campanha eleitoral começou "a queimar"
Remédio santo
Estrelas da TVI gravam novela em Viseu
universidade à rasca Cortes orçamentais aumentam de ano para ano, limitando cada vez mais o investimento em infraestruturas e investigação na Universidade de Coimbra
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19 MAIO 2011 • Nº 16
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Reitoria preocupada com orçamento
jorge Bento
em casa de...
vidas
menos câmaras será processo de risco elevado
Ricardo ferreira não tem segredos para os filhos
cacilda correia há 34 anos com a mão na massa
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Atual
Um dia com
Opinião
Ideias dos Outros
Jorge Bento
Gonçalo Lobo Xavier
Mário Ruivo
Luís de Matos
5 Editorial 8 Sete sóis, sete luas 14 Ex(Sic)tações 15 Acredite se quiser 16 Retrato falado 18 Confidencial 24 Via do leitor 25 Cartas 44 Empresário de sucesso 45 Casino 46 Em casa de... 50 Viajar 51 Topo de gama 54 À mesa 56 Moda 58 Antes e depois 60 Social 70 Cultura
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Colunistas 23 Mário Ruivo 31 Mira Lagoa Sobral 74 Luís de Matos
AO MICROSCÓPIO
6 "Eliminação de municípios é um risco demasiado alto" Entrevista com Jorge Bento 12 Campanha eleitoral "a queimar" PS e PSD não perderam Noites do Parque 20 Um dia com Gonçalo Lobo Xavier C foi ver como funciona a Turismo de Coimbra 22 Que é feito de si? Benjamim Lousada, da DG-AAC à Zon
pág. 22
Sociedade
26 Coimbra quer elétricos de volta "Amarelos" entraram na cidade há um século 30 Exploratório celebra dois anos Interatividade do espaço atraiu 70 mil visitantes 36 Universidades "à rasca" Crise afeta ensino superior na região Centro
Cérebros
38 Previsão da evolução tumoral Físico da UC desenvolve programa pioneiro
poder local
40 Fundação Mata do Buçaco faz dois anos Entrevista ao secretário de Estado das Florestas
VIVER
60 Nova telenovela da TVI Um "Remédio Santo" para Viseu 64 Queima das Fitas acaba em apoteose Noites do Parque encerraram em grande com atuação de James 72 Há 34 anos com a mão na massa Cacilda Correia herdou segredo dos pastéis de Tentúgal
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editorial
O pitbull da Moita SOARES REBELO Diretor
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Os ataques de cães potencialmente perigosos têm vindo a aumentar de forma significativa no nosso país
miguel, três anos, entrou em casa com os pais e foi atacado na cara pelo pitbull da família. Ao cão fora dado, curiosamente, o nome "Tyson", possivelmente em homenagem ao "intratável" pugilista norte-americano, várias vezes campeão do mundo. O animal honrou, a semana passada, o batismo: atirou-se ao queixo da criança, deixando-a completamente desfigurada. O caso causou, naturalmente, perplexidade na Moita. Realmente, como explicar que um animal daqueles andasse à solta, sem açaime, lá por casa? os ataques de cães com dono (ou ditos
de companhia…) têm vindo a aumentar significativamente no nosso país. As crianças são, como facilmente se entenderá, os alvos mais fáceis, mas há também já inúmeros adultos registados na história. Mais: em zonas, nomeadamente, da Grande Lisboa, os assaltantes, em vez das tradicionais armas brancas ou de fogo, passaram a servir-se de cães para intimidar as pessoas – e esvaziar-lhes os bolsos… a assembleia da República aprovou, em 2001, legislação punitiva para os proprietários de animais selvagens, ou potencialmente perigosos, que não cumpram as medidas especiais de segurança que a sua posse requer. Reforçaram-se, então, as garantias de segurança pública dos cidadãos, regulamentou-se a criação e comercialização de cães de raças potencialmente perigosas, legislou-se, inclusivamente, que em caso de ofensas graves (privação de órgãos, amputação de membros, incapacidade), a pena de prisão pode ir de dois a 10 anos. Niguém liga . As câmaras municipais,
habilitadas, sob responsabilidade do médico veterinário, a recusar ou suspender a licença de posse de animais sempre que entenderem não estarem garantidas as condições exigidas, fecham os olhos. A Direção Geral de Veterinária, a que incumbe, por razões de saúde pública e tranquilidade dos cidadãos, determinar a recolha, a captura e até o abate compulsivo de qualquer animal de companhia, sempre que tal se vislumbre indispensável, pouco ou nada vigia. ter cão tornou-se, para muita gente, uma forma – mais uma… – de afirmação social. A corrida às raças consideradas de ataque começa, no entanto, a revelar-se, aqui e além, de consequências desastrosas – como acaba, uma vez mais, de comprovar-se. Ainda assim, não se reconhece nas autoridades nacionais vontade política para castigar mais severamente os proprietários prevaricadores, sobretudo aqueles que insistem, como se sabe, em "construir" a violência dos seus próprios cães. a ética das relações entre humanos e animais tornou-se um dos temas mais controversos da dita "nova sociedade". Pensam uns que os animais não têm direitos, devendo, por isso, existir apenas enquanto servirem o homem. Argumentam outros que são parte integrante da natureza – e, como tal, não podem ser considerados meras "coisas". Se atacam, a responsabilidade criminal terá de assacar-se, sempre, aos donos. Será. Mas se assim é, então, penalize-se severamente quem, com os seus "animais de laboratório", põe seriamente em risco a integridade física, até a vida, dos seus concidadãos.
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ao microscópio
ao microscópio
entrevista
"É possível unir" A comunidade intermunicipal do baixo mondego prepara uma central de compras eletrónica e intervenção NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL E EMPREENDEDORISMO TextO E FOTOS mÁRIO nICOLAU
O que é a CIM-Baixo Mondego? É uma associação de municípios criada por legislação nacional, à semelhança de outras no país, e que tem como primeiro objetivo a gestão de fundos comunitários, que em vez de serem geridos exclusivamente pelas comissões de coordenação, através de programas operacionais regionais, são geridos de uma forma ligeiramente diferente: existe um envelope financeiro que foi atribuído a cada CIM e cada uma delas, de acordo com o enquadramento regulamentar do QREN, tem hipótese de definir quais os projetos que quer ver financiados. É com este objetivo que nascem as comunidades, que têm os poderes e as atribuições de uma qualquer autarquia, podendo trabalhar nas mesmas áreas e possuindo um conselho consultivo – o órgão de gestão constituído pelos presidentes de câmara –, um secretário executivo que coordena a estrutura de apoio técnico e uma assembleia intermunicipal, composta por membros de cada uma das assembleias municipais e a quem compete acompanhar e fiscalizar a atividade do conselho consultivo. Dez municípios conseguem encontrar pontos comuns? É possível unir. A gestão politica é a parte mais fácil, pois os presidentes de câmara são dos atores políticos com maior intuição e sensibilidade para as alterações da envolvente económica e social. Têm, por norma, elevado bom senso, muito mais, na minha opinião, que altos quadros partidários ou governantes do país. Essa sensatez, essa intuição para aquilo que tem de ser feito, leva a que procurem soluções eficazes e com pouca retórica.
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Atravessamos um momento de mudança a vários níveis? Reconhecemos que a repetição da construção de equipamentos que ocorreu no passado talvez não tenha sido o melhor modelo de desenvolvimento. Sentimos que os desafios que temos pela frente hoje em dia obrigar-nos-iam a criar estruturas locais para responder aos problemas que não fazem muito sentido localmente. Isto é: se temos problemas comuns, faz muito mais sentido criarmos uma escala regional, associativa, que permita uma resposta eficaz, do que estar a repetir o passado com a criação de estruturas locais que acabam por tornar-se pesadas e necessariamente exageradas para a dimensão dos municípios Os recursos humanos qualificados, que assegurem a resposta das autarquias aos desafios que têm pela frente, são uma prioridade. A CIM-Baixo Mondego tem a dimensão certa para ter sucesso e para eliminar ineficiência. Exemplo? Não faz sentido que uma autarquia assuma a formação profissional, mas faz todo o sentido que a CIM-Baixo Mondego seja entidade formadora, o que, aliás, iremos fazer. Na primeira fase, para recursos humanos dos municípios; na segunda fase, para o exterior, inserida noutros programas coletivos Na área do empreendedorismo e no apoio à captação e fixação de empresas inovadoras e de jovens talentos, não faz sentido um município de pequena dimensão criar uma estrutura técnica de suporte a estas atividades, pois isto tem curtos elevadíssimos e existem alguma escassez de recursos humanos qualificados para desenvolver estes projetos. A escala local não é eficaz, não resolve, pelo que temos de ganhar, pelo menos, a escala regional. A CIM-Baixo Mondego tem também um papel a desempenhar na criação de modelos que permitam a ligação entre as autarquias, as empresas e o microcrédito O desenvolvimento de programas ligados ao empreendedorismo social é outro dos objetivos, pois pretendemos apoiar as pessoas com escassos recursos e com dificuldade de inserção no mercado de trabalho. A capacidade reivindicativa aumentou com a criação das CIM? No caso do PROT, a CIM-Baixo Mondego, à semelhança das outras, teve um papel importante e facilitador na sua aprovação. Com a intervenção, que destaco, da ANMP e da CCDR Centro e das CIM foi possível atingir o consenso. O PROT é um caso exemplar da capacidade de dialogo entre a comissão de
res, mas este processo tem tido desenvolvimentos e algum sucesso, pois o Ministério da Agricultura tem vindo a satisfazer as reivindicações dos produtores. Mas que fique claro: a CIM-Baixo Mondego não é o motor de tudo, nem se substitui aos agentes locais. Seremos parceiros políticos de todos os agentes que solicitarem o nosso apoio.
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As CIM não vão ficar com o envelope financeiro que tinham no início. As verbas de 2011/2013 vão integrar uma bolsa de mérito regional, gerida pela CCDR. O nosso papel nesta área alterou-se substancialmente coordenação e os municipios na sua lógica associativa e não meramente individual. O dossiê relativo ao Ramal Figueira da Foz/Pampilhosa é também um êxito? Está a passar por um momento menos bom. Os políticos, independentemente da sua escala, têm de perceber muito bem qual é o enquadramento macroeconómico em que se movem, pois não vale a pena lutar contra moinhos de vento. Não estamos numa altura de reivindicar investimentos de reduzida eficiência económica. Provavelmente teremos de arranjar outras soluções. Existem desenvolvimentos no projeto das obras hidroagrícolas do Baixo Mondego? A CIM-Baixo Mondego foi ouvida e participou em reuniões com o presidente dos orizicultu-
Como é que a analisa a anunciada redução de câmaras e de juntas de freguesia? Espero que o próximo Governo não volte a mexer neste modelo associativo. Já foram realizadas inúmeras experiências de associativismo municipal – a última foram as áreas metropolitanas – que duraram pouco tempo, pelo que não será positivo voltar ao início. Vejo com muita dificuldade que a eliminação de municípios seja solução para os problemas do país ou que possa gerar poupanças significativas. Por outro lado, irá gerar tensões sociais e acentuar desigualdades constituindo, por isso, um risco demasiado alto. A central de compras eletrónica de bens e serviços é um exemplo da economia de escala que defende? É um projeto em que estamos a trabalhar e que deverá chegar ao terreno nos próximos dois ou três meses. Merece a concordância generalizada dos presidentes dos 10 municípios que integram a CIM-Baixo Mondego e pode assegurar poupanças muito significativas. A CIM não impoe a unanimidade em relação aos projetos e o município "A" ou "B" pode não aderir, mas penso que isso não acontecerá. O turismo é, também, uma área prioritária? Na área do turismo, o Baixo Mondego devia ter uma subestratégia integrada na estratégia da entidade regional de turismo. É necessário refletir à escala subregional e obviamente com Coimbra, que deve participar nesta reflexão conjunta e preferencialmente vir a integrar a entidade regional de turismo. Qual é o maior desejo do presidente da CIM-Baixo Mondego? Manter a coesão e a mobilização dos diversos atores. Se não conseguir isso, é um fracasso. O meu desejo é que sejamos capazes de lançar os projetos que já referi, demonstrando que nós, autarcas, somos capazes de vencer as barreiras político-partidárias e, depois, as das pequenas soberanias de cada território para nos lançarmos em projetos de uma escala maior, acreditando que pela otimização de recursos podemos ir mais longe.
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ao microscópio
sete sóis, sete luas head
elevador do mercado
Região Centro aproveita bem o mar
paulo júlio lançou o seu primeiro livro: "Crónicas de um Autarca". Já se perspetiva que o próximo seja "Crónicas de um Governante".
Pesca já representa três por cento da riqueza gerada na região
Viseu reclama autoestrada no IP3 joão cotta , presidente da Associação Industrial da Região de Viseu, e Gualter Mirandês, presidente da Associação Comercial de Viseu, reclamam a construção de uma autoestrada até Coimbra, única forma de acabar com os constrangimentos e a insegurança que se verificam, há mais de 15 anos, no IP3. Está em jogo, dizem, "o futuro da economia da região".
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5,75%
é quanto Portugal deverá pagar em média de juros pelos empréstimos europeus
4,1%
era a taxa de inflação em Abril em Portugal
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milhões de turistas dormiram em março em hoteís do nosso país
Melhor eletricidade em Castelo Branco a edp Distribuição investiu, em 2010, 1,7 milhões de euros no concelho de Castelo Branco. Foram executados 9.953 metros de rede de média tensão, construídos 17 novos postos de transformação, instalados 14.831 metros de rede de baixa tensão e iluminação pública, 138 chegadas e 202 novas luminárias e disponibilizados 10 relógios astronómicos.
Plantas e flores na Baixa de Coimbra
Aveiro em festa até 2 de Junho
Guarda desvenda segredos da Sé
A Baixa de Coimbra volta a animar-se, este sábado, dia 21 de maio, entre as 10H00 e as 17H30, com a terceira edição da Festa da Flor e da Planta. As ruas serão ornamentadas com arranjos florais e os residentes e turistas poderão comprar produtos biológicos e provar iguarias da gastronomia regional.
A animação na cidade de Avei-
os turistas que se deslocarem à Guarda nos meses de junho, julho e agosto vão poder assistir a visitas encenadas à Sé Catedral. Durante o percurso, o cicerone guiará os visitantes, contando histórias e segredos sobre aquela que é considerada uma das mais antigas, bonitas e imponentes catedrais de Portugal.
ro, iniciada, no passado dia 12, com a celebração do feriado municipal, só terminará a 6 de Junho. A regularidade destes eventos estará na origem da Irmandade de Santa Joana Princesa, em 1877, que ainda hoje continua a encarregar-se da organização das atividades festivas.
florindo marques foi reeleito na liderança do Núcleo de Arquitetos de Coimbra. A construção de uma sede é agora o seu maior desafio.
20 por cento do valor acrescentado bruto garantido por esta atividade a nível nacional. No turismo, dos 423 estabelecimentos hoteleiros de toda a região, 154 situam-se nos 17 municípios da costa litoral.
domingos silva homenageou, no Casino da Figueira, a classe docente. A homenagem ficou para sempre gravada com uma lápide no casino.
a subir
setores da pesca e turismo comprova, seg undo Carla Coimbra, responsável pelo Observatório das Dinâmicas Regionais da Comissão de Coordenação e Desenvolvimen-
to Regional do Centro, que a região é atualmente das mais bem posicionadas no aproveitamento das atividades ligadas ao mar. A pesca, que já garante três por cento da riqueza gerada na região, representa
a descer
o desenvolvimento dos
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paulo mendes tem a ACIC, a que preside, penhorada. As suas participações sociais em diversas entidades, como o iParque, podem estar seriamente comprometidas.
Coimbra regista níveis muito elevados de pólenes direito
mealhada
Comboio até à Figueira da Foz
boa notícia
Prémio Camões distingue Manuel António Pina
manuel rebanda Advogado
O que é o contrato de Confirming? O ramal encontra-se desativado desde janeiro de 2009
dade Intermunicipal do Baixo Mondego, presidentes das câmara e juntas de freguesia servidas pelo ramal ferroviário e associações sindicais, entre outras entidades. Manuel Tão, especialista em questões ferroviárias da Universidade do Algarve, também estará presente. "A ferrovia não só é ótima para as pessoas como para o transporte de merca-
dorias, enquanto elemento potenciador da economia local", defende Guilherme Duarte, presidente do grupo de trabalho encarregado de organizar a reunião. "Vamos ver até onde conseguimos chegar para que as promessas de reativação da linha sejam cumpridas", concluiu. A Rede Ferroviária Nacional (REFER) mostrou-se indisponível para participar.
o poeta e autor de livros para crianças Manuel António Pina
foi distinguido com o Prémio Camões 2011. A Câmara Municipal do Sabugal, de onde o laureado é natural, cinsiderou a distinção "um enorme orgulho para todos os habitantes do concelho" e decidiu prestar-llhe, proximamente, uma homenagem pública. Manuel António Pina, de 67 anos, é licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra.
A população sem condições para ter televisão digital vai poder continuar a ver por satélite, gratuitamente, os mesmos canais.
má notícia
o troço de via férrea, com cerca de 50 quilómetros, que liga a Pampilhosa à Figueira da Foz, passando por Cantanhede e Montemor-o-Velho, foi alvo de significativos investimentos em 2007, que contemplaram, nomeadamente, a supressão de passagens de nível, intervenção no túnel das Alhadas e obras no porto comercial da Figueira. A promessa da reabertura, este ano, da linha, encerrada desde janeiro de 2009, não foi, todavia, cumprida, pois os trabalhos de requalificação foram entretanto suspensos e assim continuam. A Assembleia Municipal da Mealhada decidiu, por isso, realizar, no próximo dia 27 de maio, na Pampilhosa, pelas 21H00, no salão dos bombeiros voluntários, um debate sobre o assunto, com representantes dos grupos parlamentares e da Comuni-
direto
O desemprego em Portugal vai atingir, segundo a Comissão Europeia, os 12,3 por cento este ano, subindo para os 13 por cento em 2012.
Além dos contr atos que aparecem enunciados na nossa lei civil (compra e venda, doação, sociedade, locação, parceria pecuária, comodato, mútuo, contrato de trabalho, prestação de serviço, mandato, depósito, empreitada, etc.), a globalização tem feito surgir ultimamente outras figuras jurídicas, geralmente com denominações em língua inglesa, mais universal, de que são exemplo o Franchising, o Leasing, o Factoring, o Renting e agora, mais recentemente, o Confirming. O Confirming ou contrato de gestão de pagamentos a fornecedores é aquele pelo qual uma empresa contrata com uma entidade financeira o pagamento das suas dividas aos fornecedores, nas datas dos respectivos vencimentos. Quais as vantagens do contrato de Confirming? Para a empresa que a ele recorre, para além de a libertar das actividades administrativas inerente à gestão de pagamentos a fornecedores, dá-lhe também, perante estes, uma maior credibilidade, pois sabem que irão receber atempadamente os seus créditos através de uma entidade financeira. O fornecedor deixa, assim, de correr o risco de não cobrar os preços dos produtos que vende.
