Odes

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Índice Introdução Odes Geométricas Ode Geométrica por mafalda seabra

2

Por Patrícia Silvestre

2

Ode Geométrica por Francisco Reis

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Odes biológicas Por Cláudia Cid

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Ode Científica-Biológica por Diana Gonçalves

3

Ode Biológica por Carolina Sousa

4

Por Frederico

4

Odes Matemáticas Por Edimar Pereira

5

Ode Matemática por António Cardoso e Cunha

5

Ode Matemática por Cheila Cardoso, Filipa Domingos e Mafalda Freitas 5

Odes científicas Ode Científica por Diogo Miranda

6

Por Catarina Gonçalves

6

Por Teresa

8

Ode Científica por Maksim Sérgio e Margarida Leão

8

Ode Científica por Daniela da Palma

8

Ode científica por Catarina Santos

9

Por Bernardo Carreira

9

Ode do meu mundo científico por Sara Costa

11

Por Tomás Saraiva

13

Ciências por Francisco Machado

14

Ode científica por Mariana Ervedosa e Marta Reis

14

Ode Científica por Alberto Lousada

15

ODE CIENTÍFICA por Mafalda Nunes

15

Ode científica por Bruno Santos

15

Odes à Economia Ode Económica por Luís Calheiros

16

Por Francisco Lima

16

Ode Económica por Catarina Moreira

17

Economia por Matilde Bettencourt

18

Outras Odes Ode Tecnológica por Francisco Correia

18

Ode à Tailândia! – por Carolina Bello

18

Ode Equestre

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Introdução “À dolorosa luz das grandes lâmpadas elétricas da fábrica/Tenho febre e escrevo” – este é o primeiro verso da Ode Triunfal de Álvaro de Campos e este foi o desafio dos alunos – “[ter] febre e [escrever]” ao estilo esfuziante de Campos. Tal como Álvaro de Campos exalta a máquina, a vida mecânica e industrial, a civilização moderna, o quotidiano das gentes, ou melhor, as sensações fortes que defluem do amor à vida moderna em toda a sua variedade, também os alunos foram convidados a deixarem-se possuir pela febre da modernidade, das ciências, da física, da química, da economia, tentando sentir “de todas as maneiras” as suas áreas de interesse académico.

Este foi o resultado.

Prof. Carla Trindade

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Odes Geométricas

Eia geometria! Amo-vos espacialmente! Woop woop! Viva a expressividade!

Ode Geométrica por mafalda seabra

Viva o rigor! Viva a infinitividade das retas e dos planos!

Com a lapiseira de minas 0.5 na mão Agora não desenho, escrevo.

Tomara eu ser infinita...

Escrevo a quem as linhas, os planos e as figuras desconhece.

Amo-vos a todos. Mafalda Seabra

Amo com todo o empenho que coloco entre a lapiseira e o papel. Amo-vos pontos, amo-vos retas, Por Patrícia Silvestre

Amo-vos planos, amo-vos coordenadas, Amo-vos linhas de chamada, amo-vos figuras.

Meu rico papel, Cheio de linhas, traços, figuras,

Ó interseções!

Porque é que tornas tão difícil esse papel.

Quanta a vossa variedade!

Não podias simplesmente ser direto?

Planos entre planos,

Não, claro que não, gostas sempre de complicar,

Retas entre retas,

E complicar e ainda complicar ainda mais.

Retas entre planos,

Mas, aaaaaarrrrrrrrrr porque é que depois

Interseções de três planos!

Esse sólido composto,

Intersetem-me a mim se for preciso!

com base assente num plano de rampa Tem de ficar tão bonito nesse papel.

Retas paralelas,

Rebatimentos para aqui,

Porque é que não se tocam?

Mudanças de diedro para ali e ainda

Como conseguem existir sem conhecer o vosso par?

Rotações para acolá, isto tudo para formar

Retas concorrentes,

Aquela linda figura que todos gostam de admirar.

Porque é que se tocam uma vez e depois nunca mais?

(Mas que muita gente não entende o trabalho que deu)

Como conseguem não voltar a encontrar-se de novo?

Aaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhh horas e horas desperdiçadas,

Façam de mim o ponto de concorrência das paralelas!

Ou talvez não

Façam de mim a curva das concorrentes para que se voltem a encontrar!

Isso cabe a cada um decidir.

Eia! Eia! Eia!

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A minha fúria multiplica-se rapidamente.

Patrícia Silvestre

(Grito pelo vírus que invade o meu corpo.

Ode Geométrica por Francisco Reis

Todo o meu sistema imunitário trabalha Não há nada mais belo que o simples ponto. É da sua infinitésima minúscula simplicidade

Contra um inimigo que me mata sem ser visto...)

que em conjunto com outros milhares de iguais surgem os traços,

Guaninas, Citosinas, Adeninas e Timinas!

E é dessa junção de traços que surgem as formas, as figuras, os sólidos, os planos e tudo que possamos imaginar!

Tudo o que sou e alguma vez serei, Codificado em genes perfeitamente alinhados!

Não podemos dizer então que a beleza está nas coisas, a beleza está sim na forma como organizamos esses pontos,

Tudo o que sou e alguma vez serei,

Que do seu infinitésimo tamanho quase nos levam à cegueira.

