BRAGA DA CRUZ
CAMANÉ
"FUI O GAJO QUE SEMPRE TEVE TACHO"
"ERA GOZADO NA ESCOLA POR CANTAR O FADO"
AVEIRO
SABUGAL
NOTÁVEIS FAZEM FÉRIAS CÁ DENTRO
INVESTIGADOR PRODUZ ANTIOXIDANTES
CAPEIAS DE AGOSTO ANIMAM A RAIA
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REVISTA SEMANAL
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4 AGOSTO 2011 • Nº 27
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COIMBRA
C meteu os pés na areia e conversou com banhistas. Praias da região são conhecidas em todo o país, mas atraem, sobretudo, os turistas locais .
PRAIAS DO CENTRO SEM "ESTRANGEIROS"
C188
Na Clínica Delille, o seu sorriso vem sempre em primeiro lugar. É por ele que recorremos à melhor tecnologia e aos melhores profissionais, inovando na forma de estar e de proporcionar bem-estar. Da Implantologia à Odontopediatria, oferecemos-lhe todas as soluções para que tenha uma saúde oral perfeita. Visite-nos, estamos à sua espera.
C152
De sorriso aberto.
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aoPropriedade/ Editora: MEDINFORMA, LDA; NIPC: 509711537; Capital Social: 50.000€; Rua microscópio
Combatentes da Grande Guerra, 109 - 3045-469 - Taveiro - Coimbra; email: geral@cnoticias.net Tel.: 239981303; Fax.: 239981304;Tlm.: 916987300 Gerência: António Gomes Abrantes; Maria Eugénia C. Figueiredo Abrantes; Inês Micaela Figueiredo Abrantes Capital Social da Entidade Proprietária: Beirastexto, SA – 87%; Outros – 13%
CNotícias
Diretor:
Soares Rebelo (soares.rebelo@cnoticias.net) Chefe de Redação:
Mário Nicolau (mario.nicolau@cnoticias.net)
OPINIÃO
UM DIA COM
MARKETEER
EMPRESÁRIO
Paulo Leitão
Manuel Teixeira
Isabel Ramos
Álvaro Pereira
5 Editorial 8 Sete sóis, sete luas 14 Ex(Sic)tações 15 Acredite se quiser 16 Retrato falado 18 Confidencial 24 Via do leitor 25 Cartas 46 Empresário de sucesso 50 Topo de gama 56 Social 62 Escapadelas: aldeias históricas 65 À mesa 66 Moda 68 Vida nova 70 Cultura
Redação:
Bruno Vicente (bruno.vicente@cnoticias.net) Marco Roque (marco.roque@cnoticias.net), Marta Varandas (marta.varandas@cnoticias.net) Sílvia Diogo (silvia.diogo@cnoticias.net) Vasco Garcia (vasco.garcia@cnoticias.net)
COLUNISTAS 23 Paulo Leitão 74 Luís de Matos
Colunistas:
Alexandra Dinis, António Alegre, António Pedro Pita, Carlos Fiolhais, Helena Albuquerque, Hélio Loureiro, Joana Benzinho, Jorge Bento, José Carlos Neves, Luís Lavrador, Luís de Matos, Luís Pirré, Manuel Rebanda, Margarida Regêncio, Mário Ruivo, Mira Lagoa Sobral, Paulo Leitão Colaboradores: José Lorena, Márcia de Oliveira; José Manuel Alves Fotografia:
Pedro Ramos (pedro.ramos@cnoticias.net)
AO MICROSCÓPIO
6 "Gozavam comigo por gostar de fado" Entrevista com Camané 20 Um dia com Manuel Teixeira De sol a sol nas praias da Figueira da Foz
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22 O que é feito de si? César Branquinho foi presidente da ACIC entre 1992 e 1993
SOCIEDADE
26 Praias do Centro sem "estrangeiros" Quem vai a banhos na região é a gente da terra 32 Descubra as férias dos "notáveis" A C falou com alguns famosos de Coimbra para descobrir onde se divertem no verão
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CÉREBROS
36 Em busca dos antioxidantes Investigador de Aveiro está a estudar as moléculas que têm aplicações na medicina e cosmética
PODER LOCAL
38 Coimbra apresenta quebra populacional Baixo Mondego perde habitantes, mas há concelhos que conseguem aumentar os residentes
DINHEIRO
42 Jardins em evolução permanente Espaços verdes acompanham tendências da arquitetura
VIVER
72 Histórias de vida de Braga da Cruz Um "todo-o-terreno" da cidade de Coimbra FOTOGRAFIA DA CAPA: PEDRO RAMOS
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4AGOSTO 2011
editorial
Troika e poder local SOARES REBELO Diretor
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Está em causa a garantia de inalienáveis direitos de cidadania
AS EXIGÊNCIAS da troika criaram um braço-de-ferro, embora, por enquanto, sem grandes alaridos, entre o poder local e o poder central. O primeiro-ministro e o presidente da Associação Nacional de Municípios gerem, neste momento, silêncios para evitar rupturas. A redução do número de concelhos e de freguesias e o previsto corte de 130 milhões de euros, no próximo ano, na transferência de verbas do Estado para os orçamentos municipais, poderão redundar em clivagens de efeitos desestabilizadores, que tanto Passos Coelho como Fernando Ruas pretendem minimizar. O MEMORANDO, assinado pelo PSD, PS e CDS com o Fundo Monetário Internacional, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu, obriga ao "despedimento" de cerca de 2.600 funcionários autárquicos até 2014, a redução, pelo menos, de 15 por cento dos quadros dirigentes e unidades administrativas dos municípios, a privatização de diversos bens, incluindo imóveis, e o encerramento de praticamente metade dos balcões de atendimento ao público. São medidas, é claro, pouco pacíficas, porque redutoras da capacidade de intervenção dos autarcas. O SECRETÁRIO de Estado da Administração Local e da Reforma Administrativa será, neste momento, um governante no "olho do furacão". Paulo Júlio tem pautado as suas intervenções públicas por um discurso deveras cauteloso, fugindo a quaisquer compromissos no âmbito da prevista reforma da lei autárquica. Tem-se percebido, ainda assim, que dificilmente esquecerá as suas origens políticas. A REPOSIÇÃO do poder local democrá-
tico acarretou um salto gigantesco, a todos os níveis, de que resultou, um pouco por toda a parte, inequívoca melhoria da qualidade de vida das populações, anteriormente forçadas, sobretudo nos municípios mais isolados, à emigração por razões de sobrevivência. Antes do 25 de Abril – quem o ignora? – não havia água canalizada em fontanários, quanto mais ao domicílio! Não havia esgotos ou saneamento básico, quanto mais serviços de higiene ou limpeza periódicos! Não havia estradas nacionais, quanto mais municipais ou vicinais! Não havia arruamentos, quanto mais empedrados, na maioria das aldeias! Rareava o telefone, a luz elétrica pública domiciliária, a assistência médica, a solidariedade social… Não foi tarefa fácil todo este progresso em tão pouco tempo alcançado. Tornou-se mesmo necessário, em inúmeros casos, "multiplicar os pães". Mas foi, inequivocamente, tarefa conseguida. PAULO JÚLIO também foi protagonista do sucesso. Saberá que nem tudo está feito, saberá até da existência de executivos municipais a suscitar, nas suas rotinas administrativas, as maiores dúvidas aos contribuintes – e à justiça!.. - mas sabe, igualmente, que a reforma administrativa não poderá ser imposta de cima para baixo. Tão-pouco, no âmbito de taticismos políticos ou situações emocionais. Portugal terá de ser ele próprio, sem pressões externas ou condicionalismos internos, a definir a sua filosofia reformadora e o seu novo mapa administrativo, as competências e os financiamentos inerentes, através de um debate alargado a todos os portugueses, sem apropriações da troika ou de quem quer que seja. Está em causa a garantia de inalienáveis direitos de cidadania.
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atual
ao microscópio
Gozaram-me na escola por gostar de cantar o fado CAMANÉ É O PRÍNCIPE DA NOVA GERAÇÃO DE FADISTAS. COMEÇOU A CANTAR AOS 10 ANOS E OS COLEGAS DE ESCOLA FIZERAM-LHE A VIDA NEGRA TEXTO MÁRIO NICOLAU FOTOS MANUEL RIBEIRO
Consegue definir o grande momento da sua carreira? Considero que aquilo que está para a frente é o melhor. Ou seja, o melhor está para vir. Sempre vivi assim e, em tudo o que faço, procuro dar o melhor e crescer como artista e como pessoa.
discos começaram a ser considerados disco do ano, incluindo todos os estilos musicais, o que constituiu um sinal de mudança. Por outro lado, não podemos esquecer que surgiram novas vozes, cheias de qualidade e cujo contributo para a afirmação do fado é relevante.
Esse contributo é devidamente reconhecido? Considero que estamos no bom caminho e nós próprios, ao dignificar-mos o trabalho que desenvolveram, e que é genial, sentimos a necessidade de dar o melhor de nós próprios.
O fado foi recuperado definitivamente e integrado na nossa cultura? Quando comecei a cantar ninguém ouvia fado na minha geração. Comecei a cantar com 10 anos e percebi que os meus amigos não se identificavam com o fado. Aliás, fui gozado na escola por cantar o fado. Porém, acreditei sempre e quando tinha 17 anos fui para as casas de fado cantar e vivi durante muitos anos entre pessoas mais velhas. Nessa altura, lembro-me que os meus colegas tinham 60 anos ou mais e só depois é que começaram a surgir os filhos desses meus colegas. O José Manuel Neto, o Carlos Proença e, aos poucos, comecei a conseguir o reencontro com a minha geração através do fado.
E a chamada "velha guarda"? Merece toda a consideração. Pessoas como Carlos do Carmo conseguiram manter a dignidade, a verdade e a nobreza do fado. Se não existissem, dificilmente quem veio a seguir conseguiria chegar ao público.
Carlos do Carmo e Amália Rodrigues, por exemplo, representam uma responsabilidade para a nova geração de fadistas? Essa responsabilidade e , até, essa pressão são muito importantes. Quando era miúdo e cantava ao pé da Amália ou do Carlos [do Carmo] fui sempre muito bem recebido. O Carlos do Carmo é meu amigo há muitos anos, desde miúdo. Ouvia discos dele e um dia fui ao Faia com os meus pais e disse: "vou cantar, mas o Carlos do Carmo tem de me vir ouvir". E ele foi. Fui crescendo a ouvir o Carlos, a Amália, o Marceneiro, a Lucília, a Maria Teresa de Noronha e isso foi muito importante para mim. Tinha, por isso, de dignificar o que essas pessoas fizeram e, nalguns casos, ainda fazem.
Esse reencontro demorou muito tempo? É verdade. Estamos a falar de 1996. Surgiram também nessa altura vários jornalistas que foram fundamentais para essa evolução. Recordo o jornal Blitz e, de um modo geral, os jornais ligados à música que se interessaram por aquilo que eu fazia, pois era um jovem e cantava fado. A aproximação das novas gerações é um marco na recuperação do fado? Foi muito importante. Mas estamos a falar de um processo longo e com muitos altos e baixos. Em 1999 ganhei o prémio Blitz, o prémio Bordalo Pinheiro e o Globo de Ouro , e os meus
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A cumplicidade com o Carlos do Carmo salta à vista... Faz um excelente trabalho e está a cantar melhor do que nunca desde que deixou de fumar. Somos amigos há muitos anos, mas é claro que há um respeito artístico. O meu respeito pelo Carlos está acima de qualquer coisa. A candidatura do fado a património da Unesco é mesmo importante? Não tenho dúvidas nessa matéria, mas considero que o fado é música popular urbana de Lisboa e não canção nacional. É uma canção de
4AGOSTO 2011
“
Um dia fui ao Faia e disse: "vou cantar, mas o Carlos do Carmo tem de me vir ouvir". E ele foi
Portugal, mas é uma canção popular urbana de Lisboa. Não podemos excluir as outras músicas que se fazem no país. Considerar o fado uma canção nacional é coisa do passado. O fado chegou ao mundo inteiro, mas é importante que o fado seja conhecido como é verdadeiramente. Houve tempos em que as pessoas chegavam lá fora, tocavam qualquer música e diziam que era fado. Não era, era mentira. Fado é fado. E o fado de Coimbra? O fado de Coimbra é a canção de Coimbra. Gosto muito. Aliás, gosto do fado de Coimbra e gosto do fado de Lisboa. Já recebi vários convites para cantar e há pouco tempo cantei com um grupo de Coimbra, e foi fantástico. O fado de Coimbra tem muita classe. As suas experiências noutros campos musicais foram importantes para atrair a atenção do público? A participação em espetáculos com os Xutos e Pontapés ou a colaboração com Sérgio Godinho, José Mário Branco e o projeto Humanos foram importantes. Muita gente nova conheceu-me através do projeto Humanos, mas este tipo de projetos são coisas pontuais na minha vida. Mantém o nervoso miudinho da primeira subida ao palco? A velha história da "alegria enorme" é mentira. Há momentos de grande ansiedade. Cantar é a minha forma de expressão, mas já senti um medo enorme e vontade de fugir. Deus acaba por nos ajudar e dá-nos uma força que está para além de nós. Mas nunca é fácil.
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ao microscópio
sete sóis, sete luas head
elevador do mercado
Quiaios divulga skimboard
NARCISO MOTA inaugurou em Pombal um busto em memória do antigo primeiro-ministro Mota Pinto. Homenagem plenamente justificada.
ESTE DOMINGO, das 09H30
A ESCOLA Universitária Vasco
da Gama propõe-se instalar um centro de recepção e recuperação de aves na Mata Nacional do Choupal, em Coimbra. A mata recebe anualmente cerca de uma centena de animais feridos, essencialmente aves, que trata e depois encaminha para um centro de recuperação. Com a instalação do centro pouparia nos custos da remessa dos animais.
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A modalidade continua a conquistar praticantes em Portugal
42%
foi a quebra do número de passageiros dos comboios nacionais entre 1989 e 2009
1,97%
foi a baixa dos estrangeiros em Portugal em 2010
2,6
mil milhões de euros é o valor da fortuna de Américo Amorim
"Chá das 5"no Museu da Guarda O GRUPO "Amigos do Museu da Guarda" está a promover durante o mês de agosto a iniciativa "Chá das 5", com o objetivo de divulgar o espaço e "atrair novos públicos". De terça-feira a domingo, entre as 17H00 e as 19H30, o museu estará de portas abertas e terá ao dispor do público uma visita orientada à exposição permanente.
Naturtejo certifica bens de qualidade
Vinho do Dão defende imagem
Livros mais baratos no Forum Coimbra
O GEOPARK Naturtejo está a preparar a ligação de produtos de qualidade regionais a geomonumentos do território e acoplar-lhes uma certificação. O "geoazeite", o "geovinho" e a "geocarne" são, para já, os produtos a lançar em Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Portalegre, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão.
A COMISSÃO Vitivinícola do
O PISO ZERO do centro co-
Dão passou a ter acesso semanal à listagem de pedidos de registo publicados no Boletim da Propriedade Industrial, para efeitos de eventual reclamação. O objetivo é salvaguardar a imagem das marcas dos produtores e do próprio Dão, num mercado cada vez mais fortemente concorrencial.
mercial Forum Coimbra tem patente ao público, até 31 de agosto, uma feira das mais recentes novidades literárias. No certame, organizado em conjunto pela Multi Mall Management e a Livraria Bertrand, os visitantes poderão aceder a livros com descontos especiais.
ANTÓNIO VITORINO D'ALMEIDA foi homenagea-
do pela câmara da Figueira da Foz. Retribuiu bem, dirigindo 340 músicos do concelho.
a subir
Recuperação de aves no Choupal
LUÍS ROQUE pôs a Associação Empresarial de Cantanhede ao serviço da economia. O impacto das medidas da troika foi bem explicado.
a descer
até ao fim da tarde, Quiaios será palco de um encontro de praticantes de skimboard, mas em 2012 já deverá ter ali lugar, com prize money, uma etapa do circuito nacional. O objetivo é, segundo Pedro Bento, da loja Lima Limão, organizadora do evento, em conjunto com a Cira Skimboards e a junta de freguesia, "dar visibilidade a uma modalidade em crescimento em Portugal e divulgar Quiaos como local de eleição para a sua prática". O skimboard é uma mistura de surf e skateboard. É preferencialmente praticado em locais onde as ondas quebram à beira da praia.
4AGOSTO 2011
EDUARDO MELO confirmou
o desaparecimento de elevada quantia da secretaria da AAC. Não explicou foi a razão porque o fundo de maneio da Queima ainda lá estava.
"CAPEIA" ARRAIANA
"Ao forcão, rapazes!" www.estgoh.ipc.pt
Licenciaturas - Administração e Finanças (Código Instituição - 3065 / Código Curso - 9671) Provas: Matemática / Economia / Português
Juventude mostra raça das gentes da raia no confronto com o touro AS "CAPEIAS" arraianas, reminiscências de
uma tradição que desde há séculos mobiliza as gentes de Ribacoa, vão fazer, uma vez mais, neste mês de agosto, a festa no concelho do Sabugal. A primeira terá lugar, como habitualmente, em Lageosa da Raia, antecedida, também como é costume, pelo sempre concorrido encerro. Nesse mesmo dia, mas à noite, realizar-se-á outra, em Ruivões. Tourada com caraterísticas únicas no mundo, a "capeia" mobiliza não só a juventude das zonas fronteiriças como os emigrantes de férias que, nesta altura, (re)animam praticamente todas as aldeias da região. O encerro (encaminhamento dos touros para os currais das praças improvisadas nos largos maiores das aldeias) começa logo manhã cedo. Depois, agora já na arena improvisada, o tamborileiro, cavaleiros montados em animais devidamente ajaezados para a
ocasião e os indispensáveis mordomos dirigem-se, em fila indiana, para que a "capeia" comece, até à tribuna "presidencial", a fazer o pedido da praça a uma personalidade local, por norma o presidente da junta de freguesia. Sobem, então, foguetes no ar e os cavaleiros agradecem dando algumas voltas à arena. E aí está o grande momento: uma trintena de rapazes entra na praça e pega no forcão, com dois "rabixadores" a coordenarem os movimentos do grupo. São eles que impedem o touro de contornar o forcão e pôr em perigo os que o pegam nos flancos. Os homens de maior agilidade pegam à frente (à "galha"), no primeiro plano, fazendo frente ao touro apenas protegidos por umas quantas galhas de árvore dispostas astuciosamente em forquilha. É neste preciso momento que homens e touro rivalizam em coragem e astúcia para saírem vencedores do duelo.
Lageosa da Raia – Encerro e capeia
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Ozendo – Encerro e capeia Alfaiates – Encerro e capeia 20 DE AGOSTO
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22 DE AGOSTO
- Gestão da Actividade Imobiliária
Aldeia da Ponte – Festival "Ó Forcão Rapazes"
10 DE AGOSTO
Rebolosa – Encerro e capeia
- Engenharia Informática
17 DE AGOSTO
9 DE AGOSTO
Soito – Encerro e capeia
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- Comércio Electrónico
Calendário 6 DE AGOSTO
- Administração e Marketing
Forcalhos – Encerro e capeia
14 DE AGOSTO 23 DE AGOSTO
Fóios – Encerro e capeia
15 DE AGOSTO
Aldeia do Bispo – Encerro e capeia Aldeia da Ponte – Encerro e capeia
25 DE AGOSTO
Aldeia Velha – Encerro e capeia
Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital C176
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ao microscópio
visita de
médico
sete sóis, sete luas
C recebeu emigrantes na fronteira de Vilar Formoso
ANTÓNIO ALEGRE Médico Centro Saúde Eiras
Calor/hidratação CHEGOU O VERÃO e com ele era suposto que o calor fosse uma realidade. Manda quem pode e o "S. Pedro" lá saberá o que faz, mas quando o calor aperta, a hidratação do nosso corpo é imperiosa. Com calor ou sem ele, qualquer atividade física, mesmo que pouco intensa, produz sempre uma eliminação de água e sais minerais do organismo. Contabilizando todas as perdas de líquidos do ser humano adulto, é expectável, em condições ditas "normais", que se eliminem cerca de 2,5 litros por dia. Assim, e apesar do metabolismo ser diferente de pessoa para pessoa, estipula-se que a ingestão diária dos tais 2,5 litros perdidos é o ideal, com especial atenção às crianças, mulheres a amamentar, idosos e a pessoas portadoras de algumas doenças (ex: diabetes mal controlada). Quanto aos sais minerais, já que o nosso organismo não os produz, haverá que recorrer a alguns alimentos, tais como peixe, verduras frescas, frutas, sendo que o melão, a melancia, os citrinos, as uvas, entre outras, são os mais consumidas no verão. É por demais evidente que as bebidas alcoólicas para este efeito não são para aqui chamadas, mas parafraseando o Sr. Professor Dr. Polybio Serra e Silva, "um copo de vinho tinto e bom, nunca fez mal a ninguém".
