pirotecnia
inovação salva fábricas de foguetes
milton costa
e. cOLI: "NÃO FAZ SENTIDO NENHUM DEIXAR DE COMER VEGETAIS"
eletricidade "apaga" petróleo
já estão aí os carros do futuro
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REVISTA SEMANAL
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30 JUNHO 2011 • Nº 22
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Primeiros automóveis tinham motor elétrico. Indústria prepara regresso às origens.
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família Espírito Santo feliz EM pampilhosa da serra
prata garante tecnologia do século xxi RE
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Soares Rebelo (soares.rebelo@cnoticias.net) Chefe de Redação:
Opinião
Um dia com
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Vidas
Jorge Bento
Fernanda Veiga
Ana Vicente
Maria de Lurdes Barata
5 Editorial 8 Sete sóis, sete luas 14 Ex(Sic)tações 15 Acredite se quiser 16 Retrato falado 18 Confidencial 24 Via do leitor 25 Cartas 46 Empresário de sucesso 47 Marketeer 50Topo de gama 52 Em casa de... 56 Social 62 Escapadelas 64 À mesa 67 Saúde, estilo e beleza 70 Cultura
Mário Nicolau (mario.nicolau@cnoticias.net) Redação:
Bruno Vicente (bruno.vicente@cnoticias.net) Marco Roque (marco.roque@cnoticias.net), Marta Varandas (marta.varandas@cnoticias.net) Sílvia Diogo (silvia.diogo@cnoticias.net) Vasco Garcia (vasco.garcia@cnoticias.net)
Colunistas 23 Jorge Bento 35 Norberto Canha 74 Luís de Matos
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Alexandra Dinis, António Alegre, António Pedro Pita, Carlos Fiolhais, Helena Albuquerque, Hélio Loureiro, Joana Benzinho, Luís Lavrador, Luís de Matos, Luís Pirré, Manuel Rebanda, Margarida Regêncio, Mário Ruivo, Mira Lagoa Sobral, Paulo Leitão Colaboradores: José Lorena, Márcia de Oliveira; Fotografia:
Pedro Ramos (pedro.ramos@cnoticias.net) Direção de Arte:
Inês Abrantes e Jorge Caninhas
AO MICROSCÓPIO
6 E. coli em análise Milton Costa fala sobre a bactéria mais badalada do momento
pág. 6
20 Um dia com Fernanda Veiga A vereadora da Cultura de Penacova mostrou-nos como é o seu dia
Relações Públicas- Diretora:
Eugénia Abrantes Produção:
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22 Que é feito de si? Celso Cruzeiro deixou marca nas lutas académicas dos anos 60
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SOCIEDADE
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26 Mobilidade elétrica Joaquim Delgado explica que carros elétricos são "regresso ao passado"
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pág. 34
pág. 30
30 Inovação na pirotecnia Longe dos foguetes do passado, hoje a pirotecnia é feita de espetáculos de luz, música e água
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36 Prata ajuda a combater bactérias Investigador da Universidade de Aveiro demonstra evolução da nanotecnologia
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CÉREBROS
38 Ivo Portela em entrevista
52 Em casa de José e Ilda Espírito Santo Pampilhosa da Serra serve de refúgio 72 A primeira "mulher política" de Góis Histórias de vida de Maria de Lurdes Barata
pág. 38
editorial
O valor das pedras SOARES REBELO Diretor
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Passamos muito tempo a identificar os bens que queremos salvar, mas tardamos nas soluções indispensáveis para o conseguir
Têm sido identificados casos graves de má preservação do nosso património histórico-monumental. Os relatórios sobre, por exemplo, o estado em que se encontram, generalizadamente, as nossas identitárias catedrais, remetem quase todos para conclusões que não nos abonam como sociedade avançada e orgulhosa do seu passado. Mas há também a lamentar, a nível local, indesculpáveis atentados contra riquezas que o camartelo autárquico, aqui e além, destruiu impunemente. aquilo que dá índole e coesão a um povo reside, em boa parte, segundo Oliveira Martins, na manutenção do que nele é congénito e primitivo. Os usos e costumes, as crenças e as práticas, as doutrinas e as tradições arcaicas que se transmitem de geração em geração permitem essa continuidade, não só de uma cultura própria, mas simultaneamente de um específico sistema social. É tudo isso que, no fundo, documenta ascendências, comprova linhagens. as Câmaras municipais têm contribuído, de forma decisiva, para a valorização do potencial endógeno dos respetivos concelhos, a animação do setor autónomo de desenvolvimento regional, a diminuição da insatisfação relativamente às necessidades básicas das populações. Gerir uma autarquia não pode , ainda assim, circunscrever-se, nos tempos que correm, ao cumprimento das tarefas tradicionais. Aos executivos municipais importa sensibilizar os cidadãos no sentido do respeito, por um lado, pelo património histórico-artístico e do empenho, por outro, na sua preservação. Não podemos manter-nos confinados, entre muralhas, à memória das nossas
pedras, ao misticismo dos nossos heróis. Temos de saber "vender" ao exterior todas essas riquezas, única via, até, de garantirmos ao passado um futuro condigno. as mutações desenvolvimentistas não devem, não podem, fazer-se alienando as matrizes comunitárias. De outro modo, perder-se-ão valores tradicionalmente tidos como referenciais - entre eles, e desde logo, crenças, costumes, instituições, princípios... Nem todos os executivos municipais se capacitaram, ainda assim, no seu afã de agentes da mudança urgente e requerida, de que não há verdadeiro progresso económico e social sem cultura e que novas tarefas - e não menos decisivos desafios - lhes incumbem neste campo. as responsabilidades não dizem apenas respeito, é claro, às entidades públicas - comprometem-nos a todos. Garantir que o "ambiente histórico" é passado às gerações futuras tal como chegou até nós ou ainda melhor é responsabilidade coletiva. Terá de lamentar-se, por isso, e condenar-se severamente, o laxismo a que por aí se assiste no que respeita à conservação das memórias que nos restam. Passamos muito tempo a identificar os bens que queremos salvar, mas tardamos nas soluções indispensáveis para o conseguir. Somos - mas há alguém que tem dúvidas? - um povo inteligente, mas distraído. Assim, se a quem incumbe o compromisso sério de nos preservar a identidade souber pôr a inteligência acima da distração, lograremos, também nós, transformar por cá as nossas "pedras" em outras tantas "jóias" de verdadeiro progresso. Não se perca mais tempo.
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ao microscópio
ao microscópio
atual
"A E. coli é dos organismos mais conhecidos do planeta" Depois de ter provocado dezenas de mortes na alemanha, a Escherichia coli (E. Coli) tem estado nas bocas do mundo. Milton Costa, investigador da Fctuc, levanta o véu sobre esta bactéria TEXTO Marco Roque FOTOs PEDRO RAMOS
Apesar de estar a ser alvo da muita atenção negativa, a E. coli é uma bactéria que se encontra facilmente em todos os seres humanos…. É uma bactéria que vive nos nossos intestinos e nos de todos os mamíferos. Surge também em aves mas, normalmente, o número é muito mais elevado nas fezes de mamíferos. Os seres humanos têm à volta de mil milhões de bactérias por grama de fezes. Mas as que causam doenças são diferentes daquelas que são "comensais" e vivem no nosso intestino. Aliás, as estirpes normais são usadas como indicadores de contaminação fecal em água e alimentos. É uma bactéria abundante, fácil de isolar e, portanto, usamo-la como indicador de bactérias patológicas que lá possam estar. Então, o que torna a estirpe presente na Alemanha tão perigosa? Os genes que adquiriu. Às vezes, uma bactéria pode viver simbioticamente com um vírus que tem genes perigosos. Se a bactéria prolifera, o vírus também. Ficam ambos felizes. Estas estirpes perigosas têm sempre genes que não estão nas bactérias vulgares. Há muitos tipos: as que causam a "diarreia de turista" – quando as pessoas comem uma alface e têm diarreia, sem causar inflamação ou febre. Outras causam meningite em recém-nascidos, outras doenças do trato urinário ou rins. Esta causa diarreia ensanguentada, um tipo de disenteria e também causa uremia porque coloniza os rins. Aliás, neste caso, a principal causa de morte é mesmo a uremia, a insuficiência renal. Convém lembrar que esta "estirpe alemã" já era conhecida. O que é extraordinário neste caso é o número de pessoas infetadas e o número de mortos.
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Em que é que a situação na Alemanha difere de outras no passado? Habitualmente é mais fácil encontrar a origem. Passado uns dias sabe-se que veio de hambúrgueres ou de alface de uma determinada cadeia de fast-food, por exemplo. Assim encontra-se rapidamente a origem do problema e o número de infetados é menor. O que é raro, neste caso, é o número de pessoas que morreram. Como se transmite a E. coli? A transmissão é sempre fecal/oral. A pessoa ingere qualquer coisa que esteve em contacto
com fezes. Até porque a bactéria morre no ambiente. Mais depressa ou mais lentamente dependo da estirpe e do ambiente, mas morre. Fora do nosso intestino só prolifera em ambientes onde existem grandes concentrações de fezes. E também sobrevive em plantas ou vegetais? É comum aparecer em plantas, porque as fezes vão para a terra ou estão nas sementes. Através de adubos orgânicos, por exemplo. As bactérias entram em poros que existem nas folhas dos vegetais e ficam ali dentro, onde sobrevivem muito tempo. São difíceis de retirar. As pessoas comem vegetais crus nalguns países e apanham diarreia. As pessoas de lá já têm imunidade e a bactéria é controlada. Atenção que isto não tem nada a ver com a pobreza do país que se visita, na Europa também se pode apanhar… Então não faz sentido ter receio de comer vegetais? Não tem sentido nenhum deixar de comer vegetais, tem tanto quanto deixar de comer carne. Tudo é um risco. Uma pessoa pode ir comer um gelado e ele estar contaminado com fezes. Tudo pode estar contaminado, depende da forma como os alimentos são manuseados. Estas coisas são raras e afetam um número pequeno de pessoas, mas pode acontecer. Na maior parte das situações o problema surge da falta de higiene. Isto porque onde quer que existam pessoas e animais domésticos existe sempre o risco de contaminação fecal. A contaminação pode estar relacionada com a adubação dos terrenos? Toda a gente sempre estrumou, a palavra é
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Nós aqui, no laboratório, usamos E. coli como vetor/recipiente de informação genética para produzir enzimas que nós queremos
mesmo esta: estrume. Mas não era o estrume que se usa hoje em dia. Antigamente o estrume ficava num monte durante meses e as bactérias morriam todas. Quando ia para a terra não levava microrganismos patogénicos. Agora o que acontece é lavarem pocilgas com água, que fica num tanque uns dias, sendo depois colocado nos terrenos. Ou usarem, na rega, água de rios com contaminação fecal. Apesar de toda esta publicidade negativa, a E. coli é uma bactéria bastante útil para o ser humano… A E. coli é dos organismos mais bem conhecidos do planeta e é um organismo de escolha para transformação genética. Nós aqui no laboratório, usamos E. coli como vetor/recipiente de informação genética para produzir enzimas que nós queremos. Serve para produzir insulina, vacinas e proteínas. Estamos perante uma bactéria que apresenta resistências a antibióticos. Quão grave é este aumento de bactérias multirresistentes? Já está a fugir ao controlo, por enquanto ainda é solúvel recorrendo a outros antibióticos, daqueles que podem ter efeitos secundários graves. Mas o uso indiscriminado de antibióticos vai levar a que muitos destes organismos desenvolvam várias resistências. Já existem bactérias resistentes a cinco, seis tipos de antibióticos. As pessoas usam antibióticos indiscriminadamente: em aquacultura, na pecuária… É proibido, mas usa-se na mesma. Depois os micróbios adquirem genes de outros micróbios que já são resistentes…Esta situação vai piorar e não deve demorar muito tempo.
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ao microscópio
sete sóis, sete luas head
elevador do mercado
Tartarugas raras curadas em Quiaios
joão ataíde conseguiu, emo centro de Reabilitação de
quarenta e duas figuras da história de Viseu podem ser votadas online, até hoje, para darem nome aos 12 quartos da Casa da Sé, hotel a abrir em breve na cidade. Nomes como o do guerreiro Viriato, do pintor Grão Vasco, do escritor Aquilino Ribeiro ou dos reis D. Duarte e D. Afonso Henriques fazem parte da lista que está a ser votada em www.casadase.net.
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pedro machado continua ativo na promoção turística. A ERTC, além de atribuir 152 mil euros à animação das praias, reeditou o respetivo guia.
A espécie está protegida, por ameaça de extinção
70%
dos portugueses vão passar férias de verão no nosso país
Festival de blues na Guarda em julho um festival de blues, organi-
0,6%
foi a contração da economia nacional no primeiro trimestre deste ano
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linces ibéricos nascidos em Silves morreram desde março
zado pelo Teatro Municipal da Guarda e pela Junta de Castilha e Leão, inclui cinco espetáculos, todos gratuítos. Atuarão Greg Izor (EUA) e King Bee (Espanha), dia 15, Paul Lamb & The King Snakes (Reino Unido), dia 16, Keith B. Brown Trio (EUA), dia 17, Mr. Blues (Portugal), dia 19, e One Man Hand (Portugal), no dia 20.
Facebook junta gente do Sabugal
Fontes, minas e lagos no Buçaco
Lamas melhora qualidade de vida
A transcudânia – Associação Cultural do Sabugal criou um grupo no Facebook para juntar descendentes do concelho dispersos pelo país e pelo mundo. O objetivo é criar um elo entre os naturais do município e promover a proximidade entre todos aqueles que gostem e desejem manter o contacto com a sua terra natal.
descobrir as fontes, minas e
A águas do mondego assinou o projeto de execução do sistema elevatório de Lamas, Miranda do Corvo, que permitirá desativar a atual fossa sética, passando o efluente do lugar a ser ser drenado para a ETAR. A empreitada inclui a construção da estação elevatória e respetiva conduta elevatória, de 330 metros.
lagos da Mata Nacional do Buçaco é a proposta do próximo passeio "Domingos na Mata", no dia 3 de julho. Este programa, desenvolvido pela Fundação Mata do Buçaco em parceria com a empresa Desafio das Letras, propõe visitas temáticas, orientadas por monitores especializados.
carlos góis ganhou, para as suas lojas de joalharia e relojoaria, o estatuto de PME Líder. Foi um bom prémio para o 20.º aniversário.
a subir
Figuras históricas em hotel de Viseu
bora com menos investimento municipal, umas festas de S. João que atraíram milhares de pessoas à Figueira da Foz.
a descer
Animais Marinhos de Quiaios concluiu, em meados deste mês, a reabilitação de duas tartarugas marinhas da espécie Caretta caretta, posteriormente devolvidas ao mar, ao largo da Figueira da Foz. Uma delas, a que foi dado o nome de "Rogélia", foi encontrada na baía de S. Jacinto com infeções oculares e dérmicas graves. A outra, "Maxime", apareceu presa numas redes de pesca, ao largo de Olhão. Esta espécie de tartaruga está protegida por lei e considerada em perigo pela União Internacional para a Conservação da Natureza, devido à redução da sua população.
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Ma r i a j oão Ca s t e lo Branco garante tolerância
zero da polícia municipal para carros mal estacionados em Coimbra. Caça à multa?...
coimbra
Fernando Rolim na Grande Noite do Fado
direito
direto
luís filipe pirré Advogado
Último disco foi batizado de "O regresso de quem nunca partiu"
em Coimbra e cujo último disco foi, premonitoriamente, batizado de "O regresso de quem nunca partiu" e Augusto Camacho Vieira são dois dos grandes cantores da "Balada dos Estudantes" que participam a 2 de julho, em Coimbra, na Grande Noite do Fado. O evento reunirá várias gerações de cantores, onde se incluem, ainda, Camacho Vieira e Napoleão Amorim, ambos com 87 anos, e os jovens, de
boa notícia
Lurdes Silva há 25 anos na Columbófila
pouco mais de 20 anos, João Rodrigues e Nuno Gaspar. O programa começará com o lançamento de uma fotobiografia de Augusto Camacho Vieira, pelas 16H00, na Casa Municipal da Cultura, e culmina, à noite, na Praça 8 de Maio, com uma serenata. "É o maior evento que se faz no país de Fado de Coimbra, para que não fique esquecido", esclareceu Alexandre Cortesão, guitarrista e organizador do evento, que se realiza há quase década e meia.
Sérgio Fonseca, Tito Costa Santos, Nuno Gaspar, José Henrique Dias, Sutil Roque, Florentino Dias, Joaquim A fonso e Vítor São fazem igualmente parte do cartaz. Bernardino Machado, à viola, e Alexandre Cortesão e António Jesus, ambos à guitarra, são os acompanhantes dos cantores participantes. Alexandre Cortesão e António de Jesus são docentes no Instituto Superior de Educação de Coimbra, onde dinamizam uma escola de guitarra.
a atual presidente da direção geral da Associação de Solida-
riedade Social Sociedade Columbófila Cantanhedense, Lurdes Silva, completou este mês 25 anos de ligação ininterrupta à associação. Com uma vasta experiência associativa, a dirigente promoveu no atual mandato um conjunto de parcerias e protocolos com entidades públicas e privadas, de modo a dotar a "Columbófila" dos meios necessários para poder corresponder, no futuro, às verdadeiras necessidades dos jovens.
Os turistas estrangeiros deixaram em Portugal 1,9 mil milhões de euros nos primeiros quatro meses deste ano, mais 154,7 milhões face ao período homólogo do ano passado.
má notícia
Fernando Rolim, nascido
O Produto Interno Bruto expresso em paridade do poder de compra, em Portugal, estava em 2010 quase 20 por cento abaixo da média dos países da União Europeia.
O que é um Credit Default Swap? Resumidamente, um Credit De-
fault Swap (CDS) é um contrato financeiro geralmente negociado por investidores no mercado de renda fixa (obrigações) para especular ou efetuar hedging, caso uma empresa ou um Estado entre em incumprimento na sua dívida (risco de crédito). Este instrumento, envolve duas contrapartes: um comprador de proteção na entidade de referência e um vendedor de proteção nessa mesma entidade. O risco introduzido é o risco da contraparte sobre o vendedor do CDS, ou seja, o comprador fica com o risco de incumprimento (default) de obrigações do vendedor, em caso de insolvência da entidade de referência. No caso de uma empresa ou mesmo um Estado estar impossibilitado de reembolsar uma dívida por si emitida, o vendedor de um CDS compromete-se a reembolsar o respetivo comprador, em termos a acordar entre as partes. Assim, quanto mais elevado é o risco de insolvência ou de reestruturação da dívida, mais alta é a sua cotação para essa entidade. A título indicativo, o valor bruto da dívida portuguesa atualmente segurada através de CDS é de cerca de 72 mil milhões de euros.
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ao microscópio
Barragem da EDP no Rio Ocreza A EDP vai constr uir, no R io
Ocreza, entre os concelhos de Castelo Branco e Vila Velha de Ródão, uma barragem com 88 metros de altura e em que serão investidos 360 milhões de euros. O arranque da construção da barragem do Alvito espera apenas licenciamento do Estado, podendo as obras começar já.
José Cid promove Leitão da Bairrada josé cid será um dos embaix adores que v a i promover o Leitão da Bairrada, como candidato às 7 Maravilhas da Gastronomia Portuguesa. O convite foi oficializado pela comissão que candidatou este produto, finalista do concurso, na residência do artista, em Mogofores, Anadia.
sete sóis, sete luas
Homenagem à mulher no Museu de Castelo Branco o Museu Francisco Tavares Proença Júnior, de Castelo Branco, tem patente ao público, até 25 de setembro, uma ex posição de t r aba l hos da coleção da instituição feitos por mulheres. As pinturas, esculturas e bordados da mostra "Museu no Feminino" pretendem ser mais que "uma mera exposição de mulheres artistas", destaca A ida Rechena, diretora do museu. O objetivo é retratar as condições socioculturais das artistas portuguesas, os "múltiplos papéis e identidades que assumem no quotidiano" e contextualizar as obras, colocando em ev idência "as carências, os
desejos, as dificuldades e os sucessos". Segundo a instituição, em 2010 existiam 50 museus de mulheres no mundo ligados por "preocupações de base idênticas: a desigualdade social entre os sexos, a posição secundária da mulher na sociedade e a discriminação ideológica". Aida Rechena considera que introduzir a questão da visibilidade das mulheres nos museus permite "promover novas políticas de incorporação de peças" nas coleções, através da "va lor ização dos bens e saberes associados à cultura feminina".
