sentença
investigação
Notáveis podem "salvar" presidente da académica?
físicos DA UNIVERSIDADE de coimbra na rota do nóbel
CHEIAS no mondego VOLTAM A SER AMEAÇA
ressurreição
entre a vida e a morte
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REVISTA SEMANAL
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17 MARÇO 2011 • Nº 7
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O debate não é pacífico. E o tema da ressuscitação divide ciência e igreja.
ambiente
família
SOCIAL
luís de matos planta jardim botânico
Quando os pais fazem papel de mãe
em casa de arménia coimbra e josé castanheira
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5 Editorial 6 Sete sóis, sete luas 8 Ex(Sic)tações 9 Se eu mandasse 10 Acredite se quiser 12 Retrato falado 13 Debate 14 Confidencial 18 Via do leitor 20 Cartas 32 Dia do Pai 34 Saúde 35 Clube da criança 41 Empresário de sucesso 42 Dia da Árvore 44 Cultura 54 Topo de gama 56 À mesa 58 Viajar 60 Moda 65 Social 71 Casino 72 Aldeia Global Colunistas 19 Carlos Fiolhais 25 Mira Lagoa Sobral 74 Luís de Matos
AO MICROSCÓPIO
15 Um dia com Fernando Oliveira Acompanhámos o trabalho do cirurgião nos Hospitais da Universidade de Coimbra 16 Que é feito de si? Correia Moniz recorda os tempos em que presidiu à Região de Turismo do Centro
Sociedade
22 Entre a vida e a morte Viagem ao mundo da ressurreição 30 Cheias podem voltar ao Baixo Mondego Reportagem antecipa Dia Mundial da Água 32 Pais cuidam dos filhos como mães Homenagem da C ao Dia do Pai
Poder Local
36 "Penela tem sido ostracizada" Entrevista ao autarca Paulo Júlio
Cérebros
38 Físicos de Coimbra na rota do Nobel Cinco investigadores da FCTUC poderão ser os primeiros a detetar a matéria negra do universo
AMBIENTE
42 Vem aí o Dia da Árvore Luís de Matos tem jardim botânico em casa
Cultura
46 Giovanni d'Amore atua em Coimbra Cantor italiano inicia tournée pela Europa
DESPORTO
48 Vem aí o maior evento do ano AAC organiza campeonatos com 2.200 atletas 50 Inocente ou culpado? Presidente da Académica ouve hoje a sentença
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SOCIAL
64 Em casa com Arménia e José Castanheira Nesta família todos os "crimes" são perdoáveis
17MARÇo 2011
editorial
A dívida soberana SOARES REBELO Diretor
“
Os ministros "mestres de obras" revelaram sempre uma propensão inamovível para o despesismo. Todos queriam ficar para a posteridadede
os MINISTROS “mestres de obras” revelaram sempre uma propensão inamovível para o despesismo. Todos queriam ficar para a posteridade – numa autoestrada, num aeroporto, numa ponte, numa linha férrea. Recorreram, para tanto, sem escrúpulos, sem sentido de Estado, ao crédito – e os agiotas, é claro, aproveitaram. Resultado: a dívida consolidada do nosso país já ultrapassa os 115 por cento do Produto Interno Bruto – o que pressupõe grave crise económica e financeira, ainda, uma comprometedora emergência social. A Persistência desta “traça roedora” do erário público não é nova; vem de longe. D. Manuel, cognominado, curiosamente, “O Venturoso”, foi um perdulário, D. João III contraiu volumosos empréstimos para as despesas com a guerra de África e o reforço de fortificações, D. Sebastião agravou ainda mais a dívida no decurso do seu curto mas infeliz reinado, D. João IV viu-se forçado a empréstimos ruinosos para manter a independência nacional, D. Pedro II hipotecou por muitos anos os rendimentos das alfândegas de Lisboa. Por aí fora... o presidente da República dedicou
grande parte do seu discurso de tomada de posse a lembrar que Portugal está hoje submetido a uma “tenaz orçamental e financeira”, com o orçamento “apertado do lado da procura e o crédito apertado do lado da oferta”. Segundo Cavaco Silva, chegou o momento de nos confrontarmos com a nossa pobreza e tudo fazer para suplantá-la. Como? Adoptando, é claro, medidas ainda mais drásticas de contenção das despesas de Estado. Elas aí estão. a ATUALIZAÇÃO, a semana passada, do Programa de Estabilidade e Crescimento,
prevendo, nomeadamente, novos cortes radicais nas despesas da saúde, das empresas do Estado, nas transferências para as autarquias e as regiões autónomas, nos benefícios e contribuições sociais e despesas e receitas de capital, comprova que a festa, realmente, acabou. E que vai ser duro - muito duro - reequilibrar agora as contas públicas. O COMPROMISSO nacional com a União Europeia é baixar, até 2013, o défice para dois por cento. Tarefa ciclópica, dir-se-á. Sem dúvida: o mercado não empresta dinheiro para que se faça justiça; isso sim, para ganhar dinheiro. As novas medidas não são, obviamente, pacíficas: fracionaram ainda mais a classe política, enfureceram boa parte do país. Contam, é certo, com o apoio solidário da Comissão Europeia, mas Portugal está "à rasca". Daí - bastarão para satisfazer as exigências das insaciáveis agências de rating? Não serão necessárias intervenções ainda mais "ferozes" para garantir os objetivos traçados para o défice orçamental? O GOVERNo não detetou em tempo útil a verdadeira dimensão da crise, aí estão,inexoráveis, as consequências da incúria. Pôr termo à irresponsabilidade e reforçar, entre os nossos credores, a confiança na capacidade da República Portuguesa em honrar-lhes, atempadamente, o reembolso, tornou-se missão incontornável. O processo vai ser longo e dolorso, mas o rumo que estava a ser seguido era insustentável. Com ou sem eleições antecipadas, com este ou com outro governo, é imperioso evitar que a dívida soberana continue a suscitar notas de risco cada vez mais gravosas – inclusivamente, para a própria independência nacional.
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head sete sóis, sete luas
este país
Aníbal Cavaco Silva, eleito, a 23 de Janeiro, com 52,95 por cento dos votos, tomou posse, a semana passada (quarta-feira), para um segundo mandato na Presidência da República, agora de uma forma, garantiu, "mais atuante". Ao falar no Parlamento, após ter jurado a Constituição, defendeu a necessidade de "um sobressalto cívico" e lamentou que muitos dos agentes políticos só conheçam um "país virtual e mediático". Durante o primero mandato, o Presidente vetou um total de 15 diplomas, 14 da AR e um d0 Governo. A sua primeira saída oficial será, em Maio, a Timor-Leste, Indonésia e Tailândia.
há um ano
Cavaco "mais atuante"
frases “A família da Constituição só pode ser a que resulta do casamento heterossexual." FREITAS DO AMARAL I, 19-03-2010
“O povo foi inacreditável. Quando vou ao supermercado, até autógrafos me pedem." MANUEL PINHO 22-03-2010 MARIO CRUZ / LUSA
ao microscópio
Discurso do Presidente não poupou a ação do Governo
Polícia especial para ourivesarias
2,5
milhões de habitações portuguesas já têm televisão para o sistema digital terrestre
na decidiu criar uma equipa especial para combater os roubos em ourivesarias e minimizar o sentimento de insegurança de ourives e populações. A equipa divulgará ainda normas de segurança e elaborará campanhas de prevenção. Segundo a Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal, só nos dois últimos meses de 2010 foram assaltadas 50 lojas.
equipas de sapadores estão prontas para os fogos de verão
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milhões de euros é o novo montante da UE para empréstimos aos países em dificuldades orçamentais
breves
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ASTRID LULLING EURODEPUTADA, NA AUDIÇÃO DE VÍTOR CONSTÂNCIO 23-03-2010
O Sistema de Segurança Inter-
292
“Foi o José Eduardo Moniz, atual paladino da liberdade de expressão, que me despediu da RTP." MARGARIDA MARANTE 24-03-2010
faCtos Dia 19
Sistema de escutas garante segurança
Petição a favor de acessos à Estrela
PSD não viabiliza reforço do PEC
O DIRETOR nacional da Polícia
ESTÁ em curso a recolha de assinaturas para uma petição, com vista à discussão no parlamento da construção dos itinerários complementares 6, 7 e 37. As populações da Serra da Estrela consideram-nos vitais para o desenvolvimento da região.
o lÍDER do PSD, Pedro Passos Coelho, anunciou que não irá viabilizar as novas medidas do Plano de Estabilidade e Crescimento anunciadas na senana passada e acusou o Governo de se comprometer em Bruxelas sem "passar cartão a ninguém".
Judiciária garantiu que o sistema de interceções telefónicas instalado na PJ é "extremamente seguro". Almeida Rodrigues lembrou ainda que as investigação sobre escutas ilegais competem ao Ministério Público.
“Como se pode explicar que um homem que fracassou no seu país seja responsável pela supervisão na Europa? Seria como dar barras de dinamite a um pirómano."
17MARÇO 2011
Morre, aos 66 anos, o fundador do Banif, Horácio Roque, após AVC.
Dia 20 O Conselho de Ministros aprova decretos de lei que preveem um aumento das taxas de IVA, sobretaxa de IRS, IRC e aplicação do imposto de selo ao crédito ao consumo.
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PARECE QUE FOI ONTEM MAS JÁ PASSARAM 100 ANOS. Foi em 1911 que tudo começou. Ao longo dos últimos 100 Anos caminhámos ao lado de muitos projectos e ambições. Apoiámos famílias, empresas e instituições de solidariedade social. Contribuímos para o desenvolvimento económico-social das comunidades locais. De aldeias a vilas, de vilas a cidades e de geração em geração. Hoje somos um Grupo Financeiro com uma oferta global de produtos e serviços em que os portugueses confiam. 700 Balcões, mais de 400 mil Associados e mais de 1 milhão de Clientes. Juntos somos cada vez mais, e juntos celebramos 100 Anos de Crédito Agrícola.
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Centenário
ex(sic)tações
ao microscópio
toma lá dá cá Eram precisas 20 salas no Centro Escolar da Solum, mas só estão previstas 12 salas
Não podemos acolher todas as crianças do concelho no novo Centro Escolar da Solum
Carlos Cidade
João Orvalho
frases desfeitas O Metro Mondego é um projeto bem pensado e necessário
O que se passa é que os hipermercados fazem dumping com pão
Octávio Alexandrino, dirigente da Ordem dos Engenheiros
Graça Calisto, dirigente da Associação do Comércio e da Indústria da Panificação
Mas não era necessário pensar tanto para executar a obra.
Não podemos esquecer que esta terra é uma potência ambiental e turística de grande qualidade. João Reigota, presidente da Câmara Municipal de Mira O convívio dos grelos GLBT pode representar um excelente cartão de visita
Na Lousã veem a escola (Profissional) como um espaço “chunga” João Pedro Silva, aluno da ESEC A culpa é dos mitras, boys ou queques?
Andam a meter a mão na massa dos padeiros.
Câmara de Coimbra precisa de um presidente independente. Arriscaria dizer, de consciência muito tranquila, que uma figura como a de José Miguel Júdice era, do meu ponto de vista, um fantástico candidato à câmara de Coimbra. Ricardo Castanheira, director na Microsoft E o “seu” Paulo Campos abre um hotel de charme na 8 de Maio e os Paços do Concelho vão para a colina de Camões.
Se a senhora ministra da Educação não demitir a senhora Directora Regional, deixa claro, mais uma vez, que entende os professores como meros peões das políticas dos ministérios. Paulo Júlio, presidente da Câmara Municipal de Penela Ainda vai sobrar para o ministeriável José Manuel Canavarro, o Mourinho da Educação Laranja.
Será que a Faculdadede Educação e Física e Ciências do Desporto não pode definitivamente fixar-se no Estádio Universitário? Álvaro Seco, autarca em Santa Clara Poder pode, mas é melhor perguntar a José Simão
Ser bombeiro é um serviço nobre, distinto e imprescindível, um ato de verdadeira entrega e cidadania. João Ataíde, presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz Está a falar de Lídio Lopes?
de oferta do “ NaSNSausência e reunidas as condições para criar uma resposta de qualidade, os HUC entenderam agora assumir as suas responsabilidades nas cirurgias de mudança de sexo
Reis Marques
Ana Jorge
Fontes: Facebook, As Beiras, Diário de Coimbra e Lusa. Seleção de frases e comentários: Fernando Moura
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17MARÇO 2011
Filipa Gonçalves
Resposta certa: Reis Marques
quem foi que disse?
se eu mandasse
acautelaria a qualidade dos políticos. O poder, que é uma função nobre, deve ser exercido a pensar no povo, por pessoas com provas dadas a nível pessoal e profissional. os governantes devem ser escolhidos não pela sua cor partidária mas sim pelo mérito.
"Reduziria o exército político" arnaldo baptista Empresário
reduziria , em 10 a 15 por cento, o "exército político". A competência deve sobrepor-se à quantidade. Garantiria um pagamento digno a quem assumisse funções no domínio público. ninguém morreria de fome, mas também nenhuma pessoa teria acesso a subsídios do Estado sem contribuir com nada em troca. Esta medida iria contribuir para a consciencialização das pessoas, de modo a incutir-
-lhes uma atitude mais ativa, deixando de ser um peso para aqueles que trabalham e pagam impostos. O acesso excessivo aos subsídios está a ameaçar o futuro das próximas gerações.
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Ninguém morreria de fome, mas, também, nenhuma pessoa teria acesso a subsídios do Estado sem contribuir com nada em troca
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ao microscópio
Corte de cabelo denunciou agressor
David davis foi cortar o cabelo numa barbearia do Connecticut, nos Estados Unidos. A meio do corte, envolveu-se numa discussão com outro cliente. Palavra puxa palavra e Davis, de 21 anos, não foi de modas: esfaqueou o homem com uma tesoura da barbearia. Pôs-se em fuga, mas a polícia não tardou muito a dar com ele. Vendo a fotografia, é fácil perceber porquê.
Noite de copos virou sequestro reimond manco, avançado
peruano do Atlante, chegou ao treino visivelmente alcoolizado. Para tentar justificar o
praça de táxis A fusão dos hospitais de Coimbra é benéfica para os utentes?
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acredite se quiser
injustificável, disse que tinha sido sequestrado. Obviamente, a equipa técnica e os dirigentes do clube não foram na conversa e o atleta acabou por ser expulso da equipa. O pior de tudo é que Manco nem conseguiu ser original. A desculpa, considerada "a pior para faltar a um treino", já havia sido utilizada anteriormente. Obviamente, também sem sucesso.
Castigado por fazer sexo antes do casamento brandon davies foi punido
pela Universidade BYU por ter feito sexo antes do casamento. O jogador do segundo ano, titular da equipa que atualmente é considerada a terceira melhor do país, no tradicional basquete universitário norte-americano, pode até ser expulso da universidade. De acordo com u m comunicado oficial da instit u ição, a atit ude
de Davies feriu os códigos de honra da BYU, uma universidade intimamente ligada à Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, também conhecida como Mórmons.
Alcoólico aos três anos uma criança, com apenas três
anos, foi tratada por alcoolismo no Reino Unido. O menino, considerado o alcoólico mais jovem da história inglesa, foi um dos 13 menores de 12 anos que foram diagnosticados com problema de alcoolismo, entre 2008 e 2010, pelo Serviço Nacional de Saúde de terras de sua Majestade.
Impostos chegam aos hambúrgueres após a criação dos po-
lémicos impostos sobre os setores ba ncá r io, de telecomunicações, energia e distribuição, o governo húngaro pretende introduzir, agora, uma taxa hambúrguer. "Os ministérios examinam os efeitos possíveis da
introdução deste imposto", informou o ministro da Economia, György Matolcsy. Se a "taxa-hambúrguer" for aprovada, as redes de restaurantes fast-food podem recorrer ao argumento de discriminação, já que a cozinha húngara não é conhecida por sua "leveza". O imposto vai atingir qualquer alimento considerado gorduroso ou muito salgado.
Gases de vaca enlatados Daniela dorrer, uma desig-
ner alemã, resolveu colocar o "produto gasoso" bov ino dentro de um pote e chamar-lhe "fragrância de estábulo". A ideia é recordar o cheiro de casa pa r a quem nasceu no campo e entretanto se mudou para a cidade. Mas, claro está, a invenção tem sido mais utilizada para pregar partidas do que outra coisa. Basta pedir a alg uém para abrir a lata e rir da sua cara.
Acho que essa fusão não é benéfica. Acredito que vai aumentar os tempos de espera dos utentes e, atualmente, as pessoas já esperam muito tempo para serem atendidas. Por isso, as coisas deviam continuar como estão.
Não me parece bem. Dizem que é para prestar um melhor serviço às pessoas, mas não sei se é verdade, ou seja, se vai realmente beneficiar os utentes. Deviam explicar melhor à população o que tencionam fazer.
À partida seria benéfico para todos mas, da maneira que o país está, é de desconfiar. Um dos objetivos da fusão é poupar dinheiro, por isso não estou convencido. Tenho medo que aumentem a burocracia e os preços.
DAVID FERNANDES, 41 anos
JOSÉ CARLOS , 55 anos
ALBANO JOSÉ , 42 anos
17MARÇO 2011
restaurante take away A Fileno’s convida-o a conhecer o seu novo sabor...
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retrato falado
elevador do mercado
figura da semana
Jorge Bento , presidente da câmara de Condeixa, recuperou a memória das invasões francesas. Foi há 200 anos e a vila foi destruída. A história não se apaga.
José LuÍS Cacho O PRESIDENTE do conselho de administração dos portos de Aveiro e Figueira da Foz está a conseguir resultados significativos na expansão dos transportes marítimos na região Centro. O MOVIMENTO de cargas nas duas infraestruturas bateu recordes no ano passado e avança-se decididamente para a conquista dos mercados espanhóis de Castela e Leão. A DESLOCAÇÃO a Aveiro do ministro das Obras Públicas, para dar início ao arranque do prolongamento do molhe norte, foi não só uma inequívoca manifestação de apoio ao desenvolvimento do setor portuário, mas também de consideração pelo trabalho desenvolvido por José Luís Cacho.
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António Cardoso
o a n ti go avançado do
União de Coimbra acaba de ser nomeado, aos 61 anos, juiz-conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça. Junta, assim, à feliz carreira desportiva, a concretização de uma igualmente bem sucedida carreira no setor da justiça.
A GNR deCoimbra, embora com escassos efetivos, está a desenvolver, sob o comando do tenente coronel António Cardoso, uma profíqua ação de fiscalização de infrações ao códifo da estrada. Só na quadra carnavalesca, foram controladas 24.783 viaturas.
Pedro Malta
Ivo Portela
O ex-administrador da
o presidente da câmara de
Figueira Grande Turismo está de regresso a Coimbra, para integrar os quadros superiores da Administração Regional Hidrográfica do Centro. Será, nestas suas novas funções, responsável pela direção administrativa, financeira e jurídica.
Tábua tem sido um empenhado defensor dos produtos endógenos do seu concelho. Os novos moldes em que decidiu organizar a Mostra de Gastronomia e Artesanato das Freguesias releva a preocupação de acrescentar valor a tudo aquilo que de melhor lá se produz.
a subir
João Trindade
feito, até há pouco, impensável que, em 2010, o Centro de Artes do Espetáculo da Figueira da Foz tivesse lucro.
a descer
menções honrosas
Rafael Carriço conseguiu um
ISABEL ALÇADA vai ser ouvida no parlamento. O polémico afastamento pela DREC do professor Ernesto Paiva será um dos temas com que irá ser confrontada.
jÚlio Santos, ex-presidente da
câmara de Celorico da Beira, vai cumprir seis anos e seis meses de prisão, por abuso do poder, corrupção ativa e peculato.