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Emigrantes foram recebidos na fronteira com um brinde: Licor Beirão TERÃO ENTRADO em Portugal, entre finais
de julho e o início deste mês de agosto, cerca 300 mil emigrantes em férias. Muitos deles já preferem o avião, mas a maior parte ainda viaja de carro, sobretudo os oriundos da diáspora europeia. Vilar Formoso continua a ser, neste caso, a fronteira mais concorrida. Compreende-se: foi dos distritos de Castelo Branco, Guarda e Viseu que mais portugueses partiram, um dia, à procura, em França, Alemanha, Suíça, Luxemburgo, de melhores condições de vida. Muitas aldeias da região, que ficaram praticamente desertas, lá voltam, pelo menos este mês, a encher-se e reanimar-se. É a festa da emigração. A C foi dar as boas vindas a esses nossos compatriotas, a quem dedicou, de resto, boa parte da edição da semana passada.
Para José Redondo "foi muito importante que a receção aos emigrantes tivesse sido feita com Licor Beirão"
Durante o fim de semana foram distribuídas mais de 50.000 revistas aos emigrantes que entraram em Portugal por Vilar Formoso
António José Machado (vereador da câmara de Almeida) e Domingos Cerqueira (autarca de Vilar Formoso) participaram na iniciativa da C 4AGOSTO 2011
Góis quer fixar jovens no concelho A CÂMARA Municipal de Góis
elaborou um Contrato Local de Desenvolvimento Social destinado a incutir um espírito empreendedor, sobretudo entre os mais jovens, de forma a fixá-los no concelho. Designado "Consolidar Laços, Disseminar Solidariedade", o programa, localmente coordenado pela Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra (ADIBER), prolongar-se-á até 2014. O emprego, formação e qualificação, com intervenção nas áreas da empregabilidade e no apoio ao empreendedorismo, são objetivos prioritários a atingir. A criação do GOIS (Gabinete de Oportunidades de Inserção Social), de uma incubadora de empresas e a requalificação da Quinta da Ribeira são outras das ações previstas. "Ao estimularmos o empreendedorismo, estamos a criar novas empresas, novos postos de trabalho, a criar mais riqueza e a diversificar os ren-
Miguel Ventura, presidente da ADIBER
dimentos, aumentando a qualidade de vida da população", argumenta Miguel Ventura, presidente da ADIBER. Com um orçamento global de 524.989,55 euros, o projeto beneficia "toda a população de Góis (4.200 habitantes), direta ou indiretamente". Entre os seus beneficiários diretos figuram cerca de 500 pessoas, garante Miguel Ventura.
foto legenda
C120
A imagem de deterioração da Curia vai mudar. Um projeto de 1,9 milhões de euros, a executar no prazo de um ano, possibilitará não só a requalificação urbana como a melhoria das acessibilidades da famosa estância termal, onde o tecido hoteleiro tem estado a modernizar as respetivas instalações.
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sete sóis, sete luas
ao microscópio
direito
direto
Buçaco recupera património para ganhar estatuto mundial
FILIPE VEIGA OLIVEIRA Advogado
Golden? Share
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A FUNDAÇÃO Mata do Buçaco está a iniciar a re-
cuperação daquele espaço de Interesse Público nacional, tendo em vista a concretização da candidatura a Património Mundial. A totalidade do investimento orça os 331.628 euros. As casas das portas do Serpa, Feteira, Ameias e Lapas, que apresentam um conjunto de valências únicas, serão revitalizadas para turismo de habitação integrado em espaço rural. Mantendo a sua traça original, constituirão uma forte componente de sustentabilidade da própria mata e de desenvolvimento da economia local. Construídas entre 1932 e 1942, distinguem-se das restantes
existentes no país por terem alcançado uma simbiose perfeita com aquele mítico espaço do concelho da Mealhada. Outro projeto potenciador da atividade turística é o Miradouro Virtual, nas Portas de Coimbra, dotado com 49.960 euros para desenvolvimento, configuração e instalação de um dispositivo de apoio à observação e interpretação da paisagem. A Mata do Buçaco encontra-se na lista indicativa a Património Mundial da Unesco desde 2004, estando a sua concretização dependente da existência de um plano de gestão que assegure a conservação e a fruição do espaço, bem como a sua divulgação.
A CÂMARA Municipal de Oliveira do Hospital pretende que
a edição de 2012 da ExpOH tenha maior abrangência relativamente à deste ano, sobretudo no que respeita ao número de expositores. O vice-presidente da autarquia, Francisco Rolo, aposta num certame ainda mais atrativo tanto para os expositores como para os visitantes, que este ano já rondaram os 34 mil. Outro objetivo é reforçar a visibilidade que a feira já tem na região Centro.
O GOVERNO está a trabalhar "intensamente" num modelo de ordenamento da floresta que evite o problema dos incêndios e torne mais fácil o combate.
má notícia
Feira mais atrativa em Oliveira do Hospital
boa notícia
"GONDEN SHARE" designa um conjunto de ações detidas pelo Estado numa empresa, total ou parcialmente privatizada, que lhe confere direitos especiais, em matérias relativas a alterações de contrato de sociedade, como o aumento de capital, fusão, cisão ou dissolução da sociedade, independentemente do número de ações de que for titular. Não sendo uma inovação portuguesa, a existência destes "direitos especiais" fundou-se em imperativos de interesse nacional, em empresas estratégicas como a EDP, a Galp ou a Portugal Telecom. Tais interesses levavam a que uma deliberação tomada em assembleia de acionistas não fosse considerada se tomada contra o voto expresso das ações do Estado. Tivemos recentemente o caso da OPA sobre a PT que, apesar de votada favoravelmente pelos restantes acionistas não foi considerada, pois o Estado exerceu os seus direitos especiais e impediu a total privatização desta empresa. Se para muitas pessoas a detenção de direitos especiais pelo Estado é uma intromissão e uma distorção de mercado, para outras, representa a garantia de que setores especiais da energia, transportes, água, serviços postais, telecomunicações se mantêm como setores estruturantes e identitários do Estado. Prevaleceu, por ora, a primeira destas visões.
OS ENCARGOS com juros da dívida pública portuguesa serão substanciais em 2012, levando a que o corte da despesa total seja de apenas 5%, metade do previsto.
4AGOSTO 2011
C175
head ex(sic)tações
ao microscópio
toma lá dá cá Este Governo não está na posição de milagreiro. Não é possível reduzir a despesa e deixar tudo como está.
Usaremos todos os instrumentos parlamentares para esclarecer de uma vez por todas o denominado caso Bairrão.
PEDRO PASSOS COELHO
ANTÓNIO JOSÉ SEGURO
frases desfeitas Os tempos não estão para estar por estar, a (in)segurança é o dia a dia. HORÁCIO PINA PRATA, Empresário Mas pior ainda, afinal, não é à noite?
O novo ciclo que agora se inicia no PS é decisivo para o seu futuro.
O capital internacional tem alguma coisa parecida com o sadismo.
ANDRÉ OLIVEIRA, Economista
NORBERTO CANHA, Médico
Tome atenção: a tendência do lápis com ponta é cair ao chão e... desapontar-nos.
Sabe que mais? As praças financeiras do mundo tremeram quando tiveram conhecimento de tão contundente denúncia.
A verdade é esta: Portugal só tem hipótese de ter sucesso se for diferente da Grécia. MARQUES MENDES, EX-LÍDER DO PSD Ora, onde come um comem dois. É claro, metade do tempo...
Portugal está inevitavelmente no bom caminho.
Diretor da Microsoft Brasil Pois, que esperava? O dinheiro, evidentemente, não é tudo. Tudo é a falta dele...
Coimbra tem muito mais qualidade cultural do que se pensa. JOSÉ MIGUEL JÚDICE, presidente da Fundação Inês de Castro Só lhe faltava, é claro, um grande festival internacional de arte dirigido por V. Ex.ª. Parabéns!
JOSÉ PIMENTÃO, colaborador do Instituto de Astrofísica Espacial CNRS - Paris Cuidado: nem sempre é de todo em todo avisado acertar os passos pela Torre Eiffel.
Os impostos subiram contra todas as expetativas anunciadas. RICARDO CASTANHEIRA,
uma fatalidade “ Foi que Sócrates e Passos Coelho não se tivessem entendido MÁRIO SOARES
MARIZA
PACHECO PEREIRA
Fontes: Facebook, As Beiras, Diário de Coimbra e Lusa. Seleção de frases e comentários: Redação C
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4AGOSTO 2011
Resposta certa: Mário Soares
quem foi que disse?
acredite se quiser
Um mamilo no pé UMA PESSOA ter três mamilos já é algo pouco comum. Se o terceiro mamilo for no… pé esquerdo, o facto torna-se ainda mais estranho. Mas foi precisamente isso que aconteceu a uma jovem de 22 anos. A rapariga sofre de pseudomamma, que, basicamente, se trata do aparecimento de uma espécie de terceira mama no corpo. Mas geralmente – a pseudomamma atinge até cinco por cento da população – concentra-se nas zonas acima da cintura. O mamilo no pé da jovem é bem formado: tem quatro centímetros de diâmetro, auréola e pelos.
Mamas bombásticas A IMAGINAÇÃO dos terroristas parece não ter limites. No Reino Unido, especialistas em segurança alertaram as autoridades para um novo perigo: a utilização de cirurgias estéticas para inserir bombas em implantes mamários. Os explosivos estarão assim disfarçados e praticamente indetetáveis. Ainda segundo os especialistas, a Al-Qaeda já desenvolve esta técnica. E não se fica pelos peitos: a operação também é usada para fazer bombas nas nádegas. A técnica foi descoberta após um terrorista ter tentado detonar uma bomba escondida nas suas cuecas no dia de Natal.
Engravidou a ver filme porno a três dimensões MÃE BRANCA, pai branco, filho
preto… há alguma coisa que não está bem. Jennifer Stewart, nova-iorquina de 38 anos, engravidou enquanto o marido, militar, estava no Iraque. Quando o homem voltou a casa, conheceu o bebé e a explicação da mulher: a
Minissaia acaba com missa em Seia O PADRE de Balocas, em Seia, re-
cusou-se a celebrar a eucaristia nas Festas de Nossa Senhora do Carmo porque o cartaz do evento inclui a atuação de duas bailarinas de minissaia. "Quando lhe mostrámos o cartaz, disse que era uma vergonha, só lhe apetecia escarrar-lhe em cima", contou ao Correio da Manhã uma das mordomas. "Isto é que são as bailarinas?", terá questionado o padre. "Eu chamo-lhes outra coisa", respondeu. "Se querem que eu lá vá têm de suspender os conjuntos e não autorizo outro padre a participar nas cerimó-
nias religiosas", terminou. As festas, essas, continuaram, mas sem a missa.
O homem-abelha DOIS DESTEMIDOS apicultores
– Lu Kongjiang e Wang Dalin – foram ao mano-a-mano na final de uma estranha competição chinesa: atrair o maior número de abelhas para o corpo. Usando apenas um par de cuecas, e com a ajuda de uma abelha rainha, Wang Dain "rebentou" a escala com 26 quilogramas de abelhas numa hora. Kongjiang ficou-se "apenas" pelos 23 quilos. Ambos têm, contudo, um longo caminho a percorrer para bater o recordista Mark Biancaniello, que atraiu 39,5 quilogramas de abelhas para o seu corpo, em 1998.
:(
bolsa da praça
criança terá sido concebida enquanto ela assistia a um filme pornográfico a três dimensões. "Com a tecnologia de hoje, tudo é possível", alega Jennifer, que diz que o bebé até é parecido com o ator do filme e está disposta a tudo para provar a sua teoria: "vou processar o cinema e os produtores", afirma. "Ainda bem que o meu marido acreditou em mim. O meu casamento podia estar em risco. Mas ele sabe que eu sou fiel", concluiu.
mais caro
PREÇOS/KG/L
Jumbo tem o cabaz mais barato
Leite Mimosa M/G (1L)
O hipermercado Jumbo apresenta o preço mais baixo para o conjunto dos produtos escolhidos pela C. Todavia, os cabazes exibem valores muito semelhantes. Apenas 62 cêntimos separam o mais caro do mais barato.
0,59 €
0,59 €
0,55 €
0,59 €
Mostarda Calvé Top Down (200 ml) 0,99 €
0,99 €
0,98 €
1,00 €
Maionese Calvé (225 ml)
1,35 €
1,35 €
1,19 €
1,35 €
Manteiga Mimosa sem sal (250 g)
1,49 €
1,49 €
1,49 €
1,75 €
Fettuccine Milaneza (500 g)
0,94 €
0,94 €
0,95 €
1,08 €
Banana Importada (1 kg)
0,99 €
0,99 €
0,98 €
0,99 €
TOTAL
6,35€ 6,35€
6,14€ 6,76€
:)
mais barato
Preços em 31.07.11 Das 11H00 às 13H00
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ao microscópio
praça de táxis Os Censos 2011 indicam que a população residente em Coimbra diminuiu. É preocupante?
NUNO FERREIRA
No sentido da vivência em Coimbr a não es tou preocupado. Mas se pensarmos que esses dados revelam a falta de indústria que a cidade apresenta, aí já é bem mais preocupante. As pessoas estão a fugir.
retrato head falado
figura da semana
ANABELA RODRIGUES A PROFESSORA catedrática de Processo Penal, após ter sido a primeira mulher a doutorar-se, em 1995, pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, tornou-se agora a primeira mulher a chegar á liderança da instituição. A NOVA DIRETORA possui um currículo invejável: também já dirigiu o Centro de Estudos Judicários e presidiu às comissões para a Reforma do Sistema de Execução de Penas e da Legislação sobre o Processo Tutelar Educativo. A ELEIÇÃO de Anabela Rodrigues constitui, inequivocamente, um acontecimento histórico naquela tradicionalmente conservadora escola conimbricense.
menções honrosas LUÍS PORTUGAL
Na minha opinião esta situação é bastante preocupante. Penso que há menos trabalho, comércio e indústria em Coimbra. Deve ser isso que está a afastar as pessoas desta cidade.
Lopes Porto
Patrocínio Alves
A P E S A R d a s mu d a n ç a s n a administração do maior banco português, Manuel Lopes Porto mantém-se na presidência da Assembleia Geral da Caixa Geral de Depósitos, ocupando o cargo pela terceira vez.
O PRESIDENTE do conselho de
debate MÁRCIO AMARAL
É mau sinal. A s pessoas estão a fugir da cidade p a r a p ro cu r a r um estilo de vida diferente. Vivo numa aldeia e há gente que estava na cidade e regressou, para trabalhar na agricultura e ter um meio de subsistência.
A nível geral, penso que sim. Permitiria gerar liquidez, o que aumentaria a concessão de crédito. O Crédito Agrícola de Coimbra não sofre destes problemas, já que só tem duas situações de impasse no que respeita a ativos.
administração da INOVA EM lidera uma equipa exemplar e que muito contribuiupara o êxito da edição 2011 da Expofacic. A atitude de Patrocínio Alves cativa todos os colaboradores e o sucesso está à vista.
A banca, que foi um dos principais agentes da crise em que estamos, não deve ser um dos principais beneficiados. Incumbe-lhe dar condições de sobrevivência às empresas. Se isso implica vender ativos, então, que se vendam.
Bancos devem vender ativos para emprestarem dinheiro? CÂNDIDO MALVA, bancário
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FERREIRA RAMOS, advogado
4AGOSTO 2011
se eu mandasse
saudades de
coimbra
JORGE SERROTE Advogado em Lisboa
Que recordações tem de Coimbra? São imensas e muito boas. Recordo-me, essencialmente, de toda a vivência de estudante e de tudo o que está ligado à Associação Académica de Coimbra (AAC), mas também da Faculdade de Direito e da Universidade.
Continua atento ao que se passa em Coimbra? Sim. Acabo por saber todas as notícias, através das edições online dos jornais locais, dos amigos e, também, de alguns blogues que não me permitem estar afastado daquilo que se passa na cidade. É diferente viver em Coimbra e em Lisboa? É muito diferente, tanto a nível de rotinas como a nível profissional. Foi uma grande mudança.
Vai muitas vezes à cidade? Infelizmente, não tantas como gostaria, porque o trabalho não o permite. Mas tenho ido, sempre que posso, à Queima das Fitas e à Festa das Latas.
Tem alguma estratégia para atenuar a saudade? Há muita coisa que faço. Para além de tentar saber tudo o que se passa na cidade, gosto muito de ouvir o Fado de Coimbra.
Como é que um antigo presidente da AAC e secretário-geral da Queima das Fitas vê, de fora, as festas académicas? É uma experiência diferente, que nos permite
O que sente quando regressa a Coimbra? Tenho uma sensação especial. Assim que vejo a Cabra tenho um sentimento muito forte de saudade. Traz-me grandes recordações.
Idalécio Oliveira, administrador da INOVA Empresa Municipal A EXPERIÊNCIA que adquirimos através da atividade profissional e dos contactos pessoais demonstram que o país precisa de mais rigor e determinação. A EXPOFACIC pode ser indicada como um exemplo da metodologia de que o país precisa: planeamento e um fator muito importante em qualquer projeto: autosustentabilidade. Por outro lado, deve oferecer garantias de que vai efetivamente funcionar. A AUTOSUSTENTABILIDADE
é um fator essencial quer num evento, quer num país. Aliás, deve ser aplicada em todos os projetos, de modo a evitar a falência por setores. ESTA questão é muito importante na vida de um país e o
nosso não escapa a esta regra, que é, ao mesmo tempo, um objetivo. SÓ com rigor no planeamento e na execução é que será possível ultrapassar a atual situação do país. Já demonstrámos noutros momentos que somos capazes, pelo que, agora, só temos de conjugar a capacidade com a determinação.
“
A autosustentabilidade deve ser aplicada em todos os projetos de modo a evitar a falência por setores
C189
"Tenho grandes recordações"
perceber que estamos apenas de passagem. A A AC é uma instituição muito grande e continua a sua história, agora com outras pessoas. Olhar e ver que tudo continua a funcionar é muito gratificante. É sinal que contribuímos com o nosso trabalho e que, atualmente, há pessoas que também estão a dar o seu contributo. Esperemos que continue assim.
"País precisa de rigor"
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confidencial head
ao microscópio
NA ESCRITA ESTÁ A SOLUÇÃO
Quis salvar a humanidade e multiplicou, para isso, utopias. Agora já não representa o país em S. Bento, o que lhe causa angústia. Considerava-se um agente político ao nível de um S. João, mas chutaram-no para o canto da rua. Como vencer a crise existencial? Dizer mal, dizer mal, dizer mal… E alimentar, com a ansiedade, a esperança de que o "cabeleiras" que o apeou, caia rapidamente do cavalo…
NOMES QUE CONTAM
lente... de contato
Nunca se sabe bem onde anda a nossa concorrência. Ou melhor, saber, sabemos. Mas estamos sempre a descobrir novos competidores. Esta semana ligaram a pedir pormenores sobre a revista, até mesmo se está registada... Parece que a Câmara Municipal de Cascais está a pensar lançar uma nova publicação... Com o mesmo nome.
Estamos a pensar dedicar esta caixa amarela sempre à caloira. Esta semana travou amizade facebookiana com... um doutor de Coimbra. Mas daqueles a sério, que jogam golfe e tudo.
