ndm-1 megabactéria fatal já pode andar por aí
"Bomba relógio já explodiu", garante Saraiva da Cunha, diretor do Serviço de Doenças Infecciosas dos HUC
baile de gala ELEGANTE E CHEIO DE PECADOS
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REVISTA SEMANAL
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12 maio 2011 • Nº 15
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QUEIMA DAS FITAS
novo disco
vidas
em casa de
andré sardet quer ser QUEM vende mais cds
repórter da rtp fala À C sobre guerra na líbia
antónio e alice cruz: "a jóia mais preciosa é a família"
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CNotícias
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Atual
Um dia com
Opinião
Ideias dos Outros
André Sardet
Ana Alcoforado
Joana Benzinho Santos
Luís de Matos
5 Editorial 8 Sete sóis, sete luas 14 Ex(Sic)tações 15 Acredite se quiser 16 Retrato falado 18 Confidencial 24 Via do leitor 25 Cartas 46 Empresário de sucesso 48 Casino 50 Em casa de... 53 Viajar 54 Topo de gama 56 À mesa 58 Moda 60 Antes e depois 61 Social 70 Cultura
Mário Nicolau (mario.nicolau@cnoticias.net) Redação:
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Colunistas 23 Joana Benzinho Santos 35 Mira Lagoa Sobral 74 Luís de Matos
AO MICROSCÓPIO
6 "Vou ser o último artista português a vender muitos cd's" Entrevista com André Sardet 12 Governador civil debaixo de fogo Festejos do 1.º de maio no centro da polémica 20 Um dia com Ana Alforado C foi ver como se dirige o Machado de Castro 22 Que é feito de si? Pedro Tochas vai "incendiar" Lisboa
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Sociedade
26 Megabactéria ameaça Portugal Investigador Saraiva da Cunha diz que "bomba relógio já rebentou" 30 Caminhos de Deus ainda vão dar a Fátima C acompanhou peregrinos na estrada 36 Sangue em Coimbra para todo o país Imóvel de S.Martinho custa 7,2 milhões de euros 37 Dave Hopla treinou vedetas americanas "Mr. Perfect" ensinou jovens de Coimbra a lançar ao cesto
pág. 30
Cérebros
38 Inovmapping lidera modelação Coimbra é a única cidade do mundo com rede de mupis e outdoors em três dimensões
poder local
40 Região Centro já tem plano de ordenamento do território "Momento histórico", diz Álvaro Amaro
VIVER
62 Baile de Gala das Faculdades Elegantes pecados desfilaram em noite de glamour no Quartel de Sant'Ana 72 Na Líbia, com os rebeldes Cláudio Calhau, repórter de imagem da RTP, relata à C episódios da guerra contra Khadafi
pág. 62
editorial
Fátima, hoje! SOARES REBELO Diretor
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Pense-se o que se pensar, Fátima continua a ser - e para muita gente, reconheça-se uma autêntica "apólice de seguro" para a eternidade
Há quem garanta que os caminhos de Deus não passam por Fátima. Há, ainda, quem questione o subdesenvolvimento cultural e religioso por que, ao longo dos anos, se foi por lá enveredando, nomeadamente, nas hossanas ao Estado Novo. Há mesmo quem acuse a hierarquia eclesiástica de exploração da ignorância e manipulação da piedade popular. Há ainda quem condene com veemência o apelo, embora nunca abertamente assumido, da igreja às dolorosas peregrinações penitenciais. Nenhuma destas denúncias obviará, ainda assim, a que muitas centenas de milhares de peregrinos voltem a concentrar-se, hoje e amanhã, na Cova da Iria. A Nova mega igreja da Santíssima Trindade, cuja primeira pedra, curiosamente benzida por João Paulo II, há dias beatificado, foi retirada do túmulo do apóstolo S. Pedro, e em que foram investidos 60 milhões de euros, adensou, mais recentemente, a controvérsia. O projeto, inaugurado, em 12 de outubro de 2007, pelo Secretário de Estado do Vaticano, no encerramento do programa comemorativo dos 90 anos das aparições de 1917, é realmente de dimensões impressionantes. O templo, com 125 metros de diâmetro, dispõe de uma vastíssima iconografia interior, de que se destacam o painel do presbitério, com cerca de 500 metros quadrados, e o crucifixo suspenso sobre o altar. Ora, por quê tamanha sumptuosidade, quando os fiéis que lá se recolhem vivem na angústia permanente da sobrevivência à crise? Para quê um espaço megalómano de nove mil lugares sentados, quando a afluência ao santuário continua em queda? Mais: como se permite que em volta do santuário floresçam, impunemen-
te, importantes e nem sempre honrados negócios? Porque não se reage contra o envolvimento, pelas garras do turismo, da tradicional religiosidade das celebrações litúrgicas? o povo sempre teve, continua a ter, necessidade do sobrenatural. Nietsche "matou" Cristo, mas a fé não demorou a estar de volta. Torga era um laico militante, não lhe interessando, portanto, a Igreja como instituição, mas reconhecia Fátima como uma realidade indestrutível. Ao ver passar, da janela do seu consultório, no Largo da Portagem, as massas de peregrinos, chegaria inclusivamente à conclusão de que toda aquela crença ultrapassava a própria hierarquia católica. Além dos peregrinos empenhados no culto e na liturgia, afluem ao santuário grupos de visitantes com outros objetivos – entre eles, ver a nova igreja ou apreciar os museus. Pense-se, porém, o que se pensar, Fátima continua a ser – e para muita gente, reconheça-se – uma autêntica "apólice de seguro" para a eternidade. E não apenas para os pobres e ignorantes que o desânimo mantém suspensos de eventuais milagres; também para estratos sociais dos mais altos e profissões das mais intelectualmente dignificadas. a s sociedades não se inventam, criam-se por processos de evolução histórica que as vão explicando. Na nossa, o fator religioso é parte de um património cultural que se foi plasmando, ao longo dos séculos, na consciência coletiva. Ninguém terá, pois, de admirar-se com o "fenómeno" Fátima. Até a França, que é o país mais laico da Europa, assinala o seu quilómetro zero na Nôtre Dame de Paris...
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ao microscópio
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ao microscópio
atual
"Acho que vou ser o último português a vender muitos cds"
André Sardet tem um novo álbum, intitulado "Pára, Escuta e Olha". A tournée de apresentação arranca hoje, em Lisboa. Sempre fiel, o músico não pensa em sair de coimbra. Mesmo que o panorama musical da cidade esteja estagnado TEXTO MArco roque FOTOs Mário Nicolau Quais são as novidades deste novo trabalho? O novo álbum foi composto de raiz, tentei superar-me a mim próprio. Compus ao piano, algo que não acontecia. Foi um grande desafio, eu não dominava assim tanto ao piano, tive de procurar caminhos diferentes, desenvolver essa técnica de composição. Isso fez com que as músicas, sendo minhas e, tendo caraterísticas muito pessoais, da minha identidade musical, são músicas que têm caraterísticas diferentes das anteriores. Penso que houve uma evolução positiva na minha forma de compor. E cheguei ao fim com esta sensação de dever cumprido. O que vale a pena destacar neste álbum? É um álbum autobiográfico nalguns pontos, não de intervenção, mas interventivo. Olho um bocadinho mais para fora, para os outros e falo menos de mim. E, claro, também se refere Coimbra, embora ainda não tenha escrito a canção de Coimbra. Mas esteve quase neste álbum.A cidade é sempre tão bonita que se torna difícil falar dela. Terá de ficar para uma próxima. O "Pára, Escuta e Olha" sucede ao meu acústico, que é o álbum de maior sucesso da música portuguesa do século XXI. Infelizmente, acho que vou ficar para a história como o último músico português que vendeu muitos cds. Esse sucesso tornou a criação deste álbum num desafio muito grande de compor e gravar. Tentei gravá-lo de uma forma completamente diferente, à primeira. Apostei em ter mais emoção e menos perfeição. Após uma experiência acústica, como prefere atuar?
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Não gosto de atuar sempre da mesma maneira. Tanto gosto de um grande palco com dez ou 20 mil pessoas à frente, como gosto de um CCB com 1.300, ou uma sala com 20 ou 30 pessoas. São maneiras diferentes de estar em palco e de abordar as músicas. Não faz sentido ter uma mega banda com dez pessoas à frente, aí estou só com a guitarra ou só um músico. É muito diferente. Agora, aquilo que quero fazer nos próximos anos é estar nos grandes palcos. Acho que daqui a uns anos gostarei de estar a fazer auditórios, com cerca de 300 pessoas. Mas, por agora, não é isso que quero fazer.
Sente-se acarinhado pelo público de Coimbra? Pelas pessoas de Coimbra, sim. Sem elas não teria conseguido gravar o acústico, encheram o Gil Vicente. Se tivesse feito numa outra qualquer cidade não teria público. O público de Coimbra sempre esteve ao meu lado e isso é muito gratificante. Sinto isso no dia-a-dia. Acho que as pessoas me abordam com naturalidade. Sabem que sou de cá. Manifestam-me muito agrado por eu falar muito da nossa cidade. E mostram orgulho por eu resistir a sair de Coimbra. Como é a produção musical da cidade? O panorama de Coimbra, em termos musicais, é quase nulo. Eu gostaria de ter uma banda de Coimbra. Ando a preparar a tournée deste álbum, que vai ser apresentada no CCB no dia 12 de maio (hoje), e não tenho um único músico de Coimbra. Isso obriga-me a viajar constantemente para Lisboa. Era muito mais confortável para mim que tivéssemos músicos cá. Não temos uma comunidade musical, não há espaços onde os músicos possam interagir e se possam conhecer. É algo que me deixa um bocadinho triste. A Queima das Fitas transforma-se no evento cultural do ano… Sim, acaba por ser o grande acontecimento de Coimbra. Tenho pena que, com o passar dos anos tenha sido igualada ou ultrapassada por outras cidades. Durante muito tempo, a Queima de Coimbra deu o exemplo e foi a que estabeleceu as regras. Infelizmente, nos últimos anos, não se tem tido cuidado com a qualidade do equipamento, do som. O fator
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Os meus pedidos nem são exigências, são coisas banais… Agora não abdico é de uma coisa: condições de trabalho, técnicas. Essas têm de estar lá.
preço tem estado na origem de todas as decisões, algumas delas, na minha opinião, pouco competentes. Eu sempre tive a visão da Queima das Fitas em torno das bandas, mas isso é a minha opinião pessoal. Parece-me a mim que acaba por ser um elemento secundário. Se não houvesse espetáculos, a Queima não deixaria de acontecer. E enquanto músico não posso deixar de ter pena que isso aconteça. Quando não está a atuar, está a produzir eventos. Como é a experiência? É uma experiência muito boa e gratificante, que me faz ter uma visão mais abrangente do que é o meio musical. Faz-me, por exemplo, não ter exigências de catering no camarim. Os meus pedidos nem são exigências, são coisas banais… Agora não abdico é de uma coisa: condições de trabalho, técnicas. Essas têm de estar lá. Se isso não acontecer, não faço o concerto, por respeito ao público e à equipa que trabalha comigo. Preparar uma tournée não é chegar a um palco e debitar músicas. As coisas são pensadas, levam meses de trabalho de toda uma equipa. Não faz sentido apresentar uma tournée a metade. Ou há condições ou não há. A crise sente-se no meio musical? Neste momento, o meu novo álbum é número um no top de vendas. Mas, acontece que não se vendem tantos cds quanto se vendiam antes. E manifesto alguma apreensão pelo facto de haver menos espetáculos. Não é o meu caso, mas tenho colegas que têm zero espetáculos. Não é um ano normal, nota-se a diferença. Estou em crer que vão ser dois anos muito difíceis para a música portuguesa.
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ao microscópio
sete sóis, sete luas head
elevador do mercado
Parada nupcial do pavão
José carlos alexandrino quer acabar com as "bal-
o parque biológico da
investigadores da Universidade de Aveiro estimam que existam cerca de 27 toneladas de mercúrio, poluente de elevada toxidade, sob uma camada de sedimentos com 30 a 40 centímetros, na zona da Ria conhecida por Largo do Laranjo. O local, situado no concelho da Murtosa, sofreu, durante décadas, descargas de metais pesados do complexo químico de Estarreja.
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afonso abr antes tem feito uma gestão exemplar na câmara de Mortágua. A autarquia está a pagar a 2o dias, caso raro no país. Cauda pode atingir dois metros de comprimento
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é o número de praias da região Centro com Bandeira Azul este verão
13%
é a taxa de desemprego prevista para 2013 em Portugal
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milhões de euros foi o lucro da EDP no primeiro trimestre do ano
Viseu contra cortes ao poder local fernando ruas, presidente
carlos lar anjeir a foi
da câmara de Viseu, garante que os municípios sofreram, desde 2005, cortes de 905 milhões de euros e que, apesar disso, foram a única entidade pública que em 2010 não contribuiu para o défice. Rejeita, por isso, que a reforma administrativa imposta pelo FMI seja feita "de forma isolada" ao nível dos concelhos.
eleito para a direção da CAP. A agricultura do Baixo Mondego passou a ter uma voz forte a nível nacional.
Centro de artes no liceu de Leiria
"Dias Templários" em Castelo Branco
Coimbra recupera edifícios na Baixa
A câmara Municipal de Leiria pretende criar um centro de artes no antigo liceu Rodrigues Lobo, cujo edifício foi encerrado há cerca de cinco meses devido à queda de um pedaço de teto. O objetivo é suprir as dificuldades que os agentes culturais do concelho têm sentido.
A cidade vai ser palco, entre 20 e 22 de maio, no âmbito do evento "Dias Templários", de uma feira mediavel, um desfile templário e uma cerimónia capitular. A iniciativa, que envolverá algumas centenas de figurantes, pretende tornar-se uma referência no cartaz turístico da região.
a câmara de Coimbra e o Instituto da Habitação criaram um fundo de 5,4 milhões de euros (poderá ser alargado até 18,4 milhões) para recuperação de 76 edifícios na Baixa da cidade. Os imóveis serão posteriormente vendidos a 1750 euros m2, parahabitação, e 1.850 euros, para comércio.
a subir
Mercúrio polui Ria de Aveiro
das" dos funcionários da câmara de Oliveira do Hospital. Que o exemplo frutifique.
a descer
Serra da Lousã, propriedade da Fundação ADFP, de Miranda do Corvo, oferece este mês aos seus visitantes uma série de atividades relacionadas com a vida do pavão, com destaque para a fantástica parada nupcial a que a espécie habitualmente se entraga em maio. Na primavera, o macho abre as penas da cauda, formando um leque que pode atingir os dois metros de comprimento e lança gritos caraterísticos para atrair as fêmeas. Para visitas de grupo, até um máximo de 15 pessoas, os interesssados deverão fazer uma inscrição prévia.
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aprígio santos não conseguiu, desta vez, manter a Naval na primeira Liga. A ceia dos 118 anos do clube já não tinha escondido a angústia.
Metade dos portugueses já têm Cartão do Cidadão direito
CONDEIXA-A-NOVA
Museu multimédia em 2013
direto
Filipe Veiga de Oliveira Advogado
O resgate soberano A recuperação do Palácio da Quinta de S. Tomé deverá começar entre julho e setembro
boa notícia
Guarda divulga obra de Eduardo Lourenço
mais moderna”. Recorrendo às novas tecnologias e ao multimédia, o novo espaço vai fazer uma introdução à temática da romanização, apresentando a vida nas comunidades romanas, os seus costumes, organização política e económica, a moeda, e, focando, em particular, as vivências no território de Sicó (Conímbriga, Rabaçal, Ansião e Tomar). Representando um investi-
mento, nas duas primeiras fases, de 2,5 milhões de euros, o projeto foi objeto de duas candidaturas ao programa Mais Centro, que garantem um financiamento de 80 por cento. Segundo Jorge Bento, a primeira fase (1,5 milhões de euros) respeita à recuperação do Palácio da Quinta de S. Tomé e deverá começar entre julho e setembro e a segunda etapa tem a ver com a musealização do espaço.
a biblioteca Municipal da Guarda dedica o mês de maio ao seu patrono, o ensaísta Eduardo Lourenço, que comemora 88 anos no dia 23, destacando obras e promovendo palestras. A iniciativa, que será desenvolvida em parceria com o Centro de Estudos Ibéricos, pretende homenagear "uma figura ilustre do distrito e um ensaísta de renome", divulgando a sua obra junto dos mais novos, revelou Alexandra Isidro, em nome da organização.
A ministra da Saúde, Ana Jorge, garantiu que as isenções das taxas moderadoras vão manter-se, mas com um maior "rigor".
má notícia
o museu multimédia servirá de introdução à cidade romana de Conímbriga e aos vestígios romanos do território de Sicó e deverá entrar ao serviço em 2013 em Condeixa-a-Nova. O museu, que funcionará num palácio seiscentista que vai ser recuperado, explica Jorge Bento, presidente da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova, será “um pólo complementar de Conímbriga, com a museologia abordada de uma forma
Economistas receiam que a redução da taxa social única e o aumento do desemprego possam gerar aperto orçamental na Segurança Social.
a decisão do recurso ao fundo de resgate é, sem dúvida, um ato de soberania do Estado português, ou, como pomposamente se diz, uma decisão soberana. Mas se assim é do ponto de vista do pedido, da legitimidade ativa para a submissão ao fundo de resgate, diferente é quanto às consequências reais do recurso ao empréstimo, isto é, quanto aos custos do empréstimo. Desde logo no que respeita ao poder negocial. O exercício da soberania avaliar-se-á pelas condições em que vier a ser concedido o empréstimo (as taxas de juros, o prazo), numa palavra, na capacidade negocial, na medida em que Portugal terá de aplicar políticas que não resultam de um processo decisório legislativo normal, mas de contrapartidas do empréstimo, que terão de ser respeitadas. Por outro lado, a concessão do empréstimo implica maior controlo e supervisão fiscal central pelas entidades concedentes, o que provoca, também, perda de soberania, pois o nosso país estará submetido a uma série de condições contratuais, cujo incumprimento poderá levar à ineficácia de decisões tomadas pelo Estado, seja por via do Governo, seja por via da Assembleia da República. Este é o preço que vamos pagar: a suspensão da soberania por via do suprimento da nossa incapacidade financeira.
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ao microscópio
visita de
médico
sete sóis, sete luas
Os desafios do poder local paulo júlio, presidente da
Leandra cordeiro Psicóloga clínica
(In)Veja a inveja pode ser usada de duas
maneiras: uma menos ofensiva (e, por vezes, até desenvolvimental), porque apenas conduz à emulação ou à aceitação das nossas limitações e uma segunda, mais destrutiva, que visa atacar as próprias pessoas ou qualidades que o outro tem e nós admiramos. Dizemos que pode ter um valor simbólico ou desenvolvimental quando ela, por exemplo, divide os irmãos que competem entre si a atenção e o amor dos pais. A mítica história de Abel e Caim alerta, metaforicamente, para esta aceção. Mas, estes sentimentos, encarados como menos positivos (de forma geral) nem sempre são fáceis de ser assumidos, acarretando, por norma, vivências de culpa, por vezes sentida como intolerável. Cabe aos pais a gestão destes conflitos, comunicando com os seus filhos, renovando com elogios as suas capacidades, sendo suporte e continente das suas frustrações. Descobrir que para os nossos pais somos os melhores do mundo é meio caminho andado para percebermos que nem sempre o somos, de facto. Com aceitação e tolerância. Indispensável ao nosso próprio crescimento. Ressalva-se que facilmente nos defendemos de um ataque, mas da mesma forma nos desarma um elogio.