Almeida em festa
Bordado é ex-líbris da região albicastrense
Moliceiros voltam à Ria de Aveiro A tr adicional Regata dos
Moliceiros vai decorrer, este ano, na Ria de Aveiro, no dia 2 de julho. O início terá lugar às 14H00, na Torreira e a chegada está prevista para as 16H00, na antiga lota do peixe da cidade. A prova integra-se no evento "Ria de Aveiro 2011", que terá lugar entre 1 e 3 de julho, com um vastíssimo programa de atividades.
Concelho preserva identidade a Quinta Feira das Artes e da Cultura e Festa do Bacalhau/ Feriado Municipal promete levar a Almeida, entre os dias 1 e 3 de julho, segundo a organização, milhares de visitantes. Serão, garante a câmara municipal, "três dias de excelência", em que a gastronomia, o artesanato, a cultura, a tradição e a animação integram um programa cuidadosamente preparado para o efeito. Estão previstas
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provas hípicas e, sábado à noite, a exibição da peça "Ó Zé põe-te em pé", de Tozé Martinho. A autarquia aproveita igualmente a oportunidade para apresentar publicamente o ante-projeto do futuro Museu Militar. O objetivo das festividades é, em suma, divulgar e valorizar a identidade do concelho e contribuir para o seu desenvolvimento cultural, social, económico e turístico.
artesanato IEFP já emitiu 1.982 cartas O IEFP já emitiu, desde a aprovação do estatuto do artesão, em 2004, 1.982 cartas de artesão e registadas 1.713 Unidades Produtivas Artesanais.
30JUNHO 2011
OBITUÁRIO
José Barros 1939-2011 Coimbra perdeu mais um homem bom. Ainda, um homem solidário. Também, um homem que, apesar de ter nascido em S. Pedro do Sul, fez da cidade e, muito particularmente da Académica, cujo departamento médico chefiava, uma das suas grandes paixões. Outra, era a Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), que ele próprio fundou, em 1975, e a que presidiu "com dedicação, tenacidade e empreendedorismo". Aos mais jovens, frisou a APCC em nota fúnebre, "motivava-os para as causas, aos mais velhos, pedia responsabilidade e vigilância, para que não se desviassem dos princípios subjacentes à cultura da APCC, procurando em cada adversidade uma oportunidade de aperfeiçoamento". "A morte levou um grande académico, mas o seu testemunho fraterno jamais desaparecerá. Era um dos médicos da Académica, de grande amor aos jogadores e entrega à Briosa", referiu Monsenhor Aurélio Campos, na homilia que proferiu nas cerimónias fúnebres. "Era um homem que não sabia dizer que não. Tinha muitos amigos e estava sempre pronto a dar ", sa-
lientou, por seu turno, Fernando Oliveira, presidente da Assembleia Geral da Académica. A relevante obra que, nos últimos 36 anos, construiu e liderou, fica a marcar, de forma significativa, o humanismo coimbrão. Médico psiquiatra da infância e da adolescência, acudiu, sempre atencioso, sempre empenhado, ao sofrimento alheio. Era um lutador determinado, um líder que acrescentou, na APCC, valor na aceitação da diferença. José Mendes Barros faleceu no passado domingo, dia 26 de junho, vítima de doença prolongada. Tinha 71 anos. Os seus restos mortais permaneceram em câmara ardente, até às 17H00 de segunda-feira, no Pavilhão Eng. Jorge Anjinho, de onde, após as cerimónias religiosas, seguiram para o Complexo Funerário da Figueira da Foz.
C120
Antigos e atuais jogadores da Académica juntaram-se às centenas de pessoas que participaram nas exéquias fúnebres, no Pavilhão Jorge Anjinho. O vice-presidente da Académica e representante da direção, Reis Torgal, enalteceu a figura de José Barros.
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ao microscópio
sete sóis, sete luas
visita de
Cruz Vermelha chegou à Vila de Taveiro
médico
Diana gaspar duarte Psicóloga clínica
Viver é bom ser otimista é ter a expectativa
que coisas boas vão acontecer e que resultados positivos apareceram nas áreas da vida em que se investiu. Surgem aqui duas ideias centrais: a primeira é o uso da palavra investir, ou seja, não se é otimista por ilusão mas por dedicação e investimento naquilo que se quer; a segunda passa por acreditar, isto é, passa por criar o molde mental para aquilo que deseja. Centra-se mais naquilo que não quer que aconteça, do que naquilo que de facto quer e desta forma cria sim, expectativas sobre o que não quer. Não nascemos por natureza assim, mas transformam-nos e ensinam-nos a ser assim. Vivemos numa sociedade centrada na dor e na vitimização, que pouco valoriza o positivo da vida. Como educador, tem a responsabilidade de inspirar, de mostrar que é bom viver se for otimista perante os problemas. Ser otimista também é ser perseverante, criativo e proativo nos vários desafios que urgem diariamente. O problema é uma oportunidade de crescimento interior e aprendizagem. Aprenda e ensine a construir significados construtivos acerca de acontecimentos passados, a viver no presente com garra e autodeterminação, e a acreditar que muito do futuro dependerá do que fizer no presente. Acredite que haja o que houver, será para aprender e crescer.
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José Maria Barroca e António Rasteiro assinaram o protocolo A Vila de Taveiro passou a
contar com uma extensão da Delegação da Cruz Vermelha de Pereira. Obra da vontade do executivo da junta de freguesia, beneficiou do apoio da Câmara Municipal de Coimbra e conta com a dedicação dos voluntários da Cruz Vermelha, que vão estar ao serviço na base - com uma ambulância - instalada junto ao posto da GNR em Taveiro. João Paulo Barbosa de Melo, presidente da Câmara de Coimbra, Luís Leal, presidente da Câmara de Montemor-o-Velho, José Maria Barroca, presidente da Junta de Freguesia de Taveiro, José
Oliveira e Sousa, representante do delegado regional da Cruz Vermelha, e António José Rasteiro, presidente da delegação de Pereira da Cruz Vermelha, participaram, entre outras individualidades, na inauguração. José Maria Barroca salientou o esforço do executivo da junta de freguesia, de "todos os que tornaram a obra possível", elogiando o secretário Cândido Malva e agradecendo a "compreensão" da tesoureira Graça Pratas. Barbosa de Melo salientou a dádiva dos voluntários da Cruz Vermelha num tempo em que os interesses individuais dominam a sociedade. MN
UBI atrai alunos A universidade da Beira Inte-
rior ultrapassou, no ano letivo que agora termina, os sete mil alunos, distribuídos pelos três ciclos de ensino que ministra. O 1.º Ciclo/Licenciatura tem 3901 inscritos, o Mestrado Integrado conta com 1326, o 2.º Ciclo/ Mestrado tem 1439 e o 3.º Ciclo/ Doutoramento é frequentado por 362 alunos. Um corpo docente qualificado, uma aposta clara num ensino
Forais manuelinos da Guarda na net o arquivo Distrital da Guarda está a disponibilizar forais manuelinos na internet, facilitando a acessibilidade a documentos históricos que estavam na posse de autarquias e eram "de consulta reservada". Segundo o diretor do arquivo, Levi Coelho, os serviços já disponibilizam, em formato digital, cinco dos 16 forais (documentos que estabeleciam os concelhos) datados do século XVI, atribuídos a atuais e antigos municípios do distrito.
Coimbra e Viseu valorizam catedrais o PRojeto Rota das Catedrais tem previstos investimentos de quatro milhões de euros (dois para cada um dos monumentos) na conservação da Sé Velha de Coimbra e da Sé de Viseu e sua potenciação cultural. As obras, subsidiadas pelo QREN, deverão ficar concluídas até 2014.
Motorfestival volta ao Caramulo
A sexta edição do Caramulo
centrado no aluno aliado a investigação de qualidade, com uma oferta formativa à altura das exigências do mercado de trabalho são condições fundamentais para a crescente procura desta instituição que, no último ano, aumentou em 6,36 por cento o número de alunos, marca que não era atingida desde 2007/2008, e que superou os 5,6 por cento alcançados no ano letivo anterior (2009-2010).
30JuNHO 2011
Motorfestival - Festival Internacional de Veículos Clássicos e Desportivos vai realizar-se nos dias 2,3 e 4 de setembro. As inscrições já estão abertas e a organização promete oferecer aos visitantes um evento único em experiências motorizadas. O evento, de entrada livre e orientado para a família, volta a contar nesta edição com a presença de vários notáveis do meio automobilístico internacional.
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ex(sic)tações
ao microscópio
toma lá dá cá Deixemo-nos desta vida de mordomias e aprendamos a viver na sabedoria da pobreza. Sem mais! É um velho novo ciclo que começa.
Não há pachorra para políticos perfeitos, coerentes e virginalmente impolutos, nem para o discurso moralista que faz supor a sua existência.
Francisco Queirós
Luís Marinho
frases desfeitas As políticas são orientadas, normalmente, só para três por cento do nosso território. Amândio Torres, presidente da Assembleia Municipal da Lousã É claro, os outros 97 por cento já são deserto...
Os psicanalistas brasileiros dizem, na sua linguagem cantada, que os magistrados têm um tirocínio perfeito, um raciocínio bacano. Só que não sabem nada do ser humano...
Nos tempos que correm, a sobriedade é uma exigência, já não é um atributo. José Canavarro, deputado do PSD por Coimbra Passos Coelho deu o exemplo: foi de Lisboa para Bruxelas em classe económica. Espera-se que os deputados do PSD por Coimbra façam o mesmo – no Alfa…
O juiz que só sabe de direito, nem de direito sabe. Miguel Veiga, antigo vogal do Conselho Superior de Magistratura
Começa a tornar-se evidente a evolução negativa que a Saúde no nosso país sofreu de há pouco mais de meia dúzia de anos para cá. Carlos Cidade, presidente da Concelhia do PS/Coimbra
Quando é que José Sócrates começou a governar, senhor autarca PS?
Os modelos de eloquência já não são os clássicos mas as agências publicitárias. Manuel Augusto Rodrigues, ex-diretor do Arquivo da Universidade de Coimbra
Faz falta saber ver mais longe. Faz falta saber reconhecer os méritos alheios. Faz falta compreender que nem tudo é mau. Ricardo Castanheira, diretor na Microsoft Brasil Napoleão era baixinho – mas foi o maior general de sempre.
Já não se fazem múmias como antigamente.
O objetivo de um governo é governar de acordo com o seu programa e na defesa dos interesses de Portugal e não ganhar as eleições seguintes. Norberto Pires, presidente do Coimbra iParque O mal das encrencas é que elas começam sempre muito direitinhas.
anos que Portugal “ Háabdicou da cultura do exemplo. Com facilidade promete-se e não se cumpre marques mendes
Victor Baptista
Fontes: Facebook, As Beiras, Diário de Coimbra e Lusa. Seleção de frases e comentários: Redação C
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30JunHo 2011
marisa matias
Resposta certa: Marques Mendes
quem foi que disse?
acredite se quiser
Conduzia bêbedo e a fazer sexo no banco de trás Parece impossível mas te-
rá acontecido. Nos Estados Unidos, um homem está a ser acusado por ter provocado um acidente enquanto conduzia em excesso de velocidade, sob o efeito do álcool e… a fazer sexo com uma mulher no banco traseiro do automóvel. O acusado, um jovem de 21 anos, refuta a acusação e diz que não ia a conduzir o carro no momento do acidente. O outro envolvido no sinistro, um taxista, garante que o acusado estava "claramente bêbado" e "parcial ou totalmente instalado no banco traseiro".
ferimentos. O condutor que provocou o atropelamento fugiu do local. Uma das pernas da vítima mortal simplesmente desapareceu… Os agentes acreditam que a perna tenha ficado presa ao veículo envolvido no duplo atropelamento.
Atividades sexuais das estagiárias Clinton voltam a dar que falar
Morre depois de se masturbar 42 vezes tudo o que é em excesso é
Procura-se perna a polícia de Mesa, nos arre-
dores de Phoenix (A rizona, Estados Unidos), está a investigar um desaparecimento incomum: uma perna. O membro desapareceu da cena de um atropelamento. No acidente, um veículo atingiu duas pessoas, matando uma delas e deixando a outra com sérios
bolsa da praça Pingo Doce e Continente com preços mais altos
Não se sabe se Bill Clinton terá "dedo" na escolha, mas a verdade é que, depois de Monica Lewinsky, outra estagiária da
mau. E pode mesmo levar à morte. Foi esse o trágico fim de um adolescente de Rubiataba, interior do Goiás. O jovem morreu depois de se masturbar 42 vezes sem parar. A "odisseia" terá começado por volta de meia-noite e durado toda a noite. A mãe do rapaz já desconfiava do seu problema e tinha mesmo pensado levá-lo ao médico. No computador do adolescente foram encontrados cerca de 17 milhões de ví-
deos eróticos e de 600 milhões de fotografias.
Labrador obeso o excesso de peso não atinge
apenas os humanos. Na Austrália, um labrador, "viciado" em fast food, pesa 85 quilos, mais 42 do que seria normal. Segundo os atuais tratadores, a chamada comida de plástico estará na origem da obesidade de Sampson. "Os seus donos não deveriam conseguir resistir àqueles grandes olhos castanhos. Mas demonstrar amor pelos animais por vezes também significa dizer 'não'", afirmou a veterinária Amber Lavery ao jornal "Herald Sun". O animal está sujeito a tratamento e, até ao final do ano, deverá apresentar melhoras.
Preços/Kg/L Atum Bom Petisco óleo
1,08 €
1,08 €
1,03 €
1,05 €
Leite M/G Mimosa (1L)
0,59 €
0,59 €
0,59 €
0,59 €
7up limão e lima (2L)
1,49 €
1,49 €
1,35 €
1,35 €
Água das Pedras (6 x 0,25cl)
2,29 €
2,29 €
2,29 €
2,29 €
Compal Néctar Pêssego (1L)
1,19 €
1,19 €
1,16 €
1,19 €
Compal Néctar Pêra Rocha (1L)
1,19 €
1,19 €
1,16 €
1,25 €
TOTAL
7,83€ 7,83€ mais caro
7,58€ 7,72€
:)
mais caro
:(
:(
Este cabaz de compras selecionado pela C detetou um empate de preços entre o Pingo Doce e o Continente - 7,83 euros. É, de resto, o mais caro. O Jumbo, com 7,58 euros é o mais baixo, seguindo-se o Supercor, com 7,72 euros.
família Clinton volta a dar que falar e não pelos melhores motivos. Sammie Spades sonhava ser advogada e, em 2006, parecia bem encaminhada, quando estagiou com Hillary Clinton. No entanto, as coisas não correram conforme a jovem desejava e hoje, cinco anos depois, Sammie Spades dá nas vistas como… atriz pornog rá f ica. Questionada sobre que opinião teria Hillary, hoje secretária de Estado, da sua carreira alternativa, Sammie confidenciou que "ela não se alegraria".
mais barato
Preços em 27.06.11
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ao microscópio
praça de táxis Como avalia a forma de conduzir dos conimbricenses?
João Martins
Em Coimbra conduz-se pessimamente. As pessoas passam sinais vermelhos, traços contínuos e aceleram demasiado. As horas de ponta e de madrugada são as piores e mais perigosas.
retrato falado
figura da semana
paulo júlio O PRESIDENTE da Câmara Municipal de Penela vai assumir, no Ministério dos Assuntos Parlamentares, chefiado por Miguel Relvas, a tutela dos setores da Administração Local e da Reforma Administrativa. mestre na área de Automação Industrial e licenciado em Engenharia Electrotécnica, desempenhou, antes de iniciar a sai vida política, o cargo de diretor-geral da multinacional Marcopolo para a Europa. após ter trocado, em 2005, a vida empresarial pela vida autárquica, Paulo Júlio, c0onsiderado, em 2008, “Autarca empreendedor do ano”, prossegue, assim, uma carreira de sucesso, agora no Poder Central.
menções honrosas Jorge Ferreira
Os conimbricenses conduzem mal, principalmente à quinta-feira à noite e ao fim de semana . Há muitos toques – o toca e foge – muito álcool, pessoas a fazer peões na Praça da República…
Almeida Henriques
João Queiró
o deputado do PSD eleito por Viseu e antigo presidente do Conselho Empresarial do Centro, com sede em Coimbra, foi escolhido , pelo ministro da Economia, para seu secretário de Estado adjunto. Terá ainda a tutela do setor do turismo.
catedrático de Matemática da Universi-
debate Nuno Santos
Conduzem mais ou menos bem. Claro que existe de tudo, depende do dia e das horas. Os piores são os idosos que conduzem em Coimbra e que são das aldeias. É um verdadeiro desastre.
dade de Coimbra, será o secretário de Estado do Ensino Superior. É coautor com o ministro Nuno Crato do livro "O Desastre no Ensino da Matemática". Tem uma vasta obra científica sobre Álgebra Linear..
O país está preparado para situações normais, mas quando há anormalidades com impacto muito significativo não estamos preparados em nenhum sítio do mundo. Eu acredito que Portugal tem nos bombeiros um esteio significativo no combate aos fogos.
Penso que o país está preparado. Portugal tem a experiência de algumas ocorrências menos agradáveis no passado e isso pode ajudar os bombeiros a lidar com novos cenários difíceis. Alguns investimentos têm tentado colmatar situações menos boas.
Portugal está preparado para combater os incêndios de verão?
António simões
Comandante dos Bombeiros de Penacova
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juan ferreira
Gestor do Centro Comercial Dolce Vita Coimbra
30junHO 2011
se eu mandasse
saudades de
coimbra
"Sinto-me em casa ao rever lugares e pessoas" EDGAR CANELAS Realizador de rádio na Antena 1
Que recordações guarda de Coimbra? F ic a r a m re cord açõ e s fortes sobretudo da vida cultural. A descoberta do Fado de Coimbra através do contacto com grandes mestres como António Portugal e Pinho Brojo e a paixão pela música e cultura tradicionais graças aos vários anos de atividade no GEFAC . E, claro, a Rádio! A fascinante magia (sim, existe mesmo!) da Rádio que aprendi na Rádio Universidade de Coimbra e mais tarde na RDP-Centro e se prolonga até hoje na Antena 1. Foram também tempos de aprendizagem política e social no seio da AAC. Tem alguma estratégia para diminuir a distância? Não é necessária estratégia no meu caso. O trabalho na Antena 1 'obriga-
"Prazo alargado para as empresas"
-me' (felizmente!) a nunca esquecer que Coimbra existe! O Fado de Coimbra é um bom antídoto para a saudade? Saudade, saudade... Não faz muito o meu estilo. Serve como palavra bonita de se cantar quer na Canção de Coimbra (ou no Fado, aqui o de Lisboa...) e como pretexto para olhar em frente! Quando regressa a Coimbra encontra sempre alguma coisa diferente? Nem por isso! Mas sinto-me em casa ao reencontrar lugares e pessoas e uma cultura que reconheço. Tem algum local da cid ade que con side re emblemático na sua história pessoal? E se sim, qual? A Associação Académica de Coimbra (GEFAC e RUC) e o Teatro Académico de Gil Vicente (plateia, palco e bastidores!). Se tivermos em conta outras cidades, Coimbra é... ... É única para o melhor e para o pior! (muito para o melhor).
Luís Patrício, presidente da direção da CCA Coimbra COMEÇARIA por introduzir algumas alterações no setor da educação, nomeadamente no ensino superior, promovendo a aproximação entre as empresas e as universidades. o desenvolvimento das relações entre as empresas e as universidades é essencial, desde que seja possível criar um ambiente que facilite a partilha de experiências e a identificação das oportunidades de crescimento das empresas sedeadas na região. MODIFICARIA o sistema bancário no que respeita às linhas de crédito dedicadas às empresas, que teriam prazo alargado, de modo a possibilitar a rentabilidade das empresas, a criação de emprego e, por esta via, o aumento do bem estar de
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empresários e trabalhadores. no capítulo laboral promoveria a renovação dos quadros das empresas (acautelando a situação dos trabalhadores mais experientes), antecipando a entrada no mundo do trabalho da população mais jovem, que, desta forma, assumiria responsabilidades mais cedo.
