NOSSOS CONTOS POPULARES - 3º ANO - TARDE

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Nossos Contos Populares

Escritos e Ilustrados pelos alunos do 3º Ano - Tarde 2016

Professoras Responsáveis: Adriana Helena Gonçalves da Silva Bruna da Rosa Silva

Orientação das Ilustrações: Profª Rosângela Bonifácio

Revisão Ortográfica: Selma Ortega Dias Duarte

PARA MANTER A CARACTERÍSTICA DA ESCRITA DOS ALUNOS, OS TEXTOS FORAM REVISADOS LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO AS COMPETÊNCIAS ESCRITORAS DA TURMA.

Arte e Diagramação: Lucas da Silva Siqueira

Atendimento e Secretaria

Rua Bariloche, 91 | Jd. América | SJC - SP | (12) 3931 2163

Acesso - Ed. Infantil & Berçário

Rua Cali, 17 | Jd. América | SJC - SP | (12) 3939 6445

Acesso - Ens. Fundamental

Rua Cali, 157 | Jd. América | SJC - SP | (12) 3931 8113


Sumário

Apresentação...................................................... 4 Bicho Papão......................................................... 9 Marcos Vinícius e Lara

Casamento de Mané Bocó............................... 13 Rayane e Vitória Matsuno

Chico Besteira...................................................... 17 Diego e Nicole

Chico, O Zumbi.................................................... 21 Vitória Santos e Gabriel

Dona Riqueza e Dona Boa Sorte....................... 25 Maria Eduarda e Mateus

O Casamento de Maria...................................... 29 Kiara, Rafael e Renan

O Pássaro Pedro e o Senhor Zé......................... 33 Calebe

O Porquinho e o Homem.................................... 37 Guilherme Farias e Tiago

O Roubo da Mala de Dinheiro........................... 41 Pedro e Isabela

O Velho e o Coelho............................................ 45 Guilherme Santos e Afonso

Pega-Trouxa-De-Papo-Furado.......................... 48 Bruna e Beatriz


Apresentação Começamos aprendendo contos populares latino-americanos, mas para aprofundar os estudos para o Projeto Jovem Escritor, partimos para os contos populares brasileiros, cujas características são marcas de oralidade próprias da fala do povo. Escolhemos Ricardo Azevedo como autor de referência para que os alunos pudessem ser repertoriados, devido à sua relevância de pesquisa neste gênero literário. Em sala, a hora da leitura era uma mistura de silêncio e risadas. O humor e a forma simples de falar foi o que mais os atraiu. Várias foram as histórias lidas, tiradas dos livros: No meio da noite escura tem um pé de maravilha; Meu livro de folclore; Histórias de bobos, bocós, burraldos e paspalhões; Armazém do folclore, além do próprio O macaco e a velha. Quando foi apresentada a dramatização da história “O macaco e a velha”, contada de uma forma muito divertida e encantadora pela nossa coordenadora Claudia Maldanis, pudemos finalmente começar o processo de escrita do livro. Para garantir a compreensão desse processo, elegemos O macaco e a velha. Começamos confeccionando, coletivamente, as listas de apoio. Listamos as personagens, levantamos suas características, palavras importantes (destacando o regionalismo) e fizemos uma lista de episódios. Verificamos também os marcadores de tempo que o autor utiliza (um dia, certa vez). Relembrando as histórias lidas, percebemos que o autor utiliza frases curtas, a maioria das personagens não são nomeadas e as que são, têm nomes bem comuns. Também verificamos que algumas histórias não têm o desfecho finalizado. Depois de tudo listado, fizemos um reconto coletivo da história, seguindo as listas prontas como parâmetro, sendo a professora, a escriba desse processo. Para a escrita dos novos contos, a sala foi agrupada em duplas e um trio e cada grupo escolheu, entre os textos já conhecidos, qual iriam reescrever. Para fazerem as listas de apoio, foi sugerido que mudassem uma ou duas situações, das quais poderiam ser: característica de personagem, ambiente ou desfecho.

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As duplas escolheram o que seria mudado, fizeram suas listas de apoio e começaram a escrita. Alguns grupos se empolgaram e quiseram acabar rapidamente seus textos. As professoras atuaram com questionamento acerca da ortografia, da organização do enredo e características próprias do gênero, bem como, na resolução dos conflitos até que todos terminaram a primeira etapa: texto de autoria. Partiram então para a digitação. Assim que terminavam, o texto era impresso para que pudessem lê-lo e verificar o que poderia ser modificado. As professoras também participavam desse processo. Após correção, o texto foi encaminhado para um leitor “misterioso”, que fez algumas perguntas com o propósito de fazer com que os alunos refletissem sobre o que escreveram. Esse processo foi gradativo e laborioso e certamente, conquistou escritores mais potentes que passaram por etapas necessárias para a produção de bons textos. Durante o processo de escrita, os alunos produziram, nas aulas de Arte, as ilustrações de suas histórias. A certeza foi de que o esforço vale a pena. Vimos em cada rosto o sorriso de satisfação com o livro pronto. É o que nos motiva e nos faz amar ainda mais essa profissão. Agradecemos muito a cada um desses alunos tão especiais que tanto nos ensinaram durante todo esse processo. Continuem assim: BRILHANTES!

Um grande abraço Professoras Adriana Gonçalves e Bruna Silva

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Dedicatória e Agradecimento Agradecemos a todos que nos ajudaram a escrever este livro e a todos que tiveram a curiosidade de lê-lo. Dedicamos a nossa família, amigos, professores e leitores misteriosos. Nós nos sentimos muito felizes ao fazer este livro para vocês. Esperamos que gostem!!!