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Pedro Nunes, Jorge Manuel Miranda Dias, revela, ao longo das suas 112 páginas, a visão pessoal de Paulo Júlio sobre o mundo da política, com natural incidência sobre as questões relacionadas com o exercício do poder local. Nascido em Coimbra, no ano de 1969, Paulo Jorge Simões Júlio, licenciado em Engenharia Eletrónica, ramo de sistemas industriais, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, desempenhou diversos cargos de direção na multinacional Marcopolo até 2005, ano em que se candidatou pela primeira vez à presidência da câmara de Penela.
Câmara Municipal de Penela, lança hoje, às 18H30, na FNAC, em Coimbra, o seu livro "Crónicas de um Autarca". A apresentação da obra e do autor estará a cargo do antigo ministro socialista António Arnaut e a receita das vendas reverterá a favor de instituições de caráter social do concelho de Penela. O livro, que inclui textos do diretor regional de Cultura do Centro, Pedro Pita, do presidente da FNABA - Federação Nacional de Associações de Business Angels, Francisco Banha, e do vice-presidente do Instituto
EDP Distribuição investiu dez milhões no distrito da Guarda
Santuário de Fátima com novo reitor
A Edp distribuição investiu,
O padre Carlos Cabecinhas, de
no decurso de 2010, perto de 10 milhões de euros no distrito da Guarda, designadamente nas redes de alta, média e baixa tensão, postos de transformação, iluminação pública e na manutenção dessas mesmas redes. Segundo a empresa, no ano passado foram executados 35.390 metros de rede de média tensão, 61 novos postos de transformação, 108.016 metros de rede de baixa tensão e iluminação pública, 1.568 chegadas e instaladas 1.792 novas luminárias. A nível da manutenção da iluminação pública, foram efetuadas 1.510 rondas à rede, reparados 1.943 focos e instalados 335 relógios astronómicos. As obras executadas têm como objetivo fundamental assegu-
rar, explica a EDP Distribuição, a todos consumidores de todos os concelhos do distrito da Guarda um serviço que se pretende de excelência.
40 anos, é o novo reitor do Santuário de Fátima, sucedendo a Virgílio Antunes, entretanto nomeado, pelo Papa, bispo de Coimbra. Natural da freguesia de Bajouca (Leiria), é professor no Instituto Superior de Estudos Teológicos, em Coimbra, e docente da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa.
agricultura Como cultivar uma horta? A escola Agrária de Castelo Branco está a fazer formações curtas para quem tenha terra e, nestes tempos de crise, deseje cultivá-la.
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As 7 maravilhas
Pastel de Tentúgal os portugueses começaram a eleger, no sábado passado, as 7 Maravilhas da Gastronomia do nosso país, entre 21 pratos previamente selecionados e divididos por sete categorias (entradas, sopas, marisco, peixe, carne, caça e doces), cada uma das quais com três iguarias. A votação termina a 7 de setembro. Para a categoria "entradas", a escolha recaiu na alheira de Mirandela (Trás-os-Montes e Alto Douro), pastel de bacalhau (Lisboa e Setúbal) e queijo da Serra da Estrela (Beira Interior/ Beira Litoral). As "sopas" escolhidas são açorda à alentejana (Alentejo), caldo verde (Entre Douro e Minho) e sopa da pedra (Ribatejo/Estremadura). Os "mariscos" colocados a votação são amêijoas à Bulhão Pato (Lisboa e Setúbal), arroz
de marisco (Estremadura e Ribatejo) e xarém com conquilhas (Algarve) e, no "peixe", as opções são bacalhau à Gomes de Sá (Entre Douro e Minho), polvo assado no forno (Açores) ou a popular sardinha assada (Lisboa e Setúbal). Na categoria "carne", os pratos colocados a votação são chanfana (Beira Litoral), leitão da Bairrada (Beira Litoral) e tripas à moda do Porto (Entre Douro e Minho) e, quanto à "caça", os 21 especialistas convidados pela organização, escolheram coelho à caçador (Beira Litoral), coelho à Porto Santo (Madeira) e perdiz de escabeche de Alpedrinha (Beira Interior). Os "doces" selecionados foram pastel de Belém (Lisboa e Setúbal), pastel de Tentúgal (Beira Litoral) e pudim Abade Priscos (Entre Douro e Minho).
Pedro Ramos
fotolegenda
C120
Florindo Belo Marques assume por mais um triénio a liderança do Núcleo de Arquitetos da Região de Coimbra (NARC). A construção de uma sede provisória, na Rua Pedro Monteiro, é um dos principais desafios do novo secretariado do NARC.
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ao microscópio
sete sóis, sete luas
corrida
eleitoral coimbra Metro aquece campanha
Os cabeças de lista por Coimbra de cinco forças concorrentes às próximas legislativas (BE, CDS, CDU, PS e PSD) irão bater-se na campanha eleitoral, com algumas diferenças, pela conclusão das obras do Metro Mondego. Os candidatos da oposição insurgem-se contra a paralisação das obras e a socialista Ana Jorge garante que o processo não está parado. "O que se pode encontrar é alguma não tão grande rapidez como as populações gostariam", adianta. críticas de cdu e be a Henrique Fernandes voto 14 partidos na corrida para 9 deputados
Catorze forças políticas disputam nove lugares elegíveis em Coimbra. O primeiro lugar no boletim de voto é do PNR, seguindo-se o Partido Popular Monárquico e o PCTP/MRPP. O Partido Trabalhista Português ficou na quarta posição, a Nova Democracia em quinto, o Portugal Pro Vida é sexto e o PSD sétimo. A lista integra ainda o Partido da Terra no oitavo lugar, BE (9.º) e PS na 10.ª posição. No 11.º lugar figura o CDS-PP, o MEP é 12.º, CDU 13.º e, por último, em 14.º lugar está o "estreante" PAN (Partido Pelos Animais e Pela Natureza). saúde Arnaut diz que psd quer privatizar sns
António Arnaut, está convencido que o PSD, se for governo, adotará "uma política de liberalização do setor da Saúde" e de "privatização parcial do SNS". O PSD "vai tentar retomar a política de liberalização iniciada em 1990, por Arlindo de Carvalho, reiniciada, no governo de Durão Barroso, por Luís Filipe Pereira" e, "de algum modo, retomada por Correia de Campos" (ex-ministro de governos de Guterres e de Sócrates), disse
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Governador Civil debaixo de fogo as legislativas estão à porta e,
provavelmente, haverá grandes mudanças nos governos civis. Aliás, o programa do PSD prevê mesmo a extinção destes organismos. Em Coimbra, o PCP não espera para ver e exige a "demissão imediata" de Henrique Fernandes. Em causa está o episódio ocorrido no 1.º de maio, quando uma manifestação da União de Sindicatos e outra do PNR se encontraram na Praça 8 de Maio. Segundo o PCP, "ao não envidar esforços para evitar que convergissem para o mesmo local manifestações de caráter antagónico", o governador civil "colocou numa situação particularmente grave a segurança de todos". Os comunistas lembram que, dias antes, haviam sido contactados pelo Governo Civil, dizendo que não podiam utilizar um espaço da cidade para uma iniciativa da CDU, por ainda não estarmos em período eleitoral.
"O governador civil que nada fez para evitar que duas manifestações antagónicas convergissem, arrogou-se o direito de recusar a utilização de um espaço público a uma força política", criticam. O PCP considera que esta "grave atitude não pode ser desligada dos ataques a direitos, liberdades e garantias que todos os dias são concretizados pelo Governo" e conclui que "o governador civil deixou de reunir as condições para exercer o seu cargo e exige a sua demissão e substituição imediata". O episódio do Dia do Trabalhador também merece reparos do BE. "Bom senso foi o que manifestamente não teve o governador civil", acusam os bloquistas, criticando a "insustentável irresponsabilidade" de Henrique Fernandes. O BE afirma ainda que, com esta atitude, o representante do Governo "não honrou a memória da luta pela democracia e pela liberdade".
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Eventos não carecem de autorização Em resposta a estas críticas, em esclarecimento enviado à C, o governador civil explica que atuou "no respeito estrito da legislação". Henrique Fernandes acrescenta que "a coincidência no espaço de mais do que um evento não configurou qualquer infração à lei" e esclarece que os eventos em causa "não carecem de qualquer autorização". "Só a realização de atos de campanha eleitoral é possível às entidades, se o mesmo espaço for solicitado por mais do que uma força política, proceder a sorteio", refere o governador. Henrique Fernandes conclui que afirmando que, "nos termos da lei, é vedada a sujeição do exercício dos direitos de reunião e de manifestação a qualquer autorização prévia, seja de que entidade for, carecendo apenas de uma comunicação prévia às autoridades". VG
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ex(sic)tações
ao microscópio
toma lá dá cá Este momento bem podia ser aproveitado para reorganizar a nossa administração local. A fusão entre autarquias e a criação de níveis regionalizados de gestão do território bem poderia estimular, não só poupança, mas também a eficácia.
O Governo do futuro tem de ser um governo do povo para o povo, ter governantes que não vacilem na defesa dos interesses nacionais, que cumpram as reformas e façam cumprir o projeto de "União Nacional" apresentado pela Troika.
josé couto
horácio pina prata
frases desfeitas As soluções à portuguesa propostas ao país por Paulo Futre são excelentes, adequadas e vão ao fundo do sentir português. João Boavida, professor universitário São tal e qual, senhor professor, como as daquele velho polícia sinaleiro que, no meio do cruzamento, em hora de ponta, não teve outra alternativa que não fosse deixar-se conduzir pelo tráfego…
Diziam que nos cortavam as mãos e só nos vão arrancar dois dedos. Que alívio! Demos graças aos senhores por tanta bondade!
Prato: tripas grelhadas. Bebida: água. Jorge Lemos, diretor da Associação de Futebol de Coimbra Tripas com água? E um cabelo na sopa?
Para ganharem a 5 de junho, Sócrates e Passos Coelho vão dar-nos fardos da palha de que acham que gostamos. Jorge Fiel, jornalista São inúmeros os que estão mortos por se terem achado muito vivos…
Espero que não haja já "cientistas" e grupos de política laranja entretidos a conjeturar sobre um eventual insucesso de Passos Coelho. Gonçalo Capitão, advogado A vida seria realmente muito divertida se não fossem as diversões dos comissários políticos que agora fazem, nos partidos, de inquisidores do Diabólico Ofício.
O Santuário de Fátima não vai divulgar as contas de 2010. D. António Marto, bispo de Leiria/Fátima
O atual presidente da Académica não tem capacidade de aglutinar e arrastar outras entidades da cidade e da região e, por isso, não pode ir mais longe.
A Virgem não vai zangar-se com este segredo?
Francisco Queirós, vereador (PCP) da Câmara Municipal de Coimbra
Maló de Abreu, dentista Começa a reunir-se a junta médica. O doente vai morrer por unanimidade?
Afinal, ainda há por aí comunistas com algum sentido de humor.
Europeia “ AnãoUnião está à altura da solidariedade que o atual momento exige Joana Amaral Dias
Boaventura S. Santos
Fontes: Facebook, As Beiras, Diário de Coimbra e Lusa. Seleção de frases e comentários: Radação C
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12MAio 2011
Marcelo Nuno
Resposta certa: Boaventura S. Santos
quem foi que disse?
acredite se quiser
Pippamania no Reino Unido
Assim é mais fácil
A vaca que rouba
pippa middleton, irmã da no-
va princesa de Inglaterra, Kate Middleton, deixou os britânicos de boca aberta no dia da boda real. Desde então, a jovem, e, principalmente, o seu traseiro perfeito, tornaram-se numa verdadeira obsessão. Desde grupos de fãs no Facebook, até t-shirts, há de tudo um pouco. Mas a fama também tem o lado mau. Não tardaram em aparecer fotografias da cunhada real em poses menos recomendáveis. Mas pior está o seu irmão, que esteve em destaque no site Flesh Bot, em fotos em que aparece nu. O seu rabo é que não é tão perfeito como o de Pippa...
mais barato
mais caro
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0 ,59 €
0,59 €
Água Luso (1,5l)
preço igual
:)
Leite Mimosa M/G(1l)
:)
A última recolha de preços a que a C procedeu revela a existência, praticamente, de um"empate técnico" entre os valores praticados nas quatro superfícies, no que respeita aos artigos que, para esta mostra, selecionámos.
Preços/Kg/L
:(
Só 14 cêntimos a separar os cabazes
inacreditáveis do ano, seguramente", diz o MaisFutebol. Aconteceu na Nova Zelândia. Faltavam poucos seg undos pa r a acaba r o jogo entre o Waihopai e o Queens Park – que os primeiros venciam por 1-0 – quando o árbitro apontou uma grande penalidade a favor do Queens Park. Perante os protestos dos jogadores do Waihopai, o juiz decidiu voltar atrás com a decisão e deu o jogo por terminado. Os atletas rumaram aos balneários. Mas os do Queens Park permaneceram no relvado. Foi então que o árbitro voltou, novamente, atrás com a palavra, apontando novamente o castigo máximo. O avançado Jonny Cox bateu a bola para a baliza deserta e fez um dos mais estranhos empates da história do futebol. O caso está a ser investigado pela federação local.
chama-se Ana Catarina Bezerra Silvares e é analista de contabilidade. Aos 36 anos, é divorciada e mãe de três filhos. Uma mulher normal, portanto, não fosse a inusitada doença de que sofre: uma compulsão org ástica que a leva a u ma constante busca de orgasmos. A mulher diz que já teve dias de se "masturbar 47 vezes". Foi então que procurou ajuda. Atualmente, graças a muita medicação, fica-se pelas 18 vezes ao dia. Ora, naturalmente, esta doença afeta-a no trabalho. De tal forma que ela pediu ao tribunal autorização para poder masturbar-se no horário de expediente. Recentemente, o Ministério do Trabalho concedeu-lhe o direito de fazer intervalos de 15 minutos a cada duas horas de trabalho para que se possa satisfazer. Mais: pode utilizar o computador da empresa para consultar imagens eróticas que a limentem o seu desejo.
:)
bolsa da praça
é " um a d a s h istór ia s ma is
imagine que está no supermercado a fazer as suas compras quando, de repente, surge uma vaca no meio do corredor. Esquisito? Agora imagine que a vaca se levanta e mostra que é, na realidade, um homem bem grande. Pior: o "animal" decide roubar 26 embalagens de leite. A "vaca" limitou-se a colocar as embalagens no carrinho e sair da loja, contaram os seguranças do estabelecimento. Mas a história não acaba aqui. A simpática vaca saiu e começou a oferecer as embalagens de leite a quem passava na rua. Jonathan Payton, de 18 anos, foi detido, mas acabou por ser libertado pouco depois. O leite foi recuperado, assim como o disfarce de vaca.
Masturbação legal no trabalho
preço igual
TOTAL
6,71€ 6,71€
6,57€ 6,74€
Preços em 09.05.11
15
ao microscópio
praça de táxis Está preocupado com a reforma?
josé santos
A preocupação é geral, mas mais da classe baixa e média. Para estes, o pouco que lhes tirem é sempre muito. Os políticos andaram a vida a brincar com isto e agora até eles têm medo, são obrigados a cumprir regras que não fariam.
eduardo santos
Estamos todos preocupados. As reformas vão ser bem mais baixas do que são atualmente. Acho que as reformas da função pública, que são a 100%, deviam aproximar-se das reformas do regime geral. Era mais justo.
retrato falado
figura da semana
Fernando T. Pereira O grupo TAVFER, com sede em Carregal do Sal e integrando já cerca de meia centena de empresas, venceu o concurso para a construção, por nove milhões de euros, do primeiro aerotel português, com 200 camas, no perímetro do aeroporto de Faro. Fernando tavares pereira anunciou, por outro lado, investimentos, nos próximos dois anos, de 30 milhões de euros na área dos biocombustíveis. O empresário prevê, ainda, investir 15 milhões de euros nas restantes áreas de negócio, em que se destacam os centros de inspeção automóvel, de que o grupo detém cerca de 25% do mercado.
menções honrosas
José Barros
Paulo Leitão
o presidenteda Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra acaba de ser reeleito para mais três anos de liderança da instituição. Um dos seus grandes objetivos para o novo mandato é a construção de um lar onde pais e filhos possam permanecer juntos.
o veredor da Câmara Municipal de Coimbra aposta numa Alta mais viva. Defende, para tanto, que se construa lá um silo automóvel, para facilitar o estacionamento aos residentes e tornar mais atrativa a aquisição das casas antigas e degradadas que o município vai requalificar.
debate
albano codeas
A reforma está entre as várias preocupações que tenho, naturalmente. As próprias pessoas que já estão reformadas sofrem muito. Vemos muitos idosos a ir a pé para o hospital, porque não têm dinheiro. Antes iam sempre de táxi.
A designação "Salvação Nacional" não me agrada. Se pensarmos em grandes consensos que envolvam vários partidos, julgo que na actual conjuntura é uma grande ilusão. A salvação virá de quem faça cumprir as regras que nos foram impostas.
Não é necessário, pois já fomos salvos. Devia ter sido mais cedo, há dois ou três anos. Quem esteve no poder nos últimos tempos foi obrigado a respeitar normas muito apertadas. Os PEC foram orientados pelo BCE e outras instituições.
Portugal precisa mesmo de um Governo de salvação nacional? Francisco amaral
Álvaro quatorze, empresário
Professor ESEC
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12mAiO 2011
saudades de
coimbra
O projeto "Viajar com Livros" ajudou-a manter o contacto com Coimbra? Deu-se, assim, início ao fenómeno a que denomino de viagem educacional, com o projeto que marcou o início da caminhada “Projeto Viajar com os Livros”. Um projeto que contou com a extraordinária cooperação do Colégio Bissaya Barreto, permitindo que cerca de 600 livros chegassem ao Sofia Gonçalves Sal para as crianças viaProfessora em Cabo Verde jarem no seu imaginário e desenvolverem as suas Coimbra tem lugar caticapacidades. vo na sua memória? Conheci uma grande Mas não ficou só pelo senhora, Kátia Medina, “Projeto Viajar com os representante do MinisLivros”... tério da Educação no Sal, É verdade. Entretanto, uma mulher dinâmica e surgiu aquele que concom uma grande vontade sidero o maior projeto a de mudança. Por incrível longo prazo que iniciei em que pareça, o mundo é terras africanas: a abermesmo muito pequenino. tura do primeiro colégio Esta senhora estudou na privado com currículo nossa querida cidade deportuguês. Coimbra. Onde nasceu a inspiraQue realidade enconção para "o desafio Catrou em Cabo Verde? bo Verde"? Um país cheio de mara“Que a nossa passavilhas a descobrir. Inigem não fique só pela cialmente até parecia memória… registem", o tudo muito lunar fisicaengenheiro Viegas Nasmente, no entanto, sob cimento, presidente da cada pedr a havia uma Fundação Bissaya Barrehistória para desvendar. to (já falecido) teceu esta E atrás da musicalidade magnífica frase numa das de c ad a um dos h abi conversas que tivemos. tantes, grandes homens Guardei-a para sempre. e mulheres sorriam em Penso que cumpri uma cada passagem. parte. Falta o registo.