17MARÇO 2011
debate
Não conhecendo o caderno reivindicativo, apoio a manifestação de frustração coletiva que os jovens expressaram no passado fim de semana. O importante agora é concentrar-nos numa nova geração de políticas locais para a juventude
Posso concordar com as reivindicações mas não com a forma, se for como aconteceu em Viseu, numa organização privada do PS. Esta geração tem de estar preocupada com o futuro e só tem a ganhar se encontrar a forma certa de reivindicar.
Apoia as reivindicações da "Geração à Rasca"?
Rui Duarte
Vereador e líder da Federão Distrital de Coimbra da JS
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Luís Providência
Vereador da Juventude da Câmara de Coimbra
ao microscópio
confidencial
De olho em você PROFESSOR DOUTOR professordoutorc@gmail.com
ADORMECEU DURANTE O ATO – Não é nada fácil cair da cama sem lá ter entrado para assistir a certas missas universitárias, onde não se ajoelha, mas o protocolo teima em sentar quem passou a noite a dançar. Por isto e pelo que vai contar, apesar da santinha pregoeira ser linda e sensual, o nosso protagonista adormeceu em pleno ato. Ele é jovem, solteiro e bom rapaz. Sendo assim, ainda não é de estranhar que não possua experiência em determinados assuntos. Face a esta falta de conhecimento, não é surpreendente que, apesar de se encontrar numa posição passiva, não tenha conseguido permanecer em silêncio. Embora, por uma questão de economia de palavras, não se possa elogiar a fraca prestação matinal, é justo referir que a mesma foi condicionada por uma noite de teatro. Seja bem bebido à Universidade da Cerveja! FUNDAÇÃO ORIENTE-SE EM PRIVADO – Tinha milhões no banco dos
ricos, mas não ficou a arder. Alguém pegou no avental para evitar uma catástrofe financeira. Merece uma estátua no Portugal dos passaditos bancários. Banco mais branco não há! PAIXÃO NO BUçACO – O maior guru da comunicação caseira constipou-se. Depois de 12 horas de conspiração no meio da mata, não possuiu influência suficiente para evitar os ataques de tosse. Mas trabalho é trabalho, por isso, não teve outro remédio senão aparecer na televisão com ar de quem não passou pelos seus amigos boticários. Há Lugares (que são mesmo) Comuns! JOINT VENTURE – Chegam notícias de novos negócios entre a nossa querida universidade pública e os seus muitos professores que detém empresas privadas. Nada de novo. No melhor pano cai a nódoa. Mas po-
REPROVADO
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diam fazer uma investigação para mudar de detergente? É que é necessária muita coragem para anunciar parcerias que, no mínimo, são anormais. Mas como diria a filósofa Teresa Guilherme, quem tem ética passa fome… de notas, acrescenta o Professor Doutor, que também gostava de vender uns ratos mortos (foram vitimas de vírus informático) a quem gosta de negociar com colegas de (dis)curso. Viva Coimbra, capital da inovação e do conhecimento! MÉDICOS DE FAMíLIA – 2012 promete grandes mudanças na área da saúde em Coimbra. Mudanças de gabinete, mudanças de consultórios, mudanças de família, mudanças de sócios. Com tanta mudança, não se admire que seja constituída a associação conimbricense dos médicos divorciados das sócias e das esposas mal-amadas. Muito House! OLHÓ ROBô – Não é jornalista, embora apareça como coordenador
editorial. Falta apurar se passa recibos verdes ou se recebe em géneros. Usa as páginas do periódico para dizer bem, sempre sabendo de quem… No último escrito, deu-lhe para elogiar o universo que integra a sociedade da nova esposa, jovem que lhe foi apresentada pelos futuros sócios, com quem mantém parcerias muito acima da média. Quando sai do papel, entra no mundo virtual e critica quem lhe dá palco. É um artista de variedades! LINHA DO NORTE – A sociedade dos bingos faliu. Esqueceram-se de apregoar que a referida empresa foi detida por uma das maiores fortunas de Portugal, que saiu da linha de pagamentos, para não ter a “massada” de passar cartão aos (des)empregados. Contas à moda do Porto! BANCO DE NEGÓCIOS FAMILIARES – São de boas famílias. Emprestam dinheiros uns aos outros. “Uns”estão nos bancos a dar. “Outros” estão sentados a receber. Com a crise à porta, vieram ordens de Lisboa para dispensar quem não tratou bem da despensa. Cena digna do primeiro episódio de Anjo Meu!
APROVADO
Naval e Académica
Beira-Mar e U. Leiria
No campeonato do Centro, a 7 jornadas do fim da Liga Zon/Sagres, os dois clubes do distrito de Coimbra ocupam um lugar próximo da Liga Orangina, posicionando-se abaixo do 10.º lugar, classificação que não honra os emblemas de Coimbra e da Figueira da Foz. Nota 9
Na liga das Beiras, Beira- Mar e União de Leiria lutam pela Europa, apesar dos problemas financeiros e logísticos que não os deixam jogar tranquilamente. Provando que a falta de rendimento financeiro não impede uma boa prestação desportiva. Nota 13
17MARÇO 2011
um dia com
fERNANDO JOSÉ OLIVEIRA Diretor do Serviço de Cirurgia I e Transplantação Hepática dos HUC
Foi engenheiro e até podia ter seguido a carreira política, mas a medicina PREVALECEU. Entre operações e reuniões, TEM tempo para a "grande paixão": a Briosa. texTO e FOTOS bruno vicente
08H30 Chega ao hospital e inicia a leitura de emails e da imprensa diária
14H30 Avança com a reserva de salas e nomeia os cirurgiões responsáveis
12H00 A preparar a entrada no bloco operatório, para uma cirurgia abdominal fernando OLIVEIRA desperta primeiro que o sol. "Costumo acordar às 07H30, mas às vezes deito-me às 07H30", conta o diretor do Serviço de Cirurgia I e Transplantação Hepática dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC). No dia em que recebe a C, o médico estava a contar com o transplante de um fígado, durante a madrugada. "Este trabalho é inconveniente, porque é muito difícil programar a nossa vida pessoal", argumenta. O pequeno almoço é tomado em casa. "Como sempre uma tosta mista e bebo um sumo", revela. Às 08H30, já no seu gabinete, nos HUC, consulta a imprensa diária. Segue-se, às 09H00, uma reunião alargada com a equipa de transplantes. "À quinta-feira discutimos os casos internados e as propostas para integrar a lista de espera para transplantação", explica. Às 10H30, é altura de fazer telefonemas profissionais e de trocar emails. O café que pediu, sem açúcar, arrefece em cima da secretária. O cirurgião aponta então para a parede nas suas costas, onde está uma camisola da Briosa. "A
“
Este trabalho é inconveniente, porque é muito difícil programar a nossa vida pessoal Académica é uma grande paixão, sou um sofredor nato", afirma o médico, que partilha este gosto com o filho André Oliveira, deputado municipal e antigo presidente da Associação Académica de Coimbra. Para além de desporto, Fernando Oliveira gosta de pintura. Perto das 12H00, o telefone toca. Um doente vai ser sujeito a uma cirurgia abdominal, laparoscópica. "Fazem-se orifícios, introduz-se
16H30 Visita à Unidade de Transplantes
uma câmara e opera-se olhando para a televisão", explica. Depois da operação, é hora de almoçar, em casa. "É onde como habitualmente", anuncia. Neste dia, a viagem valeu mesmo a pena. "Comi Cozido à Portuguesa, o meu prato favorito", congratula-se. Linguados e salmonetes completam a lista de preferências do cirurgião, que é alérgico a marisco. A parte da tarde serve para fazer a calendarização semanal. O diretor reserva as salas para as intervenções e nomeia os cirurgiões responsáveis . Às 16H30, acompanhamos Fernando Oliveira numa pequena visita à Unidade de Transplantes. De volta ao gabinete, e antes de ir para casa, o especialista recorda a imprevisibilidade da vida. "Tirei engenharia antes de medicina. Cheguei a trabalhar como engenheiro. Em 1976, fui convidado para cargos governamentais e para cabeça de lista de deputado, mas optei pela medicina", refere. Agora, o serviço que tutela bate recordes, ao concretizar 60 transplantes por ano.
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o que é feito de si?
ao microscópio
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1993
Caloiro em Coimbra
Cria a secção de hipismo da AAC
Participa no nascimento do Centro Hípico de Coimbra
Presidente da Região de Turismo do Centro
Presidente do secretariado das regiões de turismo
Deixa a presidência da RTC
Correia Moniz Para o antigo presidente da região de turismo do centro, a figueira grande turismo e a turismo de coimbra "não fazem qualquer sentido" Texto e foto Mário Nicolau Nasceu em Évora e construiu, em Coimbra,
um percurso de vida multifacetado. Antes do 25 de Abril, Correia Moniz fundou uma secção de hipismo na Associação Académica de Coimbra, mas com a revolução dos cravos “os cavalos foram considerados um símbolo do fascismo” e o fim consumou-se. O gosto pelos cavalos, porém, não esmoreceu e o Centro Hípico de Coimbra é um capítulo obrigatório na vida do ex-presidente da Região de Turismo do Centro, que é um conhecido aficionado e acompanha a festa brava ao pormenor. Nas propriedades que possui no Alentejo, Correia Moniz saboreia os grandes espaços, o contacto com a natureza e dá largas às duas paixões na companhia da mulher e dos netos: os cavalos e os touros. O turismo é uma fatia das memórias que evoca sem dificuldade. “Foi através de Albano Pais de Sousa – antigo presidente da Câmara Municipal de Cantanhede – que cheguei à região de turismo, ainda que tenha começado por recusar o convite”, lembra. Considera que Coimbra perdeu qualidade de vida e que, no plano nacional, “a ligação entre sindicatos e trabalhadores já não é o que era”. No caso da Associação Académica de Coimbra, a perda de prestígio é evidente, diminuindo a capacidade de intervenção. Adepto de regiões de turismo “de maior dimensão”, o antigo presidente da RTC contraria “a lógica das três regiões de turismo no Alentejo” e defende uma região de turismo do Centro “com a área definida pelas Beiras” – da Figueira da Foz a Vilar Formoso. A Serra da Estrela, considera, só beneficiaria se estivesse incluída na “região promocional das Beiras”. A questão do financiamento não tem tabus para Correia Moniz, que nos “bons
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velhos tempos” apoiou concursos hípicos, organizou raides todo o terreno, festivais da sardinha e corridas de touros para financiar a promoção da RTC. “Quando cheguei à RTC só tinha dívidas”, lembra. As empresas municipais Figueira Grande Turismo e Turismo de Coimbra “não fazem sentido” num momento de vacas magras e em que existe uma estrutura destinada a promover a região no seu todo. Correia Moniz “gostava de ter feito mais um mandato”, mas a derrota nas eleições inviabilizou a vontade de um homem que ao assumir a presidência do secretariado das regiões de turismo, tornou-se uma “figura incómoda para o Governo”, pelo que decidiu “ir tratar da vida para o Alentejo”. O turismo é um setor “inevitável” quando se analisa o desenvolvimento do país, mas é necessário tomar medidas. Coimbra, por exemplo, “tem de pensar a estratégia em íntima ligação com a Figueira da Foz e com Leiria, por causa de Fátima”. A utilização pela aviação civil da base de Monte Real é um objetivo que “não é novo, mas que se revela essencial para a região Centro”. A animação é, também, um tema sensível e Correia Moniz considera que além de preencher o tempo de lazer de quem nos visita, deverá servir para atrair novos visitantes. Coimbra, nesta matéria, “não pode ser só a Universidade ou o Portugal dos Pequenitos”, pelo que a gastronomia, o folclore e o artesanato devem entrar na oferta turística. Na política de infraestruturas, a cidade deve contar com um pavilhão com condições para a realização de eventos, nomeadamente feiras e congressos. “É assim em Londres e em Paris. Coimbra deve seguir os bons exemplos”, conclui.
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Ao assumir a presidência do secretariado das regiões de turismo tornei-me uma figura incómoda 17MARÇO 2011
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Elevador do mercado Recebemos, do presidente da Junta de Freguesia de Santa Clara, uma carta de que publicamos o essencial: (...) "Eu, José Simão, presidente eleito da freguesia de Santa Clara, nunca quiz inviabilizar o Censos, nem tão pouco criar obstáculos à sua realização. A minha posição foi apenas de não colaborante pela razão de não darem hipóteses aos santaclarenses da Mesura, agora intitulada Alqueves, de dizerem em que freguesia estão recenseados, ou seja, um cidadão de Santa Clara pode escrever o nome da rua, o número da porta, mas não lhe é permitido dizer em que freguesia é recenseado. E como o FFF pode ser base-
inquérito Apoia protestos da "Geração à rasca"? Participe com a sua opinião em www.cnoticias.net
Dia 18 Data prevista para a nave Messenger, da Nasa, atingir a órbita de Mercúrio e a New Horizons cruzar a órbita de Urano, cinco anos após o lançamento.
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Dia 20 O Movimento Limpar Portugal desafia voluntários a participar na reflorestação em freguesias com iniciativa, um ano após a ação de limpeza da floresta.
A C está a melhorar a cada edição. Só é pena a nossa região não dar muito carinho a estes projetos. Se fosse noutra cidade....
Dia 21 Dia da Poesia. O Twitter assinala os cinco anos do primeiro "tweet" com o desafio de um poema em 140 carateres, lançado a todos os utilizadores.
Rafael Mota, Coimbra
ado nos Censos e não no SIGRE (Sistema de Informação e Gestão do Recenseamento Eleitoral), a freguesia de Santa Clara é prejudicada em milhares de euros anualmente. (...) Resumindo: eu, José Simão, apenas não colaboro em mentiras que prejudicam os fregueses de Santa Clara. Pessoalmente, estar a descer ou a subir não é importante, mas não pactuarei com apontamentos desonestos, venham eles de quem vierem. José Augusto Gomes da Silva Simão Presidente da Junta de Freguesia de Santa Clara
Dia 24 a 27 Decorre o Rally de Portugal 2011, com etapas em Lisboa, Baixo Alentejo e Estádio do Algarve.
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espelho meu
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17marÇo 2011
opinião
Coimbra reinventada CARLOS fIOLHAIS
Diretor da Biblioteca Geral da Universidade de coimbra
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Propus com a indiferença de uns e a adesão de outros que se pensasse uma Casa do Conhecimento que possa ser para o século XXI aquilo que a Biblioteca Joanina foi para o século XVIII
NUM FIM DE SEMANA recente participei na segunda noite Pecha Kucha de Coimbra (as palavras japonesas significam "som da conversa") no fantástico cenário do Mosteiro de Santa Clara a Velha, aberto à noite especialmente para o evento. As regras eram simples, embora difíceis de cumprir: cada orador apresentava um total de 20 slides, tendo 20 segundos para cada um. O tema geral que a organização propôs foi Reinventar a Cidade. ORA AÍ ESTÁ uma excelente ideia: reinventar a cidade. As cidades, em particular mais antigas como Coimbra, precisam hoje de se reinventar. Pertenço ao número, cada vez maior, daqueles que pensam que é através da cultura que Coimbra pode e deve ser reinventada. E, naquela noite, num cenário surpreendente por um lugar de ruínas medievais ter sido reinventado noutro de criação artística, Coimbra mostrou a cultura rica e variada que nela se faz: desde os designers já premiados internacionalmente como João Bicker até aos arquitetos cada vez mais reconhecidos como João Mendes Ribeiro, passando por fotógrafos como Pedro Medeiros e cineastas como António Ferreira (a propósito de arquitetura e de fotografia, na mesma noite abriam duas novas exposições no Centro de Artes Visuais, no Pátio da Inquisição). E tudo isto se passava no final da Semana Cultural da Universidade, cujo mote era precisamente o mesmo da noite Pecha Kucha, convocando habitantes e forasteiros a imaginarem uma nova urbanidade. COIMBRA é um verdadeiro paradoxo. Por um lado alberga alguns dos artistas mais “reinventivos” do país, por outro lado é ainda vista, principalmente de fora, como um sítio onde não se passa nada, um sítio mais da tradição do que da inovação. Não tem con-
seguido, culpa de uns e de outros, dar uma imagem contemporânea de si própria (embora mais de uns do que de outros, decerto mais da cidade, colada a uma cultura velha e relha, do que da Universidade, que vai tendo sobressaltos de cultura). A solução para o paradoxo, que está à vista para quem a queira ver, consiste em casar, de modo criativo, o antigo e o moderno: foi o que se fez com a reconstrução do Mosteiro de Santa Clara a Velha (ou do edifício que foi da Inquisição). E é também o que se fez no Laboratório Chimico pombalino e no Museu de Ciência, no Colégio de Jesus. NA NOITE Pecha Kucha apresentei a Casa da Livraria, vulgo Biblioteca Joanina, a construção que reinventou Coimbra em 1727. Procurei nos últimos anos reinventá-la com o restauro, digitalização e publicitação dos acervos, a abertura de novos espaços com exposições de design moderno e o uso de ciências e tecnologias (sensores de monitorização ambiental, deteção dos morcegos por ultra-sons, análise microscópica de fungos). Mas, acima de tudo, propus, com a indiferença de uns e a adesão de outros, que se pensasse uma nova Casa do Conhecimento que possa ser para o século XXI aquilo que a Biblioteca Joanina foi para o século XVIII. Tal como outrora, a nova Casa foi erguida sobre uma prisão em quase ruína e também hoje existe uma penitenciária em processo de degradação, onde se pode erguer um novo espaço dos livros, onde se pode reinventar a cidade. No edifício salazarista da Biblioteca Geral está patente, no quadro da Semana Cultural, uma exposição sobre a Biblioteca e a Cidade, comissariada pelo arquiteto Rui Lobo, que permite ao visitante perceber como o génio arquitetónico é capaz de reinventar uma cidade que queira apostar na cultura. Coimbra quer?