3º Ano -Tarde

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Bicho Papão Marcos Vinícius e Lara

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A hora que a escuridão chega, todos nós trememos de medo, porque a gente sabe que o BICHO-PAPÃO aparece secretamente. A gente vai dormir, vamos dormir com medo dele. A gente tem um pesadelo: ele chega, bate a porta e nos acorda com uma faca na mão pronto para nos matar. A gente no sonho grita e cai da cama. A gente acorda, olha pela janela, vê que o céu está vermelho e de repente, vemos a sombra dele na parede. Gritamos apavorados e um adulto vem correndo. Acende a luz, deita a gente na cama e fala: -Meu filhinho, meu filhinho, sonhe com os anjinhos. Voltamos a dormir. Ele aparece de novo e lá vamos nós a outro pesadelo assustador com o medonho BICHO-PAPÃO. Tenho medo de escuro, porque quando a escuridão chega ele chega junto. Em um final de semana tive um pesadelo: estava na casa da minha avó, fui no mato à noite e o BICHO-PAPÃO estava lá me esperando. No dia seguinte, fui no mesmo lugar e no mesmo horário para pegar a minha bola, mas encontrei o horripilante. Então peguei a bola e voltei gritando e correndo para casa, mas ele me seguiu, tremi de medo. Quando ele entrou no meu quarto, berrei, o sol apareceu, ele saiu correndo e agradeci ao sol. Depois de uma semana, fui à fazenda da minha tia, resolvi contar a história (ela riu). Fiquei bravo e fui para o quarto, ela foi, pediu desculpas e eu aceitei. Nos abraçamos e ela foi para o quarto dela. De noite, o BICHO-PAPÃO entrou no meu quarto, porque a janela do quarto da minha tia estava fechada. Como eu estava dormindo, não vi o que aconteceu. De manhã fui chamar a minha tia e não a achei, procurei, procurei e não achei minha tia. Depois de um tempo, meus amigos vieram me chamar para a gente ir ao parque que tinha ali perto e eu fui. No caminho contei a história para eles. E eles riram da história e daí eu disfarcei e falei:

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- Gente, eu estou brincando! Só não fui pedir para minha tia para sair, porque já tinha pedido para ela, caso vocês aparecessem. Eles disfarçaram e falaram meio estranhos: - A gente sabia, Pedro. Outro menino falou: - Só estávamos brincando. Eu fingi que acreditei: - Eu sei amigos, sabia que estavam brincando. Mas mesmo assim sei que tudo isso é fruto da minha imaginação e mesmo sabendo da verdade, a escuridão continua sendo um mistério, porque ninguém jamais voltou vivo para contar a verdadeira história do BICHO-PAPÃO. Sinto muito revelar para quem acredita no BICHO-PAPÃO, mas ele é só um folclore brasileiro e não existe, até onde nós sabemos.

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Casamento de Mané Bocó Rayane e Vitória Matsuno

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Há um tempo atrás, existia uma viúva que tinha um filho chamado Mané Bocó. Mané Bocó não era muito inteligente, mas tinha um bom coração. A mãe fazia doces e pedia para o seu filho vender. E a mãe, toda vez antes de Mané ir trabalhar, falava: - Filho, não venda para pessoas que falam muito. Ah! E lembre-se: são cinco reais. E o filho sempre falava: - Tá bom, mãe. Você fala isso todos os dias que eu saio para trabalhar. Mané se despediu da mãe e partiu. Foi para praça, ficou olhando, mas todas as pessoas falavam muito, até que ele encontrou uma formiga e perguntou: - Quer doces? Mas ela não respondeu. Mané Bocó ficou bravo, então ele colocou a mão na formiga para falar no ouvido dela, porque pensou que ela não tinha escutado e: nhac! Mané levou uma mordida. Ele foi se coçando pelo caminho até que ele encontrou uma moça. Ainda se coçando, perguntou: - Quer doces? E a moça respondeu: - Sim, por favor. Com gentileza, Mané Bocó deu o doce e disse: - São cinco reais! E a moça deu dez reais, mas ela percebeu que ele não sabia fazer contas, então ela disse: - Pode ficar com o troco. Mane Bocó, feliz da vida, voltou para casa e falou para sua mãe: - Encontrei uma moça linda que me deu dez reais. - Que bom, filho. Agradeça a ela amanhã. No dia seguinte ele a encontrou e aproveitou a

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oportunidade para agradecer. Mané agradeceu a ela e continuou a venda. Ele procurou alguém que não falasse muito, até que encontrou uma estátua (ele não percebeu que era uma estátua) e disse: - Quer doces? E a estátua ficou quieta. Então Mané Bocó pensou que ela ia pagar no dia seguinte e deixou três doces. Voltou para casa e disse para a mãe: - Tinha uma mulher lá na praça e eu vendi três doces para ela. Falei que eram dez reais e ela não respondeu, então achei que pagaria amanhã. - Como assim? Você deixou três doces para alguém que não pagou? - Tá bom, eu pego lá amanhã. E você vem junto. - Tá bom, filho. No dia seguinte eles foram até a estátua e os doces não estavam lá. Então a mãe falou: - Os doces não estão aqui! - Ela deve ter comido. - Mas filho, como? É uma estátua! - Mas estátuas não comem não, mãe? - Não filho, estátuas não têm vida. Aí a estátua se mexeu e disse: - Tenho sim! E os dois tomaram um susto e saíram correndo, gritando: - A estátua da praça tem vida, socorro! Aaaaaaaaaaah! Mas era só uma montagem e os doces tinham sido roubados. Até que uma anã, que estava andando por lá, viu, parou-os e acalmou-os, explicando que era uma montagem. Depois de calma, a mãe foi embora, mas Mané e a anã, chamada Júlia, ficaram. Eles conversaram e acabaram virando amigos. Em

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dois meses eles se conheceram melhor e se tornaram melhores amigos. Depois desses dois meses eles começaram a namorar. Depois de um ano de vários encontros e passeios juntos, eles tiveram um encontro especial para comemorar um ano de namoro. Quando se encontraram, Mané perguntou: - Você quer casar comigo? - Sim!!!!! - respondeu ela feliz. Eles planejaram o casamento durante uma semana e quando chegou o dia, Mané não conseguia entrar na igreja porque ela era para anões, então perguntou: - Como eu entro? - Tenta engatinhar! - responderam os anões. Ele engatinhou e entrou na igreja. Eles se casaram. Depois de um ano Mané Bocó começou a estudar. Então ele já não era mais o Mané Bocó, ele era o Mané Inteligente, porque a partir do momento que começou a estudar, passou a ser o mais inteligente da classe e depois de muito estudar, Mané começou a trabalhar como professor de matemática.