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ao microscópio
visita de
médico
eduardo castela Cardiologista pediátrico
A telemedicina a telemedicina pode desem-
penhar um papel importante na melhoria da qualidade de vida dos doentes, bem como constituir uma nova ferramenta ao serviço dos profissionais de saúde. Oferece enormes vantagens na rapidez de diagnóstico e na decisão terapêutica, alargando a prestação de cuidados de saúde especializados, nomeadamente na cardiologia pediátrica e fetal, na genética, na obstetrícia, etc. Pode igualmente ultrapassar os constrangimentos criados pela distância. Também, no âmbito da formação, a telemedicina, além de desempenhar um papel importante nesta área, poderá favorecer a fixação dos profissionais de saúde em hospitais sem estas especialidades médicas, melhorando a sua confiança no desempenho da sua profissão. Apesar de todo o seu potencial e da sua maturidade, que se verifica ao nível das "aplicações" informáticas e das tecnologias que as suportam, o recurso à telemedicina é ainda muito restrito e limitado. Há muitos projetos que têm surgido em Portugal que não ultrapassaram a fase de experiência, desintegrando-se passado algum tempo. A sua consolidação no SNS em Portugal passa pela sustentabilidade dos trabalhos de sucesso já existentes e dos projetos que venham a merecer a nossa confiança.
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sete sóis, sete luas
Horizontes de fogo "Bravo" a fase bravo de combate aos incêndios florestais, iniciada no passado dia 15 e em curso até 30 de junho, envolve 6.438 homens, 1.476 veículos e 24 meios aéreos, o que representa uma diminuição significativa relativamente a 2010. O Exército reduziu, também, praticamente a metade, o número de militares e viaturas no terreno. No ano passado, o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais nesta fase, a segunda que envolve um maior número de meios de combate aos fogos, empenhou 6.651 homens, 1.528 veículos e 34 meios aéreos. Segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil, integram a Fase Bravo este ano 2.411 bombeiros, 242 elementos da Força Especial de Bombeiros (Ca-
narinhos), 654 elementos do Grupo de Intervenção, Proteção e Socorro da GNR, 939 elementos do Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente da GNR, 219 elementos da Polícia de Segurança Pública, 1.560 elementos da Autoridade Flo-
Região Centro unida a Castela e Leão para construir mercado económico forte O workshop que Coimbra
acolheu na passada quinta-feira foi o primeiro passo para a Comunidade de Trabalho Região Centro - Castela e Leão diminuir os custos de contexto transfronteiriços para as empresas dos dois espaços geográficos, reforçando assim o mercado. A pouca mobilidade rodoviária, o financiamento li-
mitado e o excesso de burocracia são exemplos dos problemas identificados, que os responsáveis querem agora corrigir. A sessão de trabalho, que juntou várias associações empresariais, foi comandada por Alfredo Marques, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (na fotografia).
restal Nacional, 158 elementos do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade e 45 operacionais da associação de produtores florestais AFOCELCA. No âmbito da vigilância, estão ativos 70 posto de vigia.
7 maravilhas Já votou? Queijo Serra da Estrela, coelho à caçador, chanfana, leitão da Bairrada, pastéis de Tentúgal e perdiz de escabeche de Alpedrinha são os pratos da região a concurso, na votação que decorre até 7 de setembro. Que espera para votar?
Centro ganha na Chave Verde a região Centro foi a mais contemplada com a Chave Verde, com nove hotéis distinguidos: Casas da Lapa, Quinta do Forninho, Quinta Lagar da Moira, Palace Hotel Monte Real e os hotéis Eurosol de Gouveia, Seia, Estarreja, Leiria e Residence. O galardão, da Bandeira Azul, premeia os cuidados ambientais das unidades hoteleiras.
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Ministra na Fucoli
Helena André visitou instalações da empresa na Mealhada a ministra do Trabalho e da
Solidariedade Social, Helena André, esteve de visita pelo concelho da Mealhada, para conhecer instituições e empresas e, assim, "saber o que se passa no trabalho e no dia-a-dia dessas unidades", conforme referiu na receção que teve lugar no Salão Nobre da autarquia. As instalações na Pampilhosa da Fucoli-Somepal, empresa que comercializa tampas, grelhas e acessórios para redes de água e saneamento, foram um dos locais que mereceu a visita da governante, que no final estava "muito bem impressionada", felicitando a administração e referindo que, "felizmen-
te", já há no nosso país "muitas empresas que seguem este bom exemplo, com condições de trabalho, qualidade do ambiente e certificação". Já o presidente do Conselho de Administração da Fucoli, Álvaro Pereira, mostrou-se satisfeito com a visita de Helena André, principalmente pelas "suas últimas palavras serem de elogio, ao dizer que estava perante uma empresa cinco estrelas", e lembrou a necessidade de "combater a compra de produtos estrangeiros". A ministra passou também pela Santa Casa da Misericórdia e pela Escola Profissional da Mealhada. MV
Pedro Ramos
fotolegenda
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Dirigentes, adeptos e jogadores de futebol e futsal da Académica reuniram-se num jantar de fim de época, na sala VIP do Estádio Cidade de Coimbra. José Eduardo Simões, presidente da direção, disse que "o futuro do clube terá de ser ambicioso".
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ao microscópio
sete sóis, sete luas
corrida
eleitoral cds paulo portas janta em coimbra no dia 29
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, estará em Coimbra no dia 29 de maio, a menos de uma semana das eleições. O centrista irá participar num jantar de campanha que se realizará no Pavilhão do União de Coimbra, a partir das 19H30. Portas estará, assim, ao lado de João Serpa Oliva, que procura ser reeleito para um segundo mandato na Assembleia da República. O CDS sonha ainda com a eleição do número dois da lista, Paulo Almeida, líder da distrital. voto cartão do cidadão não vai dar problemas
A Direção-Geral da Administração Eleitoral garante que foram resolvidos os problemas com o cartão do cidadão, que impediram milhares de eleitores de votar nas presidenciais. O diretor da Administração Eleitoral explica que "todos os eleitores que obtiveram cartão do cidadão ou viram alterada a sua inscrição foram notificados". Segundo Jorge Miguéis, houve também "um robustecimento dos sistemas de informação que suportam a divulgação aos eleitores", bem como "uma campanha mediática institucional de divulgação". coimbra ps e psd na rua no final da campanha
PS e PSD apostam nas ações de rua para a campanha eleitoral que se avizinham. José Sócrates e Pedro Passos Coelho irão percorrer o país e Coimbra será uma das cidades por onde irão passar na ponta final da campanha. "Há uma lógica de apostar nas áreas metropolitanas", refere Miguel Relvas, secretário-geral do PSD. Também o PS vê a cidade dos estudantes como uma zona onde há sempre muita mobilização.
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PS e PSD nas noites do parque
Campanha a "queimar" não será, por certo, o cenário mais habitual para as ações de campanha. Mas, em véspera de eleições, uma festa como a Queima das Fitas de Coimbra, que junta milhares de pessoas, não pode passar ao lado dos partidos políticos. Na "caça" ao voto, PS e PSD passaram pela Praça da Canção e deixaram mensagens de esperanças aos jovens que serão o futuro do país. O cabeça de lista laranja por Coimbra, José Manuel Canavarro, lançou um apelo à mudança: "os jovens podem ter esperança, desde que se mude. Se não se mudar, podem ter esperança – isso é algo que não se retira a ninguém – mas, para terem certezas, têm de mudar de governo. Esperemos que eles tenham essa noção e que a esperança se transforme em certeza", declarou, em entrevista à C, no estúdio que a revista instalou no recinto da Queima das Fitas. Canavarro falou também da
Educação, área em que já foi secretário de Estado. Segundo o professor universitário, "não são necessárias grandes mudanças". Essencialmente, defende, "é preciso que o ensino superior esteja cada vez mais focalizado na empregabilidade dos alunos". Bons médicos Fazem falta Se o candidato do PSD falou de Educação, a cabeça de lista dos socialistas falou da sua especialidade: a Saúde. Tal como o social-democrata, Ana Jorge também quis dar alento aos futuros "colegas" médicos: "Os médicos têm futuro em Portugal. Os jovens têm, no Serviço Nacional de Saúde ou noutras instituições, e nas diferentes especialidades, muito para dar. E os portugueses precisam muito que haja bons médicos, bem preparados", afirmou. A ministra da Saúde deixou, contudo, um alerta: "Tenho de dizer que quem opta pela profis-
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são de médico tem de continuar a atualizar-se e a estudar". Ana Jorge – que esteve acompanhada por uma vasta comitiva – lembrou também os seus tempos de estudante, em Lisboa, no final dos anos 60, onde, também por força da crise académica, "as tradições estavam um pouco diminuídas" e as praxes "pouco vivas". Tudo o contrário do que se passa, hoje em dia, na cidade do Mondego: "a Queima das Fitas em Coimbra tem outro sabor, outro calor", notou. Já José Manuel Canavarro admitiu que, enquanto estudante, "não tinha uma adesão muito grande à Queima das Fitas", mas recordou alguns episódios que revelaram, ainda muito jovem, a "consciência social" que o levou a ingressar no PSD. "Se não tivesse essa consciência social, estava noutro partido", concluiu. VG veja os vídeos em
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CA
PARECE QUE FOI ONTEM MAS JÁ PASSARAM 100 ANOS. Foi em 1911 que tudo começou. Ao longo dos últimos 100 Anos caminhámos ao lado de muitos projectos e ambições. Apoiámos famílias, empresas e instituições de solidariedade social. Contribuímos para o desenvolvimento económico-social das comunidades locais. De aldeias a vilas, de vilas a cidades e de geração em geração. Hoje somos um Grupo Financeiro com uma oferta global de produtos e serviços em que os portugueses confiam. 700 Balcões, mais de 400 mil Associados e mais de 1 milhão de Clientes. Juntos somos cada vez mais, e juntos celebramos 100 Anos de Crédito Agrícola.
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C78
Centenário
ex(sic)tações
ao microscópio
toma lá dá cá Precisávamos de dinheiro. Não precisávamos era de sermos assaltados. E é o que vai acontecer. PS, PSD e CDS dizem-nos que temos que estar gratos aos assaltantes. Pois eu acho que lhes devemos fazer frente, em nome do que é nosso. Acho mesmo. Juro.
O PSD de Passos Coelho chumbou o PEC. Não tinha existido necessidade desta votação. Tudo teria ficado resolvido e a responsabilização do Governo seria máxima. E o país não conheceria estas dificuldades acrescidas. Veio a "ajuda externa" desejada e planeada pelo PSD ao pormenor.
José Manuel Pureza
José Junqueiro
frases desfeitas Estamos a menos de um mês de eleições legislativas decisivas para o futuro de todos nós.
Não tenho pena alguma pela forma como foi executado Bin Laden.
Estamos numa situação particularmente difícil, de asfixia financeira.
Carlos Amaral Dias, diretor do Instituto Miguel Torga
João Ataíde, presidente da Câmara da Figueira da Foz
Emídio Guerreiro, deputado do PSD
Todos precisamos ser patetas de vez em quando. Assim provamos que também somos humanos.
Experimente, senhor autarca, fazer um “Concurso de Mentiras”. Verá que alivia a realidade.
Só com novas ideias e novos protagonistas se conseguirá Mudar Portugal. António Almeida Henriques, deputado do PSD Então, por que não deu o exemplo?
Afinal, ainda temos parlamentares que sabem fazer contas.
O voto útil entorse a decisão, falseia os resultados e a expressão do sentir dos cidadãos e, como dizia um líder, "só é útil para quem o recebe". Ferreira Ramos, advogado E cada voto não será de extrema utilidade para Serpa Oliva?
As pessoas de todo o país reconhecem que em Coimbra está o maior saber, em quantidade e qualidade, na área da saúde. Óscar Gaspar, secretário de Estado da Saúde Ora ,lá ficámos finalmente a conhecer a razão por que a ministra Ana Jorge é a cabeça de lista do PS por Coimbra.
O que se nota todos os dias neste país é uma falta de plano. Importamos médicos da Colômbia e exportamos enfermeiros para o Reino Unido. Ângelo Correia, gestor, antigo ministro do PSD Vê-se mesmo que está cota, o mercado funciona assim. Exportamos o que temos , importamos o que falta.
quem foi que disse? comunicação com o meu eleitorado jerónimo de sousa
José Lello
francisco louçã
Fontes: Facebook, As Beiras, Diário de Coimbra, Expresso e Lusa. Seleção de frases e comentários: Redação C
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19maiO 2011
Resposta certa: José Lello
Facebook é um “ Oinstrumento vital de
acredite se quiser
O menino-íman
Ivan Stoiljkovic tem apenas seis anos mas é já uma estrela na pequena localidade de Koprivnica, na Croácia. Tudo porque a criança tem a incrível capacidade de atrair peças de metal para o seu corpo. O menino-íman, como é conhecido, aguenta até 25 quilogramas de objetos como talheres, panelas e até telemóveis. Os vizinhos garantem que Ivan também tem poderes de cura, usando a energia das suas mãos para aliviar as dores de estômago do avô. Os poderes da criança chamaram a atenção de médicos, que procuram uma explicação para o fenómeno. Ivan foi submetido a uma bateria de testes, mas os resultados foram considerados inconclusivos.
nos emirados Árabes Uni-
dos, uma mulher processou o ex-marido, pedindo uma indemnização de mais de oito milhões de euros. Em causa, está a impotência sexual do homem que, segundo a ex-mulher, não cumpriu com as suas obrigações matrimoniais nos 15 meses que durou o matrimónio. "Descobri que ele sofre de disfunção erétil. Ele era o oposto que dizia ser quando assinámos o contrato do casamento. Sofri mental e emocionalmente e perdi qualquer esperança de ser mãe", alega. O mais estranho é que o homem já se casou 12 vezes! Agora, percebe-se o porquê de tantos divórcios.
Enganou-se na casa e na cidade imagine que acorda a meio da
noite e tem um intruso a dormir no seu sofá… Foi isso que aconteceu a um casal em Palm Harbor (Flórida), nos Estados Unidos. Tudo porque Mark Sirben bebeu uns copos a mais e enganou-se não só no sofá, mas também na casa e, mais incrível ainda, na cidade. É que Mark nem sequer é de Palm Harbor, é da vizinha localidade de Spring Hill. Antes de "aterrar" no sofá, o homem ainda foi capaz de
cozinhar e comer. Quando os legítimos moradores da casa acordaram chamaram a polícia e Mark acabou a noite a dormir… na prisão.
Preso 48 vezes por cheirar tinta kelly gene gibson é viciado no cheiro de tinta. O vício é tão forte que a sua mulher, Elizabeth, foi obrigada a chamar a polícia para retirar o homem de casa, uma vez que o cheiro era tão intenso que ela não conseguia sequer entrar na habitação. Quando os polícias chegaram à casa de Kelly, em Fort Wayne, Estados Unidos, o homem estava sentado no sofá, sem camisa e com a cara coberta de tinta prateada. Os agentes não tiveram com meias medidas e prenderam o homem. Nada a que ele não estivesse habituado. Esta foi já a 48.ª vez que Kelly foi detido!
mais barato
Manteiga Mimosa com sal (250gr) 1,39 €
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Preços/Kg/L
mais caro
1,39 €
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Chá Lipton Green (1l) preço
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1,94 €
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2,39 €
2,39 €
2 ,39 €
2,39 €
igual
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preço Bolachas Maria Triunfo (180gr) igual
Chocapic Cereais (375gr)
:)
O hipermercado Jumbo apresenta esta semana o preço mais baixo para os produtos selecionados pela C. Mais uma vez, o valor do cabaz não difere muito de superfície para superfície: apenas 17 cêntimos separam o mais caro do mais barato.
a solução para o homem da história acima pode ter sido encontrada recentemente. O "preservativo de Viagra", desenvolvido pela Futura Medical, não é destinado apenas aos impotentes, mas também àqueles que reclamam não conseguir manter a ereção após colocar o preservativo. O CSD500 tem um gel usado para combater a angina que melhora o fluxo sanguíneo no pénis. Deve chegar ao mercado no próximo ano.
:)
Só 17 cêntimos a separar os cabazes
Preservativo de Viagra
:)
bolsa da praça
Mulher pede oito milhões a marido impotente
preço igual
TOTAL
9,13€ 9,14€ 8,99 €
9,16 €
Preços em 15.05.11
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ao microscópio
praça de táxis Acha que Portugal vai conseguir pagar o que deve?
Pompeu Cardetas
S i n ce r a m e n te , acho que não. É demasiado complicado. Há muitos bur acos em empresas e autarquias que ainda estão para se descobrir. As coisas vão ficar piores. E não temos crescimento suficiente para dar a volta a isto.
Pedro Henriques
Ach o q u e Po rtugal vai conseguir pagar o que deve, mas vai ser difícil para todos. Não temos remédio: se não pagarmos vamos ficar ainda pior. Além disso, agora quem manda já não são os portugueses, por isso talvez nos safemos…
retrato falado
figura da semana
João alexandre A queima das Fitas de Coimbra 2011 foi um sucesso. Apesar da crise, milhares de estudantes passaram pela Praça da Canção. a abertura da festa à cidade foi também uma aposta ganha. O último dia, com os britânicos James, levou ao Queimódromo muitos antigos estudantes e outras pessoas que não são frequentadores habituais da Queima das Fitas. Além disso, o Cortejo dos Pequenitos deu a conhecer a Queima aos mais novos. A nova disposição tornou o recinto das Noites do Parque mais agradável, com mais espaço para assistir aos concertos no palco principal e menos confusão nas tendas.
menções honrosas
Carlos Góis
António Henriques
foi há 20 anos que abriu a sua primeira loja, a Ourivesaria Góis, na Praça 8 de Maio. Hoje, tem já quatro espaços comerciais em Coimbra e prepara a abertura de uma nova loja, no centro comercial Dolce Vita.
o Clube de Empresários de Coimbra vai ul-
debate
Sérgio Simões
Vai ser muito difícil pagar o que devemos . Não sei se vamos conseguir. É algo que, nesta altura, é extremamente difícil de prever. Acho que vamos passar um mau bocado. Provavelmente não vamos conseguir pagar.
É de louvar, mas não pode ficar apenas por um apelo. Tem de passar pela competitividades das empresas e também por uma forte imagem corporativa da qualidade do que é nacional. O estado deve dar o exemplo nas suas centrais de compras
trapassar, finalmente, o vazio diretivo em que se encontrava. O CEO da CH Consulting, de 42 anos, aceitou o desafio de se candidatar ao cargo, até agora ocu pado por Pedro Vaz Serra.
Concordo, se forem produtos com qualidade. Aliás, já tenho esse cuidado desde há muito tempo. Esta atitude poderá ajudar o nosso país a sair da atual situação de crise económica em que se encontra
Vai aderir à sugestão do PR de só se comprarem produtos nacion ais? ANA PAULA SANÇANA
ERNESTO SILVA VIEIRA, empresário
CEO Lousãmel
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19MAIO 2011
se eu mandasse
saudades de
"Mudaria a carreira do ensino superior"
coimbra
a AAC continua atuante e vibrante!