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ao microscópio
cartas
texto elaborado pelo gabinete de ficção da revista
Querida Angela
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ho, com fotografia, que me envias Agradeço, por este meio, o bilhetin a em Berlim. Dizem que és uma dam gosto te após a nossa reunião, há dias, o a tua cabeça de feldespato! Como eci apr o com s Ma s. seja vez tal e de granito – ca! deslumbram as tuas per nas de mi me mo Co zo! art qu de to pei teu do iei particular podes crê-lo, uma delícia. Aprec m, mi a par foi ro ont enc o nov e ácio Est na Kurfurstendamm, a ida ao pal ste na cio por pro me que ios sse mente os pa dadeiramente Museu da Mala. Aqui, fiquei ver ao ita vis a o, ud ret sob ue, lev ul, Bel de sso do Oriente, de Paris a Istamb pre Ex no a jav via se o com ma for fascinado. A para te convidar ser rico como o Soares dos Santos de e rm eno e tad von a um e ro, só -m deu im, na miséria em que me encont Ass . sas des gem via ma nu e -m a acompanhar peça “Só nós dois" es a Lisboa, para te levar a ver a tar vol do an qu te, arvid con so . Puf!.. pos ril". E comer um pastel de Belém Ab de as rad ma Ca os e ra Pu "D. ou, então, o i do a voltar a Berlim não me esquecere par em ord es der me que vez a Da próxim Até já exportasa produção está em crescendo. nos A . iste ped me que a up -ch pa rios da chu to-te, a essa cor ja dos revolucioná an gar po, cam te nes os, cem ten mos. Não per percebi o que te to, que me deixou sem jeito. Não an ret ent , há sa coi a Um ça. penso gui pre olhi para a ocasião. De ve ter sido, esc que s ato sap dos e o fat do er levou a desfaz mani. Ora, a cá, de malga vazia – e eu vestir Ar por os, arm est por , da pia a um eu, s manhãs s a elegância. Andei, de resto, trê -no nta me au s ma – o pes s -no carestia tira para potenciar o a os teus braços, a fazer jog ging par tir par de tes an , vas uti sec eu e não con fugir a cor rer das manifs como de s sse tive se que te toran Ga e. meu charm bie . ainda pudesses tor nar-te uma bar vez tal as, sich sal tas tan es ess com és rica, eu sou de condições sociais diferentes, tu da é Estou a teus pés, senhora! Somos pensamento corso, ou seja, que na o o filh per que te tiran gar so pos pobre, mas ss. r os olhos pelas páginas do Guine impossível na vida. Basta passa , doi Beijos do José – um no feldespato
s no quartzo, três na mica. de 2011 Palácio de S. Bento, 17 de Março
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C07
sociedade
investigação
EM MUITAS SITUAÇÕES LIMITE UMA "ESTRANHA FORÇA" SEPARA QUEM PARTE DE QUEM FICA. "ACREDITAR" FAZ, MUITAS VEZES, A DIFERENÇA. Texto Mário nicolau
Há uma força que nos prende à vida
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O corpo de António Ferreira Alves estava dentro do caixão e mexeu-se. O filho chamou o INEM, mas de nada valeu a reanimação. "Tenho a certeza que estava vivo. Vi-o agarrar com força na mão da minha mãe, antes de deitar algumas lágrimas, como se estivesse a despedir-se", contou o filho de António Ferreira Alves ao "Correio da Manhã". A equipa do INEM e os Bombeiros de Coruche foram chamados ao velório, mas o óbito foi confirmado. O fenómeno pode ser explicado com um processo ligado à evolução da rigidez cadavérica. António Ferreira Alves terá ressuscitado ainda que por momentos? A resposta a esta questão não é simples - e muito menos pacífica. Segundo Miguel Félix, presidente do Conselho Português de Ressuscitação, a diferença entre "ressuscitação" e "reanimação", apesar do "debate frequente", resume-se na verdade numa diferença de linguagem. "Não se refere a procedimentos diferentes. Como o termo anglo-saxónico usado é “resuscitation” e o predomínio da língua inglesa na literatura médica é incontornável, acabou por também se adotar a palavra "ressuscitação" em português, em algumas circunstâncias (p. ex. no nome do Conselho Português de Ressuscitação, por analogia com o nome de outras organizações europeias similares, com designação em inglês). No entanto, na nossa prática médica usamos muito mais os termos 'reanimar' e 'reanimação'", explica o médico pediatra. Para os médicos, comenta Miguel Félix a título estritamente pessoal, se analisada como "situação limite", a reanimação implica habitualmente alguma tensão, "em que estamos obrigatoriamente muito concentrados e focados nas atitudes que estamos a tomar". A atuação nestas circunstâncias, acrescenta, "guia-se por protocolos e normas que temos que procurar seguir do modo mais estrito possível". Ao contrário do que se vê em séries e filme de ficção, "poucas vezes" fica grande espaço para o médico desfrutar emoções durante uma reanimação.
ESTRANHA FORÇA R. Costa, nome fictício, fez "a viagem". Esteve dois meses internado nos serviços de reanimação do Hospital de S.João - um mês e alguns dias em coma. O traumatismo craniano, um pulmão com dois drenos e paraplégico, "sempre com diagnóstico reservado", são capítulos de um percurso difícil, mas com final feliz. Mas, e se perante tamanho sofrimento, os pais pedissem o "off" do sistema de suporte de vida? R. Costa recusa "terminantemente" a possi-
bilidade, agradece a quem o reanimou, após o acidente e relata o "flash" do embate e um outro, no dia cinzento em que recuperou a "noção das coisas". É tudo "muito vago", garante, mas "algo o prendeu à vida". De 2007 para cá, o "novo homem" organizou-se, "vai trabalhando" e confessa: "estou cá! Isso é o mais importante". Para o padre Nuno Santos, diretor do Instituto Universitário Justiça e Paz e membro da Comissão de Ética do IPO - Coimbra, as pessoas com menos conceitos filosóficos e da biologia utilizam a expressão "voltei à vida", o que, de acordo com a cultura judaica-cristã, é a ressureição. "Até faz algum sentido. Em termos teóricos, o que acontece é uma reanimação, mas não deixa de ser interessante que do ponto de vista etimológico 'reanimar' significa 'a vida que volta'. DA BIOLOGIA À METAFÍSICA Na prática, a pessoa regressa à vida que tinha, enquanto que na ressureição passa, em termos teóricos, para uma vida que não tinha; ou seja, passa de um plano físico para um plano metafísico", explica. Em termos de teologia, os cristãos que acreditam na ressureição, quando abordam este tipo de situações (reanimação), explica, "acreditam que a vida deles pode ter sintonia com a vida interna, a vida em Jesus mas não é voltar à biológica". Pessoalmente, o padre Nuno Santos afirma que "não se importaria nada de ser cremado", sendo certo que "neste caso não teria hipótese de ser reanimado, mas tenho todas as hipóteses na ressureição". O limite do biológico para o espiritual não é fácil de definir e, acima de tudo, há uma enorme dificuldade em "distinguir claramente conceitos". O diretor do Instituto Universitário Justiça e Paz concretiza: "o que as pessoas querem dizer é: elas estavam a morrer e a certa altura há qualquer coisa que as agarra de novo a esta vida". E não faltam exemplos. O padre Nuno Santos lembra o caso de um familiar que durante uma intervenção cirúrgica "teve uma sensação estranha - existem alguns fatores biológicos que explicam, em parte, isto - de estar a ir e que, de repente, ao pensar nos dois filhos que tem, agarrou-se à vida". Um outro familiar, conta, "devido à idade que tinha, por estar tão bem com a vida e por sentir com tanta serenidade o momento da partida, perante um dificuldade relativamente pequena em termos biológicos e comparativamente com outras que teve, simplesmente se deixou ir". "Acreditar", independentemente da religião, tem uma influência objetiva e cientificamente comprovada. "Hoje em dia é difícil perceber onde termina o físico e começa a dimensão metafísica", conclui.
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investigação
sociedade
Miguel Félix é presidente do Conselho Português de Ressuscitação
Mais formação precisa-se Apesar da consciencialização crescente da importância do ensino do suporte de vida a profissionais de saúde, "a resposta à procura de formação por parte da maioria das instituições de saúde e mesmo da tutela não é ainda, claramente, satisfatória", afirma o presidente do Conselho Português de Ressuscitação. Miguel Félix considera que hoje, em Portugal, "faz-se muito mais formação que há 10 anos atrás, mas principalmente por entidades independentes das instituições públicas de saúde". O nosso país "tem um caminho muito mais longo a percorrer do ponto de vista da formação e qualificação das pessoas do que em termos de meios". Os meios técnicos necessários para uma reanimação de qualidade, explica, "não são necessariamente muito sofisticados". Imaginar que a disponibilidade de equipamentos de topo é o critério fundamental para uma reanimação de qualidade "é um erro que pode pagar-se caro". Por melhores que sejam os equipamentos, justifica, "de nada servem se quem os usar não tiver uma preparação capaz". Ou seja, "deve haver disponibilidade de meios adequados, mas onde efectivamente o país tem muito que investir é na formação dos seus profissionais de saúde".
A formação faz-se utilizando manequins simuladores
Aprenda Ressuscitação Cárdio-Pulmonar (RCP)
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LIGAR - Verifique se a vítima está inconsciente. Se não responder, ligue 112 e volte para junto da vítima. A central de emergência do INEM pode ajudá-lo com algumas instruções. Antes de telefonar procure saber alguns dados sobre a vítima e local da ocorrência.
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COMPRESSÕES - Se a vítima não tem sinais de circulação, coloque as mãos sobrepostas com os dedos intercalados no centro do tórax, apoiando somente a base da mão. Os dedos da mão que está por cima puxam os da que está por baixo, sem exercer pressão sobre as costelas.
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PRESSIONE - Na metade inferior do esterno, de modo que este baixe quatro a cinco centímetros, 30 vezes de modo ritmado a 100 compressões por minuto (mais rápido que uma por segundo). Intercale com insuflações.
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INSUFLAR - Colocar uma mão sobre a testa da vítima e os dedos indicador e médio da outra mão sob o maxilar inferior, puxar a cabeça para trás. Com a boca sobre a boca da vítima, tapar o nariz com a mão que se encontra na testa abrir a boca e insuflar. Duas insuflações.
opinião
Mira Lagoa Sobral
Sinais dos tempos
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Vão ver-se os "bofes" no Verão quente. É o que se pressagia. Brindes destes, ninguém aceita. Lá terão que ser devolvidos os ovos aos ofertantes. Atenção às devoluções
continua a haver quem se preocupe mais com os rótulos que com os conteúdos. Se o conteúdo é real ou não, de nada importa. Importante é saber se é de esquerda ou de direita, e se na direita é mais a um lado que a outro. O estado de saúde do doente não conta. A dieta que tem de fazer, também não. Os cuidados intensivos, idem. Iniciar o tratamento, outrossim. O doente que continue com hemorragias internas e pejado de aneurismas financeiros. Que se esvaia. Importante mesmo é continuar com a mesma equipa que, tipo ilusionista, quanto mais mira menos topa. Já não é ilusionismo. É mesmo batota … um novo estado de espírito instala-se,
definitivamente, nos partidos e na classe política. Com variantes manifestacionais. A "calimerice". Todos se autoconsideram os melhores. Os medíocres são sempre os outros. É assim: eu só faço coisas bem feitas, nós de quando em vez temos de rectificar, eles só fazem asneiras. Enquanto isso Portugal apenas pede a cada Português "Não desistas de mim". E cada português devia empenhar-se e levar a que todos os portugueses fizessem "o que ainda não foi feito". 11 de março. Há 36 anos em Portugal
iniciava-se o Verão quente. Há 7 anos em Atocha iniciava-se a era Zapatero. Este ano todos verão o que o próximo Verão traz. Os Portugueses receberam, inesperada, imerecidamente e antecipadamente o Ovo de Páscoa. Dos modernos. Kinder, claro. E o brinde é … uma desagradável surpresa (mais um reforço de dieta; as melhoras não se vêem? continue-se a sangrar o doente). Um fantasma horroroso impossível de montar. Fantasma mesmo fantasma, a provocar for-
tes desarranjos no ar da carteira dos Portugueses. Vão-se ver os "bofes" no Verão quente. É o que se pressagia. Brindes destes, ninguém aceita. Lá terão que ser devolvidos os ovos aos ofertantes. Atenção às devoluções. 12 de março. " O Povo saiu à rua num dia assim…". Os sinos tocaram a reunir a 04. E na foto respectiva (página 10 do Expresso) os "tocadores de sino a rebate" aparecem em pose para memória futura, no Chafariz de Dentro tendo como fundo o Museu do Fado. Que sina … mais uma semana e o ministro da Economia continua em parte incerta. Mau grado este desaparecimento, as exportações continuam a crescer a ritmo certo. Os mercados continuam a adquirir e a não hesitar em ficar com o que temos de melhor. Na página 16 do Expresso de 12 de Março lê-se: "Em 2010, pelo menos quatro diplomados por dia abandonaram o país em busca de trabalho no estrangeiro". Um sucesso claro: aumentam as exportações e baixa a taxa de desemprego. uma surpresa de imaginação o novo pacote de medidas anunciado na manhã de 11 de março: mais do mesmo. Sim, só com muita imaginação é que quem decide presentear os portugueses com esta inovação "sabe e atesta" que é possível continuar, eternamente, com a lei dos rendimentos marginais crescentes. E os Portugueses vão cansar-se de tanta fé que neles depositam. Quem manda vai sempre pelo mais fácil, pelo óbvio, pelo mais preguiçoso: acreditam que devem ser sempre os mesmos a pagar a crise. BASTA!
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sociedade
dia mundial da água
As cidades e a água: velha ligação, novos problemas O dia Mundial da Água, a 22 de Março, tem como tema, este ano, a relação entre água e cidades. Uma combinação essencial, que enfrenta grandes desafios no século XXI Textos: Marco Roque metade da população do mun-
do vive em cidades. E, dentro de duas décadas, esse número vai subir para 60 por cento, ou seja, para cinco mil milhões de pessoas. Os dados são fornecidos pelas Nações Unidas e demonstram a importância crucial da relação entre o fornecimento de água e as cidades. Os espaços urbanos não são sustentáveis sem acesso a água potável e a uma rede sanitária adequada. Infelizmente, estas redes só ganham destaque quando levantam problemas ou falham. E o facto é que, avança a ONU, os investimentos na infraestrutura não têm acompanhado o r itmo de u rba nização v iv ido. Em especial porque é nos pa íses pobres ou em desenvolvimento que ocorre a esmagadora maioria da urbanização, cerca de 93 por cento. E, de toda a urbaniza-
ção, 40 por cento ocorre em bairros de lata ou favelas – zonas das cidades onde serviços de água e de tratamento de resíduos, bem como toda a organização urbana, não são alvo de investimento. O resultado é que, globalmente, o acesso a água potável tem diminuído e os mais pobres acabam por pagar a maior fatura, enquanto recebem os piores serviços. As cidades são de difícil gestão, pois cada ambiente urbano tem problemas diferentes, que requerem soluções específicas para cada caso. Assim, os sistemas de saneamento urbano ficam dependentes de vários fatores, económicos e físicos. E quando o problema não passa pelo fornecimento de água, surgem dificuldades ao nível do tratamento de resíduos. Com a escolha deste tema, a
ONU pretende focar a atenção na reciclagem e reutilização de água e resíduos, de forma integrada na gestão urbana. O objetivo será adotar sistemas de tratamento de água mais eficientes, de modo a minimizar o impacto ambiental e a poluição, provocados pelo elevado consumo dos meios urbanos. A ONU sublinha que a questão dos sistemas de distribuição de água nas cidades é, hoje, mais importante do que nunca. A criação do Dia Mundial da Água foi sugerida em 1992, na famosa “Cimeira da Terra”, no Rio de Janeiro. Em 1993, foi aprovado pela Assembleia Geral das Nações Unidas. A cada ano, a ONU define um tema para o dia, de modo a dar destaque à questão da gestão dos recursos hídricos. No ano passado, o tema escolhido foi "A Qualidade da Água”.
Apostar na preservação ambiental
Marcelo Nuno Presidente da Águas de Coimbra
temos uma responsabilidade enorme, porque estamos a gerir uma empresa pública e um bem que não tem substituto ou alternativa na sua prestação. Temos de ser rigorosos ao prestar este serviço, garantindo uma eleva-
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díssima qualidade. Não podemos cair nunca na tentação de abusar da nossa posição monopolista, ou não cuidar suficientemente bem das necessidades dos nossos clientes. Isso torna a nossa responsabilidade ainda maior. Estamos a trabalhar com um bem essencial à vida, cada vez mais escasso, que todos devemos aprender a preservar. Daí que digamos que não prestamos apenas um
serviço de abastecimento de água e de tratamento de resíduos. Temos um serviço de preservação ambiental e de educação. A Águas de Coimbra tem feito um esforço em consciencializar os nossos cidadãos da importância que as empresas de água têm. Há estudos que provam que a utility mais barata é a água, mas é também aquela em que as pessoas mais rapidamente protestam quando sobem
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os preços. As pessoas deviam capacitar-se do esforço enorme que é gerir estas redes e manter os custos baixos.Tentamos também criar cidadãos com comportamentos ambientalmente mais adequados, com consciência da necessidade de preservar a água, porque é um bem escasso em termos mundiais e sem o qual não há vida nem desenvolvimento económico e social.
flash uma boa notícia Começou a betonagem da barragem do rio Sabor, num processo que demorará dois anos a concluir. Esta vai ser a segunda maior do país, atingindo os 123 metros de altura. Após a sua conclusão, será a terceira maior albufeira portuguesa e essencial para a estratégia energética do país.
uma má notícia Os dados mais recentes da Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos revelam que para um mesmo consumo durante um ano, o preço da água pode variar entre os cerca de dez euros e os 377 euros. Estas disparidades já foram comunicadas ao Governo por diversas entidades, entre elas a Defesa do Consumidor.
Seguindo a onda das novas tecnologias, pessoas de todo o mundo podem revelar os seus planos para o Dia da Água no Twitter
Dia da Água por todo o mundo
Resultados para #worldwaterday waterwonkette disse: Sigam-nos no nosso site. O dia da água está quase a chegar #worldwaterday EasyWater disse: O Dia Mundial da Água está aí. Vão trabalhar para acabar com a pobreza ao nível da água? #worldwaterday Soko Distribution disse: Dia 22 de Março é o Dia da Água. É importante dar atenção à gestão da água potável #worldwaterday
No site oficial do grupo de água da ONU, é possível ver todas as iniciativas programadas para o Dia da Água, a nível mundial. O grande destaque é para a iniciativa na
Cidade do Cabo. Na capital da África do Sul vão ser discutidos os desafios enfrentados pelo continente africano. Confira o site em www.unwater.org/worldwaterday.
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dia mundial da água
sociedade
27%
50%
Das pessoas que vivem em bairros de lata não têm acesso a água canalizada
Portugal tem uma cobertura de 100% de recolha e tratamento de resíduos urbanos
é um valor comum de perdas de água nas canalizações das cidades
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milhões de toneladas de resíduos humanos entram em cursos de água anualmente
poupe água Em casa, mantenha a canali-
92% da população portuguesa tem abastecimento público de água
zação em bom estado; feche sempre bem as torneiras; faça uma leitura regular do contador e da fatura da água para controlar os seus gastos. Na casa de banho, instale
autoclismos com dispositivo de dupla descarga; evite fazer descargas desnecessárias; tome duches rápidos; feche a torneira quando está a lavar os dentes ou a fazer a barba.
loiça à mão, não deixe a água a correr continuamente; não lave a loiça peça a peça. No exterior, limpe os pa-
vimentos a seco; lave o carro com balde e esponja; aproveite a água da chuva.
na de lavar roupa e loiça com carga completa; se lavar a
PU
No jardim, regue de manhã
cedo ou ao início da noite; cultive plantas típicas da sua região; reutilize água para regar; utilize o regador. Na rua, se detetar uma fuga
Na cozinha, utilize a máqui-
78% da população tem acesso a sistemas públicos de tratamento de águas residuais e urbanas
de água num espaço público, contacte imediatamente a entidade competente.
O utilizador doméstico (10 m3 mês) tem um encargo mensal médio de 8,7 euros
Mudar mentalidades
Nelson Geada Presidente Águas do Mondego
não se trata apenas de abastecer a região com água de qualidade e em quantidade, trata-se de fazer isso em permanência. Nós estamos a distribuir água captada em profundidade, para todos os distritos aqui à volta. A grande
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dificuldade passa por gerir meios humanos, de equipamento e de infraestruturas. Num contexto em que nos pedem que façamos isso da maneira mais eficiente e com os custos mais baixos. O que nos preocupa mais é a otimização do sistema, fornecer água em qualidade e quantidade aos mais baixos preços. Por isso temos de ter uma gestão rigorosa e cuidada, garantindo preços que não
prejudiquem as pessoas. Neste dia mundial, é importante lembrar que a água é um direito universal. Todas as pessoas têm direito a ter água e isso é algo que já se sabe há anos. Mas, hoje, quando se diz direito à água, significa água de qualidade – é diferente e uma coisa boa de relembrar. É um recurso escasso e temos de o saber gerir para que não se comprometam as gerações vin-
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douras. Fala-se muito do consumo de água humano, mas este representa apenas sete por cento do gasto total. Poupar água é também passar esta mensagem para o setor agrícola e industrial. A indústria já está mais consciente ao nível da água e leva o problema a sério. O setor agrícola ainda não vê as coisas bem assim. Tem de se mudar esta mentalidade.