"O mundo é pequenino"
se eu mandasse
"Fomentava agricultura e pescas"
Ana Maria Antunes, diretora do Hotel Tryp-Coimbra começaria, dada a situação em que se encontra o setor, por fomentar a agricultura. Não consigo perceber como se chegou à atual situação. Compramos mais de 70 por cento daquilo que consumimos, pois pouco ou nada cultivamos. a maioria dos terrenos agrícolas está transformada em baldios e, neste momento, mais de 300 mil hectares estão à boa vida. Há agricultores que recebem para não cultivar, o que é escandaloso. É necessário promover o regresso à agricultura e, ao mesmo tempo, estimular o consumo dos produtos portugueses. Não é necessário comprar fruta e carne no estrangeiro, por exemplo, quando temos possibilidade de produzi-las.
www.cnoticias.net
Tomaria medidas idênticas no setor das pescas, onde o nosso país tem uma tradição de séculos. a educação precisa, também, de cuidados, já que é um setor sensível e com interferência no desenvolvimento do nosso país.
“
Não é necessário comprar fruta e carne no estrangeiro quando temos possibilidade de produzi-las
+lida
Fotogaleria C: Vê aqui as fotos da Serenata
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confidencial
ao microscópio
salvação freudiana Cortaram-lhes a luz ainda antes de o Benfica inventar o conceito. Sobraram as velas do bolo. Depois de sopradas, não lhes sobrou nada. Não parecem preocupados. É com certeza um problema que só vive na cabeça das pessoas. E é no ramo do tratamento psicológico que parece estar a solução.
lente... de contato
Ai o défice! Fácil, fácil é gerir uma mina cheia de ouro, que só dê lucro. Difícil, difícil devia ser arranjar maneira de a arruinar. Mas é possível. Fácil, fácil é irmos de abalada, quando já estamos mais de vinte mil pepitas abaixo da linha de água. Difícil, difícil é encontrar quem fique com a casa.
Houve quem visse a troika como cavaleiros do apocalipse. Um esperto encarou-os como uma boa oportunidade para anexar terras vizinhas. É só um rumor. Mas encaixa bem no perfil do conquistador.
É realeza de Coimbra. E vai estender os seus domínios. Não optou por avançar na direção do Brasil, não lhe davam nem um cantinho. Meteu-se para o outro lado. E agora vai ter lugar para mais cem súbditos. APROVADO
Alfredo Marques
Apesar das muitas críticas ao documento, o Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT) do Centro foi o primeiro do país a ser aprovado. E com apenas um voto contra. Uma vitória do presidente da CCDRC. Nota 15
contrabandeando por coimbra
É manhã cedo. Dois desconhecidos (bem conhecidos) encontram-se inocentemente numa mesa de bar. Em cima da mesa, não estão meias de leite. Mas está um envelope. Troca-se, sem ninguém ver. Lá dentro, diversão garantida. Cheira a rosas. Mas o segredo do conteúdo fica entre nós.
conhaque é conhaque Os amigos são para as ocasiões, mas não lhes podemos fazer todas as vontades. Por isso, quando se fala de negócios, tomamos decisões em que passamos por cima deles. Mesmo que os deixemos estar em nossa casa, mal lhe cobrando renda. E depois, para eles não ficarem amuados, até os recebemos como convidados de honra, todos engalanados.
espelho meu
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12MAIO 2011
REPROVADO
Manuel Oliveira
Desde 2003 que existirá um "esquema" para desviar receitas das vendas de bilhetes dos SMTUC. Foi necessário esperar quase oito anos e uma auditoria da câmara municipal para o administrador delegado descobrir o que se passa? Nota 7
CA
PARECE QUE FOI ONTEM MAS JÁ PASSARAM 100 ANOS. Foi em 1911 que tudo começou. Ao longo dos últimos 100 Anos caminhámos ao lado de muitos projectos e ambições. Apoiámos famílias, empresas e instituições de solidariedade social. Contribuímos para o desenvolvimento económico-social das comunidades locais. De aldeias a vilas, de vilas a cidades e de geração em geração. Hoje somos um Grupo Financeiro com uma oferta global de produtos e serviços em que os portugueses confiam. 700 Balcões, mais de 400 mil Associados e mais de 1 milhão de Clientes. Juntos somos cada vez mais, e juntos celebramos 100 Anos de Crédito Agrícola.
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C78
Centenário
ao microscópio
09H15 À espera do pequeno-almoço
um dia com
09H40 Os telefonemas não param...
10H00 A consultar os emails e o correio
ana alcoforado diretora do museu nacional machado de castro
Tem a vida ligada à história de arte e à direção do museu nacional machado de castro. mAS A SUA PRIORIDADE É A FAMÍLIA texTO e FOTOS sílvia diogo COIMBRA continua mergulhada em história
10H30 Reunião dedicada ao correio e despachos do dia anterior
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e tradição. Muitos são os turistas e estudantes que procuram descobrir mais sobre o passado da "Aeminium". Como diretora de um dos museus mais prestigiados de Portugal, Ana Alcoforado é a pessoa indicada para confirmar este facto: o Museu Nacional Machado de Castro, que dirige, arrola vestígios romanos e esculturas que marcam séculos de história. São 09H00, quando Ana Alcoforado chega ao seu local de trabalho. Cara sorridente, visivelmente bem disposta, cumprimenta os funcionários, que retribuem desejando-lhe um ótimo dia. A manhã, de autêntica primavera, inicia-se com uma ida ao bar, para um café e um pão com fiambre. "O café é o meu único vício", confessa à C. Ana Alcoforado nasceu em Angola, mas rapidamente se instalou em Coimbra, onde se apaixonou pelo Museu Nacional Machado de Castro. Licenciada em História - História de Arte pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, teve sempre o seu percurso académico muito ligado aos museus, embora não fosse esse o trajeto inicialmente programado. No gabinete, liga o computador, começando o dia de trabalho a consultar os emails e o correio. Por volta das 10H00, reúne-se
12maio 2011
11H00 Reunião na FBA para validar a imagem do centenário do museu
15H30 A escrever o texto para o desdobrável da exposiçã0 de Manuel Jardim
17H00 Visita guiada ao museu, com alunos de mestrado
com Amélia Sousa, assistente técnica, que lhe entrega o correio e os despachos do dia anterior. Juntas, analisam os assuntos que estão para resolução. Por volta das 11H00, dirige-se à FBA para validar a imagem do centenário do Museu Nacional Machado de Castro. A FBA é um ateliê de design e comunicação, no mercado desde 1998. Depois de concluir os estudos, Ana Alcoforado teve a oportunidade de trabalhar para a biblioteca do Museu Machado de Castro. "Eu e um colega viemos para o museu reorganizar e dinamizar a biblioteca. Mas o que mais me interessava era o próprio museu", recorda. Dedicou-se ao mundo da museologia, porque o ensino nunca a fascinou. "Tenho uma experiência muito curta no ensino. Fui colocada numa escola e dei aulas durante um ano. Serviu para constatar que não era por aí", confessa. Realizou formação na área das bibliotecas, mas ao fim de algum tempo fez serviço educativo, visitas guiadas, programação de atividades. "Comecei como todos os técnicos", explica. Uma das áreas que sempre a motivou foi a da escultura e arquitetura. E foi por aí mesmo que começou. Posteriormente, tornou-se conservadora da coleção de escultura. "O mundo dos museus é o meu mundo. Tenho tido algumas participações ligadas ao ensino e à formação. São outras faixas etárias. Não é que tenha dificuldade nas relações, mas é diferente. É uma linguagem e um entendimento completamente diferente", argumenta. Depois de almoçar com o marido, Luís Alcoforado, diretor da Turismo de Coimbra, regressa ao museu para mais uma tarde de trabalho. A tarefa agora é validar o cartaz do Dia dos Museus e da Noite dos Museus e escrever um texto para o desdobrável da exposição de Manuel Jardim intitulada "Me-
mória de um percurso inacabado". A Noite e o Dia dos Museus vão realizar-se, respetivamente, nos dias 14 e 18 de maio, na Galeria Municipal de Montemor-o-velho e no Museu Nacional Machado de Castro.
Ana Alcoforado gosta de conversar e de debater ideias. Procura sempre trabalhar o lado humano das pessoas. "A minha postura no museu tem sido sempre essa. Uma gestão muito humanizada, procurando estar perto das pessoas", garante. O Museu Nacional Machado de Castro passou por grandes obras nos últimos oito anos, o que levou a um desfasamento da equipa. Ana Alcofrado fez um esforço para atenuar esse facto. Custou-lhe muito não estar perto das pessoas como queria. "Procuro sempre dar segurança e conforto. Mostrar às pessoas que quando é preciso estou lá e que podem contar comigo. Preocupo-me com uma série de questões sociais. Sou uma pessoa vocacionada para a área social", sublinha. Apesar da atual vida stressante, considera-se uma mulher calma. "Não sou uma pessoa de explodir. Às vezes dizem que falo muito baixo. Sofro muito com os conflitos, tento sempre evitá-los. Tento ver o lado positivo das pessoas. Gosto de quebrar obstáculos com calma e não colocar barreiras", diz. Para Ana Alcoforado, quase tudo é possível: pensa sempre que se os outros conseguem ela também há-de conseguir. É-lhe fundamental não deixar de fazer esse percurso de aprendizagem. "O meu maior defeito é a teimosia, mas procuro contorná-lo para não se tornar um defeito marcante", confessa. Custa-lhe não ter tempo para estar com os seus amigos, mas para a família lá o vai arranjando: "A família para mim está acima de tudo. Para os amigos não estou tão presente como gostaria de estar. Isso é uma das coisas que me marca e me deixa triste. Mas, sempre que posso, trago os meus amigos ao museu. Aproveito sempre nos momentos sociais. É uma forma de estar com eles". Ana Alcoforado termina o dia com uma visita guiada ao Criptopórtico, na companhia do marido e de alunos de mestrado.
“
Procuro sempre dar segurança e conforto. Mostrar às pessoas que quando é preciso estou lá e que podem contar comigo. Preocupo-me com uma série de questões sociais. à lupa Nome
Ana Alcoforado Data de nascimento
8 de março de 1965 terra natal
Lobito ( Angola) residência
Coimbra
livro preferido
Cem anos de Solidão Hóbi
Estar com a família
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o que é feito de si?
ao microscópio
1991
1994
1997
1999
2003
2011
Iniciou a atividade, como malabarista
Integra o elenco de O Teatrão
Recebe bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian
Começa a fazer stand-up comedy
Torna-se o rosto dos anúncios da Frize
Estreia o espetáculo "Pedro Tochas - coisas", em Lisboa
Começou a fazer malabarismo "por graça". Depois veio o teatro, o stand-up comedy e a publicidade. Hoje tem um público fiel em Portugal e no estrangeiro Texto bruno vicente
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Vi um documentário sobre um artista de rua, que andava pelo mundo, e, aos 19 anos, achei aquilo tão romântico que decidi que era o que queria fazer
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Pedro Tochas Queria ser gestor, mas foi a animação de rua que o levou em digressão por todo o mundo. Como é que isso aconteceu? Nessa fase em que queria ser gestor estava a organizar uma festa de Natal na minha terra, que é Avelar, concelho de Ansião. Mas só tínhamos música e palhaços. Então eu comecei a fazer malabarismo. Achei graça e pensei que o melhor era começar a treinar para fazer outra vez no ano seguinte. Entretanto, vi um documentário sobre um artista de rua, que andava pelo mundo, e, aos 19 anos, achei aquilo tão romântico que decidi que era o que queria fazer.
Como surgiu, na sua carreira, a vertente de stand-up comedy? Surgiu porque estudei em Inglaterra. Foi aí que tive contacto com o stand-up. Fui também, durante muitos anos, ao festival de Edimburgo, onde comecei a achar muita graça ao stand-up comedy. Nessa altura comecei a tentar escrever e, finalmente, em 1999/2000, acabei por avançar com esse tipo de espetáculos. Agora está empenhado no novo projeto, "Pedro Tochas – coisas", que estreia no Casino de Lisboa a 26 de maio. A preparação do evento corre bem? Muito bem. O espetáculo era para ter só três dias, mas ficou tudo esgotado com mais de um mês de antecedência. Tivemos que acrescentar uma data extra.
Tem bastante sucesso no estrangeiro, onde é admirado e recebeu vários prémios internacionais, com o espetáculo "O Palhaço Escultor". O público português também lhe dá esse carinho? Tenho sucesso no estrangeiro e em Portugal. Não sou é aquele artista mainstream que aparece na televisão. Mas sempre fui acarinhado pelo público, no estrangeiro e também em Portugal. Não tenho multidões, mas tenho um público fiel que me dá carinho.
O que tem de novo este trabalho? Os meus espetáculos de stand-up comedy são sempre um espelho do que sinto. Ou seja, este espetáculo é sobre como uma pessoa que já está nos 30 e muitos, quase nos 40, se sente, como reage e lida com o mundo. São pequenas histórias, pequenas coisas da vida.
Manteve sempre atividade em Portugal, apesar de viajar muito para fora do país. Um dos seus primeiros trabalhos foi com O Teatrão. Como surgiu essa possibilidade? Tinha 22 ou 23 anos. Foi logo no início d´O Teatrão, fiz a primeira peça. Eles precisavam de um malabarista e ouviram falar de mim. Então fiz uns testes e acabei por ficar. Eles meteram-me o bichinho do teatro. Agora gosto muito do teatro físico.
E depois deste espetáculo o que é que vai acontecer? Já tem algum projeto pensado? Sim, sim. Eu estou sempre a fazer coisas. No verão já tenho um espetáculo para fora de Portugal, na Suécia, Estados Unidos e Escócia. Estou a pensar escrever uma palestra nova, porque eu também faço palestras para empresas. E depois estou sempre a escrever espetáculos novos, para ver se tenho um pronto no início do próximo ano.
12MAIO 2011
opinião
Maré de mudança no Mediterrâneo Joana benzinho santos
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Os jovens que hoje têm menos de 30 anos, israelitas ou palestinianos, cresceram entre pedras, balas e intifadas
gaza é uma verdadeira prisão a céu aberto, com o seu milhão e meio de habitantes reféns políticos do Hamas e reféns geográficos de Israel, de que depende. Entrar naquele retângulo banhado pelo Mediterrâneo é uma experiência muito particular, que se inicia nos preparativos da viagem. Morosas burocracias junto das autoridades israelitas, controlo dos ascendentes (pais, avós e mesmo bisavós), encontros marcados par a Ga za passados pelo crivo da censura. Horas de espera na fronteira e uma passagem para o outro lado a pé, por um campo de destroços, outrora uma zona industrial, demolida pelo exército israelita aquando da retirada da Faixa de Gaza. E, do lado de lá, o desconsolo. A marca das balas e das bombas gravadas nas paredes, as janelas sem vidros, o hospital sem combustível para alimentar as incubadoras ou os aparelhos de hemodiálise, o que determina uma existência a prazo para bebés e insuficientes renais, as prateleiras das lojas sem alimentos, a fome e a miséria estampadas na cara das pessoas. E em nós, fica sempre o selo de suspeição colado, por ali termos estado.
vida lhe permitem saborear a essência da liberdade: votar e fazer amor. Soa estranho aos nossos ouvidos, mas espelha bem o fado de quem diariamente vê os seus direitos limitados e a sua dignidade beliscada. A realidade é que os jovens que hoje têm menos de 30 anos, israelitas ou palestinianos, cresceram entre pedras, balas e intifadas. E desconhecem o que é viver sem medo.
na cisjordânia , embora a vida seja menos penosa, há os checkpoints permanentes, os colonatos que nascem como cogumelos e trazem associados militares para os defenderem, o muro de 8m de altura e arame farpado que já leva mais de 800Km de betão armado e que recorta o território, separando as populações das escolas, dos campos agrícolas, dos hospitais e dos seus familiares.
num a altur a em que a Bacia do Mediterr âneo vive uma mudança de par adigma e a ssiste a uma autêntica revolução política e social, é o momento de reunir esforços e vontades entre israelitas (moderados e or todoxos) e palestinianos (seculares e religiosos), com a mediação da comunidade internacional, para fazer nascer ali, no berço de religiões e civilizações, um exemplo de responsabilidade e de capacidade de entendimento que alastre aos países da região. Oxalá!
dizia-me um médico que conheci em Qalquilia que apenas dois atos na sua
em maio de 2011, com acordos e desacordos, avanços e recuos, ataques e contra-ataques e, após constatar em mais algumas visitas ao terreno que tudo continua tristemente igual, é com um certo pessimismo e com alegria contida que assisto ao acordo de reconciliação, recentemente firmado, entre o Hamas e a Fatah, isto é, entre a Cisjordânia e Gaza. Alegria por ver a maturidade demonstrada neste ultrapassar dos diferendos (que são muitos) entre as duas fações. Pessimismo por ver a relutância do Hamas em reconhecer Israel e, Israel, em aceitar reconciliações que são a premissa essencial para um futuro de dois estados a conviver em paz na região.