AAC é baluarte Emídio Guerreiro Advogado
Que recordações guarda dos tempos de Coimbra? Guardo as melhores recordações da minha juventude. A aprendizagem de ser-se adulto num meio académico onde a solidariedade imperava. O Fado de Coimbra é um antídoto para as saudades? Já gostava de Fado de Coimbra antes de chegar à faculdade. Serve-me de antídoto ao stresse do dia a dia. Coimbra continua uma referência nas reivindicações estudantis? A AAC continua a ser o baluarte do movimento estudantil em Portugal. Nas iniciativas em que participei, a convite de diversas direções gerais, constatei com enorme prazer que
A presidência da DG-A AC foi importante no desenvolvimento da sua carreira política? Foi sobretudo uma grande apredizagem para a vida. Muito do que sou resulta do que então apreendi. Politicamente, foi importante pelas pessoas que me permitiu conhecer. Existem diferenças entre a Coimbra de hoje e a do seu tempo de estudante? É preciso viver a vida a cada momento, aprender com os erros e saber fazer as escolhas certas! Acredito que a Coimbra de hoje permite isso aos atuais estudantes. Qual é o local da cidade a que atribui maior importância no plano pessoal? A Républica dos Fantasmas, a minha casa! Como é que vê Coimbra à distância? Ve j o u m a ci d a d e q u e acompanha os tempos. Onde o conhecimento, cada vez mais, cria emprego. Vejo uma universidade que é uma das maiores marcas por tuguesas a agarrar o desafio da internacionalização. Acredito, e muito, no futuro de Coimbra!
RUI ANTUNES, presidente do Instituto Politécnico de Coimbra Mais de duas décadas após a criação do sistema binário do ensino superior, os objetivos que levaram à divisão do ensino superior em dois subsistemas estão atingidos. Neste momento, já não se justifica a existência do sistema binário de um sistema de ensino superior binário, pelo que ganharíamos muito mais com um sistema no ensino superior único e organizado em função das capacidades e das competências de cada instituição.
lho. É necessário alterar este estatuto se quisermos promover muito mais a capacidade de iniciativa das pessoas e o desenvolvimento institucional.
POR OUTRO lado mudaria a carreira do ensino superior. Temos um estatuto de carreira de ensino superior que assenta numa concepção que vem do século XIX e que, por isso, não tem qualquer enquadramento naquilo que são as exigências actuais do mercado de traba-
“
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É NECESSÁRIO alterar, também, a relação que existe entre as instituições de o ensino superior, as empresas e a inovação. O modo como se promove este relacionamento precisa de uma nova perspectiva, o que também se aplica ao atual sistema binário e à carreira do ensino superior.
Ganharíamos muito mais com um único sistema no ensino superior
+lida
Queima das Fitas: Concerto de James realiza-se mais cedo do que o previsto
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confidencial
ao microscópio
palco principal Candidatos há muitos, variam é na sua popularidade e companhia. Um chega, para ver o laranja do fogo-de-artifício. Vem sozinho, não tem medo, está numa cidade que conhece bem. Mesmo que a festa não lhe puxe. A outra, convidada, chega com entourage. É uma fã de Coimbra, onde é sempre bem tratada. Mas surge pouco animada, em busca de algo que lhe adocique a noite.
lente... de contato
zona vip Quem está habituado a ser importante não costuma pagar. Sobe, sobe, sobe e olha para os outros de cima. Mas andam a contar os trocos. Quando descobrem que o altar não dá direito a hidromel, torcem o nariz. E devem rogar pragas por nem terem direito a uma comidinha mais caliente.
Enverga, com orgulho, o número quatro. Não teme o número sete. A brincadeira dá direito ao número cinco. Quem sofre é quem ainda acredita que, do negro, pode vir felicidade.
Bebeu, com os amigos, de uma cerveja que não é a sua. Bebeu demais, até saltou. E aterrou. Agora passa a semana a assinar com a mão esquerda. São cervejas meus amigos, cervejas. APROVADO
Tim Booth
O vocalista dos James enfrentou um público morno, a uma hora pouco habitual para atuar na Queima. Começar o concerto fora do palco foi uma aposta ganha, tornando o espetáculo da noite memorável. Nota 18
REPROVADO
Zona de imprensa
São os heróis das ondas hertzianas conimbricenses. Por isso têm muitos seguidores. E querem partilhar a riqueza. Coitados é dos outros que também querem beber do dourado (e gratuito) maná. Chegamos ao final da festa e "acaba o gás". Beber em trabalho é marca de mau profissional. Beber tudo e não deixar nada é só marca de má pessoa.
baile de gala Sorri para as fotos como nenhuma outra. E é bem bonita. Tem sido o centro das atenções, sempre a mostrar pouco de si. No dia em que decidiu fazê-lo, aparece sozinha. O facto causa estranheza e embaraço. Conselho de Futre: "Sócio, não a deixes fugir, solitária, para os eventos. Depois falha a concentração e ainda acaba nos braços do chinês".
espelho meu
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19MAIO 2011
Paulo Futre
Foi a desilusão desta Queima. Falhou a presença na tenda do Licor Beirão e perdeu uma oportunidade para aumentar ainda mais a sua popularidade. Fica para a próxima. Mas, para o ano, já ninguém se lembra deste "sucesso". Nota 6
C22
assinaturas@cnoticias.net
ao microscópio
10H00 A tomar café no Santa Cruz
um dia com
10H20 Reunião com Ana Bandeira e leitura dos despachos do dia
11H00 Modificação de alguns dados no cartaz da Feira Medieval
gonçalo lobo xavier administrador não executivo da turismo de coimbra e diretor executivo da recet
gONÇALO LOBO XAVIER CONSIDERA-SE UM FALSO CALMO. APESAR DE TOLERANTE NÃO LHE É FÁCIL LIDAR COM A PRESSÃO texTO e FOTOS sílvia diogo
11H30 Reunião no Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro
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Gonçalo lobo xavier comanda duas atividades. Ser administrador não executivo do Turismo de Coimbra e diretor executivo da RECET não é fácil. A RECET é a associação dos Centros Tecnológicos de Portugal e tem como finalidade a cooperação entre os centros tecnológicos e a sua integração em programas de investigação e desenvolvimento dirigidos para os diferentes setores da indústria. Acorda por volta das 06H00 para despachar emails e tratar de alguns assuntos. Gosta do trabalho que faz e considera-se um "falso calmo". "Tenho muita pressão no trabalho. Tenho de coordenar projetos e verificar o que vai ser feito. Dependemos sempre da equipa e temos sempre de a motivar. Nunca se consegue controlar totalmente um processo. Vivo com muita pressão e sou uma pessoa calma, mas sou um falso calmo, porque quando atinjo limites preciso de alguns escapes", confessa. São 10H00 quando faz uma pausa para beber café no Santa Cruz. De seguida, na Turismo de Coimbra, trata de assuntos pendentes e toma decisões com Ana Bandeira. O planeamento da Feira Medieval e a sua divulgação é uma delas. Ligado ao Skype entra em contato com um colega de Espanha. "É o nosso parceiro de Fórmula 1 nas escolas de
19maio 2011
13H00 Almoço no q.b. com José Eduardo Simões
15H30 Planeamento do dia do Fórmula 1 nas escolas com Sandra Carvalho
17H00 Resposta a dois documentos que a CIP pediu sobre a inovação na Europa
Espanha, com o qual estamos a tentar desenvolver alguma atividades". A facilidade com que comunica através da internet ajuda-o muito no trabalho. "Posso estar a trabalhar em várias frentes e responder online a emails e a questões que me colocam. Coordeno 11 projetos através da RECET. Ligados ao setor da energia, à propriedade inteletual, à criação de redes de centros tecnológicos de Portugal e de Espanha e à sensibilização de jovens para as atividades industriais". Estudou sempre em Coimbra. Frequentou vários liceus. Da primeira à quarta classe estudou no colégio São Teotónio. Guarda ótimas recordações desses tempos. "Lembro-me muito da professora Rosalina. Foi uma pessoa muito importante na minha vida. De vez enquando encontro-a e já lhe disse que me ensinou muito e me preparou muito bem. Digo sem falsas modéstias que sei escrever bem e que aprendi a escrever bem graças à professora Rosalina". Estudou dois anos na escola Eugénio de Castro. Depois frequentou o Infanta Dona Maria e, no 10.º e 11.º, a Avelar Brotero. Acabou por terminar o 12.º na escola Jaime Cortesão. "Passei por várias escolas, o que me deu a oportunidade de conhecer muita gente. Estudei no ISCA e quando sai de lá, fui para a Universidade do Minho e licenciei-me em Gestão de Empresas. Fiz uma especialização em Internet e Marketing nos EUA. Depois dos assuntos tratados no Turismo de Coimbra desloca-se para o Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro (CTCV) para coordenar com o seu colega Vítor Francisco as atividades de três projetos, dois deles ligados à eficiência energética. Depois de uma manhã atribulada, almoça no q.b com José Eduardo Simões, presidente da Académica, para discutir assuntos de interesse comum para o clube e para a cidade de Coimbra. Após o almoço regressa ao CTCV, mas desta
vez para planear a final nacional do Fórmula 1 nas escolas com Sandra Carvalho. Aproveitou para preparar um conjunto de reuniões de trabalho e responder a um pedido de
comentários a dois documentos que a CIP pediu sobre inovação na Europa. Começou a trabalhar na área dos centros tecnológicos, para a investigação e inovação. "Tenho trabalhado essencialmente com empresas, com instituições de referência". Fez formação em gestão de equipas, mas isso na área laboral. Defende que se deve fazer um upgrade no que lemos e no que ouvimos. Só assim se está habilitado a tomar decisões e a gerir pessoas e empresas. "Não sou um jogador brilhante de futebol, mas sou um jogador muito esforçado. Há 10 anos que jogo todas as terças feiras. É dos melhores momentos da semana porque me deixa bem". Nos últimos anos tem feito um esforço por correr. Fez meia maratona de Lisboa duas horas e cinco minutos. Trabalha em muitas zonas do país. Coimbra e Porto e Lisboa. "No âmbito de um trabalho que a RECET faz para a Confederação da Industria Portuguesa sou obrigado a deslocar-me uma vez por mês a Bruxelas. Realmente tenho uma vida muito intensa e com as atividades ligadas à Turismo de Coimbra tenho a vida preenchida. Mas procuro compensar a vida familiar estando presente em momentos importantes. Mesmo assim, ainda consigo ir buscar os meus filhos à escola". "A minha mulher é minha prima afastada. Num ramo da família da minha mãe. A minha família aceitou bem o casamento porque já era alguém conhecido e somos primos muito afastados". Tem muita facilidade em criar empatia com as pessoas. Tenta ser muito conciliatório, agradável, educado e amável para toda a gente porque para si a vida já é tão difícil para se criar mais atritos e confusões. Esforça-se por ser cortês com uma pessoa que conheça bem , com um amigo ou com uma pessoa que acabe de conhecer. "Mas faço isto de forma natural,não é nada pensado".
“
Tenho muita pressão no trabalho. Tenho de coordenar projetos e verificar o que vai ser feito. Dependemos sempre da equipa e temos sempre de a motivar à lupa Nome
Gonçalo Lobo Xavier Data de nascimento
4 de abril de 1972 terra natal
Coimb ra
residência
Coimbra
autor preferido
Pedro Paixão Hóbi
Brincar com os filhos
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o que é feito de si?
ao microscópio
1980
1986
1987
1989
1995
1999
Chega a Coimbra para estudar Medicina
Organiza a Semana de Receção ao Caloiro
Presidente da Direção Geral da AAC
Início da atividade na Rádio Jornal do Centro
Adjunto do governador civil de Coimbra
Inicia a atividade profissional na Zon
Presidente da direção geral da aac em 1987, escolheu o porto para estudar medicina, mas "por umas décimas" foi colocado em coimbra Texto Mário Nicolau
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Ou se tem dinheiro e faz-se política autonomamente ou não se tem e é necessário estar encostado a alguém
Benjamim Lousada Chegou a Coimbra nos anos "quentes" de 80, no momento da reativação da praxe académica. Morou na Casa da Praça, que ajudou a transformar em república. O gosto pela política e pelo meio associativo é um capítulo: o Centro Experimental de Rádio e a criação da Rádio Universidade de Coimbra, a Rádio Jornal do Centro, mais tarde TSF Coimbra, e a coordenação da informação, fazem parte da história de vida de Benjamim Lousada, que assumiu a presidência da Direção Geral da Associação Académica de Coimbra em 1987. "Foi a primeira vez que se ganhou à primeira volta", lembra. A Carteira Profissional de Jornalista é outra "boa memória" dos tempos da rádio a tempo inteiro. Integrou a Juventude Socialista, foi adjunto de Vítor Baptista, no Governo Civil de Coimbra, integrou o secretariado da Federação do PS, com Luís Parreirão, foi mandatário distrital de Mário Soares nas Presidenciais de 91. Depois, mudou de curso, trocando a Medicina pelas Ciências da Educação. E mudou de rumo. Primeiro, a TV Cabo; depois, a Zon. É coordenador comercial. Já passaram 12 anos. A política, que considera um "ato nobre", está "um bocado destruturada", existindo, diz, "só duas formas" de a fazer em Portugal: "ou se tem dinheiro e faz-se política autonomamente ou não se tem dinheiro e é necessário estar encostado a alguém". Benjamim Lousada confessa que não é rico, pelo que só tinha um caminho: "continuo a participar em órgãos concelhios e da federação. Sou contra os boys e apesar dos convites que me fizeram, nunca aceitei precisamente porque são lugares passageiros e muito criticáveis, nalguns casos com toda a razão". Porém, acrescenta, "continuo a considerar a política um ato muito nobre, mas continuo a
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pensar que há deputados que trabalham imenso e outros que não fazem nada. É assim em todos os partidos". Mas Benjamim Lousada faz questão de separar o trigo do joio: "o Fausto, para mim, era uma referência. Em termos políticos era uma pessoa generosa...". E, por momentos, fez-se silêncio na linha. A presidência da Direção Geral da Associação Académica de Coimbra e "os boicotes do Governo do Cavaco" estimularam o regresso ao diálogo. Os "casos práticos", como a luta contra o aumento do preço das refeições nas cantinas, demonstram que "existiam consequências" das manifestações dos estudantes. "Não estou a dizer que no meu tempo é que era bom, mas penso que é claro que, na altura, a contestação tinha consequências, o que não acontece agora. Na altura, já se falava, também, em propinas e lembro-me de defender que quem tivesse possibilidades devia pagar", conta. A criação dos núcleos de faculdades, o excelente apoio de Luzio Vaz nas questões sociais e a compra da casa para "o senhor Chico, porteiro durante muitos anos da AAC e que se dedicou imenso à Academia", estão gravadas na memória do ex-dirigente academista. A atividade desportiva da AAC na altura em que definiu o rumo da instituição "era muito importante e muito forte, pois tínhamos 22 secções desportivas, o que tornava a Académica a mais eclética do país. Penso que só o Sporting é que estava ao nosso nível. Isto para além da atividade das secções culturais". Benjamim Lousada "ainda não percebeu" se é a comunicação social que anda "desatenta" ou se é a Direção Geral da AAC que "não transmite ou não tem capacidade para transmitir aquilo que faz". E conclui: "mas não acredito que a culpa seja da comunicação social".
19MAIO 2011
opinião
Honni soit qui mal y pense Mário Ruivo
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Qualquer acordo de governo terá de passar pelo PS, único disponível para negociar com qualquer partido
acreditando no que dizem os líderes partidários da direita, Paulo Portas e Pedro Passos Coelho, estes só estão disponíveis para governar numa coligação ou acordo parlamentar que envolvam o PSD e o CDS. Os partidos à esquerda do PS, designadamente o Bloco de Esquerda e a CDU, não estão disponíveis para fazer parte de qualquer governo. Orgulhosamente sós… vão conversando. o pS , cujo líder, José Sócrates, recen-
temente reeleito com expressiva percentagem de apoio dos seus militantes, está disponível para estabelecer acordos com os partidos da oposição tendo em vista a criação das condições de estabilidade política necessárias a enfrentar a crise económica e implementar o acordo estabelecido com a famosa troika. A troika, por seu lado, colocou como essencial para o apoio a Portugal o compromisso alargado dos partidos políticos às medidas estabelecidas no acordo celebrado com o Governo de Portugal, o que mereceu a adesão do PS, do PSD e do CDS/PP. chegados aqui, e consideradas as diversas sondagens que têm sido publicadas e as posições atrás referidas dos partidos, fácil será constatar que qualquer coligação ou acordo de governo passará pelo PS, único disponível para negociar com qualquer par tido. Facilmente se entende essa posição pelo sentido de responsabilidade e defesa do interesse nacional o que contrasta com as derivas estratégicas dos restantes partidos, que assumem posições eleitorais ao arrepio do compromisso assinado com a troika e seguramente não estão a falar verdade aos Portugueses. Mas tais posi-
ções têm uma virtude. Entende-se agora, de forma clara, a permanente instabilidade que Portugal viveu desde as últimas eleições legislativas, com os recorrentes avisos de moções de censura dos partidos de oposição a Sócrates e entende-se agora que há lideranças políticas que colocam a sua sobrevivência partidária acima de qualquer interesse nacional. não fosse assim e nesta altura o PSD e o CDS/PP, que subscreveram o acordo com a troika, estariam a fazer a defesa do seu projeto político, assumindo, contudo, a necessidade de se respeitar os resultados eleitorais do próximo dia 5 de junho e a inevitabilidade de um governo maioritário. Dizem alguns que o problema é Sócrates! Bem sabem os por tugueses que deram a maioria há dois anos ao PS e que agora o colocam à frente das sondagens que seja esse o problema dos outros partidos. Mas também sabem que a cada partido cabe a escolha das suas lideranças e que quando há tempestade no mar se entrega o leme ao comandante experiente, corajoso e seguro das suas decisões para que o barco chegue salvo ao seu destino. honni soit qui mal y pense , mas não teria sido mais fácil aos militantes dos partidos de oposição aos socialistas terem eles escolhido as lideranças que pudessem derrotar Sócrates em vez de andarem preocupadas em substitui-lo à frente do Partido Socialista? Ou, como refere o economista William Henry Beveridge, "o ruim da democracia moderna é que as pessoas só chegam à liderança depois de terem perdido a vontade de liderar quem quer que seja"?
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ao microscópio
via do leitor
cartas Envie a sua opinião Carta: Rua 25 de Abril, n.º 7 Taveiro 3406 - 962 Coimbra Email : redacao@cnoticias.net As cartas deverão ser datilografadas com morada e número de telefone. A C reserva-se o direito de selecionar as partes que considera mais importantes. Os originais não solicitados não serão devolvidos
O Metro Mondego e a política O Metro Mondego já era obra para ter sido feito há muito tempo. Numa cidade como Coimbra, que tem vindo a ser colocada de parte em muitas ocasiões pelo investimento público, a ver vamos se é desta. Estou pessimista. Com esta crise, não sei se canalizarão capital para a obra e se ela depois avançará, com esses cinco partidos do sistema a jogarem pingue-pongue com o dinheiro do erário público… O português tornou-se tão pancão, que com três FMI´s sempre motivados pelo PS, ainda assim vota em quem lhe dá no focinho. Existem mais partidos a representar os portugueses, deem-lhes força, sejam patrióticos, acudam pelo que é nosso, por exemplo, PNR, PPM etc. nelson sousa santos, Coimbra
O Cortejo da Queima das Fitas "Cortejo da Queima deixa 16 toneladas de resíduos nas ruas da cidade". A reportagem está interessante por valorizar a tradição da Queima de Fitas, mas não incentivar o vandalismo. Realmente, é pena que um evento tão importante resulte em factos desagradáveis. Claro que a festa tem milhões de pontos positivos, pois é sempre excelente oportunidade de unir, de alegrar, de encontrar e, enfim, de festejar a vida. sónia M. Gonçalves Aragon, Coimbra
inquérito A RTP devia ser mesmo privatizada? Participe com a sua opinião em www.cnoticias.net
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Exercício ativo da cidadania
Crimes importados?