Consumo deve ser controlado António sá da Costa, presi-
dente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis, apoia uma visão da água que passa pelo controlo do consumo e consciencialização dos consumidores. "Neste dia mundial, é importante lembrar que a água é de todos, é um recurso finito e tem de ser bem utilizado por todos. E tem de ser bem usado em tudo: a fazer sopa, a regar, a produzir eletricidade", sublinha o especialista. O controlo "passa, sobretudo, pela questão dos utilizadores. A mudança de comportamentos tem de começar cada um por si, os comportamentos específicos de cada um. Temos de educar melhor as pessoas e gerir racionalmente a água", defende.
Os recursos hídricos não ficam sempre na mesma. "A água também se degrada ao nível da qualidade e as pessoas esquecem-se disso. Não é pelo facto de ser um recurso que existe na natureza que deve ser utilizado sem pensar", destaca António Sá da Costa, lembrando um facto que adquire cada vez mais importância nas condições atuais. "A questão de quem domina os depósitos hídricos sempre se colocou. Faz parte do pacote de oferta que as empresas que fornecem a água possuem – e tem de se garantir, sempre", conclui. O fluxo das chuvas e as questões ambientais também são centrais na discussão em torno da água. "Falando de um país como o nosso, temos um regime que alterna
As barragens são essenciais para o armazenamento de água
uma época de chuva, em que vem bastante água, e depois há uma época em que não há. E este segundo período tem a tendência de crescer e aumentar", adianta. E lembra que "as mudanças climatéricas vão ter um impacto profundo na alteração deste regime". Por isso, é importante a aposta
no armazenamento. "A água só se pode usar se for armazenada na época em que chove. E para a armazenar, têm de se construir barragens", destaca António Sá da Costa, recordando que "há quem queira usar a água e não queira barragens, o que não faz sentido".
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sociedade
memória
Cheias podem voltar ao Mondego Uma década depois das inundações de 2001, AINDA há obras por completar e arranjos por fazer. a história pode repetir-SE Texto Marco Roque Foto Pedro Ramos
Parte do canal está a ser alvo de obras junto à beira-rio OS Acontecimentos de há dez
anos atrás podem parecer uma memória distante para alguns, mas os agricultores ainda sentem problemas criados na época. "Felizmente, não se registaram perdas humanas", avança Carlos Laranjeira, presidente da Assembleia Geral da Associação de Orizicultores de Portugal. "No entanto, há questões materiais de alguma monta que nunca foram repostas", acrescenta. Apesar de ter sido numa altura do ano em que poucas estruturas foram afetadas, as estradas da beira-rio cederam, e assim continuam, dez anos depois. "Para o ambiente nem é mau, há menos carros, mas os agricultores têm de andar por lá de trator, um veículo que não tem amortecedores, e vão permanentemente aos saltos pelos buracos na estrada”, conta o orizicultor. "Deviam reparar as estradas", reivindica. Carlos Laranjeira considera que, para além disso, "as pessoas estão muito displicentes, confiantes na virgem, e podemos ter um dissabor a qualquer momento". Por isso, sente-se "tão seguro
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quanto estava nessa altura, só que não estava tão alertado como estou hoje. Duvido que as pessoas tenham consciência do que pode vir a acontecer", argumenta. Não temendo ser polémico, revela que nem tudo foi mau. "Eu fiquei muito feliz por a ponte ter caído. Ninguém se magoou e se a ponte não tivesse caído ainda hoje não havia uma nova. É a realidade. Garantidamente que ainda andávamos a passar um de cada vez e a ver se aquilo não ia lá para baixo", frisa o orizicultor do Baixo Mondego. Para Luís Leal, presidente da Câmara de Montemor-o-Velho, que ainda não ocupava o cargo em 2001, "a vila ganhou experiência, por isso, hoje, estamos mais bem preparados para situações análogas, com mecanismos que poderão ser acionados com uma melhor antecipação". Mas existem situações não estabilizadas ao nível das infraestruturas. “Eu diria que, quando se concluir definitivamente as obras do perímetro hidroagrícola do Mondego, ficaremos muito
melhor e mais salvaguardados”, garante. O novo plano municipal de emergência criou mecanismos de prevenção e inter venção diferentes dos de há dez anos. "Há já uma diferença de comportamento. Os níveis de alerta ficam 20, 25% abaixo dos valores de 2000/2001. Também há planos de emergência gizados na sequência daquilo que foi a experiência e que podem acionar soluções que não estavam devidamente pautadas e testa-
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Na natureza, existem precipitações maiores que o centenário. E estamos sujeitos a isso, não sabemos é quando" 17MarÇo 2011
das na época. Em termos da área preventiva evoluiu-se bastante", sublinha o autarca.Reconhece, ainda assim, que embora durma agora mais descansado, não dorme "sem sobressaltos". pode acontecer de novo "Um rio como o Mondego tem variações em função da precipitação que ocorre ao longo de intervalos anuais ou maiores", explica Pedro Proença Cunha, investigador da Universidade de Coimbra. "Em 2001, choveu durante muito tempo, o que levou à saturação do solo. Três momentos de maior precipitação criaram pontas de cheia. Foi uma precipitação rara – centenária", recorda. Apesar desta raridade, o investigador alerta que "na natureza, existem precipitações maiores que o centenário – de duzentos, trezentos, mil anos". "E estamos sujeitos a isso, não sabemos é quando", sublinha. Também existe a questão das barragens. "As que existem no Mondego só têm capacidade de reter 80% do caudal que chega a Coimbra. Os outros 20% são de
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1 - Parte da estrada ainda está sob tutela do INAG
cursos mais pequenos que sempre chegarão". E mesmo o caudal pode não ser retido na totalidade. "A barragem da Aguieira, que é multiusos, tem uma quota que deve ser mantida no inverno – e se ela ficar cheia, não tem capacidade de armazenamento. É como se não existisse, a água está sempre a correr", sublinha o especialista. Por isso, prossegue, "nunca podemos pensar que temos completa segurança, que as barragens vão conseguir armazenar qualquer precipitação, qualquer fluxo de água e nós não temos transbordo". Como, "durante muitos anos, o caudal do Mondego esteve limitado ao seu canal artificial, as pessoas começaram a ver a planície aluvial como uma área que não pertence ao rio e construiram lá casas. No passado, as pessoas estavam habituadas a cheias persistentes. Recolhiam os seus animais, os seus objetos. O que aconteceu é que a partir da obra, as pessoas começaram a ter essa noção de segurança e constroem em zonas de cheia”, conclui.
2 -Os documentos ficaram inutilizados 3 - Os buracos são a grande constante das estradas da beira-rio 4 - Sala do escritório, dias depois das inundações 5 - O sistema informático foi destruído pela inundação 5
Ver o escritório ser inundado pela água e pela lama logo pela manhã de 28 de Janeiro de 2001, a
água começou a inundar Montemor-o-Velho. Era domingo, dia de descanso, por isso, João Manuel de Andrade Corrêa não estava no seu gabinete de contabilidade, no largo da feira. "Ligaram-nos a alertar do perigo e fomos logo para lá", conta o técnico oficial de contas. "Quando chegámos, a água e a lama já estavam a atingir o estabelecimento (ver fotos)", recorda. Com dois carros e a ajuda de cinco pessoas, fez-se um esforço por retirar os computadores e pastas de documentos que enchiam o gabinete. Mas a maioria não pôde ser resgatada. A água
chegou aos 1,64 metros e o escritório de contabilidade esteve submerso durante três dias completos. "Destruiu-se quase todo o mobiliário, a rede informática e telefónica, e 2500 pastas de documentos ficaram encharcadas e quase inutilizadas", conta João Andrade. "Com a água e a lama vieram produtos químicos da cooperativa agrícola… Dos livros que se salvaram ainda hoje se sentem esses produtos nas mãos", destaca. O prejuízo, calcula, ascendeu aos 200 mil euros ("40 mil contos na moeda antiga"). "Foi uma machadada muito grande na minha vida", lamenta.
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sociedade
dia do pai
Novos pais mudam hábitos do passado Mudam fraldas, dão o biberão e o banho, brincam cada vez mais com os filhos. os pais da atualidade, cada vez mais Pedem a licença parental Textos marta varandas fotos pedro ramos
catarina morgado
"Toda a família fica a ganhar" Catarina Morgado entende que os pais não substituem as mães. "Mas são complementares, o que acaba por ser benéfico para as crianças, também pelas questões de género, que são apreendidas por observação". A psicóloga clínica defende que o homem é hoje uma "figura mais presente", tanto por questões "da vida familiar como na relação com os filhos". E remata: "Toda a família fica a ganhar". Morgado diz ser "ótimo que o pai participe e esteja sempre disponível", por ser uma "participação benéfica e importante, o que ajuda a criança a explorar, conhecer, crescer e desenvolver-se de forma saudável".
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novos pais. É desta forma que se autointitulam os progenitores da atualidade. Mudam as fraldas, dão banho e o biberão, brincam com os filhos, levam-nos à escola ou ao médico quando estão doentes. Fazem quase tudo o que fazem as mães. E defendem que estar de igual para igual está na moda. Em véspera da comemoração de mais um Dia do Pai, celebrado em Portugal a 19 de março, é tempo de parar para refletir que o homem de hoje está diferente. Assiste-se a um "virar de página" na mentalidade masculina, que está mais aberta e livre do estereótipo machista. No século passado, o rosto do pai era visto como alguém ausente, a figura autoritária da família, que a sustentava e que apenas servia para castigar os filhos. Contudo, esta imagem parental foi desconstruída e no século XXI surge um pai sensível, atento ao que acontece à sua volta e sem sair com a masculinidade ferida. Ana Maria Rosa, diretora do Centro Infantil João de Deus, em Coimbra, diz que é muito frequente serem os pais a vir trazer os filhos, assim como são eles, hoje, que participam nas atividades da creche. "Contamos sempre com a colaboração dos pais nas tarefas. É uma tendência que se tem vindo a verificar
cada vez mais. Mesmo os que trabalham fora de Coimbra, que fazem um esforço grande para estar sempre presentes", como é o caso de António Freire, que trabalha em Castelo Branco. Mário Ruivo, diretor do Centro Distrital da Segurança Social de Coimbra, afirma que se tem verificado o aumento do número de pedidos de licença parental, que hoje "beneficia os pais com dez dias obrigatórios, a seguir ao parto, mais dez dias facultativos e ainda 30 dias, que podem ser partilhados com a mãe, que acaba por usufruir de um tempo alargado". O diretor regional explica que com a licença partilhada "pai e mãe celebram dos benefícios que o Estado dá, através dos 30 dias do pai mais os dez dias facultativos. Neste caso, a mãe pode ganhar cinco meses a 100 por cento ou ganhar 83 por cento se usufruir de seis meses, no caso do pai gozar os 30 dias". Para Mário Ruivo, o novo diploma é favorável, porque traz três benefícios: "Reforço dos incentivos à natalidade, reforço da igualdade de género e apela à corresponsabilização e partilha de deveres de assistência ao filho, permitindo que a família viva este período de forma tranquila".
Cuidam como se fossem mães
António Freire é pai do Santiago e da Lana, mas também do Gabriel e da Eva, que ficam em casa com a mãe
António Freire tem quatro filhos. Vive em Coimbra e é professor universitário no Instituto Politécnico de Castelo Branco. Faz a viagem quase todos os dias para poder estar com as crianças: o Santiago, com cinco anos; a Lana, com quatro; a Eva, com dois e o Gabriel, com três meses. Sorridente, diz ser fantástico ter quatro crianças em casa, mesmo pequenas. Mas é preciso ajudar a mulher, que abdicou da carreira para dedicar-se aos quatro filhos. "Sou eu que dou os banhos, dou comer, mudo fraldas, brinco com eles". A família do casal está longe, nos Açores ou em Ourém, "parte tudo de nós e eu faço o que posso". António Freire, com 40 anos, adiou o doutoramento quando nasceu o primeiro filho. "Há cinco anos que devia ter entregue a tese. Mas coloco os filhos sempre em primeiro", conta, enquanto olha
com ternura para a pequena Lana. Paulo Neves é outro "pai babado". Não tira os olhos da pequena Rita, com dois anos. Um mês antes da menina nascer, a mulher de Paulo, Elisabete, teve uma paralisia facial que a obrigou a fazer tratamentos e fisioterapia. Paulo, funcionário dos CTT, teve de "tomar as rédeas" e tratar da pequena Rita, fazendo o papel dele e da mãe. "Acabou por não ser tão difícil quanto temia, porque já tinha a experiência da Inês", primogénita do casal, hoje com nove anos. Contudo, "houve tarefas que já me tinha esquecido ou perdido a prática. Passaram sete anos... Mas é como andar de bicicleta", graceja. A mulher trabalha e hoje, Paulo continua a ajudar em tudo: dar o banho, comida, levar à creche. E se tivesse de ficar em casa para cuidar das filhas? "Ficaria sem qualquer problema. Seria um gosto".
Paulo Neves é pai da Rita. A paralisia facial que afetou a mulher, antes do parto, levou-o a cuidar da bebé
eduardo sá
"É incomparavelmente melhor para a criança contar com o pai" O psicólogo clínico Edu-
ardo Sá é peremtório: "A primeira função da pessoa, independentemente de ser homem ou mulher é ser mãe. Se as crianças puderem ter duas mães, vão ser mais saudáveis. É incomparavelmente melhor para a criança contar com o pai da mesma maneira que conta com a mãe". O psicólogo lembra que há 40 anos os pais não iam aos consultórios de pediatras nem era possível tirarem a licença parental, querendo com isto dizer que "as diferenças hoje
são tão grandes que as pessoas têm vindo a aprender a ser melhores pais". Eduardo Sá fala ainda do crescente número de pais que, na sequência do divórcio, solicita a responsabilidade parental, "que cresceu de uma forma vertiginosa". São "privilégios" que às anteriores gerações "não eram possíveis", defende. "As famílias transformaram-se profundamente. Com a saída de casa das mães para o mundo do trabalho os pais tornaram-se mais ativos".
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sociedade
visita de médico Alimentação saudável é poesia para o coração
saúde
Prematuros a mais Nove por cento dos bebés que nascem anualmente em Portugal são prematuros, taxa acima da média europeia.
Polybio Serra e Silva Cardiologista Aprecie os bons sabores Da comida natural Sempre de acordo com as cores Da bandeira nacional.
Cinco ou seis vezes por dia, Muito sossegadamente, Pare a sua correria E mastigue calmamente.
A taxa de prematuridade era, há 30 anos, de apenas cinco por cento Em vez de forma apressada Será melhor, com certeza, Se entre cada garfada Apoiar as mãos na mesa. Depois de bem mastigada, Por certo que a comida Está bem insalivada E pode ser engolida. Comece a refeição, Com o que terá deleite, Com um pouquinho de pão Embebido em azeite. Enquanto vai esperando E o pão no azeite ensopa, O tempo vai-se passando E entretanto chega a sopa.
A taxa europeia de bebés que nascem antes das 37 semanas é de 7,7 por cento e Portugal tinha assumido como meta para 2010 descer a taxa de prematuridade para 4,9 por cento, mas continua nos 8,8 por cento. A ministra da Saúde, Ana Jorge, admite que a meta traçada foi demasiado ambiciosa e pouco realista. Segundo os especialistas, são diversos os fatores que levam a este aumento da taxa de prematuridade, que em Portugal era, há 30 anos, de apenas cinco por cento. Entre as causas podem estar, por exemplo, stress, gravidez antes dos 18 ou depois dos 35 anos e também falta de acompanhamento adequado da gestação.
O aumento dos tratamentos de fertilidade, e consequentemente mais casos de gémeos, é outro dos fatores do aumento da taxa de bebés prematuros. O limiar da viabilidade de um bebé prematuro está hoje nas 24-25 semanas. Aliás, nos últimos cinco anos a taxa de sobrevivência de prematuros às 25 semanas de gestação foi já de 50 por cento. A taxa de prematuros que mais tem aumentado no nosso país é, todavia, a de “prematuros tardios”, com mais de 32 semanas de gestação, o que pode ter alguma relação com o aumento do número de cesarianas realizadas nas unidades de saúde nacionais, admitem especialistas em neonatologia.
Sopa qualquer uma serve, Não há razão para ciúmes, Desde o velho caldo verde ‘ té ao caldo de legumes.
tome nota Crise afeta coração e cérebro
Diabéticos aumentam em todo o mundo
E depois, como conduto, Pelo amor de Deus não deixe, Se for um tipo arguto, De dar preferência ao peixe.
O coração e o cérebro são os órgãos que mais sofrem com a crise e os sucessivos anúncios de medidas de austeridade, os quais têm conduzido a uma maior procura de cardiologistas e psiquiatras.
O número de pessoas com diabetes está a aumentar em todo o mundo e Portugal não é exceção. Se existem atualmente entre nós cerca de 400 mil diabéticos, iremos provavelmente ter, em 2025, perto de 700 mil.
• (cont. no próximo número)
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17MArÇO 2011
clube da criança
opinião A inteligência emocional
banco da maternidade e da criança
ADAV apoia jovens mães coimbra ganhou mais um equipamento social, de combate à pobreza e à exclusão, que visa apoiar as grávidas e jovens mães em dificuldades, através de instituições do distrito. Chama-se Banco da Maternidade e da Criança (BMC), já está em funcionamento e foi inaugurado pela Associação de Defesa e Apoio da Vida (ADAV) de Coimbra. Ana Maria Ramalheira, presidente da ADAV Coimbra, explica que o projeto foi inspirado no Banco Alimentar Contra a Fome e vai fazer chegar às instituições em dificuldade "bens essenciais à maternidade, como fraldas, leites, papas, artigos de higiene, carrinhos, chupetas, biberões. Todos bens necessários para o bem-estar de uma grávida e de um bebé". A completar duas semanas da abertura, o BMC recebe solicitações "de forma diária. E o facto de já antes recebermos pedidos de apoio foi o principal motivo que nos levou à criação do projeto", refere a dirigente.
O BMC é um espaço situado na cave do edifício que acolhe a sede da ADAV Coimbra, na Rua Lourenço Almeida Azevedo n.º 27, e armazena os bens que chegam (doados por particulares), permitindo a sua gestão. "Não estamos abertos ao público. Apoiamos Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) que integram a rede social de Coimbra" e que acompanham famílias com grávidas e crianças até aos oito, nove anos. "Somos um apoio extraordinário para maternidades", refere Ana Maria Ramalheira . "Temos possibilidade de aguentar os projetos nos próximos cinco meses, preciso de os aproveitar bem para arranjar apoios para dar continuidade. Necessitava de 600 euros, incluindo 100 euros para os custos correntes. Isso seria o ideal, embora já me contentasse com 500", confessa a dirigente. Esse é o montante da renda do BMC. A ADAV está a apoiar 400 mulheres e cerca de 500 crianças. MV
Crianças intoxicadas todos os dias
diana gaspar duarte Psicóloga clínica ter inteligência elevada (QI), só por si, é garantia de sucesso na vida? Não. São inúmeros os casos que certamente conhece de "mentes brilhantes" que se perderam por esta ou aquela razão. Este facto chama a atenção para refletir sobre o que é importante para garantir um crescimento inteligente e salutar. É aqui que surge o conceito de inteligência emocional. Ter inteligência emocional é possuir determinadas competências emocionais, como a capacidade de perceber (consciência), gerir (controlo) e transformar (autonomia) as próprias emoções e desenvolver empatia e habilidade para compreender os outros. Promover a inteligência emocional da criança é ensiná-la a descobrir que é a responsável pela forma como se sente, mostrando-lhe que tem capacidades para transformar emoções negativas em emoções positivas e adaptativas. Ensine-a a tornar-se flexível às situações do dia-a-dia, a tomar consciência sobre os seus recursos pessoais e a ajudar o outro de forma desinteressada, altruísta e genuína.