Pergunta: A que horas começa a nova época? Resposta: Pelo aspeto da coisa, com uma hora de atraso. APROVADO
Francisco José Viegas
O novo secretário de Estado da Cultura vai concretizar, finalmente, a há muito esperada Fundação Côa Parque. Portugal não pode realmente ignorar que as gravuras rupestres são Património da Humanidade. Nota 15
SERÁ DO MARQUÊS DE MARIALVA? Dois espetáculos, na Expofacic, dois protagonistas e o mesmo resultado: asneira. O primeiro a colocar o pé na argola foi João Pedro Pais ao gritar alto e bom som o nome de um certame algarvio: "boa noite Fatacil!". Já James Blunt errou na localização: "boa noite Coimbra!" E a assistência não perdoou: "larga o Marquês [tinto], larga o Marquês!"
BRINCADEIRINHA
Quando um notável de Coimbra, professor, faz anos, é normal que família e amigos se reúnam para festejar o acontecimento. Com as novas tecnologias, todos gravaram e todos fotografaram a feliz data. Pouco depois, liga-lhe um amigo, indicando que os vídeos já tinham aparecido nos media. "Pá, estou a ver-te na televisão, na RTPN". O notável rapidamente tentou ligar a TV e não viu nada. "Epá, já passou", riu-se o amigo matreiro.
espelho meu
18
4AGOSTO 2011
REPROVADO
#acampada coimbra
A i n i c i a t i v a n a s ce u inspirada por outras acampadas em Espanha , propondo - se a debater questões sócio-políticas. Fechou durante o mês de agosto, por "não haver pessoas". Prova de que até a revolta tem direito a férias. Nota 6
C168
T1 D 210x297P.pdf
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7/11/11
11:13 AM
ao microscópio
10H00 A treinar a filha para título mundial de kickboxing
umhead dia com
11H30 Bar da praia está sob o seu c0ntrolo
13H30 Preparação do almoço na cozinha do bar
MANUEL TEIXEIRA Presidente da Associação de Concessionários de Praia do Concelho da Figueira da Foz
O KICKBOXING E O MAR DA FIGUEIRA DA FOZ SÃO AS SUAS PAIXÕES. CONTUDO, TEM TEMPO PARA A FAMÍLIA E PARA GERIR A ASSOCIAÇÃO DE CONCESSIONÁRIOS DE PRAIA DO CONCELHO DA FIGUEIRA DA FOZ TEXTO E FOTOS SÍLVIA DIOGO
09H00 Treinos de kickboxing no Pavilhão Clube Figueirense
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GINÁSIO CLUBE FIGUEIRENSE: é aí que Manuel Teixeira começa, logo pela manhã, a treinar a filha. Joana Teixeira tem de estar preparada para disputar o título mundial, na Noruega, daqui a um mês. A preparação é intensiva, mas a atleta vai ficando em forma à medida que o "confronto" se aproxima. "Comecei a gostar de boxe na Marinha de Guerra", confessa o presidente da Associação de Concessionários de Praia do Concelho da Figueira da Foz. O interesse pelo kickboxing surgiu mais tarde, nos anos 80. "Sempre fui um autodidata da modalidade. O meu ídolo era o Bruce Lee. Tentava imitar a criatividade que ele tinha e aproximar os filmes à realidade", recorda. A partir daí, começou a participar em competições nacionais e internacionais. Teve grandes confrontos. Ainda não esqueceu, por exemplo, o campeonato mundial em Itália, onde não conseguiu atingir o primeiro lugar. Em combate, visitou muitos países da Europa e de África. Atualmente, representa a Federação Portuguesa de Kickboxing e Muay thai. "Sou um dos mentores da modalidade. Tenho algumas tarefas como formador de treinadores, de graduações, de árbitros. Também sou árbitro internacional", revela. Considerado um homem "multifacetado", Manuel Teixeira tem uma grande envolvên-
4AGOSTO 2011
14H30 Chegada ao pavilhão da Docapesca
16H30 Convívio com os funcionários
16H30 Controlo da chegada do peixe
cia com a praia da Figueira da Foz. Todas as manhãs, às 10H30, dirige-se ao seu bar da praia para controlar a situação. No espaço dos nadadores salvadores, procura saber se há algo a registar e se está tudo a correr dentro da normalidade. "Esta ligação à praia começou na minha juventude. Aos 16 anos já era nadador salvador", recorda. Fixou-se na Figueira da Foz em 1972. "Tenho uma grande paixão pelo mar", garante. Teve também uma forte ligação com as Forças Armadas e com a Marinha, onde serviu, como voluntário, de 1972 até ao 25 de Abril de 1974. Nunca abandonou a praia como nadador salvador nos períodos de verão. Fez sempre férias na praia. "Adoro essa atividade", diz à C. Como presidente da Associação de Concessionários de Praia do Concelho da Figueira da Foz, explica que a instituição nasceu para ajudar os concessionários que estão na praia a desenvolver algumas atividades. "Possibilita que sejam ouvidos a uma só voz, porque individualmente é sempre difícil", sublinha. É preciso, acrescenta, que sejam ouvidos na Capitania e nas entidades públicas, nomeadamente na câmara municipal e na Administração Interna. A associação existe para identificar as dificuldades que cada um tem e levá-las a um diálogo com o Ministério do Ambiente, a que é preciso levar algumas situações que essas entidades possam evetualmente desconhecer. "Temos uma responsabilidade grande, que é a segurança da praia. Temos um projeto integrado de vigilância para a época de 2011. Isto só pode ser aprovado através de um plano que tem de ser entregue antes do início da época balnear ao capitão do porto da Figueira da Foz. De seguida, só ele pode entregar o plano ao Instituto de Socorros Náufragos. Depois desse processo, conseguimos então formar um protocolo para que as coisas funcionem",
adianta. A associação tem cerca de 14 nadadores salvadores, todos com o respetivo curso de nadador. É obrigatório. Por volta das 13H00, Manuel Teixeira faz uma pausa nas suas obrigações para almoçar, na companhia das filhas, no bar da praia. Quem acompanha os eventos desportivos
transmitidos por cabo, poderá vê-lo algumas vezes a arbitrar jogos na Eurosport ou na Sportv. Foi através do Ginásio Clube Figueirense que, em 1983, projetou para Portugal uma disciplina do kickboxing – o fullcontact. A Figueira da Foz e o ginásio têm nome. "Somos campeões nacionais de kickboxing e fullcontact", frisa. Para Manuel Teixeira, é um orgulho ter uma filha que já conseguiu atingir grandes títulos. Admite ser mais exigente com ela a nível disciplinar do que com os outros atletas, mas, de qualquer forma, admite ser uma pessoa bastante rígida. "Tenho de fazer com que as regras sejam respeitadas. Quando não há disciplina não há o objetivo final, que é vencer", assegura. Segundo o treinador, para se ser um grande atleta de kickboxing, tem de se ter vontade de aprender, tem de se ser persistente. Mas a caraterística principal é ser guerreiro. "Tem de haver uma habilidade mental natural. Há coisas que são intrínsecas, que vêm de dentro, que não se conseguem aprender", argumenta. Considera-se uma pessoa muito direta. "Tenho de ser verdadeiro e sincero naquilo que digo. Tenho um perfil militarista. Gosto de tudo no seu tempo e no seu lugar. Sem stresses", confessa. Adora trabalhar sob pressão. Dá-lhe mais luta. Na sua vida tem tentado crescer e evoluir como pessoa. Aos 55 anos, admite ter um espírito novo e aberto. "Estou sempre disponível para novas ideias, novas oportunidades. Tenho de estar sempre um passo à frente das coisas", adianta. Tem curso de mergulhador, de nadador salvador, de treinadores de grau quatro e o Certificado de Aptidão Pedagógica (CAP). É ainda o selecionador nacional do fullcontact. Termina o dia na Docapesca a controlar a chegada de peixe.
“
Esta associação existe para se saber as dificuldades que cada um tem e levá-las a um diálogo com o Ministério do Ambiente à lupa NOME
Manuel Teixeira DATA DE NASCIMENTO
25 de setembro de 1956 TERRA NATAL
Massarelos (Porto)
RESIDÊNCIA
Maiorca (Figueira da Foz) DESPORTO PREFERIDO
Kickboxing
PRATO PREDILETO
Peixe
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o que é feito de si? head
ao microscópio
1950 ao microscópio
Começa a trabalhar na Baixa como comercial
1973
1974/76
1992
1992/1993
2004
Abre a primeira de quatro lojas na Baixa de Coimbra
Faz parte das Comissões Negociadoras pós-25 da Abril
Movimento de Pequenos e Médios Comerciantes
Preside à ACIC
Participa na Agência de Promoção da Baixa
SEMPRE COM A BAIXA NO CORAÇÃO, PRESIDIU À ACIC. A CONCORRÊNCIA DAS GRANDES SUPERFÍCIES ACABOU POR DITAR O FUTURO DO COMÉRCIO TRADICIONAL TEXTO MARCO ROQUE FOTO PEDRO RAMOS
César Branquinho Como era a vida de comerciante nas décadas de 80/90? Comecei a trabalhar como comercial na Baixa, aos dez anos. Em 2004 tinha cinco firmas, quatro na Baixa de Coimbra e uma em Mira. Evoluí bastante, cheguei a ter 20 empregados. O problema é quando chegou 1993 e as coisas começaram a complicar-se, por causa das grandes superfícies comerciais. Todo o comércio sofreu uma grande pancada. Não valia a pena investir mais. Ainda tentei fazer parte de um movimento contra as grandes superfícies, corremos quase todo o país. Pensávamos que era possível chegar a um entendimento com as grandes superfícies, não estávamos contra elas. Era uma Baixa diferente? Sim. Toda a gente se conhecia, as lojas estavam sempre cheias, não faltava clientela. Era totalmente diferente. Era uma grande família e tudo vendia bem. Vinha gente de toda a parte do país comprar a Coimbra. Depois a situação começou a deteriorar-se. Tenho boas recordações da Baixa, ainda conheço aquela gente toda. Tenho saudades, mas vi que não conseguia fazer os negócios vingar perante as grandes superfícies.
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Coimbra é uma cidade onde é difícil encontrar pessoas com vontade de fazer trabalho voluntário
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Apesar disso ainda há esperança? Eu tenho a certeza que sim. Mas é preciso que gostem da Baixa. Eu sei quem gosta da Baixa. Quando estive na Junta de São Bartolomeu, fizemos promoção da Baixa, feiras, centro de idosos. O problema é que, às vezes, os organismos com mais responsabilidades são quem mais complica. Por exemplo, se for à Baixa verifica que os prédios mais degradados são os da câmara. Alguns foram recuperados, mas pela junta. No meio da sua atividade comercial, acabou por presidir à Associação Comercial e Industrial de Coimbra (ACIC). Tive gosto, consegui ter sucesso, apesar das dificuldades. Foi a primeira lista de oposição que conseguiu ser eleita. Depois alterámos os estatutos, que estavam viciados: havia listas para o setor industrial e comercial que se bloque-
avam. O presidente e a assembleia eram eleitos depois. Ficava tudo encravado. A direção era eleita e a outra dizia que não se governava com uma lista que não era a sua. Nós desbloqueámos isso com estatutos novos e nunca mais aconteceu essa situação. Como era a ACIC? A ACIC foi uma boa associação de nível nacional, que teve muita força. Conseguimos abri-la muito. Movimentávamos muita gente, enchíamos a sala até as escadas, com pessoas em pé. Hoje está um bocado degradada, numa situação difícil financeiramente. Apesar de ter um bom presidente, está numa situação difícil. Não sei se andará para a frente ou ficará por aqui. O que mudou? A parte comercial caiu muito. Muitas lojas fecharam. Sou do tempo em que um vão de escada, de espaço comercial, na baixa valia entre cerca de 50 mil a 250 mil euros. Era um sítio onde se encontrava toda a gente. Enquanto não houver mais policiamento, ao nível da venda ambulante, não melhora. Tem de haver uma defesa dos comerciantes, alguém que venha para a rua. Talvez por isso, de momento, os comerciantes não se identifiquem com a ACIC. Hoje os sócios são menos. Penso que é uma associação antiga que ainda pode ser salva por alguém, pelo governo. É pena. Lembrando a CIC – Feira Comercial e Industrial de Coimbra, porque é que a cidade não consegue ter uma feira ao nível da Expofacic? Coimbra é uma cidade onde é difícil encontrar pessoas com vontade de fazer trabalho voluntário. Não querem perder tempo, aparecem só na altura de recolher os louros. Em Cantanhede há gente que sabe o que há trabalho. Nas pessoas "pequenas" é que se vai encontrar a qualidade. Cá, fazem-se as coisas sempre a pensar no lucro. Mas, para se conseguir o lucro, tem de haver promoção. E as feiras da ACIC querem focar logo a parte financeira.
4AGOSTO 2011
opinião
Que Europa queremos nós? PAULO LEITÃO
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Só uma União Europeia a uma só voz poderá vingar
O QUE É ESTA EUROPA? Quem são estes líderes europeus? Quem lidera este grupo de 27 países? Que caminho queremos para Portugal? TANTAS QUESTÕES se colocam hoje à União Europeia, em particular a Portugal, e tão poucas respostas temos conseguido dar! A crise da dívida soberana que começou na Grécia, que se alastrou à Irlanda e posteriormente a Portugal, já ameaça os nossos vizinhos espanhóis e os italianos, pondo a nu a fragilidade das instituições europeias, demonstrando uma Europa reativa e sem soluções para a crise. A EUROPA não pode continuar a reagir aos desafios com que permanentemente é confrontada. Tem de agir, tendo capacidade para tomar decisões que protejam os seus estados membros e estabilizem o euro. Era relativamente fácil ao princípio, quando estava numa posição de liderança, à frente dos acontecimentos e dar aos mercados a impressão de que se sabia e se estava a antecipar os problemas, transmitindo confiança, criando mecanismos que alterem a percepção de risco. Os decisores políticos europeus colocaram-se na posição de quem vai atrás dos acontecimentos, estando sempre a tentar resolver os problemas de ontem e não os de hoje! NÃO É FÁCIL encontrar soluções para a Europa e consequentemente para o euro, mas acredito que só uma União Europeia a uma só voz poderá vingar. Temos todos de viver um sentimento mais europeísta,
percebendo que o futuro tem obrigatoriamente de passar por uma política económica e financeira transversal a toda a Europa, pois só percorrendo os mesmos caminhos é que iremos conseguir alcançar o sonho europeu. MUITO SE TEM FALADO e defendido a emissão de Eurobonds. Levanta questões e problemas, mas é uma proposta corajosa e acredito vencedora! É sem dúvida uma das formas de evitar a exposição demasiada dos bancos à dívida dos países. PARA ACABAR com esta ligação entre os ativos dos bancos e os soberanos, as Eurobonds são uma resposta lógica, porque permitem diversificar os ativos bancários e potenciar o financiamento à economia. Além disso, permitiriam aos países com maiores dívidas soberanas, Grécia, Irlanda, Portugal, Espanha e Itália, conseguiriam empréstimos em condições mais favoráveis do que as apresentadas pela União Europeia e FMI. ALERTO que a emissão de Eurobonds não tem que estar dependente da boa vontade da Alemanha, podendo ser um acordo entre os países que assim o pretendam, tal como sucedeu na constituição da moeda única. SÓ COM estas obrigações do tesouro europeias puderam os países mais endividados aliviar a dívida contraída, atenuando a pressão dos mercados e desta forma voltarem a ter capacidade de investimento, criando condições para o crescimento económico sustentado.
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ao microscópio
via do leitor
cartas ENVIE A SUA OPINIÃO CARTA: Rua 25 de Abril, n.º 7 Taveiro 3406 - 962 Coimbra EMAIL : redacao@cnoticias.net As cartas deverão ser datilografadas com morada e número de telefone. A C reserva-se o direito de selecionar as partes que considera mais importantes. Os originais não solicitados não serão devolvidos
D. Afonso Henriques Há quem pretenda saber que altura tinha D. Afonso Henriques, as doenças de que padecia, como eram os seus ossos, enfim, há quem pretenda pôr a nu quem foi o nosso primeiro rei. Não tenho nada contra isso, a mim pouco importa se era alto ou baixo, se tinha úlceras ou sofria de reumatismo, se partiu ou não uma perna. Sou, no entanto, contra a violação de túmulos. Acho um autêntico desaforo ir-se coscuvilhar ao caixão a vida de quem quer que seja. Que importará investigar agora o aspeto e a constituição física de quem morreu há uns nove séculos? Será que se pretende alterar a história? A profanação de cemitérios é, e muito bem, severamente punida. A profanação dos túmulos das nossas figuras pátrias devia sê-lo ainda mais. CARLA ANTUNES, Coimbra
A desertificação do interior A cruel verdade dos números indubitavelmente demonstra que Portugal padece de uma grave enfermidade denominada desertificação do interior que afeta um terço do seu território. Para um problema tão visceral e endémico que despoleta tão graves consequências, é com visível preocupação que constato que, se no decurso dos próximos 20 anos nada for feito nesta matéria, teremos um país com 66 por cento do seu território deserto. Possuímos um
inquérito Concorda com a venda da EDP? Participe com a sua opinião em www.cnoticias.net
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país assimétrico, com diferenças quase insanáveis entre o litoral e o interior. Nas últimas décadas, o interior tem registado perdas demográficas exponenciais, pobreza, abandono e desemprego, no seu conjunto fatores que conduzem e levam à desertificação. Por conseguinte, a presença humana assume-se como fator imprescindível no combate à desertificação, por isso, urge a implementação de medidas conducentes à fixação das populações nas zonas rurais mais deprimidas e carentes, reduzindo-se a pressão criada sobre a orla costeira. O combate à desertificação do interior deve ser um desígnio nacional a estabelecer como meta, pelo que, torna-se demasiado evidente que é imperiosa a tomada de medidas de discriminação positiva que, em primeira e última instância, tenham como condão a fixação das populações e a dotação das regiões de condições que as tornem efetivamente atrativas e competitivas face às existentes no litoral. DIOGO COELHO, Leiria
“
A droga, ao que se lê, anda à solta nas noites de Coimbra. Ninguém é capaz de travar a impunidade? FERNANDO GOMES, Coimbra
Caso se verifique o encerramento deste estaleiro e a deslocalização da produção para Huelva, esta poderá ser a machadada final na nossa indústria pesqueira, perdendo-se também mão-de-obra especializada e qualificada. Segundo os trabalhadores, o estaleiro do Mondego tem todas as condições para estar em funcionamento. "Os Verdes" consideram que deve haver uma rápida intervenção do Governo na defesa dos Estaleiros Navais do Mondego para que se possa revitalizar a indústria naval, contribuindo para a defesa das nossas pescas e das dezenas de trabalhadores especializados e qualificados deste estaleiro. PARTIDO ECOLOGISTA "OS VERDES"
A matança na Noruega Estou perplexa. Como explicar a matança de há dias na Noruega? Não encontro explicação. Como é possível uma coisa dessas acontecer? O possível assassino, responsável pela morte de mais de uma centena de pessoas, terá confessado à polícia que a matança foi "necessária". Mas, "necessária" para quê? Haverá certamente muita coisa a explicar, mas uma coisa é certa: quem tão friamente, tão calculadamente, assassinou assim tantos inocentes, não merece igualmente viver. JOANA MONIZ, Lisboa
Praia de Quiaios Na rubrica "escapadelas", da edião n.º 25 da revista C, escreveu-se que a praia de Quiaios também é conhecida como praia de Palheiros da Tocha. Ora, nada têm a ver uma com a outra. Aos leitores aí ficam, em conformidade, a necessária retificação e as nossas desculpas.
A situação nos Estaleiros Navais do Mondego Neste momento difícil de 70 anos de história dos Estaleiros Navais do Mondego, em que se encontram em processo de insolvência, "Os Verdes" apresentam a sua solidariedade para com os trabalhadores e suas famílias, trabalhadores que estão a atravessar grandes dificuldades, vivendo na incerteza do futuro desta unidade de produção.