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Chico Besteira Diego e Nicole

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Chico Besteira era um homem muito pobre. Morava em um casebre, então ele viajou para conseguir trabalho. Andou, andou e andou até que encontrou uma fazendinha e resolveu perguntar se não estavam precisando de alguém para trabalhar lá. Ele viu uma senhora no celeiro e perguntou: - Oi, meu nome é Chico, estou procurando emprego. Por acaso você não está precisando de alguém? E a velha respondeu: - Sim, preciso de uma pessoa que ajude em várias coisas aqui na fazenda. Chico ficou feliz e começou a trabalhar no mesmo dia. Depois de trabalhar durante um ano Chico recebeu seu pagamento. A velha percebeu que ele era muito pobre, e deu a ele uma lâmpada mágica, disse que quando ele cantasse ia acontecer uma coisa muito boa: Esfrega lâmpada, lâmpada esfrega Faz um dinheirinho igual um bauzinho Esfrega lâmpada, lâmpada esfrega Lança muito dinheirinho. E quando Chico disse essas palavras, a lâmpada mágica jogou muito dinheiro. Feliz da vida seguiu viagem para sua casa. No caminho parou em uma pousada para dormir. Quando entrou na pousada, ele disse para o dono: - Essa lâmpada é mágica! Mas o dono da pousada não acreditou e pediu para ele mostrar. Então Chico cantou: Esfrega lâmpada, lâmpada esfrega Faz um dinheirinho igual um bauzinho Esfrega lâmpada, lâmpada esfrega Lança muito dinheirinho. E o dono ficou surpreso. Depois, quando todo mundo foi dormir, o dono se aproveitou para roubar a lâmpada mágica e trocou por outra igual. Quando acordou, Chico Besteira foi embora sem perceber que a lâmpada tinha sido trocada. Depois ele chegou em casa, comemorou, festejou e decidiu mostrar a lâmpada para a família. Colocou a lâmpada na mesa, mas antes que Chico falasse, uma pessoa da família disse: - Isso não funciona! Chico cantou: Esfrega lâmpada, lâmpada esfrega Faz um dinheirinho igual um bauzinho

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Esfrega lâmpada, lâmpada esfrega Lança muito dinheirinho. E nada aconteceu. Ele ficou surpreso porque nada tinha acontecido. A pobreza continuava, então ele achou que o único jeito era voltar para a fazendinha e trabalhar. Pegou seu cavalo e quando chegou disse para a velha: - A lâmpada não funcionou, preciso do emprego de volta. Ela aceitou que ele trabalhasse de novo, mas não acreditou que a lâmpada não tinha funcionado. Pensou que Chico tinha sido enganado. E lá se foi Chico, trabalhar para ganhar seu dinheiro, capinou, tirou leite da vaca, cortou lenha e plantou... Depois de um ano de trabalho a velha disse: - Menino, eu não vou dar dinheiro a você, mas posso dar um espelho, mas não um espelho qualquer, ou seja, não é comum. Esse espelho é mágico, quando você olhar para ele é só você falar: Espelhinho, espelhão Oh, espelho colorido Multiplique o pão Enche a mesa de comida E quando a velha disse aquelas palavras apareceram muitas maçãs. A velha deu o espelho e Chico subiu no cavalo e foi embora, no caminho viu a mesma pousada, resolveu ficar lá para dormir. Já entrou mostrando o espelho e disse que era mágico, o dono falou: - Não acredito nisso me mostre! E Chico olhando para o espelho disse: Espelhinho, espelhão Oh, espelho colorido Multiplique o pão Enche a mesa de comida E quando Chico Besteira disse aquelas palavras o dono ficou surpreso de novo com o aparecimento das maçãs. Já que ele tinha roubado facilmente a lâmpada esperou o Chico dormir. Ele pegou o espelho trocou por outro igual. Quando Chico acordou não percebeu nada estranho de novo. Voltou para casa, quando chegou todo mundo comemorou e festejou, ele colocou o espelho na mesa e disse: Espelhinho, espelhão Oh, espelho colorido Multiplique o pão

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Enche a mesa de comida E nada aconteceu. Chico ficou triste, mas ao mesmo tempo achou estranho, porque os objetos que ele ganhava só funcionavam na fazenda. Como a vida continuava muito difícil, decidiu retornar para a fazenda e pedir seu emprego de volta. Assim que chegou foi procurar a senhora e explicou tudo que tinha acontecido, a velha aceitou que ele trabalhasse de novo, mas percebeu que na pousada acontecia algo muito estranho. Ele trabalhou por mais um ano e quando foi receber seu pagamento a velha disse: - Dessa vez eu vou te pagar em dinheiro, mas você vai tomar muito cuidado, preste atenção nas pessoas que você vai encontrar no caminho. Chico seguiu viagem, parou novamente na pousada para dormir, mas dessa vez não disse nada e o dono perguntou: - E aí não tem nenhum objeto mágico dessa vez? Chico respondeu: - Dessa vez não. O dono achou estranho, mas não perguntou mais nada. Durante a noite ele não estava conseguindo dormir e ficou pensando no que a velha tinha dito, ficou curioso e resolveu dar uma volta pela pousada. Assim que passou pelo corredor, viu a porta do quarto do dono aberta e resolveu dar uma espiadinha de leve. Chico ficou surpreso quando viu seus objetos em uma mesa, não conseguia acreditar, que o dono tinha roubado suas coisas. Então teve uma ideia, aproveitou que o dono estava dormindo e em silêncio entrou no quarto, pegou a lâmpada e o espelho. Escreveu um bilhete dizendo: - Você me roubou, mas agora é a minha vez! Espero que você fique na pobreza miserável e nunca mais faça isso! Assinado: Chico Esperto No meio da noite Chico seguiu viagem para casa antes que o dono acordasse. Assim que chegou em casa a família ainda estava dormindo. Ele chegou fazendo a maior festa, todos se assustaram pensando que Chico estava louco com aqueles objetos de novo. Então ele cantou e dessa vez deu certo! A família ficou muito feliz e nunca mais passaram dificuldades. O dono da pousada, quando acordou, ficou furioso porque tinha sido enganado por Chico que agora não era mais bobo e sim muito esperto.