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ao microscópio
via do leitor
cartas Envie a sua opinião Carta: Rua 25 de Abril, n.º 7 Taveiro 3406 - 962 Coimbra Email : redacao@cnoticias.net As cartas deverão ser datilografadas com morada e número de telefone. A C reserva-se o direito de selecionar as partes que considera mais importantes. Os originais não solicitados não serão devolvidos
Meu deus, não podem apanhar umas gotas de chuva? Rejeitam tudo o que é diferente. Oh, mentalidades medíocres. paula alexandra, Coimbra
A liderança de Sócrates Concordo em absoluto com o que diz o dr. António Campos. José Sócrates é um resistente e, quanto a determinação, nenhum político em Portugal, na atualidade, se lhe compara. É que a capacidade de liderança é inata e independente da inteligência. Pode-se ser muito inteligente, mas não ter capacidade para ser líder. Acontece, porém, que ele reúne as duas coisas. Uma pessoa normal que tivesse passado por tudo aquilo que ele passou, com processos de intenção visando a sua pessoa, perseguições de todo o tipo, medidas impopulares que teve de tomar, etc., etc., já teria desistido, mas ele não, ele resiste, vai à luta, não vira a cara às dificuldades e as pessoas, bem lá no fundo, apreciam estas qualidades. Diz-nos a história, que os grandes líderes são sempre odiados e amados. Esta relação de amor e ódio é normal em relação aos que têm tamanha personalidade. E a história também nos diz, que dos fracos não reza a história. Maria conceição soeiro, Coimbra
Cortejo dos Pequenitos 1 O Cortejo dos Pequenitos correu muito bem. Estava bem organizado, havia segurança, havia água e foi oferecido um lanche às crianças. As crianças desfilaram e divertiram-se. Acho que algumas delas deveriam ser protegidas, sim, dos próprios pais, que as estão a educar completamente atrofiadas.
inquérito Medidas da Troika são as mais adequadas? Participe com a sua opinião em www.cnoticias.net
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“
Tenho 41 anos, estou no desemprego. Irei um dia ter direito à reforma, como os meus pais?
josé carlos santos, Figueira da Foz
Cortejo dos Pequenitos 2 Também tive uma filha a desfilar e achei que a Universidade organizou tudo muito bem. Tinham água… Tinham acabado de almoçar e tinham um lanche à espera deles. Por acaso, quando desfilam noutras situações, como o carnaval (ou até, levados pelos pais, nas procissões) alguém se lembra da água, da alimentação ou das casas de banho? Quanto à chuva, a organização previu. Para que se saiba, na véspera avisaram-se os jardins-de-infância de que não haveria cortejo devido à chuva, mas que as crianças iriam ser transportadas para o pavilhão da Académica. Como entretanto o dia acordou com sol, tanto que houve crianças que na Praça 8 de Maio tiveram que ser tapadas com as capas, mudaram novamente de sítio. Havia muita polícia e muito apoio aos jardins-de-infância, por parte da Universidade. Que mania de colocarem defeitos em tudo! Realmente, há pais que custam mais a aturar do que as crianças. Haja paciência! ana luísa, Coimbra
A exploração da miséria Não se abre um noticiário, hoje em dia, em Portugal, que não seja com desgraças. Se não são cenas de guerra são desastres da natureza. Nas imagens, certamente para as tornar ainda mais dramáticas, metem-se crianças indefesas. E que fazemos nós? Nada. É como se já estivessemos perfeitamente habituados a tais procedimentos. E até os aplaudíssemos. Quando nos cosciencializaremos de que é altura de nos unirmos num protesto generalizado contra esta exploração da miséria? antonieta ferreira, Aveiro
A situação na Líbia As forças da NATO estão há já mais de um mês a bombardear a máquina bélica de Khadafi, na Líbia, sem que se vejam resultados encorajadores para os objetivos traçados. Há quem diga que já se tem ido, inclusivamente, para lá do mandato concedido pela ONU, e nem assim a situação se clarifica. É claro que guerra é guerra e Khadafi é um ditador sem escrúpulos, não merecendo, por isso, comiseração. Há na Líbia, ainda assim, gente indefesa cuja segurança tem de ser escrupulosamente preservada. Os bombardeamentos não podem ser "cegos", mal planeados, apenas de retaliação. Têm de atingir alvos militares, diminuir a capacidade militar do regime. De outra forma, e com o impasse a arrastar-se, o tempo correrá a favor de Khadafi, que poderá ainda vir a beneficiar de eventuais dissenções no seio das forças ocidentais. A intervenção tem de ser acelerada, nem que para isso seja necessário recorrer ao aumento dos efetivos envolvidos. carlos pereira, Coimbra
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12Maio 2011
cartas
texto elaborado pelo gabinete de ficção da revista
Exm.º Sr. Eng.º José Sócrates
do Mondego, ticante de vassoura nos castelos pra , ira tice Fei a dam stra No , Eu vejo na ira, para dizer-lhe que quando o me pri A . sas coi ias vár a par e escrevo-lh ade para os quoi". Encanta-me a sua habilid tele visão sinto um "je ne sais pas de que ser ia capaz de o vi fazê-lo, mas tenho a certeza Sensibiliza-me truques e passes mágicos. Nunca tas enormes da orelha esquerda. por s dua e eita dir lha ore da s sigo - e tirar um casal de coelho dia, vai ter de acertar o passo con er lqu qua , ndo mu O . ção ina o seu entusiasmo, a sua determ s. s de 367 dias, décadas de 11 ano passar a ter dias de 25 horas, ano ter ismo, romante, taróloga, mestre em eso qui de de lida qua ha min na é, Outra razão desta carta não for instável. Ainda, muito ruzilhada será bom ou mau, se enc sua da 5 dia o que lhe arnévoa. Haverá ventos anunci ossível de estabelecer por causa da imp é de ida ibil vis A r. rta ape or quente, se o cal sudoeste que soprar. de um lado e doutro, confor me o fim de uma longa análise das das conclusões a que cheguei ao á-lo rm info a par da ain e o-lh fissionais de circo e os Escrev , como é recomendada pelos pro frio a ura leit a Ess . ias óbv s ica conclusões a que suas carateríst assenta basicamente a postura nas que o, log de des , ela rev , gia colo s interplaneprofessores de psi por menores científicos das viagen dos oso uci min do estu s apó , chegou, como engenheiro nas uma piada de Deus. Ria-se! tár ias – que a humanidade é ape é um verdadeiro opo? Não é fácil fazê-lo: o senhor ósc hor o e – á -segar rro inte o, concertina. Sei que, aqui chegad ta-de-beiços, nos fer rinhos e na gai na a rich cap ora ete, mp tro e artista; ora toca piano ante – o que indicia ser um em for ma de pá, entusiasmo uiv , eita dir o mã sua na o, Lei . vai ada, frieza escaldante – o Mas lá eólico. Leio, na mão esquerda, afil tico rgé ene ial enc pot nde gra Ah, as unhas! Extahomem com ial energético solar. E as unhas? enc pot nde gra com em hom um em suma, um que pressupõe ser homem requintado, sofisticado, um .ª Ex V. ser vam pro Com as. (outro siam-me, de tão cuidad Melícias!), ainda um benemérito re pad (um o açã cor nde gra de as! Atraem-me, de tão Armani. Também, um homem rgadinha!). As unhas! Ah, as unh Mo va (no iro tice jus um bém tam os. O senhor é um Berardo!), z de arranhar, de fer ir, de tirar olh apa inc -no em Diz s. nte lha bri a verdadeira bem limadas, tão ional. O senhor é, no fundo, um nac o ári gin ima o com ível pat ser praticamente incom dama. s cabalísticos Com os melhores cumprimento
Castelos do Mondego, 12 de maio
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sociedade
reportagem
New Delhi metallo betalactamase 1
NDM-1, a enzima que derrota os antibióticos
DR
Em 2009, um sueco visitou a Índia. Entretanto, contraiu uma infeção que os antibióticos não conseguiram combater. e o mundo ficou a conhecer um novo mecanismo de resistência texto Marco Roque
"Superbactéria" Acaba por ser o termo mais mediático, mas a NDM-1 não é uma bactéria."É uma enzima capaz de destruir antibióticos, mesmo potentes", revela Elaine Pina, coordenadora do Programa Nacional de Controlo de Infeção (PNCI). "Estas enzimas localizam-se no ADN das bactérias e podem ser transferidas para outros tipos de bactérias", completa a coordenadora. Ou seja, mais do que uma bactéria multirresistente, estamos perante um mecanismo de resistência que pode entrar na constituição de bactérias responsáveis por infeções. E o gene que codifica a NDM-1 não opera sozinho."Este gene faz parte de um determinado elemento genético do cromossoma circular bacteriano que contém outros genes que amplificam e facilitam o 'trabalho' da enzima", destaca António Piedade, bioquímico e investigador no Centro de Física Computacional da Universidade de Coimbra. Estamos perante genes que facilitam a rápida disseminação desta resistência. O resultado é que "os antibióticos
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Imagem artística virtual da estrutura molecular da NDM-1
de última geração e até de uso restrito hospitalar, tornam-se ‘subitamente’ ineficazes no tratamento de doenças causadas por bactérias que adquiriram o gene", refere.
Recentemente, a NDM-1 foi encontrada pela primeira vez fora dos hospitais, em depósitos de água na Índia. "A partir do momento em que há descrição da bactéria em meio ambiente,
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torna-se difícil travar a sua disseminação", sublinha Saraiva da Cunha, diretor do serviço de doenças infecciosas dos HUC. "Enquanto ela está acantonada apenas a uma pessoa, o risco é a transmissão de doente a doente. Nesse caso são as medidas de controle de infeção que funcionam como barreira à transmissão", refere. "Quando passa para o meio ambiente, torna-se muito mais difícil de controlar", informa Saraiva da Cunha. É uma bomba relógio prestes a explodir? "Nós não estamos perante uma bomba relógio, ela já explodiu mesmo. O problema da resistência aos antibióticos é tão grande que a Organização Mundial de Saúde viu-se quase na obrigação de dedicar o Dia Mundial da Saúde ao tema. É um problema complicadíssimo", responde Saraiva da Cunha. "A descoberta e confirmação da dispersão da NDM-1 entre várias espécies de bactérias que nos causam doenças é alarmante uma vez que representa um novo mecanismo de resistência muito eficaz", refere António Piedade. Aliado a ou-
>> Hospedeiros
tros mecanismos, "podemos vir a estar numa situação semelhante à que existia antes da descoberta e desenvolvimento dos antibióticos", alerta António Piedade. Basta um viajante… Por enquanto, ainda não há casos confirmados da NDM-1 em Portugal. Mas basta uma pessoa e uma viagem para alterar isso. "Os viajantes quando se deslocam para zonas onde há destes organismos funcionam como uma espécie de correio, podem trazer os microrganismos que existem por onde passam", refere Saraiva da Cunha. Elaine Pina é mais contundente. "Dada a globalização no mundo de hoje, é provável que já existam em Portugal bactérias com este mecanismo específico de resistência pois já estão presentes bactérias com outro tipo de
>> focos de infeção AFEGANISTÃO
Dois tipo s de bactéria têm hospedado a NDM-1
PAQUISTÃO ÍNDIA
Klebsiella pneumonia E.coli Ambas podem levar a infeções urinárias e envenenamento sanguíneo A enzima pode evoluir para infeções mais graves quase impossíveis de tratar
CHINA
BANGLADESH
As bactérias portadoras da NDM-1 podem ficar resistentes aos carbapenemo s (antibióticos), a última linha de defesa contra as bactérias multiresistentes
>> dispersão Largamente detetada na Índia, Paquistão e Bangladesh, a NDM-1 alcançou já a Grã-Bretanha, Estados Unidos, Canadá, Austrália e Holanda
escócia
inglaterra irlanda da norte país de gales
FONTE: GRAPHIC NEWS; WIKIPEDIA; THE LANCET; MEDIPEDIA
resistência aos antibióticos", sublinha. Prevenção e higiene são a palavra de ordem, sobretudo no meio hospitalar. "O PNCI tem como objetivo promover as medidas de boas práticas que permitam evitar a transmissão entre doentes: a higiene das mãos, o uso correto de luvas e outro equipamento de proteção individual", avança Elaine Pina. E, ao mesmo tempo, "desenvolveu sistemas de registo que permitem conhecer a frequência e o tipo de infeções em populações de maior risco (unidades de cuidados intensivos, cirurgias) e também o tipo de bactérias que provocam as infeções". E o que pode fazer o cidadão comum? "A população em geral pouco mais pode fazer do que ter alguns cuidados de higiene pessoal e alimentar, evitando adoecer em viagem.
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reportagem
sociedade
Funcionamento Neste momento não há outras formas de prevenção, disponíveis e generalizadas para a população", conta Saraiva da Cunha. Elaine Pina acrescenta outras medidas. "Não devem tomar antibióticos sem que sejam prescritos pelo médico, devendo cumprir rigorosamente as prescrições, bem como PARA ATUAR, UM ANTIBIÓTICO DEVE FIXAR-SE SOBRE UM RECETOR regras básicas de higiene pessoal e do >> MUTAÇÃO >> ALTERAÇÃO >> IMPERMEABILIZAÇÃO >> EXPULSÃO ambiente no seu dia-a-dia". Em viaDO recetor DO ANTIBIÓTICO DA BACTÉRIA DO ANTIBIÓTICO gem "deve-se ter cuidado com os aliSe o recetor se altera, por força A elevada resistência fabrica A bactéria fecha os poros. Algumas bactérias são capazes mentos (principalmente as saladas de uma mutação, impede-se a uma enzima que modifica a O antibiótico não pode de rejeitar o antibiótico, por ligação do antibiótico molécula antibiótica penetrar bombeamento, para fora da e frutas) que consomem e a água que celula bebem", resume. O facto de serem bactérias transmitidas por contacto acaba por tornar esta questão menos visível. "Normalmente tudo o que se transmite por via aérea tem uma transmissão mais fácil e mais rápida, num curto espaço de tempo Poro atinge mais pessoas. Isso põe toda a fechado gente de alerta. Esta é uma situação mais latente", conta Saraiva da Cunha. Enzima Para Elaine Pina, a questão não é reMutação ANTIBIÓTICO bactéria do recetor levante. "Para ser honesta, não sei se FONTE: JANSEN - CILAG a atenção por parte dos media é um fator positivo ou negativo", sublinha. todo o processo que faz com que a parede externa. A integridade desta parede, "O que é preciso é conseguirmos que NDM-1 neutralize os antibióticos ultrapassa qual muralha inexpugnável de uma fortaletodos os profissionais que prescreos conhecimentos da maioria da popuza, é feita de uma substância - designada por vem e prestam cuidados de lação. Mas António Piedade, enquanpeptidoglicano- , e é essencial para a bactésaúde estejam cientes dos to comunicador da ciência, ajuda a ria", resume. Sem essa parede, a bactéria não riscos de infecção, que explicar. "Os antibióticos são bacconsegue sobreviver. A NDM-1 inativa os conheçam as medidas milhões de euros. tericidas, ou seja, causam a morte antibióticos e a bactéria forma a sua parede básicas essenciais para Valor gasto por mês de bactérias", aponta. Os exemplos externa. Assim, na prática, torna-se muito assegurar a prevenção em antibióticos, mais conhecidos são as penicilinas. difícil (ou mesmo impossível) destruí-la. de transmissão cruzada em Portugal "Na prática, eles impedem que um Para além disso, "os mecanismos através dos e que existam, na prestaamplo grupo de bactérias classificaquais as bactérias adquirem resistência aos ção de cuidados, as condidas por bacilos gram-negativos, que nos antibióticos são ainda muito pouco conheções necessárias para que secausam doenças, consiga sintetizar a sua cidos", completa. jam sempre cumpridas", conclui.
Como é que a NDM-1 torna uma bactéria imune aos antibióticos?
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Tubercolose e gonorreia também têm níveis elevados de resistência
OMS sublinha a importância do uso correto dos antibióticos
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Não se pense que a NDM-1 é o único mecanismo que levanta o problema da resistência aos antibióticos. Na realidade, ainda é muito recente e raro no mundo. Mas há já muitos outros que têm uma forte presença em Portugal. Uma doença antiga, a tuberculose, é extremamente resistente. E matou 150 mil pessoas, apenas no ano passado. A Staphylococcus aureus, que causa pneumonias e endocardites é outro caso problemático.
E também a ineficácia dos antibióticos para tratar a gonorreia tem aumentado nos últimos anos. A resistência aos antibióticos veio para ficar e tudo indica que o problema só se vai agravar com o tempo. "É fundamental usar os antibióticos de forma racional, sem isso provavelmente caminhamos para um beco sem saída", sublinha Saraiva da Cunha. Hoje, "o grande desafio é usar corretamente os antibióticos", completa.
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sociedade
fátima
há 12 anos que Fernando Pereira repete a façanha: partir da Póvoa de Varzim, duas vezes por ano, com a imagem de Nossa Senhora de Fátima às costas, rumo ao santuário. Ao longe, causa estranheza. Do interior de uma mochila, às costas do peregrino de 46 anos, avista-se pouco mais de metade de uma imagem com 10 quilos. É Fátima. Com um terço pendurado, que vai pendendo para os lados, consoante o homem caminha. Tranquilo e sem ofegar, diz que o faz com gosto e alegria. E que está sempre ansioso pela chegada dos dias 6 de maio e 6 de outubro, datas em que retira a imagem, com 27 anos, do santuário que tem em casa, "para trazer Nossa Senhora comigo e fazê-la peregrina. Porque é ela que me leva e ajuda a chegar. Não sou eu", explica, sorrindo. Fernando conta-nos que em 1989 teve um acidente de viação grave, do qual ficou
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"muito maltratado". Há duas décadas que caminha até Fátima, sempre duas vezes por ano. Nada o pára. "Pelo menos até poder". O seu companheiro de viagem, Gaspar Carvalho, com 67 anos já foi 42 vezes a pé a Fátima. "Já fiquei com as tripas na mão e só espero viver mais 50 anos para poder continuar a caminhar até ao santuário". Faça sol, faça chuva, calor ou frio, nada pára os milhares de peregrinos, de todos os cantos do país. Movidos pela fé rumam ao Santuário de Fátima para assistir às celebrações de amanhã. Um ato de sacrifício? De coragem? O caminho está cheio de armadilhas. Trânsito, camiões, estradas apertadas. Perigos que em nada assustam os peregrinos, que munidos de cajados e coletes refletores arrepiam caminho. Contudo, daqui a um ano estes peregrinos de Fátima vão poder caminhar numa rota nova, com 111 quilómetros, que vai ligar
o Carmelo de Santa Teresa de Coimbra ao santuário, projeto com a assinatura da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro. O objetivo é oferecer melhores condições de segurança e orientação aos peregrinos, afastando-os das vias com maior tráfego automóvel. Denominado "Caminhos de Fátima -Rota de Peregrinação das Carmelitas de Fátima", o percurso inicia em Coimbra e continua nos concelhos de Condeixa-a-Nova, Penela, Ansião e Alvaiázere, terminando no de Ourém. Após a apresentação do projeto, que decorreu na última semana, o próximo passo é proceder à marcação e melhorias do percurso, que já existe, mas carece de placas informativas sobre locais de visitação, alojamento, alimentação, postos de saúde, farmácias, lojas e vias alternativas.
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Fé sem limites pelos Caminhos do santuário fátima é o destino. tudo o resto é incerto. estrada forA, MILHARES DE PEREGRINOS calcorreiam quilómetros para celebrar mais um 13 de maio. no próximo ano o percurso a partir de coimbra é mais seguro, com a rota das carmelitas textos marta varandas fotos pedro ramos
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sociedade
fátima
Uma vida dedicada a ajudar os outros
reformada, Esmeralda Dias, bombeira, hoje no Quadro de Honra dos Voluntários de Anadia, presta apoio aos peregrinos há 30 anos. Recorda o tempo em que ainda não havia a tenda, mas no seu lugar guarda-sóis e grades de cervejas que serviam de bancos. Explica que prestar apoio aos peregrinos envolve "muita coisa". Principalmente "carinho". Na tenda dos Bombeiros Voluntários de Anadia está uma ambulância permanente e uma grande variedade de medicação, colaboração das farmácias locais.
Peregrinos optam por parar menos
os peregrinos que hoje caminham até Fátima começam "a parar menos e a optar por fazer o percurso durante a noite", admite Esmeralda Dias. O facto de se deslocarem em grupos e com carros de apoio pode ser um dos motivos, sendo o objetivo agilizar e suavizar o trajeto. Um ingrediente necessário para a chegada dos peregrinos ao destino final passa por "enchermo-nos de força para os incentivar. A peregrinação não é um recreio de férias. Este caminho fica caro em dinheiro e em sacrifícios", remata a bombeira anadiense.
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Fernando Pereira leva imagem de Fátima com 10 quilos às costas, em peregrinação
caminhar a pão e água
"Quem promete faz dívidas e Nossa Senhora é tudo para mim" a pão e água. É assim que Maria Fernanda Andrade vai a pé, uma vez por ano, até ao Santuário de Fátima. Com 53 anos, diz que o faz para "agradecer a Nossa Senhora" a recuperação de um acidente de motorizada, quando tinha 18. Cumpre a promessa já lá vão 32 anos. Confessa que quando chega a hora das refeições e está com o grupo de sete pessoas, com quem veio, da Maia, algumas vezes custa. Porque "vem o cheirinho das bifanas e das batatas fritas, que eu gosto. Mas Nossa Senhora ajuda-me a segurar". Tem um ritual, que segue à risca: na véspera de arrancar para a peregrinação, retira de uma gaveta a mesma t-shirt, as mesmas calças e as mesmas meias que usa desde 1979. A amiga Maria Rosa Silva, dois
Maria Rosa e Maria Fernanda são mulheres de fé
anos mais nova, diz não perceber como Fernanda "aguenta. É uma coisa incrível, que só vendo. É a fé. Até os pés, só os dela não fazem bolhas. É impressionante". Os olhos de Fernanda brilham
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sempre que fala de Fátima. Com voz meiga, pausadamente, lembra que "quem promete faz dívidas e Nossa Senhora é tudo para mim. Vou fazer a peregrinação até poder. Assim prometi".