Seja repórter C C, PORTAL MULTIMÉDIA E REVISTA SEMANAL, ASSUME A LIGAÇÃO AOS SEUS LEITORES COMO PRINCIPAL OBJETIVO ENVIE NOTÍCIAS PARA redacao@cnoticias.net
4AGOSTO 2011
cartas
texto elaborado pelo gabinete de ficção da revista
Querido Paulinho , vir até cá ícula da mulher. Decidi, por isso O verão é o calor do homem e a can de Lisboa. sol ao as car nes demasiado aquecid abaixo, ao Algarve, descansar as Infante do a Vila Real do Marquês e a Sag res filhos Proponho-me, nestes dias, entre comodidades naturais devidas aos as ar goz o, ári gin ima u me do Descobridor, ambos heróis lheres objeto, herdeiras há por aqui muita escumalha, mu bém tam que to cer É a. tun for o mental. Uma seca! E diletos da vida, antigos ministros em recessã da os sad can os ári ion mil , em rio, também ricas sem hom a, o mar, o ordenamento do ter ritó ltur icu agr a com ra, ago que de , for mas de que dizer do ambiente de gelado a conspurcar a areia, hos zin pau e s nte era rig ref de as e cascas das mais var iasou responsável? São gar raf por todo o lado, "croquetes" de cão co pou um che duí san de éis pap e Um lixo! Mas cá estou, queques a "or namentar" o azul da água. , cas rre alfo s nta qua as um is óculos escuros, das frutas, ma arente, saia preta, cabelos soltos, nsp tra ha sin blu , ada lan esp tir neste momento a cur céfalo, toda PP. Da porcar ia, seja, cá estou, neste Algarve dolico ou – a linh azu a, linh azu ha cin cal tratarei depois. canta o Abr unhoo que já devia ter sido feito, como er faz a par , iro me Pri eu? o rev cida em Bom, para que te esc , uma Assunção, uma Cristas, nas mim de s ere faz ao te des me que sa – agradecer-te a honra dade foi tão devassada quanto claro que nunca a minha intimi É al. tug Por de a istr min a um tigo. Estou mesmo disAngola, tuto – como, de resto, acontece con esta do to gos des não e, o-t ant as que durante a agora, mas, gar , como prometeste nas grandes feir bar aca a -te dar aju a par os xim é, naturalposta a esforços má entos do nosso povo. A altura não rim sof os com s, paí do sul a te esso concampanha visitaste de nor -se uma autêntica arma de arrem am nar tor as átic clim ões raç um tanto da Maria mente, a mais propícia. As alte rei contra tudo isso. Tenho em mim luta : pes ocu pre te não s Ma er. da Ana Gomes. tra o nosso pod bém um nadinha (perdoa-me) tam a, rot bar Alju de eira pad da da Fonte, um pouco os opinadores que lhe ito zangada com a imprensa e com mu ou Est te. erdiz a sa coi a um i-gravatismo! Tive Há mais por causa do meu ministerial ant ado zan ate têm me que O o. cul subir o produto ser vem de orá poupando no ar condicionado, a se, cri de pos tem tes nes , dar aju i, sem buços apenas um objetivo: que tinha a mostrar, sempre use o i stre mo pre sem , ras cla às i interno bruto. Sempre fale percebo, em suma, tão ferozes na generosamente me deu. Não ica afr za ure nat a que o s, uço nem reb cionár ios do ministério. A a, uma só peça de roupa, aos fun peç a um r tira de o isã dec ha so a Lisboa, o trajo ataques à min ou seja, que adote, no meu reg res – a tid par tra con de era esp à não ser que estejam pensar nisso. tipo com que vim ao mundo. Vou Um sotavento de beijos cá da São
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PRAIAS DE PROXIMIDADE AS PRAIAS DO DISTRITO DE COIMBRA Sテグ CONHECIDAS EM TODO O PAテ拘, MAS Sテグ AS PESSOAS DA REGIテグ QUE MAIS AS PROCURAM TEXTOS VASCO GARCIA FOTOS PEDRO RAMOS
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SAÍMOS de Coimbra com um dos melhores dias do ano. O sol brilhava intensamente lá no alto e, das nuvens, nem sinal. Apenas um imenso azul. Fazemo-nos à estrada e percorremos as dezenas de quilómetros que inúmeras pessoas da região fazem por estes dias: rumo ao Litoral. Quando chegamos à Figueira da Foz deparamo-nos com uma surpresa pouco agradável que, contudo, só é novidade para quem não conhece a terra das finas areias, que é berço de sereias. Um cerrado nevoeiro que torna impossível perceber quando acaba o mar e começa o céu e que é, também, quase uma imagem de marca da cidade onde o Mondego se "casa" com o Oceano Atlântico. O cenário, no entanto, não agrada a ninguém. Nem aos veraneantes, que procuram sol e calor, nem aos comerciantes, que esperam os veraneantes que procuram o sol e o calor. Há 17 anos que Rosa Maria vende de tudo um pouco junto à Praia de Buarcos: toalhas, para-ventos, chapéus-de-sol, boias, braçadeiras, brinquedos, bolas, papagaios… Vender, neste caso, é pouco mais do que uma força de expressão. "Este ano está muito fraco. Não há muita gente", lamenta a comerciante. A culpa é de S. Pedro: "o tempo, principalmente o vento – outra das características da Figueira – não ajuda", justifica. Os euros, esses, também não abundam no bolso dos turistas: "as pessoas que têm dinheiro não vêm para cá, vão para o Algarve", atira Rosa
Maria. Quem procura, então, a Figueira? "As pessoas aqui de Viseu e de Coimbra, essencialmente", responde a mulher. A estes juntam-se os emigrantes e alguns espanhóis. Ideia semelhante tem Joaquim Machado, que há cerca de 30 anos serve os veraneantes no bar Onda do Mar, também na Praia de Buarcos. Queixa-se do tempo e espera melhores dias para o mês de agosto. Também aqui a maioria dos clientes são do distrito de Coimbra, nomeadamente Condeixa-a-Nova, Lousã e Miranda do Corvo, e de Viseu. Aliás, um olhar um pouco mais atento permite constatar isso mesmo. Entre as pessoas que estão no estabelecimento e nas suas imediações, uma veste uma camisola da Associação Académica de Coimbra e outra enverga uma t-shirt do Rubgy Clube de Coimbra, que denunciam as suas origens. A primeira abordagem na marginal confirma a informação que nos foi avançada por Rosa Maria e Joaquim Machado. Cruzamo-nos com José Carlos e Maria de Lurdes, um casal de turistas de… Coimbra, precisamente. Têm casa na Avenida de Buarcos e "há quase 30 anos" que ali fazem férias. Encontrámo-los no segundo dia de descanso. "S. Pedro não está a ajudar", constatam. A proximidade e facto de possuírem casa são fatores determinantes na escolha da Figueira, que gostariam de ver mais viva: "faz cá falta o Santana Lopes.
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O imenso areal da Figueira da Foz ganha cor durante os meses de verão. Os veraneantes aproveitam todos os dias de sol para "trabalhar para o bronze"
Com ele, a Figueira era uma grande cidade no verão. Pode ter deixado dívidas, mas enquanto ele cá esteve havia muito mais vida. Desde que ele saiu, a cidade nunca mais avançou", atiram, antes de se fazerem ao enorme areal que separa a marginal do mar e que parece não ter fim. QUIAIOS À ESPERA DE AGOSTO Paramos para almoçar, antes de seguirmos para outra das praias do concelho: Quiaios. Saímos da Figueira já depois das 13H00 e, só por essa hora, o nevoeiro começa, também ele, a abandonar o areal da Claridade e de Buarcos. Aqueles que optaram por fazer praia durante a tarde terão mais sorte do que os "madrugadores". Haveremos de voltar, ao final da tarde, para comprovar isso mesmo. Chegamos à Praia de Quiaios e deparamo-nos com pouco mais de meia dúzia de chapéus-de-sol espalhados pela areia. Os veraneantes respeitaram as indicações dos especialistas e evitaram a exposição solar no período de maior calor: entre as 11H00 e as 17H00 (ver caixa). A
pausa é aproveitada para almoçar no hotel e nos restaurantes onde, (principalmente) durante o mês de agosto, será possível encontrar muitos empresários – e não só – de Coimbra. As horas passam a correr e não há tempo para esperar que os turistas terminem a sesta e regressem à praia. É preciso partir para outra. A Praia da Tocha, já no concelho de Cantanhede, é a que se segue. TOCHA É "A MELHOR PRAIA DO MUNDO" Aqui, o areal já está muito mais composto. Encontramos Ramiro Mendes sozinho debaixo do chapéu-de-sol. Enquanto descasca uma maçã, conta-nos que este é o segundo ano que optou pela Praia da Tocha, depois de já ter feito férias noutras praias da região, nomeadamente a Figueira da Foz. "Vim no ano passado, gostei e decidi voltar", conta o reformado, de 65 anos. "Tem menos movimento e é mais calmo que a Figueira", justifica o homem, de Penela, que conta voltar à Tocha nos próximos anos.
À direita: Um casal de namorados contempla a Praia de Quiaios, praticamente deserta À esquerda: Os banhistas da Praia da Tocha têm ao seu dispor livros, jornais e revistas na Biblioteca de Praia
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Mais perto da água está Ana Maia, de Cantanhede. "Venho para aqui sempre que posso. Porque é mais próximo, é mais calmo… é uma praia familiar", refere. "É a melhor praia do mundo", reforça Aires Baptista, que está mesmo ao lado. "É calma e é bonita", explica. No entanto, a Praia da Tocha não é, para nenhum deles a praia de sonho. "Trocava-a pela minha praia, a Praia da Barra, em Ílhavo e, se tivesse dinheiro, pelo Algarve. Mas esta, para mim, está ótima", afirma Ana. Nada disso, contraria Aires: "a melhor praia do mundo é a minha, o Portinho da Arrábida", aponta o homem, que é de Lisboa mas vive e trabalha em Cantanhede. O que é certo é que é a Praia da Tocha que os junta à beira-mar. CASA CHEIA EM MIRA Damos um "saltinho" até à Praia de Mira, última paragem deste périplo pelos principais destinos do Litoral de Coimbra. É, de todas por onde passámos, a que está mais lotada. Junto à água (dentro não porque a bandeira estava vermelha), debaixo dos chapéus-de-sol ou nas tradicionais "barraquinhas" com panos listados, milhares de pessoas aproveitam o melhor dos dias de verão. Uma vez que já estamos mais próximos de Aveiro, é mais habitual encontrar turistas oriundos desse distrito. É o caso da família de Raul Saldanha, que viajou desde Anadia
até à Praia de Mira. "Já há uns anos" que esta praia é destino de férias. Houve anos em que alugavam casa e ficava. Este ano, optaram por ir e vir todos os dias. Não procuram locais mais distantes por uma questão de tempo: "as férias são sempre curtas. Aqui, como é mais perto de casa, aproveitamos mais", refere, a meio de uma partida de Uno que a C interrompeu. Apesar de gostarem da praia não deixam de apontar alguns defeitos: "este ano está pouco higiénica. Os balneários estão com muita areia". Fica o alerta. Regressamos à Figueira da Foz para tirar as fotografias que o nevoeiro impediu de manhã. A Praia de Buarcos nem parece a mesma. As esplanadas estão repletas, grupos de jovens jogam voleibol e futebol nos campos espalhados pelo areal, onde milhares de toalhas estendidas dão cor ao imenso branco. Foi já mesmo ao final da tarde que conhecemos Vanessa Gonçalves, Inês Pinto, Ana Filipa Silva, Andrea Almeida e João Gomes, o grupo de jovens do Porto que faz a capa desta edição da C e que é a exceção que confirma a regra: as praias de Coimbra são, essencialmente, praias de proximidade, procuradas por quem vive e trabalha no distrito. PUB
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Cuidado com o sol
Em segurança
Figueira vai requalificar areal
O NÚMERO de casos de cancro da pele tem vindo a aumentar em Portugal, nomeadamente junto da população cada vez mais jovem. Os especialistas alertam para a necessidade de as pessoas repensarem a sua atitude: "A alteração de comportamentos é o mais importante na luta contra o cancro da pele. Não é com fármacos que nos vamos defender", afirmou Américo Figueiredo numa tertúlia sobre prevenção solar e cancro da pela realizada recentemente no espaço da Liga Portuguesa Contra o Cancro no Forum Coimbra. "Os protetores solares são úteis na defesa de algumas doenças induzidas pelo sol, mas não o cancro. Por isso, não os devemos usar como fator completamente seguro. O melhor mesmo é ir à praia até às 11H00 e depois das 17H00", acrescentou o dermatologista.
QUANDO vamos de férias, não queremos estar preocupados com nada, nem a segurança. Esse é o trabalho da GNR, que procura que nada corra mal aos veraneantes. Foi com essa intenção que lançou duas iniciativas, específicas para esta altura do ano. "Garantir a segurança nos locais de maior concentração de pessoas, proporcionando o necessário sentimento de segurança e proximidade, em demonstração plena de uma guarda moderna, colaborante e pró-ativa" é o objetivo da iniciativa Apoio aos Turistas, da GNR. Através de "equipas especializadas e formadas, os militares podem atuar em praticamente todos os locais, com uma versatilidade assinalável", refere a GNR. Os elementos deslocam-se em automóveis, motos, bicicletas e apeados.
A CÂMARA da Figueira da Foz quer requalificar e reordenar o areal e a frente de mar de S. Julião e de Buarcos. Para isso, vai lançar, em setembro, um concurso de ideias, que tem como objetivo principal "a criação de uma proposta que possa vir a enriquecer as soluções a consagrar no Plano de Praia", no âmbito do processo de revisão do Plano de Ordenamento da Orla Costeira. Os concorrentes deverão apresentar soluções para a requalificação do espaço de praia, a estruturação de áreas para pequenos equipamentos e espaços de utilização coletiva, o ordenamento do trânsito em toda a área das avenidas marginais confinantes com a praia, incluindo estacionamento, e a valorização da imagem urbana da frente edificada e do respetivo espaço público de acesso.
À direita: Grupos de jovens percorrem a marginal da Figueira da Foz, rumo às praias À esquerda: Os comerciantes não estão contentes com negócio no que vai de Verão. Esperam um agosto em grande 30
expofacic
BALANÇO
419 mil visitantes
em 10 dias
James Blunt adorou o público de Cantanhede
Rui Veloso encerrou a XXI edição do certame de Cantanhede
Tony Carreira continua a cativar o público da Expofacic
O CONCERTO de Rui Veloso e um magnifico fogo-de-artifício colocaram ponto final na XXI Expofacic - Feira Agrícola, Comercial e Industrial de Cantanhede. Com os 49 mil pessoas do último dia, domingo, o certame contabilizou 419 mil visitantes, número que, segundo José António Pinheiro, presidente da comissão executiva, funciona como recompensa para a organização. "Foram dez dias muito intensos, de muito trabalho e que corresponderam às nossas expectativas. Ultrapassamos os 400 mil visitantes e a Expofacic demonstra que é um evento consolidado, projetando Cantanhede em termos nacionais", considera. Após a avaliação, em outubro, da edição 2010, a comissão executiva iniciará a preparação da Expofacic 2012 que, à semelhança das anteriores, "tem o destino traçado", ou seja, "só pode ser um sucesso". Para Patrocínio Alves, presidente do conselho de administração da INOVA EM, os objetivos definidos para a XXI edição do certame "foram alcançados no número de visitantes, satisfação dos expositores e de todos os patrocinadores". O feedback, acrescenta, "é muito positivo, já que conseguiram muitos contactos e perspetivas de negócio". O preço social dos bilhetes e a qualidade do certame revelaram-se eficazes num momento menos positivo do ponto de vista económico, pelo que Patrocínio Alves só receou "mesmo" possíveis alterações das condições meteorológicas. João Moura, presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, destaca os níveis de afluência elevados e o facto da Expofacic ter conseguido combater o negativismo. "O primeiro dia da Expofacic 2011 foi um dos melhores de sempre", afirma. Novos fatores de atratividade e o aumento da qualidade nos espaços para refeições, divertimento e atividades lúdicas para os mais novos são argumentos que João Moura quer reforçar em próximas edições, dando como exemplo o êxito da renovada área agrícola. "Deste modo criaremos condições para que a Expofacic mantenha o estatuto de melhor feira do país por muitos anos, projetando o concelho de Cantanhede. É essa a nossa grande aposta", conclui. MN
Sérgio Conceição, Casas de Melo e João Moura
Zé Pedro agradeceu o apoio dos fãs e tocou como nunca
O público esteve, mais uma vez, presente, contribuindo para mais um êxito da organização
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destinos
"NOTÁVEIS" DE FÉRIAS CÁ DENTRO
OS FAMOSOS DE COIMBRA OPTAM ESTE ANO POR FAZER FÉRIAS EM TERRITÓRIO NACIONAL, SENDO QUE A MAIORIA CONTINUA A PREFERIR RUMAR ATÉ AO SUL, QUE CLASSIFICAM COMO SENDO A ZONA DO PAÍS COM MELHORES PRAIAS, POR TEREM BOA AREIA E ÁGUAS MAIS QUENTES TEXTOS MARTA VARANDAS SINAIS DA CRISE ou não, certo é que até os "notáveis" de Coimbra optam este ano pelas "férias cá dentro". A C foi saber qual o destino de férias para este verão e concluiu que as praias do Algarve, em busca da água do mar mais quente, continuam a ser o destino de eleição. O estrangeiro já não é a possibilidade que vem em primeiro
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lugar, sendo as viagens para fora do país uma opção que neste momento ocupa posição secundária. Muitos justificam-no com o estado do país, porque ao fazer turismo cá dentro, será a melhor forma para fazer crescer os números a nível nacional, argumentam. Ainda assim há sempre quem não dispense uma "escapadinha" à Europa ou a um
destino mais paradisíaco. Para os "notáveis" de Coimbra, as férias são vistas como um momento para estar com os filhos, com a família e os amigos, para relaxar e carregar as baterias e também para ler e organizar o resto do ano de trabalho. Olinda Rio, assessora principal do Ministério da Educação, remata as férias com "chave de
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ouro", ao passar alguns dias de forma tranquila na sua quinta na Guarda. Também o professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Calvão da Silva, não termina os dias que tirou para descansar sem passar pela terra natal, em Trás-os-Montes. As alternativas são muitas. Mas sempre cá dentro.
DUARTE NUNO VIEIRA Presidente do Instituto de Medicina Legal de Coimbra
FERNANDO REGATEIRO Presidente do Conselho de Administração dos HUC " Vou para o Algarve, em agosto, para a zona que fica entre a Praia dos Aveiros e a Praia da Oura, no concelho de Albufeira. Vai ser o 32.º ano que vou, porque gosto e é agradável". Fernando Regateiro diz que "a praia é excelente, tem boa areia, boa água, bom clima e a boa companhia da família", considerando estes os ingredientes essenciais para passar umas férias relaxantes. Estas praias "estão próximas de tudo". Fernando Regateiro tem também o hábito de fazer "uma viagem complementar" depois das férias no Algarve, uma viagem "surpresa, frequentemente para o estrangeiro".
O Algarve, local de Portugal onde a água do mar atinge as temperaturas mais elevadas, continua a ser um destino de eleição. Praia da Oura (em cima) fica no concelho de Albufeira. Já a Praia da Rocha (em baixo) faz parte do concelho de Portimão.
"As férias vão ser muito curtas, por razões de trabalho. Vou passar duas semanas no Algarve, na Praia da Rocha, em Portimão, com amigos. Mas depois tenho compromissos de trabalho", explica. Duarte Nuno Vieira vai aproveitar estes dias para "acabar de ler alguns livros, relaxar e carregar baterias. Vai ser uma 'carregadela' pequena mas já é bom", refere, adiantando que só com quatro semanas de descanso é possível relaxar por completo. Contudo, até ao final do ano "vou aproveitar algumas saídas de trabalho para ficar mais uns dias, pelo menos nos locais que não conheço e onde nunca estive", diz.