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Chico, O Zumbi Vitรณria Santos e Gabriel

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Numa chácara, onde passava um grande rio, morava um casal muito pobre com seus três filhos. Chico era cabeçudo, orelhudo e meio careca, e não era muito inteligente. Um dia, sua esposa Lucinda gritou para Chico: - Chico, tem um homem aqui na porta querendo falar com você. Chico foi ver quem era. Era um antigo amigo dele que se chamava Edilson. Edilson disse: - Chico, meu velho amigo, não sabia que você morava nessa casa. Tenho péssimas notícias para você e sua família: vamos ter que retirar sua casa daqui para construir uma fábrica que vai dar muito dinheiro para nós. - Mas Edilson, esse é o único lugar que temos para viver. Essa casa vale muito para nós! Os três filhos de Chico foram ver o que estava acontecendo. Quando Edilson os viu, falou: - Considero que aqui é um ótimo lugar para criar os filhos, mas infelizmente não dá para salvar sua casa. Vamos ter que demolir. Vocês terão vinte dias, pois depois começaremos as obras. Edilson foi embora. Chico saiu caminhando pela chácara procurando um jeito de não demolirem sua casa. Ele acabou encontrando um corvo no caminho, com um balde cheio de água ao seu lado. O corvo disse: - Está com sede, meu rapaz? Beba um pouco dessa água. Chico ficou assustado, pois nunca tinha visto um corvo falante. O corvo disse: - Não fique assustado, rapaz. Sou apenas um corvo amigo. Chico aceitou e bebeu um pouco de água. Quando foi agradecer, em um piscar de olhos o corvo desapareceu rapidamente. Ele não entendeu o que havia acontecido. No dia seguinte, Chico acordou muito cansado. Levantou-se e foi lavar o rosto para tomar café da manhã. Olhou no espelho e desesperado, viu que tinha virado um zumbi. Ele saiu de casa desesperadamente. Sentiu que estava sendo observado, parou para ver quem era, mas não encontrou nada. Ficou

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assustado. Quando olhou para suas mãos, apareceu uma pedra enfeitiçada. Olhou para a pedra, ela brilhou e o transportou para o mundo dos mortos. Chegando lá, encontrou Jeca, a Múmia, Victor Frankenstein e o famoso Lobo da Floresta. Quando Chico se apresentou, os três monstros o batizaram de Chico, o Zumbi. Logo, Chico, o Zumbi, fez amizade com os três monstros. Depois de quinze dias, recebeu uma mensagem de sua família, que dizia: -Volte, Chico! Estamos com saudades! Chico ficou preocupado e em dúvida se ele deveria voltar ou não para casa. Quatro dias depois, apareceu aquele corvo, que se dizia amigo, e tentou roubar a pedra enfeitiçada do Chico, para que ele não conseguisse mais voltar ao mundo dos vivos. Houve uma luta entre o corvo e o Chico, o Zumbi. Lutaram e lutaram, mas Chico derrotou o corvo mau, quebrando o feitiço da pedra, transformando-se em humano outra vez. A pedra soltou seu último brilho e transportou Chico de volta para o mundo dos vivos. Junto com Chico foram transportados também Jeca, a Múmia, Victor Frankenstein e o famoso Lobo da Floresta. Eles também tinham sido enfeitiçados pelo corvo. Na verdade, eles eram os donos da fábrica que seria construída na chácara do Chico. Para recompensar Chico por tirá-los do mundo dos mortos, eles desistiram de demolir a chácara do Chico e ainda deram dinheiro para ele e sua família viverem bem. Chico voltou para casa um dia antes do prazo dado para a demolição. Sua família estava desesperada com o sumiço dele e já não sabia mais o que fazer. Eles ficaram muito felizes ao vê-lo e o abraçaram muito. Ele contou tudo o que havia acontecido e todos ficaram confusos com a história, mas aliviados em saber que não iriam perder sua casa.

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Dona Riqueza e Dona Boa Sorte Maria Eduarda e Mateus

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Havia uma mulher muito pobre que morava com seu marido e seus três filhos numa casa bem simples perto de uma vila. Todos os dias a mulher levantava bem cedo, quando o céu ainda estava cheio de estrelas, tomava café preto e ia trabalhar no campo. Um dia, enquanto ela estava trabalhando apareceram duas mulheres muito bonitas e bem vestidas. A mulher se assustou, pensou até que elas eram fantasmas. Mesmo com medo perguntou: - Quem são vocês? As moças se apresentaram: - Eu sou a Riqueza e essa é minha irmã Boa Sorte. - E o que vocês, moças tão bonita e bem vestidas, estão fazendo aqui? E as moças responderam: - Estamos aqui olhando como você trabalha duro. Deve ganhar muito dinheiro, né? - disse Riqueza A camponesa respondeu: - Dinheiro é o que mais me falta Boa Sorte ficou indignada: - Isso é uma injustiça. Trabalhar tanto e quase não ganhar dinheiro! As moças ficaram com pena da camponesa, então Riqueza ofereceu um presente: -Tome aqui essa pepita de ouro! A camponesa foi para uma mercearia comprar algo com a pepita de ouro. Chegando lá, a fila estava muito grande. Passado um tempo chegou a vez dela. Pediu carne, suco de uva e água. Quando o dono da loja foi entregar a mercadoria se confundiu e entregou para outra moça. A camponesa falou: - Essa compra é minha! A moça respondeu: - Não, é minha! E o dono da loja falou bem bravo para a camponesa: - Não, essa compra não pode ser sua, onde já se viu uma moça tão pobre arrumar uma pepita de ouro! E expulsou a camponesa quase chamando a polícia Ela voltou para casa, mas preferiu não contar nada ao marido, nem sobre a pepita nem sobre a confusão. No dia seguinte, ela