"Associação desafia cidadãos a tirarem retratos da crise para galeria virtual". Excelente iniciativa da Hemisférios Solidários, que apela ao exercício ativo da cidadania de uma forma lúdica, mas ao mesmo tempo responsável. A fotografia é também um meio para expressar opiniões e pontos de vista e pode ser um instrumento de mobilização coletiva para a Solidariedade. Parabéns pela divulgação.
Não há dia em que não se registe, pelo menos, um assalto violento em Portugal. Nem os próprios bancos, onde a segurança é sofisticada, escapam. Os assaltantes dispõem de meios "cienfíficos" de atuação. Para levarem,por exemplo, as notas das caixas multibanco, injetam, segundo revelou a polícia, oxigénio ou gás acetileno nas ATM e afastam-se. Depois, com recurso a baterias, provocam a explosão e fogem com o saque. Dizem as autoridaes tratar-se de uma técnica nova, até agora só conhecida no Brasil e em Itália. Pensam, por isso, tratar-se de gangues estrangeiros. Mas há outros métodos. Em Portunhos (Cantanhede) recorreram, segundo os jornais, a outra técnica - para rebentar o cofre, utilizaram uma rebarbadora. A tese do "crime importado" poderá ter alguma verdade, mas este tipo de criminalidade envolve também, quem duvida, gente de cá. Seja, no entanto, como for, o certo é que ninguém pode andar descansado.
dora silva, Coimbra
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O Presidente da República pediu aos partidos contenção na linguagem. É o que se vê. Só insultos...
josé Castro, Nelas
A formação dos guarda-redes De facto, é verdade o que Paulo Bento diz. Portugal tem grandes talentos na área dos guarda-redes, por isso, é preciso desenvolver esta profissão (treinador de guarda-redes). Eu trabalho num clube de formação que se chama Foot21 e sou responsável por todos os guarda-redes, desde os nove anos até aos 14 anos. Amo este trabalho, e a melhor recompensa é as prestações que os meus guarda-redes demonstram nos jogos. São fantásticos. Eu procuro sempre cursos e ações de formação para esta área que é tão específica. É preciso muito mais. Mário Pacheco, Coimbra
Marta Gomes, Figueira da Foz
Retificação Na passada edição da revista C, a notícia sobre a apresentação do livro de Fernando Dacosta na Livraria Almedina, em Coimbra, continha, por lapso, um erro no nome do autor da obra: o seu nome é Fernando Dacosta e não Francisco da Costa, como se lia na peça. Pelo lapso, apresentamos as desculpas ao visado e aos nossos leitores.
Seja repórter C C, portal multimédia e revista semanal, assume a ligação aos seus leitores como principal objetivo ENVIE NOTÍCIAS PARA redacao@cnoticias.net
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cartas
texto elaborado pelo gabinete de ficção da revista
Caríssimo Passos Coelho eira do s a cair lá do alto, para a pentelh Esta noite sonhei contigo. Estava is. Fiquei ma o cid me salvo desta, não me sui Catroga, e rezavas: meu Deus, se primeira vez na a -me uma coisa esquisitíssima: pel havia chatos, gelado – e, ao acordar, aconteceu izontal. E, debaixo de mim, não hor o içã pos em va esta que e a minha, minha vida, apercebi-m a aflito, a aflição dele também é and ele – sar pen a ão, ent i, ece se me levantasse poderia nem lêndias, nem piolhos. Com sair da hor izontal, receoso de que Sem . nos arsalv de ho ten , á-lo tenho de salv re. concluí – temos de contratar o Fut também cair, tanto matutei, que ue, ainda hoje me perturba. Uma delas, ainda hoje me perseg a. vid da go lon ao ões ilus itas ando chegava ao fim, Tive mu ica e ia somando os números. Qu fón tele a list na ava peg do, miú os assinantes ao Quando era ndiam, como eu esperava, todos ate não o lad ro out do s ma do, ard, mas a desimarcava o resulta deu-me um rebuçado do dr. Bay ia, fúr a ter con me a par e, mã há quase mesmo tempo. A minha as também tu, por aí, tal como eu and : tigo con ado sm abi , isso s cenários, outra coisa lusão foi tremenda. Estou, por iludas: uma coisa é fazer grande te não s ma as, som às r nca bri a Futre? Ah, o Futre!.. meio século, te caso, prémio de consolação. O nes há, o Nã se. deper ou -se são as urnas. Ganha vosos. As que os meus cavalos andam ner to sin s ma s, ope gal s nde gra dos am de arranhar, com Tenho, como sabes, a audácia veem claramente a meta, não par não da ain se, mma oxi apr uei em dissolução. E a eleições no jóq o pessimismo? Ora, o otimismo é que O o? ism sim Pes . oso reg ou a fazer as patas, o chão ped . Não te esqueças: o engenheiro and gou che não que ade ilid sib pos a impossibilidade? É claro, , o Futre!.. áreas de apenas cem. O Futre? Ah em dos dra qua s tro me 200 de casas ha cavalaria. Olha tamente para não te aliares à min cer , do" ulta res e and "gr um ir podes, como Andas por aí a ped esquadrão de pilecas. Mais: não um : vejo eu que ilo aqu e ent tam o, agora em volta – o que vês? Exa re os nazis – aquilo foi no invern sob r nça ava e, ent sam rio vito saudosa Mocidade Poros russos, recuar para depois, tando e rindo, como fazíamos na can ar, rch ma , nte fre Em ão. ver estamos no . ás aterrorizado? Encosta-te a mim tuguesa, é o teu único destino. Est der política tão bem como vende fica o aviso: se o curtido não ven aí s ma , Sim re! Fut o , Ah re? . Dou para os dois lados! O Fut ro. Eu cá também visto Armani out o com ira nhe rga Mu um er licor, irei beb Saudações centristas Largo Adelino Amaro da Costa (Li
sboa), 19 de maio de 2011
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reportagem
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Coimbra quer elétrico de volta Cem anos depois da inauguração, os elétricos podem voltar a circular em Coimbra. "Se depender de mim, o 'tlintlim' irá renascer", garante a vereadora da Cultura Texto s Vasco Garcia fotos pedro ramos
ro americano. Estes veículos de tração animal foram os primeiros a circular nos carris de Coimbra. Em 1874 foi inaugurado o primeiro troço, entre o Arco de Almedina e a Estação Velha. A frota chegou a compreender cinco carros americanos – chamados assim por terem origem no país do tio Sam – quatro vagões para transporte de mercadorias e 12 mulas. Durou pouco. Em 1885, a cidade já não tinha sistema de transportes urbanos. Ainda assim, os carros americanos podem ser considerados o ponto de partida para a instalação dos elétricos em Coimbra. Foi há 100 anos, no dia 1 de janeiro de 1911, que foi inaugurado o serviço. "A instalação da tração elétrica de Coimbra, que hoje se inaugurou, é digna de especial menção não só pela perfeição técnica com que está executada, como também, e muito especialmente, por ter sido montada como serviço municipalizado, a cargo da Câmara Municipal de Coimbra", escreveu, na altura, o jornal Notícias de Coimbra. "Pode imaginar-se a alegria, a surpresa e o espanto da população com esta nova forma de deslocação", diz, por seu turno, Maria José Azevedo Santos, vice-presidente da Câmara Municipal de Coimbra. O projeto inicial incluiu três linhas: Estação Velha-Alegria; Estação Nova-Universidade; e Estação Nova-Olivais. Em 1913 foi inaugurada uma nova ligação, entre a Alegria e o Calhabé. Seguiram-se anos de ouro para o carro elétrico, nomeadamente as décadas de 1920 e 1930. Mas os anos 40 foram o início do fim. Em 1940 foi construído o último carro,
o elétrico n.º 20. Em 1944 começaram as supressões, que se viriam a acentuar na década de 50. Isto até 1954, quando um novo presidente da câmara, o brigadeiro Correia Cardoso, chegou à autarquia e deu uma nova vida a estes veículos. Em 1972, o relatório e contas dos Serviços Municipalizados de Coimbra referia que o elétrico, "que o progresso vai tornando obsoleto e por cuja eliminação muitos pugnam, é o que acarreta menor prejuízo, por ser o que exige menor dispêndio na manutenção". No entanto, o fim estava próximo. E chegou devido a umas obras de um novo coletor de esgotos na Baixa. Os percursos foram encurtados até que, no dia 26 de julho de 1979, a autarquia decidiu a substituição dos elétricos por autocarros, assinando a "sentença de morte" dos carros de tração elétrica. De volta aos carris Foi já há mais de 30 anos, no dia 9 de janeiro de 1980, que a cidade assistiu, pela última vez, ao passar dos elétricos. Sessenta e nove anos depois, o "tlintlim" calou-se. "Foi uma perda muito grande. Basta ver que, hoje em dia, todas as grandes cidades – até no nosso país – mantêm o carro elétrico. É um meio de transporte amigo do ambiente, que só tem vantagens", lamenta Maria José Azevedo Santos. A vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Coimbra recorda, com grande saudade, a linha n.º 4. "Era a que eu utilizava na minha infância e juventude. Fazia a ligação entre a Portagem, Rua de Saragoça, Rua Lourenço de Almeida Azevedo, Praça da República e, novamente, Portagem. Traz-me muita nostalgia", lembra.
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No início era… a mula. Ou melhor, o car-
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sociedade
A autarquia não vai deixar passar em claro o centenário do carro elétrico em Coimbra. Em outubro, haverá um colóquio dedicado a esta temática, integrado também nas comemorações dos 900 anos do foral da cidade. Mas há mais: a câmara está também a trabalhar na criação do núcleo do carro elétrico do museu municipal, que irá ficar no Museu dos Transportes, na Rua da Alegria. "Ansiamos por essa abertura", revela a autarca. O município tem conservados alguns elétricos que ficarão depois em exposição. O espaço para exibir veículos com estas dimensões é, por isso, um dos problemas que é necessário resolver. A criação de uma linha elétrica é algo com que Maria José Azevedo Santos continua a sonhar (e a lutar): "se depender de mim, enquanto responsável do pelouro da Cultura, irá para a frente esse renascimento do 'tlintlim' do carro elétrico", garante. A responsável acredita que um veículo que "teve a força de revolução no meio de transporte público" e que "ajudou a desenvolver a cidade" poderá vir, novamente, a ser útil a Coimbra: "turisticamente, é sempre um fator de atração importante", considera. As imagens e os sons que marcam o imaginário de muitos conimbricenses poderão, assim, voltar a ser uma realidade.
reportagem
Sobrevivem os troleicarros
Aumento do preço dos combustíveis levou SMTUC a apostar nos veículos elétricos os elétricos desapareceram de Coimbra
há mais de 30 anos, em 1980, mas outros veículos que já fazem parte da paisagem da cidade continuam a percorrer as suas ruas. São os troleicarros e já fazem o vaivém de passageiros há mais de 60 anos. Coimbra é, aliás, a única cidade da Península Ibérica a utilizar troleicarros. Existem atualmente três linhas urbanas. A última das quais, que liga a Solum à Alta Universitária, foi inaugurada em 2008, quando se assinalaram os 100 anos dos SMTUC. Além dos "velhinhos" modelos, desenvolvidos numa parceria entre
a Salvador Caetano e a EFACEC, os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) têm também na sua frota novas e modernas viaturas. O aumento do preço dos combustíveis foi um dos motivos que levou a administração a voltar a apostar neste tipo de viaturas. "Felizmente, o troleicarro mantém-se, com caraterísticas que, do ponto de vista ambiental, são muito favoráveis à sustentabilidade, prestando, ao mesmo tempo, um serviço de boa qualidade", considera a vice-presidente da Câmara de Coimbra, Maria José Azevedo Santos.
Entusiastas querem linha turística os entusiastas do carro elétrico criaram um evento no Facebook para assinalar o centenário de Coimbra. Entre a partilha de vídeos e fotografias, os internautas recordam os tempos em que os veículos percorriam as ruas da cidade e lamentam o seu fim. Deixam também algumas críticas ao facto de, até ao momento, não ter sido anunciada, oficialmente, nenhuma comemoração. "É lamentável que nada se faça para assinalar esta efeméride", atira um dos entusiastas. "Como seria fácil criar uma pequena linha turística para passear turistas junto ao Mondego e no centro da cidade", critica outro dos internautas. "As saudades que estas viaturas deixam nas nossas cidades são imensas... o ruído dos seus motores... dos seus rodados nos carris... a sua elegância nas ruas...", recorda mais um dos amantes do elétrico.
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sociedade
ciência
Dois anos a "tornar a ciência acessível" exploratório de Coimbra recebeu, em dois anos, 70 mil visitantes, cativados pela interatividade do espaço. UM novo edifÍcio começa a ser construído este verão texto e fotos Bruno Vicente CRIAR A IDENTIDADE de um ser extraterrestre, mexer em mecanismos que imitam o funcionamento do corpo humano e entrar num simulador lunar são apenas alguns exemplos do que os visitantes podem encontrar nas instalações do Exploratório de Coimbra, em Santa Clara. O espaço - que assinala hoje dois anos de vida - é um verdadeiro hino à interatividade. Talvez por isso já tenha cativado 70 mil visitantes. "Desde que saímos das velhas instalações, onde estivemos 13 anos, passámos a ter muito mais visitas", afirma Victor Gil, diretor do Exploratório Infante D. Henrique. Na entrada, a placa com a inscrição "Daqui adiante é proibido não mexer", incentiva os jovens das escolas e o público adulto a interagir com as várias exposições, que exploram sobretudo as relações existentes entre as ciências básicas e a saúde. O programa do 2.º aniversário, que pode ser consultado através da página www.exploratorio.pt, prolonga-se até 22 de maio e inclui teatro, tertúlias, exposições e ateliês. A 21 e 22 de maio, as entradas para as exposições interativas são gratuitas. ponte vai ligar edifícios As atuais instalações do Exploratório correspondem apenas à primeira fase do projeto. "A segun-
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da fase consiste na construção de outro edifício, oposto a este, do lado de lá da alameda (perto da Rotunda das Lages), que vai ampliar imenso a área de exposição. Os dois edifícios ficarão ligados por uma ponte", explica Victor Gil. A primeira pedra da obra deverá ser lançada em breve. "O projeto está em andamento. Esperamos propostas deste concurso até meados de junho. Se tudo correr bem, em agosto ou setembro podemos iniciar a obra", adianta o diretor. O novo espaço deverá estar concluído e equipado em 2013. INOVAÇÃO EM PORTUGAL As exposições "são a missão principal" do Exploratório, mas, para "tornar a ciência acessível para toda a gente", existem outras "armas". A inovação está na ordem do dia. O Exploratório produz brinquedos e material científico, que depois são comercializados e utilizados em exposições. E amanhã, 20 de maio, é apresentado, com a empresa Take The Wind, "o primeiro filme de iniciação à ciência em 3D estereoscópio produzido em Portugal". Com o nome "Que anda a água a fazer no corpo humano?", o trabalho transforma o 3D Victor Gil, diretor do convencional em 3D de alta definição. Exploratório de Coimbra
opinião
Mira Lagoa Sobral
Sinais dos tempos
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Redefinir o mapa autárquico? Não, obrigado! E depois que destino se dá aos importantes sobrantes? Ficarem sem importância? No desemprego político? Nunca! Jamais! Em tempo algum!
pedro paixão, entre toda a sua produção literária, tem uma obra com conteúdo que todos deviam ler, e com um título tão real, tão verdadeiro nos tempos atuais, que vale a pena ter sempre bem presente tal título: "VIVER TODOS OS DIAS, CANSA". Ser Português, em Portugal, nos tempos atuais, de há uns largos tempos a esta parte, cansa. cansa verificar que a justiça continua a ser uma utopia. A que corresponde aos ideais mais nobres. Porque a justiça real é lenta e injusta, como as duas mais recentes sentenças sobre um médico que exercia melhor o abuso da sua natural posição sobre mulheres em estado de necessidade. Tal sentença é, objetivamente, com os fundamentos que vieram a ser divulgados publicamente um insulto ao país. Vindo de um dos poderes estruturantes e estruturais do país. cansa um fisco que teima em confessar, publica e diariamente, que nem é uma pessoa competente nem uma pessoa de bem. A cena descrita nos jornais da empresária que viu a sua caixa de correspondência postal "encharcada e submersa" de cartas oriundas do fisco é prova de incompetência. Porque prova de não ser pessoa de bem é o caso de centenas de empresas que tiveram o despacho em agosto de 2007 de "devolva-se ao contribuinte o imposto indevidamente cobrado", e o cheque de pagamento só ser emitido já depois do 25 de abril de 2011 (… e chegar sem juros de mora). Até neste detalhe se foge à lei. E quem foge? cansa ver uma comunicação social que só relata o que se passa em Lisboa e Porto, e ignora por completo tudo o de bom que se faz laboriosamente e generosamente, diariamente por todo o demais do país. Do demais do país só se noticia... Ainda recentemente houve grande congresso sobre os primeiros 15 anos da República na região Centro. No noticiário, nada. Mas houve meios (humanos, técnicos e financeiros),
e tempo, para massacrar, um dia, hora a hora, os que ouviam os noticiários recorrentes com a notícia que o presidente do FCP, numa festa de "dragões" em Vila Real de Trás-os-Montes, tinha anunciado, em primeira mão, que um atleta profissional de futebol tinha assinado por mais dois anos, até 2016, e que a cláusula de rescisão atinge os cem milhões de euros. Critérios de seleção de assuntos relevantes, e seu posicionamento na grelha informativa corrente, que cansam. cansa o discurso geral permanente, reclamante, desejoso do "agora é que é" e tudo indica que se sabe o que se não quer, que não se sabe o que se quer, e que, na dúvida, do mal o menos … Confirmada fica a capacidade, vontade e competência de o País para se confessar, em uníssono e de forma que todos bem escutem e melhor compreendam que, afinal, não sabemos lá muito bem o que queremos. 6 de junho de 2011 igual a 4 de junho de 2011? É uma hipótese com excessiva verosimilhança (sondagens e barómetros falam nesse sentido). Portugal necessita de surpreender-se. cansa ouvir-se e ler-se na comunicação social que com a troika tudo está assente, e que é para já. E ouvir-se e ler-se que muitas decisões são só para produzir efeitos a partir de 2012. cansa todos saberem que o atual mapa autárquico está jovem de 177 anos, do tempo sem internet, sem autoestradas, sem rede ferroviária... E por estas razões, todos rejeitarem evoluir para um modelo jovem do século XXI. Redefinir o mapa autárquico? Não, obrigado! E depois que destino se dá aos importantes sobrantes? Ficarem sem importância? No desemprego político? Nunca! Jamais! Em tempo algum! portugal: dá-te o merecido descanso! E não te deixes cair na tentação de deixar de nos cansar todos os dias… Afinal é o que mais merecemos.