Apenas produto de milénios de evolução.

Francisco Reis

Ah, minha ciência! Combates o zumbido da ignorância, esse zzzzzz constante!

Tenho fé em nada mais do que em ti, Confio, e confio cegamente nas tuas respostas.

Odes biológicas

Ah, como eu te amo, minha ciência!

Cláudia Cid

Por Cláudia Cid

Ode Científica-Biológica por Diana Gonçalves

Tudo o que há em mim são células... Grandes cadeias de DNA formam o meu ser. Ah, sequências de nucleótidos!

Como eu amo a célula de todas as maneiras! No seu interior encontram-se todos os organelos,

Cada mitocôndria liberta frenética energia,

Os ribossomas, o complexo de Golgi e o retículo endoplasmático!

Trazendo ao de cima toda a minha exaltação.

Ah, como tudo funciona tão sincronizado Ah, como uma simples célula consegue gerar vida!

Como uma célula mutada,

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Eh-lá as replicações, mitoses e meioses! Eh-lá os pontos de controlo das fases G0, S, e G2!

Espécies, habitats, populações e comunidades …

Eh-lá tantas proteínas envolvidas!

Tanto ser vivo, tanto animal !

Ai a nossa vida, dependente de tão pequenos processos!

Todos somos cadeias de DNA, Todos somos sequências de nucleótidos !

Transcrição de genes, processamento e tradução, Eis o Dogma da Biologia Molecular.

Ó grande Biologia que nos estudas,

Se um agente mutagénico fizer este processo falhar,

Ó grande Biologia que nos defines,

Fúria corporal se vai passar!

Grande Natureza cheia de vento, água, terra e ar ! As minhas proteínas já estão desnaturadas de tanto te estudar !

Mutação num gene supressor de tumores! Erros, erros, erros e mais erros!

Há tanto para ser,

Proteínas mutadas, células disfuncionais e divisões descontroladas!

Bactérias, vírus, fungos…

Metastizam-se tumores!

Humanos, macacos e peixes…

Eia que invadiram os pulmões e o estômago!

Quero ser tudo, quero ser bio, quero ser vida !

Eia o intestino e o fígado! Eia! Eia! Eia!

Não preciso de mecanismos de defesas,

Cancro por todo o lado!

Não preciso de leucócitos nem plaquetas,

Pum-pum; pum-pum; pumpum – pulsa coração!

Quero que se apoderem de mim, Quero ser tudo, ó grande Mãe Natureza !

Um coração não resiste, E a célula num momento é vida,

Fundir o meu património genético com todos os possíveis,

E noutro leva a ausência dela.

Receber todas as caracteristícas hereditárias E ser tudo e todos, Ser um só !

Diana Gonçalves

Carolina Sousa,

Ode Biológica por Carolina Sousa

Dos átomos, às moléculas e às macromoléculas,

Por Frederico

Dos organelos, às células, Dos tecidos, aos orgãos e dos sistemas de orgãos aos organismos !

Vida, oh vida

Eia, eia, eia !

Vida das populações aos indivíduos

Somos tanto, somos tudo !

Dos tecidos aos órgãos

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Ode Matemática por António Cardoso e Cunha

Das células aos compostos, até à mais pequena molécula. Simbiose entre seres, Trocas de iões

Oh Matemática!

Vacúolos que extravasam água consoante os gradientes

Tu que és bela

Tudo isto em grande e pequena escala

Oh Matemática!

Faz de nós insignificantes,

Tu! Tu! Tu!

Mas é o que nos dá significado Tudo isto para permitir nada mais nada menos do que

Números, contas, problemas

A vida.

Um, dois, três, trrrrrrês Somar, subtrair, multiplicar, dividir! Mais, menos, vezes, fracção Problemas resolvidos, por resolver! Isso e tudo o que somos!

Frederico

Quebra cabeças, dias, meses, anos! A resolver.

Odes Matemáticas

Zero... Tu que não existes... Aiii! Porque não posso conhecer-te...

Por Edimar Pereira

Inexistência... Grande desgosto da Matemática! Não pior que o excesso da existência...

Ó grandiosa fórmula resolvente dos grandes matemáticos Os números que afinal são letras.

Infinito!

Raiz quadradas cúbicas, não de àrvores sombrias,

Os ínfimos números, contas, problemas!

Pois a verdadeira beleza encontra-se no abstrato dos números.

Aii! Aii! Aii! Porquê?! Porque não posso conhecer todos? Um, dois, três, quatro...mil...dois mil... Basta!

Ó interseções, ó paralelismo, linhas eternas!

É impossível! Matemática...

Grande é a sabedoria dos pensadores em pensamento!

porque me deixas tão completo

Números dentro e fora de mim,

E ao mesmo tempo tão só.

Toda a minha massa cinzenta dissecada fora, Toda a minha ansiedade de aprender exultada!

António Cardoso e Cunha

Tenho as mão dormentes, ó grandes teoremas futuristas, De vos querer sempre atualizados,

Ode Matemática por Cheila Cardoso, Filipa Domingos e Mafalda Freitas

Doí-me a cabeça de tanta informação deslumbrante Os números demonstram o que de mais carnal há em mim,

Mesas, cadeiras, estojos, mochilas, Cadernos, livros, lápis, canetas,… Ó caaalcuuulaaadoooraass… Está descrito o abominável cenário do quotidiano matemático.