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acordou com o céu ainda cheio de estrelas, tomou seu café preto e foi trabalhar. Estava lá trabalhando, quando de repente apareceram as duas moças de novo dizendo: - Onde está a pepita de ouro que eu te dei? A camponesa respondeu: - Tentei comprar algumas coisas, mas o dono da mercearia não acreditou em mim, dizendo que eu era pobre e que a pepita não era minha. Boa Sorte disse: - Estou indignada com isso. E Riqueza deu mais um presente: - Tome aqui dez esmeraldas. Vá até o mercado e compre comida para sua família. A camponesa ficou muito feliz. No caminho até o mercado encontrou com um policial que estavam revistando as pessoas, porque tinha acontecido um assalto na joalheria. Quando ele pediu para a camponesa abrir a bolsa, viu as esmeraldas e disse: - Só pode ser você a assaltante. Onde já se viu uma mulher pobre assim ter esmeraldas! Assim que o policial ia prender a camponesa, começou uma briga na praça. Teve até tiro. Aproveitando da situação a camponesa fugiu. O policial gritou: - Eu te conheço, sei onde você mora e vou te achar. A mulher voltou assustada para casa e preferiu não contar nada ao marido, nem sobre as mulheres, nem sobre as esmeraldas e muito menos sobre a polícia. No dia seguinte ela acordou com o céu ainda cheio de estrelas, tomou seu café preto e foi trabalhar. No trabalho apareceram, mais uma vez, as duas moças. Boa Sorte preferiu não falar mais nada. Riqueza não aguentou e disse: - Onde estão os presente que eu te dei? A camponesa explicou tudo. Riqueza falou: - Onde já se viu. Culpar uma pessoa de ser assaltante só porque ela é pobre? Mais uma vez Riqueza deu um presente. Dessa vez um saco cheio de rubis, um vestido novo e um cavalo branco lindo, para não

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pensarem que ela era pobre. E Riqueza avisou: -Vá e compre o que é necessário, mas tome cuidado. No caminho o cavalo tropeçou e todos caíram no rio, camponesa, cavalo e o saco de rubis. A camponesa sabia nadar e conseguiu se salvar, mas não conseguiu encontrar o cavalo nem os rubis. Voltou para casa pensando como suas mãos tão pobres conseguiram tocar em tanta riqueza. Quase não conseguiu dormir, pensando no que tinha acontecido. Acordou com o céu ainda cheio de estrelas, tomou café preto e foi para o campo pensando, ainda, no acontecido. Encontrou novamente as duas moças e Riqueza disse zangada: - O que aconteceu com os presentes que eu te dei? A camponesa chorando respondeu: - Já não aguento mais essa situação, é melhor eu viver minha vida de pobreza! Riqueza olhou para Boa Sorte e disse: - Irmã, você pode ajudar nossa amiga? Ela está precisando de um pouco de sorte! Boa Sorte falou: - Volte para a casa e espere que algo bom vai acontecer. A camponesa tentou acreditar no que a moça disse e voltou para casa. No caminho ela encontrou o dono da mercearia, que assumiu que entregou as compras para a moça errada e dessa vez entregou para a pessoa certa. Mais adiante a camponesa encontrou o policial que disse: - Desculpe-me, enganei-me sobre o assalto e já encontramos a verdadeira culpada, tome aqui suas esmeraldas! A camponesa já estava muito feliz com essas coisas que tinham acontecido. Quando chegou na frente de sua casa, ela encontrou o saco de rubis e o cavalo. Quase não acreditou, mas dessa vez contou tudo para o marido e os três filhos. A vida mudou. Ficaram ricos e felizes! Fim

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O casamento de Maria Kiara, Rafael e Renan

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Era um homem chamado João, ele era tio de uma menina chamada Maria. Um dia João mandou Maria ir à cidade vender flores. Então falou para Maria: - Maria, as flores custam apenas dez reais e tome cuidado para não ser enganada. E quando chegou na cidade, viu uma estátua e pensou que era uma pessoa. Ela não estava enxergando direito, porque tinha esquecido os óculos em casa e perguntou: - Você quer comprar flores? Custa apenas dez reais! A estátua nem se mexeu. Maria pensou: -Será que ele é surdo ou está me ignorando? Deixou a cesta lá e falou: -Você me deve um pagamento. E foi embora. Quando chegou em casa, tio João perguntou: - Cadê a cesta e o pagamento? Deve ter vendido tudo. Ela respondeu: -Eu vou receber o pagamento amanhã. E João ficou bravo e mandou-a para o quarto. Quando olhou pela janela, viu um coelho, cinco filhotes e um chapéu, então ela saiu de casa e perguntou: -De quem é esse chapéu? E o coelho respondeu: -É meu. Maria perguntou: - Você fala? O coelho respondeu: -É que eu sou mágico e sempre uso esse chapéu. Então chegaram dois guardas e perguntaram: -Você viu seis coelhos que estavam aqui? Cinco filhotes e um adulto? - Por quê? - a menina perguntou. - Porque eles são do príncipe - responderam os guardas. Então Maria respondeu: -Sim, eu vi! Então ela viu os coelhos fugindo e disse: -Agora eles estão indo para floresta! -Vamos chamar Joana, a madrinha do príncipe. Ela é muito boa