• colaboração centro pediátrico e Os produtos utilizados nas limpezas são um
Produtos de limpeza intoxicam as crianças
perigo, muitas vezes ignorado, especialmente para as crianças. Em média, em Portugal, todos os dias há 30 crianças intoxicadas por medicamentos ou produtos de limpeza. Ao lado das quedas, as intoxicações são as causas mais frequentes de acidentes infantis. A maior parte dos casos não é fatal, mas nunca é demais lembrar que o perigo está muitas vezes dentro de casa. "Há crianças com menos de cinco anos que morreram estupidamente", alerta a Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI).
juvenil de coimbra
mimo Babete especial com mangas babete impermeá vel, com mangas, que permite uma maior proteção nas várias atividades desenvolvidas pelos bebés.
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poder local
entrevista
" Penela tem sido ostracizada" apesar da falta de apoios, o presidente paulo júlio não fala em fatalismos e continua apostado em fazer de penela um território de sucesso Texto Vasco Garcia Fotos Pedro Ramos
zoom Nome Paulo Jorge Simões Júlio Partido PSD Passatempos Praticamente não tenho passatempos para mim, para poder aproveitar o meu pouco tempo livre para estar com a família. Leitura Sou um leitor compulsivo. É o meu único hóbi. Gosto muito de livros ligados à política, à economia, à liderança... Acabei de ler a biografia de Sá Carneiro, de Miguel Pinheiro, e estou a ler “O Estado em que Estamos”, de Luís Marques Mendes, e acabei de ler “O Nó Cego da Economia”, de Vítor Bento. Música Gosto muito de música portuguesa. Acho que temos muita criatividade. Oiço muito a canção “Voar”, do Tim e Rui Veloso. Acho que é algo de que nós estamos a precisar: voar. Desporto Joguei futebol durante muitos anos. Estive na Secção de Futebol da Associação Académica de Coimbra, no Penelense e na Associação Cultural e Recreativa de Podentes. Jogava como médio, distribuidor de jogo. Clube Sou da Académica e simpatizo com o Sporting.
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17marÇo 2011
Como é ser presidente de uma câmara pequena e do interior como Penela? É bom. É uma experiência de seis anos, muito gratificante. Não estou nada arrependido, apesar das vicissitudes e das dificuldades que, nos dias que correm, um cargo de autarca encerra. Penela e a câmara têm demonstrado que é possível fazer muitas coisas no Interior e com poucos recursos. Como é possível essa gestão? É possível, colocando diversos princípios organizacionais. Nós temos poucos recursos. Por isso, para fazer um conjunto de coisas de alguma relevância é necessário gastar melhor ou investir melhor. A nossa gestão tem um ponto de partida que tem a ver com a organização interna e diminuição de recursos humanos, no sentido de libertar mais recursos para investimentos materiais ou imateriais. Depois, fizemos um plano estratégico que não está só na estante do gabinete do presidente, mas delineado e a ser implementado por uma equipa motivada. O plano estratégico alicerçou-se em três frentes de trabalho: a valorização do território, a educação e a dinamização da base económica local. Os resultados estão a aparecer? Não há dúvida nenhuma de que estão a aparecer. Estão a aparecer porque há vários investimentos privados. Num cenário de crise económica e financeira como Portugal está a passar, nunca houve tantos investimentos privados em Penela como agora. Quando fala no número recorde de investimentos privados, quer dar alguns exemplos? Sim. Os de maior dimensão são na área do turismo. Vai ser construído um hotel de quatro estrelas, cujo design interno tem como base a arquitetura romana, que vai ser diferenciador, pela sua decoração interna e pela sua localização, numa antiga fábrica de papel, junto ao rio Dueça. É um investimento privado relevante num concelho que viu nos últimos anos o seu número de visitantes crescer exponencialmente. Há um outro projeto, que nesta altura está em fase de análise de candidatura no AICEP em regime especial, que é o Resort de Montanha nas aldeias do Esguio e do Pessegueiro. Ainda este ano, o empreendedor iniciará a obra. Depois, há um conjunto de pequenos investimentos noutras atividades que se estão a fixar no nosso habitat de empresas. E depois há o HIESE… O projeto alavanca de toda esta filosofia de trabalho e desenvolvimento é, sem dúvida
rimentação e até produção. Para além disso, é claramente um ponto de partida de um outro programa: o Smart Rural Living Lab. Living Lab quer dizer inovação e criatividade, no nosso caso, aplicada ao território. É um ambiente de cruzamento de informação para atrair novas empresas e consolidar esta perspetiva de que Penela é um território que tem charme, património histórico relevante, mas também tem esta outra perspetiva de desenvolvimento ligada à inovação territorial. Eu acho que isto é fundamental e é isso que tem feito a diferença. Porque, sendo um concelho pequeno, do interior, com poucos recursos, a nossa base de discurso político nunca foi a do fatalismo ou da inevitabilidade de sermos pobres.
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Fizemos um plano estratégico que não está só na estante do gabinete do presidente, mas delineado e a ser implementado por uma equipa motivada
nenhuma, o Habitat de Inovação Empresarial dos Setores Estratégicos (HIESE), que vai ser localizado na Quinta do Vale do Espinhal. A abertura de propostas será feita um dia destes e, portanto, é uma obra que começará dentro de muito poucas semanas. Essa vai ser a peça principal deste puzzle que está a ser construído em Penela. Porque é que é tão importante? Porque tem a particularidade de ser um habitat de inovação. É um espaço para fixar empresas, está localizado numa quinta que é propriedade da câmara municipal, que tem cerca de 30 hectares de área agrícola e área florestal onde as empresas podem fazer expe-
Além do HIESE, que outros investimentos tem a câmara tem para os próximos anos? Nós temos um programa de investimentos que está com um cronograma perfeitamente definido, onde se destaca a Casa da Noz, como investimento diferenciador, mas não temos um projeto megalómano. Desde logo, porque os recursos são limitados. Temos uma estratégia ambiciosa e vários pequenos projetos que, olhando à distância, formam algo que se encaixa bem. Faltam apoios do Estado? Penela tem sido quase ostracizada em termos de investimento público relevante por parte do Estado. Por isso, eu espero que, no meio deste ostracismo a que temos sido votados durante estas últimas décadas – não só Penela mas toda esta zona do Pinhal Interior – finalmente tenhamos aquilo que nos parece mais do que justo: a via rodoviária que liga Tomar a Coimbra. Espero que seja a hora do Pinhal Interior receber alguns investimentos públicos de maior relevância para que possa haver desenvolvimento. Porque tem sido esta gente do interior de Portugal a pagar quase todos os investimentos que são feitos no litoral. Está na hora de os outros pagarem alguma coisa. Uma eventual mudança de Governo, que implicaria a entrada em cena do PSD e de Pedro Passos Coelho, de quem é muito próximo, seria benéfica para a região? A mudança de Governo só faz sentido se for para mudar Portugal. Nós precisamos verdadeiramente de uma nova filosofia de governação, de um novo líder, de uma mudança de conceito do que é o papel do Estado na sociedade. Precisamos, sem dúvida nenhuma, de um novo Governo. Espero que seja liderado por Passos Coelho. Mas a mudança que quero não é para Penela ou para a região Centro. A mudança que quero é para Portugal. Todos seremos mais fortes com um Portugal mais forte.
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investigação
cérebros
Coimbra na rota do Nobel investigadores dA Faculdade de Ciências procuram detetar matéria negra para conhecer melhor o universo Texto MARTA VARANDAS foto pedro ramos
Uma equipa portuguesa constituída por cinco investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra pode chegar ao Prémio Nobel da Física. Em causa está a realização de uma experiência internacional - XENON100 -, através da qual os cientistas da FCTUC pretendem detetar, pela primeira vez, matéria negra no universo. São vários os estudos do universo que confirmam a existência de um tipo de matéria não detetada que dá forma às galáxias e seus aglomerados. Embora os cientistas acreditem que este tipo de matéria pode chegar a 83 por cento de toda a matéria do universo, a sua identidade permanece desconhecida. Por o conhecimento da natureza e propriedades desta matéria, a chamada matéria negra, ser da maior importância, há mais de uma dezena de experiências a decorrer, a nível mundial, cujo objetivo é a sua deteção. Portugal é um dos países envolvidos na "corrida", através da experiência XENON100,
que representa um esforço conjunto de 90 investigadores de 15 instituições e oito países distintos. Uma delas é a FCTUC, através do Centro de Instrumentação, coordenado por Joaquim Santos. A equipa é constituída por cinco elementos e José Matias é o investigador responsável. Sendo o universo composto por quatro por cento de matéria conhecida, 22 por cento é matéria negra e 74 por cento é energia negra. As duas últimas são desconhecidas, visto que, até agora, ainda não foram detetadas. Das cerca de dez experiências que estão a decorrer a nível mundial, os investigadores de Coimbra integram a XENON, experiência que teve início em 2005. "Começámos com o detetor XENON10. O XENON100 esteve em período de testes no final de 2009, estando desde janeiro de 2010 na fase de recolha de dados, o que significa tentar detetar matéria negra", explica José Matias. Os investigadores portugueses escolheram o xénon (gás raro) para a pesquisa por "apre-
Laboratório subterrâneo de Gran Sasso, onde decorre a experiência XENON100
Detetor XENON100, onde estão introduzidos 60 quilos de xénon líquido hiper-puro
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O objetivo é detetar matéria negra, através de uma interação. A equipa onde estão os investigadores portugueses da FCTUC pode chegar ao Prémio Nobel da Física
De que é feito o universo?
4% Átomos
74% Energia Negra
22% Matéria Negra
sentar as melhores características para estas medidas", explica Joaquim Santos. A experiência XENON100 consiste num detetor com 60 quilos de xénon líquido hiper-puro, colocado no laboratório subterrâneo de Gran Sasso, em Itália, sob 1300 metros de rocha, numa galeria, para reduzir a interação da radiação cósmica no detetor, a qual pode mascarar os sinais devido às interações. "É o local onde há condições para tentar ver matéria negra", afirma Joaquim Santos. O detetor, debaixo de terra, está dentro de um "cofre" blindado, constantemente controlado para manter os níveis de radiação estáveis. "No fundo, estamos a tentar encontrar uma agulha num palheiro", diz José Matias. Porque de todas as interações, há que filtrá-las até encontrar matéria negra. Resta aguardar. "Sabemos que a nossa experiência é a mais sensível à deteção de matéria negra. Das dez, a comunidade científica considera que somos a equipa com condições para chegar mais longe mais cedo", assegura, otimista, José Matias.
publicações Os resultados do primeiro detetor, XENON10, foram os melhores obtidos até à altura e tiveram um grande impacto no meio científico, sendo considerada uma das seis mais importantes experiências científicas a nível mundial pela "Discover Magazine".
Recentemente, os primeiros resultados do detetor XENON100 causaram um impacto ainda maior pela destacada liderança na corrida para a deteção da matéria negra. Os resultados provenientes da análise dos primeiros 11 dias de medidas com o XENON100, entre outubro e novembro de 2009, foram publicados no número 105 da
revista "Physical Review Letters", uma das mais importantes e prestigiadas revistas da área de Física. A importância destes resultados é de tal forma relevante, que mereceu também destaque na revista "Physics", da "American Physical Society", dedicada a divulgar resultados de investigação de excelência.
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Com quem não jantava? Com Bin Laden...
dinheiro
marketeer
Catarina Antunes é responsável de marketing na MCoutinho Centro, distribuidor oficial Peugeot, Fiat e Kia. Qual foi o seu primeiro emprego? Comecei a trabalhar na área dos eventos, que despertou em mim o “bichinho” do marketing. Como gastou o primeiro ordenado? Na prestação do meu primeiro carro. Nada melhor que dois em um! Um sonho… Ser feliz. Sem a felicidade nada se alcança, nada se constrói.
Pedro ramos
O que não suporta? A traição, no seu sentido mais lato.
bolsa da praça
Que música lhe dá vontade de cantar em voz alta? Muse: "Uprising". Simplesmente fabulosa. Com quem não jantava? Com Bin Laden… Último livro lido, cd ouvido, filme visto? "Utopia", Expensive Soul; “A fórmula de Deus”, de José Rodrigues dos Santos; Os Agentes do Destino”. Lema de vida? Como disse um dia Shakespeare,: “a melhor maneira de prever o futuro é inventá-lo”.
Preços/Kg/L
Diferenças significativas nalguns produtos
Azeite Galo virgem extra clássico
2,49€
Chocolate Milka Leite
3,29€ 3,29€ 3,29€
3,35€
Alguns dos produtos escolhidos para integrarem, desta vez, o cabaz de compras da revista C, apresentam diferenças significativas entre os supermercados da lista. É o caso do peito de frango, que vai dos 8,75 euros o quilo no Supercor aos 5,49 no Pingo Doce.
Garrafão de água do Luso
1,18€
2,36€
Açúcar branco granulado Sidul
1,06€ 1,06€ 1,06€
0,99€
Bolachas Filipinos
1,39€ 1,39€ 1,39€
1,49€
Fairy limão
1,89€ 2,27€ 2,13€ 2,89€
Farinha branca de neve trigo
0,92€ 0,91€ 0,91€ 1,07€
Peito de frango
5,49€ 7,85€ 5,98€
TOTAL
17,71€ 21,88€
Recolha feita dia 14 de março
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Um vício que não equaciona deixar… A minha família, os amigos e o meu trabalho. São três paixões das quais não abdico.
E que marca não dispensa? A Nokia. Tecnologia de ponta para quem anda sempre de um lado para o outro.
3,93€
1,18€
17MARÇO 2011
2,85€
1,18€
2,99€
8,75€
18,79€ 23,89€
empresário de sucesso
"Construtores e arquitetos devem colaborar mais com as imobiliárias" João Esteves, administrador da ERA Coimbra Vale das Flores/Solum
o administrador da ERA Coimbra Vale das Flores/Solum, João Esteves, colocou a imobiliária em contra ciclo: “atravessamos uma fase de crescimento e dentro em breve abriremos uma nova loja em Condeixa-a-Nova”. A preparação da equipa de mediadores já começou e o objetivo é claro: repetir o caso de sucesso da Lousã, a segunda melhor loja do distrito de Coimbra. “Se não existissem dificuldades, não valeria a pena estarmos na Lousã. É mais difícil? Claro que é mais difícil, a começar pela aprovação do crédito, pois a Lousã é um concelho de risco para os bancos”, explica. Além da loja em Condeixa-a-Nova, João Esteves prepara "outras novidades", mas recusa, para já, avançar mais pormenores. Passar de 45 para 100 colaboradores é uma “meta fundamental” para o empresário, que rema contra a crise com uma filosofia própria: “só com profissionais qualificados e altamente motivados é que conseguimos ajudar os nossos clientes”. Em 2010, a ERA Coimbra Vale das Flores/ Solum foi um parceiro de referência para o Banco Santander Totta e "tudo fará para manter este estatuto" num momento económico em que a credibilidade marca a di-
“
Estamos a preparar a abertura da loja em Condeixa-a-Nova e, em breve, teremos mais novidades
ferença. “Apresentamos clientes credíveis e que não constituem problema para o banco, mas, acima de tudo, é através do aconselhamento dos clientes que se evitam problemas no futuro”, explica. Em dois anos consecutivos (2009 e 2010), a ERA Coimbra Vale das Flores/Solum garantiu o primeiro lugar (vendas e faturação) a nível nacional, pelo que é dada como exemplo quer em Portugal, quer na rede internacional. Se a atitude dos colaboradores em relação ao trabalho no dia-a-dia é um capítulo fundamental para o êxito de qualquer empresa, comprar de acordo com as possibilidades e construir à medida do gosto do cliente são, neste momento, duas “medidas” essenciais no setor. Segundo João Esteves, os construtores e os arquitetos devem aumentar a colaboração com as imobiliárias, que conhecem melhor do que ninguém os gostos e as necessidades dos clientes. A primeira imobiliária a obter o estatuto PME Excelência tem o know-how necessário a este apoio, mas, ao mesmo tempo, tem ainda muito a aprender. “Temos margem de progressão e, acima de tudo, estamos disponíveis para aprender”, conclui. MN
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dia da árvore
dinheiro
Árvores com nome no jardim do mágico
21 de março
Portugal celebra Dia da Árvore desde 1913 As celebrações do Dia Mundial da
Árvore e da Floresta surgiram nos Estados Unidos da América, no estado do Nebrasca, em 1872. Em Portugal, a data começou a ser assinalada apenas em 1913. Inicialmente, o dia escolhido foi 9 de março. Só em 1972 transitou para 21 de março. O Dia Mundial da Árvore é comemorado anualmente para sensibilizar as pessoas para a importância da floresta, A floresta ocupa 3.458.557 hectares, o "pulmão do planeta", o que corresponde a 39% do solo naque guarda fauna e flora e cional. O pinheiro bravo é a espécie mais é fonte de recursos essenfrequente, com 27% de ocupação. ciais à vida humana.
cá dentro
O setor gera 3,1% do PIB e assegura a manutenção de 260 mil postos de trabalho. Não se pensa a médio prazo
Crise torna pessoas menos "verdes" OS ESPECIALISTAS ambientais ga-
rantem que a atual crise económica está a afastar os cidadãos dos temas ecológicos. Os investigadores alegam que as pessoas não têm grande disponibilidade mental para pensarem de forma "verde" e a médio prazo, quando têm problemas financeiros urgentes, que precisam de ser resolvidos no imediato. Ainda assim, os cientistas referem que, nos últimos anos, os ciAs florestas geram, ao ano, meios dadãos estão mais de subsistência para populações de sensibilizados para baixos rendimentos de 100 mil milhões as questões a mde euros. bientais.
lá fora
A produção florestal localmente controlada envolve 400 milhões de hectares, o equivalente ao tamanho da União Europeia. 42
17MARÇO 2011
O "fACEGARDEN" DE LUÍS DE MATOS, um conceito inovador, guarda preciosidades como a "oliveira júlio isidro" e o "carvalho jaime ramos". TEXTO bruno vicente foto pedro ramos
LUÍS DE MATOS é conhecido internacionalmente pelos fabulosos truques de magia, mas o Estúdio 33, em Ansião, onde trabalha, revela uma outra paixão, mais escondida do público. "A minha formação é na área agrícola, estudei na Escola Superior Agrária de Coimbra antes de decidir seguir a carreira de mágico", afirma. Os 10 mil metros quadrados do espaço reúnem centenas de árvores, entre acácias, cedros e "aves do paraíso". Mas o mágico está determinado a ir mais longe e a fundar um jardim botânico irreverente, um conceito inovador, ao qual chama "FaceGarden – powered by friendship". As árvores são todas oferecidas. "A ideia é tirar uma fotografia à pessoa que oferece e iden-
tificar a árvore com o nome dessa pessoa, para além de a catalogar com o nome vulgar e científico", explica Luís de Matos. O jardim vai ocupar 3.500 metros quadrados. Os primeiros exemplares já chegaram ao destino, oferecidos por figuras públicas, amigos, colegas de trabalho e fãs. O visitante já pode ver a "Oliveira Júlio Isidro" ou, se preferir, o "Carvalho Jaime Ramos". As espécies repetidas, que chegam de Portugal e do estrangeiro, não são um problema para o mágico. "Para mim cada árvore é uma árvore, é sempre diferente e uma questão pessoal", afirma. "Daqui a 200 anos as pessoas vão perceber quem se relacionava comigo e com o Estúdio 33", conclui.