O meu desejo por eles é sobre-humano.

Edimar Pereira

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Eis senão quando a febre me consome os miolos, Deliro, deliro, deliro!!! Nepper-r-r-r… π (pi) π (pi) π (pi) Lambdas, alfas, betas, ómegas… Sinto-me violado, Violado pelos números que na minha mente penetram.

Tal como as experimentais que sabem o que provoca um espirro

Volumes, para que vos quero? Para nada servem senão para ocupar espaço Espaço na minha cabeça. Aiiii, baixem o volume que aqui vai dentro!, Que eu muito mais, já não aguento…

O que pode existir de mais belo do que o sistema reprodutor de uma enguia?

Pitágoras, para quê teoremas? Para quê catetos? Para quê hipotenusas? Tudo isto para calcular áreas?!?! Sinistra a área que fui escolher…

Que no espectro visível se aproximam dos 720 nanómetros!

Heine, limites não se calculam! Tu, só tu, é que hás-de saber quais são! E tu, Ruffini, de nada serves A tecnologia abateu as tuas preces. Haja limites!!!

Ó ATP em fúria dentro de mim!

Ó poder fundir-me com a Geologia Ou até com a Biologia!

Ah! Como sinto a minha cara adquirir tons

Ai cronómetros! Ai termómetros! Ai tudo o que ajuda a ciência magnífica!!

Ó sinapses aos pulos num frenesim! Digam-me como se escolhe entre a vida de um pinguim E a beleza de mil e uma funções afim!

Diferentes ângulos observados Ângulos? Só conheço os retos! Retas, planos, mediatrizes, equações… SALVEM-ME DO CAOS (!) Que é a Matemática! Malditas bestas quadradas Que me impingiram esta mer-r-r-r-r-rda!

Retas paralelas, perpendiculares, oblíquas Poder atingir assíntotas! É a isto que te propões, ó ciência!

Matemática, já me cansas Perdi o fôlego que tinha No meio de tantas ânsias. Ruffini, faz Faz a Matemática reduzir-se ao seu menor grau!

Retiro-me, agora, cheio de emoção Tal como a Lua se despede do nosso planeta, Devido ao nosso movimento de rotação!

Cheila Cardoso, Filipa Domingos e Mafalda Freitas

E não se esqueçam! O limite da vida é mais infinito! Ah que mundo tão bonito!

Odes científicas Diogo Miranda

Ode Científica por Diogo Miranda

Deixando-me incidir por fotões escrevo

Por Catarina Gonçalves

As maravilhas deste mundo pelas quais tremo Átomos ínfimos,

As ciências com exactidão exata admiro

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Que formam planetas, cometas, galáxias, universos, buracos negros,

Que causam dor e dano no meu pensamento, Sem fim e com início.

Não param um microssegundo mais ínfimo.

Átomos juntos formam grandiosidades monstruosas,

Continuam a formar e desencadear novas ligações, mais fortes e mais fracas.

Nas quais o ser humano não consegue persentir, Vermelhas gigantes, azuis gigantes. Sóis que queimam o hélio e o hidrogênio.

Tudo se liga e interliga.

Moléculas juntas formam estas grandiosidades!

Ligações fracas ou fortes,

AHHHHHHHHH, que grande sois vós!

Estabelecem o nosso padrão de vida.

Sem o sol não existiríamos!

(E a nossa vida...)

A nossa luz, o nosso calor! (E andamos perdidos em busca dessa luz e calor,

Cada momento que passa o nosso sangue circula nas nossas veias e artérias

Enquanto está à nossa frente, cegos somos

Oxigenando, dando a vida.

Cegos por não querer ver...)

Moléculas andam e formam-se em cada momento. Os pulmões incham e desincham com a entrada de O2,

Pequenos e grandes juntos formam estas cadeias de novos elementos

Molécula fundamental à nossa vida,

Muitos ainda por descobrir,

Nada somos. Um buraco negro, vazio talvez...

Muitas órbitas por preencher e investigar!

Eterna busca do sol...)

(O que nós somos sem a coisa mais fundamental da nossa vida?

Formam novos elementos! Formam novas formas!

AHHHHHHHHHHHHHHH, As inúmeras possibilidades,

Formas, feitios, forças, frenéticos andam!

Que possam existir.

Um raio incidente no meio de um mar de eletrões

Para além do que sabemos, o que há para além dos quarcks?

Saem deste, desorientados.

O que pode ser mais ínfimo?

(E não andamos todos assim por vezes?)

Cansaço sinto em mim só de pensar, Os meus neurónios colapsam,

Sem eles nada existiria.

As ligações Eletro-químicas param

Sem eles formas não existiriam,

Só da dor.

Sem eles o universo não colidiria,

Oh, cientistas com as vossas tecnologias

Moléculas, átomos, neutrões, protões, eletrões, e quarcks,

Que não têm a resposta ainda.

e muitos outros ainda não descobertos,

(E quem a tem?