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em pegar coelhos - falaram os guardas. Maria partiu em sua mula e foi procurar os coelhos, porque percebeu que os coelhos não queriam ser pegos. Viu os coelhos na mão da madrinha. Ela decidiu seguir Joana e chegou no castelo do príncipe. Deixou sua mula presa fora do castelo. As portas estavam abertas e ela entrou. Quando foi pegar os coelhos na gaiola, ela estava trancada, então o coelho tirou o chapéu da cabeça e disse: - Abracadabra. As gaiolas se abriram e todos foram soltos. Pularam antes que os portões se fechassem. Maria viu-os saindo, então como os coelhos foram libertados, ela resolveu voltar para casa antes que o tio ficasse bravo. Só que antes de voltar para casa ela lembrou de que os portões já tinham se fechado. Maria teve um plano para sair do castelo: foi falar com o guarda, dizendo que ia trabalhar de lenhadora e o guarda então aceitou. Maria falou que esqueceu umas ferramentas lá fora. Aproveitando que o guarda abriu o portão, fugiu com sua mula. No caminho ela precisava passar pela floresta e encontrou o coelho que disse: -Por você tentar me libertar te darei três pedidos. É só você cantar: coelhinho, coelhão, venha aqui me ajudar. E depois você faz o pedido. Foi aí que ela se lembrou de que estava apaixonada pelo príncipe e cantou: -Coelhinho, coelhão, venha aqui me ajudar. Leve-me voando até o castelo do príncipe. Quando chegou, viu uma fila gigante e perguntou para as mulheres que estavam na fila: -Que fila é essa? E elas respondem: -É para fazer o príncipe falar. Quem conseguir fazê-lo falar irá se casar com ele. Então, na vez dela, cantou: -Coelhinho, coelhão, venha aqui me ajudar. Faça o príncipe falar. Foi aí que ela ganhou o prêmio de se casar com ele. Ainda sobrou um último pedido, mas ela decidiu guardar para quando precisasse.

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O pĂĄssaro Pedro e o senhor ZĂŠ Calebe

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Em uma casa pequena havia um senhor. Esse senhor se chamava Zé. Naquela região, só o senhor Zé tinha sementes de girassol. Elas estavam contadas para sua próxima plantação. Lá onde o senhor Zé morava havia um pássaro que se chamava Pedro. Ele morava numa árvore ali perto e tinha dois filhotes. Um dia, Pedro pegou uma semente do Zé para alimentar seus filhotes, mas Zé tentou impedir que o pássaro pegasse. Pedro saiu pela janela e fugiu com a semente no bico. Então Zé, para se vingar de Pedro teve uma ideia: matar seus dois filhotes. No dia seguinte, Zé foi até o ninho de Pedro e pegou os filhotes. Quando Pedro percebeu, foi voando como um raio até a casa de Zé. Chegando lá, viu os filhotes na mão de Zé e disse: - Ufa, cheguei a tempo! Zé ia fritar os filhotes de Pedro. - Me frite no lugar deles! - Pedro falou. Zé aceitou a troca e fritou Pedro. Os filhotes voltaram para o ninho. No dia seguinte, Zé acordou com dor de barriga e diarreia. Ficou assim porque o pássaro Pedro que ele tinha comido era um robô e não o verdadeiro pássaro. O verdadeiro Pedro estava viajando para os Estados Unidos. Ele tinha feito um robô para cuidar de seus filhotes. Uma hora depois o verdadeiro Pedro chegou de viagem, ficou sabendo o que tinha acontecido e foi junto com os filhotes na casa de Zé. Quando Zé viu Pedro, falou: - O quê? Dois “Pedros”? Um aí e outro dentro da minha barriga? E Pedro disse: - É que eu fiz um Pedro robô para cuidar de meus filhotes enquanto estava fora. - Então, é por isso que estou com dor de barriga e diarreia,

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porque eu comi um robô? – perguntou Zé. - Você pode me ajudar? E Pedro disse: - Não. Você quis fritar meus filhotes! E Zé, de novo: - Por favor?! E de novo o Pedro disse não. E Zé disse: - Já era!!! Ele abaixa as calças e buuuuuuuuuu. E já dá pra saber o que ele fez... Os filhotes de Pedro cantaram: - Eu vi a bunda do Zé! Eu vi a bunda do Zé! Depois disso, quando o pássaro Pedro queria alguma semente, o senhor Zé sempre tinha algumas a mais para dividir com ele. Zé nunca mais quis saber de comer pássaros depois daquele dia.

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O porquinho e o homem Guilherme Farias e Tiago

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Um homem chamado João tinha uma casa na roça com um armário cheio de comida. Um porquinho vivia roubando a comida dele. O porco se escondia, corria e pegava a comida do armário. O homem teve a ideia de fazer uma armadilha. Ele fez um boneco de palha, colocou-o sentado na escada que chegava na porta da casa e passou gosma nele. Depois, deixou uma maçã no colo do boneco. Esperou até o porquinho chegar. Quando o porquinho chegou, ele disse para o boneco: - Ô boneco, você pode me dar essa maçã? O boneco ficou calado. O porquinho ficou com raiva: - Ou você me dá essa maçã ou toma um tapa na cara. O boneco ficou parado, então o porquinho deu um tapa no boneco e ele ficou com uma pata grudada: - Me dá essa maçã ou eu te dou outro tapa! – disse o porquinho. O boneco continuou calado e levou outro tapa. O porquinho ficou com a outra pata grudada. Ele disse e persistiu: - Ou você me dá logo essa maçã ou eu dou um chute no seu traseiro! O boneco não deu a maçã, então o porquinho deu um chute no traseiro dele, achando que ele podia responder e a pata dele ficou presa: - Ah, seu chato, me dá logo essa maçã ou eu te dou outro chute. O boneco não se mexeu e o porquinho deu outro chute nele e ficou totalmente preso. O homem foi lá, pegou o porquinho e jogou-o na cozinha, então João comeu o porquinho inteiro. O porquinho ficou socando o homem por dentro mas não conseguiu sair. Então, subiu e saiu pela boca do João. Aproveitou, roubou a maçã e foi embora. Mas o homem saiu correndo atrás dele. O porquinho tropeçou, João tropeçou no porquinho e caiu em cima da maçã e a

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ela foi esmagada. No dia seguinte, o porco voltou na casa do homem e explicou o motivo dele roubar sua comida: - Eu me perdi da minha mãe enquanto estava passeando na roça, por isso venho roubar sua comida. Eu não tenho casa. O homem, com dó do porquinho, fez uma horta extra só para ele se alimentar e assim ele não precisou mais roubar comida do homem.