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Antecipava a entrada no mundo do trabalho da população mais jovem
+lida
Coimbra: Faleceu José Barros – Reações invadem Facebook
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confidencial
ao microscópio
Em prol da publicidade... Será que pode existir excesso de marketing? Um antigo titular de um cargo que talvez já não exista quer, à força, mostrar a sua sabedoria. Para esse efeito, anda a apresentar o seu incunábulo por tudo quanto é canto. Reza a lenda que uma das últimas apresentações, de sotaque carregado, até chegou a ser… romântica.
Ai o calor...
lente... de contato
As pessoas não conseguem viver com as temperaturas altas que se têm vivido. Por exemplo, depois de uma acérrima discussão em torno de um tema, faz-se uma pausa para refresco. Chegada a hora de votar, ataca o défice de atenção e, pimba, votamos no lado oposto. Agora, por favor, não digam nada a quem acredita ter a situação controlada.
O desporto não é para todos. Quem será que no golfe não joga grande coisa, no ténis chamam-lhe cego e no bridge está ao nível de um jogador de sueca?
Facto: Os presidentes de junta são pessoas muito importantes. Pergunta: Qual é o autarca que trabalha para uma multinacional? APROVADO
Atletismo da Académica
A equipa de atletismo da Associação Académica de Coimbra conquistou, esta semana, o título de campeã nacional de atletismo da 2.ª Divisão. Tal como o judo, o atletismo da Académica está bem e recomenda-se. Nota 15
Um bElo (quase) conto de amor... Coimbra é uma cidade feita de amores e desamores, todos os sabemos. Por isso não espanta que a caloira tenha sido alvo de marcação cerrada. Como não há novelas sem um terceiro elemento, o amor pode ficar desencontrado. Questões nupciais. É pena, podia ganhar nova estima pela terra. E tudo graças a um engenheiro mais atrevidote.
Como cegonhas... A migração sazonal é um fenómeno deveras interessante. Com o calor, Coimbra esvazia-se dos seus socialites que, regra geral, partem na direção da Figueira da Foz. Este ano a tendência mudou e foram todos a saltitar alegremente para Aveiro. Há que ir atrás da mão que nos alimenta. Até porque, às vezes, para se ser in, tem de se estar out.
espelho meu
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REPROVADO
HUC
Os serviços dos Hospitais da Universidade entraram em contato com uma paciente para pagamento de uma taxa moderadora. O problema é que ela tinha falecido há 23 anos. Apesar do pedido de desculpas, exige-se maior profissionalismo. Nota 6
CA
PARECE QUE FOI ONTEM MAS JÁ PASSARAM 100 ANOS. Foi em 1911 que tudo começou. Ao longo dos últimos 100 Anos caminhámos ao lado de muitos projectos e ambições. Apoiámos famílias, empresas e instituições de solidariedade social. Contribuímos para o desenvolvimento económico-social das comunidades locais. De aldeias a vilas, de vilas a cidades e de geração em geração. Hoje somos um Grupo Financeiro com uma oferta global de produtos e serviços em que os portugueses confiam. 700 Balcões, mais de 400 mil Associados e mais de 1 milhão de Clientes. Juntos somos cada vez mais, e juntos celebramos 100 Anos de Crédito Agrícola.
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Centenário
ao microscópio
um dia com
Seguimos Fernanda Veiga ao longo de um dia de trabalho. Apesar de intenso, ainda conseguiu disponibilidade para ser madrinha das marchas da freguesia de Lorvão
Fernanda Veiga vereadora dos pelouros da cultura e associativismo da câmara municipal de penacova
É UMA MULHER CALMA E DEDICADA. ADMITE SER ponderada na tomada de decisões, no entanto, não gosta de trabalhar sem emoção texTO e FOTOS sílvia diogo logo pela manhã, o sol dá vida à pequena
varanda que contorna o seu "gabinete". É no cimo do monte, na pequena localidade de Penacova, que fica situado o local de trabalho de Fernanda Veiga, vereadora dos pelouros da Cultura e Associativismo da câmara municipal. Com um sorriso no rosto, recebe-nos na biblioteca municipal e convida-nos, desde logo, para tomar um café no bar do edifício. Inicia a manhã a visionar algumas fotografias. De seguida, dirige-se aos Paços do Concelho para mais uma reunião quinzenal com os vereadores e com o vice-presidente da autarquia, Ernesto Coelho. Em conjunto, fazem o ponto de situação de vários assuntos. O telemóvel não pára de tocar. Muitos são os que solicitam a ajuda da vereadora para a resolução de alguns assuntos. A autarca mostra-se sempre disponível para quem a decide contactar. A dada altura, Fernanda Veiga faz uma pausa
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e conversa com a C sobre pormenores da sua carreira. Iniciou o seu percurso profissional na área da construção. O marido era o seu "braço direito". Trabalhou na área das vendas e, mais tarde, criou um espaço de eventos e de festas, hoje conhecido como o Centro de Eventos de Vale de Canas. Trabalhou com algumas empresas particulares e filiou-se, como militante, no Partido Socialista, em 1983. "Sempre fui militante de base. Nunca me entusiasmei, nunca participei em listas", confessa à C. "Quando o partido precisava de mim eu estava lá, mas sempre num lugar que não interferisse com a minha vida profissional.Não tinha tempo para me dedicar inteiramente à política", explica. A sua rotina profissional mudou com as últimas eleições autárquicas. O presidente da comissão política propôs-lhe um desafio e, desta vez, não teve coragem de dizer não. "O
projeto era aliciante. O cabeça de lista era uma pessoa que eu conhecia. Estava na altura de mudar de ciclo. Era fundamental haver pessoas com vontade de melhorar a situação deste concelho", argumenta. Aceitou fazer parte da lista, representando a freguesia de Lorvão. Começou a ver que era possível inverter o ciclo e ganhar as eleições. "Eu tinha a minha vida estruturada de outra forma. Estava habituada a outra rotina. Fiquei dividida, mas consegui gerir o meu espaço. Tive a ajuda da minha família. O meu marido apoiou-me, apesar de saber que eu ia fazer muita falta", confessa. Hoje, não se arrepende do cargo que ocupa. Sente-se muito feliz com o trabalho que realiza desde novembro de 2009. O seu esforço e dedicação começam, inclusivamente, a gerar alguns frutos. O centro cultural e a biblioteca municipal já estavam em construção, mas o edifício por si só não era tudo. "Eles precisam
30JunHo 2011
10H00 A ler o email e o correio
de vida e de dinâmica. E é esta dinâmica que eu vejo todos os dias neste espaço", sublinha. Além disso, vê também grande importância no intercâmbio das escolas. A câmara já fez, de resto, um protocolo com a rede nacional de bibliotecas escolares de forma a dinamizar a biblioteca. "O objetivo é que ela esteja em rede com as restantes", frisa a vereadora da Cultura. Depois do turno da manhã, Fernanda Veiga decide ficar pela vila para almoçar. É tempo de fazer uma pausa e de conviver com os colegas de trabalho. Por volta das 13H00, senta-se à mesa na "Pensão Avenida", um restaurante acolhedor que fica a três minutos do edifício da câmara. Escolhe lulas grelhadas para a refeição. tarde em reuniões As atividades do turno da tarde não são muito diferentes das anteriores. Por volta das 14H00, inicia mais uma reunião, desta vez na companhia de Bruno Paixão, assessor do presidente da câmara e dos respetivos vereadores. Sempre bem disposta, enfrenta mais alguns momentos de tomada de decisões.
13H30 Almoço na "Pensão Avenida"
11H30 Reunião na câmara municipal
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No trabalho preciso de adrenalina. Não sei trabalhar sem emoção. Quando me dedico a algo sou um pouco impulsiva
Em conversa com a C, relembra que no ano passado decorreu pela primeira vez um verão dinâmico nas noites de Penacova. Graças à sua criatividade, houve a possibilidade de vários artistas animarem as festas do concelho. Este ano, Penacova vai voltar a usufruir delas, de 17 a 24 de julho. mARCHAS de LORVÃO Depois de um dia preenchido, ainda não é desta que regressa a Coimbra para junto da família. Todos os anos é a madrinha do Centro Recreativo de Lorvão no desfile das marchas. No dia em que a C a acompanhou, voltou a marcar presença nesse mesmo evento, às 21H30. Vestida a rigor, fez parte do cenário animado do desfile. Fernanda Veiga considera-se uma pessoa calma por natureza. "Sou muito calma, mas no trabalho preciso de adrenalina. Não sei trabalhar sem emoção. Quando me dedico a algo sou um pouco impulsiva", garante. Gosta de ser prática e rápida no que faz. "Sou capaz de pegar nos dossiês e chamar os colaboradores para fazer andar o mais rapidamente possível um projeto", concluiu.
19H00 Visita ao Centro de Eventos de Vale de Canas
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o que é feito de si?
ao microscópio
1963 Chega a Coimbra para estudar Direito
1968
1969
Entra no Palácio da Loucura Assembleia Magna decreta a greve aos exames
1971
1974
1975
Licenciatura em Direito
Revolução do 25 de Abril
A alegria de um país em mudança
a passagem por coimbra deixou marcas em celso cruzeiro. sobram recordações e outras tantas memórias de uma coimbra ligada a "choros, risos e esperança" Texto Mário Nicolau
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Coimbra é um degrau na minha vida constituído por vários acontecimentos de importância capital para o país
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Celso Cruzeiro o advogado Celso Cruzeiro guarda as melhores recordações de Coimbra. "É uma fatia importantíssima da minha vida no aspeto da formação, da vivência académica, política, cultural e lúdica. Não tenho, porém, aquela saudade de Coimbra ser um oásis na minha vida e do resto ser um deserto à volta. Coimbra é um degrau da minha vida constituído por vários acontecimentos de importância capital para este país e que marcaram a minha geração", considera. A crise estudantil de 1969 é uma das marcas na vida de Celso Cruzeiro. "Nos 20 anos da crise de 69 publiquei um livro que foi muito difundido, pois é o único explicativo em termos históricos e no qual procurei caraterizar a juventude portuguesa daquela altura e principalmente quem era a juventude de Coimbra naquela altura", conta. O "significado e sentir daquele movimento grande" passaram, também, para a obra de Celso Cruzeiro que dá a conhecer "a Coimbra onde iam parar os estudantes das Beiras e do Norte do país, vindos de comunidades muito tradicionais e muito conservadoras como eram no tempo do fascismo". Naquela altura, a cidade funcionava como "primeiro embate cultural e civilizacional" para jovens que "trocavam ideias" e contactavam com os livros que "chegavam de França e do Brasil, que teve regimes abertos". Celso Cruzeiro "começou a pensar a vida" e considera Coimbra "o primeiro marco da tomada de consciência como cidadão, estudante de Coimbra, de português". Advogado com escritório em Aveiro, confessa que "não está longe", pelo que as visitas a Coimbra são regulares. Participa em debates e sublinha o gosto pelo contacto com as
novas gerações num altura de grandes mudanças. "A própria cidade de Coimbra mudou muito porque tinha a Praça da República e muitas Repúblicas em que a vivência quase familiar era marcante. Hoje, Coimbra é uma cidade grande, a própria universidade duplicou e acabou por eliminar um modo de vida que só podia subsistir dentro de um quadro que acabou", explica. A conceção das associações académicas como trampolim para as juventudes partidárias e o facto das eleições serem discutidas pelas juventudes partidárias, na perspetiva dos jovens "encarreirarem nos partidos sede", impede "um pouco" a vivência transversal, lúdica e, até, boémia que a geração de Celso Cruzeiro atravessou. A Praça da República, local de encontro e de debate, e onde, por vezes, teve de fugir da polícia de choque, é "logisticamente" um símbolo da vida académica do advogado, que "não é um grande adepto do fado de Coimbra. "Do ponto de vista musical, penso que não é rico. Tive sempre esta discussão. Gosto de ouvir. Nessa altura, o fado mudou e começaram a surgir as baladas, com o Zeca Afonso e Adriano Correia de Oliveira, que transformaram um bocado o fado de Coimbra", confessa. No final da década de 60, a presença "dominadora" das mulheres nos organismos académicos é outro dos traços de memória de Celso Cruzeiro, que destaca, ainda, "a participação ativa e o facto de começarem a votar livremente fora do enquadramento dos lares". Na viagem "ao recanto do coração", ligando "choros, lamentos, risos e esperanças", Coimbra mantém o estatuto de exceção, ainda que, afirma, a cidade "tenha algum esclerosamento no domínio da investigação científica mundial". Foi ultrapassada por cidades "mais diversificadas e mais ricas", mas continua ligada "às coisas mais belas" que marcaram gerações e gerações de estudantes.
30JuNHo 2011
opinião
Construir catedrais com pequenos passos jorge bento Presidente CIM/BM Vou tentaR, neste artigo, aprofundar o que penso serem as tarefas de uma Comunidade Intermunicipal.
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Há algum produto que se possa associar a este território?
mas querO, antes de mais, enunciar dois pressupostos: - Não pretendemos criar uma estrutura que implique custos adicionais ou que repita funções de outras quaisquer estruturas da Administração Pública. - A ausência de massa crítica é normalmente uma ameaça à eficiência dos projetos de desenvolvimento, pelo que a associação de municípios pode ser uma via para responder à falta de escala territorial. posto isto, diria que há dois desafios a enfrentar: - A afirmação de uma Ideia para o território do Baixo Mondego, que mobilize os cidadãos e as instituições. - A definição das áreas de trabalho em que seja possível gerar ganhos de eficiência. para responder ao primeiro desafio a Comunidade está a convidar um conjunto de cidadãos, das mais variadas formações académicas e profissionais, para connosco refletirem sobre o tema – "Há algum produto, diferenciador e competitivo, que se possa associar a este Território e que seja a Marca sob a qual se estruturem políticas de desenvolvimento regional?". esse grupo de cidadãos constituirá o nos-
so Conselho Consultivo, com que nós pretendemos melhorar a nossa capacidade de ler os mundos onde nos movemos, alargando visões e perspetivas. Parafraseando um autarca vizinho, diria que é a tarefa de construir catedrais. quanto ao segundo desafio, considero-o tão decisivo como o primeiro. Es-
tamos num tempo de dúvidas e incertezas, assolado por uma onda de ceticismo em relação à atividade das administrações públicas. Por isso, neste contexto, justificar um projeto sub-regional como o das comunidades intermunicipais, exige ações em que os cidadãos vejam vantagens óbvias e em que a relação custo/benefício seja indiscutível. Penso que exemplos concretos poderão ajudar a atingir esse objetivo. Por isso, assinalo a constituição de uma Central de Compras Eletrónica. os municípios têm estruturas afetas à contratação pública que processam milhares de movimentos burocráticos por ano, consumindo tempo e gerando custos de contextos consideráveis. Por outro lado, compramos o mesmo tipo de bens e serviços a custos variáveis mas que, em princípio penalizam os municípios mais pequenos. a metodologia da Central de Compras baseia-se numa negociação assente em três alavancas: agregação de volume de compras, uniformidade de pricing e normalização da procura. Sublinhe-se que não é necessário criar nenhuma estrutura dedicada para este serviço. Apenas investimos numa plataforma eletrónica com o software adequado. Esta ideia já foi testada com sucesso. A Área Metropolitana de Lisboa desenvolveu um processo análogo com um êxito muito relevante. hoje falei deste projeto mas outros há em curso. O que importa é sublinhar a vontade de dar estes pequenos passos e de aprendermos a trabalhar em conjunto. Parafraseando um outro amigo, acerca deste segundo desafio, diria que os projetos se executam por pequenos passos, como pequenas peças de Lego, que se vão juntando, ganhando coerência e acabando a desenhar um mundo fantástico que a simplicidade da primeira peça não faria supor.
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ao microscópio
via do leitor
cartas Envie a sua opinião Carta: Rua 25 de Abril, n.º 7 Taveiro 3406 - 962 Coimbra Email: redacao@cnoticias.net As cartas deverão ser datilografadas com morada e número de telefone. A C reserva-se o direito de selecionar as partes que considera mais importantes. Os originais não solicitados não serão devolvidos.