ínfimos ao ponto de não se ver através da retina humana.

Admiro quem tenha respostas...)

Frenéticos andam à solta, nas orbitais, num espaço específico quântico.

Catarina Gonçalves

Oh, grandiosos átomos,

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Por Teresa

Pudesse eu ao menos ser uma célula, uma última vez

Buraco de verme:

Maksim Sérgio e Margarida Leão

União entre destruição e criação, Buraco negro e branco,

Ode Científica por Daniela Palma

Onde tudo é sugado e tudo é expirado. Um caminho paralelo ao tempo e espaço.

Aii como desejo… Quero a força da gravidade esmagando-me,

Buraco de verme,

Empurrando-me até aos confins do núcleo terrestre...

Teoria imaginada e proposta por grandes mentes

Que me divida em dois

que apesar de o serem,

E que, sob as luzes do espectro visível,

nada conseguem comprovar.

Me possua

Aii o desejo… Ode Científica por Maksim Sérgio e Margarida Leão

Incutido no meu ADN… Num desses cromossomas…

Hoje, escrevo com todas as células do meu ser… Oh! Pudesse estar eu em mitoses sucessivas… Oh! Sofrer eu profases, metafases, anafases e telófases… Ah! Que alegria! Que bom, sentir-me a mim todo e inteiro, Átomo a átomo, dentro do meu ser estranho e complexo. Pudesse ser eu um heterossoma para sentir uma meiose! Conectar-me a outro cromossoma por um ponto de quiasmo E trocar uma parte de mim aleatória por crossing-over…

Ou talvez em todos os quarenta e seis…

Alinhar-me ao centro, todo condensado, para me abrir em dois! Sentir cada metade de mim a migrar para pólos opostos E esticar-me, todo esticadinho, na telofase I. Ou ser uma célula inteira que se divide por citocinese… E parir dois lindos filhos iguais a mim, e mais, e mais! Ou ser eu uma célula especial, mutada, Com um cromossoma a mais ou a menos… Tanto faz!

Aii toda a arte…

Será doença? Demência? Ou apenas necessidade?

Toda a arte tirada da anatomia Da física Da quimica De todas essas belas coisas

Mas não podendo ser eu tudo isto, Não podendo ser eu todas as células do corpo E todas as mutações e síndromes do mundo, Ao menos pudesse eu partir deste mundo por apoptose celular… Pudesse eu explodir como uma bomba e despedaçar-me todo… Pudesse eu ao menos suicidar-se como uma célula se suicida Pudesse eu originar minúsculos fragmentos que irão deveras desvanecer.

Que me possuam! De ciência quero ser eu banhada E deitada no chão frio, Quero eu jorrar rios de hemácias, Leucócitos, plaquetas!

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Cientista portuguesssssa que vê a vida Nada me dá mais vida!

com uma clareza nunca vista,

Essas obras-primas do Homem

apenas imaginada por alguns

Quase obras dos deuses.

e ao alcance de muito poucos.

Ardem como fogo…

(A minha motivação não é monetária, de querer ser superior ou simplesmente por inveja.

Todas as moléculas, partículas e afins

Sempre me achei cientista e é isso que vou ser.)

Conjuguem-se em meu redor

Por isso, Ó divindade a que uns chamam Zeus,

Tragam as células e os fotões.

outros Alá ou no meu caso Deus,

Radiações? Quero-as a todas!

Dá-me forças para que este meu sonho, achado por muitos irrealista se torne real, e a estrela principal é uma simples rapariga,

Tornem-me naquilo que quero ser…

tão portuguesa como Santa Catarina.

…Um de vós.

Daniela Palma

Catarina Santos

Ode científica por Catarina Santos

Por Bernardo Carreira

Ó átomos, ó moléculas, ó iões,

Ora viva! Ciência que aí andas.

Partículas que constituem todo o meu ser.

À insaciável Biologia,

Todos sabemos como são importantes.

À Astrofísica manipuladora,

Todos sabemos como são constituídos.

À cética Medicina,

Todos sabemos que se não fossem eles,

À Química empírica,

Não estaríamos aqui.

À furiosa Bioquímica,

À maravilhosa luz do sol

À Astrologia imortal,

escrevo estas palavras com emoção,

À explosiva Vulcanologia,

imaginando as mutações,

À mortífera Radiologia,

acontecendo agora no meu DNA.

À Astronomia útil,

Da expressão de todas estas sensações,

À misteriosa Paleontologia,

Doí-me a cabeça, mas ainda escrevo.

À Geofísica dinâmica,

Nos momentos de desilusão e incapacidade,

À inconsciente Sismologia,

Imagino e crio, esta coisa a que vocês chamam ciência.

À sábia Matemática,

Estou a ver o título do jornal:

À Física hiperativa,

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Todas elas trilogias,

Tornai-me uma supernova incandescente!

Evidenciam passado, presente e futuro.

De temperatura e brilho sublimes. Upa! Upa!

Ah, morrer na praia, Embate de ondas vertiginosamente mortais,

Alto! Basta de buracos negros!

Comprimento de onda de envergadura de Himalaia,

Criaturas obscuras,

De amplitudes e frequências amplamente fatais!