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O roubo da mala de dinheiro Pedro e Isabella

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Eram dois irmãos, Chico Esperto e Zé Burro. O pai deles tinha falecido e deixou uma mala cheia de dinheiro com eles. Um dia Chico falou: -Vou comprar goiaba na cidade, não faça nenhuma besteira. E Zé respondeu: -Está bem. E Chico saiu. Apareceu um homem com sede e pediu: -Posso entrar? E Zé respondeu: - Pode! - Estou com sede. Você pode me dar um copo de água? - Claro! Então eles conversaram e conversaram por muito tempo e Zé perguntou: - De onde você veio, de outra cidade? - De muito mais longe! - De outro estado? - De muito mais longe! - De outro país? - De muito mais longe! - Então, de onde você veio? - Eu vim do céu. -Do céu? - Sim, do céu. - Lá no céu, você viu um homem que usava camisa e calça e andava para frente e para trás? - Vi sim. - Então, é o meu falecido pai! - Mas ele está passando necessidade, precisa de cama e de comida. - Então, eu vou te dar essa mala de dinheiro para quando você voltar para o céu, entregar para ele. E o homem foi embora. Quando Chico chegou, perguntou para o irmão: - Onde está a mala que nosso pai deixou? - Eu entreguei para um homem que veio do céu e viu nosso pai.

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Era um homem de paletó preto e gravata e falou que nosso pai está passando necessidade lá. Então Chico respondeu: - Ele mentiu. E Zé fala: - Não mentiu. - Ele mentiu. - Não mentiu. - Sua anta. - Seu burro. Então Chico lembra de que tem um cavalo que seu pai deixou. - Eu vou atrás do homem que roubou a mala de dinheiro. E Chico saiu à procura do ladrão. Lá na frente Chico vê um homem, mas perdeu-o de vista. O homem, que era um ladrão, tentou fazer uma armadilha, mas o cavalo de Chico Esperto era tão rápido que não deu tempo para fazer. Ao alcançá-lo, Chico pergunta: - Você viu um homem com uma mala passando por aqui? - Sim. - Ei, você é o ladrão, entregue a mala de dinheiro! - Que mala de dinheiro? E Chico olhou atrás da moita e falou: - Você é o ladrão! Então eles lutaram e lutaram. O ladrão chutou o ar e ele caiu no chão e Chico tentou socar o ladrão, mas socou o chão então o homem deu um chute na bunda de Chico e ele deu um soco na barriga do homem. E Chico viu a polícia que passava ali por perto e chamou: - Ei, você prende esse cara! E a polícia leva o ladrão para a prisão. E Chico pegou seu cavalo e foi embora com a mala de dinheiro. Quando chegou em casa, Chico brigou com o irmão: - Sua anta, quase perdemos nosso dinheiro! Zé respondeu: - Eu prometo que nunca mais faço burrice. Zé continuou sendo burro a vida toda e Chico sempre ajudando o irmão.

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O VELHO E O COELHO Guilherme Santos e Afonso

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Um velho morava na roça. Ele acordou numa manhã e viu que toda a sua plantação de cenouras tinha sumido e depois viu pegadas de coelho. O velho pensou em fazer um robô para pegar o coelho e pensou em colocar o nome dele de Luís. Então foi construir o robô. O robô demorou vários dias para ser feito. Depois de pronto, o velho colocou Luís sentado na horta com algumas cenouras nas mãos e esperou o coelho. À noite, o coelho apareceu, estranhou o robô e disse: - Me dá essas cenouras ou eu te dou um tapa na cara! E o robô nem respondeu. E o coelho deu um tapa na cara e a mão dele ficou doendo. O coelho disse: - Me dá essas cenouras ou te dou um tapa no traseiro. E Luís nem respondeu. Então o coelho deu um tapa no traseiro do robô. A mão do coelho começou a doer muito! O velho viu o coelho pela janela e mandou o robô pegá-lo. Então, o coelho viu o velho na janela, espantou-se e fugiu para a floresta. O robô e o velho esperaram o coelho aparecer no dia seguinte. Ao cair da noite, o velho e o robô esconderam-se nas ervas, aguardando o coelho ir para a plantação de cenouras. Quando o coelho apareceu, o velho saltou em cima do coelho e perguntou: - Por que está comendo toda a minha plantação de cenoura? - Eu não sei onde há mais comida. Andava pela floreta e vi a sua plantação. Aí eu pensei: é melhor eu vir aqui à noite, porque você está dormindo e eu como sem você perceber. O velho teve pena do coelho e disse: - Fica aqui na minha casa. Ao menos você pode comer algumas cenouras da horta. E o coelho agradeceu. Então o velho pensou em construir para o coelho uma casa na floresta, porque ele não podia ficar na sua casa para sempre. O velho e o Luís foram construir a casa para o coelho. Todos os dias o velho levava cinco cenouras na casa do coelho.

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Um dia, o coelho encontrou uma coelha. Tiveram cinco filhos e os nomes eram Pedrinho, Maria, Zezinho, Joana e João. O velho espantou-se, mas deu os parabéns ao coelho pelos filhos. Em agradecimento por tudo que o velho fez, o coelho e sua família passaram a ajudar na colheita e plantação das cenouras. Todos viveram felizes.