De caminha rumo a fátimA
Família é essencial
Carros de "apoio aos peregrinos" são nova "moda" os peregrinos hoje já não vão "sozinhos" para a estrada. António Bernardo, ao volante de uma carrinha que no vidro traseiro exibe "Apoio aos peregrinos", aguarda à sombra de um plátano onde mais à frente se lê "Pombal
23 km". Vem de Viseu e está a fazer tempo para que os dois familiares que acompanha caminhem alguns quilómetros. Prepara o comer, a dormida na carrinha e leva água fresca à família. Ao lado está uma caravana de Alfena. Adélio
Moreira diz que não é um carro, mas sim uma "casa de apoio". A mulher e a cunhada vão a pé e o cunhado de bicicleta. Mas é Adélio que faz as refeições e está sempre por perto do trio, para valer quando for necessário.
por ser crente e querer sentir como é a emoção de chegar ao Santuário de Fátima no 13 de maio, a pé, Maria Emília Carrilho, com 48 anos, aventurou-se e fez-se à estrada, numa longa caminhada de cerca de 300 quilómetros. Partiu de Caminha. Acompanhada por um grupo de gente da terra "e com Nossa Senhora de Fátima no pensamento". Chega a Anadia sem uma única bolha nos pés. Quem o atesta é Anabela Alegre, enfermeira no Hospital de Águeda, mas que tira férias nestes dias exclusivamente para ajudar no apoio aos peregrinos, na tenda que os Bombeiros Voluntários de Anadia, de onde é natural, montam na zona da Malaposta, à beira da Estrada Nacional 1. O alento de Maria Emília é a foto que traz, dobrada ao meio, na bolsa que tem presa à cintura. Diz-nos que foi o filho mais novo que lá a colocou, sem saber. "Dei conta pelo caminho, quando senti qualquer coisa mais dura. Abri a bolsa e vi uma foto, nossa, dos quatro, no dia da primeira comunhão dele". No verso está uma carta. "Por estas palavras vou até ao fim do mundo", remata, com os olhos cheios de água.
sociedade
fátima
Tudo começou em Aljustrel A aldeia descaraterizou-se, só restando pequenas nesgas da época que colocou Fátima na rota mundial das peregrinações APENAS as casas dos três pastorinhos - a dos irmãos Jacinta e Francisco e a da prima Lúcia -, a casa da madrinha de Lúcia, onde foi instalado, em 1992, um museu etnográfico que retrata a época das aparições, e uma ou outra edificação praticamente em ruínas, deixam adivinhar a vivência da aldeia rural de Aljustrel, onde "tudo começou". A aldeia dos arredores de Fátima faz parte obrigatória do roteiro peregrino, pois arrola a história das aparições. O santuário decidiu, por isso, adquirir primeiro as casas e depois o museu, para conseguir preservar os lugares que permitem hoje localizar no espaço a vida daquelas três crianças e entender até mais profundamente o que isto as terá marcado, na vida simples da aldeia. Na Casa-Museu de Aljustrel, manequins de verga juntam-se a utensílios dos princípios do século XX, procurando recriar vivências de uma aldeia que vivia da agricultura e da pastorícia. Com a romagem dos peregrinos, iniciada pouco depois de se darem a conhecer as visões das crianças de Aljustrel, as atividades tradi-
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cionais da aldeia foram sendo substituídas pelo comércio, que agora prolifera pela maioria das casas do lugar. Este crescimento sem critério levou a que a autarquia promovesse a classificação do lugar co-
mo "área crítica de recuperação e reconversão urbanística", publicada em Diário da República em outubro de 2008, na esperança de conseguir "recuperar para Aljustrel a dignidade que os lugares eleitos merecem".
curiosidades "Fábrica" produz 47 mil hóstias por dia
São produzidas diariamente no Santuário de Fátima cerca de 47 mil hóstias para consumo dos peregrinos, mas também para distribuir por congregações religiosas, paróquias e dioceses do país. A pequena "fábrica" das hóstias fica instalada no rés do chão da Casa Nossa Senhora do Carmo, no santuário, no mesmo edifício onde ficou alojado o papa Bento XVI. Tocheiro rende 10 toneladas de cera
uLTRAPASSADA a fase de alguma polémica inicial face ao custo da obra, estimado em cerca de 60 milhões de euros, a nova mega igreja de Fátima, consagrada à Santíssima Trindade, impôs-se na paisagem do Santuário e atualmente é um dos primeiros locais que os peregrinos querem visitar. Com 125 metros de diâmetro, tem capacidade para cerca de nove mil fiéis sentados.
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O tocheiro, junto à Capelinha das Aparições, é passagem obrigatória para os milhões de fiéis que peregrinam ao santuário, onde deixam, nas épocas altas, umas 10 toneladas de velas, mas também as mais diversas figuras de cera, representando crianças, adultos ou órgãos do corpo humano, símbolos do cumprimento de promessas. A cera é depois reciclada e transformada em líquido, nalguns casos entre 90 a 95 por cento.
opinião
Mira Lagoa Sobral
Sinais dos tempos
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Tempos de crise significam tempos de soluções
não é sinal dos tempos. É essência do tempo. A única permanência que há é a mudança. A ponto de já na primeira metade do século XVI, Camões ter fixado num dos seus mais belos sonetos que "todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades". Que conforme a sua natureza, ora dão para qualificar como tempos de crise ora dão para os qualificar no oposto, como sendo ou tempos de bem estar e desenvolvimento ou tempos mesmo maus. tempos de crise significam tempos de soluções. Há quem se preocupe em arranjar soluções para os problemas, como quem há que se preocupe em arranjar problemas para as soluções. Opções … neste tempo de mudança, enquanto mantemos o movimento de translação em torno do tempo, efetuamos por igual o movimento de rotação em torno de nós próprios. E que vemos por estes tempos de transição em que nada está firme? • O Ministério Público a, em tribunal, mudar de posicionamento perante um processo, se acaso muda o profissional encarregue do mesmo. • A Banca a ver lucros a baixar. Mas não será que antes os lucros eram exagerados? Porque terá de ser o cliente a contribuir para que a Banca garanta o patamar mínimo de solvência, depois de os accionistas serem remunerados, via dividendos, e beneficiarem de capitalização bolsista? Serão os preços do crédito adequados ou por demais elevados? Quando comparados com a remuneração líquida das aplicações de poupança, não há dúvida. Valerá a pena poupar? Mas se a poupança individual e familiar é tão necessária, alguém acredita que com esta política de captação de poupanças será de esperar grande adesão ao reforço da poupança, através de mais agentes a poupar, e os que já poupam a
pouparem mais? • As públicas dificuldades de tesouraria a contagiarem entidade a entidade. Antes a PSP, agora a GNR. Esta, com aniversário pago por privados… originalidades dos "tempos modernos". • A AutoEuropa a anunciar que em 2011 pulverizará, pela positiva, o anterior recorde de número de unidades produzidas por ano. • Os festivais de verão a serem anunciados como se nada se passasse de relevante no país a justificar contenção. • Importar espetáculos pode ser espetacular, mas… • Os meios de comunicação social on-line a consentirem a inclusão constante de comentários anónimos soezes, maldosos e inadmissíveis em matéria de educação, quer dizer-se, em matéria de falta de educação escrita e manifesta presença de má educação cívica, linguística e relacional. • O novo submarino a chegar. • O arranque do movimento contra a renovação, normalização, racionalização do mapa autárquico nacional. Novo e atualizado mapa de 177 anos. 77 em Monarquia e 100 em República. Serão líderes de avant garde ou, ao invés, serão líderes d´arrière-garde? Faltam 24 dias para se iniciar nova mudança. Será desta que tudo melhora? Dúvidas mais que muitas. Certas apenas as dúvidas. Por cá, "O Dia Nacional da Indiferença" todos os dias de todas as semanas, a ser respeitado por esmagadora maioria. Tudo é com os outros, nunca nada com cada um de nós. Esta rotina cansa. Este tudo muda, nada muda, desespera. Já basta a ausência de confiança. Dispensam-se razões de desconfiança. São muito arreliadoras.
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sociedade
saúde
Coimbra vai ter o maior Centro de Sangue do país Infraestrutura representa um investimento de 7,2 milhões de euros e vai processar mais de metade do sangue colhido em Portugal Texto bruno vicente Fotos pedro ramos A QUINTA da Vinha Moura, em São Martinho do Bispo, vai acolher uma infraestrutura única em Portugal. O novo Centro Regional de Sangue de Coimbra, em construção, envolve um investimento de 7,2 milhões de euros e tem uma área superior a 2.400 metros quadrados. "Este Centro vai ter uma importância muito grande para o setor. Vai ser o maior do país e um dos maiores e melhores da Europa. Tem capacidade para colher e processar até 250 mil unidades de sangue", afirmou à C o presidente do Instituto Português do Sangue, Álvaro Beleza. O responsável visitou as instalações na segunda-feira, observando ao detalhe o sítio onde vão nascer quatro blocos de serviço: dadores, processamento de sangue, administrativo e apoio/serviços gerais. Apesar de estar sediada no concelho de Coimbra, a infraestrutura é muito mais do que um Centro local. "Vai funcionar para todo o país, não é só para a região Centro", explicou Álvaro Beleza. O Instituto Português do Sangue, que também tem laboratórios em Lisboa e no Porto, fica agora melhor apetrechado. É que o atual Centro de Recolha de Sangue de Coimbra, instalado num pavilhão de Celas, cedido a título provisório pelos Hospitais da Univer-
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Este Centro terá uma importância muito grande. Tem capacidade para colher e processar até 250 mil unidades de sangue Álvaro Beleza Presidente do Instituto Português do Sangue
sidade de Coimbra, tem a sua capacidade de resposta esgotada. "Vai acontecer um enorme avanço. Os dadores vão ter maior comodidade. O próprio edifício vai ser o mais moderno da cidade. É extremamente ecológico e inteligente, tendo uma arquitetura muito interessante, bem enquadrada no pinhal onde está localizado", adiantou o presidente. "Diminuir despesas, melhorar receitas" O funcionamento do novo Centro integra um pacote de medidas do Instituto Português do Sangue que visa "diminuir despesas, através da automatização de processos, e melhorar as receitas", explicou Álvaro Beleza à C. Aumentar o processamento de sangue no Instituto e iniciar o fornecimento de plasma português aos hospitais do país são exemplos de outros objetivos que a entidade quer atingir a curto prazo. A visita de segunda-feira incluiu uma comitiva da Comissão Diretiva do Mais Centro – Programa Operacional Regional do Centro, que já disponibilizou cerca de 1.400 milhões de euros de fundos europeus para a realização de projetos na região. Só para o novo Centro de Sangue foram cinco milhões de euros.
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sociedade
basquetebol
"Portugal está a fazer as coisas bem" Dave Hopla, conhecido como "Mr. Perfect", esteve em Coimbra para ajudar os treinadores da região a ensinarem os jovens basquetebolistas Texto vasco garcia É O MAIOR especialista mundial em lançamentos. Dave Hopla ajudou alguns dos melhores basquetebolistas da atualidade, como Kobe Bryant, Ray Allen ou Gilbert Arenas, a melhorar o seu lançamento. Esteve recentemente em Portugal e deixou boas críticas à formação feita no nosso país. "Vocês estão a fazer as coisas bem aqui, com os cestos mais baixos e as bolas mais pequenas. É difícil ensinar um miúdo que não consegue chegar ao cesto, mas num cesto mais baixo ele já consegue e, assim, aprende a mecânica. Nos Estados Unidos, os cestos têm alturas diferentes. O nosso sistema está estragado, o vosso está certo", disse à C. Dave "respira" basquetebol. No dia em que esteve em Coimbra, já tinha feito três clinics para treinadores. Ainda assim, mal entrou no pavilhão e viu que este não estava ocupado… foi lançar. "Já fiz mais de mil lançamentos hoje", revelou. E não o disse só por dizer. O coach aponta num pequeno caderno todos os lançamentos que fez desde os 16 anos. Vê-lo errar o alvo é uma raridade. "Mr. Perfect", como também é conhecido, não tenta apenas acertar no cesto. Tenta sempre encestar sem tocar no aro. Para Dave, não há nenhum segredo para ser um bom lançador. É tudo uma questão de trabalho. E deu o exemplo de Ray Allen, que
recentemente bateu o recorde de triplos na NBA. "Ninguém gosta tanto de treinar como ele", garantiu. Ensinar a lançar "é como construir uma casa". Começa-se pelos pés, depois o corpo e os braços. Tudo tem de estar em perfeita harmonia para se conseguir o lançamento perfeito. Depois, é uma questão de repetir o gesto sempre da mesma maneira, quase como uma máquina. "Se queremos desenvolver bons lançadores, temos de treinar o lançamento", afirmou. E também se deve começar perto do cesto e ir afastando. "Vejo muitos miúdos que ainda não conseguem lançar de dois pontos e já querem lançar triplos. A linha dos três pontos foi a pior coisa que aconteceu ao basquetebol, devíamos apagá-la. Ainda bem que não há linha de quatro pontos", criticou. Outra coisa que "irrita" Dave, além dos gadgets que lhe enviam, supostamente para o ajudar no lançamento, é o facto de, nos Estados Unidos, haver mais jogos do que treinos. "Os jovens não desenvolvem o lançamento porque só sabem jogar", argumenta. Para quem não conhece Dave Hopla, saiba que estamos a falar de um homem que lançou 1.234 lances livres consecutivos, 88 triplos seguidos ou 25 lances livres convertidos em apenas um minuto.
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A linha de três pontos foi a pior coisa que aconteceu ao basquetebol. Devíamos apagá-la
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cérebros
inovação
A INOVMAPPING modelou a 3D o Palácio de Buckingham, que na semana do casamento real obteve mais de 12 mil visitas
Líderes na modelação 3D A inOVMAPPING é recomendada pela GOOGLE E FOI PREMIADA RECENTENTE NA SWITCH CONFERENCE, REALIZADA NO PORTO. NO IPN MORA UMA EMPRESA DE SUCESSO. Texto e foto Mário Nicolau A ideia dos geógrafos Rogério Coelho e Luís Miranda nasceu "num projeto universitário", no âmbito do curso de Geografia, quando se detetou "um problema" nas páginas web das autarquias: "os mapas interativos do PDM ou dos pontos de interesse do concelho, por exemplo, demoram muito a carregar, dificultando a consulta", explica Rogério Coelho. A utilização "não é", também, intuitiva , pelo que Rogério Coelho "viu uma oportunidade de negócio" na criação de "um sistema de informação geográfica light" que pudesse resolver o problema. A adaptação da cartografia das autarquias para as plataformas da Google (Google Maps e Google Earth) foi um êxito, começando por conquistar um prémio da Google com um cartograma do concelho de Coimbra. "Com este prémio e a participação em várias conferências começamos a ponderar a viabilidade financeira", conta Rogério Coelho. A Turismo de Coimbra deu um contributo importante
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"ao lançar o desafio" para modelar a Alta de Coimbra em 3D. "O trabalho sobre a Primeira Dinastia marca a passagem para o Google Earth e para a modelação 3D de edifícios com base em fotografias recolhidas no terreno", lembra. A modelação com ferramentas da Google (a Google Sketchup) converteu-se num novo êxito, pois a Google aprovou o trabalho da iNovmapping, em vários parâmetros, colocando-o "nativamente", o que garante o acesso em qualquer parte do mundo. O biólogo João Melo, o bioquímico José Pedro Moura e o economista Hugo Grácio abraçaram, entretanto, o projeto da iNovmapping, que tem como principal área de negócio "a vertente da aprovação para Google Earth de edifícios emblemáticos". O maior trabalho de modelação 3D para Google Earth e Google Maps 3D, "algumas vez feito em Portugal", realizado para a CIM PIN - Comunidade Intermunicipal do Pinhal Interior inclui 113 modelos 3D de monumentos e pon-
tos de interesse da região, espalhados pelos 14 municípios que constituem a comunidade, é um exemplo da atividade da empresa que, em junho, no âmbito das comemorações dos 900 anos do foral da Vila de Soure, apresentará um projeto "de enorme utilidade pedagógica". Além do exterior, a empresa realiza a modelação do interior dos edifícios e, segundo Hugo Grácio, já tem trabalho desenvolvido nesta área. "É um produto que tem muitas funcionalidades e utilidades, nomeadamente, para os serviços de proteção civil, turismo e imobiliário. Tal como os outros produtos que comercializamos, pode estar sempre disponível online , bastando aceder à plataforma Google Earth", acrescenta. A visita virtual (interior) a museus ou galerias de arte está nos planos da equipa da iNovmapping, que "é caso único em Coimbra" ao reunir profissionais de várias áreas com uma "paixão comum": a tecnologia.
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ciência & tecnologia Colóquio "As plantas invasoras" Coimbra é a única cidade do mundo com uma rede de mupis aprovada no Google Earth a 3D. As paragens dos SMTUC também fazem parte do portfólio
Organizado pelo Município
de Góis, Lousitânea e Núcleo de Investigação em Clima e Mudanças Ambientais do Centro de Estudos Geográficos, IGOT-Universidade de Lisboa, o colóquio "As Plantas Invasoras" está agendado para o dia 18 deste mês no Auditório da Casa do Artista, em Lisboa. As plantas invasoras são, garantem os especialistas, uma das principais causas da perda de biodiversidade a nível mundial.
"3is" da UC completa 10 anos
O instituto de Investigação
Rogério Coelho e Hugo Grácio integram a equipa responsável pelo êxito da empresa
O êxito no concurso de ideias realizado no âmbito da Switch Conference, que decorreu em abril, no Porto, e que contou com a participação de vários "gurus da web", é mais uma prova da qualidade do trabalho desenvolvido na iNovmapping. Passar para o Google Earth toda a publicidade existente no mundo real é a ideia premiada e que torna Coimbra caso único no mundo. "É a única cidade que tem aprovada nativamente no Google Earth a 3D toda a rede de mupis e outdoors existente. Foi a primeira vez que se conseguiu fazer, já que só é possível aprovar aquilo que existe no mundo real. Desenvolvemos um mecanismo de aprovação em grande escala de centenas de objetos 3D para Google Earth", afirma. Os ecopontos e as paragens dos SMTUC foram também modeladas pela empresa. No caso das paragens dos SMTUC, além de visualizar a paragem, o utilizador pode consultar o horário das carreiras disponíveis . Bem vindos ao futuro...
à lupa Nome
iNovmapping Lda Setor de atividade
Serviços de modelação 3D Geoespacial. Branding, promoção e marketing no Google Earth e Google Maps Localização
IPN INCUBADORA - Coimbra
Interdisciplinar (IIIUC) está a celebrar 10 anos de atividade. Esta unidade orgânica de ensino e investigação da Universidade de Coimbra, também conhecida por "3is", que junta 34 unidades e cerca de 1500 cientistas, foi a primeira do seu género a ser criada em Portugal e pretende afirmar-se como um cartão de visita internacional da UC.
Cavaco estimula debate no Buçaco o presidente da República sublinhou, na cerimónia de entrega do Grande Prémio BIAL de Medicina 2010 ao investigador Vladimir Hachinski , que "o desenvolvimento de projetos de intensidade tecnológica é o caminho que não podemos abandonar se queremos no futuro um Portugal mais desenvolvido ".