Comedoras de sinapses e leveduras, Monstros funestos e infaustos,

Bombardeai-me com ultra e infra sons!

Que profanam a morte aos mais exaustos.

Que turbilhão sinusoidal,

Onde reside o mero cerne singelo,

Silêncio! Que há harmonia vital,

Provido de quarks e eletrões,

Tornai-me reflexão total com os teus dons!

Não obstante também de protões, neutrões e positrões.

Hé-lá luz mais intensa que a do astro solar!

Ah sanguessugas imundas!

Hé-lá kelvin para celsius, hé-lá celsius para fahrenheit – Uf! Que fornalha!

De parasitas a estripadoras de capilares, Assassinas de hemácias e devoradoras de plaquetas!

Quem me acode destas bestas gigantes? A que chamais, vós de vulcões, cuspidores de massivas nuvens ardentes.

Z-Z-Z-Z-Z-Z-Z-Z-Z-Z-Z-Z-Z-Z!

Ó cinzas mal paridas,

Que ritmo alucinante!

Ó bombas perdidas,

Cruz credo!

Ó vapor de água desmedido.

Que cinética revoltante!

Ah, se ao menos ebulição fosse… Ó lava que me consome intensamente,

Pum! Pum! Pum!

Ó grandiosa Terra em atividade, tornai-me teu servo!

Como um Big Bang de nostalgia por ti, ciência viva!

Fazei de mim teu material mantélico em fusão!

Despertais em mim um rumo na vida.

Avante! Coragem! Cataclismo colossal!

Que abecedário de teoremas!

Usurpa-te de mim como pensamento abismal!

Sucedem-se aos molhos apenas.

Quiçá calamidade triunfante,

Bolzano, Pitágoras, Cauchy, Pascal, Tales, Ruffini…

Mas que natureza exuberante!

Oh, que canseira!

Consumai-me até ao tutano! Consumai-me até à ínfima molécula!

Que densidade de “downloads” de elementos periódicos,

Provocai em mim, um impacto cósmico!

Num só cérebro,

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Grupos, períodos; Que confusão!

Eia! Eia! Eia!

Número atómico e massa atómica bastam para a captação!

Eia radianos, metros e quilogramas! Eia segundos, amperes, kelvin e mol!

Oh ciência!

Eia coulomb, joule, weber e newton!

Deixai-me ser a tua pressão osmótica,

Eia tesla, hertz, pascal e ohm!

O teu líquido linfático,

Eia grau celsius, volt e muito mais!

O teu timbre ensurdecedor,

Eia! Eia! Eia sem fim!

O teu pigmento fotossintético! Bravo ciência! Oh ciência minha!

Tornai-me teu confidente!

Neutralizai-me com esses raios gama!

Fazei de mim raiz quadrada do teu glorioso destino!

Criai-me chagas com esses infravermelhos!

Sois como uma espiral viciante por unanimidade.

Saboreia-me como que de glicose se tratasse,

Hum…Que puxa e acalenta toda a humanidade!

Quero ser o teu ATP fulminante! Eh-lá ratos de laboratório! Antibióticos, apoderem-se de mim!

Tornai-me teu suporte universal,

Estes vírus causam-me frenesim.

Ligado a ti, ciência, por cordão umbilical.

Atchim!

Deixai-me perseguir-vos como uma cadeia de aminoácidos!

Contagiai minha alma, bactérias sedentas,

Por ligação covalente unificada,

Mergulhadas em colónias apenas.

Deveras sofisticada!

Ai esses portugueses!

Amar-te-ei em toda a parte,

Povo sobre-humano que devassa marés,

Eclode em mim a tua impressão digital,

Dobra cabos e trespassa espanhóis até!

Oxalá todos os meus sentidos se direcionem a ti, ciência…

Tormentas virou Esperança,

O meu limite tende para ti mesma…

Assim como ciência induz mudança. Caramba! És tão vasta!

Numa razão de três simples, Onde a sua constante ainda me atinge!

Bernardo Carreira

Sou a tua variável dependente. Embora, isso crie remorsos ao teu inconsciente!

Ode do meu mundo científico por Sara Costa

Quero ser todas as tuas unidades;

Átomos e mais átomos

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protões,neutrões,eletrões sejam átomos,só átomos!

Hemácias e leucócitos...

deixem-se de confusões!

Protejam!Protejam-me da minha morte!

Deixem essa metafísica para as ciências

que morte certa eu sei que tenho...

Ai meu Deus!! As ciências!!Minhas!!Minhas ciências!!

...mas protejam-me até ser sal e água e só.

Beldade igualável não existe

Protejam-me até inverterem o processo da garrafa de vidro

nem no profundo íman da Terra

mais um grão perdido das rochas sedimentares...

Não há verdade mais bela

QUERO SER INTEIRA!DEIXEM-ME SER INTEIRA!

que ver a reação química do fogo dessa vela

Quero sentir tudo junto...tudo próximo de mim...

Vela ardente que queima o queimar que não é visto

Ai!tão próximo..sim tão próximo!

Tantos tentam chegar a ti... Suspeitas!!Só suspeitas!!

Quero ser essa rocha vulcânica

é o que eles têm...

e ter todo o calor em mim,ai meu Deus esse calor!

eu tenho a certeza que és bela...