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CULTURA
Blind Carbon Copy TCSB/Coimbra. Até 20 de mar.
agenda da semana
Reflexão da Marionet sobre o tema das alterações climáticas e outras alterações quotidianas.
qui.17 Os Golpes + Samuel Úria - Teatro José Lúcio da Silva/ Leiria - 21H30
sex.18 Grupo Forrocatú - Centro Cultural D. Dinis/ Coimbra - 21H30
sáb. 19
Single Singers Bar Tabacaria OMT/Coimbra. Até 19 de março. 22H00.
"Olá!" (José Cruz) TAGV/Coimbra. 23 de março. 21H30. 6€ a 8€ Comédia com a duração de uma hora. Este one-man show narra a vida de uma personagem e fala dos seus sonhos, através dos pais e dos amigos.
Concerto de Os Rattlin Bone - CAE/Figueira da Foz - 21H30
Oportunidade para ouvir "o blues do Delta do Dão". Noite conta com a atuação de Os Golpes.
UCBand ao vivo - Fnac Coimbra - 17H00
André Cepeda CAV/Coimbra. Até 12 de Junho. Entrada gratuita.
seg. 21
ter.22 Noites mágicas por Telmo Melo - Centro Cultural D. Dinis/ Coimbra - 21H30
qua.23 Apresentação do livro "História Breve da Música Ocidental", de José Maria Pedrosa Cardoso. - Café-Teatro do TAGV/ Coimbra - 18H00
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Samuel Úria Teatro Aveirense. 23 mar. 21H30.
dom.20
Penicos de Prata (poesia erótica e satírica portuguesa) - Teatro Miguel Franco/ Leiria - 21H30
Reposição de Dagoberto Feliz. Os atores d´O Teatrão recriam um cabaré dos anos trinta.
Hipnótica Teatro Miguel Franco/Leiria. 18 março. 21H30. 6€ A banda de Lisboa dá a conhecer "Twelve-Wired Bird of Paradise", álbum onde os ambientes acústicos da folk são contaminados por batidas de pista de dança.
A mostra "2011", com uma componente documental forte, trabalha a forma de olhar o corpo.
Coimbra em Blues TAGV/Coimbra. 17 a 19 de mar. 21H30. Passe: 25€ a 30€ O Festival Internacional de Blues de Coimbra está de volta. A sétima edição do evento junta Krissy Matthews Band (17 de março), Bluesíadas (18 de março) e The Three Ladies of Blues (19 de março).
Lamb no CCB (11 de junho) e no Coliseu do Porto (12 de junho)
DR
estado do teatro camaleão
Quem controla os apoios tem falta de cultura
confidências
"Gosto de Air e de David Bowie"
FERNANDO GUERRA Médico dentista e docente da Faculdade de Medicina da UC
A Camaleão apresenta uma ligação forte entre o teatro e a narração oral josé ger aldoeHelena Fa r ia , da Camaleão, consideram que um dos grandes problemas do teatro em Coimbra é a falta de cultura dos responsáveis políticos. "É a chamada iliteracia nacional", diz Helena Faria. "Estamos perante problemas muito graves quando vemos um município com responsabilidades na educação e na cultura fazer cortes nessas áreas e não noutras mais dispensáveis", acrescenta José Geraldo. Exemplo disso é "quando uma câmara nega transporte aos miúdos para irem fazer uma visita de estudo, ver um museu, ir a uma peça de teatro", argumenta José Geraldo, concluindo que "quando esses miúdos chegam à universidade não sabem, não conhecem muito mais do que aquilo que aprenderam nas televisões". Por isso, não é de espantar que "os públicos de Coimbra sejam iguais aos do resto do país", refere. "E isso é que me incomoda um bocadinho, porque acho que Coimbra devia ser uma exceção devido à história que tem a este nível. Os estudantes seriam um público ideal, mais interessado. Mas o que vejo é que cada vez se interessam menos pelo teatro", destaca José Geraldo. "E quem está a falhar
é a família, os educadores, os professores. E também uma política cultural que seja pensada, que tenha recursos. Nem é a questão de haver mais dinheiro, é de o utilizar melhor", sublinha. "A cidade até podia ser um polo de centralização do teatro em Portugal", afirma Helena Faria. "Mas não sei se o é. Depende da oferta e da procura, não sei como estão os públicos de Coimbra", adianta. Se a oferta é variada, só faltam os apoios? "Sabemos bem que, quando, por exemplo, se faz teatro para a infância, ao trabalhar com escolas, elas precisam de infraestruturas, como autocarros. Se não as conseguimos das entidades, ficamos um bocadinho a nadar num charco", frisa a dirigente da Camaleão. MR
Espaço para fidelizar "Finalmente temos um espaço, depois de 12 anos que foram como carregar uma pedra até ao cimo do monte. Agora podemos apostar na fidelização de públicos e na sedimentação do nosso trabalho", conclui Helena Faria.
Que livros está a ler? "Vegécio - compêndio de arte militar" (de João Gouveia Monteiro e José Eduardo Braga) e "Incubadoras de empresas e empreendedorismo A experiência portuguesa" (de João Paulo Coelho Marques). Vai regularmente ao cinema? Uma ou duas vezes por mês. E ao teatro? Aprecio muito esta forma de arte mas ultimamente, por manifesta dificuldade de tempo, reduzi a minha frequência a uma ou duas vezes por ano. Que preferências musicais tem? As minhas preferências são Air, The Chemical Brothers, Moby, David Bowie, Simply Red e a música de uma excelente compositora de Coimbra que é a Patrícia Almeida. E nas artes plásticas? As construções e esculturas de Pedro Cabrita Reis, as pinturas de Nadir Afonso, Zé Penicheiro e Carel Verlegh e a fotografia de Albano da Silva Pereira. Participa nas redes sociais? Tenho uma página no Facebook, mas não lhe dedico muito tempo.
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cultura
música
Tenor italiano quer alfabetizar o bom gosto cultural Giovanni d'amore inicia dia 26, em coimbra, uma nova tournée. portugal, espanha e itália vão ouviR "música para sonhar". Texto e Fotos Mário Nicolau "Vou contar uma história, a minha histó-
ria", disse à C o tenor Giovanni D'Amore. O Teatro Académico de Gil Vicente, em Coimbra, é o ponto de partida para uma tournée que conjuga vários estilos "na linguagem única da música" e que, acima de tudo, promove o contacto do público ao fim de "30 anos de experiências intensas". Além das canções, o espetáculo, explica Giovanni D'Amore, inclui dança e o dueto com Tozé Santos, da banda portuguesa Perfume. O sexteto que acompanhará o tenor "é de qualidade" e a coreografia de Nélson Mandela é outra mais valia. Ana Paula Mota, que dá corpo à famosa palhaço Picolé, subirá ao palco para "a emocionante" recriação de Charlot. O elenco artístico, além de Giovanni D´Amore, Tozé Santos e Ana Paula Mota, inclui a cantora Paola Fabris, Luciano Zadro (guitarra e bandolim), Gigi Faggi (trompa e flicorno), Gianluca Nanni (bateria e percussões), Giorgino Fabbri (baixo elétrico) e Stefano Nanni (piano, acordeão e arranjos). Ainda este ano, no aeroporto de Malpensa, considerado um dos maiores aeroportos de Itália, Giovanni D'Amore assinará uma versão especial ("música para voar") de um espetáculo pensado como um "porto de abrigo" para o público. No entanto, além da "tranquilidade", o tenor italiano, radicado no nosso país desde 2004, quer efetuar "a alfabetização do bom gosto cultural", pelo que o espetáculo tem "descentralização garantida". Teatros de Norte a Sul do país, estabelecimentos de ensino, lares de idosos e estabelecimentos prisionais estão na agenda de Giovanni D'Amore. A presença na Internet será um "auxiliar precioso" na promoção da tournée, que terá conta
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no Facebook e divulgação mundial através da tecnologia de streaming. O maestro Stefano Nanni, que assina os arranjos do mais recente cd de Giovanni D'Amore (Intimo) é "uma garantia" de qualidade. " Foi maestro especial de Pavarotti e dos espetáculos Pavarotti & Friends", conta. Os resultados estão à vista: o cd Intimo foi nomeado, em 2010, entre outros, para o Hollywood Music in Media Awards. O Consulado Honorário de Itália no Porto, a Associação Socio-Culturale Italiana Del Portogallo associaram-se ao projeto da Espelhos Musicais em parceria com a CVL Music e a MPO Portugal. A família e o "amado público" constituem "referências obrigatórias" para Giovanni D'Amore, que visitou Portugal, pela primeira vez, em 1994 e descobriu um país "maravilhoso" para viver. "Regressei em férias e, a partir de 2004, decidi viver aqui. A adaptação ao clima foi muito fácil. Portugal é o país na Europa onde se vive melhor. Considero Coimbra o berço da cultura e sabedoria. Não podemos esquecer a universidade, que tem dimensão mundial", considera. Em Coimbra, acrescenta, "respira-se cultura e a sua presença é permanente". Não faltam exemplos: Giovanni D'Amore mora na Rua Carlos Seixas, "um grande músico reconhecido mundialmente". Tradição, história e monumentalidade são marcas de uma cidade - Coimbra - exemplar na qualidade de vida. "É tranquila, não tem praticamente poluição, tem excelentes hospitais, enfim, tem tudo", disse. Para o tenor italiano, a cidade do Mondego "é inspiradora e possui o ambiente indicado para um criativo". A tourneé que arranca dia
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PU
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O maestro Stefano Nanni, que trabalhou com Pavarotti, assina os arranjos do espetáculo "Música para Sonhar"
26 "tem muito de Coimbra", a começar pelo apoio da direção do Teatro Académico Gil Vicente, que apadrinha o primeiro espetáculo. "É simbólico. Gil Vicente é o pai do teatro de Portugal. Esta sala é uma referência para mim e poderá influenciar o nascimento de outros projetos", avança. A carreira artística de Giovanni D'Amore inclui "diálogos musicais" com Nuno Barroso, João Portugal, André Sardet, Mafalda Arnaut e Inês Soares, entre outros. "Comecei a cantar com dois anos e meio de idade. Conheci muita gente. Giovanni D'Amore deseja que os empresários "abracem um projeto que tem todas das condições para dar brilho e prestígio às empresas que aderirem ao desafio". Sole Mio, Geórgia on my mind, Granada, Caruso, Canção do Mar, Lágrima, Nel blu dipinto di blu, Funiculí funiculá, integram, entre outras canções de sucesso, o alinhamento do espetáculo "Música para Sonhar". Dário Simãozinho assina a realização/produção.
giovanni Concolino D'Amore nasceu
em Taormina, perto de Messina, na Sicília. Viveu os primeiros anos da infância em Graniti, aldeia natal da mãe, onde fez a escolaridade básica obrigatória e onde começou a despontar o dom natural para a música. A aldeia é também conhecida pelo filme "O Padrinho", de Francis Ford Coppola. O repertório de Giovanni D'Amore inclui vários géneros musicais: ópera, oratórios sagrados, romances de salão, musicais, canções napolitanas, sicilianas, espanholas, portuguesas, ligeiras e étnicas. Obras conhecidas: Elisir do Amor, La Traviata, Rigoletto, Il Trovatore, La Tosca, La Bohème, Cavalleria e Pagliacci, Carmen, Missa de Requiem, de Verdi, Stabat Mater, de Rossini.
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secçãozinha desporto
cnu's
Vem aí o maior evento do ano
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os campeonatos nacionais universitários serão o maior evento desportivo do ano em portugal. a associação académica de Coimbra está empenhada em que sejam também os melhores de sempre. texto vasco garcia a grande festa do desporto universitário realiza-se este ano, pela primeira vez, em Coimbra. De 10 a 16 de abril, as finais concentradas dos Campeonatos Nacionais Universitários (CNU’s) trarão à cidade cerca de 2.200 atletas, de 14 modalidades, empenhados em performances, que lhes permitam o acesso aos Campeonatos Europeus.
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Para a Associação Académica de Coimbra (AAC), a organização deste evento desportivo – o maior do ano em Portugal – é “um enorme orgulho”, mas também um grande desafio. “Irá ser uma logística gigante”, refere João Almeida, da comissão organizadora. Para ajudar nessa difícil tarefa, os responsáveis esperam contar com cerca de 250 voluntários.
“Esperemos que a adesão dos estudantes da Universidade de Coimbra, mas também do Politécnico e do ensino secundário seja grande, para ajudar a nossa organização”, afirma João Manata, responsável pelo pelouro do voluntariado. A AAC tem também um trunfo importante para garantir o sucesso do evento: as 26 secções desportivas da casa. “É óbvio que
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contamos com todas elas. Temos aqui a experiência de que necessitamos para que as coisas corram da melhor forma”, declara Filipa Godinho, também da comissão organizadora. Por tudo isto, mas também pela qualidade das infraestruturas desportivas da cidade, o vereador do Desporto da Câmara Municipal de Coimbra considera que “podemos já dizer que estes serão os melhores campeonatos nacionais universitários de sempre realizados em Portugal”. Luís Providência garante mesmo que “passado o dia 16 de abril, vão estar todos muito satisfeitos pela forma como decorreram estes CNU’s”. Opinião semelhante tem o presidente da Direção-Geral da AAC. Eduardo Melo lembra que as experiências recentes de organização de eventos em Coimbra “permitem dizer que estes serão, de facto, os melhores CNU’s alguma vez realizados em Portugal”. A Associação Académica de Coimbra convida e espera contar com toda a cidade na organização dos Campeonatos Nacionais Universitários. “Queremos que esta seja uma altura de alegria na cidade e no concelho de Coimbra e que toda a população participe nesta festa desportiva”, disse o dirigente estudantil.
Pequenos reajustes no Estádio Universitário discurso direto Espero que toda a população do concelho de Coimbra participe nesta festa desportiva e que a adesão dos estudantes da Universidade de Coimbra, mas também do Politécnico e do ensino secundário seja grande, para ajudar a nossa organização EDUARDO MELO Presidente DG-AAC
O estado de degradação do Estádio Universitário de Coimbra – que vai ser palco de algumas das provas dos CNU’s – não deixa ninguém indiferente e não será, certamente, um bom cartão-de-visita para estes campeonatos. Intervenções de fundo ficarão para outra altura e, para receber esta prova, a infraestrutura será alvo de pequenos reajustes que “permitam melhorar um pouco as condições aos atletas, como é o caso da requalificação dos balneários”, explica Eduardo Melo. Essas obras, que contarão com o apoio da Câmara Municipal de Coimbra, estarão prontas “para receber estes 2.200 atletas que participarão nos CNU’s, garante o presidente da DG-AAC.
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justiça
desporto
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1 - João Rebelo 2 - Figueiredo Dias 4
3 - Agostinho Almeida Santos
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4 - Seabra Santos 5 - José Barros 6 - Rui Alarcão
uma testemunhA abonatória deverá ser
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"uma pessoa que presenciou um acontecimento ou ato ilegal e vai depor a favor de alguém acusado de cometer essa ilegalidade". No entanto, nem sempre é assim. Uma testemunha abonatória poderá ser chamada a tribunal para pronunciar-se sobre a personalidade, as condições de vida e a conduta habitual do arguido. Geralmente, são amigos, familiares, colegas de trabalho ou outras pessoas que lidam frequentemente com o acusado. "Curiosamente, estas declarações são mais importantes quando o arguido, efetivamente, praticou o crime", escreve, no seu blogue, Hélder Fráguas, advogado e membro do Conselho de Gestão do Centro de Estudos Judiciários. "Não vale de muito uma testemunha abonatória vir contar que o seu amigo não é pessoa de se envolver em brigas, que é extremamente honesto, incapaz de roubar seja quem for ou que não está a vê-lo envolvido em tráfico de droga. Não ajuda ninguém a ser absolvido", justifica. Pelo contrário, "se o juiz vier a condenar o arguido, pode bem ser valorizado o que essas pessoas disseram em tribunal" e o acusado "pode beneficiar de uma sanção mais branda", explica. Os elogios à seriedade Se, de facto, as opiniões das testemunhas abonatórias forem valorizadas pelo coletivo de juízes presidido por Elisabete Coelho, responsável pelo julgamento do presidente da Académica/OAF, José Eduardo Simões poderá vir a ser beneficiado. É que, em sua defesa, saíram não só amigos e familiares mas também muitas figuras relevantes na cidade. O até há pouco tempo reitor da Universidade de Coimbra, Fernando Seabra Santos, foi um
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Figuras públicas "safam" Simões? O presidente da Académica deverá conhecer hoje a sentença do julgamento a que foi sujeito. Autarcas, docentes universitários e, até, um padre foram testemunhas abonatórias. que poderão valer os respetivos depoimentos? Texto vasco garcia dos que passou pelo tribunal, testemunhando em abono de Simões e descrevendo-o como "um profissional competente". Agostinho Almeida Santos, antigo presidente do conselho de administração dos HUC, elogiou o "caráter de liderança", a "energia" e o "sentido de responsabilidade" do, há data dos factos, diretor municipal de administração do território (DMAT). Também os professores de direito Rui Alarcão e Pinto Monteiro declararam ao Tribunal de Coimbra reconhecerem o presidente da Briosa como pessoa séria e honesta. "É um homem de grandes qualidades profissionais. Sempre apreciei a sua seriedade. É um homem em que se pode confiar", testemunhou Rui Alarcão, que desempenhou durante vários mandatos o cargo de reitor da Universidade de Coimbra e pertenceu ao Conselho de Estado. António Pinto Monteiro, professor catedrático da Faculdade de Direito de Coimbra, disse ter privado com José Eduardo Simões como vizinho, ao longo de 15 anos, e dele ter a melhor impressão. "Sempre o tive como uma pessoa séria, honrada, leal, honesta, afável e de trato superior", declarou o irmão do atual Procurador-Geral da República. Sá Furtado, professor catedrático jubilado da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, que testemunhou também a favor do arguido, disse conhecê-lo "desde pequenino", por haver entre ambos uma relação de parentesco, de primos por afinidade. "É um homem respeitado. Sempre ouvi as melhores referências. Da forma como se tem comportado ao longo da vida, é uma boa pessoa, séria e honrada", sublinhou aquele professor. Já o padre Aurélio Campos salientou a "dinâmica", a "dedicação" e a "ge-
nerosidade" do presidente da Briosa. Mas os elogios não se ficam por aqui. O médico apresentado Joaquim Borges classificou Simões como "notável", enquanto presidente da Académica, mas também como DMAT, afirmando que "Coimbra pode ser-lhe agradecida de várias formas" e comparando o seu legado ao de Bissaya Barreto. O antigo vice-presidente da Câmara de Coimbra, João Rebelo, o médico da Académica, José Barros, o antigo vice-presidente da AG da Briosa, Fernando Albergaria, o arquitecto Vasco Cunha e o antigo presidente do Tribunal Constitucional, Cardoso da Costa, foram outras das caras conhecidas que passaram pelo tribunal como testemunhas abonatórias de José Eduardo Simões. A pouca relevância Resta saber se, de facto, será dada alguma relevância a estas declarações. Hélder Fráguas frisa que, "por vezes, é realmente muito escasso o relevo dado a estes depoimentos". Lembra mesmo que, até há pouco tempo, muitos juízes adotavam uma prática pouco ortodoxa: mandar entrar para a sala de audiências todas as testemunhas abonatórias, em conjunto. "Permaneciam de pé, lado a lado, e limitavam-se a confirmar, praticamente em uníssono, as excecionais virtudes do arguido. Felizmente, este uso foi banido", conclui. Recorde-se que José Eduardo Simões está a ser julgado pela prática de mais de uma dezena de crimes, alegadamente cometidos por utilizar as funções de DMAT, que exerceu entre Março de 2003 e finais de 2005 para obter donativos de empreiteiros para a Académica/OAF.