Importante/Impor os carris A exemplo do verificado na Lousã os empreiteiros iniciaram obras na passagem de nível de Miranda. Consta-me que se mantém a ordem do Governo para não colocarem carris. Esta situação é ideal para os empreiteiros. Não colocam os carris, têm o trabalho reduzido e recebem indemnizações. Se o novo Governo vier a decidir colocar os carris, terá de pagar novamente aos empreiteiros para estragarem o que agora estão a fazer e colocar então os carris. Não se pode repetir a situação que se viveu e construiu na rotunda da Lousã. Faço publicamente um apelo à administração da Metro Mondego, ainda em funções, para conseguir alterar este escândalo e esta gestão ruinosa, com desperdício inaceitável de dinheiros públicos. Impõe-se que a Metro, a CP ou a REFER, seja quem for a entidade responsável pelas obras, que suspendam a execução, até que o Novo Governo tenha tempo para conhecer os dossiês e decidir. Se nenhuma destas entidades assumir esta decisão e contrariar a ordem do Governo socialista, impõe-se que a Câmara de Miranda, com o apoio da câmara da Lousã, estudem a possibilidade legal de embargar estas obras. Nós não aceitamos o canal do Ramal/metro transformado numa via, sem carris, para autocarros. jaime Ramos (Movimento Cívico da Lousã)
inquérito Máquinas de calcular devem ser proibidas no básico? Participe com a sua opinião em www.cnoticias.net
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Recolha de fundos para a Associação Acreditar A Bianchi Vending Portugal agradecia a vossa ajuda na divulgação de uma iniciativa para recolha de fundos para a Acreditar – Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro. Para o efeito, a Bianchi Vending Portugal assinou um protocolo com a Acreditar no passado dia 17 de junho. Estes fundos que pretendemos angariar provêm da colocação dos nossos equipamentos (máquinas de venda automática de bebidas quentes e produtos alimentares) nas empresas e instituições, sendo que 2 por cento da faturação conseguida através dos equipamentos reverterá a favor da Acreditar. catarina almeida, Coimbra
riquezas, mas são, afinal, sempre os mesmos a ficar com o dinheiro. Ao menos, quanto aos trabalhadores, que lhes sejam garantidos os postos de trabalho. josé martins, Cantanhede
A "marca" Portugal O novo ministro da Economia decidiu imitar o Presidente da República. Um destes dias, aí num sítio qualquer, acho que numa feira, apelou, tal como Cavaco Silva fez tempos atrás, que devemos preferir os produtos nacionais, que precisamos criar a "marca" Portugal e orgulharmo-nos dela. Estou inteiramente de acordo. Nos tempos que passam, será mesmo o caminho a seguir. Simplesmente, não acabo de vir do Canadá, como ele. Lá, a banca apoia quem quer produzir. Aqui, afunila cada vez mais o crédito. Assim, como garantir uma marca de qualidade, como pormos no mercado aquilo de que precisamos e continuamos a ter de importar, continuando a mandar o nosso já pouco dinheiro lá para fora. Não é colocando apenas a bandeirinha portuguesa nos nossos produtos que nos safamos. josé matos, Figueira da Foz
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Cristiano Ronaldo insultou fotógrafos no Algarve. Quem se julga? Ao que isto chegou! joão rias, Coimbra
O emprego no turismo Estou ligado ao setor do turismo, tenho emprego, mas estou preocupado com o futuro. Já não falo em aumentos salariais, que deverão ser uma miragem, mas, tal como a situação está, temo, sobretudo, pelo meu posto de trabalho. Tenho 52 anos, ainda não acabei de pagar a casa onde vivo (uma casa humilde, diga-se), a minha mulher também trabalha, mas apenas tem salário mínimo, a recibo verde. Todos dizem que o turismo é o futuro de Portugal, uma das nossas maiores
O Jardim Botânico de Coimbra Não sou muito adepta de manifestações de rua, mas não posso deixar de aplaudir aqueles que decidiram alertar a cidade de Coimbra para a fraca utilização que a população faz daquele magnífico espaço verde. Estou reformada, moro perto, quando o tempo está bom, como agora, vou lá frequentemente. O seu fundador, o professor Avelar Brotero, bem merece que aquele magnífico jardim seja realmente usufruído pelos conimbricenses. fernanda oliveira, Coimbra
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30junHo 2011
cartas
texto elaborado pelo gabinete de ficção da revista
Senhor Pinto da Costa como se do seu tribunal arbitral. Sinto-me s réu dos co ban no o tad sen u Sei que esto querer condenarmória. Vejo-o de dedo em riste, a estivesse na Boa Hora de má me orcamento na baliza aí a prisão per pétua – ou ao enf -me falar -me, como ignóbil traidor, para os mouros...Mesmo assim, apetece a par a inh tad vol o sm me está o aquilo que tenho calado. sul do Dragão, aquela que ho dito, mas para reafirmar tud ten que ao a nad r ira ret a par o Nã consigo. re tantas ado da vida. Esqueceu-se que o pad err ar lug no mim por u ero esp s O senhor é arguto, ma cara: o pranto, como dizem os desconfiar de Deus. Não faça essa por ba uer, aca que sa mis à vai es vez fiz o que quer que fosse para, seq lhe ca nun a, Or . rar cho a par ve do meia-leca da marismeus ancestrais britânicos, só ser dos pneus, do Jesus do crucifixo, ira Vie do rir ê-lo faz de me teide sonho" por 15 lacrimejar. Far e, may god, vendi-lhe a "cadeira es" gam ind "m us me os com -se queira. Fi-lo divetir milhões. a implantá-la. Cheguei a-me, é certo, a cauda – cá estou tav Fal a. raç de cão um sou a: a britânica de Nunca o esqueç ho aqui raízes: minha avó era um Ten u. me o fad ito, mu há de , de sangue a Londres, como era l e Villas-Boas, veias bem cheias bra Ca a Pin de dré An s Luí , Eu linhagem. E ao que venho? 8, a também hoje considerada s voltar a afundar, como em 158 paí este er faz de são mis a i um confessar-lho - contraazul, ass ch - o senhor não sabe, mas vou ovi am Abr O . ola anh esp " ível o o senhor queria "ar mada invenc nor mal treinador de futebol, com um ser a par não , ais anu s hõe e me atire, tou-me por cinco mil sár io. Quer que eu seja Drake – cor eiro dad ver ... um , sim isso que eu fosse, mas para ser, afundá-los no canal, como ao Barcelona, ao Real Madrid, a , ada arm " ana else "ch a com , Foi essa, aliás, a grande destemido dina-Sidónia. Gosto do desafio. Me de ue duq do ros hei rin ma nem para peixe! aconteceu aos to. Em Portugal, o mar não está Por do da saí ha min na til sub razão porque fui tão amovich não engole sapos a, querendo tudo. O senhor Abr nad e sess qui não se o com a atu tenho, para atender o teleO senhor no, uma casa inimaginável. Até Nu ge Jor lá me pas e, -m Deu s. , gente que inf lui na desnecessário to de "who’s who", gente de marca pac com co blo um a gir ta vol grandes SA Ds. fone, um robô. À sua entos de Estado, que controla as am orç a pir ins que as, ári bili ilho Bolsa, que domina as imo fidalgo, bisneto do visconde de Gu sou is: Ma es. del um sou já , nte Cor nualha. Já não me Qual Foz! Qual Leça! Obviame – ou, pelo menos, da princesa da nha rai da sa me à rei esta dia im, gratuitamente, mil, qualquer ioso comigo, mas aí fica, ainda ass fur is ma e fiqu da ain ez talv ta é comido. paga, com esta car ta o leão, come; quem não mata, ma m que que pre sem -se bre um conselho amigo - lem God Save the Queen
Londres, 30 de junho de 2011
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investigação
sociedade
mobilidade elétrica
Indústria automóvel está a libertar-se de cem anos de coma Joaquim Delgado, docente da ESTGV e investigador no ISRda, não tem dúvidas: O petróleo já não é deste século. estão de volta, irreversivelmente, os carros movidos a eletricidade TEXTO SOARES REBELO foto pedro ramos Assistimos hoje, também em Portugal, ao ressurgimento do interesse pela mobilidade elétrica. Porquê? O ressurgimento do interesse pela mobilidade elétrica não aparece por iniciativa dos detentores do setor automóvel estabelecido, mas sim por fatores externos. Entre esses está, em primeiro lugar, a consciência da crescente escassez do recurso energético que o tem alimentado, repercutindo-se essa escassez no aumento contínuo do seu custo. Recorde-se que o preço do crude se situou, até aos anos 70, em torno dos dois dólares por barril. Em segundo lugar, temos as alterações climáticas, que são hoje indissociáveis das emissões de CO2, sendo o setor dos transportes - e o automóvel convencional em particular - um dos maiores contribuintes para as mesmas.
tivessem como propulsor um sistema elétrico. Alguns deles ainda hoje nos fascinam. É verdade. Apesar da simplicidade das tecnologias dessa época, construíram-se máquinas que ainda hoje nos fascinam, tanto pelo engenho, como pela performance. A barreira dos 100 km/ hora, por exemplo, foi atingida
logo em 1899 pelo "Le Jamais Contante", um veículo elétrico (VE) com um nome que refletia o potencial que os autores anteviam nessa tecnologia. Em 1900, Ferdinand Porsche apresentava um VE já com os motores integrados nas rodas. Também em 1900, Waldmar Jungner, que desenvolveu a bateria de Níquel Cádmio, conseguiu para o seu VE 150 km de autonomia.
A indústria automóvel está, então, a sair do coma? Sim, alguns factos mais recentes proporcionaram condições para o regresso da mobilidade elétrica. Durante muito tempo, as baterias foram apontadas como o maior obstáculo à sua penetração devido à curta autonomia conseguida. Apesar de essa ser ainda a maior limitação, provou-se, entre 1996 e 2003, com o EV1 da General Mo-
Os primeiros automóveis começaram a circular movidos a eletricidade. Sim, com o início do uso da eletricidade e a invenção da bateria, do gerador e do motor elétrico, ocorridos durante o século XIX, criaram-se condições para que os primeiros veículos (auto)móveis
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Mas, apesar desses progressos, a descoberta do motor de combustão interna, também no final do século XIX, diminuiu o interesse pela mobilidade elétrica. Porque os VE's não conseguiam competir com a autonomia proporcionada pela tecnologia de combustão. Com efeito, a abundância de petróleo barato, o aperfeiçoamento do motor de combustão interna, a introdução neste do motor de arranque elétrico, em 1913, a necessidade de percorrer distâncias cada vez maiores devido à expansão da rede de estradas e a escassez de pontos com energia para recarga dos VE's pelo território, induziram durante um século o coma nos automóveis elétricos.
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Produção de Petróleo [Mb/d]
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Médio Oriente África América Latina Ásia (sul) Ásia (este) China Economias de Transição OCDE Pacífico OCDE Europa OCDE América do Norte
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Primeiro VE, construído em 1884
0 Aptera 2e - VE à venda nos EUA
Pico na produção de petróleo foi atingido em julho de 2008 com aproximadamente 80 milhões de barris por dia Fonte: www.theoildrum.com/node/5395
tors, e, até mais tarde, com o RAV4 EV da Toyota, que essa limitação não era impeditiva para o sucesso dos carros elétricos, como foi vivamente testemunhado pelos utilizadores desses veículos. O maior obstáculo é hoje ainda o preço da bateria. O setor militar também ajudou. Houve, efetivamente, nas últimas décadas, uma grande pressão evidente exercida pelos setores militar e aeroespacial, mas também por parte das tecnologias de informação e comunicação móveis, que conduziram a grandes melhorias de desempenho do setor do armazenamento de energia, que estão agora também disponíveis para o setor da mobilidade. São importantes, neste contexto, os incentivos que alguns governos, como o português, estão a dar à aquisição de viaturas elétricas? Para os países não detentores de recursos fósseis, os incentivos governamentais desempenham um papel importante no sentido de potenciar a resposta simultânea à redução da fatura da energia fóssil importada, com tendência para
um agravamento contínuo; à promoção de maior segurança energética, reduzindo a dependência de países instáveis; à exploração crescente de fontes renováveis, promovendo a integração de know-how nacional e criação de postos de trabalho nas novas indústrias e à redução das emissões de CO2 de modo a cumprir os protocolos atuais e os que venham a ser estabelecidos. Por estas razões... … faz todo o sentido incentivar a aquisição de sistemas de mobilidade que utilizem energia endógena – eletricidade – que devemos produzir cada vez mais com recurso a tecnologias fabricadas em Portugal e com menores taxas de emissão. Estes incentivos podem ainda contribuir para facilitar a integração de geração eólica, cuja produção é já excedentária durante alguns períodos noturnos e fins-de-semana. Os VE's poderão armazenar energia durante a noite, para que essa seja consumida durante o dia, permitindo simultaneamente, a melhor utilização das redes de transporte, a redução do consumo de petróleo, bem como da melhoria da qualidade do ar e do ruído nos centros urbanos.
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Faz todo o sentido incentivar a aquisição de sistemas de mobilidade que utilizem eletricidade, que devemos produzir cada vez mais com recurso a tecnologias fabricadas em Portugal
Tesla Roadster, à venda desde 2009
Fisker Karma - VE Plug-In (à venda)
Grandes mudanças nos próximos anos vários fatores poderão acelerar a mobilidade elétrica, mas a adesão dos fabricantes será, talvez, o mais relevante. Só com produtos disponíveis os clientes poderão optar entre carros convencionais ou carros elétricos e, de entre estes, pelas diferentes alternativas. Novos players já oferecem, mesmo com as limitações das baterias atuais, opções competitivas, em alguns aspetos, com a tecnologia convencional. Os próximos anos serão de mudanças aceleradas.
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sociedade
investigação
As energias renováveis irão destronar o petróleo Chegámos ao fim da hegemonia petrolífera? O petróleo será cada vez mais caro, mas estará connosco ainda durante algumas décadas. A única forma de quebrar a ligação entre combustíveis fósseis e o setor automóvel é a mudança para um novo paradigma energético, assente em fontes renováveis e sobretudo sustentáveis. Neste contexto, surgiram novas empresas cuja missão é produzir sistemas de mobilidade não dependentes da fonte convencional. Que empresas são essas? São já bastantes: Tesla, Fisker, Aptera, Tazzari, Zapi, BYD, Coda, Protoscar, NVL, Proton, Miles, Bolloré, etc. Apesar de serem ainda insignificantes relativamente aos construtores estabelecidos, vieram impor uma dinâmica à qual esses tiveram que reagir. E os construtores, estão a aderir? Quase todos os fabricantes de automóveis já incluem na sua estratégia, tornada pública ou ainda semi-oculta, VE's para complementar a sua oferta, num horizonte de dois a três anos. Que modelos já estão no mercado? Entre outros, o Leaf da Nissan, o iMIEV da Mitsubishi, o iON da Peugeot, o C-Zero da Citroen, o Volt da Chevrolet, o Ampera da Opel, o Karma da Fisker e quatro modelos em simultâneo da Renault… É um movimento muito competitivo e que vai provocar, a médio prazo, grandes mudanças no setor da mobilidade, tal como o conhecemos. Mas essa mudança implica a expansão de um setor energético e o declínio de outro. Não ha resistências? Claro que há, mas quer queiramos, quer não, estamos em transição de uma economia energética com base no fluxo unidirecional de hidrocarbonetos desde o poço até ao motor de combustão, para uma economia energética assente no fluxo de eletrões, ou energia elétrica, desde o local onde essa é gerada, ou armazenada, até ao acionamento dos sistemas de mobilidade elétricos.
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Recarga lenta (nível I) de um VE na via pública
Interface de abastecimento de um VE, lento (nível I) com tomada J1772, à direita, e rápido (nível III), com tomada CHAdeMO, à esquerda
Ficha de recarga rápida em DC (nível III) da CHAdeMO
Fichas Mennekes, à esquerda, e J1772, à direita
Sistemas de recarga universais e baterias com mais autonomia Qual o estado atual da recarga de veículos elétricos no nosso país? A recarga é um domínio dinâmico e fortemente dependente da evolução das tecnologias de armazenamento de energia. Em Portugal, neste momento, além da criação da rede de asbastecimento universal Mobil. E, há várias empresas a trabalhar de forma estruturada neste domínio de futuro. Como recarregar as baterias? O principal modo de reabastecimento dos VE's privilegiará, sobretudo, a recarga lenta, realizada maioritariamente nas garagens e com energia extraída da rede nos períodos de tarifa mais baixa. Na maioria dos casos, a infraestrutura está estabelecida, bastará um mecanismo, já integrado nos VE's à venda, que permita diferir o início da carga para quando os consumos domésticos sejam mais baixos, geralmente no período noturno.
E nos postos de carga rápida? Nos postos de recarga rápida a energia é extraída da rede a qualquer hora do dia, tendo a mesma que ser paga ao valor do tarifário nesse período. Depois, o preço da energia disponibilizada em cada posto de recarga rápida terá que refletir o custo da infraestrutura associada, o que torna o uso do VE menos atrativo comparativamente com o uso de um veículo convencional. A autonomia é ainda muito curta? Por enquanto. Mas, estão a chegar ao mercado arquiteturas para proporcionar autonomia estendida para aqueles que desejarem deslocar-se, já nesta fase, maioritariamente com base em eletricidade sem ficarem dependentes da capacidade da bateria. Trata-se dos Plug-In's com extensor de autonomia como o Fisker Karma e o Opel Ampera, por exemplo.
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sociedade
reportagem
Profissionais da região Centro "primam pela diferença", mantendo o negócio à tona. O fogo de artifício é agora combinado com shows aquáticos, raios laser, projeção de imagens, dança e música texto e fotos Bruno Vicente
inovação salva pirotécnicos d
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AMEAÇA CHINESA Carlos Cunha explica-nos a razão que o levou à modernização da empresa, enquanto caminha por uma das ruas principais das Alhadas, perto do café Toten. "A pirotecnia em Portugal já foi bem melhor. Hoje está muito descaracterizada, é quase tudo importado da China. Para sobrevivermos tivemos que ir à procura de outro tipo de coisas. Então decidimos que era preciso dar às pessoas espetáculos que primassem pela inovação, pela diferença", conta. Como "a pirotecnia portuguesa é pouco inovadora e os 200 pirotécnicos do país fazem quase todos o mesmo", a "Águas Dançantes" não teve dificuldades em impor-se na região Centro e no país, enquanto fornecedora de um produto distinto. Para Carlos Cunha, o próprio Governo é responsável pelas dificuldades do setor, uma vez que, "há seis ou sete anos, decidiu meter de lado a pirotecnia, desinvestindo e criando restrições". "Os foguetes tradicionais, de cana, estão proibidos de junho até agosto, por causa do risco de incêndios", recorda.
ce pouco satisfatório, se tivermos em conta que o setor, há poucos anos, estava a "carburar" 25 milhões de euros. "A pirotecnia segue a conjuntura do país, estamos a viver com alguma dificuldade no que diz respeito ao volume de negócios", explica, sem qualquer tipo de rodeio, o presidente da Associação Portuguesa dos Industriais de Pirotecnia e Explosivos (APIPE), Carlos Macedo. Apesar das dificuldades, o setor ainda se traduz em cerca de 10.000 postos de trabalho, diretos e indiretos. Em Portugal há famílias inteiras a viver deste negócio, algumas dezenas na região Centro. A crise económica está longe de ser o único problema. "A legislação é de complexa aplicação e a produção nacional é prejudicada por razões burocráticas. Só há meia dúzia de empresas que já têm os seus alvarás definitivos. Essas, sim, são inovadoras, concorrem com as empresas internacionais e obtêm excelentes resultados", conclui o responsável da APIPE.
PU
burocracia prejudica produção nacional A pirotecnia portuguesa rende cerca de 12 milhões de euros anuais, um valor que pare-
30JUNHO 2011
C117
O FOGO de artifício tradicional continua a cativar os portugueses, mas os pirotécnicos da região Centro, para sobreviverem aos anos difíceis da crise económica, estão a ser obrigados a ir mais além, apostando em projetos inovadores, que são muito mais do que canas e pólvora lançadas aos céus. Um dos maiores exemplos surge das Alhadas, no concelho da Figueira da Foz, onde a pirotecnia tradicional convive com as tendências mais modernas. Carlos Cunha é o responsável da empresa "Águas Dançantes". "Somos dos poucos pirotécnicos do país – quase os únicos - que temos Piro Áqua, um show aquático pirotécnico, totalmente produzido por nós", afirma o homem de 57 anos, encostado à parede das instalações da empresa. Os espetáculos podem ser personalizados pelo próprio cliente, através de um comando digital, que permite combinações de saltitantes jatos de água, luzes, cores, som e movimento. Mas a empresa faz muito mais que combinar fogo e água. "Temos raios laser, projeção de imagens no espaço, cortinas de água, pirotecnia e canto, dança e magia", acrescenta. A "Águas Dançantes" tem mesmo um grupo de bailarinas do Porto e um cantor da Figueira da Foz. Os espetáculos correm o país de norte a sul, principalmente nesta altura do ano, em que se multiplicam os pedidos, entre festas populares, animação de verão, casamentos e aniversários.
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milhĂľes de euros anuais ĂŠ quanto move a pirotecnia em Portugal
s da crise
10.000
postos de trabalho diretos e indiretos sĂŁo assegurados por este setor industrial
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reportagem
sociedade
Canas para foguetes: uma tradição que já rendeu três vezes mais
Mutilações e mortes diminuíram os profissionais da pirotecnia consideram, de forma unânime, que o setor provoca cada vez menos feridos e mortos, na sequência de acidentes. "Os pirotécnicos têm sabido evoluir e, em termos de segurança, os resultados têm aumentado", afirma Carlos Macedo, presidente da Associação Portuguesa dos Industriais de Pirotecnia e Explosivos. Carlos Cunha, da empresa "Águas Dançantes", garante que "os produtos são cada vez mais seguros". Mas os acidentes não deixaram, simplesmente, de acontecer. "Há um ano e meio, nas festas de Condeixa, um homem estava a mexer num caixote com explosivos e aquilo rebentou. Ficou sem três dedos", recorda Raul Nazaré da Cunha, pirotécnico de 85 anos. No ano passado, um acidente numa fábrica de pirotecnia de Viseu provocou dois mortos. Os funcionários estavam a compactar cartuchos quando se deu a explosão. Entre 2005 e 2010 o setor foi responsável por mais de uma dezena de mortes.
PU
DR
Cortar e endireitar canas, com a ajuda do fogo, é um trabalho metódico, que exige mãos experientes
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Raul nazaré da cunha , de 85 anos, está sentado numa cadeira antiga, numa garagem/ armazém das Alhadas. As suas mãos experientes preparam as canas para o tradicional fogo de artifício, às quais mais tarde se juntará a pólvora. Para ele, pouco mudou em meio século de trabalho. "A cana chega torta. Corta-se então para ficarmos com o tamanho preciso e, com gás e um maçarico, endireita-se tudo", explica o idoso, com uma simplicidade surpreendente. As canas – normalmente com medidas que vão dos dois metros e 20 centímetros aos três metros – são depois atadas em conjuntos de 12 ou de 100.
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Dantes, vendia 12 canas por três euros. Agora só tiro um euro
30JUnHo 2011
Raul Nazaré da Cunha, que nasceu nas Alhadas, vende o material "a todos os pirotécnicos do país" e exporta para Espanha, mas o negócio já teve melhores dias. "Dantes vendia 12 canas por três euros. Agora só tiro um euro", diz, enquanto abana a cabeça, descontente. O negócio está na família desde o século XIX. No seu auge, chegaram a ser contratadas 15 mulheres, só para endireitar as canas para os foguetes. "Agora é mais complicado, porque os pirotécnicos estão a usar mais a madeira, em vez das canas, como era tradição", conclui Raul Nazaré da Cunha, olhando para as centenas de canas guardadas na garagem.