Calor dos INFERNOS!

bela minha ciência... Deixem-me ser essa estrela que explode

BELA!!

De explosões gosto eu! Oxigénio e dióxido de carbono

PUM!PUM!PUM!PUM!

todos os gases num só!

AI QUE ALEGRIA!

Deixem-me ver de perto

Aiiiii que alegria!!

sentir..cheirar...

Explode em mim estrela morta

tenham dó!

Explode até não teres luz! Entra no meu coração até seres pó que reluz

Deixem-me elogiar a ciência,

Reluz diamante de areia

ai meu DEUS! Tanta ciência que tenho em mim!

Que da ciência nasceste

Células e mais células

Diamante do sal e do sol

Orgãos e mais órgãos...

Diamante que risca tudo e todos

Entrai por mim a dentro

Deixai-me ser riscada por ti...

e façam de mim um sistema vosso!

...sentir-me a ser rasgada a minha pele!

Tanto sangue...AI MEU DEUS TANTO SANGUE! Deixem-me sentir esse sangue...a correr pelo meu corpo...

Ciência que pensas tu?

não morrerei eu com falta de sangue,de ideias talvez...

Não penses mais nisso então.

mas sangue haverá em mim sem escassez...

Pensa em mim e pensa em ti...

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não penses em nada em vão...

deixai os gâmetas passar!

Funde-te comigo num só e seremos como mar salgado

não me importo que ele passem

salgado ou doce,tanto faz...

mas parem com o meu pensar!

mas funde-te no meu coração... Sou toda eu uma ciência Deixem a minha ciência!

oculta,talvez...

Procurai a vossa,que também a tendes!

Mas quero ser ciência...

Esta ciência é minha!minha!minha!minhaaaaa!

ciência SEM PORQUÊS!

Não perderei por nada! Ciência,minha vida...

Tantos tubos de ensaio

Penetrai por mim a dentro e deixai-me ferida!

tantos sólidos,líquidos e gasosos

Penetrai!não tenhais medo...porque eu não tenho...

Ai!!!!

Encosta teu corpo ao meu e deixarei a tua vida entrar

Deixem-me ser ciência!

luz verde de trânsito da tecnologia moderna

Eu ponho os óculos de proteção,

serei eu para ti

para não ver só,mas sentir,ciência,minha paixão...

eterna.

Deixem-na levar-me a ver a Lua

Essa luz de vida,minha ciência, és!

e todos os planetas que rodeiam a minha lua e o meu sol meu sol ou minha ciência...vai tudo dar ao mesmo...

Deixai-me ser só tua!

Serei teu eterno girassol...

Só tua e de nós as duas... Ciência, minha vida...

Deixem-me ser ciência,

Contigo não vivo sem...

POR FAVOR!

Deixai-me ser só tua!

Ciência como eu, é AMOR.

Se fores minha...eu serei tua... Tua ausência deixa minh’alma nua

Sara Costa

e perdida neste mar de escuridão, peço-te perdão

Por Tomás Saraiva

perdão por ser só eu uma morta destinada...cansada do mal do mundo!

Tanto pesa a ciência e tão curta é a vida,

mas até ser sombra...serei tua...

Tenho febre e calculo, Calculo e observo e raciocino e escrevo

Deixai as minhas células se dividirem

Oh ciência! Oh ciência!

Mitoses e meioses

Porque insistes tu em ser tão vasta?!


E amanhã certamente com mais ardor!

Física, química, biologia, geologia, E tantas outras coisas acabadas em “logia”.

O amor que sinto por vós,

O momento em que a célula se divide,

É inquieto e inseguro

O momento em que a luz do sol chega à terra,

Mas jamais soará

O momento em que nós,

Como algo absurdo

Por mais que tentemos, Caímos…

Raízes quadradas! Cúbicas!

Tantos momentos,

Parece que se está na peixaria!

Mágicos e misteriosos,

Ainda bem que os números são infinítos

Que tem a ciência.

Assim estão de acordo com a minha alegria!

Tantas são as leis,

E no final de cada dia vos observo

Tantas são as teorias,

E com tanto afinco nego:

Tantos são os teoremas,

A existência de algo mais perfeito

Tantas são as fórmulas…

Que esta dedicação que levo tanto a peito.

Como posso eu… Basta! Francisco Machado

Tirem-me daqui! Tanto peso para tão fraca constituição…

Ode científica por Mariana Ervedosa e Marta Reis

Tomás Saraiva

Quem me dera dividir-me como as células se dividem! Ciências por Francisco Machado

Dêem-me mitoses e meioses! E coisas acabadas em ones!

Oh matemáticas! Oh fisico-químicas!

Z-Z-Z-Z-Z-Z-Z-Z

O que têm vocês todas em comum?

Dêem-me logaritmos e a sua inversa, a exponencial!

Que não sei porquê me fazem parecer,

(logaritmo de base dois de oito é igual a 3)

que jamais haverá mais dia algum!

Dêem-me funções racionais e irracionais,

Oh cálculos, operações com potências,

Como a minha cabeça!

Que com tanta potência atingem meu interior!

