd.org.br Facebook: https://www.facebook.com/Comissão-Nacional-dos-Diáconos
DIÁCONOS
Mensagem do Presidente
Diácono a serviço da Vida e da Esperança. Diácono Zeno Konzen Presidente da CND Chegamos a outubro, mês de Maria e missões. Maria, a primeira servidora e missionária. Mas antes de refletirmos sobre a missão quero mencionar dois fatos muito importantes para o nosso ministério: 1) Dom Pedro Carlos Cipollini, bispo diocesano de Santo André, SP, ordenou o primeiro grupo de diáconos permanentes na sua administração naquela diocese. A diocese já contava com bom número de diáconos permanentes, ordenados por dom Claudio Hemmes e dom Nelson Westrupp. Além da ordenação, também editou o Diretório Diocesano de Diáconos com a seguinte menção: “A Igreja particular de Santo André, há alguns anos tendo em sua missão evangelizadora a participação dos diáconos permanentes nela incardinados, após longo percurso de estudos e experiencias pastorais, levando em conta os vários documentos existente a respeito do diaconado permanente, elaborou este diretório dos diáconos; para servir de auxílio, tanto na formação como na vivência deste ministério, em nossa Igreja”. Nos alegra muito por mais essas ordenações. Acolhemos e saudamos os novos diáconos. 2) No final de setembro e princípio de outubro estive no Acre participando da 1ª Assembleia dos diáconos do Regional Noroeste, com o tema: “Diáco-
nos apóstolos de Jesus Cristo nas periferias existenciais na Amazônia”. E o lema: “Eis-me aqui, envia-me”. Foi um bonito e forte momento na diocese de Rio Banco onde fomos acolhidos pelo presidente do Regional Noroeste dom Joaquím Pertíñez Fernández. Em sua explanação dom Joaquím fez um relato dos 15 anos da caminhada diaconal naquela diocese, desde a implantação da Escola Diaconal São Lourenço em 2000 até este momento. Já foram formados e ordenados dezenas de diáconos em várias turmas. Impressiona ver o entusiasmo do bispo em relação aos diáconos e segundo ele há um divisor de águas na diocese, antes e depois da implantação do diaconado permanente. Todos os diáconos daquela diocese exercem funções administrativas ou pastorais em fraterna harmonia com os presbíteros num clima de alegria. Além do acima exposto, temos ainda neste mês de outubro mais alegrias pois, temos Aparecida em seus 300 anos de bênçãos e graças, alegria e refúgio do povo que em sua devoção à Maria fez neste dia 12 a coroação Jubilar de Nossa Senhora, ela que para nós é exemplo de missão. Neste mês missionário somos mais uma vez chamados a buscar nossos irmãos afastados e/ou ignorados nas periferias geográficas e existenciais do nosso imenso Brasil. Assim irmãos há muito trabalho a fazer na busca de todos aqueles desassistidos, abandonados, ou seja, os pobres que tanto Jesus buscou, como ele mesmo dizia: “ eu vim para os fracos e doentes”. Neste sentido cristão, coloquemo-nos a caminho da maneira que o Senhor nos pede, sendo diáconos missionários e evangelizadores. Que nossa Senhora Aparecida cubra-nos com seu manto de amor e nos conduza sempre mais ao bom caminho que é Jesus! Que o Senhor nos abençoe e nos livre de todo mal. Amém.