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EMÍLIA MARTINS Presidente da direção da Orquestra Clássica do Centro
CALVÃO DA SILVA Professor catedrático da Faculdade de Direito da UC
OLINDA RIO Assessora principal do Ministério da Educação
"Vou passar as férias na cidade, em Coimbra, por razões pessoais e profissionais", diz Emília Martins. Contudo, com crianças, conta passar algum tempo à beira-mar, sendo que a praia que vai escolher será São Martinho do Porto, por tratar-se de "uma zona especialmente bonita". A dirigente da OCC quer aproveitar os tempos disponíveis para também conhecer o património e "enriquecer, do ponto de vista cultural, os filhos". Alcobaça, Luso, Buçaco e Curia são pontos de passagem. Elege o Porto para jantar, "do lado de Gaia, porque a vista é privilegiada".
" Vou passar alguns dias no Algarve, em Vilamoura e depois sigo para a Figueira da Foz e para Mira", conta o catedrático da Faculdade de Direito, que afirma ser defensor e apologista das "férias cá dentro. É mais benéfico para o país, porque ao procurarmos o turismo cá dentro ajudamos a contribuir para o seu desenvolvimento". Em Vilamoura vai estar 10 dias. E como "bom coimbrinha que sou, passo pela Figueira. Ainda vou a Trás-os-Montes, de onde sou natural". Pelo meio garante que vai "pôr a leitura em dia".
"Não passo férias sem ir à Figueira da Foz, onde tenho casa. É uma forma de fazer férias cá dentro e melhorar a situação do país", diz a também deputada municipal, que considera a Figueira um local cheio de alternativas, "por ter a Serra da Boa Viagem, lojas e tantos outros atrativos". Mas as férias vão continuar no Club Med Smir, em Marrocos, onde durante uma semana conta dedicar algum tempo à prática de vela, visto que o clube tem essa vocação desportiva. As férias terminam na quinta da Guarda, da qual é proprietária.
Curia é um local turístico da Bairrada (à esquerda) e Praia da Figueira da Foz (à direita) é a mais próxima de Coimbra
Club Med Smir fica em Marrocos (à esquerda) e Cabo Verde e a sua paisagem paradisíaca (à direita)
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ANTÓNIO HENRIQUES Presidente do Clube de Empresários de Coimbra "Este ano vou passar 10 dias no Algarve, na Quarteira e, no final de agosto, sigo para Cabo Verde", conta o presidente do Clube de Empresários de Coimbra, que confidencia: "gosto de fazer férias várias vezes ao ano e não muitos dias seguidos de cada vez". Muita praia é um dos requisitos essenciais para António Henriques, que aproveita a altura das férias para "refletir, porque o sol é bom conselheiro", explica. Também o mar traz "um ambiente de renovação" que muito preza. Bons jantares, dormir muito e ler são outras das prioridades para estas férias.
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investigação head
cérebros
QUÍMICA ORGÂNICA
Novas moléculas melhoram a vida do homem INVESTIGADOR DA UNIVERSIDADE DE AVEIRO ESTÁ A PROJETAR E A PRODUZIR ANTIOXIDANTES QUE PODEM TER APLICAÇÕES NA MEDICINA E NA COSMÉTICA TEXTO E FOTO MARTA VARANDAS A NECESSIDADE de consumir antioxidantes no dia-a-dia é amplamente conhecida. Associados ao "elixir da vida", os antioxidantes são moléculas capazes de neutralizar a ação dos radicais livres que são produzidos no organismo. Fazem bem à saúde, mas também ajudam a conservar alimentos, facto que tem levado a comunidade científica a procurar novas moléculas com atividade mais potente, relativamente aos já disponíveis no mercado. Artur Silva, professor de Química Orgânica na Universidade de Aveiro (UA), está a desenvolver investigação na área. Já registou uma patente para moléculas com aplicações promissoras na medicina e cosmética, e que apresentam potenciais propriedades anticancerígenas. O docente explica que "geramos radicais livres no organismo" e em caso de produção excessiva podem resultar em doenças como o cancro, situações inflamatórias, doenças neurodegenerativas (Alzheimer e Parkinson), aterosclerose e envelhecimento. "Andamos sempre à procura de antioxidantes,
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Queremos descobrir algumas moléculas que tenham atividade muito forte mas sem serem tóxicas
precisamente por terem uma relação de proteção nas doenças e também na conservação de alimentos", refere o investigador. E que tipo de compostos são os antioxidantes obtidos em Aveiro? "São moléculas polifenólicas, da família das xantonas e das cromonas", diz Artur Silva, que simplifica: "Um copo de vinho tinto tem compostos polifenólicos, pela sua cor. Na fruta e vegetais também existem estas moléculas". Como os antioxidantes que existem nos produtos à venda no mercado podem, em determina-
das concentrações, não ser os mais indicados para o homem, os cientistas "querem desenhar e sintetizar estas moléculas polifenólicas, para encontrar compostos que possam ter aplicação na medicina, na dermatologia e na cosmética", conta o investigador à C. No fundo, "queremos descobrir algumas moléculas que tenham atividade muito forte mas sem serem tóxicas. Tentamos produzir compostos similares aos que existem na natureza, mas com atividade mais forte". Artur Silva faz parte de dois projetos. Um deles tem cerca de 10 anos e além da UA envolve a Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, a Faculdade de Medicina de Lisboa e o Hospital de Amiens (França). "Neste caso já temos os compostos sintetizados, ou seja, já temos as moléculas polifenólicas com aplicações promissoras em termos de medicina e cosmética", explica, avançando que "já há um acordo de confidencialidade firmado por uma empresa farmacêutica e/ou cosmética. Podemos estar
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ciência & tecnologia Astronomia é tema de sessão em Leiria O CENTRO de Interpretação Am-
biental de Leiria, junto ao Jardim de Santo Agostinho, será palco de uma sessão de "Astronomia de Verão", no dia 10 de agosto, pelas 22H00. Será realizada uma observação noturna, precedida de uma palestra de enquadramento, a cargo de José Matos, da Associação de Física da Universidade de Aveiro - FISUA, sendo a participação, para todos os interessados, livre e gratuita.
Curie no Museu da Ciência da UC
A EXPOSIÇÃO "Maria Skłodowska
a um passo de ter um novo medicamento se a viabilidade da produção for razoável para essa empresa", refere, cauteloso. Estas moléculas já estão patenteadas. Inicialmente tinham a patente portuguesa (PT), mas desde dezembro passado têm submetido o registo para patente europeia (PTDC). Além deste projeto Artur Silva integra o "Red Cat", projeto europeu com financiamento de cerca de três milhões de euros e que envolve moléculas da família dos compostos polifenólicos, numa investigação com aplicação na medicina, especificamente no que diz respeito a inflamações e doenças neurodegenerativas. Desta rede europeia fazem parte oito universidades europeias e duas PME que estão envolvidas na exploração dos resultados obtidos pelas universidades. "Já temos resultados, mas ainda estamos na fase do desenho e síntese das moléculas", assegurou o investigador. A apresentação das conclusões será feita em novembro de 2012, quando termina esta fase.
à lupa NOME
Artur Silva DATA DE NASCIMENTO
27 de junho de 1963 NATURALIDADE
Alpendorada (Marco de Canaveses)
Curie: Madame Curie" vai continuar patente no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (UC) até ao dia 2 de outubro. A mostra é organizada em colaboração com os Arquivos da Academia das Ciências da Polónia, o Museu de Maria Skłodowska Curie, em Varsóvia, e o Museu Curie, em Paris. Foi inaugurada no Museu da Ciência em abril.
RESIDÊNCIA
Aveiro
Lua tem formação vulcânica rara
MÚSICA
UM ARTIGO publicado na "Nature
Queen
PRATO PREDILETO
"Um bom Cozido à Portuguesa" VÍCIOS
O trabalho HÓBIS
Jogar futebol
Geoscience" revela a descoberta de um raro complexo vulcânico no lado negro da Lua. Cientistas da Universidade Washington, nos Estados Unidos, recorreram a imagens recolhidas pela sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), para ver regiões atípicas no lado negro da lua.
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poder local
demografia
COIMBRA POUCO ATRATIVA OS CENSOS 2011 MOSTRAM QUE A CIDADE E A REGIÃO JÁ NÃO TÊM O FULGOR POPULACIONAL DE OUTRORA. MAS AINDA HÁ CONCELHOS CUJOS HABITANTES AUMENTAM TEXTOS MARCO ROQUE FOTOS PEDRO RAMOS BEATRIZ GOMES, nascida em Coimbra, foi
campeã mundial de canoagem em 2009 e integra a equipa nacional da modalidade. Para além disso, é também professora na Faculdade de Ciências do Desporto da Universidade de Coimbra (UC). E, como tantos outros habitantes da cidade, deixou de residir em Coimbra na última década. "Eu vim viver para Montemor-o-Velho, em 2004, numa tentativa de conciliar a atividade profissional com a desportiva", revela a atleta. "Aqui estava o centro de alto rendimento (CAR) que acolhe a equipa nacional de canoagem. Achei que seria mais fácil conciliar tudo estando a viver em Montemor, apesar de estar a trabalhar em Coimbra", acrescenta. Se, neste caso, a existência de um complexo desportivo foi determinante para a mudança, o fator emprego acaba por ser o mais determinante na hora de escolher casa. "De um modo geral, creio que, hoje, o local onde
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a população se fixa tem a ver sobretudo com razões de natureza laboral. Tem a ver com o mercado de trabalho", sublinha Fernanda Cravidão, especialista em Geografia Humana na Faculdade de Letras da UC. No entanto, há outro fator que ganhou força na última década. "Há uma circunstância que tem sido penalizante para a mobilidade, que é o grande investimento que houve em aquisição de casa própria. Esse investimento leva a que muita população em idade ativa continue a residir no local onde comprou habitação, embora trabalhe noutras áreas", revela a investigadora, defendendo que "isso tem sido penalizante porque impede, muitas vezes, que um trabalhador mude de emprego". Estes motivos servem para explicar a diminuição da população de Coimbra e para os aumentos nalguns concelhos limítrofes (ver página 40)? "Não só por isso, mas de facto houve um crescimento da periferia, que até
tem boas acessibilidades, oferecendo preços mais baratos nas habitações que, não sei se são melhores, mas maiores são de certeza", responde Fernanda Cravidão. "Esta periferia mais a sul, bem servida por acessibilidades e que teve pessoas à frente que apostaram nesses concelhos, acabam por ter parques habitacionais de relativa boa qualidade, a preços muito mais competitivos do que a cidade", sublinha a investigadora. No fundo, infraestruturas que marcam a diferença. "Viver cá implica algumas deslocações", refere Beatriz Gomes, acrescentando que "Montemor acaba por oferecer estruturas desportivas, para além do CAR, que facilitam muito o treino: ginásio, piscina, percursos para correr ou andar de bicicleta". "Para além disso, se uma pessoa não for muito de sair à noite, como eu, tem tudo aquilo que é necessário para o dia-a-dia, como uma loja do cidadão. Como é relativamente pe-
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queno acaba por ser tudo mais rápido, não há trânsito, por exemplo. Do meu ponto de vista, ganho qualidade de vida", completa. Em Coimbra, a questão da população estudantil é marcante. "Cerca de 25 por cento da população que existe é flutuante: são os estudantes. É uma população efémera, embora alguns acabem por ficar, alugam quartos e apartamentos, mas não criam raízes na cidade", refere Fernanda Cravidão. E não existem empregos para todos. "A cidade não tem capacidade de empregar todos os estudantes. A questão é tão simples quanto essa. Ao nível da rede urbana da Península Ibérica, é uma cidade pequena. A universidade e os serviços de saúde não podem criar emprego para toda a gente", sublinha a investigadora. Outro dado interessante dos resultados preliminares dos Censos 2011 é que, apesar de Coimbra ter menos população, o número de alojamentos aumentou. "Construiu-se a mais para a população que a cidade tinha e agora cerca de 30 por cento dos alojamentos estão vagos na cidade. Não houve um equilíbrio entre a população residente que existe e o número de alojamentos necessários", sublinha. A nível geral, a diminuição de população e o seu envelhecimento é irreversível. "Já escrevi isso em 1986, com uma colega. É um processo irreversível que, em Portugal, foi algo acelerado. No entanto, podemos aprender a olhar para estas populações de outro modo", refere Fernanda Cravidão. Apresenta também uma oportunidade. "Aí está um nicho importante para a criação de emprego: são pessoas com diferentes necessidades de saúde e culturais, por exemplo. Os padrões de consumo alteram-se e a sociedade tem de alterar a sua visão também", sublinha. De volta a Montemor, Beatriz Gomes revela que a mudança pode ser permanente. "Depois de ter vivido alguns anos em casas alugadas, acabei por comprar casa cá. Não me vejo a sair de Montemor, mesmo quando deixar a seleção. Embora implique algumas deslocações, não me sinto longe de Coimbra e vejo que tenho qualidade de vida aqui", conclui.
JORGE BENTO – PRESIDENTE DA CÂMARA DE CONDEIXA
Condeixa é uma boa opção em termos residenciais "CONDEIX A BENEFICIA da proximidade a Coimbra, cidade com excelentes serviços e capacidade empregadora. Temos uma boa oferta de transportes públicos e os tempos de deslocação são bastante reduzidos. Evidentemente que o preço da habitação, bastante inferior, é um fator concorrencial relevante. A oferta de equipamentos públicos, escolares, de lazer, culturais ou desportivos é bastante boa e, associada à qualidade dos serviços públicos, torna Condeixa uma boa opção em termos residenciais. Nunca é de mais sublinhar que Coimbra tem excelentes indicadores nas áreas da economia digital e da saúde, e o crescimento da
cidade e dos concelhos da sua envolvente serão tanto mais sustentados quanto esses indicadores forem melhorados. Reduzir os dados do Censos 2011 a uma mera operação de contabilidade de pessoas é um erro. Os dados do Censos devem ser uma ferramenta para projetar as políticas do futuro que passam pela afirmação de Coimbra a par do reforço da sua coroa urbana".
FERNANDO CARVALHO – PRESIDENTE DA CÂMARA DA LOUSÃ
Lousã é um concelho integrador para os novos residentes "O CONCELHO consegue exercer uma atratividade baseada na qualidade dos seus serviços e das suas infraestruturas: abastecimento de água, saneamento, educação, saúde, cultura, instalações de serviço público, aquilo a que chamamos qualidade de vida. É um concelho que tem vida própria, com um elevado número de instituições de caráter social, cultural, desportivo em atividade permanente e grande dinâmica. É um concelho integrador para os novos residentes e de grandes belezas naturais e patrimoniais. Para além disso, o preço da habitação é inferior à sede do distrito. Para aqueles que resumem o nosso crescimento demográ-
fico apenas à questão do p r e ç o , p e rgunto: e nos outros concelhos que não tiveram, ou tiveram crescimentos mais diminutos, o preço da habitação também não é semelhante ou inferior ao do nosso concelho? Sinto-me orgulhoso de tal ter acontecido, mas estes resultados são o corolário de um esforço conjunto de todos aqueles que trabalham em prol do concelho".
LUÍS LEAL – PRESIDENTE DA CÂMARA DE MONTEMOR
Montemor oferece qualidade de vida numa ruralidade moderna "MONTEMOR POSSUI uma localização privilegiada, com boas acessibilidades, oferecendo diversificação e qualidade nos serviços de educação, saúde, segurança, bem como se registam custos mais acessíveis para investimento na aquisição de habitação. Assiste-se a um desenvolvimento estruturado, que permite manter uma ruralidade moderna que oferece qualidade de vida e, ao mesmo tempo, uma oferta que se adequa aos dias de hoje. Sem dúvida que a manutenção de uma ambiência ambiental, cultural, desportiva e paisagística de exceção são também condições atrativas para quem escolhe Montemor para vi-
ver. O gáudio dos resultados implica, simultaneamente, maior responsabilidade na concretização de um triângulo virtuoso que mantenha a atratividade para os novos residentes nos seguintes planos: educação e segurança, melhores soluções de empregabilidade e uma diversidade de ofertas que conjugue criatividade – turismo – desporto e lazer".
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demografia
poder local
REGIÃO BAIXO MONDEGO
COIMBRA
VILA NOVA DE POIARES
2011
152.603 habitantes (presente)
2001
157.510 habitantes (presente)
2011
2011
332.153 habitantes (presente)
2011
2001
143.052
341.018
habitantes (residente)
habitantes (presente)
habitantes (residente)
2001
habitantes (presente)
148.443 habitantes (residente)
2011
332.153
7.145
habitantes (residente)
2011
340.309
79.665
habitantes (residente)
alojamentos
6.785
habitantes (presente)
2011
7.263
2001
2001
2001
7.061
habitantes (residente)
2001
68.051
alojamentos
Análise: Não é só Coimbra que perde habitantes, toda a subregião do Baixo Mondego (que junta Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Mira, Montemor-o-Velho, Penacova e Soure) apresenta um decréscimo populacional.
CONDEIXA-A-NOVA
2011
16.822 habitantes (presente)
habitantes (residente)
2001
14.871 habitantes (presente)
MONTEMOR-O- VELHO
25.266 habitantes (presente)
2001
15.340
26.214 habitantes (residente)
40.702 edifícios
2001
35.807 edifícios
LOUSÃ
MIRANDA DO CORVO
2011
2001
24.485 habitantes (presente)
2011
habitantes (residente)
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Análise: Apesar da cidade ter menos habitantes, o investimento em construção não parou e o número de alojamentos e edifícios aumentou.
2011
2011
17.163
2011
16.917 habitantes (presente)
2011
2001
15.059 habitantes (presente)
2011
2001
25.478 habitantes (residente)
17.380 habitantes (residente)
Análise: Estes são os concelhos que, com maior proximidade de Coimbra, conseguiram ter aumentos de população. No entanto, não foi o suficiente para compensar as perdas de Coimbra, no geral a população acabou por diminuir.
12.693 habitantes (presente)
2001
12.786 habitantes (presente)
2011
2001
15.753 habitantes (residente)
4AGOSTO 2011
13.100 habitantes (residente)
2001
13.069 habitantes (residente)
CANTANHEDE
Biocant expande investigação
Juventude Popular ofereceu piscina ao Lar Girassol A JUVENTUDE POPULAR de
O BIOCANT – Associação de Transferência de Tecnologia, com sede em Cantanhede, vai dispor de um novo edifício para instalação de empresas de biotecnologia e de algumas infraestruturas físicas de suporte à sua atividade, com particular relevo para novos espaços laboratoriais de uso comum e serviços partilhados. O cofinanciamento do BIOCANT III, envolvendo um investimento total de 6,7 milhões de euros e já aprovado pela Comissão Diretiva do Mais Centro, contará com uma comparticipação do FEDER de 5,4 milhões de euros. Para Alfredo Marques, presidente da Comissão Diretiva do Mais Centro, "este é mais um passo no sentido do reforço e qualificação do sistema científico e tecnológico da região Centro, que destaca o elevado dinamismo que o Biocant tem revelado, pois este é já o segundo edifício apoiado pelo Mais Centro". No momento da aprovação do projeto, existiam diversas empresas do setor que tinham manifes-
foto legenda
tado interesse na construção desta nova unidade, de que são exemplo a Equigerminal (empresa de biotecnologia veterinária que visa a gestão e controlo da sanidade e recursos genéticos em animais), a Cell 2 B (empresa de biotecnologia especializada no desenvolvimento de terapias celulares para aplicação médica), a Bioalvo (empresa de biotecnologia especializada nas fases iniciais de desenvolvimento de novos biofármacos e terapias para doenças neurodegenerativas) e a Biotrend (empresa dedicada ao desenvolvimento de processos de biotecnologia industrial para produção de produtos a partir de matérias-primas renováveis (principalmente subprodutos agrícolas) com aplicação em setores como o químico, nutrição humana e animal, pasta e papel, têxtil, ambiental e energético. O edifício incluirá, ainda, uma unidade industrial de biotecnologia à escala piloto (Biopilot), para alojamento de actividades de I&DT e demonstração industrial. Três momentos importantes da vida de Miguel Torga, vistos pelos olhos e pela objetiva do fotojornalista Carlos Jorge Monteiro (conhecido no meio como Cajó), estão retratados no Recordatório Rainha Santa Isabel, em Coimbra. A exposição – composta por 19 fotografias – está patente ao público até dia 27 de agosto.