Dêem-me limites notáveis, como a minha personalidade...

Louvo-vos hoje muito!

Quem me dera ter a complexidade de uma rocha!

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E rir-me daqueles que ainda usam esferográfica!

Será que a rocha metamórfica teve origem no metaformismo regional ou de contacto?

Alberto Lousada

Eu quero ser laminada como um xisto e ter os minerais do granito! Eu quero ter um movimento rectilíneo uniformemente acelerado!

ODE CIENTÍFICA por Mafalda Nunes

Porque posso ser tudo, menos retardada!

Todas estas partículas subatómicas, Queria poder voar e ver o Mundo

protões, moléculas, eletrões, neutrões,

Como os grãos de areia quando sofrem o transporte,

meu Deus!!!

Depois da erosão da rocha!

Desapareçam, expludam para fora da minha cabeça, como um corpo negro

Ah poder ser tudo... E não ser nada!

se irradia para o espaço ou como um buraco negro arrasa com tudo à sua volta.

Mariana Ervedosa e Marta Reis

É assim que eu quero viver, ou em paz com tudo ou então possuído de tudo.

Ode Científica por Alberto Lousada

As forças atuam sempre em pares, para toda força

Atordoado pela luz deste ecrã

de ação, existe uma força de reação, como diz Newton.

Escrevo para as minhas fãs.

E eu atuo duplamente em mim mesmo, visto que sou

Digito estalando os dedos,

as minhas próprias forças.

Porque já não são os meus brinquedos.

Quero tudo, quero criar. Gobelés, pinças, varetas,

Ó teclados, ó ratos, ó mãos biónicas!

tubos de ensaio, ampolas, kitasatos e lâminas, ajudem-me!

Que a minha vida se encha de eletrónicas!

Ajudem-me a moldar este mundo e o outro, a torná-lo

Os emails são as minhas novas crónicas,

dissimulado, tal com eu o sou.

As opiniões vêm por chamadas telefónicas. Ardem-me os olhos da luz tão perto,

Mafalda Nunes

Venero cada processador que processa, Cada reflexão que sai impressa,

Ode científica por Bruno Santos

Cada invenção a descoberto.

Ó ciência, que trazes o futuro, Ah, poder armazenar como um disco rígido!

Explicando tudo que não compreendemos,

Ter botões e ser aguerrido!

Estudando tudo que não sabes

Dominar o mundo como uma placa gráfica,

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Ah, juventude com grandes ideias,

E descobrindo tudo que não conheces.

Vamos pôr mãos à obra. Ó química, que conheces todos ao pormenor

Vamos reconstruir uma nova economia,

E sabes todas as doenças menores.

Recusar o domínio estrangeiro,

Ó biologia, que conheces todos à vista

Voltar a erguer o grande reino de Portugal,

E sabes todas as doenças maiores.

Porque sendo nós nacionalistas, Com força, sentido e empenho,

Ó matemática, que conheces todos os números

Com vontade e grande entusiasmo,

E sabes como usá-los.

Recusaremos destruir a economia de Portugal!

Ó física, que conheces todas as unidades Olho o meu país com orgulho,

E sabes como são usadas.

E quero ser o volante da economia de Portugal! Ó filosofia, que sabes porquê sem saber como. Ó psicologia, que sabes como sem saber porquê.

Luís Calheiros

Ó geologia, que conheces a Terra. Ó astronomia, que conheces o espaço.

Por Francisco Lima

Ó ciências, que me mostram um pouco de tudo

Economia: palavra complicada para quem não sabe ler

Para eu saber de tudo um pouco,

E que eu conheço tão bem.

Ó ciências, que descobrem, estudam e explicam

Tudo nela me espanta e me fascina.

Para eu fazer o futuro!

Todo eu fico em êxtase quando vejo um PIB, ou o número de cebolas plantadas por metro quadrado A nível mundial!

Bruno Santos

Ó doce economia, que te dedicas a descobrir taxas

Odes à Economia

Sobre coisas que, no fundo, ninguém quer saber! Quem me dera poder ser como tu!

Ode Económica por Luís Calheiros

Conhecer todos os cantos deste mundo! Ser estudado por milhões de pessoas,

Ó grande pátria portuguesa!

Que cedem a todos os teus caprichos,

Escrevo com mágoa escrevo.

E ,com um grande sentido de humor, recompensá-los com uma crise!

Escrevo perguntando se a beleza portuguesa, Será a derrota pela terrível economia?

Ah, o que eu dava para ser um gráfico económico!

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Ode Económica por Catarina Moreira

Mostrar a todos quantas criancinhas por ano é que nascem Para atormentarem as outras mesas quando vão jantar fora!

Ó economia, ciência que estuda as formas,

Divulgar o quanto evoluímos no tempo a nível tecnológico e humano!

O comportamento animalesco das pessoas.

E a ironia que é ainda existirem guerras pelos mesmos motivos

A utilização dos capitais e fontes

De há dois mil anos atrás!

Do equilíbrio, Do trabalho,

Oh infinitas curvas e tabelas que nos ajudam a conhecer melhor este mundo!

Dos fatores produtivos, Da oferta,

Gráficos, taxas e índices!