Diáconos de Natal elegem novo presidente da Comissão Arquidiocesana
A Comissão Arquidiocesana dos Diáconos (CAD), da Arquidiocese de Natal, Rio Grande do Norte, iniciou o processo de mudança na coordenação, com a eleição de um novo presidente para um mandato de 4
anos. No dia 14 de outubro, foi eleito o diácono Eugênio Lima de Souza como Presidente da CAD para o período de 2018 a 2021. Ele vai substituir o diácono Manoel Carlos Nascimento Silva. A assembleia eletiva contou com a presença de 41 dos 84 diáconos da Arquidiocese de Natal. A ausência da maioria deveu-se a motivos de doença e plantões profissionais. O pleito ocorreu de forma tranquila e democrática, coordenado por uma comissão criada pelo atual presidente da CAD, diácono Manoel Carlos, formada pelos diáconos Fábio Santos Esteves (Presidente), Izanildo Cordeiro de Araújo e José Bezerra de Araújo (membros). A eleição ocorreu em duas votações. Na primeira, numa votação livre em que todos sem impedimentos (atual presidente, membros da comissão eleitoral e os não incardinados) poderiam ser votados, Eugênio Lima, Raimundo Escolástico e Francisco Cavalcanti Folho foram os mais votados, habilitando-se para a segunda votação. Francisco Cavalcanti abdicou da vaga e foi substituído por Emanuel Freitas. Na segunda votação, o diácono Eugênio obteve a maioria dos votos (24) e foi declarado eleito pela Comissão Eleitoral. Raimundo Escolástico obteve 15 votos e Emanuel Freitas, 2. A partir de agora, ele vai escolher os auxiliares para compor a equipe da presidência da CAD.
DIÁCONOS Publicação mensal - Ano XI - Nº 136 - Outubro de 2017
Órgão Informativo da Comissão Nacional dos Diáconos - CND www.cnd.org.br E-mail: enac@cnd.org.br
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ENAC - Equipe Nacional de Assessoria de Comunicação
De Natal, RN, diácono José Bezerra de Araújo (ENAC / CND) DIRETORIA: * Presidente: Diác. Zeno Konzen * Vice-presidente: Diác. Francisco Salvador Pontes Filho * Secretario: Diác. Antonio Héliton Alves * Tesoureiro: Diác. Antonio Oliveira dos Santos
Equipe Nacional de Assessoria de Comunicação - ENAC * Diác. José Bezerra de Araújo - Reg. Prof. 1210 DRT/RN (84) 3208 5313 - jbez_araujo@hotmail.com * Diác. Alberto Magno Carvalho de Melo - albertomagno@ig.com.br * Diác. José Carlos Pascoal (11) 98512 4499 - diacpascoal@uol.com.br / enac@cnd.org.br
Outubro - 2017
DIÁCONOS
Artigo
Ensino religioso escolar Dom Murilo S.R. Krieger Arcebispo de São Salvador da Bahia – Primaz do Brasil Recentemente, os meios de comunicação deram destaque ao julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal – STF, da Ação Direta de Inconstitucionalidade n.º 4.439/2010. Tal ação tinha como autor o Ministério Público Federal – MPF e o apoio de algumas entidades. Seu objetivo era que o STF declarasse inconstitucional o artigo 11, §1.º, do acordo Brasil – Santa Sé (Decreto n.º 7.107/2010) e desse uma nova interpretação ao artigo 33, §§ 1.º e 2.º da LDB, para se compreender que o ensino religioso mencionado na Constituição Federal (artigo 210, §1.º) refere-se ao ensinamento da história e da doutrina das várias religiões, sob perspectiva laica, isto é, secular. O STF, no dia 27.09.2017, por maioria – 6 a 5 -, julgou improcedente o pedido do MPF, declarando, em consequência, a constitucionalidade do acordo Brasil-Santa Sé. Assim, à luz do artigo 210, § 1.º da Constituição da República, o ensino religioso pode ser ministrado com caráter confessional, vale dizer, com aulas de catolicismo para os alunos católicos, com aulas de protestantismo para os alunos protestantes, com aulas de judaísmo para os alunos judeus etc.