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notícias
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sociedade
"Marca" Siza na nova Biblioteca de Direito É considerada a quinta melhor biblioteca jurídica do mundo, mas nunca teve instalações ao nível do prestígio que conquistou. Parece que É agora – e com projeto de Siza Vieira textos SÍLVIA DIOGO 32
A Biblioteca da Faculdade de Direito, criada a 18 de abril de 1911, parece ter ganho, finalmente, o futuro. Confinada, até agora, a modestas e exíguas instalações no Pátio das Escolas da Universidade de Coimbra, foi-lhe finalmente disponibilizado espaço no Palácio dos Melos, onde funcionou a Faculdade de Farmácia. O projeto não é novo: tem uma dezena de anos, é da responsabilidade do arquiteto Siza Vieira e visa acabar com a atual dispersão dos serviços, distribuídos por cinco espaços diferentes, concentrando-os apenas em um. Garantir mais conforto, maior luminosidade, menor humidade e acessibilidades mais fáceis foram outras razões que levaram o ex-reitor, Seabra Santos, a envolver-se pessoalmente no processo. "O projeto está em curso. Ainda não há data marcada para a sua abertura, mas é umas das prioridades da reitoria", confessa o novo reitor, João Gabriel Silva. Isabel Vicente, diretora da bi-
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blioteca, revelou à C que a construção das novas instalações insere-se no Programa de Requalificação da Alta Universitária de Coimbra (PRAUC), "definido de forma coerente com os valores históricos e arquitetónicos hoje aceites e com as preocupações de sustentabilidade". "Afirma-se ainda", revela, por seu turno, Pedro Santos, assessor de media do gabinete do reitor, "como instrumento relevante na candidatura da Universidade de Coimbra a Património da Humanidade". "Estão-se a procurar fontes de financiamento, pelo que não há data fixada para a concretização das obras", adianta João Gabriel. "A falta de espaço, que limita a disponibilidade dos livros e revistas aos seus utilizadores, e a necessidade de aumentar os serviços digitais oferecidos, cada vez mais importantes, exigem uma infraestrutura própria", adianta. Do espólio disponível faz ainda parte uma esplêndida coleção de livros antigos, constituída
1911
Tudo começou como centro de investigação científica
foi o ano de criação da biblioteca
400.000 volumes fazem parte do riquíssino espólio lá arrolado - e não só jurídico
Espólio inclui preciosa coleção de livros antigos
7.000
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metros de prateleiras servem de estante aos volumes guardados
por obras recebidas da livraria do Colégio de São Pedro, que a Faculdade de Direito decidiu também dar a conhecer ao público em geral. "O novo edifício vai melhorar de forma significativa os serviços prestados pela biblioteca, cujos recursos e espólio atuais
ultrapassam já a sua capacidade física", reconhece Pedro Santos. Deste modo, a mudança para um edifício central, exclusivamente destinado à utilização como biblioteca, possibilitará que esta se afirme definitivamente como um centro de estudo e de investigação.
como era usual em diversas universidades espalhadas pela Europa no século XX, a Biblioteca da Faculdade de Direito começou por ser um centro de investigação científica, ao qual foi dado o nome de Instituto Jurídico. Só quem ali se demora consegue aperceber-se do mundo bibliográfico lá guardado. E não está apenas arrolada bibliografia impressa - o espólio é também reconhecido, em Portugal e no estrangeiro, pelos diversos documentos eletrónicos online.
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sociedade
head educação
Pedro ramos
Orçamentos problemáticos
Nunca o país esteve tão preocupado com as suas finanças. Mas os dinheiros públicos acabam por não estar à vista de todos. A C foi analisar os dados disponíveis Texto Marco roque Seabra Santos, antigo reitor da Universidade de Coimbra, lançou o alerta. "Estão em risco 89 milhões de euros com financiamentos comunitários aprovados, por dificuldade em garantir a comparticipação nacional", revelou. A resposta da atual equipa reitoral não se fez esperar. "O que o anterior reitor disse, e depois se confirmou, foi que o orçamento que este ano foi atribuído à Universidade de Coimbra (UC) em termos de investimento é extremamente reduzido" e "vai obrigar a escolher seletivamente os que podem avançar e os que vão ficar adiados", respondeu Margarida Mano, vice-reitora responsável pelas áreas do planeamento e orçamento. Mas, a 27 de abril, deixou a garantia de que "o orçamento acautela os compromissos que estão assumidos em termos de pagamentos de vencimentos, com a informação que temos". Em suma, fica a garantia de que os salários vão ser pagos, mesmo que a investigação e o investimento acabem por ter de sofrer cortes. Nada que seja novidade. A 3 de março, a C publicou declarações da vice-reitora Helena Freitas, que revelou a existência de "alguns projetos na àrea da construção e re-
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Tenho uma proposta: um Orçamento de Estado legível JOÃO GABRIEL SILVA REITOR DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA
qualificação de infraestruturas que podem ficar condicionados". Permancem as dúvidas e os orçamentos de instituições públicas mantêm uma aura de segredo e confusão. A 29 de abril, João Gabriel Silva, atual reitor da UC, a falar nas "Conversas do Casino", na Figueira da Foz, lançou uma ideia. "Tenho uma proposta: um Orçamento de Estado (OE) legível, com um prólogo de duas páginas, uma espécie de um sumário executivo, que torne visível ao povo o que está em causa", avançou. A C decidiu aceitar o desafio do reitor. Mas não foi verificar a legibilidade do Orçamento de Estado. Verificou sim o orçamento da UC, na versão disponível ao público no site da instituição. Nas deliberações do Conselho Geral – entidade reguladora que tem entre as suas funções a apreciação dos atos do reitor e do Conselho de Gestão, bem como a aprovação das propostas de orçamento – surge o plano orçamental para 2011, aprovado a 18 de outubro de 2010. Mas, seguindo o conselho do reitor, não vamos começar por aí. Vamos ler a primeira versão do Sumário Executivo, lançado a 23 de julho de 2010. O plano de atividades original, lê-se, previa
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um orçamento de 204.592.411 euros. O que representa uma diminuição em 1.1 por cento do previsto para 2010. 107.832.591 euros vêm do Orçamento de Estado e do PIDDAC, 16.480.907 euros de propinas. O restante surge através de despesas próprias e consignadas (já afetas a despesas). As despesas relacionadas com "encargos com recursos humanos" representam 56 por cento do total do orçamento. Ao nível dos recursos humanos, o sumário revela que "apesar do esforço da Universidade na contenção da contratação de pessoal, prevê-se um acréscimo de 26 docentes, cinco investigadores e 33 não docentes". Para além disso, "a intensificação da mobilidade de recursos humanos, internamente", pode atingir 186 trabalhadores. A 18 de outubro, surge uma adenda ao sumário, já na posse de todos os dados necessários. O total do orçamento passa para 168.833.462 euros - menos 35 milhões de euros que o original. O ajuste vem da "correção nas fontes de financiamentos associados aos investimentos no plano". Do OE e PIDDAC vêm 97.581.090 euros e das propinas 18.305.820 euros. O restante de receitas
orçamento da universidade 2011 €1.500.000,00
2011 €96.081.090,00
2011 €168.833.462,00
2010 €2.535.320,48
2010 €98.952.208,54
2010 €203.574.851,51
2009 €3.506.667,10
2009 €87.153.296,45
2009 €188.835.351,45
Fundos PIDDAC
Fundos OE
Orçamento total
O grosso do orçamento da UC vem do Orçamento de Estado, complementado com fundos do PIDDAC. A estes dois elementos, acrescem as receitas próprias e consignadas. Dos dados acima apresentados, retirados do plano orçamental aprovado em Conselho Geral a 23 de julho e 18 de outubro de 2010, apenas os valores de 2009 são reais. Os valores de 2010 são uma projeção e os de 2011 representam a previsão mais recente. A primeira estimativa para 2011 previa valores muito superiores, a rondar os 204 milhões de euros. A grande quebra surge nos fundos cedidos pelo PIDDAC, cuja previsão decresce em cerca de nove milhões de euros. Seria interessante analisar os dados com a aplicação dos vários PECs.
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próprias e consignadas. Por comparação com o original, comprova-se que os cortes, a surgir, são feitos ao nível do investimento. Prova disso é que os atuais encargos com recursos humanos passam a representar 68 por cento do total do orçamento. Olhando para o orçamento No plano orçamental e de atividades, também datado de 18 de outubro, antecedendo assim o atual reitor, o valor total de cerca de 168 milhões confirma-se. No entanto não surge contemplado uma descida para 153 milhões, noticiada pela Lusa. Em causa estará uma diminuição de 10 milhões de euros por parte do financiamento do OE. Para efeitos desta análise, manteremos os valores da projeção presente no documento. Por comparação com a projeção de 2010, o orçamento de 2011 é bastante mais pequeno. Passa-se de cerca de 203 milhões (um número que até estava abaixo do plano inicial de 2011), para cerca de 168 milhões. Que é um valor próximo dos 188 milhões de 2009 (dados reais). Nesse mesmo ano, a despesa rondou os 157 milhões. A projeção de 2010 indica cerca de 171 milhões de euros, valor bem abaixo das receitas. Uma evolução que demonstra que, apesar das dificuldades, a UC tem conseguido manter-se à tona de água. E a previsão para 2011 até admite uma diminuição do passivo (cerca de 121 milhões da projeção de 2010 para 119 milhões). Para além disso, todos as projeções de indicadores demonstram uma evolução positiva, com diminuições no défice dos resultados operacionais, correntes e líquidos. O orçamento da UC parece conseguir passar o teste de legibilidade do reitor. Mas apresenta um problema. Os orçamentos estão em permanente mutação. Os dados do site são de outubro de ano passado, ainda com o reitor anterior, numa época dominada pela discussão em torno do PEC. Mostrar o que mudou entretanto e tornar a comunidade, académica e não só, consciente disso acaba por se tornar o grande desafio. Já esta semana, João Gabriel Silva falou da situação. "Estamos numa espécie de camisa-de-forças porque as transferências do OE têm sido reduzidas e, para além disso, estão a introduzir muitas restrições à obtenção de receitas próprias", destacou na imprensa regional. E revelou que "neste momento, 15 a 20 por cento da receita fica cativa". Por isso deixou um pedido ao governo."Que ao menos não nos limitem a capacidade de ter receitas, pelo menos isso", sublinhou.
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Governo falha compromisso com Aveiro Manuel assunção, reitor da Universidade de Aveiro (UA), revelou recentemente que o Estado português ainda não cumpriu o que estava estipulado no contrato-programa, assinado na sequência da passagem da UA a fundação. A universidade devia receber 40 milhões de euros durante os próximos cinco anos, mas ainda não recebeu nada. O reitor revelou que "a situação gera constrangimentos". "Se tivéssemos mais dinheiro, podíamos ter mais atividade. O contrato-programa ia permitir ter recur-
sos adicionais que, por via disso, ainda não temos", destacou Manuel Assunção. No entanto assegurou que a UA tem "consciência da situação do país e está solidária com ele". Por isso, "não podemos pedir para nós aquilo que não é possível ter para todos", sublinhou. E apontou a crise como uma boa oportunidade de aproximação entre universidades e empresas, referindo que a UA, em 2010, teve "bons resultados" do ponto de vista da cooperação com as empresas e na recolha de receitas próprias.
UBI duplica lucros e quer aumentar produtividade O resultado líquido da gestão da Universidade da Beira Interior (UBI), relativo ao ano de 2010, foi de três milhões de euros, o que representa o dobro do resultado do ano anterior. João Queiroz, reitor da UBI, destacou que estes valores surgem pois "houve mais produtividade, com mais receitas provenientes de projetos e investigação", a par de uma "diminuição das despesas correntes". Para além disso, reduziu-se o número de funcionários. Apesar deste sucesso e da crise, João Queiroz
acredita que ainda há margem "para se aumentar a produtividade". Estes números permitem a Carlos Salema, presidente do Conselho Geral da UBI, "estar descansado" em relação à saúde financeira da universidade. Depois de aprovadas as contas de 2010, o Conselho Geral foca a sua atenção no plano estratégico de desenvolvimento até 2020. Segundo Carlos Salema, "a discussão deverá acontecer até agosto", admitindo que o contexto de crise deixa "muitas incógnitas" no ar.
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Prever a progressão tumo Rui Travasso, físico da Universidade de Coimbra, com 33 anos, é o líder de uma equipa internacional de cientistas que está a desenvolver um modelo computacional que permite descrever o crescimento de redes vasculares, crescimento este em parte responsável pela evolução de vários tipos de tumores. A investigação, no futuro, vai "prever a progressão tumoral, podendo vir a ser um auxiliar no desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas que impeçam a evolução da doença, com a finalidade de aumentar a eficácia dos diferentes tratamentos que atuam sobre a rede vascular que a alimenta", explicou o investigador, docente na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC). Rui Travasso recorda que as primeiras ideias para este trabalho científico surgiram há quatro anos. Já ligado à Biologia através de um pós-doutoramento que realizou em Lis-
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boa, o investigador queria de alguma forma aplicar a física a temas biológicos e fê-lo com a modelação de tumores, dedicando-se ao desenvolvimento da sua rede capilar. "Comecei pelo desenvolvimento de um programa computacional, que integra princípios físicos e biológicos relacionados com a forma como se desenvolvem os vasos sanguíneos", refere. E continua: "A parte experimental do projeto estuda o comportamento das células e capilares in vivo e é feita no Instituto Biomédico de Investigação da Luz e Imagem (IBILI). O programa computacional é desenvolvido na Física e pretende fazer a simulação dos resultados". O modelo está a ser desenvolvido por uma equipa que envolve, além de físicos, médicos e biólogos celulares das Universidades de Barcelona, Madrid, Granada e México. Uma equipa de "latinos", cujo objetivo passa por prever a forma como crescem os vasos capi-
lares sanguíneos, em diferentes situações patológicas, concretamente na evolução de um tumor. No entender de Rui Travasso, o tratamento do cancro "pode passar por conhecer melhor as propriedades da rede vascular, à volta de um tumor. E com este modelo computacional pretendemos dar um importante passo nesta direção". A investigação que está a decorrer "pode providenciar um melhor conhecimento de mecanismos importantes no crescimento de redes vasculares e sobre os quais será possível atuar para controlar o desenvolvimento dos vasos sanguíneos e consequentemente travar o desenvolvimento tumoral", explicou Rui Travasso. É conhecendo bem o sistema "que pode ser possível atuar nele", assegura. Os biólogos e médicos que participam na investigação estão a desenvolver as técnicas para perceber os mecanismos. "Posterior-
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Físico da UC está a desenvolver programa computacional que no futuro pode aumentar a eficácia de tratamentos, impedindo evolução tumoral Texto marta varandas fotos pedro ramos
à lupa Nome
Rui Davide Martins Travasso Data de nascimento
14 de dezembro de 1977 Naturalidade
ciência & tecnologia Investigadores da UC ajudam atletas uma equipa de investigadores
da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra tem vindo a trabalhar com atletas de alta competição de modalidades de grande exigência física, no sentido de confirmar cientificamente a maior propensão destes desportistas para contrair certas doenças respiratórias e desenvolver estratégias e métodos de treino que minimizem essa predisposição.
FCT avalia TEMA com "Excelente"
Porto
residência
Coimbra
moral
Livro preferido
"As 13 vidas e meia do Capitão Urso Azul"
filme preferido
"O Fio da Vida"
Prato predileto
Diferente e surpreendente
mente passam a informação aos físicos, para integrar no modelo matemático e simular o crescimento dos vasos. É isto que vai fazer-nos perceber como crescem os capilares, para saber controlá-los", frisou o cientista. A equipa apoiou-se em complexos cálculos científicos efetuados no Milipeia, o supercomputador da Universidade de Coimbra. Para que o modelo possa agora ser aplicado na medicina é necessária a validação em laboratório, com trabalhos experimentais in vitro, que já estão a decorrer no IBILI. A fase experimental seguinte é com animais, para perceber o que acontece em organismo vivo. O coordenador do projeto lembra que o modelo que está a ser desenvolvido está também a ser especializado no crescimento desregulado de vasos que ocorre durante a retinopatia diabética, onde o desenvolvimento de uma vascularização densa e de pequenas hemorragias leva à progressiva perda de visão.
Vícios
Ver o m ail porto de abrigo
"Onde quer que esteja, a minha namorada"
O centro de Tecnologia Mecâ-
nica e Automação (TEMA) da Universidade de Aveiro viu reconhecido o seu potencial científico pela FCT, com a obtenção da classificação de "Excelente". O painel de avaliação enalteceu o esforço do TEMA na captação de financiamento e a sua cooperação com a indústria, que resultou em patentes e produtos de valor acrescentado.
Cérebro de pessoas em coma investigado uma equipa de cientistas internacional, da qual faz parte a investigadora portuguesa Marta Garrido, descobriu que as pessoas em estado vegetativo têm uma ligação cerebral interrompida, descoberta que pode vir a "revolucionar" o diagnóstico clínico atual e que é publicada na revista Science.