Da procura

Políticas Orçamentais, Fiscais e Monetárias! Anos de história e aprendizagem!

Ó dinamismos económicos,

Quem não gostaria de fazer parte disto?

Poderosos como o PIB... Grandes capacidades enaltecidas por ti,

Quando me ouvem a dizer isto pensam que estou louco!

Ora a força do trabalho,

Louco?!

Ora os novos indicadores,

Louco por querer fazer parte deste sistema complicado de somas, dividendos?

Ora novos sistemas financeiros e políticos,

Louco por querer aproximar diferentes culturas e tradições?

Ora os novos mercados

Louco por tudo isto e muito mais?

Cuja procura do equilíbrio é uma constante

Loucos são os outros!

“[Ora] outro Sol no novo Horizonte”

Loucos e tristes! Ah como precisamos da tua força e transparência,

Tristes, tristes, tristes!

Da tua mecânica e cedência, (Caso sofra dos sintomas descritos neste poema

Ó essência e potência

Por favor contacte o seu médico ou farmacêutico.)

Paciência e aparência Solvência e latência

Agora cansado de tanto gritar retiro-me

Exigência e violência

Para fazer ó-ó...

Nunca coloques em evidência algo que não merece ser evidenciado

E não, não tenho nenhuma frase filosófica para acabar o poema... Talvez amanhã...

És a ciência que enaltece a modernidade, espontaneidade

Agora quero descansar...

Simplicidade e complexidade Mas a vida merece mais para além dos números. Não me identifico com regras, transações, obrigações e ações

Francisco Lima

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Quero o livre, espontâneo e sincero O magnânime, o espantoso e o mágico Não dependo (nem quero depender)

Matilde Bettencourt

Do que és, quem és e qual o teu papel no aspeto social do mundo! Dependo sim, das minhas próprias ações e que imagem quero passar aos que me pertencem

Outras Odes

Sou dada à plena construção do ser verdadeiro À máxima plenitude do ser todo em toda a parte

Ode Tecnológica por Francisco Correia

E deixem-me, por favor, ser este ser. Que era eu sem estas maquinarias futuristas! O meu quotidiano não seria o mesmo sem ti. Quem graceja a Deus é porque ainda não te conheceu! Tecnologias modernas, oh mais jovens das ciências, Aprendo mais contigo do que tu comigo.

Contínua em todo o domínio. Repleta de imagens que pertencem a mil e um objetos E cheia, quase a transbordar de composições lógicas que envolvem funções de todos os tipos.

Desacelerar não pertence ao teu vasto dicionário, Nesse amplo conjunto de palavras que partilhas com todos. Um update à ‘bíblia’ foi só um dos poucos presentes teus. Bíblia esta a qual chamamos internet que obcecamos a todo tempo.

Catarina Moreira

Janelas de alta definição por todo o lado, Que mostram mais que qualquer olho consegue ver. Transmitem sons de todas a frequências Que para os meus ouvidos é fado!

Economia por Matilde Bettencourt

Vais ajudar o teu País? Criar a riqueza, aumentar as poupanças?

Assim agradeço às invenções tuas, Pois a minha evolução já só depende da tua.

Gerar o bem-estar, socorrer os pobres? Procurar a alegria, fazer sorrir as crianças?

Francisco Correia

Lê, estuda, pensa, analisa e faz Economia. Aprende a manejar os Capitais.

Ode à Tailândia! – por Carolina Bello

Encoraja a multiplicação dos Investimentos. À praia que me acolhe todos anos, escrevo.

Faz sorrir os Trabalhadores!

Escrevo relembrando todos os bons momentos que passei. Uma praia tão bela que nunca esquecerei.

Serás um Presidente e um Rei De ti próprio, da tua família, Dos teus colegas e amigos,

Ó ondas, ó areias que me envolvem os pés,

Da tua rua, da tua cidade, do teu Povo!

Chapinho na água como uma criança feliz, uma criança que apenas sente.

A tua Pátria dir-te-á “ Obrigado”!

Splash, splash, splash! Vivendo intensamente.

Estudaste Economia, percebeste a Mensagem.

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Quero ver o mundo num grão de areia, quero ser o sol que ilumina a praia inteira, quero sentir os pés descalços, correr para o mar sem percalços.

É aqui que me sinto bem, vivendo como se não existisse o amanhã. É aqui que a felicidade me invade, nesta grande cumplicidade!

Carolina Bello

Ode Equestre

Ó póneis, ó cavalos, ó garanhões… Às pessoas enchem os corações. Mas a mim completam-me a alma E ainda me ajudam a ter calma! Tanto pêlo, tanta crina, tanto casco… Só me apetece cavalgarrrrrrr! Não me interessam os livros, nem as pessoas. Só quero cavalos! Passar a minha mão pelo seu dorso, E venerar cada segundo passado. Só quero cavalos, cavalos e cavalos! Dêem-me já os cavalos! Poder apreciar o seu suor, Provindo do seu magnífico trabalho Que tão poucas pessoas admiram. Pessoas essas que deviam estar Mortas no inferno mais longe de mim! Ó póneis, ó cavalos, ó garanhões…

Pilar Carvalho

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ColĂŠgio do Amor de Deus 2014-2015


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