Festival Internacional de Pirotecnia de Coimbra deixou saudades
Um casal de namorados assiste ao fogo de artifício, na Queima das Fitas deste ano
Os apaixonados pelo fogo de artifício ainda não esqueceram o Festival Internacional de Pirotecnia de Coimbra, criado em 2004. O certame teve, contudo, vida curta. Em 2006, integrado nas Festas da Cidade e da Rainha Santa Isabel, adotou o nome de Festival Internacional de Design e Inovação Pirotécnica, deixando depois de existir. A vereadora da Cultura e vice-presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Maria José Azevedo Santos, reconhece que para os próximos tempos "a autarquia não tem nenhum
festival deste tipo pensado", embora esteja disponível para analisar eventuais propostas que sejam feitas. A cidade tem, neste momento, o fogo de artifício das Festas da Cidade e da Queima das Fitas como bons exemplos, mas os amantes da pirotecnia querem muito mais. "Um Festival Internacional tem uma dimensão completamente diferente. Seria possível voltarmos a ver grandes espetáculos de luz e som, por isso gostávamos que voltasse a existir", concluiu Sara Antunes, de 29 anos, natural de Coimbra.
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sociedade
reportagem
Espaço museológico é uma espécie de livro de história da pirotecnia, juntando diferentes peças do século XX, algumas raras ou inéditas
O homem da bicicleta com explosivos
as alhadas têm uma imagem de marca que os habitantes e visitantes não esquecem facilmente: Raul Nazaré da Cunha, de 85 anos, a conduzir a sua bicicleta antiga, que, na parte de trás, está equipada para carregar material explosivo, isto é, fogo de artifício. O pirotécnico está sempre pronto para cantar, dançar e declamar, revelando grande conhecimento da cultura popular, o que já lhe valeu várias idas à televisão.
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Alhadas tem museu único em Portugal Os amantes da pirotecnia não podem deixar de visitar o Museu Raul Nazaré da Cunha, nas Alhadas, Figueira da Foz. "É único no país, não há mais nenhum deste tipo", garante o proprietário, que dá nome ao espaço. O museu alberga diferentes materiais do século XX, que revelam a história e o progresso da pirotecnia. A tradição mandava transformar imagens de serradores e de ciclistas em bonecos. O material explosivo, depois de ateado, é que fazia as figuras ganharem vida, num espetáculo de movimento, cor e som. O visitante pode ver peças de fogo preso dos anos 60, como "O palhaço" ou "O Mola Tesouras", bem como uma roda de girar multicolor dos anos 70 e candeias de magnésio e kit de disparos dos anos 90, entre muitas outras. Os curiosos podem ainda contar com uma
série de fotografias e quadros, que evocam alguns momentos marcantes do mundo da pirotecnia. PÓLVORA E QUÍMICOS O Museu desvenda também o véu sobre a produção tradicional de fogo de artifício. A pólvora é o material explosivo predileto. É criada a partir de uma mistura de enxofre, carvão e nitrato de potássio. Mas depois é necessário adicionar à mistura explosiva determinados elementos químicos, que, com o calor, produzem uma luminescência específica. Por exemplo, se a ideia é obter fogo amarelo, deve adicionar-se sódio. O cobre resulta numa luz verde, o estrôncio em vermelho e o cálcio em amarelo-alaranjado. As combinações possíveis de cores são enormes. E é por isso que o fogo de artifício consegue ser, quase sempre, diferente.
30JUNhO 2011
opinião
Novo Governo norberto canha Portugal está numa crise profunda, a culpa não é deste Governo, não é desta juventude.
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Coimbra patamar (Assembleia, Parlamento) das Ideias e Pensamento
Parabéns aos corajosos, coragem foi de todos eles, mas sobretudo dos independentes, disporem-se a que acima das suas conveniências estão as conveniências do País e do Estado. Vislumbra-se neste Governo, com quatro independentes, um novo conceito. Pretende-se - ou já é - que quem exerce cargos públicos é servidor da República, portanto isento, e não agente dos partidos políticos, com toda a responsabilidade no proceder que isto acarreta. Caminha-se assim para aquilo que eu acerrimamente defendo - a aristodemocracia. O Estado servido pelos mais aptos, competentes, justos, impolutos, leais e trabalhadores. É isto que se deve entender por Servidor da República! Situa-se entre estes parâmetros a sua margem de manobra. Ou se é honesto ou não é! O desonesto não tem lugar na estrutura do Estado. A partir de agora terá de ser assim. O primeiro-ministro, além do cargo, terá apenas cinco ministérios com reuniões duas a três vezes por semana. Com início às oito horas, tem duas vantagens. A primeira, é que todos passaram a falar a mesma linguagem sem que houvesse necessidade do primeiro-ministro ter de falar em nome dos ministros. Teriam tempo uns e outros para se debru-
çar sobre os problemas, preocuparem-se com as soluções e não com o aspeto com que devem apresentar-se frente à comunicação social - ou ecrãs de televisão. A segunda vantagem, e a mais importante, é que as soluções não seriam improvisadas, antes já estavam pensadas. a este governo faço uma crítica estrutural, o não ter um ministro de Coimbra, da região Centro. É que o Centro ainda não está contaminado em grau tal que leve a verdade a submeter-se às conveniências. Eu esperava que o ministro da Justiça fosse de Coimbra. Que fosse um homem que, além de conhecedor da política, conheça as leis, a vida, a vivência. O ambiente de Coimbra ainda não se deixou contaminar pelo vício do comissariado político e as regalias dos viciados não vão além de um prato de lentilhas. penso que deve ser dado a Coimbra, já que ela o merece, o Estatuto de Patamar - Assembleia, Parlamento - das Ideias e Pensamento. Ainda não tem dimensão exagerada, o que permite o convívio, o contacto, a introspeção, o diálogo e a meditação. Acelera a troca de ideias e pensamentos. que coimbra conquiste e mereça o título de Cidade do Conhecimento, da Cultura, da Cidadania, da Coesão. Que Coimbra seja o modelo de cidade experimental para toda a civilização. Coimbra não tem um ministro no Governo mas tem contactos diretos com o poder. Há de ser ouvida! Há de ser escutada.
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aqui: nanopartículas de prata
cérebros
investigação
nanotecnologia, a tecnolgia para o século XXI
Prata: das civilizações antigas aos nano ao integrar nanopartículas de prata em embalagens de fruta ou no tampo de uma mesa é inibido o crescimento de bactérias Texto marta varandas fotos pedro ramos a prata, apreciada pelo seu valor como metal
nobre, é utilizada desde há muito no fabrico de diversos objetos. Mas é também utilizada como agente terapêutico e antimicrobiano, facto menos conhecido pelo público em geral. Tito Trindade, docente no Departamento de Química da Universidade de Aveiro (UA), está a desenvolver linhas de investigação em nanotecnologia, utilizando diversos nanomateriais, entre os quais a prata. Ao produzir novos produtos contendo nanopartículas de prata, é possível inibir a propagação de bactérias e fungos. A partir daqui é possível obter uma superfície antimicrobiana, como por exemplo uma "bancada de um hospital antibacteriana", se no seu revestimento polimérico tiver as ditas nanopartículas de prata, mesmo em quantidades baixas. Este é o futuro. A nanotecnologia e as nanociências envolvem "o conhecimento e manipulação de materiais com tamanhos tipicamente entre um e 100 nanómetros, para os quais surgem propriedades únicas que permitem o fabrico de novos produtos e dispositivos inovadores. Falamos de materiais com dimensões muito pequenas; um nanómetro é um milionésimo do milímetro", explica. A nanotecnologia é uma vasta área do conhecimento com caraterísticas multidisciplinares, envolvendo competências científicas muito diversificadas. "A investigação que tenho desenvolvido centra-se na síntese e modificação química de
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nanomateriais, como por exemplo nanopartículas de metais e semicondutores, que podem ser utilizadas como materiais de partida para desenvolver novos produtos de utilidade prática", refere o professor. A prata é um exemplo. Tito Trindade frisa a importância dos nanomateriais no avanço da nanotecnologia com exemplos na área da medicina: "As nanopartículas luminescentes constituem uma nova classe de marcadores óticos de células e as nanopartículas magnéticas podem ser usadas na separação magnética de bioanalitos, bem como em novas estratégias de combater o
cancro, baseadas em processos que envolvem a localização de nanopartículas nos tumores. Outros exemplos onde existem progressos assinaláveis é no desenvolvimento de novos produtos para purificação ambiental ou ainda no campo da energia, disponibilizando uma tecnologia nova no fabrico de células de conversão de energia solar". Mas a nanotecnologia, apesar de ser "a tecnologia do futuro", interessa-se também por materiais que são desde há muito tempo do conhecimento do homem, "embora agora envolvendo abordagens inovadoras. A prata, utilizada no fabrico
Tito Trindade
ciência & tecnologia
aqui: nanopartículas de ouro
UA estimula empreendedorismo 1 cm
1 mm
1 nanómetro
= 1 milionésimo de 1mm (invisível a olho nu)
anomateriais de diversos objetos, é utilizada também pelas suas propriedades antimicrobianas, isto é, elimina micro-organismos patogénicos como por exemplo algumas bactérias e fungos", explica o investigador, que exemplifica com os antigos gregos e romanos, "que colocavam moedas de prata em água, para a tornar potável". Hoje existe um interesse renovado na produção de materiais contendo prata, nomeadamente na forma de nanopartículas, entre outras razões pela "resistência crescente de certos agentes patogénicos aos antibióticos ditos convencionais", explica Tito Trindade. Mas há ainda muito para desvendar em relação a este "velho" material. "A contribuição do meu grupo tem sido de investigar a química de superfícies de prata no sentido de desenvolver novos materiais contendo este metal, como por exemplo em fibras celulósicas utilizadas no fabrico do papel, fibras têxteis para vestuário e outros materiais poliméricos que podem ser utilizados em revestimentos e materiais de embalagem", afirma. Além do interesse prático existe interesse em investigar processos fundamentais que ocorrem à nanoescala e que são relevantes para se conhecer a ação antimicrobiana da prata, nomeadamente ao nível de fenómenos de superfície. "Neste caso, os segredos mais profundos encontram-se à superfície", rematou.
com a promoção do workshop
"Empreendedorismo social: teoria e práticas", que se realiza hoje, e do concurso de projetos: "Cidadania e Empreendedorismo Social, UA – 2011", a decorrer até 30 de setembro, a Universidade de Aveiro (UA) marca a sua associação ao "Ano Europeu das atividades de Voluntariado que promovam uma Cidadania Ativa", que se comemora este ano. O objetivo é sensibilizar a comunidade académica para estes valores.
Campanha científica de biologia marinha
a campanha Oceanográfica
à lupa Nome
Tito Trindade Data de nascimento
27 de junho de 1965
do veleiro Santa Maria Manuela constitui um curso único na área da Biologia Marinha na UA, orientado para a investigação no oceano, providenciando uma perspetiva prática da zoologia e ecologia marinhas, nomeadamente de cetáceos e aves marinhas. A expedição a bordo do navio decorre entre 7 e 21 de agosto, partindo do Parque das Nações.
Naturalidade
Viseu
residência
Ílhavo
"HealthTec" nasce em Coimbra
disco favorito
investigadores de três esco-
"Low", de David Bowie Um Livro
"O Nome da Rosa", de Umberto Eco Hóbis
Desporto e ouvir música vícios
Café
las superiores e de um instituto universitário de Coimbra constituíram o grupo de trabalho "HealthTec", que visa a criação de projetos com alto valor acrescentado para a Saúde, a partir da partilha de experiências e do conhecimento multidisciplinar. O primeiro encontro é a 13 de julho.
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entrevista
poder local
Conseguiu colocar o concelho no nível de desenvolvimento que programou? O concelho de Tábua tem tido um desenvolvimento razoável, temos atingido as metas que pretendíamos e, ultimamente, a construção das novas vias rápidas – a Variante a Tábua e o IC6 – permitiu-nos a concretização de uma nova área empresarial, de Sinde-Tábua, com a fixação de novas empresas, que têm criado centenas de postos de trabalho. Nós consideramos que, hoje, um dos pontos mais importantes é a criação de postos de trabalho e, portanto, estamos satisfeitos. Além da Aquinos, que vai avançar com duas novas unidades, com tecnologia da mais avançada, temos também o alargamento e aumento de postos de trabalho da fábrica de confeções Acorfato. Uma das características destas empresas é que quase tudo o que produzem é para exportação. No contexto atual do país, isso é benéfico não só para Tábua mas também para Portugal. Considera essa instalação de novas empresas, e a criação de postos de trabalho, uma vitória pessoal? Não é nenhuma vitória pessoal, faz parte de um esforço coordenado. É um trabalho em grupo, coletivo e, acima de tudo, a quem eu quero prestar homenagem é aos empresários que estão a instalar estas indústrias. São pessoas extraordinárias, com grande capacidade empresarial e, por isso, nós temos de lhes facultar todas as condições para que eles se possam instalar. Apesar de me referir às grandes empresas, não posso esquecer as pequenas e médias empresas, que também apoiamos. Estamos a trabalhar ao nível de todas as empresas.
Ivo Portela
O futuro de Tábua é promissor Cumprido o objetivo de atrair empresas que garantam emprego, as atenções do presidente da câmara de tábua viram-se para o saneamento básico, cuja exploração irá, brevemente, a concurso TEXTO Vasco Garcia FOTOS PEDRO RAMOS 38
As acessibilidades são fundamentais… Sim. Por exemplo, a Aquinos já tem um movimento diário de 35 camiões TIR. Por onde é que circulariam se não existissem boas acessibilidades? Estou convencido que, se não fossem essas vias rápidas, unidades industriais desta dimensão procurariam outros espaços. Os níveis de desemprego estão abaixo da média? Muito abaixo. Tanto é assim que, por exemplo, na Aquinos, cerca de 30 por cento dos trabalhadores são de fora do concelho de Tábua. De que é que Tábua precisa para se desenvolver ainda mais? Há um aspeto em que ainda não conseguimos atingir os nossos objetivos: o saneamento básico. Nós não pertencemos a nenhuma empresa intermunicipal que trabalhe com as câmaras ao
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nível do saneamento básico, mas estamos alinhados com outros cinco municípios e vamos agora abrir um concurso público internacional para fazer a adjudicação da exploração do saneamento básico. A taxa de cobertura está na casa dos 65 por cento, portanto, estamos na média do país, e queremos atingir os 95 por cento. Ao fim de todos estes anos, que balanço faz do seu trabalho à frente da câmara? Quem viu o concelho de Tábua quando viemos para cá e vê hoje, encontra algo completamente diferente. Penso que isso é completamente indiscutível. Mas não fizemos mais que a nossa obrigação. Apanhámos oportunidades e andámos para a frente. Fizemos novas estradas, várias infraestruturas… agora falta concluir o saneamento básico. O momento atual é mais difícil que já enfrentou desde que chegou à câmara? Já começou a sentir na pele os cortes? Sentimos e de que maneira. Já tivemos cortes, que se refletem no ritmo de obras que queremos fazer, principalmente no apoio que pretendemos dar às juntas de freguesia.
“
O novo secretário de Estado é que conhece esta zona melhor que ninguém e estou convencido que tudo o que fizer será bem feito
na verdade, estamos muito ligados a várias regiões, apesar de, a nível administrativo, pertencermos a Coimbra. Que marca pretende deixar no concelho? Não pretendo deixar marca nenhuma. O meu objetivo é que Tábua se desenvolva cada vez mais, que seja um concelho onde as pessoas gostem de viver, no contexto de toda a região do Dão e da Serra da Estrela. Olhando para trás, acha que esse objetivo foi conseguido? Penso que sim. Que expectativas tem para o futuro do concelho de Tábua? Eu estou mais preocupado com a incerteza do futuro em termos globais do que com o futuro do concelho de Tábua, porque tudo está encadeado. Mas, se tudo correr normalmente o nosso futuro é promissor. O que espera do novo governo? Faço votos para que este governo governe e que atinja todos os seus objetivos, porque dele está dependente o nosso futuro.
Como vê a eventual redução do número de municípios e freguesias? É algo que afetaria Tábua? Esse é um assunto que ainda terá de passar pela Associação Nacional dos Municípios Portugueses. Quero primeiro ver o que vai ser apresentado para me pronunciar. Até porque o secretário de Estado que terá essa pasta é alguém que conhece bem este território… O novo secretário de Estado, meu ex-colega, é uma pessoa a quem reconheço muita categoria, que tem feito um grande trabalho, que conhece esta zona melhor que ninguém e, portanto, estou convencido que tudo o que fizer será bem feito. A regionalização seria benéfica? Tábua tem uma situação especial. Estamos muito ligados ao distrito de Viseu, aliás, pertencemos à Associação de Municípios do Planalto Beirão; pertencemos à Comunidade Intermunicipal do Pinhal Interior Norte, também temos ligações ao Pinhal Interior; pertencemos ao distrito de Coimbra; temos ligações à Serra da Estrela; e pertencemos à Região Demarcada do Vinho do Dão. Nós nunca poderemos esconder esta situação. Há concelhos que pertencem definitivamente a uma região, nós,
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poder local
facit
O que Tábua tem para oferecer?
Paisagem
Marcadamente rural Gastronomia
Queijo da Serra, Bucho à moda de Tábua, Tibornada... Desportos náuticos
A albufeira da Barragem da Aguieira proporciona todas as condições Cultura
Biblioteca Municipal João Brandão
Tábua
Festas grátis e viradas para os jovens tábua está, desde ontem e até domingo, em festa, com a III FAcit – Feira Agrícola, comercial e industrial e as festas do concelho. contenção financeira não retira brilho ao programa TEXTOs Vasco Garcia Fotos Pedro Ramos no ano passado, a Câmara Municipal de
Praia fluvial
No Rio Alva, em Mouronho Desportos Radicais
A associação MK Mákinas realiza inúmeras atividades de BTT e Trial 4x4 Percursos pedestres
Vários, que a autarquia pretende sinalizar e certificar águas minero-medicinais
São Geraldo, em Covas, e Várzea Negra, na freguesia de Póvoa de Midões Hospitalidade
Natural dos beirões
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Tábua apostou num ambicioso programa para a Feira Agrícola, Comercial e Industrial (FACIT) e para as Festas do Concelho de Tábua. Nomes sonantes e históricos da música portuguesa, como José Cid e Xutos & Pontapés, passaram pela vila e arrastaram consigo multidões. Apesar do sucesso, para 2011, a autarquia optou por alterar a estratégia. A vereadora da Cultura não tem problemas em admitir que, "este ano, o programa é muito menos ambicioso". A culpa, claro está, é da crise. "O dinheiro é muito pouco", justifica Ana Paula Neves. A aposta centra-se agora na juventude. "Poderíamos ter ido para outro tipo de programa. Tive algumas solicitações de pessoas que gostariam de vir, mas não iam ao encontro dos nossos desejos e os nossos objetivos. Assim, procurámos um programa para jovens, com os djs e os karaokes, para que os nossos jovens também possam participar,
estar e visitar a festa" explica a autarca. Mas o programa contempla todos os gostos: "temos a Estudantina e a Orxestra Pitagórica, que agrada a todos; o fado de Coimbra que, com a proximidade, é algo de que as pessoas também gostam, o Canta Comigo e o Gabriell, que não é de cá mas vive em Tábua e nunca lhe demos uma oportunidade". Em contrapartida, a entrada no Pavilhão Multiusos de Tábua, e na zona envolvente, onde vão decorrer as atividades, será gratuita, ao contrário do que aconteceu em 2010. A escolha do executivo foi bastante ponderada e pretende abrir as portas a todos: "Entre ser gratuito e poder vir a família toda, ou ser a pagar, com um programa mais ambicioso, e a família não poder vir toda, optámos pelo primeiro. Achamos que assim pode toda a família pode visitar a feira, jantar e participar em tudo o que acontece desde que a feira abre até que fecha", declara a vereadora. Apesar da contenção financeira, as expectativas de Ana Paula Neves "são as melhores".