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poder local
território
PROT
Centro é o primeiro A Região Centro foi a primeira do país a aprovar o plano de ordenamento do território. "Fez-se história", diz o presidente do conselho da regiãoTEXTO Vasco Garcia FOTO PEDRO RAMOS Depois de um período de dis-
cussão pública em que vários auta rcas le v a nta r a m a voz contra o documento, o Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT) da região Centro acabou por ser aprovado pelo Conselho Regional com apenas um voto contra e cinco abstenções. "Este é um momento histórico para o Centro. Somos a primeira região a aprovar o PROT", afirma Álvaro Amaro. "A região Centro marca mais alguns pontos pela sua afirmação no contexto nacional", acrescenta o presidente da Câmara Municipal de Gouveia. Já o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) destacou as soluções “inéditas, originadas e muito equilibradas” que foram encontradas pa-
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ra resolver os casos mais complicados. "São exemplos que serão, certamente, replicados", garante Alfredo Marques. Aliás, o responsável revela que outras regiões já pediram ao Centro o plano, para poderem usá-lo como base de trabalho. As soluções encontradas "para algumas das matérias mais difíceis", referiu, decorreram
do "espírito de forte e intensa cooperação" entre a CCDRC e a Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP). "Na Região Centro há um antes e um depois do PROT", acrescentou. Alfredos Marques frisa que este plano é aplicável caso haja uma reorganização administrativa do Estado e refere que "o docu-
Os municípios da região aprovaram o documento
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mento pode servir de inspiração para essa reorganização". Álvaro Amaro sublinha, igualmente, a colaboração entre a ANMP e a CCDRC e o "trabalho evolutivo" que o novo plano representa. Amaro elogia ainda a atitude dos autarcas, que perceberam que "há momentos em que o interesse regional tem de se sobrepor aos interesses particulares de cada instituição". "Também me atrevo a dizer que [o PROT] vai fazer escola", disse, referindo que a colaboração entre as entidades "ajudou a partir pedras e a que se burilasse muitos problemas". Outro aspeto que, segundo Álvaro Amaro, "conforta" os autarcas diz respeito à comissão de acompanhamento do PROT que vai assegurar a monitorização do plano.
lançamento
Quarto livro
Encontros e desencontros de Francisco Andrade O quarto livro de Francisco Andrade cum-
pre vários objetivos: lembra quem já partiu e critica uma mão cheia de "frases feitas". O autarca, que já foi técnico e formador de treinadores de futebol, não entende "a teorização da metodologia do treino" e "os livros com 400 páginas sobre marcação à zona". São partes de um todo que se separam sem explicação aparente. "Se utilizar 400 páginas para explicar a marcação à zona a um jogador, é claro que ele não percebe", garante. Valorizar a experiência é outro dos objetivos do livro "Encontros e Desencontros" que Francisco Andrade fez questão de escrever para lembrar que "a prática tem valor e que a teoria da teoria não é caminho". Longe vão os tempos em que Académica e União de Coim-
bra formavam homens em toda a plenitude, mas o contributo que deram, justifica, no caso do emblema da Cruz de Santiago, "a salvação de um clube que foi o orgulho da cidade e que formou muitas pessoas que têm hoje em dia um peso social muito grande". No caso da Académica, Francisco Andrade decidiu clarificar algumas situações. O caso de Artur Jorge é um exemplo. "Alguns antigos jogadores afirmam que o Artur Jorge não jogou a final da Taça de Portugal porque não o deixaram vir da tropa. Pura mentira. O Artur Jorge fez o último jogo em janeiro, frente ao V. Guimarães, assinou pelo Benfica e nunca mais jogou. A Taça foi disputada em maio, pelo que é fácil perceber de que lado está a verdade", conclui.
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poder local
comemorações
Crédito Agrícola celebra centenário com conferências
segunda sessão, desta vez dedicada à "área social", faz parte do conjunto de atividades que visam festejar a efeméride texTO marta varandas FOTOS pedro ramos João Costa Pinto, Américo Mendes, Eduardo Graça, Francisco Silva e Carlos Courelas durante a conferência nas Caldas da Rainha o centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha recebeu o segundo fórum de discussão integrado no ciclo de conferências organizado pelo Crédito Agrícola (CA), no âmbito das comemorações do seu centenário. "O Crédito Agrícola e a Economia Social" foi o tema central que esteve em discussão na segunda conferência, que teve mais uma vez a parceria da CASES - Cooperativa António Sérgio para a Economia Social. Moderada por Francisco Silva, presidente da direção da Federação Nacional das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (FENACAM), a sessão contou com a abertura por Carlos Courelas, presidente do Conselho Geral e de Supervisão da Caixa Central (CC). "A Caixa existe para a área social, para a qual trabalha e foi criada. A inserção plena das Caixas no seu meio económico-social permite também ao CA disponibilizar às populações locais serviços bancários de proximidade, numa base de confiança recíproca", referiu Carlos Courelas. Em 250 povoações do país, "a única dependência bancária existente é a agência local do CA" e "em mais 400 outras localidades, o úni-
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O Crédito Agrícola, apesar das dificuldades atuais, pode dar um contributo ímpar ao desenvolvimento económico e social do país
co ponto de contacto com o sistema bancário é a ATM que o CA aí instalou", assegurou o presidente, lembrando as relações privilegiadas do CA com instituições de economia social, como são exemplo as misericórdias. O presidente do Conselho de Administração Executivo da CC, João Costa Pinto, veio de seguida falar sobre "O Crédito Agrícola em Portugal", começando por fazer referência a que o CA nasceu nas zonas rurais e nos centros locais.
"O CA enfrenta as dificuldades atuais a partir de uma plataforma de grande solidez e vai conseguir responder aos desafios que estão à porta", defendeu Costa Pinto, frisando que este é o único grupo financeiro com uma posição líquida bancária credora, atualmente com mais de mil milhões de euros. "O CA, apesar das dificuldades atuais, pode dar um contributo ímpar ao desenvolvimento económico e social do país". Seguiu-se a "Economia Social em Portugal - Presente", por Eduardo Graça, presidente da CASES, que trouxe à sala a reflexão sobre o Memorando de Entendimento entre o Governo e a Troika, sublinhando o facto de "a economia social não ser referida uma única vez no documento", sendo que são as organizações de economia social que "devem atenuar a incidência da crise junto dos cidadãos". Por seu turno, Jorge de Sá, professor universitário no ISCSP, veio falar sobre "Capital Social, Empreendedorismo e Desenvolvimento Local". Já o professor da Católica Américo Fernandes terminou, respondendo afirmativamente à questão "CA: é uma Organização de Economia Social, ou não?".
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dinheiro
marketing
Futre garantido na tenda do Licor Beirão a tenda do Licor Beirão na Queima das Fitas está
a superar as expectativas da empresa. A animação é uma constante e as subidas no balão com a forma das míticas garrafas do precioso licor, contribuem para o "estado de graça". Daniel Redondo, responsável pelo setor de marketing da empresa, explica o sucesso da Tenda do Licor Beirão pela "variedade" de figuras nacionais. Anaquim, Manuel João Vieira e Rui Unas entram no rol, que inclui, ainda, os apresentadores do programa da RTP2 “Cinco para a meia-noite” Fernando Alvim, Filomena Cautela, Luís Borges, Pedro Fernandes e António Raminhos. "A tenda está sempre cheia e a noite com o Pedro Fernandes e o David Antunes, do “Cinco para a meia-noite”, na RTP2, teve um ambiente fantástico", sublinha. Os estudantes "aderiram em força" à proposta do Licor de Portugal, que dá, mais uma vez, uma lição de criatividade: "o feedback confirma o êxito da campanha com o Futre". A proposta para a realização da campanha chegou no momento exato e a agilidade da nossa empresa permitiu uma decisão em tempo útil", afirma Daniel Redondo. A capacidade de assumir riscos, acrescenta, "é outra das vantagens face a grandes empresas, que não tão rápidas a tomar decisões com esta dimensão". Na web, o passatempo do "Porsche do Futre" tem online 15 mil frases e amanhã, na Tenda do Licor Beirão, a festa promete ser de arromba: Paulo Futre vai à festa...
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dinheiro
marketeer
"Não sou grande adepto de marcas" Qual foi o seu primeiro emprego? Administrativo na Câmara Municipal de Góis. Como gastou o primeiro ordenado? Em música… Num leitor de CD e em vários álbuns. Um sonho... Conhecer todos os países do mundo. O que não suporta? Injustiça, má educação e maus tratos. Um vício que não equaciona deixar… Dormitar no sofá. E que marca não dispensa? Não sou grande adepto de marcas. Que música lhe dá vontade de cantar em voz alta? "Ring on fire", de Johnny Cash. Com quem não jantava? Prefiro pensar: "com quem vou jantar".
filipe carvalho, adjunto da presidente da câmara municipal de góis
conversa de
TABACARIA ESPÍRITO SANTO
A Tabacaria Espírito Santo, na Praça 8 de Maio, é gerida por Madalena Mar tins desde 1 de julho de 1997. Apaixonada pelo que faz, começou a trabalhar no quiosque depois de ter adquirido experiência em serviço de balcão. A tabacaria está aberta de segunda a sex-
ta-feira, das 06H30 às 19H30. Domingo é o único dia em que a tabacaria fecha mais cedo, por volta das 17H30. À venda estão revistas nacionais e internacionais, jornais, tabaco, passes, senhas de autocarro. É agente dos SMTUC e faz carregamentos de passes mensais.
quiosque
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Último livro lido, cd ouvido, filme visto? "O miúdo que pregava pregos numa tábua", de Manuel Alegre, "Manhã", de Luís Figueiredo Trio, "The King's Speech", de Tom Hooper. Lema de vida? O que importa não é o que temos na vida, mas quem nós temos na vida.
Praça 8 de Maio Coimbra - Tel. 239 821 991
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Colégio de São Martinho ano lectivo 2011/2012
notícias
A Lugrade obteve o certificado
de conformidade pela SGS, da norma NP EN ISSO 9001:2008 na produção de bacalhau salgado verde e espécies af ins salgadas verde. A produção de bacalhau salgado seco, espécies afins salgadas secas e raia salgada seca e a comercialização de bacalhau demolhado ultracongelado e espécies afins demolhadas ultracongeladas, estão também certificadas.
Encontro Lojadobras em Coimbra
O encontro das várias unida-
des Lojadobras, no Hotel Vila Galé, serviu para apresentar a mascote (a formiga) e as novas parcerias e debater os problemas inerentes à atual conjuntura, no ramo da construção civil. A Lojadobras, primeira empresa portuguesa de mediação de obras, surgiu no mercado em 2009 e com pouco mais de um ano de existência possui já 14 lojas em sistema de franchising. O conceito é simples: consiste numa relação permanente com o cliente, da fase inicial do processo (levantamento das necessidades), passando pela orçamentação (três propostas), acompanhamento da obra (com o cliente e/ou parceiros) e averiguação dos resultados finais dos trabalhos adjudicados (inclui inquérito de satisfação que o cliente é convidado a preencher).
Box4 e Malo Clinic promovem simpósio
cursos de educação e formação curso de cozinha - tipo 2 | nível 2 curso de serviço de bar - tipo 3 | nível 2
curso profissional
Paulo Malo fará a abertura do simpósio no sábado o simpósio "Novos paradigmas em reabilitação oral: perspetiva clínica e empresa r ia l" reú ne sábado, no Hotel Vila Galé Coimbra, uma mão cheia de especialistas. Os trabalhos começam às 09H00 com a intervenção de Paulo Malo sobre "Reabilitação Oral - Perspetivas Futuras", seguindo-se a comunicação de Armando Lopes e Carlos Moura Guedes sobre o "Plano de Tratamento: A Importância do Diagnóstico". Os dois especialistas assi-
técnico de análises laboratoriais - nível 3
nam, também, a palestra sobre "Função Imediata e Implantes Unitários". Armando Lopes analisa, depois, a "Reabilitação de Desdentados Totais: Conceito All-o-4" e Carlos Moura Guedes a "Prótese sobre Dentes e sobre Implantes - Planeamento Integrado". O painel de workshops inicia-se com "O Papel do Assistente Dentário no Sucesso da Reabilitação Oral: Cirurgia de Implantes em Função Imediata", por Sandra Nunes.
condições de acesso Cursos de Educação e Formação tipo 2 7.º ano de escolaridade, ou preferência do 8.º, sem aprovação
AKI renova imagem da loja de Coimbra no Dolce Vita A AKI investiu 80 mil eu-
ros na renovação da loja em Coimbra que abriu ao público em 2005. Com a renovação dos espaços, a marca pretende contribuir para uma maior proximidade junto da população. "Estamos muito orgulhosos e convictos de que, com esta remodelação, iremos fortalecer ainda mais a relação de proximidade com
tipo 3 8.º ano de escolaridade, ou preferência do 9.º, sem aprovação
os nossos clientes e reconhecimento da marca AKI em Coimbra", afirma Cederico Tomás, diretor da loja de Coimbra. A A K I, acrescenta o responsável, pretende "continuar a fornecer aos clientes os melhores artigos e serviços de qualidade, a preços justos e acessíveis". A renovação foi aplicada a todos os departamentos.
Curso profissional 9.º ano de escolaridade
Contactos Rua D. João I Fala - São Martinho do Bispo 3045-054 Coimbra Telefone: 239 810 444 / Fax: 239 810 446 Site: colegiosaomartinho@netcabo.pt e-mail:csmartinho@netcabo.pt
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Lugrade obteve certificação
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empresária de sucesso
Quais foram os motivos que a levaram a apostar no ensino? O verdadeiro motivo prende-se com o enorme gosto, dedicação e rigor com que sempre me dediquei ao ensino e à minha prática enquanto docente. Sou licenciada em Línguas e Literaturas Modernas - Estudos Portugueses e são já 19 anos a abraçar esta atividade, em escolas da nossa cidade, prática que atualmente acumulo com a gestão e direção pedagógica do Ginásio da Educação Da Vinci. Contei com o apoio incondicional do meu marido, que aliou a sua experiência empresarial e ajudou-me a concretizar este grande projeto, com a constituição da empresa. A oferta formativa foi adaptada às exigências atuais? A nossa oferta está orientada para o ensino básico e a matemática, português, inglês, física e química e para o ensino secundário. O apoio pedagógico para o ensino superior tem mais procura para cadeiras dos cursos de engenharias e ciências exatas, principalmente em matemáticas, físicas, químicas e bioquímicas, apostando ainda na oferta para apoio e preparação de cadeiras dos cursos de economia e gestão. Neste momento, está já definida a estrutura para os alunos interessados na preparação dos exames do ensino secundário, que se avizinham. Oferecemos a inscrição, para preparação de exames, às primeiras 20 chamadas. Quais são as particularidades do Ginásio Da Vinci em matéria de modelo pedagógico? Aposta em metodologias de ensino de excelência, proporcionando um método e sistema integrado de aprendizagem que visa o alto rendimento escolar dos alunos e orientação de todo o trajeto escolar. Traça-se uma abordagem diferente do processo de ensino/aprendizagem do que é comum em centros de apoio escolar. A interligação do ensino básico com o ensino superior representa uma responsabilidade? Lidamos muito bem com esse facto. Somos responsáveis por colocar muitos jovens no ensino superior e orgulhamo-nos disso. O conceito Da Vinci orienta-se pela vontade de contribuir para a formação integral do aluno (criança; jovem e adulto), procurando intervir em todas as suas fases de evolução com critérios de qualidade, rigor e exigência, compatíveis com um ambiente de coo-
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Quem ensina por gosto a dedicação e o rigor que dina monteiro sempre aplicou ao ensino estão presentes no ginásio da Educação da vinci peração e de participação. A formação profissional é uma área prometedora em termos de futuro? Dispomos de um espaço com excelentes condições para o desenvolvimento de ações de formação profissional, mas como somos relativamente recentes neste mercado, estamos ainda em fase de lançamento das
a empresa Ginásios de Educação Da Vinci Unidade de Coimbra Rua Gen. Humberto Delgado, 319 3030-327 Coimbra Telefone: 239 718 407
primeiras ações de formação e em fase de avaliação de necessidades e da procura. Atualmente, contamos com parcerias com algumas empresas certificadas na área, de modo a garantir a qualidade dos nossos serviços. Pretendemos, nos próximos dois anos, afirmar-nos como entidade de referência nesta área. Os resultados do projeto correspondem às expectativas? Apesar do mercado não estar próspero devido à conjuntura em que vivemos, a qualidade dos nossos serviços marca a diferença. Os alunos solicitam os nossos serviços, quer para darem continuidade, quer para um irmão ou até para um amigo. O facto de terem conseguido atingir os resultados pretendidos dá-lhes segurança e por isso nos recomendam. MN
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viver
agenda Casino Figueira VIVER sex.13.22H30
Música ao vivo com Beta Brás
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Outras vozes explicam a República Congresso hoje e amanhã no palácio sotto mayor. UM leque alargado de investigadores da
A cantora Beta Brás anima sexta-feira e sábado o Álea-Restaurante Concerto Bar.
sab.14.20H00
Homenagem aos professores
área da história e da ciência política, provenientes de universidades, institutos e fundações de todo o país, debatem hoje e amanhã temas ligados à I República. “A Figueira da Foz é o local menos egoísta para que todos possam participar no congresso”, considera o diretor do Museu da Presidência da República, Diogo Gaspar, que organiza a iniciativa com o apoio do Casino Figueira. João Paulo Avelãs Nunes, Paulo Archer de Carvalho, Luís Reis Torgal (Universidade de Coimbra), António Nóvoa, Reitor da Universidade de Lisboa, Fernando Catroga e Guilherme de Oliveira Martins, ex-ministro da Educação, integram o painel de oradores.
António Nóvoa defende pensamento crítico Jantar, stand Up Comedy com Francisco Menezes e música ao vivo. Exposição de 14 a 22 de maio.
REITOR DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
qui.19.20h30
Jantares com história
Helena Sacadura Cabral, economista, jornalista e escritora, falará dos últimos livros "Nós de Amor" e "Caminhos do Coração". Os Jantares com História têm direção gastronómica do chef Hélio Loureiro e são elaborados pelo chef João Baptista. 48
António Nóvoa partiu da educação para a análise conjuntural do país. “Creio que podemos e devemos estar muito contentes com os últimos 35 anos – a nível da educação, cultura, qualidade de vida – independentemente da conjuntura do momento. Mas também é necessário um pensamento crítico”, alertou ao início da noite. Segundo o Reitor da Universidade de Lisboa, que participou nas Conversas do Casino, “o pensamento crítico, alternativo,
diferente, ou vem das universidades – que têm essa obrigação – ou dificilmente virá”. O problema, reconhece, é que “nos últimos anos as universidades têm sido arrastadas por critérios economicistas, para uma certa mercantilização do seu funcionamento, que lhes retira a capacidade de um tempo, que não é o do dia-a-dia, para a produção do pensamento. Mas não é um problema das universidades portuguesas, é das universidades em geral”, garantiu.
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MOBILIÁRIO DE ESCRITÓRIO – ESCOLAR – GERIÁTRICO – HOSPITALAR - HOTELARIA
Morada: Estrada Ribeira de Eiras, Armazém n.º 7 Santa Apolónia - Coimbra
Tel. 239 439 256 Fax. 239 439364 Email: geral@sesis.pt Site: www.sesis.pt
António e Alice Cruz
Aqui a jóia mais preciosa é a VIVER em casa de...
