Moção Dia Nacional da Juventude – Trabalho com direitos. Contra a Precariedade e a exploração!
As políticas impostas pelo actual governo, no seguimento de medidas anteriores, colocaram mais de 500 mil jovens no desemprego, sendo que apenas 10% dos menores de 25 anos têm uma prestação social. A situação do emprego degrada-se. O emprego criado mais recentemente, não só na sua maioria corresponde a autênticos programas ocupacionais, como está longe de esconder que o emprego caiu em 240,6 milhares relativamente a 2011 (mais de 213 mil eram ocupados por jovens). Estes números não são mais elevados devido ao aumento da emigração que atingiu mais de 400 mil trabalhadores entre 2011 e 2014, na sua grande parte jovens. Em 2014, 63% dos jovens até aos 25 anos tinham contratos não permanentes, sendo a percentagem dos jovens entre os 25 e 34 anos de 31,5%. Os salários são muito baixos, sobretudo devido à precariedade do emprego que afecta a esmagadora maioria dos jovens quando inicia a sua vida profissional. Este é o resultado de um governo que viola a lei fundamental do nosso país. O Dia Nacional da Juventude, dia 28 de Março, tem a história da resistência dos jovens no nosso país à ditadura fascista, em defesa dos seus direitos e da paz. Neste dia em 1947, num acampamento organizado pelo Movimento de Unidade Democrática Juvenil (MUD Juvenil) em São Pedro de Moel, 5 dias após a realização de um outro em Bela Mandil, as forças repressivas da ditadura fascista investiram com violência e prisões contra a exigência de liberdade e democracia para Portugal pelas centenas de jovens presentes. O dia 28 de Março é um dia de comemoração de toda a juventude, um dia de comemorar e lembrar com alegria a luta e a resistência dos jovens portugueses que, tanto hoje como no passado, continuam a lutar por um futuro melhor, pelo trabalho com direitos e pela concretização de demais direitos, como a educação, a cultura, o desporto, o associativismo e muitos outros que representem uma vida feliz! O CNJ apela aos jovens portugueses que continuem a luta pela defesa de direitos fundamentais, como o direito ao trabalho estável e com direitos, garantia da autonomia e do desenvolvimento das nossas aspirações e projectos. Neste sentido, apela ainda à participação na Marcha da Juventude no próximo dia 28 de Março. Conselho Nacional de Juventude Lisboa, 28 de fevereiro de 2015
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