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Pega-trouxa-depapo-furado Bruna e Beatriz

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Eram dois irmãos chamados Zé Goiaba e Chico Goiaba, só que o pai dos meninos faleceu e deixou uma bolsa de dinheiro para os filhos. Eles moravam em uma casa simples na roça. Um dia Chico teve que ir até a cidade e avisou o irmão antes de sair: - Zé, vou à cidade comprar coisas para a casa, não faça nenhuma besteira enquanto estou fora. - Pode ir tranquilo, eu fico bem aqui sozinho sem fazer nada errado, eu juro! - respondeu Zé. Logo que Chico saiu, um senhor bateu à porta da casa deles. Zé atendeu e perguntou: - Quem é você? - Sou Pedro, um viajante. Vim lá do céu e estou muito cansado, você pode me dar um copo de água? - Sim, claro! Enquanto Zé estava pegando a água, Pedro percebeu que o rapaz era meio bobo, foi esperto e começou a conversar, tentando arrumar um jeito de enganá-lo. Zé ficou curioso em saber o que Pedro fazia no céu, então perguntou: - No céu, o senhor fazia o quê? Meu pai já faleceu, por acaso conheceu-o lá? Pedro respondeu: - Eu recebia as pessoas que chegavam no céu, como era o seu pai? - Ele não é gordo nem magro, nem grande nem pequeno, nem velho nem jovem, ele era muito bondoso e deixou uma bolsa de dinheiro para mim e meu irmão Chico. Percebendo que Zé era bobo, Pedro viu a chance de enganar o rapaz: - Ah, eu conheço! Ele está passando necessidade no céu e anda pedindo esmola para sobreviver. Zé ficou triste por ter essas notícias de seu pai. Teve a ideia de pedir para Pedro levar a bolsa de dinheiro para seu pai. - Leve essa bolsa e diga que fui eu e meu irmão que enviamos. E Pedro levou a mala de dinheiro, feliz da vida de ter enganado o bobão. Assim que Chico chegou, Zé contou sobre o viajante e sobre a mala, que mandou para o pai que estava passando necessidade no céu. Chico ficou sem palavras com tamanha burrice do irmão: - Zé, por que você fez isso? Você é burro ou o quê? Onde já se viu dar uma bolsa de dinheiro para um desconhecido?

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Zé disse: - Eu só queria melhorar a vida do meu pai lá no céu! - E agora, como vamos viver, seu jumento? Chico resolveu ir atrás do ladrão, pegou o jumento que tinham na roça para ser mais rápido, mas o bichinho já era velho e não conseguia correr muito. Ele andou muito pela estrada mas conseguiu achar o viajante malandro. - Me devolve essa mala, seu ordinário! - Não. Essa mala é para seu amado pai que está precisando muito desse dinheiro! Tentou enganar Chico com essa historinha mal contada. Chico disse: - Não acredito nisso! Como pode meu pai estar passando necessidade lá no céu? Isso é impossível! Você é um ladrão e merece apanhar! - E Pow! Pow! Chico começou a luta, deu um murro na cara de Pedro e jogou o bandido longe, no meio do estrume do jumento. Pegou a mala enquanto o tal viajante estava tentando levantar, depois pegou uma corda que estava no pescoço do jumento e amarrou em Pedro. Levou o velho para a delegacia que ficava na cidade. Quando chegou lá o policial perguntou: - Nossa, que cheiro horroroso! O que esse velho fez? Chico explicou o caso: - Esse velho é um ladrão, ele tentou enganar meu irmão dizendo que o nosso pai estava precisando de dinheiro, só que ele já morreu! Esse velho se aproveitou da nossa mala de dinheiro e fugiu, mas eu peguei o jumento e fui atrás dele. Consegui alcançá-lo. Nós tivemos um bate-boca, rolou uma briga e o velho caiu no estrume do jumento. O policial falou: - Nossa, que desastre! Apavorado, meu Deus do céu! Vocês podiam ter morrido nessa briga. Primeiro esse velho vai tomar um banho e trocar de roupa, porque ele está muito fedorento. Ninguém merece isso! Fora que ele tentou também enganar outras pessoas da comunidade. Chico disse: - Será que eu não mereço uma recompensa? O policial respondeu: - Pior que merece, por ter pegado esse velho malandro. Tome aqui cinquenta reais.

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Chico saiu da delegacia e foi para casa contar para Zé tudo que tinha acontecido. - Muito bom isso! Você foi muito corajoso. Merece um abraço! - Sua anta! Quase morro por causa dessa mala, mas deu tudo certo e até ganhei um dinheiro para comprar alguma coisa para nossa casa. Zé disse: - Bom para você que ganhou o dinheiro. Os irmãos comemoraram e ficaram felizes. Até o dia que uma moça viajante bateu na porta da casa deles e quem atendeu foi Zé e adivinhe o que aconteceu depois... - Você me dá um copo de água? Estou cansada, vim de muito longe... – disse ela. E assim, Zé continuou com sua mania de ser bocó e de Chico ser o inteligente que ajudava o irmão.

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Autores e Ilustradores Afonso Marques Pedrosa Beatriz Ribeiro da Silva Bruna Westin Ferreira e Fiorini Calebe Ramos da Costa Diego Yusuke Takai Gabriel Hiroshi Dias Iida Guilherme dos Santos Ferreira Guilherme Farias Vieira Isabella Pinheiro Cotrim Kiara Kitaguchi Lara Rebeca Bordinhon Marcos Vinícius Vasconcelos Borges Maria Eduarda Felix Ferreira Mateus Feitosa Bezerra de Lima Nicole Ricci de Souza Pedro Paixão Fukamachi Rafael Lopes Bonfim Rayane Victória de Faria Renan Maia Braga Soares Tiago Paixão Fukamachi Vitória Hironaka Matsuno Vitória Nogueira Santos




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