A família Cruz tem uma tradição na joalharia que já dura há 30 anos. A equipa da C foi conhecer melhor esta família, no conforto do seu lar texto márcia de oliveira fotos pedro ramos
Vivem há 13 anos em Taveiro. Antes, tiveram
residência, durante 24 anos, em S. Martinho do Bispo, freguesia que deixou boas recordações a António e Alice Cruz. "Gostámos muito de lá viver, tivemos lá uma atividade muito grande e, nessa altura, com a colaboração de muitos outros amigos, conseguimos colocar o clube de futebol Esperança na 3ª divisão nacional", recorda. O casal lembra que a mudança para Taveiro deveu-se, principalmente, ao facto de António Cruz sempre ter gostado de construção. "Construímos dois blocos em S. Martinho do
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Bispo. Entretanto, propuseram-me a compra deste terreno (onde tem atualmente a sua casa em Taveiro), mas eu nunca gostei dele. Até ao meu filho mais velho ir passar o fim de semana a casa do senhor Vale Leitão e ter adorado esta zona rural. Depois mostrei-lhe o terreno que me tinham mostrado e foram eles, os meus dois filhos - Pedro Cruz e Luís Cruz - que quiseram construir aqui esta casa", esclarece. "Esta já é a terceira casa que fazemos para a família aqui em Taveiro e sempre por administração direta, ou seja, compramos o terreno, arranjamos um técni-
co para colocar o projeto na câmara, depois arranjamos alguém para construir e vamos dando as nossas opiniões", realça o ourives. A casa conjuga o estilo vanguardista com o tradicional. E, como não podia deixar de ser, existem fotografias dos vários momentos em família, por todos os lados. "Moramos todos num raio de 700/800 metros". E isso facilita o facto da família se juntar várias vezes. "Há uma proximidade muito grande entre os vários membros da família. Somos uma família tradicional. Protegemo-nos uns aos outros", destaca o patriarca.
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é a família
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Somos uma família tradicional. Protegemo-nos uns aos outros
A paixão pela jardinagem e pela ginástica Conheceram-se em 1966 e casaram em 1968. São 43 anos, cheios de altos e baixos. De todos relembram com carinho o nascimento dos netos – Diogo Filipe, João Luís, Tomás e o Henrique - , dois de cada filho. Todos rapazes. "Com eles costumamos jogar à bola, andar de bicicleta, entre outras traquinices que é normal fazermos com as crianças. Nós entramos na onda deles", afirmam, visivelmente satisfeitos. Em 1966, António e Alice Cruz moravam na
zona do Calhabé e frequentavam o antigo Clube Recreativo do Calhabé. Foi lá que se viram pela primeira vez e foi lá, nos bailes, que começaram a namorar. "Foi praticamente amor à primeira vista", sublinha o empresário. Nos tempos livres, António Cruz dedica-se à jardinagem e, quando o tempo assim o permite, gosta de dar um saltinho até à Figueira da Foz. Já Alice Cruz gosta de se dedicar, pelo menos duas vezes por semana, à ginástica. E adora viajar, ao contrário do marido, que gosta mais de conhecer território portu-
guês. "A viagem que mais me marcou foi a ida à Índia e Goa, porque existiam muitos vestígios portugueses em Goa. Mas eu gosto mais de passear cá dentro", destaca. Êxito empresarial surge da atitude positiva A joalharia é o negócio onde a família Cruz, através da Ágata Joalharias, deposita todas as esperanças. Consideram-se "muito organizados", por isso o trabalho não lhes retira tempo nenhum à família. "Continuo a pensar que o futuro está no comércio tra-
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viver
em casa de...
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A viagem que mais me marcou foi a ida à Índia e Goa, porque existiam muitos vestígios portugueses em Goa. Mas eu gosto mais de passear cá dentro
dicional. Temos o caso dos centros comerciais a tentarem novas insígnias, os que lá estão já começaram a sair porque veem que o esforço/compensação não resulta. O comércio tradicional pode ter altos e baixos mas trabalhará sempre, nomeadamente em Coimbra, que tem uma baixa linda", defende o empresário. E continua: "Nós lutamos todos os dias para isso e não temos razão de queixa, porque levamos uma vida extremamente poupada e soubemos investir e arranjar fundos para não precisarmos de terceiros", ressalva. Para o empresário, o êxito vem da atitude alegre com que atendem os clientes e do facto de notarem que eles ficam satisfeitos com o que estão a adquirir. Não da vantagem comercial. "Costumo dizer que nós (Ágata Joalharia) somos jovens, temos 30 anos, mas já estamos preparados para os próximos 30. Só se tudo correr muito mal, mas se tudo correr mal para nós correrá muito pior para todos os
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outros", afirma, convictamente. Relembra ainda com satisfação o pedido da Faculdade de Direito para a Ágata Joalharia fazer o anel para o antigo Presidente do Brasil, Lula da Silva. "Houve também outra encomenda que me marcou: uma salva de prata para o centenário do Futebol Clube do Porto (FCP). Aqui há uns tempos, Pinto da Costa estava a dar uma entrevista no próprio gabinete e vi a salva na retaguarda dele. Foi a salva que a Federação Portuguesa de Futebol ofereceu ao FCP nos seus 100 anos e fomos nós que a fizemos", realça, a sorrir. Coimbra é a cidade de eleição do casal, para viver e trabalhar. "Talvez não consigamos apreciar tanto porque somos de cá, mas Coimbra é espetacular, tem vistas únicas", frisa. Quanto a sonhos, "não temos nenhum que ainda não tivéssemos realizado", afirmam. E concluem: "apenas queremos continuar estáveis e ver os nossos netos formados.
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viver
viajar
ficha
Santarém
Santarém - Portugal Europa
COMO IR O concelho de Santarém é atravessado por três auto estradas (A1, A15, A13), não havendo por isso dificuldade em chegar. Aconselha-se o recurso ao carro, para poder percorrer-se livremente a região.
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Santarém, capital do Gótico a cidade tem história, monumentos e gastronomia de excelência. mas há ainda as feiras, a festa brava, as rijas pegas e... a imensidão da Lezíria, onde mandam os campinos. texto joana semedo santarém é uma das mais antigas cidades portuguesas. Conquistada, definitivamente, por D. Afonso Henriques, em 1147, há quem atribua à velha Scalabis, inclusivamente, origens míticas. Ao longo dos séculos, foi sendo enriquecida por um precioso património, sendo atualmente aclamada como Capital do Gótico, título confirmado pelas suas muitas igrejas, com destaque para a Sé Catedral, também conhecida como Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Colégio dos Jesuítas. O Convento de São Francisco, a alcáçova e as muralhas da cidade, a Torre das Cabaças e o Templo Romano são outros atrativos do património urbano. Mas há ainda as Portas do Sol, esse mítico local de onde se avista um panorama deslumbrante sobre o Ribatejo. Importa dar também atenção aos arredores, às lezírias e aos campinos. Santarém, igualmente terra de toiros e cavalos, que Almeida Garrett tão bem descreve nas "Viagens na Minha Terra", organiza, anualmente, dois grandes festivais nacionais – um dedicado à agricultura, outro à gastronomia.
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1 - Vista sobre a lezíria 2 - Portas do Sol 3 - Convento de S. Francisco
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ONDE FICAR A cidade não tem muito alojamento, pelo que a opção, por exemplo, pelo turismo rural, poderá ser boa ideia. No entanto, há alguns hotéis mais conhecidos, como o Hotel de Santarém e o Hotel de Alfageme. O QUE COMER Falar da região de Santarém é falar da sopa da pedra de Almeirim. Não deverá ignorar-se, ainda, a açorda de sável e o torricado (um prato com pão e bacalhau). Para a sobremesa, o pampilho deverá ser a escolha. O QUE VER A cidade, para além das igrejas, de visita obrigatória, oferece também o famoso jardim das Portas do Sol e o Convento de S. Francisco. Se a visita coincidir com a Feira Nacional da Agricultura (em junho) ou o Festival da Gastronomia (entre outubro e novembro), tanto melhor. Deverão trocar-se as grandes estradas pelos caminhos mais pequenos, ao longo da planície a perder de vista. A NÃO PERDER Aos amantes da arte do toureio aconselha-se a consulta do calendário tauromáquico, a fim de poder assistir à festa brava e às rijas pegas. Os grupos de forcados são muito típicos desta região. A pastelaria Biju, no centro de Santarém, é aclamada como a melhor pastelaria do Ribatejo. Entre e comprove.
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viver
indústria Ford alerta para as vantagens das peças originais
topo de gama
Peugeot 508 Entrada promissora Preços a partir de 27750 euros
a ford lança o alerta para a reparação dos modelos da marca com peças de qualidade duvidosa. "Usando peças Ford ajudará a garantir que o veículo é reparado e que o seu estado será reposto tal como se encontrava antes do acidente, sem afetar o seu valor residual, já para não falar das vantagens em termos de segurança", explica a marca numa nota à Imprensa. John Cooper, diretor da Divisão de Assistência ao Cliente é claro: “há muitas empresas a oferecer peças não originais, no entanto, se considerarmos as inúmeras vantagens das peças Ford, nem vale a pena pensar duas vezes." Além de serem concebidas de acordo com as especificações da Ford, as peças são fabricadas de acordo com tolerâncias precisas e "têm a duração das peças montadas na fábrica ", conclui.
Saab garante início da produção O Spyker Cars N.V. (Spyker) anunciou ter assegurado o financiamento a médio prazo da Saab Automobile AB, através da celebração de um contrato de empréstimo convertível no valor de 30 milhões de euros com a Gemini Investment Fund Limited. Com a obtenção destas verbas, a Saab Automobile assegurou a liquidez exigida para o arranque da produção.
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O peugeot 508 chegou e... está a convencer. Os preços da nova proposta francesa iniciam-se nos 27 750 euros, custando a variante SW mais acessível 29 050 euros. A gama de motorizações diesel inclui o 1.6 e-HDi FAP de 112 cv e 270 Nm; 1.6 HDi FAP de 112 cv e 240 Nm; 2.0 HDi FAP de 140 cv e 320 Nm; 2.0 HDi FAP de 163 cv e 340 Nm; e 2.2 HDi FAP de 204 cv e 450 Nm. A gama a gasolina compreende os motores 1.6 VTi de 120 cv e 160 Nm; 1.6 THP de 156 cv e 240
Nm; e 1.6 THP de 156 cv e 240 Nm. O 508 estreia a tecnologia e-HDi na Peugeot, que compreende um sistema Stop&Start de nova geração, e reduz as emissões de CO2 em até -15% em cidade. Disponível na variante 1.6 HDi FAP, anuncia um consumo misto de 4,4 l/100 km e 115 g/km de emissões de CO2, valores que a marca gaulesa pretende baixar para os 4,2 l/100 km e 110 g/km, respetivamente. Os níveis de equipamento disponíveis são Ac-
Citroën DS4: novo membro da elite O DS4 , com 4270 mm de comprimento, 1810 mm de largura e 1530 mm de altura, pretende conjugar o dinamismo de um coupé com a versatilidade de uma berlina familiar. Acomoda três pessoas no banco de trás e, a bem do design, esconde as portas traseiras. As linhas agressivas da dianteira e
os proeminentes guarda-lamas estabelecem a diferença do C4. O DS4 contará, na fase de lançamento, com dois motores diesel, o 1.6 HDi de 110 cv (disponível em versão e-HDi) e o 2.0 HDi de 160 cv, e três blocos a gasolina: o VTi de 120 cv, o THP de 155 cv e o novo THP 200 cv.
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concessionário MCOUTINHO CENTRO Rua Manuel Madeira Pedrulha 3021-901 Coimbra Nº Tel.: 239 433 500 Nº Fax: 239 433 505
cess, Active, Allure e GT. A Peugeot acrescenta ao nível Active, na fase de lançamento, a ajuda ao estacionamento traseiro, os retrovisores rebatíveis eletricamente, o rádio CD MP3 WIP Sound e o Pack Look: jantes em liga leve 17”, frisos dos vidros cromados, vidros traseiros e óculo traseiro escurecidos (apenas para SW); nas versões Allure, as jantes em liga leve 18” e a navegação WIP Nav+; nas versões GT, o ar con-
dicionado automático em 4 zonas, a ajuda ao estacionamento dianteiro e traseiro, os retrovisores rebatíveis eletricamente, a medição de espaço disponível para estacionar e as jantes em liga leve 19”. A estrutura de preços inicia-se nos 27 750 euros para a berlina e nos 29 050 euros para a SW (1.6 VTi 120 cv), terminando nos 46 950 euros e nos 48 550 euros, respetivamente (2.2 HDi 204 cv).
Clio Gordini e Twingo Gordini em setembro lece a diferença para a versão Renault Sport através de vários elementos estéticos (com o azul a dominar as operações... ) e do interior: bancos desportivos Renault Sport, as portas revestidas a azul, o volante com duas listas brancas a indicar o centro, a alavanca da caixa e instrumentos e a consola central, de revestimento específico. O bloco de 2 litros a gasolina permanece inalterado, desenvolvendo 203 cavalos de potência e 215 Nm de binário.
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No caso do Clio Gordini, a Renault estabe-
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à mesa
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Requinte à mesa
albano lourenço, chef
As ervas aromáticas, as laranjas, os limões, as framboesas e os agriões são colhidos na horta da Quinta das Lágrimas. Os outros ingredientes resultam da inspiração do chef Albano Lourenço e das ideias do consultor Joachim Koerper, que garantem comida memorável, criativa, mediterrânica, contemporânea, nacional e internacional. Nas receitas, o chef do Restaurante Arcadas "guarda os paladares como se fossem preciosidades porque a cozinha é um bocadinho de folclore e animação, mas tem de ter um sabor e um aroma
percetíveis". No Arcadas, garante Albano Lourenço, "não se contornam obstáculos nem há margem para o desenrasque". Manter a sustentabilidade e o equilíbrio são normas da casa. "Não cozinho para os clientes, cozinho para o cliente", sublinha. Os motivos são mais que muitos. E valiosos: "há uma estrela Michelin atribuída em 2004 e conservada nos anos seguintes; há o dever de não defraudar as expectativas dos comensais; há uma herança: perpetuar o amor de Pedro e Inês", conclui.
receitas do chef
Salada de sardinhas marinadas com torricado de pão e gaspacho algarvio [para quatro pessoas] ingredientes Torricado de pão: 1 dl de vinagre de sidra, 1 pão de centeio, 1 pimento verde, 1 pimento vermelho, 2 dl de azeite, seis sardinhas, tomilho e sal q.b. Salada: 400 g de salada (lollo roso, chicória branca, endívias e radichio), vinagrete para saladas q.b. Gaspacho algarvio: 1 pimento verde, 1 pimento vermelho, 1 talo de aipo de rama, azeite, funcho e sal q.b.
modo de preparação Torricado de pão: arranjar as sardinhas, retirando-lhes os filetes. Num tabuleiro dispor as sardinhas com a pele virada para cima. Temperar com sal fino, um pouco de vinagre de sidra, tomilho e azeite. Reservar durante 24 horas. Cortar o pão de centeio em pequenos rectângulos e torrá-los ligeiramente. Assar os pimentos verdes e vermelhos. Limpá-los de peles e sementes e cortá-los em rectângulos do mesmo tamanho que os do pão. Cortar a sardinha também em rectângulos. Sobrepor o pimento no pão e a sardinha no pimento. Salada: lavar a salada e fazer raminhos. Gaspacho algarvio: cortar em cubinhos (brunesa) os pimentos vermelho e verde e o aipo e picar o funcho. Temperar com sal e azeite.
Mousse de figo com cestinho de especiarias e molho de manga ingredientes M ousse de figo: 100g de açúcar, 4 gemas, 100g de leite, 150g de figos, 2 folhas de gelatina, 250g de natas batidas. Molho de manga: 250g de puré de manga, 75g de açúcar e 62,5g de água (a peso). Cestinho de especiarias: 35g de açúcar em pó, 1g de caril, 40g de clucose, 40g de manteiga, 15g de papoila, 60g de sementes de sésamo, 1g de pimenta, 1g de pimenta rosa. 56
modo de preparação Mousse de figo: cozer e triturar o figo em leite. Bater as gemas com o açúcar em pó até triplicarem e juntar o preparado do leite com os figos. Demolhar as folhas de gelatina em água fria e juntar. Por fim, envolver as natas bem batidas. Molho de manga: fazer uma calda de açúcar e juntar ao puré de manga. Cestinho de especiarias: derreter a manteiga com a glucose e juntar os ingredientes. Deixar repousar a massa no frigorífico até ficar dura. Para fazer os cestinhos, colocar pequenas porções de massa num tapete de silicone e deixar cozer no forno a 180.ºC. Retirar do forno com a ajuda de uma espátula e dar a forma de cestinho com o auxílio de uma forma pequena. 12MAIo 2011
vinhos
saborear o verão com frescura
Brancos para o final do dia Com o verão à porta, os dias vão ficando maiores e o
estilo de vida muda. A correria continua, mas cada vez mais desfrutamos dos finais do dia, onde os momentos são fatores decisivos na procura da escolha adequada. Não há nada melhor do que saborear um copo de vinho branco enquanto paramos e apreciamos o que de bom a vida tem para dar. E a copo! Sim, a copo, porque não? É a melhor maneira de conseguirmos beber um vinho com moderação e estimular o consumo. É sempre o mesmo dilema, uma garrafa é demais, meia é pouco e acabamos quase sempre por pedir a tal cervejinha. Se optarmos por beber vinho a copo conseguimos juntar o útil ao agradável. Os vinhos brancos portugueses, anteriormente esquecidos e negligenciados, ganham nos dias de hoje novo fôlego e alento. São agradáveis: aromáticos e refrescantes; atrativos, intensos e modernos. São perfeitos para altura e para os pratos desta estação. Agora que o calor aperta, não há vontade para comer feijoada ou cozido, mas sim estar com os pés enterrados na areia num qualquer restaurante de praia e apreciar um bom peixe acabado de pescar, marisco ou saladas. Os brancos estão na moda e também estão na moda as castas brancas portuguesas. Exemplo disso é o Encruzado, casta rara e desconhecida. Só existe na região do Dão e proporciona vinhos com identidade própria e definida.
Carlos Lucas Enólogo
sugestão Cabriz Encruzado O Cabriz Encruzado é feito exclusivamente com a casta que lhe dá o nome. É um vinho volumoso, expressivo e mineral. A sua excelente complexidade aromática é percetível nas notas vegetais, florais e minerais com ligeiras nuances de toranja aliadas aos frutos e flores brancas. A boca revela um lado tropical que o nariz não tinha mostrado. A acidez é distinta e vibrante, dando frescura a um conjunto notavelmente equilibrado e com um final longo e persistente.
C89
Preço: 6 €
viver
moda
Artigos: Juniors Calouste Gulbenkian C.C. Primavera, lote 7, LOJA 8, r/c Modelo: André Santos Produção: Black at White Cabelos: Natália Lopes Cabeleireiro Maquilhagem: Makeit Up Fotografia: M. Crespo
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AndrĂŠ Santos Estudante de Medicina DentĂ ria
mister queima das fitas/2011
viver
LEITORA Rute Simões
v ida NOVA
PROFISSÃO Educadora de Infância IDADE 25
A Rute tem um cabelo fino e sem feitios, de trato fácil. Para esta produção optou-se por sofisticar o corte que está agora mais esguio e comprido. A franja, versátil, foi realçada com coloração "sombras de areia" da coleção L'Óreal 2011. O cabelo ganhou um aspeto rico e volumoso e resultou numa imagem homogénea com o tom de pele da candidata. O corte é adaptado, ainda, ao estilo de vida e profissão da Rute Simões!
antes
Produção global: CABELEIRO ILIDIO DESIGN by Carlos Gago C. COMERCIAL GIRASSOLUM Fotografia: Pedro Ramos Roupas e adereços: B&A Ricardo Colaço Loja 121, 1º piso Helena Colaço Loja 117, 1º piso C. COMERCIAL GIRASSOLUM
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depois HAIRSTYLIST Fátima TÉCNICA de COLORAÇÃO Colecção L'Oreal 2011 Sombras de Areia
Se deseja mudar o seu visual, envie um e-mail, com o seu nome, idade e foto para
CORTE Colecção H3: Carlos Gago
vidanova@cnoticias.net
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STYLE Texture expert: supreme smooth Tecnicarte: constructor spray 12MAIO 2011
Noites da Queima das Fitas
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Envolvidos nas capas negras, todas as noites milhares de estudantes invadem a Praça da Canção para ouvir as bandas convidadas e para dançar, animadamente, até altas horas nas tendas do recinto. A fesra continua até amanhã, dia 13 de Maio!