Na prática, o que isso significa? Significa que, embora seja um Estado laico, o Brasil não se reconhece como um Estado ateu. Ele respeita a liberdade de crença a tal ponto que permite que, numa escola pública (isto é, numa escola que se mantém com o dinheiro de impostos pagos pelos cidadãos), a religião de cada aluno seja respeitada. Aliás, fique claro: nenhum aluno será obrigado a assistir a aulas de religião, nem de sua própria. Quem insinua, pois, que agora os alunos serão obrigados a assistir a tais aulas e que os professores de religião farão sua cabeça, doutrinando-os sem lhes dar liberdade de escolha, ou faz essa afirmação por ignorância (isto é, não leu os textos referentes à matéria) ou insiste nessa afirmação por má fé (contra isso, não há argumento que convença). Como observou o Dr. Sarubbi Cysneros, “o que prevaleceu na histórica decisão do STF foi a liberdade e não a proibição. O Acórdão do Supremo protege o direito de quem crê e de quem não crê”. Defendemos que os pais são os primeiros responsáveis pelas crianças e por sua formação. Por que o Estado não poderia ajudá-los na formação de seus filhos? Agora, definida essa questão, há todo um trabalho pela frente: organizar o ensino confessional nas escolas públicas. Para isso, certamente, todas as religiões serão chamadas a dar sua preciosa contribuição, convictas de que o Estado brasileiro é leigo e, por isso, não pode se intrometer no conteúdo da religião. Mas não é ateu, por isso não pode propagar o ateísmo ou a irreligião, que também são formas de religião. Enfim, prevaleceu o bom senso.
Papa nomeia bispo para Campina Grande, na Paraíba
Papa Francisco nomeia bispo para a vacante diocese de Guarabira, na Paraíba
A Nunciatura Apostólica no Brasil comunicou na quartafeira, 11 de outubro, a decisão do papa Francisco em nomear bispo para a vacante diocese de Campina Grande, na Paraíba, dom Dulcênio Fontes de Matos, até então bispo de Palmeira dos Índios, em Alagoas. A decisão foi comunicada no jornal “L’Osservatore Romano”. Atualmente com 59 anos de idade, dom Dulcênio Fontes de Matos é natural de Lagarto (SE). Licenciado em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará e em Teologia pela pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (RJ), foi ordenado sacerdote em 14 de dezembro de 1985, em Lagarto, sua terra natal. Cursou especialização em Filosofia e Epistemologia da Psicologia, pela UVC Ceará, de 1997 a 1998. Dom Dulcênio foi nomeado bispo em 18 de abril de 2001 e adotou o lema “Pro Mundi Vita”. Sua posse foi em 16 de junho de 2001, em Estância-SE. Exerceu a função de Bispo Auxiliar de Aracaju-SE, 2001-2006; Foi vigário geral da Arquidiocese de Aracaju e bispo referencial da Cáritas Nordeste (NE) 3 e do Nordeste (NE) 2, de 2008 a 2011. Também exerceu a função de presidente do Sub-regional NE 3. Foi bispo referencial da Pastoral da Sobriedade e 2º suplente da presidência do Regional NE 2. Fonte: http://cnbb.net.br
A Nunciatura Apostólica no Brasil comunicou nesta quartafeira, 04, a decisão do papa Francisco em nomear para a vacante diocese de Guarabira, na Paraíba, padre Aldemiro Sena dos Santos, atualmente pároco da Catedral de Ilhéus, na Bahia. A decisão foi comunicada no jornal “L’Osservatore Romano”. Atualmente com 53 anos de idade, Aldemiro Sena dos Santos é natural de Ibirataia (BA). Formado em Filosofia e Teologia pelo Instituto de Teologia de Ilhéus, foi ordenado sacerdote em 1992, na Catedral de São Sebastião, em Ilhéus (BA). Como presbítero exerceu, entre os anos de 1993 a 1996, o posto de reitor do Seminário Menor São Domingos Sávi, em Ilhéus. Paralelo a esta experiência, também foi pároco da Paróquia Nossa Senhora da Escada, em Olivença, Ilhéus. De 1996 a 1998, exerceu o sacerdócio na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Barro Preto, Ilhéus. Entre os anos de 1998 a 2007, Aldemiro foi pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Ilhéus, concomitamente também era coordenador do Centro de Treinamento de Líderes Santa Cruz, na mesma cidade. Em 2006, foi eleito representante do clero diocesano até 2014. Em 2007, foi nomeado pároco da Paróquia São Francisco de Assis, em Ilhéus. De 2013 a 2014, exerceu o posto de presidente dos presbíteros do regional Nordeste III. Desde 2015, exerce a provisão de pároco da Paróquia São Jorge e Catedral de São Sebastião, em Ilhéus. Também é ecônomo da diocese e presidente da Sociedade São Vicente de Paulo, que inclui o abrigo para idosos. Fonte: http://cnbb.net.br
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Outubro - 2017
DIÁCONOS
Notícias
CRD Leste 1 realizou Assembleia Anual em Campos, RJ Aconteceu na Diocese de Campos dos Goytacazes, no dia 23 de setembro, na Paróquia Santo Antônio, a Assembleia Anual do Diáconos Permanentes da Comissão Regional dos Diáconos, CRD Leste 1. A Assembleia iniciou-se as 8h30 e contou com a presença de dom Luiz Henrique da Silva Brito, bispo referencial dos diáconos do Leste 1, dom Roberto Francisco Ferreira Paz, bispo da Diocese de Campos, monsenhor Leandro de Moraes Diniz e diáconos e esposas. Dom Roberto apresentou o tema “A Devoção Mariana na vida diaconal nos ministérios da Igreja”. Ao final da apresentação dom Luiz Henrique fez um resumo dos principais pontos apresentados. Logo após os diáconos foram divididos em grupos de estudo e as esposas participaram de uma palestra sobre a “Devoção Mariana na vida familiar do Diácono” que foi apresentada pela psicologa Maria
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Lucia SantAnna de Oliveira, graduada em psicologia pela UCP com especialização em Psicoterapia Breve, Terapia Comunitária e Orientação Vocacional. Após o almoço foram apresentados os resumos dos grupos de estudo, foi feita a apresentação de contas da CRD Leste 1 e foi pré-anunciada a Diocese que, a princípio, sediará a próxima assembleia da CRD Leste 1. As 14h30 teve inicio a Santa Missa de encerramento, presidida por dom Luiz Henrique, concelebrada pelo monsenhor Leandro e pelos padres Maxwell Santos de Almeida e Liomar Florentino dos Santos. Assistiram ao Bispo os diáconos Adahil Rodrigues de Morais e Valdir Moreira Alberico. Colaboração: Diácono Marco Carvalho Fonte: Inofrmativo Diacônio - CRD Leste 1
Outubro - 2017
DIÁCONOS
Mensagem do Papa
Mensagem do papa Francisco para o Dia Mundial das Missões A missão no coração da fé cristã Queridos irmãos e irmãs! O Dia Mundial das Missões concentra-nos, também este ano, na pessoa de Jesus, “o primeiro e maior evangelizador” (Paulo VI, Exort. ap. Evangelii nuntiandi, 7), que incessantemente nos envia a anunciar o Evangelho do amor de Deus Pai, com a força do Espírito Santo. Este Dia convida-nos a refletir novamente sobre a missão no coração da fé cristã. De fato a Igreja é, por sua natureza, missionária; se assim não for, deixa de ser a Igreja de Cristo, não passando duma associação entre muitas outras, que rapidamente veria exaurir-se a sua finalidade e desapareceria. Por isso, somos convidados a interrogar-nos sobre algumas questões que tocam a própria identidade cristã e as nossas responsabilidades de crentes, num mundo baralhado com tantas quimeras, ferido por grandes frustrações e dilacerado por numerosas guerras fratricidas, que injustamente atingem sobretudo os inocentes. Qual é o fundamento da missão? Qual é o coração da missão? Quais são as atitudes vitais da missão? A missão e o poder transformador do Evangelho de Cristo, Caminho, Verdade e Vida 1. A missão da Igreja, destinada a todos os homens de boa vontade, funda-se sobre o poder transformador do Evangelho. Este é uma Boa Nova portadora duma alegria contagiante, porque contém e oferece uma vida nova: a vida de Cristo ressuscitado, o qual, comunicando o seu Espírito vivificador, torna-Se para nós