Coimbra reuniu-se mais uma vez, desta feita para apoiar um lar de infância e juventude, o Lar o Girassol, situado em Alcarraques, oferecendo-lhe uma piscina insuflável e possibilitando, assim, que as crianças que vão permanecer durante as férias de verão na instituição "possam passar o seu tempo com maior qualidade e divertimento". A piscina foi conseguida com recurso a uma doação, o que, para a JP, "prova novamente que, com alguma força de vontade e espírito de cidadania, se consegue fazer coisas positivas que, mesmo não envolvendo grandes recursos, podem fazer a diferença". Recorde-se que, recentemente, os elementos da JP de Coimbra ajudaram também a requalificar o espaço do refeitório do Lar de Infância e Juventude de São Martinho do Bispo, através da pintura das paredes e da renovação dos cortinados e das toalhas do lar.
"Realidades de Tábua" em exposição SÃO 44 fotografias que traçam o
retrato do concelho. Sob o mote "Realidades de Tábua", o movimento Viver Taboa (www.facebook.com/vivertaboa) propôs que se fotografasse o que está bem e o que está mal no concelho e os participantes partiram para a rua de máquina fotográfica em punho. O resultado está patente numa exposição itinerante que irá nos próximos meses percorrer vários espaços comerciais do concelho – bares, cafés, espaços públicos – numa fórmula que a organização acredita representar uma aproximação às pessoas e ao seu dia-a-dia. As fotografias foram captadas por 12 fotógrafos amadores.
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dinheiro
especial
JARDINS Tendências e gestão do espaço
O êxito da jardinagem bem sucedida depende da combinação de planeamento rigoroso com uma execução perfeita. O espaço não é condicionante, já que a experiência demonstra que num pátio traseiro é possível criar um pequeno jardim ou instalar um canteiro de dimensões "a gosto" e que servem os objetivos dos proprietários e/ou residentes. A harmonia com o espaço envolvente é uma das condicionantes na montagem de um jardim parti-
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cular, que deve refletir os gostos, os costumes e as exigências dos seus proprietários. A beleza de um jardim não é obra do acaso, já que, além do projeto, depende da manutenção das áreas verdes envolventes. Além do enquadramento urbanístico, na conceção de um jardim, é recomendável analisar o clima e a luminosidade. A escolha das plantas, entre outras, é influenciada por esta leitura da envolvente do futuro espaço verde.
4AGOSTO 2011
Af_CNoticias_112,5x297_Fado.pdf
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7/5/11
3:49 PM
Os jardins verticais são muito utilizados em cidade, já que dão resposta às limitações de espaço
C
Os jardins verticais atuam ao nível da acústica
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na vertical com os mais diversos fins e a técnica acabou por ser aplicada também aos espaços verdes. Patrick Blanc é uma referência nesta matériae e possui um currículo admirável e que inclui o museu de Quai Branly, em Paris, e o Caixa Forum, em Madrid, por exemplo. O sistema vertical pode aplicar-se quer em espaços interiores, quer em espaços exteriores, nomeadamente fachadas de edifícios, cobertura de muros, paredes, labirintos, divisão de espaços, entre outros. A naturalização do espaço urbano, o que na prática significa tornar verde o "cinzentismo" de muitas cidades, é a principal vantagem dos jardins verticais, que melhoram a acústica e aumentam o conforto térmico. O paisagismo, segundo alguns autores, deve ser articulado de forma tridimensional, pelo que o enquadramento na vertical é
um dos aspetos a reter. Os jardins verticais promovem a integração de espaços verdes no ambiente urbano, garantindo mais valias nos capítulos visual e ambiental. A tradicional marquise, cujo valor paisagístico é questionável, tem os dias contados, surgindo no seu lugar canteiros de plantas e trepadeiras, por exmeplo, que "naturalizam" a paisagem. As paredes vegetais são outras das soluções. Podem assumir várias formas e tamanhos e, através da seleção de plantas, é possível obter o efeito pretendido. No que diz respeito às vantagens, as paredes vegetais asseguram a introdução do verde na decoração sem reduzir o espaço útil, o que é um fator determinante num apartamento ou num escritório. Beleza e frescura, além de oxigénio e humidade e, em muitos casos, purificação do ar contam-se entre as vantagens.
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HÁ DÉCADAS que se constrói
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jardins
Jardim seco alternativa aos jardins convencionais O JARDIM seco é a melhor solução para quem não tem tempo para cuidar de um jardim convencional. A economia de água e a ausência de químicos no tratamento das plantas são duas das vantagens, já que as plantas utilizadas nestes jardins são resistentes a pragas. Por outro lado, um jardim seco pode ser adaptado em qualquer espaço, ainda que, segundo os especialistas, resulte melhor em pequenas áreas - varandas e jardins de inverno, por exempl,o. As plantas típicas de ambientes áridos, pata-de-elefante (Beaucarnea recurvata) e cacto-can-
delabro (Euphorbia ingens), por exemplo - as chamadas de plantas xerófitas, capazes de reduzir a perda de água e acumular o precioso líquido - são a melhor opção, mas a palma-brava (Opunca leucotricha) e a rosa-de-pedra (Echeveria gibbeflora), que resistem às altas temperaturas, também podem constar do projeto. Pedriscos e areia são perfeitos na drenagem do solo, que deve ser leve e permeável (de preferência arenoso). Mesmo sem regas constantes, o jardim seco requer alguma atenção nomeadamente na limpeza das folhas secas e amareladas.
As plantas xerófitas, capazes de reduzir a perda de água e acumular o precioso líquido, são a melhor opção
TENDÊNCIAS Utilização de misturas planeadas entre o jardim tradicional e um jardim clássico com inclusão de flores e ervas aromáticas, conjugada com uma eficiente iluminação Trabalhos paisagísticos mais complexos (pavimentação, muros, lajes, sebes) devem ser feitos durante as estações, de modo a que o espaço evolua sem nunca perder a beleza Arbustos e sebes devem ajustar-se aos canteiros de flores, aos relvados e ao ambiente
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empresáriohead de sucesso
NO 65.º ANIVERSÁRIO DA FUCOLI/SOMEPAL, O EMPRESÁRIO ÁLVARO PEREIRA FAZ O BALANÇO DE UMA VIDA DEDICADA AO TRABALHO E À FAMÍLIA TEXTOS E FOTOS MÁRIO NICOLAU
NÃO GUARDAMOS DINHEIRO E O que é representam 65 anos na vida de uma empresa? São um caminho muito positivo. Comprámos duas unidades que estavam completamente ultrapassadas e construímos duas empresas dinâmicas e de sucesso. Ganhámos algum dinheiro e fomos investindo, ou seja, não levamos o dinheiro para casa e hoje em dia, apesar da crise profunda da economia, conseguimos honrar os nossos compromissos, o que é fundamental.
cento daquilo que produz, o que é uma almofada importante. Hoje, quando se fala em exportação, é preciso lembrar que todos os governos recomendam às empresas que apostem nos mercados internacionais como meio de escapar à crise. Através a exportação, as empresas conseguem garantir a sobrevivência, beneficiando da proximidade e, em muitos casos, da amizade que se vai criando ao longo dos anos com os clientes. São precisamente esses clientes que nos têm ajudado.
O crescimento da Fucoli/Somepal confunde-se com a história da família? Um pouco, para não dizer muito. O nascimento dos filhos, a educação, o casamento, o nascimento dos netos ocorreram paralelamente ao crescimento da Fucoli. Em 1990 comprámos a Somepal e transformamos uma empresa falida e com os recursos humanos completamente degradados numa equipa eficaz e profissional. Foi um processo lento, mas a Somepal é atualmente uma empresa exemplar, certificada ambientalmente e, também, na qualidade. Enfim tem todas as condições para trabalhar e, principalmente, para exportar.
Quais são os principais mercados da Fucoli/Somepal? África é muito rica, tem tudo por fazer, mas vive actualmente uma situação dramática. A comunidade internacional resolve o problema da fome pontualmente, mas devia pensa r numa solução definitiva. Descobrimos o Cazaquistão (um país maravilhoso), mas a Ucrânia também tem muito potencial. O Dubai e o Iraque foram outros destinos dos produtos da Fucoli/Somepal. Este negócio, porém, está nas mãos de multinacionais. Produzimos 60 toneladas por dia e a mais poderosa… mil toneladas. Possivelmente faz 10 por cento deste valor e vai comprar o restante à China.
A exportação é a mola real das empresas portuguesas neste momento? Sem dúvida. O grupo exporta cerca de 26 por
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A evolução tecnológica foi sempre uma prioridade na estratégia do grupo?
Foi. Há cerca de 20 anos, soubemos, pela primeira vez, que tínhamos emissões de monóxido de carbono. As próprias entidades oficiais não sabiam. Através da investigação, foi possível perceber o que acontecia e adotamos uma nova tecnologia muito cara: os fornos elétricos de indução. Gastamos dois milhões e meio de euros. Foi um esforço enorme. Quais são as vantagens? O combustível está sempre disponível, pelo que é possível trabalhar 24 horas por dia. Melhoramos, também, o sistema de modelação automática e introduzimos uma novidade na Europa a este nível: o vazamento automático. Temos novos sistemas de preparação de areia (preparamos 60 toneladas de areia por dia) para as caixas de modelação. Na Somepal, além da reconstrução das instalações , construímos dois novos pavilhões, compramos um robot de pintura, informatizamos todos os setores, compramos PDA para a atualização do stock o que é um salto extraordinário. A evolução tecnológica implicou o reforço da formação? Sem dúvida. Além das 35 horas anuais previstas, realizamos várias ações de formação. Não é fácil para muitos trabalhadores, mas a maioria tenta aprender, o que é, se dúvida, muito positivo.
4AGOSTO 2011
ÁLVARO Pereira foi sensível à situ-
O EM CASA As indemnizações aos trabalhadores condicionam a reestruturação das empresas? E o desemprego? Pode aumentar a competitividade das empresas no exterior. Mas penso que a taxa social única é mais importante neste processo, já que se pagarmos um bocadinho menos, teremos possibilidade de baixar um pouco os preços. Penso que será possível resolver o problema dos trabalhadores até aos 35 anos, mas, para lá desta idade, não acredito que exista solução. Este não é, ainda, o fim último da democracia, há um outro patamar que não sabemos muito bem o que é. A democracia tem o inconveniente do social, do dar-se dinheiro a muita gente que não trabalha. Essas pessoas devem dar alguma coisa ao país. Está preocupado com a situação do país? Gastamos muito dinheiro em bens não -transaccionáveis: ponte Vasco da Gama, estádios, auto-estradas e, agora, queriam construir um novo aeroporto e lançar o TGV. Quem não queria o TGV é que tinha razão, pois li há dias num jornal que os espanhóis têm TGV e acumulam prejuízos. Aliás, em Espanha o número de utilizadores tem vindo a diminuir.
ação económica que o país atravessa e, no 65.º aniversário da empresa, optou pela atribuição de subsídios a várias instituições. A Casa dos Pobres, a Cozinha Económica, os Bombeiros Voluntários de Coimbra, os Bombeiros Voluntários da Pampilhosa e a Comunidade Juvenil S. Francisco receberam, cada uma, mil euros. A inauguração do jardim do Mundo, nos terrenos da Somepal, na Pampilhosa do
Solidariedade e ambiente A inauguração do Jardim do Mundo contou com a participação da família de Álvaro Pereira e de funcionários da unidade Somepal na Pampilhosa do Botão
Botão, integrou o programa do aniversário. Resulta das preocupações ambientais do empresário, que confessa "o gosto" pelas árvores, flores e pássaros. Cada árvore do jardim tem uma história e uma delas resulta da recuperação, pelos cientistas, de uma espécie já com 300 milhões de anos. No dia em que reuniu a família, o patrão da Fucoli/Somepal era um homem feliz.
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marketeer
"No bom humor está a virtude" ISABEL RAMOS É RESPONSÁVEL DE MARKETING NA ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE AVEIRO E SÓCIA-GERENTE DA BINIBAG GUEST HOUSE EM AVEIRO Qual foi o seu primeiro emprego? Consultora numa empresa de consultoria em Turismo. Como gastou o primeiro ordenado? Férias na Zambujeira do Mar. Um sonho… Vários. Feliz com os meus amores num "cantinho" com vista para o mar e Missão em África, um dia. O que não suporta? Incompetência com vaidade (Princípio de Peter, portanto...). Um vício que não equaciona deixar… "Googlar". E que marca não dispensa? Facebook.
conversa de
quiosque O Quiosque da Carlota pode ser encontrado na rua Simões de Castro e oferece uma ampla variedade de produtos aos seus clientes. Lá, vende-se "de tudo um pouco", por entre as revistas, os jornais e o tabaco. Na verdade, o que acaba por ser mais solicitado pela "freguesia"
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Quiosque da Carlota Rua Simões de Castro, n.º 158 Coimbra - 239 829 042
acaba mesmo por ser o tabaco. Existe com esta designação há cerca de cinco meses, e o "negócio tem corrido bem". Um dos lemas do estabelecimento podia ser "cedo erguer", pois o quiosque abre por volta das 06H00 da manhã, encerrando por volta das 20H00.
4AGOSTO 2011
Que música lhe dá vontade de cantar em voz alta? Tantas... Talvez Rolling Stones: "Simpathy for the Devil". E se for no carro, mais alto ainda. Com quem não jantava? Ocorre-me apenas com quem jantava. Último livro lido, cd ouvido, filme visto? Últimos (pois, gosto de diversificar): Literatura de "Mãe pela 1.ª vez" - "Já te Disse", Paulo Oom. "Ensaio sobre a Lucidez" (José Saramago); "Anjo Branco" (José Rodrigues dos Santos). "Vivo a Sorrir", de Adriana Calcanhotto. "The Hangover 2". Lema de vida? No bom humor está a virtude.
C127
dinheiro
mercado INOVAÇÃO
Ford utiliza Raios-X 2D e 3D
topo de gama
Leaf mais potente Capacidade elétrica aumenta
AO U T I L I Z A R aparelhos de
Raios-X 2D e 3D digitais no controlo da qualidade, a Ford Motor Company demonstra continuar na vanguarda da inovação. Embora os raios-X estejam geralmente reservados à medicina, a Ford há muito que descobriu o seu potencial, utilizando-os há quase uma década. Uma estreita colaboração com os fabricantes destes equipamentos permitiu desenvolvê-los de forma a responder às necessidades específicas da Ford. É a primeira ferramenta a que recorrem os engenheiros quando querem certificar-se de que as peças estão em perfeitas condições, tanto por dentro como por fora. "A tecnologia que utilizamos é, na verdade, tecnologia hospitalar ", disse Glenn Austin, radiógrafo.
A NISSAN prepara-se para aumentar a potência elétrica do Leaf. Na origem da medida estão as necessidades que se vivem no Japão, desde que o país foi assolado por um terramoto, seguido de tsunami, o que provocou um acidente nuclear no país. O objetivo, segundo o Jornal de Negócios, "é que os carros elétricos sejam vistos como solução de recurso no caso de um apagão". De acordo com a Tokyo Electric Power, gestora das centrais nucleares japonesas, o verão de 2011 poderá ser pontuado por falhas no forne-
cimento de energia elétrica no país, pelo que as duas construtoras japonesas decidiram tornar mais úteis as baterias de iões de lítio utilizadas para os carros. Para tornar as suas baterias capazes de servirem como um recurso elétrico alternativo, "os dois maiores fabricantes de automóveis elétricos querem aumentar a potência das suas baterias dos atuais 100 watts para 1.500 watts", refere o jornal. Um nível que permitiria alimentar uma panela elétrica ou um micro-ondas.
Opel Ampera a 42.900 euros
Audi A6 Avant em outubro O ACESSO às versões a gasolina faz-se através do 2.8 FSI Multitronic de 204 cv, proposto por 62.800 euros. Estão igualmente disponíveis o 2.8 FSI quattro S tronic de 204 cv e o 3.0 TFSI quattro S tronic de 300 cv, por 67.200 e 82.550 euros, respetivamente. O 2.0 TDI de 177 cv, com um preço de 53.550 euros, garante o acesso à oferta diesel.
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O AMPERA introduz outro conceito no mercado automóvel, já que é um veículo elétrico sem restrições em termos de autonomia, devido à associação com motor térmico a gasolina (1.4/86 cv), o qual funciona como extensor da mesma, sendo neste caso superior a 500 quilómetros. As rodas, segundo a Opel, são movidas a eletricidade e o consumo total anunciado é inferior a 1,6 litros/100 km e não excede 40 g/km em termos de emissão de CO2. As baterias recarregam em quatro horas, numa tomada doméstica normal.
4AGOSTO 2011
Com carga completa, o Opel Ampera pode percorrer entre 40 a 80 quilómetros, sem emissões
A RED BULL planeia aproveitar os sucessos na Fórmula 1 e um dos mais avançados departamentos técnicos do mundo na produção de automóveis. "A Red Bull costumava ser apenas uma companhia de bebidas energéticas, mas agora é também reconhecida como uma equipa de engenharia. Para nós é uma evolução natural envolvermo-nos no desenvolvimento de carros de estrada", afirmou Christian Horner, diretor da equipa, em declarações à revista inglesa Autocar.
Depois das bebidas energéticas e da Fórmula 1, a Red Bull prepara a entrada no mercado dos automóveis de estrada. O projeto deverá arrancar em breve.
quinta a fundo orsche Panamera dieP sel chega em agosto por 104.299 euros A Bentley está a desenvolver um SUV para competir com propostas como o BMW X5, o Audi Q7 ou o Porsche Cayenne A quarta geração do Honda CR-V é mais imponente
OS DOIS modelos vão estar disponíveis em Portugal por 21.500 e por 29.950 euros. Renault Twingo e Clio Gordini RS respeitam o espírito das décadas de 60 e 70 do século passado, quando os Gordini venciam provas motorizadas como a Volta a Córsega de 1964. A Renault confirmou a comercialização dos dois modelos para o mês de setembro, o que significa o regresso das listas brancas e do azul vivo nos seus automóveis. A marca pretende ainda lançar dois novos Gordini até ao final do ano, nomeadamente nos modelos Wind e Mégane. Para já conhecem-se apenas os preços e as especificações do Twingo e do Clio. O primeiro irá utilizar o motor de 1.6 litros a gasolina de 133 CV, enquanto o segundo irá acoplar o mais potente 2.0 litros de 203 CV.
937 mortos nas estradas portuguesas em 2010 SEGUNDO O relatório da Autoridade
Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), no ano passado, morreram em Portugal continental 937 pessoas vítimas de acidentes rodoviários. A ANSR efetuou o levantamento do número de mortos no período compreendido entre o momento do acidente e os 30 dias seguintes à sua ocorrência, dados contabilizados pela primeira vez em Portugal. Este indicador, segundo a metodologia utilizada nas estatísticas internacionais ("Morto a 30 dias"), era calculado através da aplicação de um fator de correção de 1,14 ao número de mortos ocorrido no local do acidente ou durante o transporte até à unidade de saúde.
C185
Red Bull quer mercado
Twingo e Gordini RS em setembro
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dinheiro
Comboios elétricos entre a Covilhã e Castelo Branco
turismo
OLEIROS
COMBOIOS elétricos passaram
a circular entre Castelo Branco e Covilhã, após a REFER ter dado por concluídos os testes finais da eletrificação da linha. A melhoria vai poupar os 20 minutos que eram gastos no transbordo ou na mudança de locomotiva elétrica para diesel e vice-versa na estação de Castelo Branco. A CP faz três viagens diárias de ida e volta por Intercidades entre a Covilhã e Lisboa, para além de ter outras circulações regionais diárias responsáveis pela ligação entre várias estações e apeadeiros da região.
Centro domina Volta a Portugal em bicicleta
A 73.ª Volta a Portugal em bicicleta seguiu o figurino dos últimos anos e o pelotão vai percorrer, entre hoje e o próximo dia 15, escassos 10 por cento do território, devido às restrições orçamentais. Com um total de 1.626,8 quilómetros, de Fafe a Lisboa e divididos por um prólogo, 10 etapas - com um dia de descanso pelo meio –, a "Portuguesa" vai centrar-se no triângulo compreendido entre Viana do Castelo, Guarda e Aveiro, uma área de pouco mais de 10.000 km2. Oliveira do Bairro, Lamego, Gouveia, Oliveira do Hospital, Viseu, Aveiro, Castelo Branco, Sabugal, Guarda, Seia, Covilhã e Sertã fazem, na região Centro, parte das etapas do percurso.