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viver
Baile de Gala cheio de cor e elegância Sob o signo dos "7 Pecados",
o Baile de Gala da Queima das Fitas 2011 atraiu, ao Quartel de Sant'Ana, centenas de estudantes, personalidades de vários setores e antigos alunos. O baile, introduzido em 1933, com o objetivo de apresentar os novos fitados à sociedade, revestiu-se este ano de mistério e glamour, sugeridos pelo tema e decora-
ção: a tenda em tons vermelhos e pretos, os quadros alusivos aos 7 pecados e a elegância dos vestidos dos fatos a rigor. João Gabriel, reitor da Universidade de Coimbra, Maria José Azevedo, vice-presidente da Câmara Municipal de Coimbra e Henrique Fernandes, governador civil do distrito de Coimbra, não faltaram à animada festa.
Mariana Andrade, Raquel Fernandes e Henrique Fernandes
Teresa Martins e António Sérgio
Maria José Azevedo Santos e António Pratas 62
General Antunes Calçada e filha
Adelaide Chichorro e João Gabriel 12MAIO 2011
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viver
Desfile trouxe irreverência e alegria O cortejo da Queima das Fitas é sempre o
momento da semana mais esperado pelos estudantes. Os alunos deram largas à exaltação num desfile marcado pela alegria e excitação. Por entre lágrimas de alegria, f-r-ás e vivas à academia este cortejo destacou-se pelo seu caráter politizado e irreverente. Muitas bocas e homenagens políticas trouxeram ao desfile a distinição provocatória de outros tempos.
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Coimbra
25.º aniversário do Clube de Comunicação Social A Festa do clube decorreu, desta vez, num jantar nas novas instalações da Casa dos Pobres, em S. Martinho do Bispo. Estiveram presentes personalidades ilustres da região. Aníbal Duarte de Almeida, António Abrantes e Bento Rodrigues foram os homenageados.Pedro Machado, Bento Rodrigues, Carlos Cidade, Jaime Soares não faltaram à homenagem.
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1 Bento Rodrigues, Pedro Machado, Carlos Cidade e Rui Duarte 2 jaime Soares, Aníbal Duarte de Almeida e Varela Pécurto 3 Marcelo Nuno e Manuel de Oliveira 4 Aurélio Campos, Francisco Andrade e Maria Helena 5 Carlos Campos, Braga da Cruz e Varela Pécurto 6 João Silva, Cabral de Oliveira e Carlos Campos
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viver
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Crédito agrícola e economia social em conferência de aniversário
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"O Crédito Agrícola e a Economia Social" foi o tema de uma conferência no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha. Esteve presente o presidente do Conselho Geral e de Supervisão da Caixa Central, Carlos Courelas. A iniciativa enquadrou-se no âmbito das comemorações do Centenário do Crédito Agrícola.
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1 Costa Pinto, Américo Mendes, Francisco Silva, Jorge de Sá e Carlos Courela 2 Fausto Rodrigues e Mário Nunes 3 António Marques e Luís Patrício 4 Lurdes Figueiredo, Leonor Gonçalves e Luís Dias 5 Joel Figueiredo, João almeida e António Marques 6 João Oliveira e Valdemar Santos
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Estádio almedina
António Vilhena conversa com Francisco Da Costa a comunidade de Leitores da Almedina teve como convidado de honra Francisco Da Costa, que partilhou com o público presente muitas das suas histórias de vida. Sob a orientação de Ana Paula Arnaut, e em colaboração com o Centro de Literatura Portuguesa da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, António Vilhena esteve à conversa com o escritor e jornalista durante uma hora e meia. Num ambiente de tertúlia, foram interpretados vários momentos da história portuguesa e discutidos e comentados assuntos da conjuntura atual do país.
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1 1 Francisco DaCosta2 António Vilhena, Francisco DaCosta e Ana Paula Arnaut 3 Convidados presentes
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Aniversário
50 anos de Judo na Associação Académica de Coimbra
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A SECÇÃO DE JUDO da Associação Académica de Coimbra comemorou 50 anos de existência. A homenagem começou dia 4 de maio, com a inauguração de uma exposição no Teatro Académico Gil Vicente, que ficará patente até 1 de junho. Tiago Alves foi homenageado e dia 7 de maio decorreu o Torneio Internacional "Memorial Tiago Alves", integrado no programa oficial da Queima das Fitas.
1 Paulo Moreira, Alexandre Soveral Martins, Arménio Serra, Rui Fonseca, Joana Santos Costa, Paulo Gomes , Ricardo Vilão, Pedro Simões, Filipe Rosa e Arnaldo Palma. 2 Horácio Alves, Margarida Alves e Rui Fonseca 3 Gonçalo Órfão, Filipe Rosa, Rui Fonseca e Helena Freitas
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LAUHC comemora 21.º aniversário A Liga dos Amigos dos Hospitais da Universidade de Coimbra (LAHUC) realizou um jantar festivo no Hotel D. Inês, em Coimbra, integrado nas comemorações do 21.º aniversário. Antes do jantar, foi inaugurada uma exposição de pintura solidária, composta por trabalhos de Élia Ramalho, Ana Margarida Raimundo, Maria de Fátima Barroso, Carolina Mota, Antonieta Santos, Cássia Mendes, Isabel Matos Dias, Rita Gardete, Isabel Costa, Gracinda Maria e Lurdes Marques. A direção da LAHUC reuniu-se em convíviocom muitos dos seus amigos, associados e voluntários.
1 Fernando Regateiro, Isabel de Carvalho Garcia, Olga de Castro Soares e José Alberto Garcia 2 Ângela Dias da Silva, Isabe Garcia, Isabel Costa, Leonor Dias, Helena Coelho e Natália Cruz 3 Raul Amado e Graça Amado 4 Ana Maria Mendes e Nogueira Mendes
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1 Ricardo Alves, Lurdes Castanheira, Ivo Portela, Pedro Marques, António Sérgio, Sidónio Costa e Mário Ruivo 2 Lurdes Castanheira a discursar 3 Ivo Portela e Pedro Marques 4 Ivo Portela e Pedro Marques 5 Guilherme Stofell, Ivo Portela e Pedro Marques 6 Presidentes da Junta 7 Miguel Ventura, António Sérgio e Lurdes Castanheira 8 Ricardo Alves e José Carlos Alexandrino
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Tábua
Pedro Marques inaugura Serviço Local de Segurança Social Pedro Marques, secretário de Estado da Segurança Social, dirigiu-se a Tábua para inaugurar o novo e moderno edifício do Serviço Local de Segurança Social e para outorgar a assinatura de protocolos do Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) de Tábua, Arganil e Góis, que se realizou no Salão Nobre da Câmara Municipal de Tábua. 4
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Deus – uma peça TAGV/Coimbra. 17 de maio. 21H30. 3€ a 5€
CULTURA
O TEUC apresenta uma peça que é um exercício de comédia sobre o absurdo, sobretudo sobre o absurdo do universo de Woody Allen.
agenda da semana qui.12 Exibição do filme "Vidas Sem Rumo", de 1956 (ciclo Manuel Guimarães) - TAGV/Coimbra - 21H30
sex.13
Super Gorila
Biblioteca Mun. Estarreja. 14 maio. 10H00 O especialista Diogo Carvalho ensina a construir uma BD e aprofunda a sua linguagem muito própria. Informações: 234 840 614.
O Teatro Praga conta a história de um homem que invade uma sala de teatro com explosivos e anuncia que quer fazê-los explodir.
Capitão Romance ao vivo - Fnac Coimbra - 22H00
Kubik
sáb.14
A banda de Coimbra apresenta um projeto de feição pop alternativa. As palavras do quinteto são quase sempre de inquietação.
Teatro Mun. da Guarda. 14 de maio. 21H30. 5€
Concerto de Viviane - Fnac Coimbra - 22H00
dom.15 Concerto Cantigas de Maio (Organização: Lions Clube de Aveiro. Com Vitorino, Janita Salomé, Carlos Tavares e a Orquestra Filarmonia das Beiras). - Teatro Aveirense - 18H00
seg.16 Exibição de "Biutiful", de Alejandro Gonzaléz Iñárritu - Teatro Aveirense - 22H00
ter.17 Festa de danças latinas, antecedida de workshop - Centro Cultural D. Dinis/ Coimbra - 21H30
qua.18 Sei Miguel ao vivo - Teatro Viriato - 22H00
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Workshop de BD
Teatro Miguel Franco/Leiria. 12 de maio. 21H30
Vincent, Van e Gogh Novo Ciclo ACERT/Tondela. 13 de maio. 21H45. 5€ a 7,5€ O Peripécia Teatro apresenta três personagens que revisitam quadros do célebre pintor.
A Idade Não Tem Limites Casa Municipal da Cultura de Coimbra. Até 14 de maio Exposição mostra o trabalho realizado por alunos da Universidade do Tempo Livre e Oficina do Idoso, valências integradas na ANAI.
Superdinamite e MC Rubi CAE/Figueira da Foz. 14 de maio. 21H30. 5€ A banda Superdinamite resolveu convidar MC Rubi (músico de hip-hop) para uma parceria inédita. Consiste em fundir o estilo hip-hop com o rock puro, nascendo assim o conceito "Super Hip Rock". O evento conta ainda com músicos convidados.
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Feira do Livro de Lisboa está até 15 de maio no Parque Eduardo VII
confidências
Feira de Instrumentos
"Gosto de toda a música que dá na televisão"
Aveiro. 14 a 16 de maio O que seria dos artistas sem instrumentos musicais? O II Encontro Identidades - Feira de Instrumentos é organizado por músicos, sendo orientado para artistas e apaixonados pela música. Inclui um leque alargado de atividades, como performances, construção de instrumentos e workshops.
Que livros está a ler? O último livro que li foi "O Meu Pé de Laranja Lima", do José Mauro de Vasconcelos. Já foi há muitos anos…
Como participar na vida cultural? Tabacaria da OMT/Coimbra. 12 de maio. 21H00 A terceira sessão do Fórum Teatrão servirá para perguntar como se pode participar na vida cultural da cidade, a começar pela Oficina Municipal do Teatro. A moderação esta a cargo de José Manuel Pureza, deputado e investigador. "Embora a militância em projetos artísticos seja um tema recorrente nos debates públicos sobre as atividades culturais, continua sem se perceber exatamente o que leva as pessoas a sair de casa", explica O Teatrão.
Gosta de ir ao cinema? Gosto de cinema, mas não de filmes de ficção. Gosto é de cinema realista. "Os Miseráveis" e "Tudo o Vento Levou" são alguns dos meus filmes favoritos. E ao teatro? Não tenho tempo para ir ao teatro. Antes é que ia ao teatro de revista. Que preferências musicais tem? Gosto de toda a música que dá na televisão e, acima de tudo, de música portuguesa, como Carlos do Carmo, Paulo de Carvalho, Rui Veloso, Pedro Abrunhosa, Jorge Palma e José Cid. E nas artes plásticas? Gosto de Resende, Paula Rego, Vieira da Silva e Graça Morais. Participa nas redes sociais? Nem sei ligar o interruptor do computador.
Passeios guiados em Coimbra Coimbra. 18 de maio. 15H00. Acesso gratuito O Departamento de Cultura da Câmara Municipal de Coimbra está a organizar uma série de visitas guiadas. Destaque para "Coimbra, um outro olhar", no dia 18, um percurso que promove e valoriza o património local, destacando aspetos da cidade que normalmente passam desapercebidos. O ponto de encontro é às 15H00, junto à entrada do Museu Nacional de Machado de Castro (Largo Dr. José Rodrigues). Inscrições: 239 70 26 30.
Quim barreiros Músico
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viver
vidas
Cláudio Calhau, repórter de imagem da rtp
Na Líbia, com os rebeldes: "Hoje correu bem. E se amanhã corre mal?" esteve 18 dias na frente do combate entre os rebeldes e as forças do regime de kadhafi. o pior, diz, é à noite, quando se pára para pensar texto vasco garcia FOTOS pedro ramos nunca imaginou que viria a ser repórter
de imagem. Hoje, diz, não se imagina a fazer outra coisa na vida. Sempre teve fascínio pela imagem, nomeadamente pela fotografia. Mas foi só no início da década de 1990 que entrou para o mundo da televisão. Foi depois de cumprir o serviço militar – quem diria que iria ser tão importante para a sua vida profissional? – que ingressou numa produtora de Coimbra, que um par de anos depois viria a ser correspondente da recém-nascida SIC na cidade dos estudantes. Depois de anos de reportagens, chegou à RTP, em 1997. Mais de 10 anos depois, continua na televisão pública, que, há umas semanas, lhe proporcionou uma das maiores aventuras da sua vida. Eram 11 da noite quando Cláudio Calhau recebeu uma chamada inesperada. Pouco tempo teve para emalar a trouxa e zarpar. O destino era a Líbia, onde os rebeldes, com a ajuda da NATO, procuravam libertar-se da ditadura de Muammar Kadhafi. "Quase não tive tempo para me despedir do meu filho. Não era para ir eu, mas o colega que deveria ir teve um problema de saúde", lembra. Logo à chegada, teve o primeiro choque. "Milhares de pessoas nos edifícios aduaneiros e nas imediações, acampadas… desde idosos com dificuldade em caminhar a bebés que parece que acabaram de nascer ali. Isso marcou-me", conta. Na companhia de José Rodrigues dos Santos,
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entrou no país e foi rumo a Bengasi, o quartel-general das forças opositoras do regime. Na primeira noite, o jornalista acordou-o e foram filmar o que parecia ser um combate. "Ficámos a pensar que estávamos no meio da guerra", recorda. Mas não. Eram apenas os rebeldes a festejar mais um avanço na frente de batalha. Mas foi já na companhia de Luís Castro que filmou uma das situações que ficará na memória de muitos portugueses. Apanhado no meio do fogo cruzado, Cláudio conseguiu subir para uma carrinha. O jornalista não teve tanta sorte. A imagem do repórter a ficar para trás é, no mínimo, marcante. E o
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Gosto mais de reportar o drama humano do que, propriamente, a guerra
comum dos espetadores nem se apercebe dos dois projéteis que, em breves segundos, passaram entre os dois. Apesar de não se deixar impressionar muito pelos tiros – graças à sua formação militar – uma situação destas dá sempre que pensar. "O mais complicado é à noite, quando nos deitamos e começamos a pensar: hoje correu bem, e se amanhã corre mal? Aí é que sentimos algum medo", revela. A família também sofre. De tal forma que Cláudio teve de estar ao telefone com a mãe, que sofre do coração, quando duas das peças passaram no Telejornal. O filho, com 10 anos, ainda não tem noção do perigo. "Achou um piadão e disse que o meu colega tinha de treinar para subir para a pick-up", sublinha. Cláudio gosta de fazer reportagens de guerra – "acho piada, cria muita adrenalina", diz – mas não é o seu tema preferido: "prefiro fazer coisas que visem mais as questões humanas. Gosto mais de reportar o drama humano do que, propriamente, a guerra". Fora do país, ainda não teve oportunidade de concretizar essa reportagem. Mas, por cá, foram já muitas as que realizou. A que mais o marcou foi a de uma família, na Serra da Estrela, que tinha dois filhos com deficiência profunda e que, graças ao trabalho realizado pela SIC, encontrou a ajuda de que necessitava. Depois, há sempre Timor, onde esteve um mês, aquando das eleições. "Timor é um lugar mágico", conclui.
12maio 2011
As minas no Sri Lanka Antes da Líbia, Cláudio Calhau tinha vivido uma situação semelhante, no Sri Lanka. "Quando lá estive, havia uma espécie de um cessar-fogo. Mas, havia uma grande tensão e uma caraterística que na Líbia não havia: estava tudo minado", recorda. Foi depois do tsunami, que levantou as minas, os próprios militares não sabiam onde elas estavam. "Nós metíamos um pé fora do alcatrão e eles começavam aos gritos. Chegaram a meter gado a pastar, à solta, para encontrar as minas", conclui.
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ideias headdos outros
Osama indelével luís de matos
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Talvez o maior feito da CIA na última década não tenha sido assim tão bem feito...
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Osama bin Mohammed bin Awad bin Laden, fundador da al-Qaeda, a organização responsável pelo 11 de setembro nos Estados Unidos e vários outros ataques homicidas, em massa, contra alvos civis e militares, nasceu a 10 de março de 1957 e foi assassinado no início deste mês de maio. As notícias sobre a sua morte, as leituras, os comentários e as opiniões vindas de todos os quadrantes têm inundado a internet e a comunicação social em geral. Muito se tem dito e especulado acerca das consequências políticas da morte do fundador e líder da Al-queda. Não é disso que vos vou falar. Tão logo ocorreu a tragédia do ataque às torres gémeas em Nova Iorque, começaram de imediato as discussões, as conjeturas e, até, os concursos de ideias acerca do que deveria ser construído no lugar antes ocupado pelas torres. Imediatamente me ocorreu aquilo que, ainda hoje, considero ser uma boa ideia ou, pelo menos, a melhor que consegui ter. Na minha opinião, a única resposta possível seria construir um monumento que reproduzisse rigorosamente o aspeto e a escala das torres tal como as conhecíamos até ao dia 11 de Setembro. Seriam assim duas torres absolutamente idênticas àquelas que o terrorismo tinha feito ruir. Seria exclusivamente um monumento que, tendo tamanho e aspeto reais, não seria utilizável ou frequentável. No seu interior não existiriam escritórios nem milhares de trabalhadores. Ao não ter sido esta a solução encontrada, a “obra” de Bin Laden será para sempre celebrada cada vez que a linha de horizonte de Nova Iorque nos passar pelos olhos, seja ao vivo ou em postais ilustrados. Na sétima arte a perenidade da sua acção é sempre assinalada com comentários que situam a data da
feitura de determinado filme como “antes” ou “depois” de bin Laden, em função de vermos ou não as tão caraterísticas torres. Tal facto situa bin Laden numa posição de referência em matéria de cronologia quase semelhante à de Cristo. Até 2001, somente se utilizava a expressão “antes” ou “depois” de Cristo. Depois da queda das torres, o mundo adoptou o “antes” ou “depois” de bin Laden. É pena que, aparentemente, ninguém tenha pensado o suficiente para evitar tamanha idolatração do mal. Também fiquei atónito com a ligeireza com que dirigentes e cidadãos anónimos se apressaram em dizer ter sido feita justiça com a morte do líder terrorista. Em primeiro lugar, sendo cidadão do primeiro país de mundo a abolir a pena de morte, não acho que nada se resolva com a morte de alguém. Ainda assim, e se fizermos a mais simples das comparações aritméticas, como é possível que alguém ache que com a morte de uma pessoa se vinga a perda de cerca de três mil seres humanos, no dia da tragédia, e muitos mais em tudo aquilo que se seguiu? Talvez o maior feito da CIA na última década não tenha sido assim tão bem feito…
12MAIO 2011
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