Caminho, Verdade e Vida (cf. Jo 14, 6). É Caminho que nos convida a segui-Lo com confiança e coragem. E, seguindo Jesus como nosso Caminho, fazemos experiência da sua Verdade e recebemos a sua Vida, que é plena comunhão com Deus Pai na força do Espírito Santo, liberta-nos de toda a forma de egoísmo e torna-se fonte de criatividade no amor. 2. Deus Pai quer esta transformação existencial dos seus filhos e filhas; uma transformação que se expressa como culto em espírito e verdade (cf. Jo 4, 2324), ou seja, numa vida animada pelo Espírito Santo à imitação do Filho Jesus para glória de Deus Pai. “A glória de Deus é o homem vivo” (Ireneu, Adversus haereses IV, 20, 7). Assim, o anúncio do Evangelho torna-se palavra viva e eficaz que realiza o que proclama (cf. Is 55, 10-11), isto é, Jesus Cristo, que incessantemente Se faz carne em cada situação humana (cf. Jo 1, 14). 3. A missão e o kairós de Cristo. Por conseguinte, a missão da Igreja não é a propagação duma ideologia religiosa, nem mesmo a proposta duma ética sublime. No mundo, há muitos movimentos capazes de apresentar ideais elevados ou expressões éticas notáveis. Diversamente, através da missão da Igreja, é Jesus Cristo que continua a evangelizar e agir; e, por isso, aquela representa o kairós, o tempo propício da salvação na história. Por meio da proclamação do Evangelho, Jesus torna-Se sem cessar nosso contemporâneo, consentindo à pessoa que O acolhe com fé e amor experimentar a força transformadora do seu Espírito de Ressuscitado que fecunda o ser humano e a criação, como faz a chuva com a terra. “A sua ressurreição não é algo do passado; contém uma força de vida que penetrou o mundo. Onde parecia que tudo morreu, voltam a aparecer por todo o lado os rebentos da ressurreição. É uma força sem igual” (Exort. ap. Evangelii gaudium, 276). 4. Lembremo-nos sempre de que, “ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo” (Bento XVI, Carta. enc. Deus caritas est, 1). O Evangelho é uma Pessoa, que continuamente Se oferece e, a quem A acolhe com fé humilde e operosa, continuamente convida a partilhar a sua vida através duma participação efetiva no seu mistério pascal de morte e ressurreição. Assim, por meio do Batismo, o Evangelho torna-se fonte de vida nova, liberta do domínio do pecado, iluminada e transformada pelo Espírito Santo; através da Confirmação, torna-se unção fortalecedora que, graças ao mesmo Espírito, indica caminhos e estratégias novas de testemunho e proximidade; e, mediante a Eucaristia, torna-se alimento do homem novo, “remédio de imortalidade” (Inácio de Antioquia, Epistula ad
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Ephesios, 20, 2). 5. O mundo tem uma necessidade essencial do Evangelho de Jesus Cristo. Ele, através da Igreja, continua a sua missão de Bom Samaritano, curando as feridas sanguinolentas da humanidade, e a sua missão de Bom Pastor, buscando sem descanso quem se extraviou por veredas enviesadas e sem saída. E, graças a Deus, não faltam experiências significativas que testemunham a força transformadora do Evangelho. Penso no gesto daquele estudante “dinka” que, à custa da própria vida, protege um estudante da tribo “nuer” que ia ser assassinado. Penso naquela Celebração Eucarística em Kitgum, no norte do Uganda – então ensanguentado pelas atrocidades dum grupo de rebeldes –, quando um missionário levou as pessoas a repetirem as palavras de Jesus na cruz: «Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonaste?» (Mc 15, 34), expressando o grito desesperado dos irmãos e irmãs do Senhor crucificado. Aquela Celebração foi fonte de grande consolação e de muita coragem para as pessoas. E podemos pensar em tantos testemunhos – testemunhos sem conta – de como o Evangelho ajuda a superar os fechamentos, os conflitos, o racismo, o tribalismo, promovendo por todo o lado a reconciliação, a fraternidade e a partilha entre todos. 