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Festa e negócio na Feira do Pinhal A VILA de Oleiros vai voltar a dar-se a conhecer
ao país na Feira do Pinhal, onde, entre os próximos dias 10 e 14 de agosto, os agentes económicos locais terão oportunidade de promover as suas marcas e produtos, num ambiente de festa e negócio. Esta 11.ª edição do certame tem inscritas cerca de duas centenas de expositores, alguns dos quais oriundos de outros pontos de Portugal. O presidente da câmara, José Marques, espera, pelo menos, 60 mil visitantes. Exposições, concertos, gastronomia, arte, artesanato, espetáculos musicais, multimédia e pirotécnicos animarão culturalmente o evento, essencialmente destinado a promover as iniciativas e projetos municipais, dinamizar a fileira agro-florestal da região, revitalizar o tecido empresarial do concelho, valorizar os recursos naturais, gastronómicos e culturais. Um dos grandes atrativos para os visitantes será, naturalmente, a excelente gastronomia tradicional, com destaque para o cabrito estonado, o maranho, os peixinhos do rio, o bolo de mel, a aguardente de medronho e o vinho Callum. A inauguração está marcada para as 18H30 do dia 10 de agosto, em que, ao soar da meia noite, subirão ao palco Emanuel e, seguidamente, o músico Tiago Silva. No dia seguinte, quinta-feira, terá lugar o espetáculo Queen One Fire (Tributo aos Queen), seguido da atuação do artista Miguel Agostinho. Sexta-feira, dia 12, a noite terminará com uma dance party, com Archybak Live Acts e Dj Oliveirinha. A Orquestra Royal e os artistas Miguel Gameiro e Miguel Ângelo serão cabeças de cartaz no sábado, dia 13, em que também decorrerá, às 17H00, na Casa da Cultura, a apresentação do livro "Histórias: Terras Perdidas", de Carlos
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José Marques (ao centro) está confiante no sucesso do certame
Moura. Será ainda divulgado o novo portal do jornal "Oleiros Magazine". O desporto não foi esquecido: dia 13 disputa-se um "Sábado Radical", o IV Campeonato de Paintball do Pinhal e a I Liga dos Campeões de Matraquilhos Humanos. O dia 15 de agosto, consagrado Dia do Concelho, terá início às 12H00, com o içar da bandeira, com a presença da Fanfarra dos Bombeiros Voluntários, em frente ao edifício dos Paços do Concelho. Às 16H00, na Casa da Cultura, será apresentado o livro "Os Mendes Barata da Longra" e, às 19H00, será entregue a bandeira das Festas de Santa Margarida à futura Comissão. A noite musical será preenchida com a banda TZ Music e, depois da meia-noite, atuam Pedro Abrunhosa e os Comité Caviar. Em terras onde se encontra localizada uma das melhores pitotecnias do mundo, a Pirotecnia Oleirense, os espetáculos de fogo serão uma constante. O presidente da câmara pretende, em suma, que a feira constitua uma "imagem de marca da região do Pinhal". JMA
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INSERIDO na deslumbrante paisagem da Barragem da Aguieira, entre Viseu e Coimbra, o Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa é um aldeamento turístico em que pontifica um novo conceito de turismo, lazer e habitação. Com os serviços e facilidades de um hotel Premium, é o lugar ideal para passar um fim de semana ou desfrutar de férias em família, com amigos ou simplesmente para momentos de descanso e retiro.
MONTEBELO AGUIEIRA
Resort em cenário único
Lazer
O resort dispõe, entre outras facilidades, de uma marina com 400 lugares de ancoradouro, piscina exterior aquecida, spa, courts de ténis, circuito de manutenção. Gastronomia
No Restaurante Montebelo Aguieira, com esplanada panorâmica, poderão tomar-se refeições ligeiras ou mais sofisticadas, cujo menu é baseado em ingredientes que remetem para um imaginário de cozinha caseira.
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Guimarães
VIVER viajar Guimarães - Portugal Europa
COMO IR
O trajeto mais curto e mais rápido demora cerca de uma hora e trinta minutos, realizado de automóvel. Pela A1 chega-se ao Porto e, dali, segue-se pela A3 em direção a Braga. Nas proximidades de Famalicão toma-se a A7 até Guimarães. ONDE FICAR
Guimarães, cidade verde TER SIDO BERÇO DE D. AFONSO HENRIQUES GARANTIU-LHE LUGAR PARA SEMPRE NA HISTÓRIA, MAS A OFERTA TURÍSTICA É RIQUÍSSIMA E CULTURALMENTE DIVERSIFICADA. TEXTO E FOTOS ADÃO MENDES GUIMARÃES é o local de nascimento de D. Afonso Henriques, cujos restos mortais se encontram, no entanto, sepultados em Coimbra. Mas embora isso já justificasse uma visita à cidade de Vímara Peres (daí o nome de Vimaranenses e não de Guimaranenses), o facto de ter sido escolhida para Capital Europeia da Cultura 2012 garante motivos renovados de interesse. Guimarães é, nesta altura, uma cidade moderna, onde o verde está por todo o lado, onde o que é essencial existe e onde a confusão das grandes cidades não se vive. É, pois, uma cidade com excelente qualidade de vida e forte empenho na preservação dos edifícios e dos espaços abertos, quer por parte da entidade camarária, quer pelos seus habitantes. O famoso Castelo, o Paço dos Duques de Bragança, a Rua de Santa Maria, bem no coração do centro histórico, e o Monte da Penha são locais de visita obrigatória. Trata-se, em suma, de uma cidade que é motivo de orgulho para o nosso país e um ponto de atração turística para portugueses e e estrangeiros.
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As duas Pousadas de Portugal são sempre uma excelente escolha. Há ainda os hotéis Fundador e Guimarães, junto à estação de caminho de ferro, e os hotéis Ibis e do Toutral. O QUE COMER
O "arroz de frango à Vimaranense" é um dos pratos mais apreciados na cidade, mas são igualmemnte irresistíveis o bucho recheado do "Florêncio" ou o "Bacalhau à D. José", no restaurante com o mesmo nome, situado em pleno Monte da Penha, onde poderá ir-se de teleférico. Não esqueça também os "Rojões à Mionhota (Restaurante Oriental), as saladas do ETC e , na doçaria conventual, a "Torta de Guimarães" e os "Cardeais" (jesuítas de enormes dimensões). O QUE COMPRAR
Os linhos de Guimarães são famosos. Todo o tipo de têxtil–lar pode ser encontrado nas várias lojas da cidade. Na Rua de S. António encontrará muitas sapatarias, com modelos e preços muito variados. RECOMENDAÇÕES
Não perder uma vista sobre a cidade, à noite, desde o Monte da Penha, junto à estátua do Pio IX, onde poderá ir de carro. O percurso faz lembrar as imagens de "S. Francisco by night"!
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Amélia Gonçalves
Cristiana Malta
Carlos Quaresma
Luís Simões
A vocalista da Banda Ministério tem encantado as muitas plateias
LOUSÃ OUVIU 17 CONCORRENTES A Praça Sá Carneiro, na Lousã, foi o local escolhido para mais uma eliminatória do Canta Comigo, passatempo através do qual a revista C pretende encontrar a melhor voz do distrito de Coimbra. Extraordinariamente, subiram ao palco 17 concorrentes, todos apostados em mostrar ao público (e ao júri...) o seu talento, tendo nove passado à fase de votação por SMS. A noite foi abrilhantada pela atuação de Telmo Melo, mágico profissional, e pela música da Banda C (Banda Ministério).
veja os vídeos e vote nos seus favoritos em
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SEMIFINALISTAS DA LOUSÃ
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Miguel Cagica
Juliana Linharelhos
António Allegro
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Raquel Ventura
Georgina Alvarinha
Alexandre Barradinhas
Telmo Melo e João Magro
Os semifinalistas em palco a cantar o hino do CANTA COMIGO
a Alvarinhas
Adriana Fernandes
Célia Vicente
Sophia Eloi
Ana Rita Mota
O júri da eliminatória da Lousã foi composto por Valter Correia, João Francisco, Luís Figueiredo, João Rocha e Manuel Neto
Muito público a apoiar as vozes da Lousã
Inês Vicente
Ana Paula Magro
Tânia Fonseca
Os músicos da Banda Ministério feixaram-se contagiar pela festa em Góis!
Telmo Melo e Lurdes Castanheira
Lolita
GÓIS FEZ A FESTA EM PALCO Depois da Lousã, o Canta Comigo rumou até Góis. No Parque do Cerejal, em ambiente de festa, oito oncorrentes mostraram o seu talento e provaram que sabem cantar. Apenas cinco passaram à fase seguinte. A Revista C continua à procura da melhor voz do distrito de Coimbra. A festa da grande final está marcada para o dia 12 de agosto, também em Góis. As próximas eliminatórias decorrerão em Montemor-o-Velho, dia 4 de agosto, e em Cantanhede, dia 5 de agosto.
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Um público muito dedicado a apoiar as vozes de Góis
Márcio Machado
O júri da eliminatória de Góis foi composto por Eunice Saraiva, José Rodrigues, Luís Filipe Figueiredo, José Moreira e Joana Rangel
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Andreia Marques
www.cnoticias.net
SEMIFINALISTAS DE GÓIS
Joana Rosa
Miguel Travassos
Rita Lourenço
Filipe Teixeira
Cila Santa
O SALÃO nobre da Câmara Municipal de Góis foi palco da apresentação do Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS), sob o lema "Consolidar Laços, Disseminar Oportunidades". O principal objetivo é melhorar a qualidade de vida dos cidadãos do concelho, promovendo a sua inclusão social, numa intervenção multisetorial e integrada, através de ações a executar em parceria, com vista a combater a pobreza persistente. Segundo a presidente da câmara municipal, as acessibilidades continuam a ser a principal fragilidade da região. "É também fundamental criar emprego, para que as pessoas, designadamente os jovens, não saiam daqui", sublinhou Lurdes Castanheira.
1 1 Miguel Ventura, Lurdes Castanheira e Sandra David 2 Vera Alves, Raquel Mendes, Miguel Ventura, Sandra David e Fábio Brito 3 Andreia Sofia Eliseu e Lurdes Castanheira
Contrato Local aposta na fixação da juventude
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Coimbra – OAF, versão 2011/2012, apresentou-se aos associados e adeptos no centro comercial Dolce Vita. A maior novidade foi a apresentação de Jerry Sitoe. O avançado, que estava a treinar à experiência na Briosa, vai envergar a camisola 25. Os 26 jogadores que compõem o plantel vão ter que enfrentar "um ano muito difícil em termos desportivos e financeiros", garantiu, na cerimónia, o presidente academista."Vemos que as outras equipas estão muito reforçadas, gastaram milhões de euros. Nós preferimos apostar em jogadores com garra e ambição", explicou José Eduardo Simões. 1 José Eduardo Simões, Gonçalo Reis Torgal, Carlos Clemente, Tozé Figueiredo e Manuel Arnaut 2 Fernando Oliveira, Tozé Figueiredo e Augusto Roxo, elementos do departamento médico 3 Rogério, José Eduardo Simões e Manuel Arnaut
ACADÉMICA APRESENTOU EQUIPA 2011/2012
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A ASSOCIAÇÃO Académica de
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escapadelas
REGIÃO CENTRO
10 ALDEIAS COM LUGAR NA HISTÓRIA HÁ AINDA POVOAÇÕES EM PORTUGAL, DESIGNADAMENTE NA REGIÃO CENTRO, RODEADAS DE MURALHAS E ENCIMADAS POR CASTELOS. FUNDADAS ANTES DA NACIONALIDADE, JUSTIFICAM PLENAMENTE A VISITA 1 BELMONTE (GUARDA)
coberta do Brasil, a Tulha, magnífico edifício de granito do século XVIII, onde eram armazenadas as rendas da família Cabral, o Museu Judaico, estrutura única no nosso País, e o famoso Museu do Azeite. 2 CASTELO MENDO (GUARDA)
Berço do navegador Pedro Álvares Cabral, que em 1500 descobriu o Brasil, a vila tem no castelo, nos vestígios da antiga alcaidaria (Paço dos Cabrais) e no moderno anfiteatro ao ar livre, rodeado por imponentes muralhas, as suas imagens de marca. Mas há ainda a emblemática janela manuelina, verdadeira joia granítica, de onde poderá contemplar-se a Serra da Estrela em toda a sua extensão, a igreja matriz, que alberga a imagem quatrocentista de Nossa Senhora da Esperança que, segundo a tradição, é a santa que Pedro Álvares Cabral levou na sua viagem de des-
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provavelmente a primeira feira oficial do País, ordenada pelo Rei D. Sancho II. Importa visitar o castelo, as igrejas de São Vicente e de São Pedro, o pelourinho, de sete metros, o mais alto das Beiras, ou a Domus Municipalis, que englobava a cadeia, no piso térreo, o tribunal, no piso superior, e a casa da câmara, que agora funciona como posto de turismo e sala de exposições, sendo um dos pontos de partida para visitar as gravuras de Foz Coa. 3 CASTELO NOVO (CASTELO BRANCO)
A aldeia está rodeada de muralhas reconstruídas no século XII, com seis portas medievais. A maioria dos edifícios, de dois andares, destinando-se o piso térreo ao gado e o piso superior a habitação, foi construída com granito. Muito famosa era a sua Feira Medieval,
Situada na encosta oriental da serra da Gar-
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dunha, esta aldeia histórica destaca-se pelo seu harmonioso traçado concêntrico e pelo bom estado da estrutura urbana. As ruas, traçadas segundo as curvas de nível, revelam antigos solares, paredes-meias com casas populares em pedra, pequenas varandas de madeira e restos de calçada romana. Entre os locais de visita obrigatória estão a casa da câmara, cadeia e pelourinho, o chafariz da Bica, a Igreja da Misericórdia e o castelo.
romana da Europa, alguma vez encontrada num só lugar. 6 LINHARES DA BEIRA (GUARDA)
de gigantescos blocos de granito conferem-lhe uma graça muito especial. Importante praça militar, os feitos históricos ligados ao castelo e à defesa da região são inúmeros. Hoje, dele restam alguns vestígios: a Torre de Menagem, a Torre do Pião (século XII) e a igreja de Santa Maria do Castelo.
9 PIÓDÃO (COIMBRA)
4 CASTELO RODRIGO (GUARDA)
Esta antiga vila fortificada, totalmente recuperada no âmbito do Programa de Recuperação de Aldeias Históricas, guarda vestígios de ocupação humana que remontam ao Paleolítico. Ainda que a sede do município tenha passado para Figueira de Castelo Rodrigo, a povoação continua a apresentar sobejos motivos de interesse, tais como a igreja matriz, fundada pelos frades hospitalários em 1192 e dedicada a Nossa Senhora do Rocamador; a cisterna, servida por duas portas, uma gótica e outra mourisca; o pelourinho e o relógio instalado sobre um antigo torreão.
A aldeia, situada em plena Serra da Estrela, orgulha-se do seu imponente e poderoso castelo de arquitetura essencialmente militar, mas também românico e gótico. São obrigatórias visitas à igreja matriz, de raiz românica, em cujo interior estão três valiosas tábuas atribuídas ao grande mestre português Vasco Fernandes (Grão Vasco). O relevo e clima desta região reúnem as condições ideais para a prática do parapente. 7 MARIALVA (GUARDA)
A aldeia de Piódão é considerada uma das mais bonitas do País. Situada no concelho de Arganil, na encosta da bonita Serra do Açor, tem a sua imagem de marca nas típicas casas de xisto e lousa, com janelas em madeira de azul pintadas, que descem graciosamente a encosta, formando um autêntico anfiteatro na íngreme serra, daí ser apelidada de "aldeia presépio". A igreja matriz, do século XVII, e o Núcleo Museológico enriquecem-lhe o património. 10 SORTELHA (GUARDA)
5 IDANHA-A-VELHA (CASTELO BRANCO)
Nos vaivéns da guerra, quando por lá passava a fronteira do Coa, Marialva ganhou um esplendoroso castelo. Dentro das muralhas são ainda visíveis monumentos significativos, tais como a igreja, a casa da câmara, a cadeia e o pelourinho. 8 MONSANTO (CASTELO BRANCO)
Quem percorrer esta aldeia vai sentir-se num museu ao ar livre onde grandes civilizações ainda se afirmam nos vestígios que deixaram. Lá estão a atestá-lo a sé catedral, primitivamente construída sobre um templo paleocristão e onde nasceria, posteriormente, a primeira catedral visigótica da Península Ibérica. No interior, poderá observar-se a maior coleção de epigrafia
As casas de granito e xisto aninhadas no meio
O granito é o suporte para todas as edificações desta aldeia histórica, en cuja urbe se destaca o recinto da cidadela no cimo de um penhasco mais elevado, com a torre de menagem quadrada ao centro, de onde se abarca um amplo horizonte em que se distingue a serra da Malcata e a linha final da serra da Estrela. Além do castelo, destaque ainda para a igreja matriz, do século XIV, dedicada à Virgem das Neves, o conjunto de sepulturas medievais escavadas na rocha, o pelourinho manuelino e as formações graníticas conhecidas como "Pedra do Beijo" e "Cabeça da Velha".
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verão
RESTAURANTE FOOD STORE
Massas e pizas gourmet LOCALIZAÇÃO: Concelho: Lousã Morada: Praceta Sá Carneiro Contatos: 239 990 926 www.saosilvestre.pt
INFORMAÇÕES: N.º de Lugares: 40 Estacionamento: não Esplanada: sim Comodidades: TV Cabo, fraldário, música ambiente, diversas salas, take away
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Bem no centro urbano da Lousã, na Praceta Sá Carneiro, o restaurante FoodStore, Sandwich Bar é uma agradável surpresa para os amantes de ementas repletas de pratos que deixam água na boca. Hamburgers, cachorros, massas, pizas, francesinhas, panados, pratos portugueses ou saladas, tudo servido em doses bem generosas, preparadas na hora e com apresentação seguindo o lema de que "os olhos também comem". O Foodstore está aberto há três anos na Lousã e é já uma marca na restauração lousanenense, caminho possível, apenas, graças ao saber adquirido pela casa mãe. A pastelaria S. Silvestre, uma marca da doçaria e pastelaria regional. A Fábrica de Pastelaria S. Silvestre nasceu em 1990 e é o resultado de uma sociedade constituída para o efeito, uma vez que aquela empresa é oriunda da Pastelaria Royal, nascida em 1976.
No espaço do restaurante é assim possível saborear menus bem completos e ricos. Sopinhas, pratos do dia ou menus combinados e as sobremesas que vêm do andar de cima, onde funciona a pastelaria, enchem os olhos e tornam a decisão de escolha muito difícil... Para uma refeição em família, para uma pausa no dia de trabalho, ou para um snack noturno, o restaurante Foodstore é uma alternativa a ter em conta, na Lousã!
ESTE ESPAÇO, QUE REUNE TODO O KNOWHOW DA MARCA S. SILVESTRE, É UM PRAZER PARA OS AMANTES DA COMIDA ITALIANA E PARA OS QUE APRECIAM UMA BOA FRANCESINHA
Sedeada na Lousã, a fábrica de pastelaria e panificação apostou na certificação de qualidade para dinamizar a empresa e dar atualidade a um setor estanque.
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vinhos
receitas do chef COM O VERÃO que finalmente chegou, não vão faltar momentos para beber bons vinhos brancos. Daqui da região do Dão, onde me encontro, temos a fortuna de ter condições naturais de exceção para a produção deste tipo de vinhos. O clima que precede a vindima, fim do verão, traz-nos amplitudes térmicas entre a temperatura diurna e noturna, que permitem às videiras uma maturação lenta. Além das condições de clima normais na altura da vindima, importante também na boa estrutura ácida dos vinhos brancos do Dão é o solo granítico. Uma tarefa essencial, para mim, na adega, aquando da vindima, é manter o potencial qualitativo dos mostos brancos. A colheita de 2010 foi única na região. Todas as condições naturais estiveram reunidas para termos vinhos brancos com equilíbrio ácido e uma exuberância aromática capazes de atestar o que vos venho dizendo! Exemplo desta colheita de 2010 e deste perfil de vinhos Dão é o Boas Vinhas Branco 2010, disponível no mercado. Caso aceitem o meu conselho, creio que irão gostar de o beber, à mesa ou fora dela, mas sempre em boa companhia.