Mudança deixa antever condenação há um mês, no dia 21 de feverei-
ro, José Eduardo Simões deveria ter conhecido a sua sentença. No entanto, uma questão processual ditou o adiamento da leitura do acórdão para hoje. Tudo porque o coletivo de juízes decidiu alterar o enquadramento jurídico da acusação. Segundo os juízes, está em causa a alegada prática de um crime continuado de corrupção passiva e não, como defendia o Ministério Público, de vários crimes de corrupção passiva. O advogado de defesa é que não abdicou dos dez dias a que tem direito para analisar o despacho e eventualmente tentar contestá-lo. No entanto, mesmo que Rodrigo Santiago opte por requerer a reabertura do processo, de modo a proceder a outras diligências, estas poderão ser feitas na sessão de hoje, antes da leitura da sentença. Uma coisa é certa: a decisão de adiar a leitura deixa antever que o Tribunal de Coimbra irá mesmo condenar José Eduardo Simões. Contudo, tendo em conta a alteração de enquadramento, é mais provável que o coletivo de juízes se decida pela aplicação de uma pena suspensa.
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sociedade
breves Equipa reitoral está completa A equipa reitoral de João Gabriel Silva, novo reitor da Universidade de Coimbra, está completa. Margarida Mano, a vice-reitora que faltava, já tomou posse. Doutorada em Gestão pela Universidade de Southampton e professora auxiliar da Faculdade de Economia, Margarida Mano, enquanto vice-reitora, será responsável pelas áreas de Planeamento e Finanças.
notícias
Dilma no "honoris causa" de Lula da Silva A presidente brasileira, Dilma Rousseff, deverá estar em coimbra para a cerimónia de doutoramento "honoris causa" do seu antecessor, Lula da Silva
Cinco mil de Guimarães a Coimbra A académica corre o risco de jogar
"fora", mesmo jogando em "casa", a segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal. A direção do Vitória de Guimarães quer um forte apoio dos adeptos no Estádio Cidade de Coimbra para ajudar a equipa a garantir a presença no Jamor e, para isso, decidiu adquirir cinco mil bilhetes e oferecê-los aos sócios. A julgar pelas assistências habituais no Calhabé, é possível que os vimaranenses venham a estar em vantagem nas bancadas. O encontro da segunda mão foi antecipado para dia 27 de março, às 18H00. Na primeira mão, em Guimarães, o Vitória venceu por 1-0.
D. Albino Cleto apela à caridade os caminhos da vida social e da Igreja andam "tortos, desviados pelo individualismo, a infidelidade, o apego ao que murcha", alerta o bispo de Coimbra na sua mensagem quaresmal. Para D. Albino Cleto, o tempo da Quaresma deverá ser aproveitado para "endireitar" esse caminho. Assim, apela à "prática mais intensa da caridade". A Campanha de Renúncia Quaresmal, intitulada "Reparte o teu pão", apoia os agregados familiares em situações de fragilidade e integra-se no programa do Fundo Social Solidário, criado recentemente pela Conferência Episcopal Portuguesa.
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Lula da Silva será distinguido pela Universidade de Coimbra Segundo as agências noticiosas do Brasil, a
Presidente do país irmão irá estar em Coimbra no dia 30 de março, para assistir à distinção de Luiz Inácio Lula da Silva com o grau de doutor "honoris causa" pela Universidade de Coimbra (UC). "Dilma irá aproveitar a viagem para fazer uma visita oficial ao primeiro-ministro, José Sócrates. Será sua primeira visita como presidente à Europa", noticiaram vários órgãos de comunicação social do outro lado do Atlântico. A investidura de Lula da Silva como doutor
realiza-se Sala dos Capelos, onde o seu antecessor na Presidência do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, recebeu igual distinção em 1995. "Com a atribuição deste título, a UC reconhece o prestígio internacional de Lula da Silva, a atenção que este tem dedicado aos grandes problemas do mundo e a sua influência na preservação da amizade que une Portugal e o Brasil", refere o gabinete do reitor, João Gabriel Silva. A apresentação do novo doutor caberá ao antigo reitor da UC, Fernando Seabra Santos.
Penela solidária com o ambiente a associação A Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de Penela é a primeira do distrito de Coimbra a associar-se à Amb3E – Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos, tornando-se local de receção de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (REEE). Com esta parceria, os munícipes de Penela poderão entregar os seus pequenos e grandes eletrodomésticos, computadores e torradeiras, entre outros velhos equipamentos elétri-
cos e eletrónicos em fim de vida, gratuitamente, no quartel desta corporação. O distrito de Coimbra passa, assim, a contabilizar um total de 18 locais de receção para REEE, entre os quais 11 disponibilizam Ponto Eletrão. Iniciada em 2008, a recolha de REEE nos quartéis das corporações surge no seguimento do protocolo de cooperação assinado, no mesmo ano, entre a Amb3E e a Liga dos Bombeiros Portugueses e está neste momento em fase de expansão no distrito de Coimbra.
17MARÇO 2011
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topo de gama
VIVER
Toyota Verso com "S" de... surpresa
mercado Suzuki Swift vende dois milhões
o primeiro automóvel resultante
da estratégia global da Suzuki atingiu os 2.000.000 de unidades em apenas seis anos e três meses após o início da sua comercialização. O patamar de 1.000.000 de unidades foi ultrapassado em Junho de 2008 e, em Dezembro de 2010, foi atingido o patamar de 2.000.000 de unidades produzidas.
Mazda apresenta campanha mundial
Tem 3,99 metros e um fôlego surpreendente.
O Verso S utiliza o chassis do Yaris e do Urban Cruiser, os mesmos motores – 1.33 VVTI a gasolina com 99 CV e o 1.4 D4D diesel com 90 CV – combinados com caixa manual de seis velocidades e estreia no segmento um sistema multimédia denominado Toyota Touch, com ecrã tátil que alberga, entre outros, sistema mãos livres bluetooth, computador de bordo. Com um notável espaço interior, o novo Verso S ofe-
rece 66 centímetros de espaço para as pernas de quem viaja no banco de trás e 429 litros na bagageira. O rebatimento das costas do banco traseiro easy flat (proporção 60/40) faz maravilhas. O equipamento é completo (inclui ESP, ABS, rádio com leitor de CD’s e MP3, airbags para o joelho, entre outros) e o Verso S torna-se ao fim de poucos quilómetros um "amigo para a vida". A Caetano-Auto (Centro) proporciona o indispensável test drive.
Classe C Coupé tem tudo para brilhar O novo Classe C Coupé da Mercedes-Benz
apresenta um perfil mais desportivo, auxiliado pela cobertura negra do tejadilho panorâmico. A menor altura ao solo marca a diferença para o Classe C normal. Conta com três motores a gasolina e dois a gasó-
leo. A potência varia entre 156 e 306 CV, com todas as versões a assumirem a designação BlueEfficiency com consumos e emissões reduzidas. A caixa 7Gtronic Plus (dupla embraiagem e sete velocidades) é soberba.
o salão de Genebra de 2010 foi
palco do lançamento mundial de uma campanha multi canal que irá contar a história da Mazda através dos novos suportes. A estreia será feita através de um portal que permitirá mergulhar a fundo na história da marca e ficar a conhecer os segredos do seu sucesso. O roadster’ MX-5 é um exemplo do espírito Mazda.
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Pedro ramos
O novo "leão" é dedicado aos mais exigentes
mcoutinho centro
Peugeot 508 cheio de charme Carlos Portugal
o novíssimo Peugeot 508 tem duas opções de carroçaria (uma berlina com 4,79 metros de comprimento e a carrinha com 4,81 metros). Está disponível a partir de 27.750 euros e tem como "público alvo" a clientela que evoluiu bastante, "é exigente, dinâmica e responsável". A gama de motorizações diesel inclui o 1.6 e-HDi FAP de 112 cv e 270 Nm; 1.6 HDi FAP de 112 cv e 240 Nm; 2.0 HDi FAP de 140 cv e 320 Nm; 2.0 HDi FAP de 163 cv e 340 Nm; e 2.2 HDi FAP de 204 cv e 450 Nm. A gama a gasolina compreende os motores 1.6 VTi de 120 cv e 160 Nm; 1.6 THP de 156 cv e 240 Nm; e 1.6 THP de 156 cv e 240 Nm. Estreia a tecnologia e-HDi na marca francesa - inclui sistema Stop&Start de nova geração e reduz as emissões de CO2 em até menos 15 por cento em cidade. Disponível na variante 1.6 HDi FAP, anuncia um consumo misto de 4,4 l/100 km e 115 g/km de emissões de CO2, valores que a marca gaulesa pretende baixar para os 4,2 l/100 km e 110 g/km, respetivamente. No lançamento, a Peugeot acrescenta ao nível Active a ajuda ao estacionamento traseiro, os retrovisores rebatíveis electricamente, o rádio CD MP3 WIP Sound e o pack Look. Os clientes e convidados da MCoutinho Centro gostaram da "agradável surpresa". Uma noite em cheio. MN
A equipa MCoutinho Centro e Peugeot Portugal
António Sousa, Gonçalo Neves, Miguel Couceiro e Tiago Ribeiro
Catarina Antunes e Sandra Couceiro
Basílio Dinis, Victor Miguel, Henrique Miguel e Júlio Morais
Horácio Antunes, Júlio Morais, Fernando Ferreira e Alcides Oliveira
Bernardino Costa e Rogério
Rui Neves, Pedro Lourenço, Bruno Duarte e Carina Gante
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viver
à mesa
Os homens e a cozinha
Luís lavrador Chef
sabemos que a nossa matriz culinária assenta pilares na cultura judaico-cristã, em que a mulher, a mãe, é a grande obreira da alimentação do seu lar e o homem um espetador desta prática, umas vezes atento, outras, distraído. Julgo não ser no seio da sua casa que o homem dá largas à sua magia e se envolve com ardor na arte culinária como forma de expressão de sentimentos ou como manifestação de necessidades. Segundo a tradição mencionada, o homem aparece mais ligado à mesa, espaço onde gosta de exercer o seu múnus e um certo poder sobre os outros. Mas o paradoxo também tem acontecido. Na realidade, foi sempre na alta cozinha industrial, campo outrora vedado às mulheres por razões de vária ordem (sociais, religiosas), que o homem assume o papel de ator único. Desde tempos imemoráveis que os sabores e os odores relacionados com a alimentação comercial foram assinados por punho masculino.
Só em França, desde 1486 a 1799, foram escritos 50 livros de cozinha destinados à alta cozinha, cujos autores julgo terem sido apenas homens. Durante o Império Romano, o chef Apício não foi caso único e, depois desse período, quem não se recorda, de entre muitos outros, de nomes como Escoffier, Parmantier, Savarin, João da Mata, Bulhão Pato e Manuel Ferreira? Não obstante a nova ordem mundial, um ritmo cada vez mais crescente do sentido de globalização e um grande poder de emancipação feminina, a verdade é que, por todo o mundo, se contam por milhares os homens chefs que têm brilhado nas ribaltas dos grandes e luxuosos hotéis e restaurantes, enquanto que, nos bastidores dos seus lares, milhões de mulheres têm sabido cozinhar, além do pão de cada dia, o amor e os afetos que ainda restam na humanidade. M esmo no âmbito hoteleiro, comer o que os homens cozinham é bom, mas não é a mesma coisa!
receitas do chef
Tarte de frango sobre estaladiço de alho porro com salada de alface ingredientes Para quatro pessoas Número de porções: 8
Frango cozido Nata vegetal: 0,125g Leite: 0,125 g Seis ovos Flor de sal Orégãos Alho porro Alface
modo de preparação Forrar uma forma de tarte com massa folhada. Fazer o recheio com frango cozido desfiado, nata vegetal, leite e seis ovos. Temperar com flor de sal e orégãos. Verter o recheio para dentro da forma e levar ao forno a 160.ºC durante 30minutos. Enquanto a tarte coze, fritam-se os filamentos de alho porro de forma a que fiquem crocantes e faz-se a salada de alface. Desenforma-se a tarte, corta-se em forma triangular e emprata-se.
Tarte de requeijão com suco de morangos e doce de ovos ingredientes Para 10 porções Leite creme Dois requeijões de ovelha Açúcar: 300g Dois ovos inteiros Quatro gemas de ovo Farinha: 100g Levedura em pó q.b. Uma base de massa quebrada de compra
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modo de preparação Bate-se o açúcar com as quatro gemas e os dois ovos inteiros, até se obter uma massa espessa. Juntam-se os requeijões e deixam-se envolver. Juntar a farinha e o fermento. Forra-se uma forma com a massa quebrada, verte-se o preparado e vai ao forno cerca de 40 minutos até cozer. Empratar e decorar com sumo de morangos, doce de ovos, uma folha de hortelã e uma lâmina de maçã desidratada.
17MARÇO 2011
PU
vinhos
sugestão Quinta da Garrida Reserva O Quinta da Garrida Reserva, da Aliança Vinhos de Portugal, é um tinto de 2005, da região do Dão. A Touriga Nacional é a casta que o compõe. Estagiou 12 meses em barricas novas de carvalho francês e carvalho russo. De cor rubi profunda, o aroma é intenso à Touriga Nacional, mis turado com suaves nuances de violetas e frutos pretos, domi nando alguns torra dos da madeira onde estagiou. É o vinho ideal para acompa nhar pratos tradicio nais da gastronomia portuguesa.
a visão é um sentido rápido, instantâneo e dinâmico, que dá um sentimento
de realidade e de certeza, em oposição aos sentidos do olfato e do gosto, que são imprecisos, evolutivos e flutuantes. Dos sentidos humanos, o gosto é geralmente considerado como o "pa rente pobre", devido provavelmente à sua reduzida contribuição para a vivência humana, quando comparado com a visão e a audição. Na análise sensorial de um vinho, a visão, para além da cor, revela-nos outras características intrínsecas ou não de um vinho, como a presença de gás, idade, tonalidade, limpidez e viscosidade. A visão é um sentido importante na análise sensorial de qualquer vinho. No entanto, adquire especial importância nos vinhos espumantes, uma vez que, o tamanho da bolha, o cordão e sua persistência são aspetos qualitativos altamente valorizados na apreciação deste tipo de vinho.
Arminda Ferreira Enóloga
sentido instantâneo e dinâmico
A importância da visão
Preço: 19,50 €
C85
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viver
head
viajar head
ficha
A cidade de Gaudí VIVER
Barcelona
Barcelona tem uma identidade que orgulha quem lá vive – e atrai, anualmente, milhões de visitantes. É, ainda, um hino à alegria. TEXTO JOANA SEMEDO
Barcelona - Espanha Europa
COMO IR A partir de Lisboa, poderá optar-se pela TAP, a Vueling, a Iberia ou a EasyJet, com bilhetes a partir dos 50 euros. No Porto, há voos da Ryanair e da Tap, a partir dos 30 euros. ONDE FICAR A relação qualidade/preço é muito boa e a diversidade de hotéis é incrível. Aconselha-se, apenas pela originalidade, o Hotel Gaudí, que, embora já antigo, é, ainda assim, extremamente acolhedor.
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O turismo tem em Barcelona, desde há muito, palco privilegiado, a começar, desde logo, pela Sagrada Família, catedral que Gaudí concebeu para ligação entre o homem e Deus, mas não chegaria a concluir. O chão, registe-se, é recoberto com cortiça portuguesa. A presença de Gaudí é, de resto, praticamente omnipresente por toda a cidade. La Pedrera, Parc Guël e a Casa Batlló são alguns exemplos da herança do renomado – e místico - arquiteto. Mas há ainda, como referências incontornáveis, a Praça Real, o Palau Musica Catalana, o Museu Picasso, os mercados de La Boqueria e Santa Catarina, com aquele seu telhado verdadeiramente deslumbrante, o Estádio Nou Camp, onde joga o Barcelona, o famoso Grande Teatro do Liceu Barcelona é também La Rambla, autêntica passerelle entre a Praça da Catalunha e o monumento a Cristóvão Colombo, à entrada do antigo porto. Está sempre apinhada de gente – e de carteiristas, o que obriga a estar sempre de olho alerta… E não poderá ignorar-se Montjuic, encimado por uma fortaleza militar e onde se situam o Estádio Olímpico, o Palácio Sant Jordi e o jardim botânico. Do outro lado está o Tibidabo, onde poderá subir-se, por exemplo, de funicular.
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COMO ANDAR NA CIDADE A melhor forma de percorrer Barcelona é a pé e de metro! Mais simples não pode ser. Entre pontos turísticos, como a Rambla e a Barceloneta, justifica-se plenamente uma caminhada, pequena que seja, que ajudará a ter-se um contacto mais profundo com a cidade. QUANDO IR Qualquer altura é boa para visitar Barcelona. O seu clima temperado mediterrânico garante invernos suaves e verões que não passam muito acima dos 35ºC.
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1 - Cidade vista de Montjuic
A NÃO PERDER Ninguém se atreva a ir a Barcelona e regressar sem ter experimentado a sangria do restaurante La Fonda. Embora as filas possam, inicialmente, aconselhar a desistência, a espera valerá sempre a pena. O Museu de Chocolate é, por seu turno, um óptimo local para comprar lembranças. Do roteiro deverá também constar uma visita ao Mercado de Santa Catarina, onde poderão conhecer-se um pouco mais profundamente os costumes locais. Ah! – e a “movida”. Em Barcelona as, noites são quase todas “brancas”.
2 - La Pedrera 3 - Sagrada Família
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viver
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estilo
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Dia do Pai Adulto Blusão Guess – 168€ Camisa Guess – 79€ Calça Guess – 117€
Criança T-shirt Tuc Tuc – 29,90€ Calças Tuc Tuc - 47,50€ Camisa Tuc Tuc – 41,50€
Junior’s Centro Comercial Primavera Lote 7 Loja 8
Koisas Giras Centro Cmercial Atrium Solum Loja 6
Produção: Black at White Modelos: André Santos e Tomás Cabelos: Natália Lopes Cabeleireiros Maquilhagem: Makeit Up Fotografia: M. Crespo Produtor delegado C:
Fernando Moura Local: Portugal dos Pequenitos
Rossio de Santa Clara 3040-256 Coimbra T: 239 801 170/1
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SOCIAL
em casa de...
José Castanheira e Arménia Coimbra
Nesta família todos os “crimes” são perdoáveis O CASAL de advogados recebeu a equipa da C na sua mais recente moradia, na localidade de Paradela da Cortiça (Penacova). o local está repleto de boas recordações e de tradição familiar. texto márcia de oliveira fotos pedro ramos Paradela da Cortiça. Concelho de Penacova. Freguesia típica, com poucos habitantes mas uma vasta história, como tantas outras espalhadas pelo país. A infância e juventude de Arménia Coimbra cruzam-se com a história da localidade. É lá que tem os pais. É lá que encontra o sossego e a paz interior sempre que necessita. E, talvez por isso, é lá também que tem o seu refúgio, a sua
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casa da aldeia onde faz questão de aproveitar os (poucos) momentos que tem disponíveis. A advogada e o marido, José Castanheira, também ele advogado, estão casados há 35 anos. Hoje, além da profissão que ambos exercem no escritório de família e da vida social intensa que têm, desfrutam da moradia que reconstruíram há cerca de três anos atrás, com os três filhos.