6. A missão inspira uma espiritualidade de êxodo, peregrinação e exílio contínuos. A missão da Igreja é animada por uma espiritualidade de êxodo contínuo. Trata-se de “sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho” (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 20). A missão da Igreja encoraja a uma atitude de peregrinação contínua através dos vários desertos da vida, através das várias experiências de fome e sede de verdade e justiça. A missão da Igreja inspira uma experiência de exílio contínuo, para fazer sentir ao homem sedento de infinito a sua condição de exilado a caminho da pátria definitiva, pendente entre o “já” e o “ainda não” do Reino dos Céus. 7. A missão adverte a Igreja de que não é fim em si mesma, mas instrumento e mediação do Reino. Uma Igreja autorreferencial, que se compraza dos sucessos terrenos, não é a Igreja de Cristo, seu corpo crucificado e glorioso. Por isso mesmo, é preferível «uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças» (Ibid., 49). 8. Os jovens, esperança da missão. Os jovens são a esperança da missão. A pessoa de Jesus e a Boa Nova proclamada por Ele continuam a fascinar muitos jovens. Estes buscam percursos onde possam concretizar a coragem e os ímpetos do coração ao serviço da humanidade. “São muitos os jovens que se solidarizam contra os males do mundo, aderindo a várias formas de militância e voluntariado. (...) Como é bom que os jovens sejam “caminheiros da fé”, felizes por levarem Jesus Cristo a cada esquina, a cada praça, a cada canto da terra!” (Ibid., 106). A próxima Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que terá lugar em 2018 sobre o tema «Os jovens, a fé e o discernimento vocacional», revela-se uma ocasião providencial para envolver os jovens na responsabilidade missionária comum, que precisa da sua rica imaginação e criatividade. 9. O serviço das Obras Missionárias Pontifícias. As Obras Missionárias Pontifícias são um instrumento precioso para suscitar em cada comunidade cristã o desejo de sair das próprias fronteiras e das próprias seguranças, fazendo-se ao largo a fim de anunciar o Evangelho a todos. Através duma espiritualidade missionária profunda vivida dia-a-dia e dum esforço constante de formação e animação missionária, envolvem-se adolescentes, jovens, adultos, famílias, sacerdotes, religiosos e religiosas, bispos para que, em cada um, cresça um coração missionário. Promovido pela Obra da Propagação da Fé, o Dia Mundial das Missões é a ocasião propícia para o coração missionário das comunidades cristãs participar, com a oração, com o testemunho da vida e com a comunhão dos bens, na resposta às graves e vastas necessidades da evangelização. 10. Fazer missão com Maria, Mãe da evangelização. Queridos irmãos e irmãs, façamos missão inspirando-nos em Maria, Mãe da evangelização. Movida pelo Espírito, Ela acolheu o Verbo da vida na profundidade da sua fé humilde. Que a Virgem nos ajude a dizer o nosso “sim” à urgência de fazer ressoar a Boa Nova de Jesus no nosso tempo; nos obtenha um novo ardor de ressuscitados para levar, a todos, o Evangelho da vida que vence a morte; interceda por nós, a fim de podermos ter uma santa ousadia de procurar novos caminhos para que chegue a todos o dom da salvação. Vaticano, 4 de junho – Solenidade de Pentecostes – de 2017. FRANCISCO
Outubro - 2017