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poder local
entrevista
Fundação valoriza Mata do Bussaco
a atividade da FUNDAÇÃO MATA DO BUSSACO é positiva. nos próximos cinco anos, o Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, rui barreiro, quer mais visitantes e o aumento do potencial do património natural e construído. TEXTO Mário Nicolau A atuação da Fundação Mata do Bussaco está a corresponder às expectativas? Dois anos é o período de tempo necessário para começar a constituir uma equipa de trabalho e pôr a funcionar a mata. O balanço é claramente positivo e fica demonstrado como é possível ir mais longe naquilo que é a partilha de responsabilidades e de trabalho relacionadas com as matas públicas. O trabalho realizado até agora poderá ficar comprometido com a anunciada limitação de recursos? Não podemos esquecer que estamos a atravessar um momento difícil, que se reflete na vida das pessoas, das famílias, das empresas e que certamente terá consequências na gestão global da coisa pública. Temos de perceber que é nestas ocasiões que as diferentes formas de gestão têm de encontrar alternativas que permitam a sua sobrevivência e a sua capacidade de resistência. Julgo que estão criadas as condições para que isso possa acontecer. Em bom rigor, o momento difícil obrigará a gestão da fundação, os fundadores e demais envolvidos tenham a perceção da importância da Mata do Bussaco, e que criem condições para ultrapassar as dificuldades económico-financeiras que o país atravessa. O Estado terá de reforçar o envolvimento nas áreas que lhe cabem? Todos os fundadores e nomeadamente o Estado, que está envolvido na fundação através de diferentes ministérios, têm de criar condições para que a fundação funcione. Todos
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nós, enquanto representantes dos contribuintes, devemos fazer tudo para que a fundação funcione ao melhor nível e cumpra as funções para as quais foi criada. A Mata do Bussaco é uma riqueza nacional e extravasa a dimensão regional, o que deve ser assumido em todas as vertentes e obviamente, também, no envolvimento do Estado. A mata atravessa um momento positivo? As intervenções realizadas são positivas, mas não podemos esquecer que a floresta portu-
guesa tem desafios enormes, nomeadamente, ao nível da prevenção e da educação ambiental. O momento atual não tem soluções para todos os problemas, mas é um momento em que se nota que há uma intervenção com maior proximidade e mais permanente do que a que existiu no passado recente. O recurso a reclusos é a melhor solução no que respeita aos trabalhos de manutenção? Utilizar a imaginação no uso dos recursos é essencial nos tempos que correm. A utilização dos reclusos é uma boa iniciativa... Mas é suficiente? Haverá certamente ocasiões em que o envolvimento dos jovens, dos desempregados e dos titulares do rendimento social de inserção também ocorrerá. No fundo, estamos a falar da utilização de todos os mecanismos ao nosso alcance de modo a proteger, sensibilizar, da a conhecer e garantir esta mais-valia que é a Mata do Bussaco. A Mata Nacional do Bussaco integra vários tipos de património: florestal, monumental e militar. Tem conseguido compatibilizar os centros de decisão destas três vertentes? A diversidade é uma vantagem e, ao mesmo tempo, implica o esforço acrescido de quem participa na gestão global do espaço. E isso tem acontecido. A intervenção nas matas nacionais é uma prioridade. O apoio à certificação florestal, de modo a que o material lenhoso possa ter mais vantagens é um exemplo. Queremos que as matas nacionais sirvam de exemplo aos proprietários priva-
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Nota-se que há uma intervenção com maior proximidade e mais permanente do que aquela que existiu no passado recente
dos, pelo que o trabalho que a Autoridade Florestal Nacional está a desenvolver é muito importante e implica investimentos que estão a ocorrer de Norte a Sul do país. A forma de gestão tem melhorado claramente a nível regional. Já existem modelos de referência da vegetação que permitam conhecer o coberto vegetal primitivo natural de cada zona do país? Temos diferentes dados do desenvolvimento do país e boa colaboração entre o Ministério do Ambiente e o Ministério da Agricultura no sentido de encontrarmos as melhores soluções quer financeiras, quer técnicas para desenvolvermos da melhor maneira as nossas riquezas naturais. A floresta é uma riqueza nacional e deve ser entendida por todos deste modo e principalmente como uma riqueza que precisa da intervenção de todos. A preservação das espécies autóctones é uma prioridade nos projetos de reflorestação? Temos de garantir essa preservação, pelo que faz sentido manter condições superiores para a floresta autóctones relativamente a outro tipo de floresta, o que tem acontecido. O que poderá considerar-se um trabalho positivo da fundação nos próximos cinco anos? Aumentar o número de visitantes e garantir que o património natural e construído fique com um potencial muito superior ao que tinha quando a fundação o recebeu.
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dinheiro
marketeer
Jantar com Sócrates ou Moura Guedes "não iria correr bem" Qual foi o seu primeiro emprego? Vendedor da Super Douradas. Como gastou o primeiro ordenado? Comprei um Raymond Weil, que ainda hoje dá horas... Certas! Um sonho... Gerir o orçamento anual de marketing da Coca-Cola, só para a Europa. O que não suporta? Conversas fúteis, tricas e mexericos. Um vício que não equaciona deixar… Experiência emocional repleta de adrenalina e aventura, seja ela qual for.
josé garcez, diretor comercial e de marketing da plural
conversa de
quiosque Desde 1992, a Padaria Pastelaria Flor da Conchada vende, além das habituais revistas e jornais, tudo o que tenha a ver com pão e pastelaria. O estabelecimento é propriedade de João Carvalhais, da mulher, Isaura Ribeiro Jorge Carvalhais, da filha Maribel Jorge Carva-
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E que marca não dispensa? Lipton.
PADARIA PASTELARIA FLOR DA CONCHADA Lg. da Conchada, 15 Coimbra - Tel. 239 821 991
lhais, e do genro, William Daniel Jorge Pinho. O estabelecimento está aberto todos os dias, entre as 07H00 e as 21H00. Mesmo em tempo de crise, os responsáveis não se queixam do negócio. "Corre bem, estamos numa boa zona", revela William Daniel Jorge Pinho.
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Que música lhe dá vontade de cantar em voz alta? Nenhuma. Não me suportaria ouvir cantar. Com quem não jantava? José Sócrates e Manuela Moura Guedes. De certeza que não iria correr bem. Último livro lido, cd ouvido, filme visto? "A Vida Num Sopro", de José Rodrigues dos Santos; "Amália Hoje", do projeto Hoje; "O Estranho Caso de Benjamin Button", de David Fincher. Lema de vida? "Se o mundo acabasse amanhã, hoje ainda plantava uma árvore".
PU
Lugrade obteve certificação
Cristiana mora no Atrium
Best Western e Odabarca aliadas
O certificado de conformi-
dade pela SGS da norma NP EN ISSO 9001:2008 respeita ao bacalhau salgado verde e espécies afins salgadas verde; produção de bacalhau salgado seco, espécies afins salgadas secas e raia salgada seca; comercialização de bacalhau demolhado ultracongelado e espécies afins demolhadas ultracongeladas.
Scom inaugurou ecrã led na Figueira O empresa empresa do Grupo Somitel especializada em soluções de comunicação e new-media inaugurou o seu primeiro ecrã led outdoor na cidade da Figueira da Foz. Posicionado na rotunda Eng.º Coelho Jordão, é um veículo privilegiado de comunicação das marcas com o público em geral.
A nova loja de decoração infantil tem oferta variada MORA no Atrium Solum, em Coimbra, e tem muito para oferecer. Cristiana Resina é uma marca de decoração infantil, de caráter artesanal, que aposta na criação integral de espaços para crianças. Diferencia-se pelos desenhos, cores e motivos, e pelo conceito associado. A gama de artigos inclui roupas, calçado (bebé), artigos de puericultura (têxtil), têxteis lar, turcos, mobiliário e acessórios de decoração (puxadores, candeeiros, telas, painéis
decorativos, cortinas, tapetes…). Mobilar os quartos na sua totalidade, de forma a criar ambientes originais e individualizados, é o objetivo. As matérias primas utilizadas são não tóxicas e anti-alérgicas. Os móveis e complementos são laváveis, seguros e resistentes, uma vez que as crianças têm por hábito descobrir o mundo sem olhar às consequências.Saiba mais sobre estas propostas em www. cristianaresina.com
O Best Western Hotel D. Luis, criou uma parceria com a empresa Odabarca com o objetivo melhorar a oferta turística de Coimbra. Fixar os visitantes mais de uma noite, criando as emoções necessárias e que resultem posteriormente na promoção “boca a boca”, são outros dos objetivos. O passeio no Basófias, seguido de uma viagem no Tuk Tuk é uma das componentes da parceria entre as duas empresas, que inclui várias propostas de passeios turísticos.
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empresário de sucesso
A Lugrade concluiu recentemente o processo de certificação. O que é que irá mudar na empresa? Foi mais um desafio que terminamos com êxito. Os processos que estavam implementados eram praticamente os necessários para a certificação, mas obviamente que foram necessários alguns acertos. O processo durou praticamente um ano, exigiu esforço e é mais um ponto a favor da nossa empresa. Sentimos muito orgulho no resultado e no trabalho de toda a equipa, que está também refletido na atribuição do símbolo PME Excelência 2010. O bacalhau, como o conhecemos, poderá desaparecer? O mercado internacional caminha cada vez mais para o filete fresco, injetado, fabricado na China ou no Vietname. Injetam o sabor a limão, a sal ou outro sabor qualquer. Ora, o nosso bacalhau é completamente natural. A salga e a secagem são processos absolutamente naturais. Ao consumidor está reservado o prazer de lhe retirar o sal até ao ponto que mais lhe agrada. Outro dos prazeres é vê-lo crescer, pois quando compramos um quilo de bacalhau, depois da demolha, temos para cozinhar um quilo e 300 gramas, o que torna um produto económico. É necessário estimular o consumo? Continuamos a apostar no bacalhau seco, cujo consumo está estabilizado. Apesar da entrada no mercado dos pré-cozinhados, do bacalhau demolhado, que também comercializamos, o bacalhau seco continua a ser uma bandeira para a Lugrade. O bacalhau seco é uma reserva cultural que não deve desaparecer. Aumentámos recentemente a nossa capacidade de produção de bacalhau seco e estamos, também, a investir no bacalhau demolhado, que regista um considerável aumento de vendas. A continuidade do bacalhau seco é, também, uma questão de mentalidade? Se as pessoas preferirem produtos portugueses, a economia nacional sairá da situação em que se encontra. Basta reparar na etiqueta que acompanha os produtos. Temos 50 funcionários, mas dependem de nós muito mais do que 50 pessoas. O bacalhau português tem uma nova marca, pelo que é fácil identificar o que é produzido no nosso país. Quais são os fatores que influenciam a qualidade? Há barcos que lançam a rede e recolhem-na um dia depois, outros dois dias depois e
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Bacalhau é bandeira O bacalhau seco faz parte da herança cultural do país, afirma Vítor Lucas, administrador da Lugrade outros... duas horas depois. Ora, no último caso, a qualidade do produto é muito superior. É este que procuramos adquirir, pois nos outros casos o peixe fica fraco em termos de consistência muscular e em termos de sangue, por exemplo. O processamento no
a empresa LUGRADE - S.A. Parque Industrial de Taveiro Lote 30/2, Taveiro Coimbra 3045-504 Telefone: 239 980 180
alto mar e em terra é também essencial, e quando encontramos um barco em que todos os processos estão de acordo com as nossas exigências, procuramos estabelecer relações a longo prazo. A qualidade é sempre o objetivo da nossa empresa. Qual é o ponto da situação em termos de mercado? Somos uma referência em Portugal. Recebemos recentemente autorização para exportar para o Brasil e vamos prosseguir com a operação para as comunidades portuguesas na Europa e também para Angola. Queremos atingir os 40 por cento na exportação e contamos com o aumento da capacidade de secagem em 35 por cento para atingir este objetivo. Por outro lado, queremos substituir a importação de produto acabado da Noruega. MN
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Ponto a ponto a vida fica mais bela Casino Figueira estabelece parceria com "a vida é bela"
agenda Casino Figueira qui.19.20H30
Jantares com História
Os pontos acumulados no Cartão Casino Figueira Club asseguram, a partir de agora, a entrada no mundo de "a vida é bela". É possível voar de balão, saltar de pára-quedas, conduzir um Ferrari, andar num Fórmula 1 ou navegar numa embarcação de luxo. Por 150 pontos, por exemplo, é possível uma experiência para uma
ou duas pessoas à escolha entre 250 experiências de bem-estar e gourmet. Através da iniciativa, o Casino Figueira convida-o a acumular pontos, a trocá-los e a tornar a vida mais bela, voltando, depois, a acumular. Fernando Martins e Fernando Maia, do Casino Figueira, apresentaram a iniciativa.
Helena Sacadura Cabral, economista, jornalista e escritora, falará dos últimos livros "Nós de Amor" e "Caminhos do Coração". Os Jantares com História têm direção gastronómica do chef Hélio Loureiro e são elaborados pelo chef João Baptista.
sab.21.20H00
Congresso "Outras Vozes da República"
Gala da Ciência
Parceria de sucesso entre o Museu da Presidência e o Casino
Jantar, entrega de prémios e animação. Entrega do Prémio "Mérito" da Altec, das distinções do concurso "Se eu fosse cientista" e dos prémios "Seeds of Science" 2011 do Ciência Hoje.
O congresso "Outras Vozes na República 1910-1926", iniciativa do Museu da Presidência da República com o apoio do Casino Figueira, reuniu no Palácio Sotto Mayor uma mão cheia de personalidades de renome internacional, da História e da Ciência Política. Diogo Gaspar, diretor do Museu da Presidência da República, salienta o êxito da iniciativa, que já é conhecida como "o congresso da Figueira", pois em vez dos 28 trabalhos iniciais, acabaram por ser
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apresentados 45, para 82 intervenientes. O contributo dos jovens investigadores conjugou-se com o trabalhou de quem, "por vicissitudes várias não viu os seus trabalhos divulgados e apresentados à comunidade científica". Para Domingos Silva, administrador do Casino Figueira, o congresso é "a primeira etapa de um projeto que resulta de uma parceria constante (desde 2008) entre o Museu da Presidência da República e o Casino Figueira".
dom.22.16H00
Quando for grande... A tarde infantil na Sala Figueira dá a conhecer a profissão de professor.
VIVER em casa de...
Ricardo Ferreira
"Não tenho segredos para o proprietário da pecmor vive em sargento mor, mas é nos açores que se sente bem. a c entrou na intimidade de ricardo ferreira, que falou sobre a relação de amor e amizade que tem com os filhos e da sua dedicação ao trabalho texto Márcia de oliveira fotos pedro Ramos sábado. 15h30. Ricardo Ferreira, ribateja-
no de gema, está na sua empresa com os dois filhos – Renato (19 anos) e Ricardo (10 anos). Para ele a semana funde-se com o fim de semana porque, como o próprio afirma, "há sempre trabalho". Os dois filhos acompanham-no no trabalho, e gostam. O mais velho já está integrado na equipa e daqui a uns anos estará pronto a assumir as funções do pai. O mais novo vai à empresa sempre que pode, principalmente ao fim de semana, para depois também seguir as mesmas pisadas. "Os meus filhos são os meu sócios. Não tomo
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nenhuma atitude na minha vida sem que lhes pergunte a opinião", afirma. Quando estão todos juntos, gostam bastante de conversar. "Eu não tenho segredos para eles. Tudo o que faço conto aos meus filhos. Sou muito sincero. Só não suporto quando me apunhalam pelas costas", sublinha. Da empresa, seguimos para a casa de família, alguns metros à frente. O empresário assume que gosta de antiguidades e isso é visível na habitação, onde moram há cinco anos. "Tenho a paixão pelas coisas antigas, inclusivamente esta casa era uma casa da nossa família, que eu deitei abaixo e reconstruí com tudo o que
são peças antigas, desde painéis a paredes de pedra", explica. O azul predomina no exterior da casa, nas varandas, portões, e funde-se com a água da piscina, na parte traseira, junto a um pequeno jardim repleto de bonitas flores à volta. Um excelente local para desfrutar nos dias de verão que se aproximam. Ricardo Ferreira, 47 anos, é um homem humilde e honesto. Foi agraciado com a sorte, e gosta de dividir essa sorte com os que o rodeiam. "Os meus filhos dizem que sou um agarrado (risos), mas eu não gosto de comprar para mim, gosto mais de dar aos outros", destaca.
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Os meus filhos são os meus sócios. Não tomo nenhuma atitude sem que lhes pergunte a opinião
ra os meu filhos" Este ano aproveitou para desfrutar de algum tempo para estar em família. "Fizemos uma viagem ao México e um cruzeiro à zona de Itália. Depois fui a Cabo Verde. Aproveitei e fui em trabalho e em férias também. É que o tempo que dedico à empresa é de quase 24 horas por dia, de segunda-feira a domingo", realça. Outra das paixões do empresário, além de outras antiguidades, são as motas antigas. Neste momento já conta com 19. "Já comecei esta coleção há algum tempo. E cada vez gosto mais", destaca. Hoje, o negócio próprio que montou leva-lhe grande parte do tempo. "Saí da outra empresa em Tábua, porque andava sempre na estrada. Agora, monto o meu negócio e volto outra vez para a estrada", frisa, a sorrir. Mas é como dizem, "quem corre por gosto não cansa"…
"Sou muito agarrado aos meus funcionários" Tem 23 pessoas a trabalhar para si na Pecmor, empresa que fez no passado domingo um ano. E sabe que a responsabilidade é muita e o descanso… é pouco. Grande parte do tempo é passado fora, como por exemplo na Alemanha, onde vai diversas vezes a leilões de carros. E os filhos já lhe seguem as pisadas nesse aspeto. Para além do negócio das peças e venda de automóveis, é também proprietário do restaurante Adega do Leite, uma casa que já tem 82 anos. "Quando agarrei no negócio, comecei por ser o cozinheiro da casa. Tenho jeito para tudo, graças a Deus", diz, bem humorado. Entretanto arranjou um cozinheiro e uma boa equipa em quem confia bastante, que ainda hoje dá conta do dia-a-dia do restaurante,
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viver
em casa de...
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Os meus funcionários comem onde eu como e, se estivermos fora, dormem onde eu durmo. Não acho bem estar a fazer distinções
sem que ele tenha de se preocupar. "Não estou à espera de enriquecer com aquele restaurante. Apenas lhes disse para olharem por ele e o estimarem. Já está entregue a eles há dois anos e está a correr bem", destaca. Para ele, os funcionários são peças fundamentais. E, sempre que pode, ajuda-os. "Todos têm carro e os que ainda não têm, pago-lhes o gasóleo. Além disso, contratei uma pessoa para fazer almoços para eles e à tarde podem ir ao bar beber a sua cervejinha. Agora quero fazer uma sala para atividades físicas, com máquinas, para eles fazerem nem que seja uma hora por dia", reforça. Não o faz por obrigação. "Faço porque não gosto de ver ninguém mal. Se tiver de tirar a camisa eu tiro, se tiver de matar a fome eu mato. Os meus funcionários comem onde eu como, se estivermos fora, dormem onde eu durmo. Não acho bem estar a fazer distinções", admite. Mas sublinha: "Quando me falham não perdoo. Mesmo que sejam
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os meus filhos. Porque não podem existir misturas: trabalho é trabalho. Amizade e família são outra coisa e temos de aprender a distinguir as coisas", afirma. Açores – o paraíso do lazer Ricardo Ferreira tem uma grande paixão pelos Açores. Por isso decidiu adquirir uma casa na Ilha Terceira, mesmo junto ao mar. "É daquilo que gosto. Tenho lá a minha caninha de pesca e consigo relaxar, não me chateio. E é lá que vou morrer um dia", sublinha. Durante a conversa, destaca que os momentos mais felizes da vida dele foi o nascimento dos filhos. Para Ricardo Ferreira, o conceito de família está relacionado com o bem-estar. "É necessário que nos sintamos bem no núcleo familiar. Isso é fundamental para nos mantermos unidos", explica. O seu sonho? "Fazer um lar de idosos. A única etapa que me falta é essa. Já tenho o terreno para isso e, daqui a cerca de três anos, espero já ter tudo arranjado", conclui.
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C15
viver
viajar
ficha
Moçambique
Maputo - Moçambique África
COMO IR Voos regulares da TAP entre Lisboa-Maputo-Lisboa, com ligação direta. O QUE COMER O enorme "pão d'alho", com uns camarões – alhinho, à moda do bar-restaurante Zambi, acompanhados da gelada "Laurentina", fazem as nossas delícias. 1
Maputo: a calma africana A antiga lourenço marques começa a modernizar-se e a abrir-se ao turismo. Há bons hotéis e o camarão e a "Laurentina" não deixam ninguém indiferente texto aDÃO MENDES Quando se chega a Maputo, sente-se o desejo de modernidade na capital moçambicana, visível nos novos edifícios dos vários ministérios e no aeroporto internacional. Lado a lado com a modernidade, observa-se, no entanto, a degradação dos edifícios mais antigos, de estilo colonial, bem como doutros espaços nobres, como o jardim botânico. Ao "perder-se" pela cidade, faça-o com a devida companhia e sempre com o mínimo de valores, mas não deixe de visitar o Museu de História Natural, com os murais de Malangatana, o Celacanto, que nos recebe logo à entrada, bem como as cenas de vida selvagem, no salão principal do museu. No mercado principal de Maputo, "coração" das gentes moçambicanas, sente-se o bulício caraterístico, mesmo que não haja a intenção de comprar. À saída, valerá a pena visitar a histórica estação central de caminhos-de-ferro. Cedo se faz noite nestes locais, convidando a um banho relaxante no conforto das coisas simples, que se sentem, por exemplo, nalguns dos hotéis da zonda da catedral.