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Programa: do fado aos djs a iii facit – Feira Agrícola, Comercial e Industrial/Festas do Concelho de Tábua 2011 começou ontem e decorre até domingo no Pavilhão Multiusos de Tábua e zona envolvente. A FACIT tem como objetivo promover o tecido comercial e industrial do concelho e estimular e potenciar o que de melhor se produz e comercializa em Tábua. Ao mesmo tempo, pretende atrair novos visitantes e investidores. Já as Festas do Concelho pretendem proporcionar momentos de animação e diversão. A Câmara de Tábua adaptou o programa à realidade e situação do país, mas promete noites em grande. A festa começou ontem, com os Andarilho. Hoje, quinta-feira, o Canta Comigo vai animar a noite. Esta iniciativa da C conta com um mega concurso karaoke, a atuação da Banda C e do mágico Telmo Melo. Na sexta-feira, a noite começa com o grupo Fado ao Centro e continua com a atuação do artista tabuense Gabriell e a sua banda. O karaoke na zona da restauração encerra a noite. O sábado é dedicado aos jovens. A noite começa com um espetáculo de fogo, os Ritmos de
Fogo. O DJ Gonzo e o DJ M.Louiz continuam a animação. No último dia da FACIT, domingo, a Estudantina Universitária de Coimbra e a Orxestra Pitagórica são as atuações musicais. O recinto conta com espaço infantil, insufláveis e outros divertimentos para os mais novos, assim como um espaço de restauração, onde os visitantes poderão provar as iguarias gastronómicas de Tábua e da região. PUB
convidam todos a visitar a III FACIT
poder local
facit
Tecido empresarial dá garantias de emprego durante estes dias, o interior do Pavilhão Multiusos de Tábua está totalmente ocupado com expositores de empresas dos três setores de atividade (agrícola, comercial e industrial), maioritariamente do concelho e da região. A vereadora da Câmara Municipal de Tábua está satisfeita com a resposta do tecido empresarial e comercial local. "Estou muito contente com os empresários que se inscreveram. Não atingimos os 92 expositores do ano passado mas temos cerca de 80, o que é francamente positivo dado o cenário de crise em que nós vivemos", afirma Ana Paula Neves. Uma adesão que, apesar de tudo, não é uma surpresa, uma vez que o grande objetivo da FACIT – Feira Agrícola, Comercial e Industrial de Tábua é, precisamente, "dar visibilidade às empresas do concelho". "Não são muitas, mas são empresas que nos dão alguma garantia de não termos grandes taxas de desemprego", diz a autarca, destacando o baixo número de desempregados no concelho, "completamente atípico nos tempos que correm". A Aquinos, empresa de fabricação de sofás e móveis é, talvez, o exemplo mais conhecido do te-
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Há uma série de empresas que nos permitem sossegar e não ter o espetro do desemprego no concelho de Tábua
cido empresarial de Tábua, mas a vereadora destaca outras empresas que também são bastante importantes para a economia local: "Não falo apenas nos Aquinos; falo na Acorfato, que é uma fábrica de confeções que se modernizou e, de 250 funcionários, pode passar para 300 ou 320; falo da Friopastel, que exporta quase tudo o que produz e vai criar um segundo polo junto ao primeiro que tem na zona industrial; falo na Cruidoce; falo na Pavicer; falo na Granitábua… há uma série de empresas que nos permitem sossegar e não ter o espetro do desemprego no concelho de Tábua".
programa Quinta-Feira, dia 30 de junho de 2011 - Canta Comigo - karaoke
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Sexta-Feira, dia 1 de julho
Sábado, dia 2 de julho
Domingo, dia 3 de julho
- Fados de coimbra e Lisboa (Grupo Fado ao Centro) - Gabriell
- Espetáculo "Ritmos de Fogo" - DJ Gonzo - DJ M. Louiz
- Estudantina Universitária de Coimbra - Orxestra Pitagórica
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Tábua festas do
Concelho
29.JUNHO a 3.JULHO.2011 PAVILHÃO MULTIUSOS Zona de Restauração
29
Conferências
Zona Desportiva
JUNHO
ANDARILHO
CANTA
COMIGO
KARAOKE
JULHO
KARAOKE
FADO CENTRO AO
GABRIELL DJ’S
02
JULHO
03 C141
JULHO
Espectáculos Musicais
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JUNHO
01
Espaço Infantil
RITMOS DE FOGO
DJ GONZO DJ M.LOUIZ
ESTUDANTINA
UNIVERSITÁRIA DE COIMBRA
ORXESTRA PITAGÓRIA Apoio
Media Partners
ENTRADA LIVRE
poder local
coimbra As esculturas de Rui Chafes no Jardim da Sereia têm passado despercebidas à maioria do público
Dia da Cidade ajuda a revitalizar Sereia Num ano em que não se realiza a procissão da Rainha Santa, a cultura domina o cartaz das celebrações do 4 de Julho. Da música à poesia, com passagem pelas artes plásticas, Coimbra vai demonstrar a sua vitalidade TEXTO Marco roque A 4 de julho de 1336, em Estremoz, morria Isabel de Aragão, mais conhecida por Rainha Santa Isabel. "A Rainha Santa era uma personalidade verdadeiramente fantástica: mãe, santa, mulher, rainha", avança Maria José Azevedo Santos, vice-presidente da Câmara Municipal de Coimbra e vereadora da Cultura. "Uma mulher de Estado, de paz, à frente do seu tempo, que reinou para servir, servindo quem mais precisava, os mais estigmatizados", completa a vereadora. É em honra desta "personalidade extraordinária" que Coimbra celebra o seu dia nesta data. Este ano, a efeméride "vai ser celebrada com um sem número de atividades de natureza diversa: da música à poesia, bem como a homenagem a personalidades da cidade", revela Maria José Azevedo Santos. Essa homenagem vai ser feita a funcionários da câmara municipal. Também se vai realizar a entrega do Prémio Municipal de Arquitetura Diogo Castilho. Devido à alternância das festas, não se realiza programa religioso, cujo destaque é a procissão, mas vai haver a
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A procissão só se realiza a cada dois anos
habitual missa solene. Mas a estrela do Dia da Cidade promete ser o Jardim da Sereia. "As pessoas não vão reconhecer os jardins da Sereia, sinal do esforço dos arquitetos e jardineiros, embora ainda haja muito a fazer. Vamos torná-lo num dos
mais belos jardins históricos do país, num projeto já iniciado com a abertura da casa de chá", avança a vereadora. Para esse efeito, vai ser inaugurada a exposição do escultor Rui Chafes. "Esta cerimónia, bem como a Sessão Solene no Jardim da Sereia, não é fortuita, é intencional. Pretende-se inaugurar uma exposição que ali se encontra desde 2004, bem como apresentar o livro 'Ao Espelho da Sereia'", destaca Maria José Azevedo Santos. "É um apelo da cultura que este jardim seja um resguardo das artes plásticas", completa. Noutro espaço verde da cidade, no Parque Dr. Manuel Braga, as artes plásticas surgem em destaque na Feira de Artesanato Urbano. Pela tarde, o espaço vai receber a primeira parte da iniciativa de teatro de rua "Coimbra 1111", criada pelo Teatrão e inspirado nos 900 anos de Coimbra. "É um programa extraordinário, que torna o Dia da Cidade 2011 num dos muitos pontos altos da comemoração dos 900 anos do Foral da cidade", conclui Maria José Azevedo Santos.
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destaques Telo de Morais do Edifício Chiado e do Núcleo da Cidade Muralhada na Torre de Almedina. 11H30 – Inauguração da exposição dos 10 projetos candidatos ao Prémio Municipal de Arquitectura Diogo de Castilho – Parque Verde do Mondego - 14H00 às 19H00 Ler ao Cubo – espaço de leitura ao ar livre, com acesso gratuito
Parque Dr. Manuel Braga – das 10H00 às 19H00 Feira de Artesanato Urbano (Com a participação da Editora Alma Azul – 1111 razões para ler um livro – 10 exemplares de 111 títulos de livros) Edifício Chiado – 10H00 às 13H00 e 14H00 às 18h00 Abertura ao público do núcleo
Casa Municipal da Cultura 15H00 – Sala Francisco Sá de Miranda Apresentação das obras galardoadas com o Prémio Literário Miguel Torga 2010. 1.º Prémio: Perpétuas-roxas e o lá de Schumann: camiliana e outros contos, da autoria de Manuel Córrego Menção Honrosa: O homem que fazia círculos, da autoria de António Galrinho.
16H30 – Sala Pinho Dinis - Inauguração da Exposição de Fotografia "Pequim 60 anos depois" de Fernando Penim Redondo Jardim da Sereia 17H00 – Sessão Comemorativa do Dia da Cidade
Teatro Académico de Gil Vicente 21H30 – Concerto Cidade de Coimbra: Orquestra Clássica do Centro – Maestro Artur Pinho Orquestra Juvenil do Centro – Violoncelo – Américo Martins
19H00 – Inauguração da exposição e apresentação do livro "Ao Espelho da Sereia" pela Vice-Presidente da CMC, Doutora Maria José Azevedo Santos (integrada na Sessão Solene). Parque Dr. Manuel Braga 19H30 - Teatro de rua "Coimbra 1111" pelo Teatrão, inspirado nos 900 Anos de Coimbra com o seguinte percurso do espectáculo: Saída do Museu da Água com passagem pela Portagem – Praça do Comércio – Arco de Almedina – Porta de Belcouce (junto ao Gov. Civil) – Teatro Sousa Bastos e Largo da Sé Velha.
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Litocar: ambição e crescimento O GRUPO LITOCAR INAUGUROU NA TERÇA-FEIRA A NOVA CONCESSÃO NA GUARDA. A primeira etapa na beira interior está cumprida. mas se surgirem oportunidades... texto e foto mÁRIO nICOLau A primeira etapa na Beira Interior está
cumprida. Segundo João Cardoso, presidente do conselho de administração do Grupo Litocar, em 2009, quando entrou na Beira Interior, o grupo "fez uma análise preliminar à situação e definiu um caminho, que sofreu alguns ajustes com o decorrer do tempo devido à situação económica do país, do mercado automóvel em particular e a exigência do consumidor". O "reflexo de tudo isso", acrescenta, "obrigou-nos a ir um pouco mais além". No caso da Guarda, o nível da qualidade do serviço implicou o investimento em instalações construídas de raiz. A conclusão foi idêntica em relação a Castelo Branco e, no que respeita à Covilhã, a Litocar prepara para o final de 2011 ou início de 2012 a readaptação do layout das instalações. A satisfação do cliente é o principal objetivo da estratégia e, apesar das "dificuldades" do mercado da Beira Interior, João Cardoso
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acredita no "potencial" da região e confessa que, no futuro, "gostaríamos de reforçar a nossa presença aqui". A conclusão do plano 2008/2010 - "queríamos duplicar a dimensão da organização, mas praticamente triplicamos" - , não di-
a empresa Grupo Litocar Com perto de duas centenas de colaboradores, o Grupo Litocar está presente em quatro distritos e oito cidades da região Centro, representando quatro marcas: Renault, Dacia, Honda e Nissan, além de ter a sua marca própria: Usados 100%.
minuiu a "ambição de crescimento", ainda que a mensagem seja clara: "não queremos crescer só por crescer, só para dizermos que temos dimensão. O cliente quer um serviço de maior qualidade a um preço cada vez mais baixo. Isso obriga-nos a ter de levar ao limite os esforços de otimização da capacidade produtiva", afirma. Mesmo assim, se surgirem "hipóteses de aquisição" quer no Litoral, quer na Beira Interior, avança, "não deixaremos de explorar essas possibilidades", tendo a expectativa dos clientes como alvo e a qualidade de serviço "sempre" como objetivo. João Cardoso salienta a "sintonia perfeita" entre todos os acionistas da empresa, que "têm a perceção que a dimensão e a capacidade de gestão são importantes, constituindo, até, um elemento diferenciador". Ao atingirem os objetivos em cada ano, a administração e os colaboradores da Litocar garantem a "motivação" dos acionistas
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marketeer
e, ao mesmo, obtêm um voto de confiança que se traduz nos "meios financeiros necessários" à execução da estratégia. A Litocar, explica, não pensa na "rentabilização imediata", assumindo uma perspetiva diferente. "Somos corredores de fundo. Esta estratégia é válida e tornou a Litocar uma das empresas mais importantes no retalho automóvel na região Centro. A nossa solidez financeira é reconhecida e, em 2010, recebemos o galardão PME Excelência, mas continuamos com os pés bem assentes", disse. A Renault será sempre "a referência" do Grupo Litocar hoje em dia representa 85 por cento da faturação do grupo -, mas é natural que, devido ao previsível cenário do mercado automóvel, alguns "pontos não se rentabilizem numa situação de monomarca". Na Beira Interior, Renault e Nissan são o exemplo dos novos tempos. "Temos de estar abertos à mudança, pois é necessário rentabilizar a estrutura existente. Temos uma perspetiva otimista do futuro, mas a realidade financeira do país é incontornável", considera. No próximo Orçamento de Estado, o Governo , defende, " terá de dar um sinal de não querer bloquear o setor, já que uma das medidas da "troika" aponta para o aumento da carga fiscal sobre o automóvel. "O aumento da carga fiscal será sempre negativo, mas se penalizar de forma idêntica todos os segmentos de mercado, colocará fora do mercado muitas famílias do segmentos médio/ baixo", disse. Em termos industriais, a nova fábrica da Dacia em Tânger (Marrocos) poderá representar uma boa oportunidade para as empresas nacionais do setor dos componentes. É necessário que os empresários portugueses acertem o passo, já que a concorrência espanhola não brinca em serviço...
Séries de investigação antes de dormir Ana Vicente é Técnica de Marketing & Comunicação do grupo CURACTIVA. Qual foi o seu primeiro emprego? Consultora Comercial na empresa Páginas Amarelas, SA.
Que música lhe dá vontade de cantar em voz alta? Fame.
Como gastou o primeiro ordenado? No melhoramento da minha imagem!
Com quem não jantava? Mais vale mal acompanhada do que só!
Um sonho… Um futuro feliz para os meus filhos.
Último livro lido, cd ouvido, filme visto? "Comer, Rezar e Amar", de Elizabeth Gilbert; Nunca ouvi um cd inteiro. Acho monótono; "Rio".
O que não suporta? Falta de educação. Um vício que não equaciona deixar… Ver séries de investigação criminal antes de dormir!
Lema de vida? Há pessoas que transformam o sol numa simples mancha amarela, mas há também aquelas que fazem de uma simples mancha amarela o próprio sol." ( Pablo Picasso )
E que marca não dispensa? Curactiva.
conversa de
quiosque
TABACARIA S. JOSÉ Rua do Brasil, n.º 400 Coimbra - 239 404 849
A Tabacaria S. José, na Rua do Brasil, é gerida por Helena Machado. Vende sobretudo revistas e jornais - de âmbito regional e nacional - mas também tem tabaco, canetas, clips e pastilhas elásticas, entre outros produtos. Outra imagem de marca do espaço é a venda de plantas em vaso, para interior e exterior. A crise económica faz-se sentir neste negócio. "Já estou aqui há 20 anos e esta é a nossa pior fase", desabafa Helena Machado. A Tabaria S. José funciona, durante a semana, das 9H00 às 19H00. Aos sábados está aberta das 09H00 às 13H00.
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sociedade
opinião
ipc
Dia do Politécnico de Coimbra
rUI ANTUNES Presidente do IPC
Voluntariado como oportunidade de formação O voluntariado está definido na Lei como "o conjunto de ações de interesse social e comunitário, realizadas de forma desinteressada por pessoas, no âmbito de projetos, programas e outras formas de intervenção ao serviço dos indivíduos, das famílias e da comunidade, desenvolvidos sem fins lucrativos por entidades públicas ou privadas". O Politécnico de Coimbra, acompanhando uma tendência generalizada entre as instituições de ensino superior de referência, criou o programa de Voluntariado no IPC, através do qual pretende: Promover a participação solidária dos estudantes e trabalhadores do IPC em ações de voluntariado social; Orientar, informar e sensibilizar a comunidade do IPC das possibilidades de participação em projetos e atividades de trabalho voluntário desenvolvidas por organizações cívicas da comunidade; Integrar redes similares e partilhar recursos e esforços nesta área. Estamos certos de que este tipo de ações contribui positivamente para a formação dos estudantes, tornando-os melhores cidadãos e preparando-os melhor para a sua integração no mundo do trabalho. Esta convicção é reforçada pelo número cada vez maior de empregadores que valorizam positivamente a participação em ações de voluntariado como fator distintivo nos processos de recrutamento dos seus colaboradores.
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Homenageados no Dia do IPC de 2010 Celebra-se, no dia 8 de julho de 2011, o Dia do
Politécnico de Coimbra (IPC). A efeméride, que assinala a eleição do primeiro presidente desta instituição de ensino superior pública a 9 de julho de 1996, será marcada por uma cerimónia solene a ter lugar no auditório da Escola Superior Agrária de Coimbra e tem início marcado para as 14H30. Do programa da cerimónia consta a atribuição da Medalha do IPC ao Responsável pela Instalação dos Serviços de Ação Social do Instituto, à sua primeira administradora e ao estudante Vasco Pombo, representante dos alunos no Conselho de Ação Social, em reconhecimento do papel desempenhado nesta área de fulcral importância para a instituição, seguindo-se a este momento a intervenção do presidente do Politécnico de
SEMANA DE DIVULGAÇÃO DE CIÊNCIA LABORATORIAL O Departamento de Engenharia Química e Biológica do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra leva a cabo, no período da tarde de 4 a 8 de julho de 2011, a Semana de Divulgação de Ciência Laboratorial. As atividades destinam-se a alunos do 10.º ao 12.º ano das áreas científico -tecnológicas e dedicam-se à síntese de sabões, imobilização de leveduras, secagem de frutos e aos micro-organismos no ambiente.
Coimbra e a conferência subordinada ao tema "Qualidade e Avaliação Interna – Para uma Cultura de Qualidade nas Instituições de Ensino Superior", a ser proferida por Sérgio Machado dos Santos, Professor Catedrático aposentado e Ex-Reitor da Universidade do Minho, que, entre outras funções, foi membro do Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior e representante de Portugal na European Association for Quality Assurance in Higher Education. Esta cerimónia é também ocasião para a entrega das Bolsas de Estudo por Mérito aos melhores alunos do IPC, para a entrega dos três prémios regionais do concurso Poliempreende e para a apresentação do Programa "Voluntariado no IPC", no qual se pretende verem envolvidos os estudantes e trabalhadores da instituição.
Escola de verão 2011 na ESTeSC Atividades experimentais, laboratoriais e de observação e ainda atividades culturais, desportivas e de lazer são as experiências que a Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra oferece de 10 a 15 de julho.
ISEC summer schools Robótica e Renováveis são as duas formações de verão que o Instituto Superior de Engenharia de Coimbra irá dinamizar de 18 a 22 e de 25 a 29 de julho, destinando-se em especial a alunos do ensino secundário.
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C12
topo head de gama
viver
mercado Hyundai Genesis O coupé da Hyundai possui um
motor de 2,0 litros e 210 cv de potência. A caixa de seis velocidades manual ou automática de cinco velocidades, com patilhas seletoras no volante, ajuda "à festa". É proposto a partir de 39.990 euros (versão manual) e de 43.500 euros (versão automática).
BMW desvenda pormenores do M3 CRT A MARCA alemã deu a conhecer os primeiros detalhes do M3 CRT (Carbon Racing Technology). As duas portas extra, segundo a Imprensa especializada, representam mais 90 kg em relação ao coupé, perfazendo um total de 1580 kg. Ainda assim, o M3 CRT consegue ser 45 kg mais leve do que um M3 convencional.
quinta a fundo Estado encaixou mais de O 761 milhões de euros, com os impostos relacionados com a venda de automóveis novos, em 2010 Bugatti vendeu o último A Veyron 16.4 e encerrou a produção do super desportivo
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Novo Ypsil Lancia torna o luxo acessível O novo Lancia Ypsilon de cinco portas é parte fundamental na revolução da oferta da marca italiana – que inclui o lançamento dos novos topos de gama Thema, Grand Voyager e Flavia. O novo Ypsilon mede 3,84 metros de comprimento e 2,39 metros entre-eixos e será proposto, pela primeira vez, com uma carroçaria de cinco portas. A Lancia considera este tipo de carroçaria fundamental para o crescimento do volume de negócios, já que representa cerca de 80 por cento do segmento B. A marca italiana coloca o Ypsilon na galeria dos automóveis que estabelcem uma "síntese perfeita de estilo requintado e substância de produto", confirmando o caráter de base de um automóvel com personalidade inconfundível, belo e muito elegante.
