COBRAS CEGAS Edição 1
COBRAS CEGAS Pág. 3 Lucas Franzotti Pág. 4 Jhonatas de Castro Pág. 5 David Beat Pág. 6 Fábio Pimenta Pág. 7 Malcon Francis Pág. 8 Podrera Pág. 9 Victor Andrade Pág. 10 André Fool
CAPA BRASIL CAMPEÃO, 1ª VERSÃO COPA 2008, VERSÃO REVISTADA 2014. PAULO ZEMINIAN
Do estado natural, passando pela guerra de todos contra todos, chegando ao contrato e caindo na civilização, o ser humano tornou-se um ser alienado quase que completamente, seus comportamentos formatados, normatizado, docilizados e robotizados. Se pensarmos que para um índio ou até mesmo um trabalhador do campo, trabalho, arte e religião eram desenvolvidas simultaneamente, quase que não havia divisão, tudo era sagrado, exigia esforço e lindo de se ver. Com o desenvolver e o aprimoramento das técnicas, o trabalho foi se separando da arte e da religião, tornando assim cada vez mais mecânico, o indivíduo que fazia a flecha o arco e a guerra, hoje só poe a pena através de uma super máquina computadorizada, na ponta da flecha para enfeitar e assiste a guerra pela televisão. Chamam isso de evolução humana, mas essas técnicas que engendram o luxo e levam a ostentação, só distancia o homem dele mesmo, de seus costumes e de sua humanidade, perde-se sua própria identidade, o indivíduo é chamado de acordo com a profissão ou função que exerce, professor, pedreiro, engenheiro, filosofo ou doutor, é uma involução humana, e uma evolução da alienação humana. O cidadão civilizado nessa cultura capitalista é um ser quase que robótico, alienado de si, seu trabalho é sufocante, insuportável e satisfatório, não se pode praticar uma crença ou santificar o local de trabalho, o ser não se identifica com o que faz, não vê beleza ou harmonia na labuta e no produto final, e todo seu tempo, toda sua vida é voltada para esse trabalho. Com isso fica mais do que evidente que as ciências, a filosofia e as artes não cooperaram para o desenvolvimento humano, mas sim para sua alienação por completo. Jhonatas de Castro
OS COBRAS CEGAS NASCEM DA VONTADE DE CRIAR UM MEIO ONDE POSSAMOS DIVULGAR NOSSAS IDEIAS, FEITAS DE MANEIRA INDIVIDUAL OU EM GRUPO, SENDO DESENHOS, FOTOGRAFIAS, MÚSICA, TEXTO, ARTE DE RUA OU QUALQUER OUTRA FORMA DE EXPRESSÃO. SEM NENHUM TEMA OU PONTO DE VISTA “DEFINIDO”, SEM SEGUIR NENHUM PADRÃO QUE NOS FOI ENSINADO COMO “CERTO”, APRENDENDO UNS COM OS OUTROS LOGO EVOLUINDO PROFISSIONALMENTE E, SOBRETUDO, PESSOALMENTE.
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ACREDITAMOS QUE JUNTOS PODEMOS FAZER MUITO MAIS DO QUE SOZINHOS. PERSEGUINDO NOVOS CAMINHOS E NOVAS FORMAS DE TRABALHAR, SEM DEIXAR QUE ISSO SE TORNE UMA OBRIGAÇÃO. CRENDO QUE O TRABALHO PODE SER DIVERSÃO E A DIVERSÃO PODE SER UMA ATIVIDADE LEVADA A SÉRIO. FAZENDO NÓS MESMOS, DO NOSSO JEITO E DA FORMA QUE DEPOSITAMOS FÉ.
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA ESTAMOS SEMPRE DE PORTAS ABERTAS PARA PESSOAS QUE COMPARTILHAM DOS MESMOS IDEAIS QUE OS COBRAS. UMA DAS INTENÇÕES DESSE “PROJETO” É JUSTAMENTE CONHECER E TRABALHAR COM GENTE QUE AINDA NÃO CONHECEMOS. JOIN, OR DIE. COBRAS CEGAS, MMXIII.
AGRADECEMOS O APOIO DA AGÊNCIA MONSTRA PARA CUSTEAR A IMPRESSÃO DESTE ZINE.
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