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1 -Cidade à noite 2 - Catedral de Nossa Senhora da Conceição 3 - Baía de Maputo
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ONDE FICAR O Hotel Polana impõe-se pela sumptuosidade e pelo preço. O Hotel Cardoso oferece uma vista fantástica sobre a baía. O conforto das coisas simples sente-se no Hotel Pestana Rovuma, ao lado da Catedral e da Casa de Ferro, da autoria de Gustave Eiffel. COMO ANDAR NA CIDADE Usar "roupa 365": o confortável calção, a t-shirt e o chinelo, que dão para os 365 dias do ano, faça inverno, faça verão. Aconselha-se a não andar sozinho e sempre com o mínimo de valores. O QUE COMPRAR Adultos e crianças vendem artesanato pelas ruas, desde as peças em pau–preto, aos famosos "batiques". Não ceda ao primeiro valor, pois conseguirá um preço mais em conta, ao fim de algum regatear. RECOMENDAÇÕES A diferença em relação à hora portuguesa é de mais uma hora. A estação atual corresponde à chegada do inverno a Moçambique. O transporte do artesanato comprado poderá ser motivo para ter de negociar no momento do check-in e, no caso de material biológico, poderá ver as suas intenções frustradas, uma vez que é necessário solicitar previamente autorização oficial.
viver
notícias
ALD Automotive tem novo diretor João Gomes foi recentemente nomeado para o cargo de diretor coordenador de operações da ALD Automotive Portugal, empresa do Grupo Société Générale especializada em Renting e Gestão de Frotas. Tem o curso de Engenharia Mecânica do ISEL.
Ford Transit Automotive Portugal
Classe Eficiente Modelo atual é um exemplo de eficiência no segmento. Consumo combinado de combustível de apenas 6,8-7 litros/100 km.
pARA comemorar o segundo ano de uma competição que é única em todo o mundo, a Ford Lusitana criou a edição especial limitada Transit Trophy. Disponível nas versões 260S, 280S e 300M Van, equipadas com o motor 2.2TDCi Duratorq com potências de 85cv a 140cv, esta edição especial acrescenta ao seu equipamento de série os seguintes conteúdos: jantes de liga leve de 15", sensores de estacionamento traseiros com visor de LED, GPS Garmin Nüvi 1200, capas dos espelhos retrovisores com efeito de carbono e o badget específico, Transit Trophy. O equipamento de série inclui rádio CD com ligação MP3, compartimento de carga em aço, com janela, entre outros.
Kia apresenta novo Picanto amanhã A Kia Portugal agendou para amanhã, em Lisboa, uma curta apresentação nacional à Imprensa do novo Picanto. O novo Picanto estará disponível nas versões de 3 e 5 portas, com quatro novos motores, com 1.0 e 1.2 litros, prometendo a Kia baixas emissões de CO2 e consumos.
A mercedes-Benz está determinada em vencer a batalha da economia de combustível. Os novos motores a gasolina em conjunto com a caixa de velocidades otimizada, são o exemplo da estratégia da marca alemã na redução dos consumos. O modelo atual do Classe E beneficia da evolução tecnológica da Mercedes-Benz numa área sensível (o consumo de combustível) no capítulo ambiental e económico: é referência de eficiência no seu segmento. Com um consumo combinado de combustível de apenas 6,8-7,0 litros, e 8,9 litros de gasolina por 100/Km, o E 350 BlueEFFICIENCY e o E 500 BlueEFFICIENCY constituem exemplos de excelência nas respe-
tivas classes. Após a introdução dos novos modelos V6 e V8 BlueDIRECT, todos os motores a gasolina e diesel no Classe E têm agora injeção directa. A redução do consumo de combustível até 20 por cento é também devida à função de Eco start-stop e à caixa de velocidades automática 7G-TRONIC PLUS, que está agora disponível para as variantes com quatro cilindros. No E 220 CDI BlueEFFICIENCY (170 cv) e no E 250 CDI BlueEFFICIENCY (204 cv), o consumo NEDC e as emissões de CO2, em combinação com a caixa manual de 6 velocidades, é de apenas 5,0-5,3 l/100 km e 130-139 g/km.
Magyar Suzuki completa 20 anos o 20.º aniversário é um marco impor-
tante na história da empresa fundada em Abril de 1991. Começou por fabricar a primeira geração do Swift, seguindo-se o Wagon R+ em 2000, o Ignis em 2003, a segunda geração do Swift em 2005, o SX4 em 2006, o Splash em 2008 e o novo Swift em Junho de 2010. O maior investimento decorreu no período de 2003- 2008, altura do programa europeu de relançamento da Suzuki, que previa uma importante expansão da rede de distribuição europeia, preparando a empresa para uma capacidade de produção de 300.000 unidades. Em 2010, a fábrica na Hungria produziu 170.000 veículos.
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viver
topo de gama
Novo Citroën DS4 Qualidade não é exclusivo alemão O esforço da marca francesa, na aproximação às referÊNCIAS ALEMÃS, ESTÁ PRESENTE NO NOVO ds4. a cITROËN ESTÁ EM EXCELENTE FORMA E O CONSUMIDOR SAI A GANHAR. textos E FOTOS Mário NicoLAU
O novo DS4 reflete o excelente trabalho
dos técnicos da Citroën nesta gama muito especial. Mais alto que o C4, o DS4 proporciona posição de condução idêntica à dos SUV, mas garantindo o desempenho de uma berlina e... o estilo de um coupé. Confuso? Não fique: Os objetivos são claros: agradar à maioria e colocar no mercado um automóvel
Apresentação exemplar em Barcelona A Citroën preparou ao pormenor a apresentação do DS4 à Imprensa internacional. Jornalistas de vários países, incluindo Portugal, testaram a nova proposta da marca francesa nos arredores de Barcelona. O look muito feliz, qualidade e requinte interior, assim como a posição de condução elevada, são "armas de arremesso" à concorrência. Os preços começam nos 27 mil euros e o DS4 chega ao nosso país em junho.
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pronto para todo o serviço. O estilo é outro "ponto" muito forte: o DS4 é musculado e faz da traseira com look desportivo um caso sério. As cavas das rodas e as portas de trás dissimuladas completam o exemplar dossiê de design. No interior, a qualidade dos materiais e acabamentos é excelente. O revestimento in-
tegral em pele com pespontos visíveis e os bancos confortáveis e eficazes confirmam o esforço da Citroën na afirmação de uma proposta - a gama DS - que coloca a marca francesa na perseguição dos bem sucedidos alemães. A afinação das suspensões e a direção foram alvo de particular cuidado. O aumento do diâmetro das barras estabilizadoras e a
José Raúl Pereira diretor de Relações Públicas da Citroën
a oferta a gasolina é
construída com o bloco 1.6 litros de origem BMW, nas versões 120, 155 e 200 CV. A "C" testou em Barcelona as variantes mais potentes, o HDI 160 e o THP 200. O diesel é agradável; a versão a gasolina... um "brinquedo" irresistível.
A versão THP 200, com bloco de origem BMW, assegura ritmos desportivos e doses amplas de diversão. A "cantoria" sobe de tom ao primeiro apelo do pedal mais à direita...
motorização
Oferta diesel
com blocos HDI 110 e 160 cv A gama assenta nos blocos diesel HDI 110 e 160 com uma versão e-HDI 110 equipada com a caixa manual pilotada e a tecnologia micro-híbrida com Start&Stop e alternador inteligente. A traseira é argumento de peso no capítulo estético. dureza dos amortecedores limitam o rolamento da carroçaria e asseguram melhor inserção em curva. Mesmo assim, condutor e passageiros viajam confortavelmente. Competente, seguro e honesto no comportamento, o DS4 revela-se muito divertido de conduzir em estradas sinuosas - o percurso nos arredores de Barcelona, com muita serra à mistura, foi exemplar nos
"trabalhos manuais"... Na análise às variantes cedidas, o HDI 160 e o THP 200, a apreciação é positiva num e noutro caso, ainda que o bloco a gasolina, com 200 cv e "alma" inesgotável, seja mais ao estilo do autor destas linhas. Muito boa gente, escreverá que o DS4 não assusta a concorrência. Até pode ser verdade, mas que ninguém duvide da ambição da marca do double chevron...
Olivier Thrierr confia no sucesso do novo Citroën DS4 Em entrevista à C, o diretor geral da Automóveis Citroën, SA confessou que a marca francesa espera vender, em Portugal, 50 viaturas por mês, ou seja, 600 viaturas por ano. A carreira do C4, segundo Olivier Thrierr, é bem diferente: a Citroën coloca a fasquia nas 200 viaturas por mês. O sucesso de vendas resulta, afirma Olivier Thrierr, da conjugação de vários fatores: "historial" da Citroën no nosso país, fidelização dos clientes e, até, da "tradição". A fábrica em Mangualde é, também, mui-
to importante no ambiente positivo que a marca regista neste momento e que reflete a qualidade da gama Citroën: "é a mais completa e, agora, com a linha DS, conhece um novo ênfase comercial. Lideramos o mercado VU (veículos comerciais), o que é muito positivo". A qualidade, acrescenta, é o objetivo do momento para a Citroën que encara o mercado elétrico como "muito importante", ainda que os híbridos estejam na primeira linha das soluções a apresentar pelas marcas.
Olivier Thrierr destaca o salto de qualidade da marca francesa
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viver
à mesa
Mestria na Lousã O restaurante "A Viscondessa", no Meliá Palácio da Lousã - Boutique Hotel, constitui uma oportunidade única para desfrutar da emoção dos sabores que a região propícia. O amável saber receber e a atenção dispensada a todos os pormenores são indispensáveis num cenário pautado pelo requinte e exigência de estilo. A cozinha do restaurante "A Viscondessa" é moderna, com raízes tradicionais. Nesta combinação perfeita de requinte de serviço, a sub-chefe de cozinha Rita Oliveira sugere, no início da refeição,
um creme de castanhas com redução de chouriço e seu crocante e um caneloni de morcela com puré de maçã. Depois, é proposto o duo de veado no seu próprio molho, com castanhas e grelos salteado em toucinho fumado. Para terminar um semi-frio de Beirão. Situado em pleno centro histórico da vila da Lousã, porta de entrada por excelência da Rota das Aldeias do Xisto, o Meliá Palácio da Lousã - Boutique Hotel oferece uma atmosfera acolhedora e deslumbrantes vistas sobre a Serra da Lousã.
receitas do chef
Duo de veado no seu próprio molho, com castanhas e grelos salteados em toucinho fumado ingredientes 1.00 Kg lombo veado 1.50 Kg perna veado 1 dente de alho 0.25 Kg cebola 0.20 Kg cenoura 0.40 Lt vinho tinto 0.20 Kg manteiga s/ sal 0.30 Kg espinafres 0.30 Kg grelos 0.20 Kg toucinho fumado 0.21 Kg castanha
modo de preparação Estufa-se a perna de veado em alguns aromáticos, e reserva-se com todos os seus sucos. Numa sauté marca-se o lombo de veado até ficar no ponto “rouse” (nem bem, nem mal passada), através dos sucos deixados faz-se o molho, coloca-se cebola picada deixa-se caramelizar, junta-se vinho tinto, e deixa-se reduzir, junta-se o suco do estufado da perna de veado e reduz, junta-se manteiga para finalizar. Para acompanhar este prato, salteia-se toucinho fumado com castanhas e grelos.
Semi frio de Beirão ingredientes 1 Pacote de bolacha de aveia 1 Pacote bolacha maria 0.250 kg manteiga 0.150kg açúcar 0.200ml Licor Beirão 0.100kg lima
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modo de preparação Prepara-se uma base de bolacha e coloca-se numa forma, batem-se as natas com um pouco de açúcar, Licor Beirão e raspa de lima. Coloca-se o preparado em cima da base de bolacha e vai ao frio.
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vinhos
Vinho branco solta sensações frescas
Os aromas primários do vinho
susana pinho Enóloga
num vinho branco o consumidor procura encontrar sensações agradáveis através de aromas atrativos e frescos, facto que condiciona definitivamente a sua predisposição para a prova e respetiva avaliação geral. Por outras palavras, determina se as suas expectativas foram superadas e, se vai ou não voltar a adquirir esse vinho. Quando se fala de vinhos brancos aromáticos, provenientes de uvas naturalmente aromáticas, significa que a maioria dos aromas percebidos são os primários, provenientes das uvas, e presentes nas películas, pelo que na sua elaboração, o objetivo é produzir um vinho que expresse ao máximo esses aromas. Mas para que cheguem à garrafa e sejam valorizados pelo consumidor é necessário adotar algumas técnicas enológicas, que evitem a transformação desses aromas em compostos indesejáveis, nomeadamente através da seleção de uvas bem maduras, da ausência de oxigénio durante as etapas de vinificação e estágio, e seleção de leveduras capazes de exaltar e respeitar o caráter varietal da casta.
sugestão Branco Bairrada Volúpia 2010 O vinho Branco Bairrada Volúpia 2010, das Caves do Solar de São Domingos, elaborado maioritariamente com a casta aromática Sauvignon Blanc, à qual se junta o Chardonnay e a Maria Gomes, evidencia um aroma intenso e expressivo, centrado na uva fresca e com sugestões de frutos tropicais como mar acujá , e algum mineral. É bast a nte el e g a n te n a boca, sentindo-se a fruta de qualidade e a acidez refrescante, tornando-se o conjunto final persistente e convidativo. Preço: 4,25 €
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moda
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e o regresso dos trabalhados
CASUAL CHIQUE
Artigos: NAMIB Rua Visconde da Luz T. 239 822 918 Modelo: Ana Sousa Produção: Black at White Cabelos: Natália Lopes Cabeleireiro Maquilhagem: Makeit Up Fotografia: M. Crespo
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LEITORA Cátia Ribeiro
v ida NOVA
PROFISSÃO Estudante IDADE 22
Para a mudança de visual da Cátia Ribeiro, optou-se pelo critério "menos é mais". A leitora, que usava risco ao meio, passou agora a assumir um penteado à direita que amplifica o olhar e confere mais volume. O cabelo, muito fino, inspira mais cuidados e por isso a técnica de coloração incidiu no realce da madeixa, optando-se pela aplicação no comprimento total dos fios de cabelo, enquadrando melhor o rosto da candidata. A Cátia ganhou, assim, um penteado moderno, de corte de moda, versátil e prático para o dia a dia. Para algo mais sofisticado, basta aplicar mousse e deixar que o cabelo ganhe o efeito pretendido!
antes
Produção global: CABELEIRO ILIDIO DESIGN by Carlos Gago C. COMERCIAL GIRASSOLUM Fotografia: Pedro Ramos Roupas e adereços: B&A Ricardo Colaço Loja 121, 1º piso Helena Colaço Loja 117, 1º piso C. COMERCIAL GIRASSOLUM
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depois HAIRSTYLIST Paula Carvalho TÉCNICA de COLORAÇÃO Coloração Coleção L’Oreal, Majiblonb 901s
Se deseja mudar o seu visual, envie um e-mail, com o seu nome, idade e foto para
CORTE Colecção H3: Carlos Gago
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vidas
Nova novela da TVI
Um "Remédio Santo" para Viseu
A rodagem da nova produção do canal de Queluz está a causar uma grande perturbação no concelho, onde a presença de Rita Pereira, Sofia Alves, Simone de Oliveira ou Nicolau Breyner não deixa ninguém indiferente TEXTO e FOTOs José Lorena
Fernando Ruas, presidente da Câmara de Viseu, no ato de assinatura do contrato de rodagem da novela no concelho, com Duarte Gouveia (à direita), da TVI, e Bernardo Bairrão (à esquerda), da Plural Portufal
Ter quatro novelas no ar ao mesmo tempo numa televisão privada em Portugal obriga a um esforço considerável de produção. É o que se passa na TVI que, mais uma vez, está a criar um apetitoso embrulho para os apreciadores de telenovelas: chama-se "Remédio Santo", é mais uma produção da Plural Portugal para o canal de Queluz e outra cria-
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ção de António Barreira, o guionista que em novembro de 2010 viu a novela "Meu Amor" ganhar um Emmy em Nova Iorque. A nova produção está a ser rodada praticamente na íntegra no concelho de Viseu, depois de toda a trama ter tido início na cidade de Salamanca, em Espanha. A gravação de "Remédio Santo" começou a ser feita no
início de março e a ser exibida, a partir da semana passada, no horário nobre da TVI. A utilização de Viseu para a gravação do essencial da história de António Barreira tem dado origem a uma perturbação assinalável no quotidiano do "coração de Portugal", como gosta de chamar à cidade o autarca Fernando Ruas, um dos entusiastas do pro-
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jeto. Os atores habituais das novelas da TVI, entre alguns convidados, têm residido, nas últimas semanas, na zona de Viseu e por lá andarão até ao final da história. Em algumas zonas da cidade e em localidades rurais, como Mundão, Silgueiros, S. Cipriano, Almargem, Calde ou Farminhão – onde o vetusto património histórico e paisagístico tem brilhado na produção da novela – os habitantes têm recebido visitas inusitadas de atores e atrizes, como Margarida Marinho, Rita Pereira, Sofia Alves, Patrícia Tavares, Simone de Oliveira ou Nicolau Breyner.
Barreira quer pôr portugueses a rir e… a pensar
O enredo de “Remédio Santo”, da autoria de António Barreira, tem grande interação com Espanha (algumas cenas foram rodadas em Salamanca), mas visa, segundo o autor, pôr os portugueses a rir, mas simultaneamente para a santidade, a morte e o esoterismo.
protagonistas Rita Pereira
Dá vida a Helena, que simulará uma gravidez Sofia Alves
Viúva de três maridos, não desiste de ser feliz. Nicolau Breyner
Num enredo com muitas mortes, é uma das vítimas. Margarida Marinho
Personifica Violante, que perdeu o namorado Daniel para a rival e não se conforma. João Catarré
Recomeça a vida na aldeia de Mundão, onde se apaixona por Aurora.