Audi A1 atinge 100 mil unidades
A tecnologiaé outro dos argumentos do Ypsilon, que disponibiliza Start&Stop, a mais recente evolução do sistema de navegação Blue&Me e o estacionamento semi-automático Magic Pa rking. O novo Ypsilon cinco portas estará disponível com duas motorizações: 1.2 de 69 cavalos e 1.3 Multijet de 95 cavalos. Ambas as versões terão o nível de equipamento Gold e serão propostas por 14.300 euros no caso do motor de 1.2 litros e por 18.300 euros no caso do bloco mais potente, o 1.3 M-jet.
fotolegenda
a marca alemã assinalou o fa-
brico do A1 n.º 100.000 na fábrica de Bruxelas. O rei da Bélgica, Alberto II, visitou a unidade. A Audi investiu cerca de 300 milhões de euros na unidade de Bruxelas, que adquiriu em 2007. No final de Janeiro deste ano, a Audi Bruxelas alterou o estatuto de 200 trabalhadores (de temporários a permanentes), contando agora com um total de 2400 colaboradores.
O SEAT Figueira Junior Wave Fest 2011, o maior evento de ondas destinado a um público jovem, decorre até ao próximo domingo, no Cabedelo, na Figueira da Foz. A prova é o mote para a iniciativa da CJR Motors, concessionário oficial SEAT. Basta tirar uma fotografia que associe o surf à SEAT. A originalidade é o único requisito. As fotos devem ser enviadas para seat.cjrmotors.wave.fest@gmail.com
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ilon
A apresentação, amanhã, às 21H00, do novo Ypsilon aos clientes e amigos do concessionário MCoutinho Centro, inclui um desfile de moda e um espetáculo de de danças acrobáticas
motorização o novoYpsilon destaca-se pela conjugação das dimensões compactas (apenas 3,84 metros) com dose assinalável de requinte. As opções tecnológicas (Multijet II e o Start&Stop) permitem-lhe reduzir emissões e consumos, nomeo.
MCOUTINHO CENTRO Concessionário Fiat/Lancia Zona Industrial da Pedrulha 3020-317 Coimbra Telefone 239 499 300 Fax 239 823 768
Litocar inaugurou novo concessionário na Guarda O GRUPO liTOCAR inaugurou na terça-feira um novo concessionário na Guarda. Localizado no parque industrial da cidade, ocupa uma área total de 4.800 m2. Com as novas instalações da Litocar Guarda completa-se o ciclo de expansão do grupo na Beira Interior, concretizando, assim, mais um dos objetivos do seu plano estratégico. A nova concessão representa um investimento superior a 1,5 milhões de euros. A gama Renault e Dacia, Nissan, Honda e veículos usados – Usados 100%, serviços rápidos de mecânica e colisão - Renault Minuto e Carroçaria Rápida, entre outros, constituem a oferta.
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VIVER em casa de...
Mora em Coimbra há mais de 30 anos. Mas é na Pampilhosa da Serra que se sente em casa e onde encontra a paz. Fomos conhecer a família de José Espírito Santo. texto márcia de oliveira fotos pedro ramos
José e Ilda Espírito Santo
"O céu é o limite... ainda há muita coisa por fazer" em pleno dia da apresentação do seu livro
– escrita partilhada com Mário Nunes –, fomos conhecer José Espírito Santo no seu refúgio. No Verão e sempre que se assim se proporciona, José e Ilda Espírito Santo saem da confusão da cidade e rumam a Cabril, a sua terra Natal, no concelho de Pampilhosa da Serra. Devido ao pouco tempo que o trabalho deixa e à longa distância, não vão tantas vezes como queriam. Mesmo assim, sempre que necessitam de alguma paz de espírito, é na casa de família – reconstruída há cerca de 15 anos - que a encontram. No Verão, também os netos, Eva, Daniel e Barbara, costumam usufruir da casa, principalmente da piscina, onde partilham bons momentos com os amigos, na aldeia de Cabril. O casal tem duas filhas – Isabel Margarida e Cândida Catarina – e três netos. "Embora
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Tivemos sempre uma vida muito próxima um do outro, sem conflitos. Sempre nos respeitámos mutuamente"
eles morem no mesmo prédio, nós não passamos muito tempo com eles, porque têm sempre dias muitos ocupados pela escola e atividades. O tempo de maior proximidade é no fim de semana e nas férias", explica o avô. No entanto, esclarece, "em família juntamo-nos quase todos os dias. E vamos buscá-los à escola muitas vezes". Estão casados há 44 anos, mas conhecem-se desde sempre. "Começámos a namorar…à janela", diz José Espírito Santo a sorrir. "Nascemos no mesmo ano (ambos têm 68 anos), sempre morámos na mesma localidade, frequentámos as mesmas escolas, no fundo crescemos juntos", realça Ilda. Não é de estranhar, por isso, que a relação entre ambos tenha sido de proximidade. "Tivemos sempre uma vida muito próxima um do outro, sem conf litos. Sempre nos respeitámos mutuamente", afirma José Espírito Santo.
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Voluntariado e viagens O empresário viveu, durante alguns anos, entre Coimbra e Lisboa. Quando regressou definitivamente a Coimbra iniciou a sua atividade empresarial e chegou a ter simultaneamente sete empresas de diferentes áreas: construção civil, investimento, eletrodomésticos, agência de viagens. "Neste momento, devido à idade (tenho de me poupar) desfiz-me das empresas e mantenho-me só com a agência de viagens e, mesmo assim, é uma atividade que me ocupa muito tempo", destaca. Seja nos tempos livres ou a trabalho, o casal adora viajar. "Já estive em 110 países, já percorri meio mundo. Por exemplo ao Brasil já fui 17 vezes. Gosto muito do Brasil", afirma José Espírito Santo. E continua: "Já fiz tantas viagens, mas houve dois países que me surpreenderam: a Ucrânia e o Vietname. São países com característi-
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Já estive em 110 países, já percorri meio mundo. Por exemplo ao Brasil já fui 17 vezes
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viver
em casa de...
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O céu é o limite, por isso ainda há muita coisa por fazer, muitos sonhos por concretizar
cas extraordinárias. A Ucrânia está com um desenvolvimento incrível. Portugal recebeu muitos emigrantes ucranianos, mas acho que isso está a acabar porque o país deles está com um crescimento fantástico".
todos, pela relação e respeito que todos têm uns pelos outros. Seja entre as filhas ou entre nós os dois", destaca. "O céu é o limite, por isso ainda há muita coisa para fazer, muitos sonhos por concretizar. Neste momento, embora já tenha ultrapassado a idade da reforma, continuo inscrito na Segurança Social e continuo a descontar. Trabalho 10 horas por dia e só deixarei de trabalhar quando me faltarem as forças físicas", afirma. Ilda Espírito Santo ainda tem sonhos. "Um dos sonhos que eu tinha era formar uma família unida e isso consegui. E agora gostava de ver os netos a seguirem os mesmos valores", conclui.
Família como base da sociedade Ilda Espír ito Sa nto ded ica grande parte do seu tempo ao voluntariado no Centro João Paulo II. "Para mim a família é a base da nossa sociedade", realça. Já José Espírito Santo gosta de ler, principalmente te livros de Direito, no qual é licenciado, passear e escrever. Para ele o conceito de família traduz-se num "ambiente muito bom que estabelecem entre
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viver
Ana Semedo
Ana Simões
Andreia Ribas
coimbra: 1.ª eliminatória
Canta Comigo já anda à procura d A Praça da Canção, em Coimbra, foi palco da primeira eliminatória do Canta Comigo, o passatempo da revista C que pretende encontrar a melhor voz do distrito. Numa noite quente de verão, o cenário foi animado pela Banda C ( banda Ministério), que entusiasmou todos os presentes com uma diversificada atuação musical. A magia também fez parte do espetáculo, com a performance de Telmo Melo, mágico profissional. Mas a noite era dos concorrentes, que provaram em palco que sabiam cantar! O júri do concurso apurou os primeiros cinco semi-finalistas. Mónica Arinto, Mónica Pereira, Arsénio Lopes, Nuno Sacramento e Nuno Santos foram os selecionados para a fase seguinte. A revista C continua à procura dos melhores cantores do distrito de Coimbra. As próximas eliminatórias do Canta Comigo decorrerão, no dia 30 de junho, em Tábua e 1 de julho, em Góis. Coimbra terá direito a uma segunda ronda de concorrentes, no dia 8 de julho, na Feira Popular. Para mais informações, consulte o site da revista em www.cnoticias.net.
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A no tr
O júri da eliminatória de Coimbra foi composto por António José Monteiro, Mário Nunes, João Orvalho, António Abrantes e José Simão.
semi-finalistas: Nuno Sacramento, Nuno Santos, Arsénio Lopes, Mónica Arinto e Mónica Pereira 30JUNHO 2011
Mónica Arinto
Nuno Santos
Nuno Sacramento
Mónica Pereira
a da melhor voz do distrito A Banda C (interpretada pela banda Ministério) no camião palco que a revista C preparou para transportar o Canta Comigo
Arsénio Lopes
Liliana
Os concorrentes animaram o muito público presente
Telmo Melo deslumbrou todos os presentes com um interessante número de ilusionismo
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festa
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Marchas animaram S. João na Lousã As marchas de S. João voltaram à rua, na Lousã, por iniciativa da Santa Casa da Misericórdia, em conjunto com a juventude local. A Marcha da Vila da Lousã marcou o desfile. A festa juntou centenas de pessoas, que não quiseram deixar de integrar-se nas festividades dos santos populares.
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1 Fernando dos Santos Carvalho, José Redondo, Luís Antunes e João Franca 2 Fernando Sousa e Nuno Marques
Estádio cidade de coimbra
1.º Sarau do CAD atribui prémios a sala vip do Restaurante 39 do Estádio Universidade de Coimbra foi o espaço escolhido para o 1.º Sarau do CAD - Associação Coimbra Basquete. Estiveram presentes muitos convidados e o presidente do clube, Moura Távora, congratulou-se com tão significativa adesão. O presidente da Câmara Municipal de Coimbra, João Paulo Barbosa de Melo, prometeu que o novo pavilhão do CAD estará concluído em outubro deste ano. Foram homenageados atletas de todos os escalões e entregues doze prémios de assiduidade e doze prémios de evolução.
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1 Atletas homenageados 2 João Paulo Barbosa de Melo 3 Nuno Rebelo
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3.º festival de bandas
Gente Bizarra e Skills and the Bunny Crew nas meias finais
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O Rock Café, situado no Parque Verde de Coimbra, recebeu a segunda eliminatória da segunda volta do 3.º Festival de Bandas. Gente Bizarra e os Skills and the Bunny Crew foram os vencedores. Num ambiente animado, atuaram também os Pevides de Cabaça, de Ovar, Never End, de Lisboa e We Should be Famous, de Coimbra.
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1 Gente Bizarra 2 Skills and the Bunny Crew 3 We Should be Famous
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piscinas do mondego
jantar reúne antigos alunos do liceu josé falcão foi nas piscinas do Mondego, junto ao Exploratório, que os antigos alunos do José Falcão se reuniram, este ano, para mais um jantar bufê ao ar livre. A animação prolongou-se até de madrugada, com a participação de DJ's e música dos anos oitenta. Vestidos com calças de ganga e camisa branca, os participantes juntaram ao vestuário um adereço, que foi usado durante o jantar. 1 Paula Sampaio, Luís Pina, Paula Costa Reis 2 Rui Geraldes e João Bandeira 3 Basílio Diniz, Patrícia Viegas Nascimento, Rosarinho Moreno, Mafalda Batista de Almeida, Fernando Soares e Paulo Picão
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João Ataíde e Sílvia Ataíde
Figueira da foz
Folia na noite de S. João Seis marchas foram a concurso, tendo vencido a do Bom Sucesso. A festa não terminou cedo. Depois das marchas, os figueirenses e visitantes dispersaram-se por outros locais de divertimento, desi gnadamente pelos arraiais populares.
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A avenida 25 de abril voltou a ser palco do desfile das marchas de S. João. A Tuna Imperial Neptuna deu início ao espetáculo, seguindo-se a Marcha Infantil do Centro Paroquial de Maiorca, sob o tema " Arco Íris".
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verão
escapadelas
Posto de Turismo
Museu
Pesca Desportiva
Alojamento
Artesanato
Centro Náutico
Parque de Campismo
Queijo
Desporto Aventura
Restaurantes
Mel
Piscinas Municipais
Rede natura 2000
Reserva de Caça Turística
Praia Fluvial
Aldeia do Xisto
Campo de Tiro
Piscinas Fluviais
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Miradouro
pAMPILHOSA DA SERRA
Viveiro das Trutas
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Parta à DESCOBERTA da terra sã
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são 10 freguesias e, no mínimo, outros tantos locais de cortar a respiração. Património, belezas naturais e simpatia misturam-se aos olhos do visitante TEXTo e fOTOS Mário Nicolau 1 Pampilhosa da serra
O concelho da Pampilhosa da Serra é o maior do distrito de Coimbra. Possui uma área de cerca 396 Km2. E muito para descobrir: o belíssimo património natural e cultural, a gastronomia (o Maranho, por exemplo), que não deixa nenhum estômago indiferente, e a simpatia das gentes, que emociona. Na freguesia de Cabril recomenda-se a visita à Igreja Paroquial e o olhar atento à Torre de Pedra da Antiga Igreja Paroquial. A magnífica vista para o paredão da Barragem de Santa Luzia, desde a povoação do Vale Grande, deve constar no roteiro do visitante. Em Dornelas do Zêzere, a Igreja Paroquial de Nossa Senhora das Neves, o Museu Etnográfico de Dornelas do Zêzere e o Miradouro, que coloca o Rio Zêzere nos olhos do visitante e tem um mureto com muito que ler (poemas de Gil Vicente e de Júlio Dias Nogueira) preenchem o tempo antes de um (ou vários, claro) belo mergulho na praia fluvial. Na freguesia de Fajão, a Casa da Câmara e a Cadeia, hoje hospedaria, é o exemplo da beleza desta Aldeia de Xisto (há quem considere que é tão bonita como o Piódão...), que o restau-
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2 janeiro de baixo
rante "O Juiz" confirma exemplarmente. No interior, há para provar javali assado, trutas e chanfana, entre outras especialidades regionais. A Igreja Paroquial, a Capela de Nossa Senhora da Guia, a Capela de S. Salvador e o Museu Monsenhor Nunes Pereira (homem, padre e artista reconhecido com obra de rara dimensão) são pontos de passagem obrigatória. A piscina, o casario de xisto e o Miradouro de Nossa Senhora da Guia, além dos Penedos de Fajão, ficam na memória de quem saboreia esta freguesia que já foi concelho. A Barragem do Alto Ceira, o Parque de Merendas e a Ponte de Cartamilo garantem outros tantos "postais" de rara beleza. A pureza das águas do Ceira garante o estado de graça da truticultura, de que o visitante pode usufruir de uma forma lúdica: o viveiro existente possui um tanque de pesca desportiva. No capítulo da oferta, a Go Outdoor organiza o programa "Campos de Iniciação à Investigação Científica", que integram o plano de animação da rede das Aldeias do Xisto 2011-2012. A Pampilhosa da Serra é um dos municípios promotores de "uma forma idónea de educar
3 cabril
para o ambiente e que, ao mesmo tempo apoia e incentiva a investigação científica". Todas as ações têm uma duração de dois dias (um fim-de-semana) e contam com a participação de investigadores e técnicos especializados. A arte de bem receber prolonga-se à freguesia de Janeiro de Baixo, que lança para o rol de propostas a Igreja de São Domingos, o Parque de Campismo e a Praia Fluvial. Integra a rota das Aldeias do Xisto. O parque de campismo está equipado com quatro bungalows, fica a dois passos da praia fluvial, do parque de merendas e do polidesportivo. O Moinho Cravado 4
Dornelas do Zêzere
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na Rocha é um ponto turístico referenciado em vários roteiros e funciona num riacho que desagua no rio Zêzere. Na freguesia de Machio, a queijaria Santo Estêvão (não esquecer o mel, que por aqui também é rei...) é um excelente mote para uma visita, mas a Igreja Paroquial, a Capela de Santo António e o Lagar de Vara, onde esmagava a azeitona pela força das juntas de bois, devem entrar no roteiro. A Casa da Professora, em Maria Gomes, é uma possibilidade de alojamento e as montarias da Associação de Caçadores são reconhecidas pela qualidade. A freguesia de Pampilhosa da Serra possui património vasto (Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pranto, Capela da Misericórdia, Capela de Santo António, Capela de Nossa Senhora de Fátima, entre outros) e tem muito para visitar. A piscina fluvial, em plena sede do concelho, é excelente opção por estes dias. Através da junta de freguesia, a questão do 6 Machio
alojamento pode ser resolvida com o aluguer dos acolhedores bungalows. O Museu da Liga de Melhoramentos de Carvalho (constituído por dois núcleos) faz funcionar a "máquina do tempo" e através do incrível espólio transporta-nos sem esforço até à infância. E chegámos à freguesia de Pessegueiro que se orgulha da Igreja de S. Simão, possui um belo Parque de Merendas (Nossa Senhora de Lurdes), entre outros atrativos, e que no verão é muito procurada pela excelente praia fluvial. O bar do moinho e os simpáticos bungalows marcam pontos na opinião do visitante. Na freguesia de Portela do Fojo longe vão os tempos do "gasolina" (barco), mas a ligação ao rio mantém-se. O Parque de Merendas e Piscina Flutuante do Vilar são... memoráveis. A Igreja Paroquial, a Ilha dos Padrões (para a prática de desportos náuticos e pesca desportiva) e a Albufeira do Cabril, a maior reserva de água do concelho de 8 Portela do Fojo
Pampilhosa da Serra, são outros trunfos da freguesia. Com tempo, é possível descobrir a mestria do apicultor José Augusto Teixeira. A Casa do Largo esconde um doce segredo... E estamos perto do fim da viagem. Na freguesia de Unhais-o-Velho descobrimos a Igreja Paroquial de S. Mateus e, principalmente, a Capela de Santo Cristo, que além da planta hexagonal, guarda no interior as imagens de S. Domingos, S. Frutuoso, Nossa Senhora da Penha de França, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora de Lurdes e, numa redoma de vidro, a Imagem de Santo Cristo deitado.
O Miradouro, o Parque de Merendas da Portela de Unhais, o Parque de Merendas de Unhais-o-Velho, o lagar de vara de Unhais-o-Velho, o Lagar Póvoa da Raposeira e o Chafariz em Unhais-o-Velho integram o património da freguesia, que está a desenvolver o artesanato. A piscina, com polidesportivo, nas Meãs, cativa a juventude durante o tempo quente e... não há quem lhe resista. Os últimos, diz o ditado, são sempre os primeiros. E a freguesia de Vidual não foge à regra. A Capela de Santo António, a Igreja Paroquial, o Lagar de Vara e a piscina estão lá para turista apreciar. A Barragem de Santa Luzia, porém, é o ex-líbris. O nome da9 Unhais-o-Velho
do à barragem proveio da Ermida de Santa Luzia existente nos penedos, no limite das freguesias de Vidual e Cabril. Na albufeira da Barragem de Santa Luzia, a Grau5, concessionária do Centro Náutico, proporciona a prática de várias atividades: paredes de escalada, canoagem, passeios de gaivotas, rapel, jogos de equipa, passeios BTT, mini-golf, ténis, futebol de cinco, skate, tiro com arco, zarabatanas, circuito de manutenção, cordas, passeios pedestres e paintball. Rolando Martins, sócio-gerente da Grau5, salienta a beleza da paisagem e a qualidade das infraestruturas construídas pela autarquia e que são muito procuradas durante o verão. Nesta época do ano, há vários programas para escolher, explica Rolando Martins, mas na época baixa, com marcação prévia, também é possível um fim-de-semana em beleza. 10 Vidual
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verão
restaurante quinta são luiz
Requinte à mesa localização: Distrito: Coimbra Morada: Rua do Pedrão 3140-337 Pereira Contatos: 239 642 000 GPS: 40º 11’ 07.41” N 8º 35’ 01.71” W
INFORMAÇÕES: Dia de Encerramento: Segunda-feira Estacionamento: Sim Pagamento: Multibanco, Cartões crédito Encerramento: 23H00 Lotação: cerca 35 Reserva: aconselhável Preço médio: 35 euros Àrea fumadores: Sim
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O Restaurante Quinta São Luiz assegura excelência à mesa e serviço requintado a preços convidativos. Instalado numa quinta do século XVII, proporciona um espaço agradável e possui salão de eventos, um bar e um restaurante. A mestria de Nuno Jorge, chefe de sala e escanção, e de Hélio Santos, chefe de cozinha executivo, e no ativo desde 2008, data da entrada ao serviço do Restaurante Quinta São Luiz, assegura uma experiência gastronómica diferente e com todos os condimentos para se tornar memorável. A coordenação gastronómica tem a assinatura do chef Henrique Sá Pessoa. O pato laminado com puré de aipo, nabo e castanhas, salteado de legumes e maple syrup, o robalo corado com risoto de chouriço, espargos verdes e azeite de manjericão, o leitão crocante com esparregado de grelos, batata sauté e coulis de laranja ou o lombo de bacalhau meia cura com puré e vinagreta de grão são exemplos do requinte que se prolonga à mesa. A beleza dos espaços, a qualidade e privacidade das instalações e o serviço de excelência torna o Restaurante São Luiz o local ideal para almoços e jantares de negócios. Nuno Jorge é o chefe de sala e escanção. Antes de reforçar os quadros do Restau-
rante Quinta São Luiz, exerceu funções no Restaurante Eleven e no Restaurante Terreiro do Paço, em Lisboa. A carta de vinhos com informações detalhadas e mais de 100 referências, é outra das mais valias do Restaurante Quinta São Luiz.