Modernidade aliada à tradição familiar Nos fins de semana que têm livres, Arménia Coimbra, José Castanheira e a filha Joana Castanheira saem da casa de Coimbra para usufruir da renovada moradia na aldeia. Arménia Coimbra foi o membro da família que mais “lutou” para recuperar a casa que,
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outrora, pertencera à sua prima Conceição Morgado. As raízes e as boas memórias que aquela localidade lhe traz, fizeram com que retornasse à sua terra natal. Um dos sonhos da família era adquirir uma casa para recuperar em Coimbra, mas isso nunca foi possível, porque “eram sempre todas muito caras”. Surgiu então a ideia da remodelação da casa em Paradela. A advogada deu um passo em frente e mostrou à família “o projeto para Paradela”, da autoria de Pedro Santos e António Monteiro. A ideia foi bem aceite por todos mas, dos três filhos – Gonçalo (médico legista), Sérgio (advogado) e Joana (estudante de Direito) – o mais velho foi o que ficou mais entusiasmado e também o que deu mais dicas para a remodelação. Trata-se de uma casa moderna, onde proliferam os espaços com luz natural devido às “paredes” de vidro existentes ao longo de toda a habitação. Onde estava o telheiro e o quintal, encontra-se agora um vasto jardim, com árvores de fruto e algumas oliveiras, onde se destaca a piscina rodeada por madeira, ao estilo vanguardista. A antiga cozinha e a velha sala deram lugar a dois quartos. Da traça antiga, mantiveram ainda duas paredes de pedra: uma na rua e outra num dos cinco quartos que a casa tem. O esqueleto da antiga habitação manteve-se intacto, mas foi-lhe acrescentado mais um bloco no qual se encontram a sala de estar
(em baixo), que dá diretamente para a piscina, e o quarto principal, com uma vista extraordinária para as serras de Góis, Miranda do Corvo e Lousã. Lá dentro, a modernidade está em maioria, mas em todas as divisões existem objetos com ligações familiares e artigos antigos que deixam boas recordações. Desde os quadros pintados pelo irmão, Zaug, conhecido médico e artista de mão cheia, ao relógio que é um símbolo dos avós maternos e o globo que representa os pais e o avô paterno, emigrantes no Brasil. Ao longo da visita, apercebemo-nos que tudo foi pensado ao pormenor. Aliás, as pessoas que ajudaram na remodelação são oriundas da zona anexa. Assim como o organizador dos diversos eventos que realizam. “Fazemos muitas festas, porque temos tudo aqui na aldeia. Há, inclusivamente, um vizinho nosso que tem uma empresa de eventos e é ele que organiza as nossas festas, com sobriedade e minimalismo, como os meus filhos gostam”, destaca Arménia Coimbra. Festas de aniversários, despedidas de solteiro, passagens de ano com 30 pessoas provindas de várias partes do mundo. Em apenas três anos, a casa da Paradela da Cortiça já recebeu dezenas de festas, incluindo festas com familiares mais afastados e que se reencontram nestas ocasiões. E esses são, para o casal, os momentos mais marcantes e mais felizes.
Lá dentro, a modernidade está em maioria, mas em todas as divisões existem objetos com ligações familiares e artigos antigos que deixam boas recordações
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“
Com a alma na música e o coração no Direito José Castanheira é advogado, mas há cerca de uma dezena de anos surgiu-lhe outra paixão – a guitarra de Coimbra. Começou há nove anos a cantar no coro Advocal. Três anos depois criou o grupo de fados Fadvocal, onde toca neste momento e, mais tarde, aderiu ao coro Alma de Coimbra. “Gosto de tocar guitarra portuguesa e de acompanhar o fado. É um desafio permanente, uma aprendizagem constante”, afirma o advogado. Na guitarra tem duas grandes referências: José Paulo, professor de guitarra e António Jesus, do Grupo Coimbra Menina e Moça. Por outro lado, Arménia Coimbra refere que não tem tempo para passatempos. Passou por diversos cargos de relevo, como vice-presidente do conselho geral da Ordem dos Advogados e vice-presidente da Assembleia Municipal de Coimbra e, ainda hoje, dedica grande parte da sua vida à profissão. Mas não dispensa os programas da “Casa da Escrita”, que recomenda vivamente. “Temos gostos muito diferentes, mas há um que temos em comum: a família, os filhos”. E esse é eterno.
Coimbra. Isso, aliado ao “facto de ter um avô e um pai emigrante, forma um teto, um guarda-chuva que nos acolhe a todos. E vamos tentando viver neste conceito de união, não só afetiva mas também material, e de proteção. Revemo-nos na família e os sucessos de cada membro são de todos e vice-versa”, destaca. No que diz respeito à educação dos filhos, a advogada sempre fez questão de dar liberdade total, desde que fossem minimamente responsáveis. “Foi a forma que encontramos de os educar. Foi uma educação que passou pelos estudos exigidos pela mãe e pelo desporto proporcionado pelo pai”, esclarece Arménia Coimbra, dando desta-
A educação dos meus filhos passou pelos estudos exigidos pela mãe e pelo desporto proporcionado pelo pai
que à importância que o desporto teve na família, com várias medalhas nacionais e internacionais ganhas no Ténis de Mesa pelos míticos “irmãos Castanheira”. Numa família maioritariamente de Direito, “todos os crimes são perdoáveis. Por muito graves que sejam os erros, entre nós são sempre perdoáveis. Esta regra é anti-direito formal, mas é assim que funcionamos em família”, esclarecem. Um sonho que falta realizar? "É sermos avós. E todos sabem disso. Temos bons filhos, boas noras. Agora só faltam mesmo os netos para assim podermos realizar, no magnífico espaço desta casa, os batizados e as festas deles também”, remata o casal.
“Família substitui o Estado entre nós” Para Arménia Coimbra e José Castanheira, o tempo passado em família é sagrado. Por isso, sempre que se encontram, conversam bastante e discutem acerca de vários temas que marcam a atualidade. “A família substitui o Estado entre nós. À família pedimos e damos tudo, porque é tudo o que temos na vida”, frisa Arménia
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CONDEIXA
Inauguração do Restaurante Fileno´s A ApresentaçãO do Restaurante Fileno´s reuniu amigos e familiares de Carlos Fileno. O jantar decorreu no espaço exterior ao restaurante localizado em Condeixa, junto ao Lidl, num ambiente animado.
O restaurante Fileno's
Maria Fileno e Carlos Fileno
Miguel Martins e Carlos Fileno
Ângela, Luis Francisco e Carlos Fileno
Carlos Fileno e Paula Ferreira
Carlos Fileno e Vitor Costa
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social
Praxis homenagem
Oliveira Alves
Aniversário de Carlos Góis
Autarcas, amigos e colegas despediram-se de Oliveira Alves, que saiu da direcção municipal do Desenvolvimento Humano e Social da autarquia conimbricense, por ter chegado a hora da sua aposentação. O evento decorreu no Hotel D. Inês.
João Mota, José Ricardo, João Cruz, João Alves, Carlos Góis, Carlos O. Góis, Cícero Rodrigues, Cândida Góis, Diogo Constantino, Rodrigo Góis, Ricardo Valentim e João Tiago
João Paulo Barbosa de Melo e Oliveira Alves
Manuel Oliveira e Carlos Encarnação
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Carlos O. Góis celebrou mais um aniversário. O empresário escolheu a cervejaria Praxis para jantar com alguns dos seus amigos e familiares. Como era Carnaval,
Paula Parece, João Catarino e Teresa Cruz
Marisa Gonçalves, João Orvalho e Maria João Castelo Branco
Rodrigo Góis, Raquel Mendonça e Carlos Góis
João Rebelo, Ricardo Rodrigues e José Maria Barroca
Pedro Branco e José Sousa
ninguém levou a mal que a noite fosse tão animada como os convidados que prestigiaram, com a sua presença, o jovem aniversariante.
Paulo Sousa, Nuno Portugal, Fernando Madeira, Cândida Góis e Nelma Lemos
Pedro Baptista, Carlos O. Góis e João Alves
17MArÇo 2011
cASINO FIGUEIRA Encontro
Festival de Tunas no Casino da Figueira
Apresentação do livro "Queridas Jóias"
No âmbito do seu XVIII aniver-
sário, a Bruna -Tuna Universitária da Figueira da Foz organizou o VIII FITUFF – Festival Internacional de Tunas Universitárias da Figueira da Foz. O evento decorreu no Casino da Figueira e contou com participação de tunas de várias universidades portuguesas.
Ana Calheiros e Paula
Bobone
coniros lhe Ca a An ra ado cri a junto com dos s poi o livro "Queridas Jóias". De Cano m ara workshops que realiz um de s ora aut são sino Fig ueira , as sso pe ra pa el sáv en liv ro ind isp sadem que apreciam jóias e preten to. ber mais sobre este assun
nta em PAULA BOBONE aprese
C48
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social
Festa na Escola
"Miss and Mister " Instituto D. João V Joana Olaio e Frederico Mota sagraram-se Miss e Mister ID-
JV 10’1.O concurso foi promovido por alunos do 12.º ano do Instituto D. João V, no Louriçal. Sofia Ribeiro, Samanta Castilho e Pedro Barroso foram as figuras
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públicas convidadas que, acompanhadas de Joaquim Margato, diretor da escola, Telmo Ferreira, antigo aluno da Escola de Moda de Lisboa, e um jovem sorteado entre o público constituíram o júri de serviço.
17MARÇO 2011
Nb Club
Festa 007 Our Name is Club! NB CLUB… O espaço da Venâncio Rodrigues voltou a encher para receber James Bond e as suas girls. Uma noite com ordem… para dançar até de manhã, sempre ao serviço de quem gosta de boa música.
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007 - Ordem para dançar
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social
Rotary Club Coimbra/Olivais
Luís de Matos é o "profissional do ano" O mágico foi homenageado
Jorge Condorcet, Agostinho Almeida Santos e Luís de Matos
Ernesto Vieira, Luís de Matos e Agostinho Almeida Santos
Xana, Joana, Teresa Almeida Santos, Tiago, Quico e André
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pelo Rotary Club de Coimbra/ Olivais como "profissional do ano " devido à sua carreira como ilusionista, uma área onde rapidamente se impôs. Agostinho Almeida Santos, presidente do
Áurea Vieira e Fernanda Mota Pinto
Agostinho Almeida Santos e Vanessa Vieira
Club, sublinhou que, para além da sua brilhante carreira, Luís de Matos tem sido também um exemplo enquanto cidadão, com uma enorme simplicidade e um grande amor por Coimbra, cidade onde tem uma das suas bases.
Jorge Condorcet e Luís de Matos
Luís de Matos, Francisco Andrade e Mariano Pêgo
17MARÇO 2011
agenda Casino Figueira qui.17.18H30 A vida depois dos 50 Apresentação do livro de Isabel Antunes e prefácio de Vítor Feytor Pinto.
"Queridas Jóias" é manual indespensável Após participarem em workshops de joalharia
no Casino Figueira, Paula Bobone e Ana Calheiros regressaram à Figueira da Foz para apresentarem o livro “Queridas Jóias”. A sessão no Casino Figueira serviu para as autoras falarem das experiências pessoais, aproveitando, também, para algumas sugestões sobre a melhor forma de usar as jóias.
"Queridas Jóias" é um manual indispensável para quem pretende saber mais sobre um tema que agrada ao público feminino, mas que não deixa indiferente o público masculino. Paula Bobone e Ana Calheiros abordam, entre outros aspectos, as origens e o significado, mas, acima de tudo, dão a conhecer o mundo maravilhoso das jóias.
seg.21.22H00 Serões do Mondego
Coletividades da Comunidade Inter Municipal do Baixo Mondego.
sex.25.23H00 Aurea em concerto
Universitários dão show no Casino TUNAS DE VÁRIOS PONTOS DO PAÍS animaram VIII FITUFF
Aurea remeteu os Pearl Jam para n.º2 do top nacional. No Casino Figueira explicará porquê...
sab.26.16H00 A tuna do Distrito Universitário do Porto,
Real Tunel Académico de Viseu, Tuna Universitária de Beja e Tuna Templária de Tomar assinaram desempenho memorável no Festival Internacional de Tunas Universitárias da Figueira da Foz. A Imperial Neptuna Académica da Figueira
da Foz participou extra-concurso no festival, que incluiu uma serenata no Teatro da Trindade, em Buarcos. A Bruna-Tuna Universitária da Figueira da Foz, que promoveu o VIII Fituff com o apoio do Casino Figueira, assinou organização exemplar.
Quando for grande... Mais um capítulo da iniciativa "Quando for grande quero ser". Desta vez, os mais jovens vão descobrir tudo sobre a polícia. Tarde infantil e exposição.
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aldeia global
destaques tv PSG-Benfica
Quinta-feira, 17 de março, às 18H00, na SIC.
FC Porto-CSKA
Quinta-feira, 17 de março, às 20H05, na Sporttv1.
Liverpool-Braga
Quinta-feira, 17 de março, às 20H05, na Sporttv2.
Sporting-U. Leirira
Sábado, 19 de março, às 20H15, na TVI.
"Family Guy"
“Family Guy” é uma série animada de televisão que nos fala duma família disfuncional que vive na cidade fitícia de Quahog, Rhode Island. Peter Griffin e a sua mulher Lois têm três filhos: Chris ,Meg e Stewie. Na nova temporada, depois de Peter ter estado numa festa de despedida, e apesar de ter dito a Lois que não seria despedido, ele foi demitido do seu emprego na fábrica de brinquedos Happy-Go-Lucky, por estar de ressaca. Sábado, dia 19 de março, às 20h30, na RTP2.
"Conexão" “Conexão” é uma minissérie de dois episódios de noventa minutos, que revela as ligações de narcotráfico entre o Norte de Portugal e a Galiza num ambiente de grande ação, onde a realidade e a ficção se misturam. Sábado e domingo, dias 19 e 20 de março, às 22H00, na RTP1.
"Sem Rasto"
Durante muitos anos, a equipa dedicada de investigadores do FBI resolveu os casos
destaques net
mais difíceis de pessoas desaparecidas em Nova Iorque. Foram assassinadas? Raptadas? Suicidaram-se? Ou será que, simplesmente, fugiram de uma vida demasiado infernal para suportar? Junte-se à investigação nesta arrebatadora quinta série de "Sem Rasto". Estreia sábado, dia 20 de março, às 00H45, na RTP1.
Moto GP O Grande Prémio do Qatar marca o arranque de mais uma temporada da Moto GP, este ano com a novidade da participação do português Miguel Oliveira. O piloto de Almada compete nos 125cc. Domingo, dia 20 de março, a partir das 16H00, na Sporttv2.
FC Porto-Académica
Domingo, dia 20 de março, às 20H15, na Sporttv1.
a higiene é algo muito impor-
tante no nosso dia-a-dia. Saiba como fazer com que a sua higiene seja divertida em Portugal. Em http://higienedivertida.blogspot. com/ encontra dicas que o vão fazer querer passar mais tempo na casa de banho. mais gasolina o mais Gasolina (www.maisgasolina.com) é um diretório interativo de postos de abastecimento de Portugal, com a localização de vários postos, o preço actualizado e outras informações úteis para quem anda na estrada.
A RTP2 dá voz à poesia
Estreia segunda-feira, dia 21 de março, às 13H55, na RTP2.
P. Ferreira-Benfica
Segunda-feira, dia 21 de março, às 20H45, na Sporttv1.
“Longe de Tudo”
Na quarta-feira, dia 23 de Março, a partir das 21H30, a Sony Entertainment Television assinala a emissão do primeiro episódio de uma nova série que é uma estreia absoluta em televisão no mercado nacional. Em “Longe de Tudo”, seis jovens médicos que perderam algures a noção do caminho a seguir veem-se assim do outro lado do mundo tentando recordar as razões pelas quais um dia decidiram tornar-se médicos...
"Cuidado com a Língua" regressa à RTP1 É o regresso do magazine apresentado pelo ator Diogo Infante e com locução da jornalista Maria Flor Pedroso, com a novidade do Acordo Ortográfico num dos módulos da estrutura do programa, agora na 7.ª série de 13 novos episódios. Gravado na fragata “Francisco de Almeida”, com a participação dos atores Adriano Carvalho e Afonso Pimentel, este novo programa tem como tema central uma viagem à volta de alguns dos termos, expressões e curiosidades linguísticas mais conhecidas na Marinha. E, ainda, o cada vez mais esquecido conjuntivo no falar e no escrever dos portugueses. Estreia segunda-feira, dia 21 de março, às 21H00, na RTP1. 72
higiene divertida
17MARÇO 2011
mega bebés O megaBebés é um site dedicado a futuras famílias e famílias com bebé. Muita informação acerca do planeamento da gravidez, do parto, do pós-parto e do desenvolvimento dos bebés. Tudo em www.megabebes.pt. guia da noite o guia da Noite, guiadanoite.net,
inclui os melhores restaurantes, bares e discotecas da noite portuguesa, uma agenda com as festas e concertos imperdíveis, djs, entrevistas, e ainda a revista “Guia da Noite Lx Magazine” e o magazine digital “Noitezine”.
c7nema.net
N o t í ci a s d e c i n e m a e m Hollywood e em Portugal, filmes em exibição, entrevistas, televisão, as suas séries preferidas, boatos sobre atores e atrizes famosas, as estreias e muito mais. O www.c7nema.net é um excelente site para todos os cinéfilos.
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ideias dos outros
Viva a revolução! luís de matos
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12 de Março foi o dia em que se celebrou o centenário da República
Nem estrelas rock, nem partidos, nem clubes, nem mesmo a seleção nacional, foram alguma vez capazes de ter uma força e uma eficácia tão mobilizadoras quanto aquela que tiveram os quatro jovens cuja iniciativa culminaria na revolução do passado dia 12 de Março. O dia em que o Facebook juntou o povo que através dele combinou encontrar-se na rua. Entre a polícia que hesitou em dar os números e algumas estações de televisão que deram a notícia como se de um fait divers se tratasse, o que é certo é que todos, mesmo os que acreditavamos desde o início, acabámos por nos surpreender e emocionar. O João, a Paula, o António e o Alexandre, quatro discretos e geniais ex-estudantes de Coimbra, fizeram com que mais de trezentas mil pessoas viessem à rua dizer “basta”. Exceção feita a pequenas colagens que acabaram por ser marginais, a manifestação foi exemplarmente laica e apartidária, transgeracional e multi-cultural. Em doze cidades, desempregados, “quinhentoseuristas” e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, estudantes, mães, pais e filhos de Portugal, uniram-se dando força a um protesto coletivo. Um protesto que uniu as várias gerações que estão, de facto, à rasca.
mente a servir para alimentar um, demasiado grande, grupo de privilegiados. O segundo problema é maior que o primeiro. A solução do primeiro só surgirá depois de internamente resolvermos o segundo. As metáforas são simples e podem ser feitas com base num pequeno agregado familiar ou uma qualquer pequena ou média empresa. O primeiro problema assemelha-se aos juros que os bancos nos cobram quando mais precisamos. O segundo é semelhante ao de alguém que gasta os seus recursos no supérfulo e depois se queixa que não tem dinheiro para o essencial. O problema é que há muito estamos a ser geridos por carreiristas, quase carteiristas, que estão mais preocupados em ter sucesso na carreira do que fazer uma carreira de sucesso. Um dia, alguém perguntará onde estava cada um de nós no dia 12 de Março. Enquanto não sabemos o que realmente mudou depois desse dia, prefiro simplesmente achar que depois de andarmos há anos a exaltar o centenário da República assistimos finalmente à sua celebração. A “coisa pública” fez-se ouvir. Viva a República!
Na minha opinião existem dois problemas. O primeiro é que Portugal está tão endividado que os investidores internacionais só nos emprestam dinheiro a taxas muito altas. O segundo é que não se pode evoluir se a produção de riqueza continuar sistematica-
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17MARÇO 2011
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