A história de "Remédio Santo" assenta nas relações entre as famílias Borges, Ferreira, Rosário, Monforte, Muleta Negra e Tavares. Sofia Alves, Paula Lobo Antunes e João Catarré também integram o elenco
Não se fala de outra coisa Um contacto visual, um autógrafo ou mesmo uma “beijarufa” rápida a uma figura pública faz as delícias dos habitantes de Viseu. E o caso foi mais longe: a própria Câmara Municipal fez parcerias com grupos empresariais locais, como a Visabeira e a Martifer Solar, bem como algumas instituições, casos da Expovis, Turismo do Centro e a Comissão Vitivinícola Regional do Dão, para poder participar financeiramente no projeto. A autarquia isentou mesmo a produção da novela de taxas municipais durante as gravações. O empenho de Fernando Ruas em garantir a gravação da novela em Viseu está a ter já como reflexo a exposição do concelho em todo o país. A gravação de “Remédio Santo” (inicialmente chamou-se “Eclipse”) tem tido larga cobertura na imprensa
da especialidade e casos como o de Sofia Alves não cessam de fornecer motivos de interesse a quem gosta de acompanhar a vida e os contos de fadas dos atores e atrizes da ribalta portuguesa. A atriz do canal de Queluz mudou recentemente de residência e instalou-se no concelho de Nelas, próximo de Viseu. Ela e o marido adquiriram um solar oitocentista em Lapa do Lobo, na freguesia de Canas de Senhorim, e, instalados numa unidade hoteleira próxima, acompanham o progresso da transformação que estão a operar na sua futura casa. Sofia Alves nega, no entanto, que tivesse sido a telenovela a originar a mudança, que já estava anteriormente programada, pois o marido é de Viseu e quer dar uma juventude diferente aos filhos.
Rita Pereira (a vilã da história), Margarida Marinho (a perigosa) e Patrícia Tavares (Evangelina, mulher falida) são algumas das atrizes que se juntam a Simone de Oliveira e Manuela Maria (foto da esquerda) no elenco da novela
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1 Eduardo Melo e José Eduardo Simões 2 Luís Borges e Fernando José de Oliveira 3 Ulisses Morais e Tó Coelho 4 Jogadores da Académica 5 Carlos Clemente e José Maria Nunes 6 António José Gomes e Camilo Fernandes 7 Basílio Dinis e Jorge Veiga
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Jantar de final de época da Académica
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O jantar de final de época da Académica decorreu no Estádio Cidade de Coimbra.O presidente da Briosa,José Eduardo Simões, o vice-presidente para o futsal, Carlos Clemente, e o capitão Orlando, estiveram presentes. Eduardo Melo, presidente da Direcção Geral da AAC, o treinador do futebol, Ulisses Morais e técnico do futsal, Tó Coelho , também participaram no convívio. 4 5
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Ordem dos Arquitetos avança com sede provisória A ORDEM DOS Arquitetos vai avançar com uma nova sede provisória na Rua Pedro Monteiro. É o novo desafio do secretariado do Núcleo de Arquitetos da Região de Coimbra (NARC), que recentemente tomou posse. Vai iniciar-se em julho um concurso entre alunos de três escolas de arquitetura de Coimbra para a criação de um pavilhão onde será instalada temporariamente a sede da NARC.
1 1 Florindo Belo Marques, Carlos Amaral, José Fernando Gonçalves, Nuno Cruz, Ana Faria, Carlos Valente e António Costa 2 Florindo Belo Marques e Fernando Gonçalves
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James e The Gift espalham magia nas noites do Parque em oito dia s, as Noites do Parque tiveram mais de 150 mil pessoas. Os The Gift apresentaram as músicas do novo álbum "Explode" e os James fizeram fervilhar todos os espetadores que apareceram na Praça da Canção. Noites de música e euforia marcaram a Queima das Fitas 2011.
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3.º aniversário do Palácio do Gelo Para comemorar o 3.º aniversário do Palácio
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do Gelo, em Viseu, Catarina Furtado e Diogo Infante apresentaram um desfile de moda onde foram mostradas as tendências de moda primavera/verão 2011. Diana Chaves, Rita Andrade e Laura Figueiredo desfilaram na passerelle, com criações disponíveis nas lojas no centro comercial. Filipe Pinto subiu ao palco e não desiludiu a plateia com a sua atuação.
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1 José Filipe Martins e Confraria do Vinho da freguesia de Lamas 2 José Manuel Baptista, Luis Isabel, Fernando Araújo, Miguel Baptista, João Caetano e João Paulo 3 António Martins, José Martins, Fátima Ramos e Carlos Ferreira 4 Helena Branco e Rui Fonseca 5 Ana Paula, Sofia Baptista, Joana Gonçalves e Rosa Fernandes 6 Olinda Rio e Pedro Vaz Serra
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Cocktail de inauguração da Quinta de Chão de Lamas 4
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Um cocktail no final de sábado, dia 14, reuniu várias pessoas que não quiseram deixar de brindar ao sucesso da Quinta de Chão de Lamas, em Miranda do Corvo. Promovido pelo proprietário, José Filipe Martins, o evento foi "um agradável motivo para juntar amigos e apresentar a Quinta Chão de Lamas à sociedade". Este espaço está perfeitamente adequado a todas as situações que exijam o máximo de excelência e qualidade na arte de saber receber, servir e satisfazer todo o tipo de reuniões, encontros e convívios
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Helena André na Fucoli-Somepal Numa visita ao concelho da Mealhada, Helena André, ministra do Trabalho, visitou as instalações da fábrica Fucoli-Somepal, na Pampilhosa. Fa-
Carlos Mimoso, Álvaro Pereira, Nunes da Silva, Helena André e Filomena Pinheiro
lou com alguns dos funcionários da empresa e destacou as condições de trabalho, a qualidade do ambiente e a certificação ambiental.
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"Crónicas de um Autarca" apresentado na Fnac Paulo júlio, presidente da Câmara de Penela, apresentou "Crónicas de um Autarca", na Fnac, em Coimbra. A obra reúne as crónicas do autarca social-democrata publicadas na imprensa. António Arnaut apresentou a obra numa cerimónia com intervenções de António Pedro Pita, diretor regional da Cultura. A obra aborda a gestão e os desafios do poder local.
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1 Paulo Júlio, António Arnaut e António Pedro Pita 2 Carlos Ferreira e Fátima Ramos 3 Pedro Saraiva e João Paulo Craveiro 4 Marcelo Nuno e Hermano Almeida 5 João Moura e Fernando Rafael 6 Nuno Encarnação, Ricardo Alves e José Manuel Canavarro 7 António Arnaut (filho), António Arnaut e João Rebelo 8 Bruno Vale, Abílio Bebiano, Paulo Júlio e Tiago Carvalho
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Pasíon
Teatro José Lúcio da Silva/Leiria. 22 maio. 21H30 Espetáculo que encerra partes de histórias e sentimentos em forma de música, com uma fusão criativa que tem como fonte o flamenco e temas da América Latina.
CULTURA
agenda da semana qui.19 "Café desconcerto" com o escritor, jornalista e argumentista Rui Cardoso Martins - Teatro Mun. Guarda - 21H30
sex.20
A cantora lisboeta, "Prémio Artista Revelação 2009" pela Fundação Amália Rodrigues, está em digressão a apresentar o novo álbum, "Retratos".
Exibição de "Gnomeu e Julieta" - Cine-teatro de Monte Real/ Leiria - 21H30
seg.23 Exibição do filme "A Cidade dos Mortos", de Sérgio Tréfaut - TAGV/Coimbra - 21H30
ter.24 Sessão de cinema Jazz ao Centro Clube (no âmbito dos Encontros de Jazz de Coimbra) - Centro Cultural D. Dinis/ Coimbra - 21H30
qua.25 Apresentação do livro "Museus para o povo português", de Joana Damasceno - TAGV/Coimbra - 18H00
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Diabo a Sete ACERT/Tondela. 21 maio. 21H45. 5€ a 7,5€ O novo trabalho, "Tarara", acentua o cruzamento de instrumentos tradicionais com letras e melodias bem entranhadas no presente.
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Águeda. 20 a 22 de maio A 3.ª edição do evento, destinado ao público infantil e familiar, tem magia, teatro, malabarismo, cinema, dança e música.
TAGV/Coimbra. 19 maio. 21H30. 6€ a 10€
Música: The Great Park (Reino Unido) + Binoculers (Alemanha) + Azevedo Silva (Portugal) - Cine-Teatro Estarreja - 23H00
Espetáculo "Super-heroínas" (projetos com comunidade) - Teatro Viriato/Viseu - 16H30
Festival i
Cristina Nóbrega
La Calle del Infierno Casa Cultura Coimbra. Maio e Junho. 5€ a 7€ A 50.ª produção teatral da Bonifrates conta a história de três empregadas de supermercado.
Na corte d´el rei D. João III Centro Histórico e Castelo de Leiria. 21 de maio a 1 de junho Com a chancela dos Viv 'Arte, é altura de recuar até 1545. Leiria vai reviver e celebrar a criação da diocese e a elevação a cidade.
Sérgio Godinho Cine-Teatro de Estarreja. 21 de maio. 22H00. 7,5€ a 10€ Sérgio Godinho – cantor, compositor, escritor, ator, realizador – lança este ano o seu 21.º disco de originais. Este concerto é uma boa oportunidade para conhecer os novos temas. Clássicos como "O Primeiro Dia", "A Noite Passada", "É Terça-Feira", "Com um Brilhozinho nos Olhos", "Coro das Velhas" vão fazer, também, a delícia do público.
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Arctic Monkeys estão no Super Bock Super Rock (Meco), a 14 de julho
confidências
"Sou fã dosU2" Que livros gosta mais de ler? As biografias. A de Winston Churchill, por exemplo, é marcante. É um excelente retrato da história recente da Europa.
Feira do Livro de Coimbra Parque Verde do Mondego Coimbra. Até 22 de maio Se não o fez, ainda tem mais uns dias para visitar o evento que reúne, este ano, quase 400 editoras nacionais, um novo recorde de participação. No certame pode encontrar milhares de livros de diferentes géneros, a bons preços. E ainda existe um vasto programa cultural que inclui, diariamente, música, poesia, dança, oficinas, workshops, contos e tertúlias.
São Cenas Cine-Teatro S. Pedro/Águeda. 21 maio. 22H00 A 5.ª edição do São Cenas, um talkshow produzido pela associação Com.Cenas, junta a banda aveirense The Underdogs, a Fanfarra Kaustika (os inventores do punk-filarmónico), Raquel Loureiro (modelo e atriz que participou nos "Malucos do Riso") e Fernando Braz da Costa (poeta aguedense mais conhecido por Braz dos Kiwis, que contará diversas estórias). Reservas: 234 288 702; 913 030 102 e 924 189 652.
Ivete Sangalo
E cinema? Aprecia? Gosto muito. Aprecio filmes que remetem para períodos históricos ou factos marcantes. "A Lista de Schindler" é notável. Costuma ir ao teatro? Sempre que posso vou ao TAGV, que tem tido excelentes agendas culturais, mas não consigo ir tanto como gostaria. Que preferências musicais tem? Os recentes concertos, em Coimbra, dos U2, de que sou fã, foram marcantes. Eles enquadram-se no meu género de música. E nas artes plásticas? Sou pouco conhecedor, mas quando avalio sei dizer se gosto ou não. Participa nas redes sociais? Para já, não. Embora lhes reconheça méritos e defeitos.
Praça da Canção/Coimbra. 21 de maio. 22H00. 25€ A digressão da cantora brasileira em Portugal passa por Coimbra. O ponto de partida é o cd/dvd gravado, ao vivo, em Madison Square Garden, Nova Iorque, um espetáculo que teve lotação esgotada. O concerto de Coimbra deverá incluir temas como "Eva", "Alô Paixão", "Beleza Rara", "Me Abraça" e "Eternamente".
Pedro coimbra Vice-presidente da CCDRC
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Cacilda Correia: há 34 anos com a mão na massa criada no meio dos doces, a empresária começou a fazer e a vender os seus pastéis de tentúgal quando ainda tinha idade para brincar com bonecas texto marta varandas FOTOS pedro ramos quem passasse pelo Mercado Municipal D. Pedro V, em Coimbra, há 34 anos, podia deparar com um cenário peculiar: uma menina com 14 anos, atrás de uma banca, a vender pastéis de Tentúgal. Mas havia outra particularidade. As iguarias sobre a banca eram confecionadas pelas suas próprias mãos, as mãos de Cacilda Correia, que viria a transformar-se na doceira mais conhecida da região e não só, proprietária da "Pousadinha", em Tentúgal, concelho de Montemor-o-Velho, uma verdadeira empresária de êxito. Criada no meio dos doces, Cacilda Correia, mulher de armas, lutadora, mas de sorriso fácil, conta que os pais tinham uma casa de pasto, num solar antigo - Casa Arménia - e quando saía da escola era lá que ajudava. "Fugia" também para casa das vizinhas, onde puxava a massa dos pastéis e, quase sem querer, "agarrou-lhes o gosto". Com determinação, após concluir o sexto ano decidiu parar os estudos e começar a trabalhar por conta própria. Não podemos esquecer que tinha apenas 14 anos. Uma menina, com idade para brincar com bonecas. "Depois de dizer à minha mãe que queria dedicar-me à doçaria, pedi ajuda ao meu pai para comprar o primeiro forno. Ele foi o meu fiador. Mas quem tinha de pagar era eu", conta. Recorda que era de noite que fazia os pastéis de Tentúgal, tudo feito por si e sem ajuda, no andar de cima da casa dos pais. O passo seguinte era chamar o táxi e dirigir-se a Coimbra, onde
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chegava às 06H00. "Já estava tudo tratado. Falei previamente com o responsável do mercado e pagava o meu bilhete, como os outros. E assim lá estava eu, com a banca montada e os pastéis ainda quentinhos". Confessa que as pessoas estranhavam. Pensavam sempre que Cacilda era a filha da dona daquele espaço. Admite que foi sempre muito "mexida" e dona do nariz. Lembra que foi ela própria que com apenas seis anos se matriculou na escola, para surpresa de todos. Também aos oito anos, quando a mãe esteve hospitalizada em Coimbra durante 13 longos dias, ia vê-la sozinha. "Metia-me no autocarro e seguia até Coimbra. Tentava apenas apanhar alguém conhecido,
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Vivi para esta casa ("Pousadinha"). Pareço uma freira dentro do convento
cá da terra, para me orientar". Faz uma pausa. Abre um sorriso e diz que aos 16 anos veio a "melhor parte": o casamento. Continuou em Tentúgal, porque "o meu pai queria-me por perto" e no mercado, sempre a deslocar-se no táxi "do senhor Jaime, que era meu vizinho". A idade ainda não chegava para conduzir. A dada altura, começa a fornecer casas de Coimbra, Lisboa e Porto. Os pastéis de Tentúgal e as queijadas de Cacilda Correia eram cada vez mais conhecidos. O "grande salto" aconteceu quando completou 20 anos e apareceu um letreiro a anunciar a venda da "Pousadinha". De novo recorreu à ajuda do pai para contrair um empréstimo e ficar com aquele espaço para se estabelecer. "Estava tudo muito degradado. Encontrei seis chávenas, mesas e cadeiras partidas. A máquina de café era uma desgraça. Mas não foi isso que me fez baixar os braços", revela. Começou a fazer petiscos, a recuperar o espaço durante a noite, com a ajuda do marido. Um dia foi surpreendida com uma intimação do antigo Ministério da Indústria e Energia, que a "obrigou" a fazer obras em 90 dias. "Foi duro. Mas foi a rampa de lançamento para o sucesso da 'Pousadinha', que a partir daí viu o negócio crescer todos os dias", afirma. "Vivi para esta casa. Pareço uma freira dentro do convento". Hoje, aos 48 anos, lá permanece. Os seus doces são conhecidos a nível nacional e internacional, sendo uma referência na região que já passou por Espanha, França e Brasil.
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Nem a artrite reumatóide parou Cacilda Correia A vida desta empresária foi feliz mas teve pouco de fácil. Com apenas 24 anos foi-lhe diagnosticada artrite reumatóide. Deixou de fazer tudo, porque ficou de cama, sem poder mexer-se. Foi o marido que "segurou" o negócio. Conheceu um médico que considera "santo" porque a tratou. "Hoje nem me lembro que sou reumática". Tentou ter filhos durante 11 anos. Fez tratamentos, fez "de tudo". Acabaria por adotar uma menina, a Diana Margarida, que com 20 anos decidiu seguir o exemplo da mãe: "dar o nó". O casamento teve lugar no passado sábado e representou mais um marco na vida desta doceira, que diz não ter segredos. "Gosto muito do que faço, preservo tudo o que é caseiro e tento que o cliente se sinta em família, em sua casa".
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ideias headdos outros
O Milagre! Ou talvez não... luís de matos
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Milagre é quando um homem quiser...
a capacidade humana de relacionar factos isolados, e a partir deles criar as mais extraordinárias fantasias é, de facto, ilimitada. Todos já experimentámos tal prática no nosso dia a dia. É por isso que algumas pessoas se acham possuidoras de uma energia especial quando, ao passarem por um poste público de iluminação, fazem, aparentemente, com que a sua lâmpada se acenda. Para elas é óbvio… o candeeiro estava apagado e no momento em que passaram a lâmpada acendeu-se. São dois factos sem qualquer relação entre si para além da coincidência do momento em que ocorrem, que, aliás, até é bastante vulgar. É esse poder de relacionarmos factos por forma a que alimentem as nossas próprias convicções que, uma vez mais, fez furor na comunicação social. Vejamos pois como dois factos reais e inquestionáveis são relacionados dando azo a relatos tão criativos e misteriosos. Não esquecendo, ainda, o factor catalizador extra… facto 1. No passado dia 13 de maio, por vol-
ta das 12H30, formou-se uma auréola à volta do sol. Essa auréola é conhecida como "halo" e trata-se de fenómeno ótico perfeitamente estudado e que acontece com grande frequência em dias de boa visibilidade. Consiste num anel luminoso centrado no sol e provocado pela refração da luz. Pode também acontecer durante a noite, em redor da lua, sendo então chamado um "halo lunar".
a forma como acabo de, individualmente, descrever os factos um e dois será, acredito, consensual para qualquer cidadão minimanente informado e de "boa fé". Até aqui estamos todos de acordo. A discórdia surge a partir do momento em que alguns de nós procuram relacionar os dois factos de maneira que suportem as mais singulares teorias do divino. Para mim, são somente isso... dois factos e nada mais. Se entre os 2.500 caracteres, que em cada semana vos dedico, eu decidir escrever a palavra "morte", isso será um facto. É igualmente insquestionável, e por isso um facto, que em cada segundo das nossas vidas, alguém morre num qualquer canto do mundo. Ora, se então relacionar os dois factos surgirá a seguinte certeza: "há uma pessoa que morre cada vez que escrevo a palavra morte no meu computador". O que, no limite, não é uma inverdade. mas no dia 13, em Fátima, aconteceu algo que funcionou como excelente catalizador para o divino relacionamento dos factos um e dois… Os sacerdotes que presidiam e participavam nas cerimónias resolveram sacar os seus telemóveis dos bolsos e começar a tirar fotografias ao céu. O que esperariam que a multidão de fiéis pensasse enquanto os seus mestres optavam por tirar fotografias ao sol em vez de ver o filme com atenção?
facto 2 . No passado dia 13 de maio, por volta das 12H30, era exibido, no Santuário de Fátima, um filme sobre a relação do Papa João Paulo II com Nossa Senhora de Fátima. A recente beatificação do Papa João Paulo II, a sua devoção a Nossa Senhora de Fátima e, ainda, toda a simbologia associada ao 13 de maio, faziam da multidão presente no Santuário de Fátima um grupo particularmente predisposto ao maravilhoso e divino.
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