A beleza dos espaços, a qualidade e privacidade das instalações, o serviço de excelência e a ementa requintada tornam o Restaurante São Luiz o local ideal para almoços e jantares de negócios
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vinhos
receitas do chef É correto servir vinhos à temperatura
ambiente, como habitualmente somos confrontados, principalmente em relação aos tintos? Não, regra geral, a expressões "tintos à temperatura ambiente" está errada. Se provarmos vinhos brancos muito frios, estes não apresentam aromas e sabores, apenas a sensação de frescura. Se as temperaturas forem demasiado elevadas (tipo 14 graus), também não conseguimos sentir os aromas, pois estes já se volatilizaram, mostrando apenas álcool e sensações mais pesadas. Contudo, existem certos tipos de vinhos brancos com madeira que mostram o seu potencial a uma temperatura entre os 12º e os 14º. Nos vinhos tintos, a questão da temperatura é ainda mais importante. Se o vinho for aromaticamente rico, a 16 graus podemos aferir as mais variadas sensações aromáticas, mas se o provássemos a uma temperatura por exemplo de 22 graus, perderíamos os aromas mais frescos e frutados, e só se sentiria a componente alcoólica e os aromas mais pesados.
NUNO JORGE, escanção
Hélio SANTOS, chef
a mestria de Hélio Santos, chefe executivo, está presente no Restaurante Quinta São Luiz. A receita proposta por Hélio Santos tem em conta a época do ano, é fácil de executar e assegura uma refeição leve. A utilização do Queijo do Rabaçal dá um toque especial a esta salada, já que é um queijo curado, de pasta semidura a dura. É obtido por esgotamento lento da coalhada, após a coagulação de leites de ovelha e cabra, por acção do coalho animal.
salada de queijo do rabaçal com molho de mostarda e mel
sugestão
Quinta das Bágeiras Garrafa Para acompanhar a salada apresentada pelo Chef Hélio Santos, a escolha deverá recair em vinhos brancos frutados de alguma intensidade aromática e com boa acidez. Vinhos que possam contrastar com o amanteigado do queijo, e provoquem equilíbrio em conjunto com a acidez da fruta e os legumes apresentados na entrada. Neste caso, uma das opções é o vinho branco Quinta das Bágeiras Garrafeira.
cocktail de verão
Caipirinha de framboesa ingredientes 2 colheres de sopa de framboesa; 1 colher de chá de sumo de limão; 2 colheres de chá de açúcar; gelo picado; 50 ml de vodka, saquê ou cachaça modo de preparação No copo em que será servida a bebida, coloque a framboesa, a açúcar e o sumo de limão. Amasse bem. Ponha o gelo e complete com a dose da bebida alcoólica escolhida. Misture e sirva.
ingredientes 200g de queijo do Rabaçal cortado em lascas 300g de alfaces mistas cinco folhas de manjericão picadas 12 morangos, lavados e laminados dois maçãs verdes com casca e laminadas oito espargos verdes cozidos, cortados ao meio duas colheres de sopa de passas duas colheres de sopa de pinhões torrados para o molho: uma colher de mostarda 1 colher de sopa de mel 4 colheres de sopa de azeite Sumo de 1 limão sal e pimenta q.b. modo de preparação Numa taça misturar todos os ingredientes excepto os do molho. Numa outra taça juntar o mel, a mostarda, o sumo de limão e temperar. Com umas varas misturar bem e adicionar o azeite em fio sem parar de mexer. Temperar a salada com o molho e servir.
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verão
moda
Calça – Miss Sixty – 139€ T-shirt – Killah – 79€ Pulseiras – Miss Sixty – 59€ Sapatos – Miss Sixty – 139€
DANIEL CASTELEIRA Stylist
C de Cor Pintar o verão de encantos, de flores e de cores, um objectivo a cumprir, trazer a esta época festiva os tecidos suaves, uns salpicados de cor e um jardim de boa disposição! Este verão sinta-se confiante, atrevido e não tenha medo de usar e abusar do elemento Cor. Construa blocos de Amarelo e Rosa ou de Azul e Vermelho, seja elegante, liberte-se de pudores e vivencie ao máximo esta época deliciosa.
Vestido Miss Sixty 259€
In C:
• Vestidos compridos e fluídos; • Blocos de Cor; • Calções pelo joelho;
Out C:
• Manicure francesa; • Sapatos altos pontiagudos;
Modelos: Alex e Daniela Sanchez produção: Black@White Fotografia: M. Crespo Cabelos, Maquilhagem e Manicure: Natália Lopes Cabeleireiros Artigos Sixty Store - Celas Plaza Av. Armando Gonçalves, 25 66
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saúde e bem estar
Em busca da melhor sobremesa de kiwi Fresco e colorido, o kiwi é uma fruta que respira verão. Assim, a Associação Comercial e Industrial da Bairrada vai promover, no próximo dia 17, em Oliveira do Bairro, a quinta edição do Concurso "Melhor Sobremesa com Kiwi". Uma boa maneira de ficar a conhecer melhor esta fruta e o seu uso como sobremesa.
Cuidado com manobras de marketing Da América surgem notícias reveladoras de que protetores solares acima de 50 ou à prova de água são puro marketing, não tendo efeitos comprovados. Tenha esta ideia em mente, quando for altura de comprar o seu.
Escolha os óculos de sol adequados Calção – 149€ Cinto – 39€ T-shirt – 49€ Blusão – 129€ Sapatilhas – 29€ Tudo “Energie”
Muitos dos óculos de sol mais baratos limitam-se a escurecer a visão, aumentando a dilatação das pupilas e, assim, facilitam o efeito nefasto dos raios UV. Por isso, quando comprar uns óculos novos faça sempre questão de verificar se estes têm proteção contra raio ultravioleta.
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vida nova A leitora Tânia Ramos tem uma profissão na área das vendas pelo que imagem é muito importante! A opção foi uma coloração em tons mais quentes e um corte assimétrico, criando um estilo individual e rebelde
carlos gago Ilídio Design, embaixador L'Oreal
antes
HAIRSTYLIST Miguel
TÉCNICA de COLORAÇÃO
Véus internos aclarados com paltinum a 30 vol.. Coloração global com luocolor 5,64 e 7,4
CORTE
Coleção ID; Corte duplo com losango assimétrico
STYLE
Tecniart hot style, texture expert, lumicontôle
LEITORA
Tânia Ramos
PROFISSÃO Comercial
depois
IDADE 27 anos
Produção global: CABELEIRO ILIDIO DESIGN by Carlos Gago - C. COMERCIAL GIRASSOLUM Fotografia: Pedro Ramos MAQUILHAGEM: Bé / Kátia Roupas e adereços: B&A Ricardo Colaço Loja 121, 1.º Helena Colaço Loja 117, 1.º C. COMERCIAL GIRASSOLUM
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Se deseja mudar o seu visual, envie um e-mail, 30JUNHo 2011 com o seu nome, idade e foto para vidanova@cnoticias.net
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Concerto Cidade Coimbra TAGV/Coimbra. 4 de julho. 21H30
CULTURA
Evento com a Orquestra Clássica do Centro e a Orquestra Juvenil do Centro. Será solista (violoncelo) Américo Martins, com direção do maestro Artur Pinho Maria.
agenda da semana qui.30 Rewind + DJ set Rockbelho (música) - Tabacaria da Oficina Municipal do Teatro/Coimbra - 22H00
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Centro Histórico de Coimbra. 4 de julho. 19H30 A nova produção d'O Teatrão é um espetáculo de teatro de rua. Informações e reservas: 239 714 013 / 914 617 383.
Marble Avenue ao vivo - Fnac Coimbra - 22H00
seg.4 Apresentação do romance "Efeito Âncora", de Carlos Roque - Fnac Coimbra - 17H00
ter.5 Exibição do filme "Recordações da Casa Amarela" (1989), de João César Monteiro - Auditório do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha - 21H30
Grande momento de associativismo participativo. Neste jogo/ encontro, cada participante é ator, músico, artista plástico ou cineasta.
Canta Comigo A revista C está à procura da melhor voz distrito de Coimbra. A fase de eliminatórias prossegue em Tábua (FACIT) e Góis (Parque do Cerejal), com muita música e magia.
Concerto Melómanos - Teatro Mun. Guarda - 22H00
Projeto Rock Land (Academia de Música de Ançã) ao vivo - Fnac Coimbra - 17H00
Bar Novo Ciclo/Tondela. 30 junho. 21H30
Tábua (30 junho) e Góis (1 julho). 22H00
sáb.2
dom.3
Acertar na Muche
Coimbra 1111
Pop Dell'Arte Foge Foge Bandido Cine-Teatro de Estarreja. 1 de julho. 22H00. 12 a 15€ Manuel Cruz regressa aos palcos para apresentar o trabalho mais recente.
Teatro Municipal da Guarda. 1 de julho. 21H30. 10€ A mítica banda de João Peste continua na estrada, com o objetivo de apresentar o disco lançado em 2010, "Contra Mundum".
La Troba Kung-Fú Cine-Teatro de Estarreja. 2 de julho. 22H00. 3,5 a 5€
qua.6 Apresentação do documentário "Pelos Trilhos do Andarilho", de Rodrigo Lacerda - Fnac Coimbra - 21H30
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Os catalães revelam a sua bombástica fusão de rumba catalã com os ritmos da cumbia ou do reggae, num concerto com sentido único para a festa. La Troba Kung-Fú garantem um cocktail explosivo de música para ouvir até dançar.
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Teatro Menor Teatro da Cerca S. Bernardo/ Coimbra. Até 24 de julho.
Pequim - 60 anos depois Casa Mun. Cultura/Coimbra. De 4 de julho a 30 de julho Exposição de fotografia de Fernando Penim Redondo, autodidata de 66 anos que em 2010 obteve o primeiro prémio no Concurso de Fotografia do Montepio. As fotografias são registos de setembro de 2009, quando a cidade se preparava para as comemorações do 60.º aniversário da República Popular da China e Pequim não exagerava, nas ruas, os símbolos da Revolução. Penim apresenta, ainda, espantosos edifícios como o Estádio Olímpico, o Centro de Artes Performativas ou a torre da CCTV.
Oficinas pedagógicas Mosteiro de Santa Clara-a-Velha. Até 8 de julho. O Mosteiro de Santa Clara-a-Velha promove a pintura e o teatro. "Vem pintar o teu brasão" (pintura sobre cerâmica) acontece a 1 de julho e é destinada a crianças dos 7 aos 13 anos. "Cores tintas e pincéis" (pintura a acrílico) está marcada para 6 de julho (crianças dos 6 aos 12 anos). E o evento "Teatro com a Freira Hilária", uma oficina de expressão dramática para crianças dos 8 aos 13 anos, tem lugar a 7 e 8 de julho. Inscrições: 239 801 160.
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Espetáculo d'A Escola da Noite, a partir de um conjunto de peças curtas do espanhol José Sanchis Sinisterra (na fotografia). O próprio teatro é alvo de reflexão. A encenação de António Augusto Barros insere-se na abordagem à dramaturgia espanhola contemporânea iniciada por esta companhia de teatro de Coimbra. Mais informações através dos números 239 718 238 e 96 630 24 88.
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viver
vidas
"Porta-bandeira" de Góis foi a primeira mulher política na vila maria de lurdes barata não esconde a paixão que nutre por josé sócrates e pelo partido socialista. sentiu de perto a censura que antecedeu o 25 de abril. antes de morrer quer deixar escrito livro sobre As memórias da sua história de vida texto Marta varandas FOTOS pedro ramos tinha apenas nove anos quando trocou Góis
por Lisboa "atrás de uma vida melhor". Mas, no lugar de uma oportunidade, foi encontrar a repressão a toda e qualquer oposição feita ao Estado Novo, o que a motivou a regressar, aos 17 anos, à terra natal, por recear as retaliações da Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE). Passou "um mau bocado". Contudo, serviu "de lição e ajudou-me a ser a pessoa que sou hoje". Maria de Lurdes Barata transformou-se numa mulher de armas, com Góis de um lado do coração e José Sócrates e o Partido Socialista (PS), do qual é fundadora no concelho, do outro. Com 67 anos e uma mão cheia de histórias para contar, Lurdes Barata, ainda antes de concluir a primária, partiu em busca do sonho para Lisboa. Foi viver para casa da madrinha, que fazia parte da PIDE. "Não me faltava nada. Mas havia coisas estranhas, como reuniões onde eu não podia entrar, portas fechadas à chave", recorda. A inocência da menina que era não a deixava perceber o que se passava. E foi o alerta lançado por pessoas de fora que a fez repensar na vida. "Enquanto estive em Lisboa, voltei a estudar e trabalhei num banco. Ainda fiz um curso de enfermagem", diz. Mas começou a ter medo. Lurdes Barata estava em Lisboa na altura do ataque ao Paquete de Santa Maria. "Senti-me tão ameaçada que decidi abandonar tudo e voltar para Góis", conta. Acredita que a "opção política" que veio a escolher - o PS - é "influên-
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cia de tudo o que vivi naquela época". De novo em casa foi encontrar Fernando Augusto Barata à sua espera: "já era um namorisco da escola primária, antes de eu ir para Lisboa. Ficou-me sempre no coração", sentimento recíproco que, após oito anos de namoro, resultou em casamento, quando Lurdes Barata tinha 21 anos e decidiu voltar à escola. Dez anos mais tarde, já com dois filhos, viveu "uma grande alegria" com a chegada do 25 de Abril. Recorda que, antes da efeméride, com o marido, costumava ouvir rádios piratas que emitiam "programas proibidos" em determinadas horas do dia. "Gostávamos muito de ouvir o Manuel Alegre. Mas como tínhamos
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Antes de terminar a minha vida terrena quero deixar um livro escrito sobre a minha história
medo que soubessem disso, colocávamos um copo com água em cima do rádio, porque diziam que assim era mais difícil saberem", conta, hoje a sorrir. Voltou a trabalhar nesta altura, onde esteve 36 anos como administrativa, 17 deles chefe dos Serviços de Administração Escolar no Agrupamento de Escolas de Góis, de onde está agora reformada. Foi após o 25 de Abril que a política entrou na vida de Lurdes Barata. Revoltada com tudo o que viu em Lisboa e na casa da madrinha, fundou, com outros goienses, o PS em Góis. "Não tínhamos instalações. Foi o Dr. José Poiares que cedeu um espaço, para instalar a sede". A vila esteve em festa, porque mereceu visitas de apoio de António Arnaut e Mário Soares. "Fui a primeira mulher política em Góis. Mas só depois de estar nesta luta entrei na política propriamente dita", explica a socialista. Começou como deputada na Assembleia Municipal (AM) de Góis e foi presidente da Assembleia de Freguesia de Góis noutro mandato. Voltou à AM como deputada, seguindo-se um interregno de quatro anos, "por não concordar com algumas atitudes que estavam a ser tomadas por alguns socialistas". De regresso à política e à AM de Góis, é atualmente deputada de novo e secretária (pela terceira vez). Membro da direção da ADIBER, Maria de Lurdes Barata remata dizendo que "antes de terminar a minha vida terrena quero deixar um livro escrito sobre a minha história".
30JUnHo 2011
PU
Mulher dinâmica O primeiro emprego de Lurdes Barata foi nas Finanças de Góis. Com dois filhos pequenos teve de deixá-los com a mãe. Mas quando chegava a casa "sentia a saudade deles e um mês depois decidi deixar de trabalhar", conta. Com o seu problema resolvido, quis evitar que outros passassem pelo mesmo e com alguns goienses fundou uma creche, que começou nas antigas instalações da Casa do Povo de Góis e hoje continua, no Centro Social Rocha Barros.
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ideias headdos outros
EMC 2011 luís de matos
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Ansião no centro do mundo durante 3 dias
Os grandes eventos que atraem a atenção global acontecem, naturalmente, nas grandes capitais do mundo. As cidades com maior força mediática, poder, recursos, lobby, visão, tradição e experiência são as recorrentes anfitriãs. Infraestruturas hoteleiras e aeroportuárias são igualmente determinantes para, sequer, sonhar com a realização de um evento com dimensão verdadeiramente global. Além disso, não organiza quem pode e quer. Trazer para o nosso país ou cidade um acontecimento com dimensão suficiente para fazer história passa ainda por concursos e grandes jogos de bastidores. E SE INVENTÁSSEMOS um evento à medida dos nossos recursos? Um evento cuja atribuição não tivessemos que ganhar? Um evento para o qual não tivessemos que investir milhões em infraestruturas que mais tarde para pouco servem? Os "velhos do restelo" dirão que sonhar com tal coisa é um misto de poesia, ingenuidade e arrogância. Para eles, aqui fica a prova de que é possível… EM 2009 tive uma ideia. A regra que impus a mim próprio era a de seguir os pressupostos do enunciado que acabo de referir. Assim nasceu em 2010 a Essential Magic Conference (EMC). Uma conferência mundial de magia onde as estrelas são trinta e três dos mais importantes nomes da magia à escala global. Durante três dias, os mágicos convidados partilham técnicas, ideias e segredos, numa discussão absolutamente state of the art. Não o fazem apenas entre si. Em 2010, a conferência contou com a participação de mágicos de quarenta e quatro países do mundo! Onde se realizou o evento? Nova Iorque? Tóquio? Lisboa? Frio, muito frio… Aconteceu na vila de Ansião.
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FOI UM EVENTO sem precedentes, aplaudido e elogiado à escala global. A partir de suas casas, por todo o mundo, os participantes formaram parte de uma verdadeira cadeia de união que ficou marcada pela trilogia "Learn, Share, Collaborate". CONSTITUIU uma realização absolutamente pioneira, tendo sido classificada como "épica" por todos quantos nela participaram. Este ano, a Essential Magic Conference voltará a acontecer, uma vez mais, de Portugal para o mundo. Em direto do Estúdio 33, alguns dos melhores mágicos que a arte alguma vez conheceu vão partilhar a sua sabedoria, experiência, criatividade e, acima de tudo, a sua paixão pela arte de criar ilusões. NOs DIAS 7, 8 e 9 de julho, nomes como David Copperfield, Paul Daniels, Lu Chen, Marco Tempest, David Berglas, Richard Wiseman e René Lavand, entre muitos outros, trinta e três no total, vão dar vida à segunda edição da Essential Magic Conference. Para saber mais sobre a EMC 2011, basta, como sempre, seguir o código QR abaixo reproduzido. quem insiste em dizer que está tudo inventado… engana-se.
30JUNHO 2011
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