NUNO CANCELA DE ABREU Enólogo
JOÃO ALEXANDRE SANTOS Chef
COM CERTIFICAÇÃO ambiental Eco-Hotel e certificação de sistemas de gestão da qualidade ISO 9001, o Best Western Hotel D. Luís beneficia da panorâmica sobre o rio Mondego. É um hotel calmo, com muitas zonas verdes e de fácil acesso. No restaurante, o chef Alexandre Santos proporciona experiências únicas à mesa. O Queijo de Ovelha Amanteigado, Gratinado com Pasta de Azeitona e Orégãos é um excelente exemplo...
QUEIJO DE OVELHA GRATINADO COM PASTA DE AZEITONA E ORÉGÃOS
sugestão
BOAS VINHAS BRANCO 2010 Este vinho é composto pelas castas Encruzado e Cercial. O cultivo da casta Encruzado é praticamente exclusivo na Região do Dão, sendo provavelmente a melhor casta branca plantada na região. Os vinhos por ela compostos são muito aromáticos. Boas Vinhas Branco 2010 tem aroma a citrino, conferindo-lhe toda a elegância aromática. Paladar fresco, elegante a maçã e alguns frutos tropicais. Disponível em www.lusovini.com. Preço: 3,30 €
cocktail de verão
INGREDIENTES 500gr de pão de forma 4 Queijos da serra amanteigados pequenos 120gr de tomate 15dl de azeite 10gr de sal 3gr de pimenta branca 5gr de orégãos 100gr de azeitona preta sem caroço 100gr de azeitona verde sem caroço 8gr de alho 2dl vinagre 130gr de chicória
MARGARITA INGREDIENTES sumo de 1 limão 150 ml de tequila 120 ml de cointreau cubos de gelo e sal MODO DE PREPARAÇÃO Misture os ingredientes num copo misturador, a tequila, o cointreau, o sumo de limão e uma chávena de cubos de gelo. Agite vigorosamente durante 20 segundos e passe a bebida por um peneiro para o copo. Molhe a boca do copo com sumo de limão, faça uma roda de sal num prato e encoste o bordo da taça. Por fim, deite a bebida no copo.
MODO DE PREPARAÇÃO Corta-se o tomate e o pão às rodelas e tapa-se com a pasta de azeitona e o queijo. Leva-se ao forno a gratinar durante cinco minutos a 180º. Para a pasta de azeitona junta-se o azeite, o sal, a pimenta, os orégãos, alho, vinagre e as azeitonas e forma-se uma pasta homogénea. Decora-se com a chicória.
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A MODA é optimismo e revolução
DANIEL CASTELEIRA Stylist
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de sentidos, ao mesmo tempo que engloba estéticas muito diversas. Neste verão a luz aparece por todos os lados em blocos de cores bem fortes. Não podemos esquecer que cor é alegria e desperta paixões, além de que ela torna qualquer conjunto mais apelativo. Por outro lado, tanto a moda como a cor podem ser encaradas de forma positiva, revigorante e até como maneira de reagir às adversidades do dia-a-dia. Deixe-se contagiar pela cor, do roxo ao laranja, do vermelho ao amarelo, passando pelo azul, verde-garrafa e rosa forte. Estas cores arrojadas dão um ar irónico sobre a sensualidade e torna-se impossível ficar indiferente a tanta luz e cor.
Cor! Cor! AS CORES VIBRANTES USAM-SE COMBINADAS OU EM LOOK TOTAL.
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saúde & beleza
Finja o seu bronzeado ESTE VERÃO, nem todos vamos ter tempo de ir de férias e aproveitar o sol para dar cor à nossa pele. Que isso não seja desculpa para não aparecer bronzeada no trabalho. A sua melhor aposta é, desde logo, ir a um solário. Não há que enganar quando se recorre a profissionais. No entanto, tenha sempre em mente os riscos para pele. Para além disso, também existem vários autobronzeadores que podem ser aplicados em casa, alguns deles até partilhando qualidades com cremes hidratantes. Apesar de ainda exigirem alguns cuidados, as grandes marcas da especialidade garantem que a pele cor de cenoura já é coisa do passado.
MODELOS: Patrícia e Cátia PRODUÇÃO: Black at White FOTOGRAFIA: M. Crespo CABELOS: Natália Lopes Cabeleireiro MAQUILHAGEM: Makeit Up
Sol é vital para os cabelos! A energia do sol é vital para a saúde dos cabelos, no entanto, quando existe uma exposição prolongada também os danifica. O uso de protetor durante a exposição solar é fundamental, assim como a sua reparação quando acaba o verão . Nos cabeleireiros especializados encontrará o melhor conselho, e uma vasta gama de produtos adequados ao seu cabelo e às suas necessidades. Natália Lopes Cabeleireiros
verão
vida nova A candidata estava à procura de uma mudança de estilo, mais sofisticado e de fácil manutenção. A leitora deixou ao critério da profissional, ficando muito agradada com o resultado final.
CARLOS GAGO Ilídio Design, embaixador L'Oreal
antes
HAIRSTYLIST Zita
TÉCNICA DE COLORAÇÃO
Luocolor 6.04 / 7.40
CORTE
Corte curto inspiração anos 90 TONY&GUY
STYLE
Hot style e pasta playball densitive material
LEITORA
Rita Correia
PROFISSÃO Consultora
IDADE 38 anos
depois
PRODUÇÃO GLOBAL: CABELEIRO ILIDIO DESIGN by Carlos Gago - C. COMERCIAL GIRASSOLUM FOTOGRAFIA: Pedro Ramos MAQUILHAGEM: Bé / Kátia ROUPAS E ADEREÇOS: B&A Ricardo Colaço Loja 121, 1.º Helena Colaço Loja 117, 1.º C. COMERCIAL GIRASSOLUM
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SE DESEJA MUDAR O SEU VISUAL, ENVIE UM E-MAIL, 4AGOSTO 2011 COM O SEU NOME, IDADE E FOTO PARA vidanova@cnoticias.net
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assinaturas@cnoticias.net
Folk 2011 Campo Mártires da Pátria/Castelo Branco.13 de agosto. 00H00
CULTURA
O encontro, de entrada gratuita, reúne cinco grupos típicos e ranchos portugueses.
agenda da semana qui.4 Curtas metragens I (mostra de cinema experimental) - Casa das Artes da Fundação Bissaya Barreto/Coimbra 21H30
Canta Comigo
Sergi Faustino
Montemor-o-Velho (4 agosto), Cantanhede (5), V.N. Poiares (8), Pampilhosa da Serra (9). 22H00
Quinta do Taipal/ Montemor-o-Velho. 13 e 14 de agosto.19H00 Espetáculo de Sergi Faustino que revela uma investigação em torno de "um corpo cansado".
O concurso de karaoke da revista C chega a Montemor-o-Velho (frente à Câmara), Cantanhede (Praia da Tocha), V.N.Poiares e Pampilhosa da Serra (Largo do Regionalismo, atrás da Câmara).
sex.5 Curtas metragens II (mostra de cinema experimental) - Casa das Artes Fundação Bissaya Barreto/Coimbra - 21H30
"Sob o manto da noite" Biblioteca Municipal Cantanhede. Até 31 de agosto. A exposição reúne fotografias inéditas, recolhidas pelos participantes de vários "raides" noturnos na região.
sáb.6 Peça "Massacre" (John Romão e Paulo Castro) - Sala B/Montemor-o-Velho 22H30
dom.7 Noite de fados com Rodrigo - Praça Frederico Ulrich/ São Martinho do Porto - 22H00
Rui Veloso Praia Artificial de Mangualde. 6 de agosto. 21H00 O artista apresenta temas que chegaram ao coração de várias gerações.
Moonspell Praia de Paredes da Vitória/ Alcobaça. 6 de agosto. 20H00 O grupo português de black metal/gothic metal mostra, mais uma vez, a energia que tem em palco.
seg.8 "Outra Arte em Azulejo Alicatado", exposição de José Freire - Galeria Mun. Proença-a-Nova
Vagos Open Air
ter.9
Dois dias sempre a abrir, com mais uma edição do festival de heavy metal. No primeiro dia sobem ao palco os Revolution Within, Crushing Sun, Essence, Anathema, Tiamat e Opeth. O segundo dia conta com os We Are The Damned, Malevolence, Kalmah, Ihsahn, Devin Townsend Project e os Morbid Angel.
Exibição do filme "Je vous salue Marie", de Jean-Luc Godard - Convento de Santa-Clara-a-Velha/Coimbra - 21H30
qua.10
Calvão/Vagos. 5 e 6 de agosto. A partir das 17H00
Exposição "No means no", de Paulo Brighenti - CAV/Coimbra
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Anna Calvi regressa a Portugal a 12 e 13 de setembro (Porto e Lisboa)
El lamento de Blancanieves
confidências
"Gostava de ver mais e melhor teatro"
OMT/Coimbra. 11 e 12 de agosto. 22H30 "El lamento de Blancanieves" (conceção, direção, coreografia e dispositivo labOfilm de Olga Mesa) é uma peça cénica e, ao mesmo tempo, uma experiência de montagem cinematográfica. Através de um jogo de câmaras, dois corpos-operadores rodam em direto um filme onde a câmara e o movimento traduzem a relação do corpo com o mundo, com a realidade e a ficção, com o visível e o não visível, com a memória individual e coletiva. Espetáculo de entrada livre, integrado no Festival Citemor.
Que livros está a ler? Não tenho o hábito de ler livros. Leio todos os dias, mas normalmente revistas noticiosas como a vossa. Gosta de cinema? Sou um viciado. Se tiver que escolher um filme aconselho "Melhor é impossível". E de teatro? Gostava de ver mais e melhor teatro. A última peça que vi foi uma encenação de "Yerma" de García Lorca por alunos do curso de Teatro da Escola Superior de Educação de Coimbra. Gostei.
"Prova de Esforço" CAV/Coimbra. Até 25 de setembro.
Que preferências musicais tem? Gosto de todo o género musical. Desde que seja bem escrito e interpretado é boa música. Desde Dead Can Dance, Supertramp, Quincy Jones, Adele, Feist, Sarah McLachlan ou U2…
A exposição de Miguel Ferrão articula três obras inéditas do artista, em torno do discurso enquanto relação humana, produto do corpo e lugar da voz. "Prova de Esforço" aponta para a relação discursiva como agonística, exercício de preparação. Apontam-se três regimes de utilização da voz, no sentido próprio daquilo que é a conversa, em que se testam os limites, os de cada um na relação com os outros.
E nas artes plásticas? Não sou um entendido, mas gosto de ver uma exposição. Participa nas redes sociais? Uso o Facebook numa ótica profissional. É uma ferramenta muito forte.
II Maratona Fotográfica 24H Bio Ria
CLÁUDIO PIRES Empresário e presidente da Associação Escolíadas
Estarreja. 6 e 7 de agosto "O crepúsculo e a noite no BioRia" é o tema deste desafio de 24 horas consecutivas a fotografar o património natural de Estarreja. O objetivo é diversificar o tipo de fotografias e imagens associadas ao BioRia, dando oportunidade aos participantes de serem criativos. O regulamento pode ser consultado em www. cm-estarreja.pt e www.bioria.com. Inscrições até 5 de agosto, através do email visitabioria@ cm-estarreja.pt (nome, morada e contacto).
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viver
vidas
Braga da Cruz, o "gajo que tinha sempre tacho" O RELATOR RECORDA A SUA ÉPOCA DE OURO NA RÁDIO - NAS DÉCADAS DE 80 E 90 - E EVOCA UMA VIDA CHEIA DE ASSOCIATIVISMO. FOI DIRIGENTE DE MAIS DE UMA DEZENA DE INSTITUIÇÕES DE COIMBRA, MAS "DAQUELAS EM QUE SE PAGA PARA SER DIRETOR" TEXTO BRUNO VICENTE FOTOS PEDRO RAMOS COIMBRA TEVE, nas décadas de 80 e 90, uma voz que encantava e fazia vibrar o país inteiro. O relator Armando Braga da Cruz, que trabalhava na Lusa Atenas, conseguia fazer a cobertura dos jogos das equipas portuguesas mais importantes, algo difícil na altura, face à "hegemonia" dos profissionais de comunicação da capital. "Durante esses anos fui considerado um relator de primeira categoria na RDP. Foi a minha época de ouro: acompanhei as melhores equipas nacionais, estive nos maiores êxitos portugueses a nível internacional, segui sempre de perto a seleção nacional nos momentos mais críticos", recorda. Braga da Cruz, agora com 68 anos, nasceu em Vilamar (Cantanhede), mas foi viver para Coimbra com apenas três meses. Antes de entrar na Faculdade de Direito, passou pelo Liceu D. João III e por aquilo que diz ser "uma escola de virtudes", o Colégio S. Pedro. O bichinho pela rádio começou em 1956, quando trouxe para Coimbra, com um grupo de amigos, a Rádio Universidade de Lisboa. "Passado um ano ou dois, houve uma dissidência e fui fundar o Centro Experimental de Rádio da Associação Académica de Coimbra, que depois deu origem à RUC", conta. Depois veio a participação desportiva nas Produções Lança Moreira e outros programas independentes para rádios privadas. "Sou a primeira pessoa que, a nível nacional, tem em Coimbra um circuito permanente para o Rádio Clube Português. Chega então a revolução e, em 1975, sou convidado a integrar os
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quadros da Radiodifusão Portuguesa, ficando em Coimbra", explica Braga da Cruz. Nas últimas décadas, a rádio sofreu mudanças significativas. "As diferenças são muitas, sobretudo na parte tecnológica. Hoje, os meios técnicos colocados à disposição das pessoas eram inimagináveis há uns anos atrás. Ninguém imaginaria que poderíamos entrar em direto com esta facilidade", afirma. O relator ficou conhecido sobretudo pelo trabalho na área desportiva, mas gravou centenas de programas generalistas, muitos deles transmitiram o pulsar de Coimbra a todo o país. ENSINO, POLÍTICA E ASSOCIATIVISMO A carreira de Braga da Cruz extravasou largamente a área da comunicação radiofónica. Foi dirigente de mais de uma dezena de instituições e entidades de Coimbra. "Eu era um gajo que tinha sempre tacho. Mas era na-
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Ainda hoje tenho uma vida extremamente ativa, que me faz sentir mais jovem do que realmente sou
quelas associações para as quais se paga para ser diretor. Se não fosse assim, eu tenho a impressão que não seria diretor dessas muitas coisas. Se pagassem eu não estaria lá, porque haveria muitas pessoas para o lugar", declara, com bom humor, Braga da Cruz. O comunicador foi, por exemplo, professor primário e de ensino secundário, treinador de basquetebol da Académica e do Olivais, diretor da Associação Cristã da Mocidade (ACM), vice-presidente da Associação Académica de Coimbra e vereador da Câmara da Lousã. Atualmente é presidente do Clube da Comunicação Social de Coimbra, vice-presidente do conselho fiscal da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada, dirigente do Sport Club Conimbricense, vice-presidente da Casa dos Pobres e integra ainda o Lions Clube de Coimbra, do qual também já foi presidente. "Ainda hoje tenho uma vida extremamente ativa, que me faz sentir mais jovem do que realmente sou", frisa Braga da Cruz. O número elevado de atividades não impede, contudo, que o comunicador continue a fazer "umas brincadeiras" na rádio. "Temos o programa semanal do Clube da Comunicação Social e agora fui desafiado pelo Fernando Correia para um novo projeto, o CNR – Cadeia Nacional de Rádios, que vai começar a transmitir para todo o país relatos de futebol, no início deste campeonato, centrando-se nos jogos de Sporting, Porto e Benfica", concluiu Braga da Cruz.
4AGOSTO 2011
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Profissionais da comunicação "têm vida de sacrifício total" Depois de décadas de experiência radiofónica, Braga da Cruz tem uma certeza: "os bons profissionais na comunicação social continuam a ser aqueles que, efetivamente, gostam da profissão, daquilo que fazem". O comunicador recorda que a vida de jornalista não é fácil. "É preciso uma grande paixão para a aguentar, porque é uma vida de dedicação e entrega, de sacrifício total", afirma, recordando que, nesta profissão, é preciso abdicar de muitas coisas da vida pessoal, devido ao ritmo frenético e à imprevisibilidade dos horários de trabalho.
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Quebrar a corrente LUÍS DE MATOS
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Fotocopie esta página e mande a 10 pessoas. Caso contrário…
QUANTOS DE NÓS não receberam por correio a história do menino que se encontra numa fase terminal de cancro e cujo último desejo é o de entrar para o Guinness com a sua coleção de cartões-de- visita? Este é apenas um dos milhares de exemplos de "cartas em cadeia" cujos objetivos são bem distintos dos que aparenta o seu conteúdo. A "CARTA EM CADEIA" consiste numa técnica de recolha de informação em massa, feita de forma pró-ativa e aparentemente voluntária, com base em pressões psicológicas ou simples ganância inata. Habitualmente são usadas histórias emocionalmente manipuladoras ou esquemas piramidais para ficar rico num instante. Paralelamente a esses tipos de "isco", recorrem ainda à exploração da superstição para ameaçar o destinatário com má sorte ou até mesmo violência física ou morte, caso "quebre a corrente" e se recuse a aderir ao proposto na carta. LONGE VAI O TEMPO em que tais missivas chegavam até nós exclusivamente por via postal. Hoje em dia os burlões, ou até mesmo algumas empresas cujo prestígio não deveria ser beliscado pelos seus responsáveis, recorrem ao email, às mensagens escritas e às redes sociais. Frases como "por favor fotocopie esta mensagem e envie para 10 pessoas durante as próximas 24 horas" são agora substituídas por "reencaminha já para todos os seus contactos de correio eletrónico". O seu texto é criado com o intuito de defender a sua própria reprodução e o sucesso do mesmo baseia-se na impulsividade que induz e na, real ou intuída, ameaça de sanção nele presente.
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MAS SERÁ QUE a única consequência é o tempo que tais jogos nos fazem perder? Longe disso. Quando reencaminhamos um email, impulsivamente e sem grandes precauções, fornecemos ao próximo destinatário uma lista de endereços e contactos. Quando os nossos amigos, por sua vez, fazem o mesmo estamos perante uma escalada imparável de partilha de dados pessoais. A análise dessa informação permite o estabelecimento de relações e padrões de comportamento que são altamente apetitosos para o amigo do alheio. Uma vez nas mãos erradas, tais listagens permitem o delinear de ataques muito específicos com base nos nossos perfis. PETIÇÕES E CONCURSOS são a forma mais moderna de "cartas em cadeia". O objetivo é o mesmo, apenas se altera o modus operandi. Pense duas vezes antes de reencaminhar avisos de vírus, piadas e vídeos engraçados. Desconfie, proteja-se e proteja os seus amigos. E, claro, pense duas vezes sempre que a primeira coisa que lhe pedirem, depois de seguir um qualquer link, for o seu nome, endereço e número de telefone. CASO O SEU HÁBITO seja o de partilhar tudo o que cai na sua caixa de email, pelo menos, e para bem de todos nós, faça-o por favor em "Bcc" e não em "Cc"…
4AGOSTO 2011
CA
PARECE QUE FOI ONTEM MAS JÁ PASSARAM 100 ANOS. Foi em 1911 que tudo começou. Ao longo dos últimos 100 Anos caminhámos ao lado de muitos projectos e ambições. Apoiámos famílias, empresas e instituições de solidariedade social. Contribuímos para o desenvolvimento económico-social das comunidades locais. De aldeias a vilas, de vilas a cidades e de geração em geração. Hoje somos um Grupo Financeiro com uma oferta global de produtos e serviços em que os portugueses confiam. 700 Balcões, mais de 400 mil Associados e mais de 1 milhão de Clientes. Juntos somos cada vez mais, e juntos celebramos 100 Anos de Crédito Agrícola.
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