Notícias CRD-NE 1 REALIZOU A PRIMEIRA ASSEMBLEIA REGIONAL NÃO ELETIVA Nos dias 12 a 14 de outubro de 2017, na Casa de Retiro “Nossa Senhora Estrela do Mar” em Mundaú, Trairi, Ceará, aconteceu a 1ª Assembleia não Eletiva da Comissão Regional dos Diáconos – CRD Nordeste 1, com o tema “Vocação Diaconal na Família, Igreja e Sociedade à Luz de Aparecida”, e lema “Cuidai de confirmar a vossa vocação e eleição” (2Pd 1,10). O evento contou com as presenças dos seguintes diáconos, representando arquidiocese e dioceses do Ceará: Diác. Luiz Gonzaga de Sousa Araújo (Crato); Diáconos Antônio Ximenes Aragão, José Gilson E. Silva e Francisco Fernandes de Almeida (Fortaleza); Diáconos Absalão Bandeira de Castro e sua esposa Vilma Teixeira de Castro, Manuel Sérgio Farias e sua esposa Maria das Graças Chaves Farias, Francisco da Silva de Araújo e sua esposa Edileusa Januário Vitor de Araújo, Francisco José Teixeira Silva e sua esposa Kátia Regina Ferreira Rogério, Francisco Antônio dos Santos Neto e sua esposa Maria José Freitas de Oliveira, Reginaldo Martins dos Santos e sua esposa Ana Hilda Ribeiro Brandão, José Leite Filho e sua esposa Maria Rosimira Granjeiro Leite (Itapipoca). Participaram também candidatos da Escola Diaconal Arquidiocesana com as respectivas esposas. A Assembleia iniciou-se com acolhida e celebração da Palavra. Os trabalhos da sexta-feira foram iniciados com a Missa presidida pelo padre Arão Silva dos Santos, pároco da paróquia de São Miguel em Mundaú. O diácono José Gilson ministrou a palestra “Diáconos na Família”, a segunda palestra, com o tema “O diácono na Sociedade e na Igreja a Luz de Aparecida”, teve como palestrante o diácono Luiz Gonzaga. O diácono Fernandes conduziu momento de partilha sobre a atuação dos diáconos em suas dioceses e paróquias. Na parte da noite aconteceu um momento cultural, oração das Completas e repouso. No sábado, dia 14, aconteceu a terceira palestra com o tema “Aspectos Atuais do Ministério Diaconal no Brasil”, tendo como palestrante o diácono Absalão. Houve ainda uma exposição feita pelo diácono Fernandes, presidente da CRD, sobre a Comunidade Terapêutica “Recuperando vidas”. A missa de encerramento foi presidida pelo padre Antônio Eugênio Simão de Oliveira, responsável pelo acompanhamento dos diáconos permanentes da Diocese de Itapipoca, seguida almoço e despedidas. Colaboração: Diácono Absalão Bandeira de Castro Secretário da CRD NE 1
ARQUIDIOCESE DE PALMAS REALIZA 4º ENCONTRO COM FILHOS DOS DIÁCONOS
Com o tema "O jovem, a fé e o discernimento vocacional", aconteceu no dia 07 de outubro, sábado, o 4º Encontro de Formação e de Convivência com Filhos e Filhas dos Diáconos Permanentes e candidatos da Arquidiocese de Palmas, conduzido por dom Pedro Brito Guimarães. Enquanto os filhos estavam na formação, o lanche e o almoço eram preparados pelos pais e mães. O presidente da Comissão Arquidiocesana dos Diáconos Permanentes, Djalmi Chaves da Silva explica que o encontro é uma inovação no Brasil, uma prática adotada por dom Pedro que demonstra zelo pela família dos diáconos. Conforme o Presidente, os filhos fazem parte do ministério do pai e no encontro foi abordada a importância do filho na missão do pai e seu próprio papel na Igreja. O Arcebispo coordenou momento orante utilizando uma leitura do livro do profeta Jeremias e a carta do Papa Francisco voltada aos jovens em virtude do Sínodo dos Bispos de 2018. Foram passados dois vídeos da campanha missionária para as crianças e os jovens levando o público a meditação. Dom Pedro reforçou a mensagem do Papa sobre a importância de agir como uma igreja em saída, uma igreja missionária. O momento foi preenchido com dinâmica e conversa sobre adolescência e união familiar e, ainda, com brincadeiras como “corrida de saco”, “ovo na colher” e uma partida de futebol com a participação dos pais e filhos, além de momentos de diversão envolvendo toda a família. O encontro foi encerrado com um churrasco no almoço. Colaboração: Diácono Antonio Oliveira
"A missão do cristão no mundo é maravilhosa e destinada a todos, é uma missão de serviço, ninguém está excluído; essa requer muita generosidade e, sobretudo, o olhar e o coração dirigidos ao alto, para invocar a ajuda do Senhor.” “Há tanta necessidade de cristãos que testemunhem com alegria o Evangelho na vida de todos os dias”. Papa Francisco
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Outubro - 2017